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11/08/2016 1 2ª Lei da termodinâmica Segunda Lei da Termodinâmica • Dentre as duas primeiras leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas. • Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de Clausius e Kelvin-Planck: 1 JK 2ª Lei da termodinâmica • Enunciado de Clausius: • O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo de temperatura mais alta. • Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais baixa, e que para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho sobre este sistema. 2 JK 2ª Lei da termodinâmica • Enunciado de Kelvin-Planck: • É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de calor recebido em trabalho. • Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho efetivo. 3 JK 2ª Lei da termodinâmica Segunda Lei da Termodinâmica • Nenhuma máquina térmica operando em ciclos pode retirar calor de uma fonte e transformá-los integralmente em trabalho. • Como a maior parte das máquinas ou motores, a máquina térmica funciona em ciclos. • Ou seja, executa etapas que se repetem periodicamente. • A primeira etapa do ciclo de funcionamento das máquinas térmicas, correspondente à transformação do calor em trabalho ou deste naquele, foi abordada na 1ª Lei da Termodinâmica. • As demais etapas que permitem a descrição de um ciclo são apresentadas na sequência. 4 JK 2ª Lei da termodinâmica • Na 1ª etapa, de a até b. • O gás contido no cilindro absorve o calor da fonte quente. • E realiza o trabalho elevando o êmbolo e o bloco. • Que é preso em um dispositivo. 5 JK 2ª Lei da termodinâmica • Na 2ª etapa, de b até c. • O gás cede calor para a fonte fria. • Que substitui a quente, e retorna ao estado inicial. • Se a fonte quente for recolocada na posição anterior, outro bloco poderá se elevado, e assim sucessivamente. 6 JK 11/08/2016 2 2ª Lei da termodinâmica • O funcionamento da máquina térmica costuma ser representado também por um esquema gráfico chamado de diagrama de fluxo, como representado a seguir: 7 JK 2ª Lei da termodinâmica • Esse diagrama procura tornar evidente que a máquina térmica só transforma em trabalho parte do calor que recebe da fonte quente. 8 JK 2ª Lei da termodinâmica • A outra parte é dissipada ou cedida à fonte fria. • Portanto, não é transformada em trabalho. • Por isso o rendimento de qualquer máquina térmica é sempre inferior a 100% 9 JK 2ª Lei da termodinâmica • O rendimento da máquina térmica pode ser expressa por: 10 2 1 1 Q Q JK 2ª Lei da termodinâmica • Essa expressão também mostra que o rendimento de qualquer máquina térmica é sempre menor que 1 (ou 100%). • Pois ele só atingiria esse valor se Q2 fosse zero. • Essa situação é impossível é representada pelo seguinte diagrama de fluxo: 11 JK 12 56) Uma máquina térmica recebe 5000 J de calor da fonte quente e cede 4000 J para a fonte fria a cada ciclo. Determine o seu rendimento. 57) Uma máquina térmica recebe 5000J de calor e seu rendimento é de 40%. Calcule O calor cedido para a fonte fria. 11/08/2016 3 13 58) Uma máquina térmica cede 3000J de calor e seu rendimento é de 40%. Calcule O calor recebido da fonte quente. 59) Uma máquina térmica recebe 7000 J de calor da fonte quente e cede 5000 J para a fonte fria a cada ciclo. Determine o rendimento desta máquina. 2ª Lei da termodinâmica Máquina de Carnot • Se o rendimento da máquina térmica é sempre limitado (menor que 1), deve haver um rendimento máximo a ser atingido. • Essa foi a hipótese de Sadi Carnot (físico e engenheiro francês, 1796-1832). • Ele demonstrou teoricamente que existe uma sequência específica de transformações em que a máquina térmica obtém o máximo rendimento. • Esse ciclo passou a ser chamado de ciclo de Carnot. • E a máquina que desenvolve ou trabalha seguindo ele é ideal, também chamada máquina de Carnot. 14 JK 2ª Lei da termodinâmica 15 Etapa 1: o calor é absorvido de um reservatório quente, a temperatura Tq, durante uma expansão isotérmica do estado 1 ao estado 2. JK 2ª Lei da termodinâmica 16 Etapa 2: o gás se expande adiabaticamente do estado 2 ao 3, tendo sua temperatura reduzida para Tf. JK 2ª Lei da termodinâmica 17 Etapa 3: o gás rejeita o calor para o reservatório frio conforme é comprimido de forma isotérmica a Tf, do estado 3 ao 4. JK 2ª Lei da termodinâmica 18 Etapa 4: o gás é comprimido adiabaticamente até que sua temperatura seja novamente Tq. JK 11/08/2016 4 2ª Lei da termodinâmica 19 JK 2ª Lei da termodinâmica • Assim, com base na análise matemática desse ciclo, ele concluiu que o rendimento de uma máquina térmica ideal funcionando entre duas fontes: • Uma quente à temperatura T1 • E outra fria à temperatura T2 • É: 20 2 1 1 T T JK 60)Uma máquina a vapor opera entre um reservatório individualmente a 100ºC (373 K) e um reservatório frio a 0ºC (273 K). Qual o rendimento máximo possível dessa máquina? 