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CONSTITUCIONAL DIREITO Guilherme Jakymiu Furtado PARA CONCURSOS PARA CONCURSOS (RESUMIDO) 1 Guilherme Jakymiu Furtado é bacharel em Direito pela UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí SC. Pós graduando em Direito e Processo Penal pelo Complexo Educacional Damásio de Jesus. Estudante. A presente apostila tem por objetivo tratar a ciência do Direito Constitucional - de uma forma direta e resumida, voltada aqueles que se preparam para concursos públicos, estudantes ou profissionais da área. Foi organizada com base na doutrina, legislação e jurisprudência disponíveis até o mês de maio de 2013. Bons estudos! 2 CONSTITUCIONALISMO É um movimento histórico, político e jurídico com o objetivo de limitar o poder estatal por meio de uma Constituição. Impõe parâmetros ao exercício do poder, pois assegura aos indivíduos garantias individuais Neoconstitucionalismo – movimento que surge após a 2ª Guerra Mundial, fruto do pós positivismo, e cujo objetivo é assegurar uma maior eficácia da Constituição, principalmente dos direitos fundamentais Maior importância aos princípios (não se analisa somente o texto legal da CF) Maior eficácia dos direitos fundamentais (o Supremo já reconhece eficácia concreta dos dir. fun.) Surgimento à uma hermenêutica constitucional CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO Constituição é a lei fundamental e suprema de um Estado Em decorrência do princípio da supremacia da Constituição, toda e qualquer norma do ordenamento jurídico deve ser compatível com seu conteúdo Concepções: Sociológica: Ferdinand Lassale - Constituição é a soma dos fatores reais de poder, não prevalece o que está escrito, e sim o poder que emana da sociedade. Dessa forma, todo Estado possui uma Constituição, já que não se trata de um documento ou lei. Política: Carl Schimitt - Constituição é a decisão política fundamental tomada pelo povo - posição decisionista. Estabelece a estrutura do estado e os direitos fundamentais. Atos não decididos pelo povo seriam apenas leis constitucionais Jurídica: Hans Kelsen – a) Sentido jurídico-positivo: Constituição é a lei mais importante de todo ordenamento jurídico. Para que uma lei seja válida, precisa ser compatível com a Const. b) Sentido lógico-jurídico: Acima da Const. há uma norma hipotética fundamental, não escrita, cujo único mandamento é “obedeça a Constituição”. Decorre da racionalidade do homem. Seu fundamento não é sociológico, político ou filosófico. Decorre do plano do dever ser, e não do ser Culturalista – No Brasil José Afonso da Silva e Meirelles Teixeira – A Const. é fruto da cultura de um país, sendo também uma norma jurídica 3 CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO A Constituição pode ser classificada de acordo com seu conteúdo, forma, modo de elaboração, origem, rigidez e extensão: 1. Conteúdo .Material: possui apenas matéria constitucional, ex. estrutura e poderes do Estado .Formal: possui outros assuntos além da matéria constitucional. Dispositivos serão normas constitucionais pois estão inseridos na CF (tudo contido nela é constitucional e superior hierarquicamente as demais normas) 2. Forma .Escrita: um só documento .Costumeira (não escrita): mais de um documento, baseia-se nos costumes e jurisprudência ex. Const. da Inglaterra 3. Modo de Elaboração .Dogmática: fruto de trabalho legislativo específico, criado por órgão constituinte diante do direito dominante da época .Histórica: fruto de lenta e contínua evolução das tradições e costumes de um povo 4. Origem .Promulgada/popular: fruto de órgão constituinte eleito pelo povo, é democrática .Outorgada: imposta por ditador, sem participação popular. CF 1824 – Dom Pedro 1º, 1937 – Getúlio Vargas, 1967 – Ditadura Militar .Cesarista: feita pelo governante e submetida a referendo pelo povo .Pactuada ou dualista: fruto do acordo entre duas forças políticas (ex. Magna Carta Inglesa de 1215 – Rei João x Barões) 5. Estabilidade ou rigidez .Imutável: não pode ser alterada .Rígida: Pode ser alterada, mas com procedimento mais complexo do que a alteração de normas infraconstitucionais. A CF contém normas denominadas super rígidas, pois não podem ser alteradas por emendas - cláusulas pétreas (CFRB/88) .Flexível: CF possui mesmo processo de alteração do que outras leis .Semirrígida: parte dela é rígida e parte é flexível 6. Extensão .Sintética: Contém só os princípios fundamentais e estruturais do Estado, mais resumida .Analítica: Regulamenta todos os assuntos considerados relevantes para a 4 organização de um Estado, mais extensa CRFB/88: Formal, Escrita, Dogmática, Promulgada, Rígida, Analítica Outras classificações A. Quanto a Função (Canotilho) .Garantia: fixa os direitos e garantias fundamentais, é uma carta declaratória .Dirigente: além de fixar os direitos e gar. fundamentais, fixa metas estatais (CFRB/88) B. Quanto a Sistemática .Unitária: Composta de um só documento .Variada: Composta de vários documentos esparsos. (CFRB/88 – A constituição não se resume ao seu texto escrito, analisar o Bloco de Constitucionalidade, vez que também são normas constitucionais os princípios nela implícitos bem como os tratados internacionais sobre Direitos Humanos) C. Quanto ao Sistema .Principiológica: preponderam os princípios, há mais princípios que regras .Preceitual: preponderam as regras .No Brasil há um grande número de regras e princípios, impossível tal classificação ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO Orgânicos: organizam a estrutura do Estado e do Poder (da organização do estado art.18; da organização dos poderes art.2º; das forças armadas e da segurança pública; organização do judiciário art. 92) Limitativos: limitam o poder estatal, conferindo garantias individuais (direitos fundamentais art.5º) Sócio-ideológicos: fixam uma ideologia estatal. Definem as obrigações estatais no tocante aos direitos sociais, e na atuação na esfera econômica (objetivos da república art.3º; dos direitos sociais; da ordem econômica e financeira) De estabilização constitucional: buscam a estabilidade em situações de crise institucional; instrumentos de preservação da CF (intervenção federal art.34; controle de constitucionalidade, do estado de defesa e de sítio art.136, seg) Formais de Aplicabilidade: determinam como será aplicada a CF (preâmbulo e ADCT) 5 ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO Preâmbulo: Não é considerado norma, serve apenas para interpretação da CF (STF). Está situado no domínio da política e da história e não do direito. Não se exige sua reprodução nas Constituições Estaduais, já que não é norma constitucional, tampouco pode ser usado como parâmetro no controle de constitucionalidade – nenhuma lei fere o preâmbulo. A palavra Deus no preâmbulo não fere a laicidade do Estado Brasileiro (decisão STF) Parte permanente: apesar do nome, não é imutável, pode ser objeto de reforma ADCT: Tem natureza de norma constitucional de caráter transitório ou excepcional Sua alteração ou inclusão de novas normas depende de emendas constitucionais ante sua natureza constitucional CLÁUSULAS PÉTREAS Quatro matérias que não podem ser retiradas da CF, nem por emenda. Também chamadas de normas super rígidas. Art. 60 § 4º da CF. