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Aula05 Instrumentos de coleta de dados e classificação dos tipos de pesquisa

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1 
Curso: Engenharia de Produção 
Disciplina: Metodologia Científica 
Autor: Kelly Alonso Costa 
DI: Bruna Canabrava 
 
Aula 5 – Instrumentos de coleta de dados e classificação dos tipos de 
pesquisa 
 
Meta 
Apresentar os diferentes tipos de pesquisa e suas classificações. Introduzir os 
principais instrumentos de coleta de dados e as técnicas mais utilizadas na 
engenharia. 
 
Objetivos 
Após esta aula, você será capaz de: 
1. Selecionar o tipo de pesquisa mais adequado para atingir determinado 
objetivo 
2. Selecionar e utilizar instrumentos de investigação de forma a preservar a 
integridade dos dados 
3. Explicar o que acontece na etapa “Coleta de dados” e os cuidados que 
devem ser tomados ao executá-la. 
Introdução 
Você já imaginou como as indústrias descobrem o quê as pessoas querem em 
um produto? Ou como os pesquisadores descobrem soluções através das 
informações das pessoas ou de documentos? Ou como a experiência de uma 
única empresa pode ajudar a outras empresas a conseguir crescimento e 
qualidade? Bem, todas essas situações e muitas outras são possíveis através 
de pesquisas e seus instrumentos de coleta de dados. 
 
Toda pesquisa contém uma fase para coleta de dados em que instrumentos, 
também chamados de técnicas de pesquisa, estabelecidos na literatura são 
utilizados para esse fim. Nós aprendemos na aula passada o significado dessa 
fase e suas características, porém na aula de hoje vamos aprofundar o nosso 
2 
conhecimento e saber mais detalhes sobre as técnicas de coleta de dados e 
suas definições. Atualmente, a coleta de dados pode ter infraestrutura 
tecnológica facilitando a execução e apuração dos dados. A partir desse estudo 
podemos aprender a utilizar as técnicas de coleta de dados direcionadas para 
o tipo de pesquisa que queremos realizar. Contudo, para escolher 
adequadamente o tipo de pesquisa precisamos conhecer a classificação das 
pesquisas e suas características, o quê será realizado também nessa aula. 
Uma pesquisa pode ser classificada em relação a diversos fatores e pode estar 
associada ao tema do trabalho científico. Esse tópico é muito importante, pois 
você fará no final do seu curso de graduação um projeto final no qual terá que 
coletar dados e definirá o tipo de pesquisa do seu estudo. Então, vamos 
começar a coletar informações e investigar! 
 
 
Figura 5.1: Coleta de dados pela observação num laboratório 
Autor: University of Pittsburgh at Bradford 
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Science_lab_in_Fisher_Hall.jpg 
 
1- Classificação da pesquisa científica 
Como já estudamos, a pesquisa é uma construção do conhecimento, motivado 
pela busca de respostas, condicionada a procedimentos científicos que 
3 
justificam sua validação. As pesquisas podem ser empregadas em diversos 
assuntos e com diferentes objetivos. Desta forma, existem várias formas de 
classificar as pesquisas. Apresentaremos as formas clássicas de classificação 
com suas especificações para a aplicação com base nos estudos de autores 
renomados da área (GIL, 2008; LAKATOS, MARCONI, 2003; CERVO, 
BERVIAN, 2002). 
 
A pesquisa pode ser classificada quanto a sua natureza, seus objetivos, sua 
abordagem do problema, conforme a figura 5.2, e seus procedimentos 
técnicos, como veremos na 3ª seção. 
 
Figura 5.2: Classificação da pesquisa científica 
Fonte: Autor, adaptado de Turrioni e Mello (2012) 
 
1.1 – Quanto a sua natureza 
Como vimos na figura 5.2, a pesquisa pode ser de 2 naturezas diferentes: 
básica ou aplicada. A pesquisa básica é aquela que busca o avanço científico 
4 
através da geração de novos conhecimentos. É a busca pelo saber que 
envolve interesses universais. É a pesquisa que procura a ampliação dos 
conhecimentos teóricos sem a preocupação de aplicá-los. Normalmente, 
pesquisas básicas são desenvolvidas por cientistas como físicos, biólogos ou 
antropólogos. 
 
Já os engenheiros, de um modo geral, se ocupam da pesquisa aplicada, que: é 
aquela que busca resultados práticos, direcionados para solucionar problemas 
específicos. Essa pesquisa pode gerar produtos ou processos que possuem 
uma finalidade imediata. Muitas vezes atende interesses locais e por isso é 
desenvolvida em um cenário particular. 
 