21 61) Uma máquina a vapor opera em um reservatório individualmente a x K e um reservatório frio a 200 K, com um rendimento máximo de 25%. Calcule o valor de x K. Entropia 3ª lei da termodinâmica • A terceira lei da termodinâmica foi desenvolvida por Walther Nernst entre 1906 e 1912, e diz que, quando um sistema se aproxima da temperatura do zero absoluto (0 K), todos os processos cessam, e a entropia tem um valor mínimo. A lei, portanto, fornece um ponto de referência para a determinação do valor da entropia. A equação proposta por Nernst é onde é a variação de entropia e é T a temperatura. 22 0 lim 0 T S S Entropia Entropia • Há uma função termodinâmica, chamada entropia, representada pela letra S, que é uma medida da desordem de um sistema. • Exemplo: Se dois blocos metálicos a temperaturas diferentes são colocados lado a lado, a desordem aumenta se o calor passa do mais quente para o mais frio. 23 JK Entropia • Vamos supor que inicialmente a temperatura do bloco A, mais quente, seja TOA, e a de B, mais frio, seja TOB. • Portanto TOA>TOB. • Como a temperatura está relacionada à média das velocidades das moléculas, as moléculas de A são, em média, mais rápidas que as de B. • As coisas estão em ordem: rápidas à esquerda, lentas à direita. 24 JK 11/08/2016 5 Entropia • Com o tempo, à medida que o calor se transfere do bloco mais quente para o mais frio, essa organização deixa de existir. • Quando os blocos atingem a mesma temperatura(TA = TB), não se sabe mais onde estão as moléculas mais rápidas nem as mais lentas. • A desordem aumentou. • Se o sentido do calor fosse inverso. • Isto é, se o frio ficasse mais frio e o quente mais quente. 25 JK Entropia • A ordem ou a organização aumentaria. • Por isso, esse sentido não é natural ou espontâneo. • È importante lembrar que essa é a tendência natural prevista pela Segunda Lei da Termodinâmica para o sentido do fluxo do calor. • O sentido oposto pode ser conseguido (a geladeira), mas é preciso fornecer energia externa ao sistema. • Não é impossível conseguir a ordem. 26 JK Entropia • Ela apenas dá muito maistrabalho, consome mais energia. • A tendência natural do Universo à desordem pode ser medida por uma nova grandeza termodinâmica, a entropia. 27 JK Entropia • A entropia S, tal como a pressão P, o volume V, a temperatura T e a energia interna E, é uma função do estado de um sistema. • Como no caso da energia potencial, a variação da entropia é que é importante. • A variação da entropia dS de um sistema que passa de um estado para outro é definida como: • Onde dQrev é a energia térmica que deve ser transferida ao sistema, em um processo reversível, que leva o sistema do estado inicial ao estado final. • Se dQrev for negativa, então a variação de entropia do sistema é negativa. 23 dQdS T 2 1 1S S dS dQ T 2 1 QS S S T JK 62) Um quilograma de gelo a 0º C é liquefeito e convertido em água a 0º C. Calcule a variação de entropia, supondo que o processo de liquefação ocorra reversivelmente. O calor da água é Q = 3,34.105J. (OBS: a liquefação ocorre a temperatura constante de 0º C, portanto este é um processo isotérmico reversível. No caso do gelo derretendo- se espontaneamente, sabemos que a temperatura se mantém constante e igual à temperatura de fusão do gelo, a qual, em condições ideais, é de 0°C. Com isso, todo o calor fornecido pelo meio ambiente envolvente será utilizado para alterar as ligações entre as moléculas de água no gelo, de forma que elas passem do arranjo mais ordenado e rígido do gelo para a forma mais desordenada e fluída da água.) 29 63) Um quilograma de água a 0º C é aquecido até 100º C . Sabendo que: , calcule sua variação de entropia (m = massa e ce = calor específico). 