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 1. Forma federativa de Estado (Federação) Sistema de governo presidencialista não é cláusula pétrea Forma de governo republica é uma cláusula pétrea implícita, conforme entende o STF 2. Voto direto, secreto, universal e periódico Direto – o povo escolhe diretamente seu representante Secreto – sigiloso Universal – todos têm o direito de votar Periódico – voto é realizado de tempos em tempos O voto obrigatório(18-17 anos) não é cláusula pétrea, podendo ser alterado 3. A separação dos poderes São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário Preâmbulo Parte permanente – art. 1 ao 250 ADCT 6 4. Os direitos e garantias individuais Não estão situados apenas no art. 5º; STF entende que também o art. 150 (anterioridade tributária- direito individual do contribuinte), art. 16 (anterioridade eleitoral – direito individual do eleitor) STF entende que Direitos Sociais também são cláusulas pétreas. Trata-se também de hipótese de interpretação ampliativa ou generosa das cláusulas pétreas EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS Eficácia da norma jurídica é a possibilidade de produzir efeitos concretos 1. Normas de eficácia plena e aplicabilidade imediata ou integral: Produzem efeito desde logo, não necessita regulação posterior por norma infraconstitucional 2. Normas de eficácia contida (restringível ou redutível) e aplicabilidade imediata ou integral: Produzem efeito desde logo, entretanto podem ser restringidas por norma infraconstitucional (salvos). Exemplo: Art. 5º XIII – É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Ex. exame da OAB 3. Normas de eficácia limitada e aplicabilidade mediata: Não produzem grandes efeitos de imediato, dependem de regulamentação infraconstitucional ou de administradores A. de princípio institutivo: são traçados esquemas gerais para que o legislador os complemente por lei Ex. Art. 37, VII – o direito de greve (dos servidores públicos) será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica B. de princípio programático: são traçados programas ou diretrizes de atuação para os órgãos estatais Ex. Art. 4º § único – A república federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino americana de nações Segundo o STF, essas normas são capazes de gerar direitos subjetivos (podem ser cobrados) porque o Estado tem o dever realizar um mínimo existencial dessas normas Obs. Se o complemento infraconstitucional para norma de eficácia limitada não for feito, ocorrerá inconstitucionalidade por omissão. Poderá ser objeto de mandado de injunção ou ADI por omissão 7 PODER CONSTITUINTE É o poder de criar ou alterar uma constituição. No Brasil, ainda que indiretamente, seu titular é o povo, o qual elegeu uma Assembleia Nacional Constituinte para tanto. A teoria do poder constituinte derivou de Emanuel Joseph Sieyès em 1789 com o livro “O que é o 3º estado” Originário Cria a constituição, instaura uma nova ordem jurídica. Tem por características: Inicial: inaugura uma ordem jurídica, revogando a anterior se tiver ilimitado: não há limitação pelo direito pré-existente, podendo estabelecer qualquer coisa incondicionado: não se submete a nenhuma forma anterior, podendo ser exercido de qualquer maneira (por uma revolução, assembleia constituinte, etc) permanente: não se exaure com seu exercício Atualmente existe uma posição moderna, majoritária, no atinente à característica “ilimitado” cujo identifica limites ao poder originário: a) O Direito Natural b) Proibição do retrocesso: a CF não pode retroceder na tutela dos direitos fundamentais Derivado ou instituído Instituído pelo poder constituinte originário para modificar a constituição. Tem por características: secundário: deriva do originário limitado: há limitações na própria CF, a exemplo das cláusulas pétreas condicionado: alteração deve estar de acordo com o processo pré-estabelecido pelo constituinte originário, ex. Emenda constitucional .Espécies de poder constituinte Derivado: Reformador: modifica a CF pelo processo nela previsto. No Brasil, o Congresso Nacional por emendas Decorrente: poder dos estados para elaborarem suas constituições Segundo o STF, o DF também possui tal poder. Isso porque a Lei Orgânica do DF tem status de constituição estadual 8 Revisor: Revisão feita na CF 5 anos após sua promulgação, pelo congresso nacional em sessão unicameral (duas casas unidas) por maioria absoluta de votos. Alguns doutrinadores entendem o revisor ser parte do reformador MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL/PODER CONSTITUINTE DIFUSO e REFORMA É a alteração do significado da constituição sem a alteração de seu texto. Muda-se a interpretação. Já a Reforma Constitucional é a alteração física, no texto da CF, da qual divide-se em: Revisão constitucional – art. 3º ADCT – idem poder derivado revisor, já aconteceu Emenda constitucional – art. 60 CF – único modo de se reformar a CRFB/88 (posição majoritária) NOVA CONSTITUIÇÃO E A ORDEM JURÍDICA ANTERIOR ou FENÔMENOS CONST. Desconstitucionalização .Quando nova CF, dita expressamente que CF anterior passará a viger, no que for compatível, a título de norma infraconstitucional. (transforma CF velha em lei) .Não pode ser objeto de ação de inconstitucionalidade mas de revogação por lei ordinária. .Nunca se utilizou no Brasil. Recepção .Quando CF posterior, recepciona/recebe todas normas infraconstitucionais desde que compatíveis com seu texto. .Não sendo compatível, norma perde eficácia. Não poderá ser objeto de ação de inconstitucionalidade, pois quando elaboradas eram compatíveis. Ex. Lei de imprensa .A recepção pode alterar a natureza normativa de alguns atos. Ex. Código penal (decreto lei 2848/40 – foi recepcionado como lei ordinária) Recepção material de norma Constitucional .A nova CF mantém em vigor alguns dispositivos da constituição anterior Represtinação .Retorno da lei/CF revogada, quando sua revogadora deixa de existir .Via de regra não é permitido no Brasil. Exceções: se a lei nova ditar expressamente ou a cautelar da ADI Retroatividade da norma Constitucional 9 .A CF atinge apenas os efeitos, de fatos anteriores, que ainda irão ocorrer. .Denomina-se retroatividade mínima. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS A república federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal. Todo o poder emana do povo, por meio de representantes eleitos ou diretamente por ele São poderes da união, independentes e harmônicos entre si, o legislativo, judiciário e executivo A CF estabeleceu uma estrutura como o fim de garantir a independência entre eles, com atribuições de controle recíproco Fundamentos: 1. Soberania – Poder político não limitado por nenhum outro (interna: perante os cidadãos ou externa: perante a ordem internacional) 2. Cidadania – Participação política dos indivíduos 3. Dignidade da pessoa humana 4. Valorização social do trabalho e da livre iniciativa 5. Pluralismo político – diversidades e liberdades (sociais, políticas, culturais...) devem ser respeitadas Objetivos fundamentais: 1. Construir um sociedade livre, justa e solidária 2. Garantir o desenvolvimento nacional 3. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais 4. Promover o bem de todos, sem preconceitos de cor, raça, sexo, idade ou quaisquer outro tipo de discriminação Obs. Tratam-se de ações estatais, portanto, começam com verbo DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Direito – norma de conteúdo declaratório ex. você tem direito a honra, locomoção Garantia – norma de conteúdo assecuratório, resguarda um direito ex. indenização por 10 dano material e moral, habeas corpus CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS Conforme a CRFB/88 – Direitos e garantias individuais e coletivos (art. 5º), Direitos sociais (art. 6º a 11), Direito de nacionalidade (art. 12 e 13), Direitos políticos e partidos políticos (art. 14 a 17) Conforme a doutrina 1ªDimensão São os direitos individuais, ou liberdades públicas - Liberdade O Estado tem o dever principal de não fazer Ex. direito a vida, liberdade, propriedade, bem como novos direitos: de morrer, ao esquecimento 2ª Dimensão São os direitos sociais - Igualdade O Estado tem o dever principal de fazer Ex. prover direito a saúde, educação, moradia, trabalho, etc 3ª Dimensão São os direitos metaindividuais ou transindividuais - Fraternidade Ex. direitos difusos e coletivos – como o meio ambiente sadio, busca da paz Classificação dos status de Jellinek a) Status Negativo – o Estado tem o dever de não fazer (liberdades públicas) b) Status Positivo – o Estado tem o dever de fazer (direitos sociais) c) Status Ativo – possibilidade de interferir nas decisões do Estado (direitos políticos) d) Status Passivo – a pessoa tem um dever com relação ao Estado (dever de cuidar dos filhos art. 229) TITULARES O art. 5º caput dita os Brasileiros e os estrangeiros residentes no país, mas também: Todos que estão no território brasileiro (ainda que não residentes) são titulares de direitos fundamentais (STF). Ex. turista estrangeiro pode impetrar HC Pessoa jurídica é titular de alguns, pois outros são incompatíveis com a natureza da pessoa jurídica; inclusive a pessoa jurídica de direito público (STF) 11 Embrião é titular de alguns, exceto o fora do ventre materno, congelado (STF) Morto é titular de alguns, ex. imagem, dignidade (STJ) CARACTERÍSTICAS A) Historicidade – decorrem de uma evolução histórica B) Universalidade – pertencem a todos C) Concorrência – podem ser usufruídos simultaneamente D) Relatividade – não são absolutos! Ex. a vida pode ser ceifada em caso de guerra. Doutrina minoritária alega que alguns direitos são absolutos, como a vedação da tortura E) Inalienabilidade – não se pode renunciar aos direitos fundamentais, mas podem não ser exercidos F) Vinculação aos três poderes – legislativo, executivo e judiciário em seus atos devem respeitar os d.f. EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .Eficácia vertical: aplicação dos direitos fund. nas relações entre Estado e Pessoas, ex. o Estado não pode tirar a vida ou propriedade do indivíduo indevidamente, ou de não prover saúde .Eficácia horizontal: aplicação dos direitos fund. nas relações entre Pessoas e Pessoas, nas relações privadas. Observar a autonomia de vontade das relações privadas Mediata ou indireta: os direitos fund. se aplicam as relações privadas, por meio de lei infraconstitucional Imediata ou direta: os direitos fund. se aplicam nas relações privadas sem necessidade de lei infraconstitucional, ou seja, o art. da CF se aplicando diretamente no fato Art. 5º § 1º - as normas definidoras dos direitos fundamentais tem aplicação imediata – dispensam regulamentação DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE Leitura da CF. 12 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS HABEAS-CORPUS . Quando alguém sofrer (hc repressivo) ou ameaçado de sofrer (hc preventivo) violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder Não cabe HC contra punição disciplinar do militar art. 142 § 2º CF Sujeito Ativo: Pessoa física, em nome próprio ou alheio, ainda que sem advogado, por brasileiro ou estrangeiro Não se admite HC apócrifo (anônimo, sem assinatura) Não será julgado HC contra a vontade do paciente – STF, ex. goleiro Bruno Não cabe HC em favor de p.j; mas, pessoa jurídica pode ingressar em favor de pessoa física Sujeito Passivo: Autoridade coatora pública ou particular, ex. delegado de polícia, diretor de hospital que não libera o paciente enquanto não paga a conta Competência O juízo competente para julgar o HC depende da autoridade coatora – deverá ser impetrado à autoridade acima da autoridade coatora ex. se a.c delegado – juiz, se a.c juiz – tribunal Se a.c for Turma Recursal do JECRIM – conforme súmula 690 a competência é do STF. Mas o supremo a deixou de aplicar, entendendo que a competência é do TJ ou TRF Justiça do Trabalho pode julgar HC, mas não significa que julgará matéria penal EC 45/04 .Ação gratuita Obs. Na CF de 1891, o HC tutelava quaisquer direitos e não apenas a liberdade de locomoção – teoria brasileira do habeas corpus HABEAS-DATA . Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante constante em banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público, ex. SPC (garante o acesso a informações pessoais – é diferente do direito de certidão e informação) Também para retificação de dados , quando não se prefira fazer por processo sigiloso, judicial, administrativo (corrigir informações se incorretas) Também para fazer anotações nos dados pessoais quando estiverem corretos (acrescido pela lei 9507/97 – ex. justificar o porquê do nome constar no SPC) Obs. Necessita esgotamento (negativa ou demora) da via administrativa para impetrar o HD 13 Sujeito Ativo Pessoa física ou jurídica A pessoa do impetrante. Ação personalíssima Sujeito Passivo Entidades estatais (detentor da informação) Agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público .Ação Gratuita .Não admite ser impetrada por terceiros .Precisa de advogado. O único remédio que não precisa, é o HC MANDADO DE SEGURANÇA . Para proteger direito líquido e certo, não amparado por HC e HD, por ilegalidade ou abuso de poder de sujeito passivo Liquido e certo é o direito já provado, que não precisa dilação probatória Prazo decadencial: 120 dias (6 meses) desde o conhecimento do ato Lei 12.016/09 Sujeito Ativo Pessoa física e jurídica Sujeito Passivo Autoridade pública Agente de pessoa jurídica no exercício de função pública MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO . Para proteger direito líquido e certo, não amparado por HC e HD, por ilegalidade ou abuso de poder de sujeito passivo Difere do MS individual quanto ao direito tutelado e sujeito ativo (legitimados) Direitos tutelados: direitos coletivos - pertencem a uma coletividade determinável de pessoas e é um direito indivisível, ex. associados de sindicato + direitos individuais homogêneos – pertencem a uma coletividade determinável de pessoas e é divisível, ex. familiares vítimas de acidente aéreo Sujeito Ativo Partido político com representação no Congresso Nacional (1 deputado e 1 senador) Organização sindical, entidade de classe ou associação associação legalmente constituída e em funcionamento há 1 ano em defesa de seus membros ou associados 14 Sujeito Passivo Autoridade pública Agente de pessoa jurídica no exercício função pública Obs. O MS coletivo não produzirá litispendência quanto às ações individuais. Para aquele que impetrou MS individual, e queira se beneficiar do MS coletivo, deverá desistir da sua ação no prazo de 30 dias, a contar do conhecimento da medida coletiva MANDADO DE INJUNÇÃO . Quando a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos constitucionais (direitos e liberdades individuais + prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania, à cidadania). Exemplos: Art. 37 VII – Direito de greve do servidor público condicionado a regulamentação por lei – inexiste tal lei Sujeito Ativo Pessoa física ou jurídica STF admite o Mandado de Injunção Coletivo – mesmas partes do MS Coletivo STF admite o Município impetrar MJ – informativo 466 STF Efeitos STF adota uma posição concretista – produzirá efeitos concretos, dividindo-se em a) individual – beneficia a pessoa do impetrante ou b) geral – produziráefeitos para além das partes AÇÃO POPULAR . Utilizado para anular ato lesivo (evitar ou reparar lesão) ao: . patrimônio público . à moralidade administrativa . meio ambiente . patrimônio histórico e cultural Sujeito Ativo Cidadão, aquele que está no gozo dos direitos políticos – eleitor, ainda que fora de seu domicílio eleitor - em outra cidade Eleitor com 16 anos, não precisa da assistência dos pais – entendimento doutrinário Estrangeiro não pode, pois não tem direitos políticos, salvo o português equiparado .O autor é isento de custas e sucumbência, salvo má-fé 15 DIREITO DE PETIÇÃO Direito de peticionar aos poderes públicos para: . defesa dos direitos . contra ilegalidade ou abuso de poder .independe do pagamento de taxas DIREITO DE CERTIDÃO Utilizado para obtenção de certidões em repartições públicas, para: . defesa de direitos . esclarecimentos de situações de interesse pessoal .independe do pagamento de taxas Obs. violado o direito de certidão, cabe Mandado de Segurança DIREITOS SOCIAIS São direitos de 2ª dimensão, no qual o Estado tem o dever principal de fazer, previstos no art. 6º da CF, mas que são regulamentados pela própria CF no título Ordem Social Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição As normas definidoras dos direitos sociais (previstas no título ordem social) não produzem todos seus efeitos, são programáticas. Mas, o Estado é obrigado a assegurar um mínimo existencial desses direitos sociais, dentro do limite “reserva do possível” já reconhecido pelo STF e STJ Obs. o art. 7º dita sobre os direitos individuais dos trabalhadores. O art. 8 ao 11 dita sobre os direitos coletivos dos trabalhadores (sindicalização e greve) NACIONALIDADE Nacionalidade é o vínculo