Cervo e Bervian (2002) sintetizam deforma clara as pesquisas básica e 
aplicada: “São pesquisas que não se excluem, nem se opõem. Ambas são 
indispensáveis para o progresso das ciências e do homem: uma busca a 
atualização de conhecimentos para uma nova tomada de posição, enquanto a 
outra pretende, além disso, transformar em ação concreta os resultados de seu 
trabalho.” Muitas vezes, a pesquisa aplicada investiga a aplicação do 
conhecimento produzido pela pesquisa básica para resolver problemas 
previamente identificados. 
 
Boxe de curiosidade 
A capa da invisibilidade 
Um exemplo dessa relação próxima entre os dois tipos de pesquisa é a 
contribuição dada tanto por físicos quanto engenheiros no desenvolvimento de 
metamateriais. Os físicos estudam as propriedades dos materiais e como 
manipulá-los para conseguir determinadas interações, os engenheiros estudam 
a aplicação deste conhecimento, por exemplo utilizando-o para cobrir um 
objeto e assim fazer com que ele não seja detectável num radar. 
Fim do boxe de curiosidade 
 
1.2 – Quanto a seus objetivos 
Uma pesquisa também deve ser classificada de acordo com seus objetivos. 
 
5 
Pesquisa Exploratória é normalmente uma pesquisa preliminar que visa tornar 
o problema explícito, proporcionando uma proximidade com as suas questões 
ou ainda na estruturação das hipóteses. Geralmente, a pesquisa exploratória 
inclui levantamento bibliográfico, contato direto com indivíduos que possuem 
alguma experiência no campo estudado, possíveis visitas em ambientes 
relacionados com o tema e investigação de exemplos semelhantes ou 
correlacionados. É comum nesse tipo de pesquisa trabalhar com estudos de 
caso, que iremos caracterizar nessa aula no item de classificação quanto aos 
procedimentos! 
 
Num grau acima de complexidade, temos a Pesquisa Descritiva, que descreve 
as características de uma determinada população ou grupo de indivíduos 
direcionados para o estudo. Essa pesquisa também pode detalhar e 
correlacionar fenômenos ou variáveis envolvidas no assunto. Uma 
consideração importante é que na pesquisa descritiva, o pesquisador apenas 
observa e relata os dados de forma sistemática, no entanto não manipula e 
nem influencia nos resultados. De uma forma sintética, a pesquisa descritiva 
pode ser interpretada como um meio registrar dados ou fatos que podem ser 
econômicos, sociais, comportamentais, técnicos, entre outros. 
 
Temos ainda a Pesquisa Explicativa, que visa explicar leis, ampliar 
generalizações e aprofundar conhecimentos relacionados a realidade através 
da razão. Esse tipo de pesquisa frequentemente exige a interferência direta do 
pesquisador: criando situações artificiais onde a variável é isolada ou 
manipulando a variável para observar os efeitos dessa variância, por exemplo. 
Essa interferência deve ser realizada com muito critério para não comprometer 
os resultados obtidos. Para isso é crucial conhecer os instrumentos de coleta 
existentes, o que veremos mais adiante nesta aula. Só assim será possível 
selecionar o instrumento mais apropriado para atingir determinado objetivo, 
aplicá-lo adequadamente e adaptá-lo quando necessário. A pesquisa 
explicativa faz requere do pesquisador capacidade de síntese, teorização e 
reflexão, já que busca principalmente identificar os fatores que definem ou 
contribuem para a ocorrência dos fenômenos.6 
1.3 – Quanto a sua abordagem do problema 
Quanto à abordagem, existem 2 categorias: pesquisas quantitativas e 
qualitativas. Como o próprio nome já diz, a Pesquisa Quantitativa se refere a 
quantidades. Ela objetiva uma perspectiva contável para tudo que será 
estudado, ou seja, transformar as informações, inclusive as opiniões, em 
números para organizá-las e analisá-las. A pesquisa quantitativa foca a 
medição numérica de fenômenos. Essa pesquisa geralmente utiliza recursos e 
técnicas estatísticas (porcentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, 
coeficiente de correlação, análise de regressão, etc). 
 
Por outro lado, a Pesquisa Qualitativa visa analisar os dados de forma 
interpretativa conforme os seus resultados, observando os fenômenos com 
suas respectivas atribuições de sentidos e relevâncias. Os dados dessa 
pesquisa não têm tratamento estatístico e nela objetiva-se analisar dados não-
mensuráveis e normalmente é utilizada nas ciências humanas, para estudar a 
um determinado grupo de indivíduos. No contexto da engenharia de produção, 
pesquisas qualitativas são particularmente úteis para identificar problemas 
relacionados à gestão de pessoas. 
 
