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Comunismo: Teoria e Prática

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COMUNISMO
	Em 1848, Marx escreveu o Manifesto Comunista. Ele chama o manifesto de comunista porque queria marcar claramente a diferença existente entre a nova teoria que propunha, de um conjunto de doutrinas já estabelecidas. Na medida que as idéias marxistas foram se tornando conhecidas no movimento operário, Marx e outros passaram a usar de forma generalizada os termos socialismo e comunismo.
	Sob o título de socialismo, porém, começaram a aparecer correntes distintas entre si. Lênin, após a Revolução Russa de 1917, diferenciou o movimento socialista internacional a que pertencia, denominando-o de ala da esquerda. Para tanto, passou a chamar sua corrente política de comunista, tratando o socialismo e o comunismo como conceitos diferentes.
	Comunismo seria a verdadeira teoria revolucionária desenvolvida por Marx e socialismo representaria a corrente reformista. Dessa forma, comunismo consiste no movimento político que surge com a Revolução Russa e que se espalha por todo mundo, tendo como base teórica as idéias de Marx.
	Na concepção de Marx, a sociedade comunista é o último estágio da história da humanidade. Nesta sociedade não existirão mais explorados e exploradores, não existirão mais classes sociais e não haverá mais o poder e a interferência do Estado. Este estágio ocorre com a tomada do poder pela classe proletária, extinguindo-se o modo de produção capitalista.
	Para Marx existem duas classes sociais: a classe que detêm o capital e os meios de produção e a classe trabalhadora, que detêm o trabalho oferecido aos capitalistas através da mão-de-obra. Meios de produção são os mecanismos utilizados pelos donos do capital, para gerar, manter e reproduzir a riqueza. Os meios de produção que concentram a maior força para o desenvolvimento capitalista são: terra e fábricas. No ideal do sistema comunista esses meios de produção passariam a pertencer a todos, eliminando a divisão de classes.
	Na sociedade capitalista, o Estado está envolvido com a própria estrutura do capital. Significa que o Estado é controlado pelos donos dos meios de produção, mantendo atividades e projetos que perpetuam os seus privilégios. Na prática, podemos observar que a maior parte dos investimentos é direcionada para os mais ricos, enquanto a população mais pobre sofre as conseqüências da falta de investimentos.
	Na teoria comunista, Marx defende o desaparecimento do Estado. Isto não é um processo simples. Primeiro é necessário que a classe operária conquiste o Estado, instalando assim, o governo do proletariado, extinguindo a estrutura burguesa. A gestão comunista organizaria a sociedade em cooperativas, sindicatos, entidades comunitárias, instituindo de forma gradativa a auto gestão. Enquanto existir a interferência do Estado, o comunismo não pode ser considerado pleno.
	Transformar a cultura capitalista, caracterizada pelo individualismo, consumismo, exploração e lucro, em cultura socialista-comunista, que adota o interesse coletivo, é um caminho longo e complexo. Na prática, onde os trabalhadores conquistaram o poder através da revolução, o Estado ficou nas mãos de um pequeno grupo, que burocratizou as ações do Estado, quase do mesmo modo como o próprio capitalismo, constituindo assim, a exploração sobre a maioria dos trabalhadores.
	Estas experiências de poder autoritário do proletariado, principalmente na União Soviética, provocaram críticas ao sistema comunista. A distorção que a teoria marxista sofreu na prática, explica atualmente a visão negativa que muitos têm do socialismo e do comunismo, representados pela bandeira vermelha, símbolo da revolução.
	É certo que há grandes diferenças entre os países que adotam o sistema capitalista e os países comunistas-socialistas. Nestes, a maioria da população têm a garantia do sustento básico (casa, comida, educação e saúde). Por outro lado, o sistema capitalista é marcado pela exploração, excluindo grande parte da população do acesso às necessidade básicas.
	Em resumo, o capitalismo consiste no acúmulo da riqueza no setor privado, podendo o capitalista possuir bens materiais sem limite. O poder de controle é de quem possui melhores condições materiais. São os capitalistas, donos dos meios de produção (terras e indústrias), que se perpetuam com privilégios sobre a maioria da população. Daí as frases: quem pode mais chora menos; manda quem pode e obedece quem tem juízo; os melhores se estabelecem.
	No socialismo, o controle dos meios de produção é exercido pelo Estado, que cria condições de igualdade para toda sociedade, investindo principalmente nas áreas de educação e saúde. O processo educativo fortalece a visão coletiva, superando as características do sistema capitalista.
	O comunismo é determinado pela organização da própria sociedade através de cooperativas, sindicatos e associações. Podemos afirmar, em linhas gerais, que no capitalismo os meios de produção pertencem ao setor privado, no socialismo, pertencem ao Estado e no comunismo, a sociedade organizada pelos trabalhadores, assume o poder e controle dos meios de produção.

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