jurídico-político de um indivíduo com um estado. Nacionalidade originária / primária Adquire-se com o nascimento; brasileiro nato Nacionalidade derivada / secundária Adquire-se por opção, com a naturalização; brasileiro naturalizado 16 Existem pessoas sem nacionalidade, chamadas de apátridas ou heimatlos, fato pouco evidente hoje, já que a nacionalidade constitui direito fundamental. Importante verificar também os conceitos de: Povo – conjunto de nacionais, não importando aonde estejam População – conjunto de pessoas em um lugar, independente das nacionalidades Nação – conjunto de pessoas ligadas por laços históricos, culturais e linguísticos Critérios para adquirir nacionalidade primária em um Estado: Jus Solis: territorialidade Jus Sanguinis: por ascendência Obs. Brasil adotou o sistema misto Critérios para adquirir nacionalidade originária no Brasil: 1. os nascidos no Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que não estejam a serviço de seu país 2. os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileiro, que qualquer esteja à serviço do Brasil 3. os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileiro, desde que sejam registrados em órgão competente* OU venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira – *inserido pela EC 54/2007 que suprimiu a lacuna de 94 a 2007 quando a CF não admitia o registro no exterior – norma retroativa – mais informações: www.brasileirinhosapatridas.org No segundo caso, o STF entende que a nacionalidade será adquirida já com a fixação da residência, nacionalidade esta precária, se tornando definitiva com a opção O TSE dita que, o alistamento eleitoral não depende de prova de opção pela nacionalidade brasileira – Resolução 21385/2003 Critérios para adquirir nacionalidade derivada (naturalização) Expressa .Naturalização ordinária (se cumprir requisitos de lei infraconstitucional – Estatuto do Estrangeiro) Se originários de países de língua portuguesa, exige-se residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral Não constitui direito subjetivo do lusoparlante. Neste caso a concessão da naturalização é 17 ato discricionário Para os não originários de países de língua portuguesa, o estatuto do estrangeiro possui outros requisitos, ex. residência por 4 anos contínuos no Brasil antes do pedido .Naturalização extraordinária ou quinzenária (se cumprir requisitos da CF) Exige-se residência de 15 anos ininterruptos, sem condenação criminal, desde que requeiram Preenchidos os requisitos, constitui direito subjetivo do requerente à naturalização .Radicação precoce (estatuto do estrangeiro) Estrangeiro admitido no Brasil, até idade 5 anos, radicado definitivamente no Brasil, desde que requeira a naturalização até 2 anos após a maioridade (ex. Fernando Menigeni) .Conclusão de curso superior (estatuto do estrangeiro) Estrangeiro que tenha vindo residir no Brasil antes da maioridade, e haja feito curso superior no Brasil, se requerida a naturalização até 1 ano após a formatura Tácita .Naturalização tácita ou grande naturalização (prevista na CF de 1891, art. 60 §4º) – não existe mais, já ocorreu Devido a proclamação da República em 1889, todos no Brasil seriam brasileiros, a não ser que declararem o contrário em até 6 meses da vigência daquela CF .Portugueses com residência permanente no Brasil: se houver reciprocidade em favor dos brasileiros, são atribuídos os direitos inerentes aos brasileiros naturalizados. (português não precisa se naturalizar) – também conhecida como “quase nacionalidade” – a vantagem do português não se naturalizar, é que não perderá sua nacionalidade de origem; outras vantagens constam no Tratado de Amizade Brasil Portugal – Dec. 3927/01 DIFERENÇAS ENTRE BRASILEIRO NATO E NATURALIZADO É vedado o tratamento diferenciado para brasileiro nato e naturalizado, salvo os casos previstos na Constituição federal: (portanto só a CF pode estabelecer diferenças) 1. Cargo privativo de brasileiro nato: Presidente da república Vice-Presidente da república Presidente da Câmara dos deputados 18 Presidente do Senado federal Ministro do STF Ministro da Defesa Oficial das forças armadas Carreira diplomática 2. Os seis cidadãos que integram a bancada do conselho da República (Cuidado! O conselho da república não é composto exclusivamente de brasileiros natos, pois também é composto de deputado, senador e ministro da justiça, que podem ser naturalizados) 3. Extradição .Conceito: é a remessa de uma pessoa para outro país para que lá seja processado ou cumpra pena .O brasileiro nato jamais será extraditado .O naturalizado será em caso de cometimento de crime comum antes da naturalização ou envolvimento em tráfico de drogas 4. Propriedade de empresa de rádio, jornal, TV, é privativa de brasileiro nato e de naturalizado a mais de 10 anos. PERDA DA NACIONALIDADE A. Por cancelamento da naturalização Dá-se o cancelamento da naturalização por sentença transitado em julgado, em razão de atividades nocivas ao Interesse Nacional - só para naturalizados .Competência da ação para cancelamento é da JF .Ajuizada pelo MPF .Momento da perda: quando da sentença transitado em julgado .A nacionalidade cancelada pode ser readquirida por ação rescisória B. Por naturalização voluntária de outra nacionalidade – para brasileiro nato e naturalizado. Esta é a regra, portanto se o nacional escolher outra nacionalidade perderá a sua, exceto: se houver reconhecimento da nacionalidade originária pelo país em sua lei se foi imposta a naturalização como condição de permanência ou para o exercício dos direitos civis .Momento da perda: por Decreto Presidencial – Lei 818/49, mas atualmente (conforme Dec. 3453/2000) tal ato fora delegadoao Ministro da Justiça .Brasileiro nato que perde a nacionalidade pode readquiri-la ou somente sob a forma derivada, ou na forma anterior, conforme polêmica doutrinária, sempre após requerimento ao Ministro da Justiça 19 DEPORTAÇÃO, EXPULSÃO, EXTRADIÇÃO Deportação - Retirada de um estrangeiro, do território brasileiro, se aqui entrou ou permaneceu irregularmente. Ex. entra com visto de turista e fica aqui permanentemente, ou ilegal Ato unilateral – não precisa de requerimento ou participação do outro país Poderá ser deportado para: país de sua nacionalidade, procedência ou outro que consinta Prisão administrativa - o estrangeiro em via de ser deportado, pode ser preso – prisão decretada por juiz (prazo de 60 dias prorrogável por + 60 se não identifica-lo ou demora na retirada de documentos para deportação) Despesas – serão arcadas pelo próprio estrangeiro, exceto se não tiver condições. Se ele arcar com tais despesas, pode regressar ao Brasil Expulsão – retirada do estrangeiro do território brasileiro, se aqui praticou ato atentatório ao Interesse Nacional Ato unilateral – não precisa de requerimento ou participação do outro país Feita por decreto presidencial – o judiciário não poderá apreciar o mérito da expulsão apenas a legalidade Prisão administrativa – o estrangeiro em vias de ser expulso, pode ser preso – (90 dias prorrogáveis por igual período) É vedado a expulsão – a) quando a extradição for vedada, b) estrangeiro com cônjuge brasileiro a mais de 5 anos c) estrangeiro com filho brasileiro que dele dependa Súmula 421 STF – Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro – impede a expulsão Extradição – envio de uma pessoa para outro país, para que lá seja processada ou cumpra pena Ato bilateral – divide-se em ativa (quanto o Brasil pede) e passiva (um país pede ao Brasil) Requisitos da extradição passiva – é analisado pelo STF (competência originária, análise só dos requisitos, nunca do mérito), se possível, Presidente da República deverá decretá-la Requisitos – existência de tratado de extradição entre os 2 países ou acordo de reciprocidade; o estado deve ter competência para julgar o crime; É vedada a extradição a: .Brasileiros, salvo exceções (naturalizado) .Crime político ou de opinião .Se não for crime nos dois países .Se crime com pena igual ou inferior a 1 ano, conforme lei brasileira .Se o Brasil for competente para julgar o crime, exceto se tráfico internacional de drogas .Se extinta a punibilidade segundo a lei de um dos países .Para cumprimento de pena de morte – necessário que o país se comprometa a aplicar PPL 20 Obs. Conforme STF, só é possível extradição em caso de prisão perpétua, se o país assumir o compromisso de comutar essa pena em PPL máxima de 30 anos DIREITOS POLÍTICOS São os direitos destinados a realizar a Soberania Popular que será exercida pelo sufrágio universal (votar e ser votado), voto direto e secreto, plebiscito, referendo e iniciativa popular: Obs. A democracia brasileira é semidireta, na qual o povo a exerce indiretamente, por meio de representantes e em algumas hipóteses diretamente, ex. iniciativa popular; fundamento no art. 1º Parágrafo Único da CF – Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Plebiscito: Consulta prévia ao povo sobre determinado tema, dependendo será editado alguma medida legislativa (lei) ou administrativa. .Competência exclusiva do Congresso nacional em convocar plebiscito, via decreto legislativo, por iniciativa de 1/3 dos parlamentares Referendo: Consulta posterior ao povo, depois de editado a medida já aprovada, para que o povo a confirme ou rejeite. .Competência exclusiva do Congresso nacional em autorizar referendo, via decreto legislativo, por iniciativa de 1/3 dos parlamentares Iniciativa Popular: Capacidade do povo encaminhar projeto de lei para ser apreciado ao legislativo. Obs. Não pode ser rejeitado por vício de forma, devendo ser corrigido pela Câmara. Não é possível iniciativa popular para emenda const. Lei federal: deverá ser submetida a câmara dos deputados, o projeto de lei, subscrito por no mínimo 1% do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos 5 Estados, cada qual com 0,3% de seus eleitores Lei municipal: deverá ser submetida a câmara dos vereadores, o projeto de lei, com no mínimo 5% do eleitorado municipal Lei estadual: Não é a CF que disporá sobre o assunto e sim a Constituição Estadual DIREITO DE SUFRÁGIO (direito de votar e ser votado) CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA / ALISTABILIDADE Direito de votar. Adquire-se por alistamento eleitoral na Justiça Eleitoral .Obrigatório: + de 18 até 70 anos . Facultativo: de 16 até 18, + de 70 anos e analfabetos .São inalistáveis: estrangeiros (exceto português equiparado), menores de 16 anos e 21 conscritos (militar em serviço obrigatório) CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA / ELEGIBIIDADE Direito de se eleger, ser votado. São condições para a elegibilidade: - Nacionalidade brasileira (também português equiparado) - Pleno exercícios dos direitos políticos - Alistamento eleitoral - Domicílio eleitoral na circunscrição - Filiação partidária - Idade mínima de: 35 anos: Presidente, Vice e Senador 30 anos: Governador e vice 21 anos: deputados federal/ estadual, prefeito, vice, juiz de paz 18 anos: vereador Obs. Momento de aferição das condições de elegibilidade: Regra – no momento do registro da candidatura; Exceção – idade mínima que será apurada na data da posse CASOS DE INELEGIBILIDADE Absoluta: a mesma que a dos inalistáveis (estrangeiros, conscritos) + analfabetos + os que perderam seus direitos políticos – vale para todos os cargos, legislativo e executivo Relativa: Reeleição ou motivo funcional – chefe do executivo só pode se reeleger uma vez consecutiva (ter 2 mandatos). Para reeleição, no mesmo cargo, não é necessária a desincompatibilização (renunciar ao cargo atual 6 meses antes da eleição), se for se candidatar a outros cargos, deve se desincompatibilizar – somente para chefe do executivo. No legislativo não há limites de reeleições nem hipótese de desincompatibilização inelegibilidade reflexa: são inelegíveis no território de jurisdição do titular, o cônjuge e parentes consanguíneos até 2 grau ou por adoção, do presidente, de governador, de prefeito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. A desincompatibilização do titular beneficia o parente, que fica liberado para concorrer aos cargos antes vetados, exceto ao mesmo do titular que havia sido reeleito – somente para parentes do chefe do executivo A inelegibilidade reflexa visa impedir a formação de monopólios na política local. Súmula Vinculante nº 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade do §7º art. 14 da CF Ex. Parente de Presidente – não pode se candidatar a nada; Parente de Governador – não a governador, senador, deputado, prefeito ou vereador; Parente do prefeito – não pode a prefeito ou vereador 22 por razoes militares: militar conscrito não pode ser eleito. Militar alistável (não conscrito) é elegível tendo menos de 10 anos de serviço, mas deverá ser afastado. Com mais de 10 anos pode se candidatar, mas será agregado; eleito, ficará inativo. por razões elencadas em lei complementar, ex. Lei da ficha limpa PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS É vedado expressamente a cassação dos direito políticos (retirada arbitrária). Admite-se: Perda – se dá por prazo indeterminado, não necessariamente para sempre cancelamento de naturalização por sentença transitado em julgado recusa em cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa (escusa de consciência – art. 5º VIII da CF) – Alguns doutrinadores acreditam ser suspensão aquisição voluntária em outra nacionalidade, pois deixará de ser brasileiro Suspenção – se dá por prazo determinado Incapacidade civil absoluta – alguns doutrinadores acreditam ser perda condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos improbidade administrativa PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE/ANUALIDADE ELEITORAL A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 ano da data de sua vigência – só para eleições 1 ano depois da sua vigência – o art. 16 constitui direito individual do eleitor, portanto consequente cláusula pétrea (STF) PARTIDOS POLÍTICOS Os partidos políticos tem personalidade jurídica de direito privado na forma da lei civil (criados com registro na junto comercial) e após tal registro, deverão registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral Tem acesso ao fundo partidário e acesso gratuito à radio e TV, na forma da lei, sendo vedada a utilização pelos partidos políticos paramilitares Possuem autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, bem como para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais Escolher suas coligações sem obrigatoriedade de vinculação de candidaturas no âmbito federal, estadual, distrital e municipal (no âmbito federal podem se coligar X e Y no estadual Y e Z) 23 Preceitos: - Ter caráter nacional; - Jamais receber recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou estar subordinado a eles; - Prestar contas à justiça eleitoral; - Funcionamento parlamentar de acordo com a lei. É livre a criação, a fusão, incorporação ou extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO Forma de Estado Federação: união de vários Estados, cada um com uma parcela de autonomia (forma Brasileira, constitui cláusula pétrea) Unitário: comando central único, que pode ser descentralizado administrativa e politicamente Forma de Governo República: do latim res publica (coisa pública). O governante é um representante do povo, por ele escolhido, para um mandato determinado (não é clausula pétrea expressa na CF, trata-se de cláusula pétrea implícita) Monarquia: o governante adquire o poder pela sucessão hereditária Sistema de Governo Presidencialismo: chefe de governo é um presidente escolhido pelo povo para um mandato determinado (não é clausula pétrea) Parlamentarismo: chefe de governo é o primeiro ministro, escolhido pelo parlamento e sem mandato determinado ex. Inglaterra Regime Político: Democrático Obs. Brasil é um estado Federado, sob a forma republicana e sistema presidencialista 24 FEDERAÇÃO Durante a monarquia, o Brasil era um Estado unitário. Com a proclamação da República, em 1889, o Brasil transformou-se em uma Federação. Ressalte-se que nas constituições de 1937 e 1967, o federalismo era aparente, vez que o poder era centralizado no governo central, que inclusive nomeava os governadores dos Estados. Federação