Na academia, costuma-se optar por uma abordagem ou outra, mas na prática 
profissional, dada a complexidade dos desafios encontrados, muitas vezes 
utilizamos ambas as abordagens, que se complementam. Collis e Hussey 
(2005) conseguem explicitar como as pesquisas quantitativa e qualitativa nos 
fornecem dados complementares sobre um mesmo problema, nos dando uma 
visão mais abrangente sobre o problema: 
 
“Se você estivesse conduzindo um estudo sobre o estresse provocado por 
trabalho noturno e adotasse a visão quantitativa, seria útil coletar dados 
objetivos e numéricos, tais como taxas de absenteísmo, níveis de 
produtividade, etc. Todavia, caso adotasse uma visão qualitativa, você poderia 
coletar dados subjetivos sobre o estresse enfrentado por trabalhadores 
noturnos em termos de percepções, saúde, problemas sociais e assim por 
diante”. 
 
7 
2- Coleta de dados 
A fase de coleta de dados numa pesquisa científica corresponde ao momento 
em que usamos instrumentos específicos e técnicas de pesquisa, para reunir 
dados que serão analisados e interpretados conforme os objetivos do trabalho. 
É uma fase que exige bastante organização e procedimentos sistemáticos 
visando garantir a conformidade dos dados. 
 
Todo trabalho científico deve mencionar como a coleta de dados foi organizada 
e operacionalizada de acordo com o processo de pesquisa adotado. Todas as 
formas de coleta devem ser registradas no trabalho, inclusive as leituras 
também fazem parte desse procedimento. Não só as formas de coletas devem 
ser mencionadas, como também as suas respectivas fontes, o que tem 
ocasionado erros graves atualmente. 
O ambiente da coleta de dados também deve ser relatado, principalmente 
quando se trata de conclusões inferidas a partir de uma porção representativa 
de um todo. 
 
Uma pesquisa pode utilizar uma ou mais técnica de coleta de dados. A decisão 
será do pesquisador diante das necessidades identificadas da pesquisa. 
 
Início boxe multimídia 
A coleta de dados é parte fundamental de uma pesquisa, pois a partir desse 
banco de dados podemos realizar uma análise e obtermos informações de 
grande importância. E atualmente temos a parceria com a tecnologia que 
fornece diversas formas de organizar, controlar e agilizar a coleta de dados e 
sua análise. Podemos ter equipamentos do tamanho da mão para reunirmos 
“gigabytes” de informação! E o mais interessante é que a aplicação e os 
resultados gerados trazem benefícios para diversas áreas, como engenharia, 
saúde, social, econômica, entre outras. Para ampliar seus horizontes sobre a 
relevância da coleta de dados e como os seus resultados interferem em nossas 
vidas separamos para você dois vídeos de curta duração. O primeiro vídeo 
trata de uma reportagem sobre a Dengue e a disponibilidade da tecnologia 
como parceira na coleta de dados sobre esse problema de saúde pública. O 
link: https://www.youtube.com/watch?v=vkopGkwYwrQ. O segundo vídeo é 
8 
também uma reportagem sobre a coleta de dados do censo escolar para 
avaliar e melhorar o sistema de ensino do país. O link: 
https://www.youtube.com/watch?v=gJXNf5HNi34. Você pode observar através 
desses vídeos como a coleta de dados faz parte da construção de pesquisas 
associadas a temas do nosso cotidiano e também despertar para as 
oportunidades de pesquisa no seu curso de graduação! 
 
Fonte: http://www.freeimages.com/photo/584708] 
Fim Box 
 
Segundo Lakatos e Marconi (2003), “técnica é um conjunto de preceitos ou 
processos de que se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses 
preceitos ou normas, a parte prática. Toda ciência utiliza inúmeras técnicas na 
obtenção de seus propósitos”. 
 
A escolha dessas técnicas deve ser um processo realizado com base teórica e 
orientação. A técnica só fornece um bom resultado se a mesma for escolhida 
adequadamente para alcançar os objetivos da pesquisa e também se a sua 
aplicação for viável. O pesquisador precisa sempre estar atento a esse 
propósito. 
 
O planejamento e organização na coleta de dados são imprescindíveis para a 
qualidade e padronização dos dados. Podemos entender padronização como a 
uniformidade dos dados, ou seja, definir níveis de controle de qualidade a 
serem mantidos. Uma das formas de favorecer a padronização dos dados é 
estruturar um manual de procedimentos para a instrumentalização do trabalho 
9 
de campo e um plano para o treinamento das equipes visando a padronização 
das atividades. Esse guia também deve conter detalhes sobre: as informações 
gerais sobre o projeto, o detalhamento sobre a(as) equipe(s) de campo e suas 
responsabilidades, os instrumentos de coleta de dados e as instruções para o 
seu preenchimento e registro (MEDINA; OLIVEIRA, 1999). Há também 
pesquisadores que controlam a uniformidade dos dados através da verificação 
em campo no momento da coleta acompanhando todo o processo ou com 
softwares. 
 