30 2 2 1 1 2 T e T e 2 1 1 m.c .lnT m.c . lnT lnT T e T dQ dTS m.c T T ec = 4190 J/kg.K 11/08/2016 6 Entropia de um Gás ideal • A equação a seguir fornece a variação de entropia de um gás ideal que sofre uma expansão reversível, passando de um estado inicial com um volume V1 e uma temperatura T1 para um estado final com um volume V2 e uma temperatura T2. • Constante universal dos gases perfeitos R = 8,31 J/mol.K • n é o número de mols • ln é o Logaritmo Neperiano • Cv é o calor específico a volume constante 2 2 1 1 ln lnT VS nCv nR T V 31 • Podemos definir o gás ideal como sendo um modelo idealizado para os gases reais, sendo que sua densidade é extremamente baixa. Para o modelo de gás ideal, medimos a temperatura em Kelvin. Para que tenhamos um gás ideal, precisamos que o mesmo seja portador de algumas características básicas. Ei-las: - Para um gás ideal, admitimos que as moléculas se movem desordenadamente, havendo, a cada instante, um grande número de moléculas se movendo em todas as direções. - As moléculas de um gás ideal não devem exercer ação mútua, a não ser durante as eventuais colisões. As moléculas se chocam elasticamente com as paredes do recipiente e também umas com as outras. - E, por fim, para que o gás possa ser dito ideal, ele deve possuir pressão baixa, as partículas devem estar mais afastadas umas das outras, e a temperatura deve ser alta, fazendo com que as partículas vibrem com mais energia. 32 Entropia Variações de Entropia para Vários Processos para uma Expansão isotérmica (temperatura constante) de um gás ideal. • Quando um gás ideal sofre uma expansão isotérmica, então T2 = T1 e sua variação de entropia é dada por: S 2 1 ln VS nR V 33 JK Entropia para uma Expansão Livre de um gás ideal. • Na expansão livre o gás está limitado inicialmente a um compartimento de um recipiente conectado por uma válvula a uma câmara de vácuo. S 34 • O gás está confinado no lado esquerdo de um recipiente isolado por uma válvula fechada. • Quando a válvula é aberta o gás ocupa todo o recipiente. • Este processo é irreversível, ou seja, não ocorre no sentido inverso, com o gás espontaneamente voltando a se encontrar no lado esquerdo do recipiente. JK Entropia • Como a variação de entropia de um sistema, em qualquer processo, só depende dos estados inicial e final do sistema. • A variação de entropia do gás na expansão livre é igual à variação de entropia na expansão isotérmica. • Se V1 for volume inicial e V2 volume final, a variação de entropia do gás é determinada através da equação: • Nesse caso, não há nenhuma variação nas vizinhanças, portanto a variação de entropia do gás também é a variação de entropia do universo. ´ 2 1 ln ga s VS nR V 2 1 lnu VS nR V 35 JK 64) Suponha que 1 mol de nitrogênio esteja confinado no lado esquerdo da figura a seguir. A válvula é aberta e o volume do gás dobra. Qual é a variação de entropia do gás para esse processo irreversível. 36 65) Calcule a variação de entropia na expansão livre de 0,75 mol de um gás de V1 = 1,5 L até V2 = 3 L. 11/08/2016 7 66) A variação da entropia na expansão livre de n mol de um gás de V1 = 2 L e V2 = 4 L é de 6,5 J/K. Calcule n. 37 67) Calcule a variação da entropia na expansão livre de 1,13 mol de um gás de V1 = 2 L e V2 = 4 L. 38 68) Calcule a variação da entropia um gás, em que o Cp = 20,8 J/mol .K, onde a temperatura varia de T1 = 30 K para T2 = 300 K. Para processos isobáricos (pressão constante) : Se uma substância for aquecida da temperatura T1 à temperatura T2, a pressão constante, teremos: 2 1 lnp Ts C T S 39 69) Associe as duas colunas, relacionando as Leis da termodinâmica às suas definições.. DEFINIÇÕES: ( ) foi desenvolvida por Walther Nernst entre 1906 e 1912, e diz que, quando um sistema se aproxima da temperatura do zero absoluto (0 K), todos os processos cessam, e a entropia tem um valor mínimo. A lei, portanto, fornece um ponto de referência para a determinação do valor da entropia. ( ) é a que tem maior aplicação na construção de máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas. ( ) trata do princípio da conservação de energia aplicada à termodinâmica, o que torna possível prever o comportamento de um sistema gasoso ao sofrer uma transformação termodinâmica. 40 LEIS DA TERMODINÂMICA: (1) Primeira Lei da termodinâmica. (2) Segunda Lei da termodinâmica. (3) Terceira Lei da termodinâmica. A sequência correta dessa associação é: (A) (1), (2) e (3). (B) (3), (2) e (1). (C) (1), (3) e (2). (D) (3), (1) e (2). (E) (2), (1) e (3).
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