por agregação – vários estados independentes se unem para formar um país, ex. EUA. Doutrina alega haver um movimento centrípeto, voltando-se para o centro Federação por segregação ou desagregação – já existe um país, que é dividido em Estados relativamente autônomos, ex. Brasil. Doutrina dita haver um movimento centrífugo, poder sai do centro. Características do federalismo brasileiro: Assimétrico – pois os entes federativos buscam harmonia, disputando competências Cooperativo – os entes se auxiliam reciprocamente De 2º grau – além dos Estados, temos os municípios como entes federativos Elementos do Estado: Povo Território Soberania / governo soberano ENTES DA FEDERAÇÃO A organização político-administrativa do Brasil compreende a União, Estados, DF e Municípios, todos autônomos nos termos desta constituição - Art.18 da CF Território não é ente da federação, embora possa ser criado por lei complementar, integra a União e não goza de autonomia É vedado a secessão dos entes da federação (separação de algum deles tornando-se independente), mas é possível a formação de novos estados e territórios Art. 1º CF - A república federativa do brasil é formada pela união indissolúvel dos estados, municípios e do distrito federal AUTONOMIA DOS ENTES A autonomia dos entes se expressa pela: auto-organização: competência legislativa conferida aos entes. Constituições Estaduais 25 auto-administração: competência administrativa e tributária conferida aos entes auto-governo: possibilidade de cada ente eleger seu governante VEDAÇÕES É vedado a todos os entes da federação: a) estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada na forma da lei, a colaboração de interesse público b) recusar fé aos documentos públicos c) criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si CRIAÇÃO DE NOVOS ESTADOS, TERRITÓRIOS E MUNICÍPIOS Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou formarem novos Estados ou Territórios federais; requisitos: Plebiscito da população diretamente interessada Aprovação do congresso nacional por lei complementar Os municípios podem realizar fusão, incorporação e desmembramentos; requisitos: Realizado por lei estadual, no prazo determinado por lei complementar federal Estudo de viabilidade municipal, na forma da lei Plebiscito dos interessados (municípios envolvidos) Obs. Atualmente na prática, não é possível a criação de novos municípios, pois inexiste a lei complementar do Congresso Nacional, requisito para tanto Os territórios integram a união, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão: reguladas por lei complementar DESCENTRALIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS Na federação há descentralização com repartição de competências 26 União Possui dupla personalidade Plano interno: é pessoa jurídica de direito público interno, com autonomia, responsável pelo Governo central Plano internacional: representa a República Federativa do Brasil, exercendo a soberania. Ela não é soberana, exerce a soberania! Distrito Federal Unidade federada cujo é vedado sua divisão em município Suas competências legislativas englobam a estadual e municipal Territórios Não é ente da federação. Considerados autarquias territoriais, são meras divisões administrativas da União Atualmente não existe território no Brasil, mas a CF prevê sua divisão em municípios COMPETENCIAS DA UNIÃO Competências Administrativas (materiais), portanto não legislativas, dividem-se em: Exclusiva – pertence a União e não pode ser delegada – ex. emitir moeda, declarar guerra, autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico – art. 21 Comum – pertencem a todos os entes - ex. proteger o meio ambiente, preservar as florestas, cuidar da saúde, etc – art. 23 Competência Legislativa dividem-se em: Privativa – pertence a União mas pode ser delegada aos Estados, por meio de lei complementar – Art. 22 p.u “Lei complementar poderá autorizar Estados a legislar questões específicas da competência privativa da União” – ex. direito penal, civil, ou trabalho, transito e transporte, competência da PF, PFF, e PRF Concorrente – a União faz a lei geral, e o Estado lei específica – Art 24. Parágrafos: A competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais, o que não exclui a competência suplementar dos Estados Inexistindo lei federal sobre normas gerais: os Estados exercerão competência legislativa plena até que sobrevenha lei federal (estado poderá fazer a lei geral) Com a superveniênciade lei federal sobre normas gerais, suspende a eficácia da lei 27 estadual, no que lhe for contrário COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE Compete à União, Estados e DF legislar concorrentemente: 1. direito tributário, financeiro, econômico, penitenciário e urbanístico 2. orçamento 3. juntas comerciais 4. produção e consumo 5. educação, cultura, ensino e desporto 6. custas dos serviços forenses 7. criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas 8. procedimentos em matéria processual 9. assistência jurídica e defensoria pública 10. proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência 11. proteção à infância e juventude 12. previdência social, proteção e defesa da saúde 13. proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turísticos e paisagístico 14. florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; 15. responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico 16. organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis COMPETÊNCIA DOS ESTADOS Competência administrativa Comum – art. 23 da CF Residual - a que não for da União nem dos Municípios Competência legislativa – art. 25 a) Para fazer sua constituição Estadual b) Competência legislativa residual, que não seja da União ou do município c) Na competência privativa da União, o Estado pode receber delegação d) Na competência concorrente, o Estado faz a lei específica §2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação 28 §4º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum BENS DA UNIÃO 1. Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos 2. As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental definidas em lei 3. os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais 4. as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as praias oceânicas e as costeiras, excluídas destas, as que contenham sede de município, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal 5. os recursos naturais das plataformas continentais e da zona econômica exclusiva 6. o mar territorial 7. os terrenos de marinha e seus acrescidos 8. os potenciais de energia hidráulica 9. os recursos minerais inclusive os do subsolo 10. as cavidades naturais subterrâneas, os sítios arqueológicos e pré-históricos 11. as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios Observações A. É assegurado aos estados, DF, municípios e aos órgãos da adm. direta da união, participação no resultado da exploração de petróleo, gás natural, energia hidráulica, outros minerais, ou compensação financeira. B. A faixa de até 150 km das fronteiras terrestres, é considerada fundamental para a defesa do território nacional e sua ocupação e utilização serão reguladas por lei 29 INTERVENÇÃO FEDERAL Os entes federados possuem autonomia, portanto a regra é a não intervenção, que pode ser realizada excepcionalmente em alguns casos. Seu objetivo é suprimir temporariamente esta autonomia para preservar o pacto federativo Quem pode intervir? União: nos Estados, Distrito Federal e Municípios localizados em territórios Estados: nos Municípios HIPÓTESES (taxativas) INTERVENÇÃO FEDERAL ESPONTÂNEA Presidente da República de ofício decretará a intervenção para (art. 34, I, II, III,V) 1. Manter a integridade nacional 2. Repelir invasão estrangeira ou entre as unidades da federação 3. Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública 4. Reorganizar as finanças da unidade da federação 5. garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da federação Obs. tais hipóteses dependem de aprovação do Congresso Nacional para posteriormente o Presidente executar o decreto aprovado – controle político PROVOCADA (art. 34 IV, VI, VII) Por solicitação Executivo ou legislativo se declarem ameaçados ou impedidos de exercerem suas funções .após a solicitação, a decretação de intervenção é ato discricionário do Presidente Por requisição 30 1. Judiciário se declarar ameaçado ou impedido de exercer sua função .requisição do STF 2. Se algum Estado ou DF desobedecer ordem ou decisão judicial .requisição do STF, STJ, TSE 3. Por violação dos princípios constitucionais sensíveis ou recusa à execução de lei federal .depende de provimento do STF após representação do PGR Obs. Após requisição, Presidente da República é obrigado a decretar a intervenção. Casos [2 e 3] não dependem de aprovação pelo Congresso Nacional (controle político). Nestes casos, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado se bastar ao restabelecimento da normalidade Obervações .O decreto de intervenção especificará: amplitude, prazo as condições de execução e se couber, nomeará interventor .Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal .Nos casos que houver controle político do decreto de intervenção, o Congresso/Assembleia deverá decidir num prazo de 24 horas INTERVENÇÃO ESTADUAL EM MUNICÍPIOS ou da UNIÃO NOS MUNICÍPIOS DO TERRITÓRIO Será efetivada por decreto do governador do Estado, podendo ou não indicar um interventor. Hipóteses: ESPONTÂNEA / DE OFÍCIO 1. Não pagamento da dívida fundada, por dois anos sem motivo 2. Não forem prestadas contas devidas, na forma da lei 3. Não for aplicado o mínimo exigido em ensino / saúde Obs. tais casos necessitam aprovação da Assembleia Legislativa do Estado (controle político) 31 POR REQUISIÇÃO 1. Assegurar a observância de princípios da constituição estadual ou prover a execução de lei ou ordem/decisão judicial .requisição do Tribunal de Justiça, após prover representação do PGJ, no caso de intervenção estadual .não necessita controle político ESTADO DE DEFESA O presidente da república pode decretar estado de defesa, depois de: ouvir o conselho da república ouvir o conselho de defesa nacional Ainda deverá em 24 horas submeter o ato com a justificação ao Congresso Nacional (que irá referendar; não autorizar) o congresso decidirá por maioria absoluta, se em recesso, há convocação extraordinária em 5 dias deverá apreciar o decreto em 10 dias de seu recebimento continuará funcionando enquanto durar o estado de defesa rejeitado o decreto, cessa o estado de defesa Motivos preservar ou restabelecer a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções. *Somente em locais restritos e determinados (não terá âmbito nacional) Tempo de duração .30 + 30 (prorrogação única, se continuarem as razões) Medidas Coercitivas 32 Restrições: reunião (em associações também) sigilo de correspondência sigilo de comunicação telegráfica e telefônica + ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos (na hipótese de calamidade pública) neste caso, a união responderá pelos danos e custos decorrentes Prisão durante estado de defesa.Prisão por crime contra o estado: .deverá ser comunicada ao juiz competente, que relaxará a prisão se ilegal .preso pode requerer corpo e delito .a comunicação será acompanhada de declaração físico e mental do detido no momento da prisão .Tempo de duração: no máximo 10 dias; salvo quando autorizada pelo poder judiciário .é vedada a incomunicabilidade do preso ESTADO DE SÍTIO (possui âmbito nacional) O presidente da república pode decretar estado de sítio, depois de: ouvir o conselho da república ouvir o conselho de defesa nacional pedir autorização ao Congresso nacional (autorização por maioria absoluta) Motivos 1. comoção grave de repercussão nacional / ineficácia do estado de defesa .prazo: 30 + 30 infinitamente enquanto durarem os efeitos 2. declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira .prazo: no tempo que durar a guerra Autorização do Congresso .Se em recesso, deverá ser convocado pelo presidente do sendado em até 5 dias .O congresso permanecerá em funcionamento enquanto durar o estado de sítio Medidas coercitivas 1. obrigação de permanência em localidade determinada (toque de recolher; não poder viajar para outro 33 município...) 2. detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns (civil pode ficar preso em prisão militar) 3. restrições a todas as comunicações .inviolabilidade de correspondência .sigilo de comunicações .prestações de informações .tv, radio, liberdade de imprensa *Não se incluí restrição aos pronunciamentos de parlamentares em sua Casa, desde que liberado pela Mesa. 4. suspenção da liberdade de reunião 5. busca e apreensão em domicílio 6. intervenção nas empresas de serviços públicos (telefonia, energia, água, gás..) 7. requisição de bens Acompanhamento pelo Congresso A mesa do congresso, ouvido os líderes partidaros, criará comissão de 5 membros para: acompanhar e fiscalizar as medidas do estado de defesa e de sítio Finalizado Sessado o estado de defesa ou de sítio, cessa seus efeitos. . Os agentes e executores serão responsabilizados pelos ilícitos cometidos. . Será relatado ao Presidente da república, em mensagem ao Congresso, as medidas aplicadas, sua justificação, etc. SEGURANÇA PÚBLICA Dever do estado Direito e responsabilidade de todos Exercida para: .Preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, pelas: .PF .PRF .PFR .Polícia civil .Polícia militar .Corpo de bombeiros PF, PRF, PFR: Órgãos permanentes, organizados e mantidos pela união, estruturados em carreira. 34 PF: instituída por lei PRF, PFR: polícias ostensivas com atividade defina em lei PC: dirigida por delegado de carreira, apura infrações penais que não sejam da união e militares PM: polícia ostensiva, preserva a ordem pública Bombeiros: além das atividades definidas em lei, exerce atividades de defesa civil *PC, PM, Bombeiro + força auxiliares do exército (além da PM e bombeiro), são subordinadas aos governadores (dos estados, DF, Territórios) Municípios: Podem instituir a guarda municipal para proteger, na forma da lei, seus: bens serviços instalações Competência da Polícia Federal: 1. Apurar infrações contra: a união e suas entidades a ordem política e social 2. Crimes internacionais e interestaduais que necessitem repressão uniforme da repressão 3. Tráfico, contrabando e descaminho sem prejuízo de outros órgãos 4. Polícia judiciária exclusiva da união 5. Polícia de fronteira, marítima e aeroportuária 35 SEPARAÇÃO DOS PODERES A doutrina dita que o nome ideal seria separação das funções Estatais, vez que o poder do Estado é uno, um só, na realidade o que se pode dividir são as funções de legislar, julgar ou administrar. Mas a CF se utiliza da nomenclatura “separação dos poderes” por vezes, como no art. 60 § 4º , III e art. 2º. Finalidade – evitar a concentração do poder – em resposta às monarquias absolutistas, cujo objetivo era evitar tal concentração nas mãos de uma só pessoa Baseada na teoria da tripartição de poderes (de Montesquieu) que fora adotada em quase todo mundo Art. 2º CF - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Constitui: Princípio fundamental da República Cláusula Pétrea Características da separação dos poderes 1. Independência – embora haja relações entre eles, um poder não será subordinado ao outro 2. Harmonia – os três poderes devem ter uma convivência harmônica 3. Indelegabilidade – via de regra, um poder não pode delegar sua função ao outro. Há exceções, ex. lei delegada FUNÇÕES DOS PODERES Cada poder exerce uma função principal, chamada de típica, bem como exerce as outras funções de forma atípica. Funções: Poder Função Típica Função Atípica Executivo Administrar Legislar (MP) Julgar (processo administrativo) Legislativo Legislar e fiscalizar Julgar (Crimes de responsabilidade do Pres.) Administrar (licitação) Judiciário Julgar Legislar (regimento interno dos tribunais) Administrar (contrata) SISTEMA DE CONTROLES RECÍPROCOS Existe na CF um sistema de freios e contrapesos (checks and balances) entre os poderes Legislativo aprova PL Executivo Veta PL Executivo edita MP Legislativo Rejeita a MP 36 Legislativo aprova PL Judiciário declara lei