O detalhamento e cuidado na coleta de dados está associada a fidedignidade 
dos dados e posteriormente aos resultados interpretados. Você não pode 
esquecer que são os dados coletados que darão recursos e informações para a 
análise do objeto pesquisado e as respostas às questões de seu estudo. 
 
É importante relatar que na engenharia de produção, em muitas situações 
utilizamos a estatística para coletar os dados. É uma poderosa ferramenta e na 
disciplina de estatística você aprenderá usar todo o seu potencial. 
 
A finalização da etapa de coleta de dados deve seguir o rigor metodológico pré 
definido no planejamento da pesquisa. “A coleta de dados deve ser dada como 
concluída quando a quantidade de dados e informações reduzir e/ou quando se 
considera dados suficientes para endereçar a questão da pesquisa” (MIGUEL, 
2007). Para a finalização dessa etapa também são considerados outros 
aspectos pertinentes como a viabilidade de permanência no local, os prazos 
assumidos, a infraestrutura financeira, entre outros. É também recomendável 
que ao longo dessa etapa os dados sejam armazenados com segurança e com 
mais de uma cópia em diferentes lugares, principalmente tratando se de 
hardwares. 
 
A seguir, conheceremos e discutiremos as principais técnicas de coleta de 
dados nas pesquisas científicas e relevantes para a engenharia. As técnicas de 
coleta de dados mais comuns nos trabalhos científicos são realizadas através 
de leituras, documentação, entrevistas, questionários, entre outros. Vamos 
conhecê-las! 
10 
3- Procedimentos,técnicas e instrumentos para a coleta de dados 
São inúmeros os procedimentos e técnicas utilizados no desenvolvimento de 
pesquisas. Apresentaremos aqui os mais utilizados no ramo da engenharia. 
 
Figura 5.3 Alguns dos procedimentos de coletas de dados mais usados na 
engenharia 
Autoria própria 
 
3.1 Pesquisa Bibliográfica 
O primeiro procedimento que utilizamos em qualquer pesquisa é o 
Levantamento Bibliográfico para nos interarmos do assunto e identificar 
possíveis caminhos por onde devemos seguir, além dos conceitos clássicos. 
Esse procedimento já foi amplamente discutido na aula 1 e não cabe 
repetirmos essas informações aqui. Vale apenas relembrar que Um dos 
grandes desafios nos dias atuais é o volume de informação e a credibilidade 
das fontes, por isso o pesquisador deve focar nas palavras-chave da sua 
busca, como aprendemos na aula 1, e também examinar origem dos dados 
para verificar a confiabilidade da informação. 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS 
TÉCNICOS 
Pesquisa 
Bibliográfica 
Pesquisa 
Documental 
Estudo e Caso 
Levantamento 
Pesquisa 
Experimental 
 
Pesquisa-ação 
Pesquisa 
Ex-Post-Facto 
11 
3.2 Pesquisa Documental 
Muitas vezes confundido com a Pesquisa Bibliográfica é a Pesquisa 
Documental, que se trata da busca por informações, não em livros e artigos 
científicos, mas em documentos originais. Oliveira (2007) argumenta que a 
pesquisa documental “caracteriza-se pela busca de informações em 
documentos que não receberam nenhum tratamento científico”. Documentos 
tais como relatórios técnicos ou não, fotografias, mapas, tabelas estatísticas, 
atas, ofícios, decretos e projetos de Leis são considerados fontes primárias e 
são comumente encontrados em repartições públicas, centros de pesquisas, 
arquivos oficiais, entre outros. Podemos também utilizar as fontes secundárias, 
que são matérias divulgadas pela imprensa em geral e as obras literárias. 
 
Lakatos e Marconi (2003) apresentam um quadro em que podemos observar 
com mais compreensão o amplo universo da pesquisa documental a partir de 
três variáveis - fontes escritas ou não; fontes primárias ou secundárias; 
contemporâneas ou retrospectivas. 
 
Figura 5.2: Fontes para a pesquisa documental 
Fonte: Lakatos e Marconi, (2003) 
 
12 
3.3 Pesquisa Experimental 
Este tipo de pesquisa: objetiva reproduzir determinado fenômeno dentro de 
condições de controle pré-estabelecidas para observar as causas e os efeitos. 
A pesquisa experimental costuma ser muito utilizada tanto na pesquisa básica 
quanto na pesquisa aplicada das áreas tecnológicas e biomédicas, 
principalmente quando se tratam de pesquisas explicativas. Ela também utiliza 
em determinadas condições, quando necessário, aparelhos e instrumentos de 
precisão e medição, assim como simulações e métodos matemáticos. 
“Essencialmente, a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto 
de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir 
as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no 
objeto” (GIL, 2002). A pesquisa experimental também é usada para testar 
materiais, criar protótipos, realizar modelagens e simulações (através de um 
modelo que representa um sistema real para verificar as conseqüências 
geradas por possíveis modificações). 
 
3.3.1 O papel da observação 
Uma parte significativa da pesquisa experimental se dá através da observação. 
Segundo Lakatos e Marconi (2003), a observação é aplicada “[...] para 
conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados 
aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em 
examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar”. 
 
A observação a partir da perspectiva científica precisa conter um plano de 
pesquisa com objetivos e procedimentos sistemáticos em relação ao seu 
registro, ao seu controle e a sua validação. Na pesquisa científica há várias 
modalidades de observação, no entanto vamos nos limitar a quatro tipos de 
observações: estruturada, não estruturada, participante e não participante. 
 
 
 
 
 
13 
A observação estruturada ou 
sistemática é realizada dentro de 
condições controladas para obter 
dados que respondam a metas pré-
estabelecidas (LAKATOS; MARCONI, 
2003). Geralmente é usada quando 
há necessidade de descrições 
precisas dos fenômenos e o por isso o 
pesquisador precisa eliminar a sua 
influência sobre o que observar ou o 
que coleta. Podem ser utilizadas as 
anotações, quadros, escalas, entre 
outros. 
A observação não estruturada ou 
assistemática é realizada de forma 
espontânea e livre, em que o 
pesquisador não pré-determina as 
perguntas diretas ou controles pré 
fixados. Nessa técnica o pesquisador 
precisar estar atento aos fenômenos e 
também é recomendável que ele 
tenha treinamento e/ou experiência 
para discernir o que deve observar 
para recolher os dados. 
 
A observação participante consiste 
na integração do pesquisador com o 
fato observado junto aos indivíduos. O 
pesquisador participa e tem contato 
com as experiências do universo 
verificado para o estudo. O grande 
desafio do observador é manter a 
objetividade devido às influências 
sofridas e exercidas no grupo. A 
inclusão no grupo é uma forma de 
aproximação e conhecer a intimidade 
do comportamento dos indivíduos para 
vivenciar as circunstâncias 
necessárias. 
E na observação não participante o 
pesquisador é apenas um elemento 
sem exercer qualquer influência no 
sistema. Segundo Lakatos e Marconi 
(2003) “[...] o pesquisador toma 
contato com a comunidade, grupo ou 
realidade estudada, mas sem integrar-
se a ela: permanece de fora”. 
 
Fonte: elaboração própria, baseada em Lakatos e Marconi (2003) 
 
3.4 Estudo de Caso: 
 
Trata-se de um estudo profundo com poucos objetivos bem definidos e sobre 
todas as características essenciais pertinentes de um caso particular. O caso a 
ser estudado pode ser escolhido por ser uma situação-modelo, que pode ser 
14 
generalizada para outros contextos, ou o contrário, justamente um caso 
excepcional, para entendermos o porquê de não se encaixar num determinado 
padrão. O estudo de caso pode englobar a observação direta dos de 
acontecimentos, entrevistas e coleta de dados. O estudo de caso é utilizado em 
diversas áreas de estudo. 
 
3.4.1 Entrevistas 
Por definição, a entrevista é uma interação dinâmica entre pessoas, ou seja, 
uma comunicação verbal entre duas pessoas ou mais pessoas. No entanto, a 
entrevista possui um objetivo maior que apenas uma simples conversa Os 
objetivos de uma entrevista podem ser: descobrir as opiniões e atitudes diante 
de fatos, percepção sobre informações, averiguar fatos, entre outros. 
 
A entrevista é uma técnica de coleta de dados muito utilizada por 
pesquisadores nas ciências humanas, podendo ser aplicada em todas as 
áreas, principalmente quando há dificuldades em encontrar dados através de 
registros e fontes documentais. O registro da entrevista, que pode ser por 
escrito, gravado em áudio ou ainda em vídeo, passa a ser uma fonte primária 
de informações. 
 
Conforme Lakatos e Marconi (2003) existem três tipos de entrevistas que são 
utilizadas de acordo com o escopo do entrevistador: padronizada ou 
estruturada, despadronizada ou não estruturada e painel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
ENTREVISTA PADRONIZADA OU 
ESTRUTURADA 
 perguntas previamente definidas como 
num roteiro. 
 o entrevistador não tem liberdade de 
alterar, adaptar ou aumentar o número 
de perguntas em seu programa. Geralmente, é feita com pessoas 
escolhidas de acordo com uma 
estratégia associada ao plano da 
pesquisa. 
 Por ter perguntas padronizadas, é mais 
fácil comparar as respostas dos 
diferentes 
 Apropriada quando há um grande 
número de entrevistados e, 
principalmente, quando há uma equipe 
de entrevistadores. 
 
ENTREVISTA 
DESPADRONIZADA OU NÃO 
ESTRUTURADA 
 ausência de roteiro 
 permite maior liberdade ao 
entrevistador, que pode 
desdobrar uma questão mais 
profundamente conforme o 
andamento da entrevista 
 costuma ter mais perguntas 
abertas e pode ser conduzida 
de forma mais informal do que 
a estruturada. 
subcategorias dentro das 
entrevistas despadronizadas 
 entrevista focalizada: 
realizada com indivíduos que 
viveram uma experiência 
específica 
 entrevista clínica: estuda os 
motivos e a conduta das 
pessoas 
 entrevista não-dirigida: o 
entrevistador é livre para 
improvisar e motivar o . 
determinado assunto, porém 
sem constrangê-lo. Essa 
pesquisa tenta captar 
impressões das pessoas 
sobre determinado assunto de 
forma expontânea sem que 
elas sejam influenciadas. 
 
ENTREVISTA PAINEL 
 pode ser entendida como um 
desdobramento da entrevista 
estruturada 
 as perguntas são repetidas, de 
tempos em tempos, às mesmas 
pessoas, para acompanhar a evolução 
das opiniões ao longo do tempo 
 a redação das perguntas e o intervalo 
entre as entrevistas devem ser 
cuidadosamente definidos a fim de 
evitar respostas “viciadas” com essas 
repetições. 
 
16 
 
É importante ressaltar as vantagens de utilizar a entrevista, como por exemplo, 
a aplicação em qualquer segmento da população e a oportunidade de avaliar 
atitudes, condutas, podendo o entrevistado ser observado naquilo que diz e 
como diz: registro de reações, gestos, etc; contudo, também há desvantagens 
como dificuldade de expressão e comunicação entre as partes (do 
entrevistador e do respondente) e ocupa muito tempo e é difícil de ser 
realizada. 
 
Para o sucesso de uma entrevista enquanto instrumento de pesquisa, são 
necessários alguns cuidados na sua preparação e condução: 
 conhecimento preliminar sobre o entrevistado ou as características 
requeridas; 
 organização de tempo e local para a entrevista; 
 garantia de sigilo sobre a identificação do respondente, quando isso for 
necessário para que ele se sinta mais a vontade para responder às 
perguntas francamente, principalmente quando se trata de um assunto 
sensível; 
 postura amigável do entrevistador; 
 apresentação e justificativa da pesquisa, por conseqüência a necessidade 
de contribuição do respondente; 
 registro das respostas (assim como postura, gestos e atitudes) na hora da 
entrevista através de anotações ou um gravador; 
 disponibilizar aos entrevistados os resultados da pesquisa. 
 
 
3.5. Levantamento ou Pesquisa survey 
Semelhante à entrevista, um survey visa identificar e analisar características, 
comportamentos e ações relacionadas ao objetivo do estudo. Esse tipo de 
pesquisa pode ser conduzido ao vivo, ou se utilizando alguma mídia: 
tradicionalmente, questionários eram enviados pelo correio, hoje em dia é 
muito comum se utilizar a internet para este fim. Os dados costumam ser 
17 
analisados de forma descritiva para que se chegue a generalizações sobre 
determinados grupos. 
 
3.5.1 Questionário como instrumento de pesquisa 
O uso de questionários configura uma forma prática e organizada de coletar 
dados para uma pesquisa independente da presença do entrevistador e pode 
ser distribuído aos respondentes pessoalmente, por correio ou, mais 
comumente hoje em dia, pela internet. O questionário pode ser entendido como 
um conjunto de questões orientadas a pessoas com determinadas 
características, ou não, para conseguir dados e informações sobre diversos 
assuntos (GIL, 2008). 
 
A construção de um questionário deve ser realizada após uma profunda 
reflexão sobre os objetivos da pesquisa; já que os mesmos serão 
transformados em questões específicas. É importante ressaltar a natureza do 
questionário que deve ser sempre impessoal para manter a uniformidade dos 
dados independente das situações. A precisão e a observância de normas 
também devem ser consideradas na elaboração de um questionário para 
consolidar sua eficácia e validade (LAKATOS; MARCONI, 2003). A forma, a 
seqüência, a extensão das perguntas, e o grau em que elas estão relacionadas 
com os objetivos geral e específicos da pesquisa podem afetar a qualidade e a 
confiabilidade das respostas. Gil (2008) define três tipos de perguntas quanto a 
forma: questões fechadas, questões abertas e questões dependentes. 
 
As questões fechadas são aquelas com um número limitado de respostas. 
Geralmente é apresentada uma lista de alternativas para que a pessoa escolha 
a opção que melhor representa sua opinião ou situação. Os questionários com 
questões fechadas são mais fáceis de processar, analisar e fornecem uma 
uniformidade as respostas, porém implicam riscos de não conterem as 
alternativas significativas para a pesquisa (GIL, 2008). Exemplos: 
1) Você já possui algum curso de 
graduação? 
( ) Sim 
( ) Não 
1) Da lista de atividades a seguir, o ( ) Ficar navegando na internet. 
18 
que você mais gosta de fazer com 
o seu tempo livre em sua 
residência? 
( ) Ler um livro. 
( ) Dormir. 
( ) Fazer exercícios físicos. 
( ) Ver televisão. 
2) Sou favorável à política de cotas 
nas universidades públicas. 
 
( ) Concordo plenamente. 
( ) Concordo. 
( ) Não tenho opinião. 
( ) Discordo. 
( ) Discordo plenamente. 
 
As questões abertas não restringem as respostas do informante. Ele pode 
expressar suas opiniões livremente e usar sua própria linguagem (LAKATOS; 
MARCONI, 2003). No aspecto da investigação, as respostas abertas 
possibilitam muitas perspectivas interessantes, porém há o inconveniente de 
não necessariamente conter informações relevantes para o foco da pesquisa. 
Além disso, pelas respostas não serem padronizadas, a análise e a 
interpretação para os resultados desse tipo de questão exigem uma maior 
dedicação e um cronograma mais longo. Exemplos: 
1) Em sua opinião, por que a violência está crescendo no Brasil? 
2) Qual é a sua opinião sobre a Lei do desarmamento no Brasil? 
 
 
Já as questões dependentes são aquelas que estão relacionas com a 
questão anterior e dentro de algum contexto. Segundo Gil (2008), “nesse caso, 
a pesquisa referente à opinião é dependente em relação à outra”. Vamos ver 
os exemplos: 
1) Você pratica atividade física? 
 
( ) Sim (responda a questão 
número 2) 
( ) Não (responda a questão número 
3) 
2) Qual tipo de atividade física? 
 
( ) Musculção 
( ) Corrida ou caminhada 
( ) Natação 
19 
( ) Ciclismo 
( ) Outro 
3) Você já praticou atividade física 
no passado? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
 
 
Recomendações para a elaboração de um questionário: 
 Evite que um questionário não seja longo e cansativo; 
 Pergunte dados pessoais como nome e número de documentos; 
 Ordene as perguntas de forma que no início estejam as questões mais 
gerais e mais fáceis e vá gradualmente aumentando o grau de 
complexidade, deixando as questões mais específicas para o final; 
 Tome cuidado com o tratamento gráfico do questionário, para que ele seja 
claro e motivante para o respondente; 
 Dê instruções claras para preenchimento o questionário logo no início; 
 Informe ao respondente sobre o objetivo da pesquisa ea organização 
responsável pelo levantamento de dados na abertura do questionário. 
 
Essa técnica constitui muitas vantagens como o baixo custo, a preservação da 
identidade do indivíduo, ausência da influência do indagador pode abranger 
variados temas em diferentes níveis, alcança grandes áreas geográficas, o 
respondente se sente mais confortável para escolher a hora mais conveniente 
para preencher o questionário, entre outras. No entanto, é uma técnica que 
também apresenta limitações como o baixo percentual de questionários 
devolvidos preenchidos, aproximadamente 25% (Lakatos e Marconi, 2003), 
exclui pessoas que não possuem alfabetização, não possui auxílio para 
elucidar dúvidas sobre questões mal compreendidas, os itens podem ter 
significados diferentes para cada indivíduo fornecendo resultados críticos em 
relação a objetividade (Gil, 2008). 
 
Após a elaboração do questionário recomenda-se que o mesmo seja testado 
em uma pequena amostra para evidenciar possíveis falhas e inconsistências 
20 
nas perguntas e nos prováveis resultados. Posterior a sua análise, o 
pesquisador decidirá por uma reformulação do questionário, caso julgue 
necessário. 
 
Para Lakatos e Marconi (2003), testar o questionário apresenta três elementos 
pertinentes para sua avaliação. 
a) Fidedignidade – os resultados sempre serão os mesmos, independente de 
quem aplique. 
b) Validade - os dados obtidos estão em conformidade com os objetivos da 
pesquisa. 
c) Operatividade – observar se o vocabulário está acessível e significado 
compreensível. 
 
 
3.6. Pesquisa-Ação: contempla um estudo associado a uma específica ação 
ou a solução de um problema coletivo, geralmente em contato direto com o 
campo de investigação. Os pesquisadores e participantes representativos da 
situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo 
coletando informações através de diferentes técnicas, porém o meio mais 
comum é a entrevista (THIOLLENT, 2002). É um tipo de pesquisa social de 
base empírica. 
 
3.7. Pesquisa Ex-Post-Facto: o nome vem do latim e quer dizer “a partir do 
fato passado” ou “depois da ação”. Nessa pesquisa o experimento se realiza 
depois dos fatos. Os dados são coletados após a ocorrência dos eventos e 
geralmente é utilizada quando há impossibilidade de pesquisa experimental. 
Isso ocorre pois nem sempre é possível recriar o sistema para observar a 
relação de todas as variáveis ou simplesmente o pesquisador não tem controle 
sobre o fenômeno e se tornar apenas um observador. É um tipo de pesquisa 
muito usado na área de saúde – por exemplo, num caso-controle para 
associação de doenças infecciosas – ou na análise do impacto de uma nova 
fábrica em uma cidade, medindo tanto o desenvolvimento da região quanto os 
problemas decorrentes dessa implantação. 
 
21 
Início boxe multimídia 
Que tal assistir um filme que mostra as fases de uma pesquisa científica e a 
determinação em coletar dados e analisa-los para salvar a vida de um ser 
humano?! São os principais atrativos do filme O Óleo de Lorenzo (ou no 
original: Lorenzo´s Oil), baseado em fatos reais, o filme conta a história do 
menino Lorenzo e a busca determinada de seus pais pela descoberta de cura 
para os sintomas que aparecem no menino. A medicina tradicional não oferece 
resposta, então por conta própria os pais iniciam uma pesquisa profunda sobre 
o tema. Começam com a pesquisa bibliográfica e aprofundam através de 
experimentos. Direção: George Miller. Elenco: Peter Ustinov, Susan Sarandon, 
Kathleen Wilhoite, Margo Martindale, entre outros. EUA, 1993. 
Fim Box 
 
Conclusão 
A coleta de dados é uma fase imprescindível da pesquisa, pois através de 
técnicas definidas conseguimos informações essenciais para o 
desenvolvimento do estudo e seus resultados. O planejamento e a conduta 
durante a realização da coleta de dados interferem diretamente na precisão 
dos dados e por conseqüência nos resultados da pesquisa. É importante 
ressaltar que a escolha da técnica de coleta de dados deve estar alinhada aos 
objetivos do estudo. Diferentes tipos de pesquisa atendem diferentes objetivos 
e orientam a escolha dos instrumentos de investigação mais adequados. 
Agora, você já conhece todas as vertentes da pesquisa científica e pode fazer 
uma revisão das últimas aulas para obter uma perspectiva ampla de todos os 
conceitos fundamentais da metodologia científica! 
 
 
Resumo 
Na aula 5, aprendemos que a coleta de dados tem um grande impacto nos 
resultados de um estudo e existem recomendações importantes para a sua 
realização. Trabalhar com as técnicas de coleta precisa de planejamento e 
discernimento quanto a sua utilização para obtermos dados expressivos para o 
estudo. A pesquisa é classificada de acordo com seus usos para que o 
pesquisador possa delimitar seu estudo e prever seus possíveis resultados. A 
22 
classificação da pesquisa também serve para informar o critério usado para o 
desenvolvimento do estudo e suas diretrizes. 
 
Informações sobre a próxima aula 
Na Aula 6, você conhecerá os diferentes tipos de trabalhos científicos e suas 
características. Você também conhecerá as orientações principais de como 
fazer esse trabalhos que farão parte da sua vida acadêmica. Até lá! 
 
 
Referências 
 
 
CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice 
Hall, 2002. 242 p. 
 
COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em administração: um guia prático 
para alunos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 
2005. 
 
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010. 
 
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: 
Atlas, 2002. 
 
GONSALVES, E. P. Conversas sobre iniciação à pesquisa científica. 
Campinas, SP: Alínea, 2001. 
 
LAKATOS, E. V.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 5ª 
ed., São Paulo: Editora Atlas, 2003. 
 
MEDINA, Norma Helen; OLIVEIRA, Márcia Benedita de. Trabalho científico: 
roteiro para o planejamento e cuidados preliminares. Arq. Bras. Oftalmol., São 
Paulo , v. 62, n. 5, Oct. 1999. 
 
23 
MIGUEL, Paulo Augusto Cauchick. Estudo de caso na engenharia de 
produção: estruturação e recomendações para sua condução. Prod., São 
Paulo , v. 17, n. 1, Apr. 2007. 
 
OLIVEIRA, M. M. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis, Vozes, 2007. 
 
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 11. ed. São Paulo: Cortez, 
2002. 
 
TURRIONI, João Batista; MELLO, Carlos Henrique Pereira. Metodologia de 
pesquisa em engenharia de produção. Itajubá: Universidade Federal de Itajubá, 
2012.

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