Inconstitucional Executivo escolhe Ministros do STF PODER EXECUTIVO A CF adotou o sistema de governo presidencialista, de modo que o Executivo é exercido em sua plenitude pelo Presidente da República (auxiliado pelos Ministro de Estado) que possui as funções de: .Chefe de Estado – representa a nação nas relações exteriores .Chefe de Governo – governa o país, chefe do executivo .Chefe de Administração Obs. pode desempenhar também funções atípicas, legislativa (medidas provisórias e leis delegadas) e judiciárias (contencioso administrativo) ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Será eleito junto do Vice com ele registrado no: 1º domingo de outubro (se primeiro turno) Último domingo de outubro (se segundo turno) Sendo necessário, ser registrado por partido político, e obter a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos 2º turno - quando nenhum candidato alcançar a maioria absoluta, será realizada nova eleição c/ 2 mais votados, e eleito quem obtiver a maioria dos votos válidos .antes de realizado o segundo turno, se ocorrer morte, desistência ou impedimentos: assumirá o mais votado, se empatar, o mais idoso POSSE Ocorrerá no Congresso Nacional, junto com o Vice, sob compromisso Caso não assuma em 10 dias, salvo força maior, o cargo será declarado vago O mandato será de 4 anos, e terá início em 1º de janeiro do ano seguinte a eleição 37 SUBSTITUIÇÃO E SUCESSÃO Substituição - caráter provisório, em caso de férias, doença, licença. Substitutos por ordem: 1. Vice Presidente 2. Presidente da Câmara 3. Presidente do Senado 4. Presidente do STF Sucessão - caráter definitivo, em caso de vacância do cargo por impeachment, morte, renúncia. Neste caso só o Vice Presidente poderá sucedê-lo VACÂNCIA DOS CARGOS DE PRESIDENTE E VICE! Se 2 primeiros anos do mandato - Eleições diretas - até 90 dias de aberta última vaga Se 2 últimos anos do mandato - Eleições indiretas, pelo Congresso Nacional - até 30 dias Obs. em qualquer dos casos, os eleitos apenas completarão o período do seus antecessores. O Presidente e Vice não poderão ausentar-se do país, sem licença do Congresso, por mais de 15 dias sob pena de perda do cargo RESPONSABILIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Nas infrações penais comuns, não poderá ser preso em flagrante, só com sentença condenatória Não será responsabilizado por atos estranhos ao exercício de sua função, na vigênciade seu mandato CRIMES DE RESPONSABILIDADE Infrações político-administrativas, que podem sujeitar um processo de impeachment. São atos do Presidente que atentem contra a Constituição e contra: A existência da União O livre exercício do legislativo, judiciário, MP, e dos poderes constitucionais dos entes da Federação Exercício dos direitos políticos individuais e sociais A segurança interna do país A probidade da administração 38 A lei orçamentária O cumprimento das leis e das decisões judiciais Obs. Tais crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento PROCESSO Crime de responsabilidade: admissão da Câmara por 2/3 julgado no Senado presidido pelo presidente do STF [Instaurado processo pelo senado, Presidente é suspenso por 180 dias, após instauração] Crime comum: PGR ou vítima denuncia, admissão da Câmara por 2/3, STF recebe ou rejeita [Recebida a denúncia/queixa pelo STF, Presidente é suspenso por 180 dias] ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Compete privativamente ao Presidente da República: Nomear e exonerar os ministros de Estado Exercer, com auxílio dos Ministros, a administração superior da administração federal Iniciar o processo legislativo, na forma e casos previstos na CF Sancionar, promulgar, e fazer publicar as leis bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução Vetar projetos de lei, total ou parcialmente ATRIBUIÇÕES QUE CABE DELEGAÇÃO AO PGR, AGU, E MINISTROS DE ESTADO: Organização e funcionamento da Adm federal, quando não implicar na criação e extinção de órgãos e aumento de despesa (disporá mediante decreto) Extinção de funções ou cargos públicos quando vagos (disporá mediante decreto) + Conceder indulto e comutar penas Promover e extinguir os cargos públicos federais na forma da lei 39 MINISTROS DE ESTADO - Auxiliares do Presidente da República, por ele escolhidos, devendo ser brasileiros com mais de 21 anos CONSELHO DA REPÚBLICA - Órgão de consulta do Presidente Deve se pronunciar sobre: intervenção federal, estado de sítio e defesa questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas Compõe o Conselho da República: .Vice Presidente .Presidente da Câmara .Presidente do Senado .líderes da maioria e minoria da Câmara e do Senado .Ministro da Justiça .6 Brasileiros natos, com mais de 35 anos, mandato de 3 anos, vedada a recondução sendo: .2 nomeados pelo Presidente .2 eleitos pelo Senado .2 eleitos pela Câmara CONSELHO DE DEFESA NACIONAL - Órgão de consulta do Presidente sobre questões de defesa do Estado democrático e soberania nacional Deve se pronunciar sobre: intervenção federal, estado de sítio e defesa declaração de guerra e celebração da paz utilização de áreas indispensáveis para a segurança do território nacioonal iniciativas para garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático 40 PODER JUDICIÁRIO FUNÇÃO Sua função típica é a jurisdicional, ou seja, a de julgar, aplicando a lei a um caso concreto que lhe é posto, resultante de um conflito de interesses e por fim, substituindo a vontade das partes. Assim como os outros poderes, o Judiciário também exerce funções atípicas como a de legislar (ex. elaborar regimentos internos) e administrar (ex. prover os cargos de juiz) GARANTIAS Para que o Judiciário possa exercer livremente e com independência a jurisdição, isento de pressões, a CF prevê garantias ao referido poder: Institucionais (da instituição) a) Autonomia orgânico administrativa – art. 96 da CF cabe ao próprio Poder Judiciário sua organização e administração b) Autonomia financeira e orçamentária Funcionais (dos membros) a) Vitaliciedade – após 2 anos no exercício da função, o Juiz torna-se vitalício no cargo, só o perdendo por sentença transitada em julgado (difere portanto da estabilidade, cujas hipóteses de perda do cargo se dá por sentença transitada em julgado, processo administrativo e avaliação periódica de desempenho, ambas assegurada a ampla defesa) Antes de se tornar vitalício (antes dos 2 anos), o juiz poderá perder o cargo por deliberação do Tribunal a que estiver vinculado Exige-se atualmente, além dos lapso temporal, a participação obrigatória em cursos de aperfeiçoamento para a aquisição da vitaliciedade Exceção a regra: os magistrados dos tribunais superiores, e aqueles que ingressarem no Judiciário através do quinto constitucional, adquirirão vitaliciedade imediatamente no momento da posse 41 b) Inamovibilidade – o magistrado não será removido do foro onde atua contra a sua vontade, portanto nunca ex officio Exceto por motivo de interesse público, com voto da maioria absoluta do tribunal ou do CNJ, assegurada a ampla defesa c) Irredutibilidade de subsídios – o subsídio (valor nominal) não pode ser reduzido como forma de pressão, garantindo-lhe assim o livre exercício de suas atribuições VEDAÇÕES AO JUÍZES Também denominadas garantias de imparcialidade, tais vedações importam: 1. exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério 2. receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo 3. dedicar-se à atividade político-partidária 4. receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei 5. exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (quarentena/triênio) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL É composto por 11 ministros escolhidos (livremente pelo Presidente com aprovação da maioria absoluta do Senado) entre os cidadãos desde que: Brasileiro nato + de 35 anos e - de 65 anos de idade de notável saber jurídico e reputação ilibada Competência do STF – art. 102 .Originária (ações que iniciam no STF) – Adin, ADPF, Extradição passiva, Presidente e vice nos crimes comuns, etc .Recursal – Recurso ordinário constitucional (Roc), Recurso extraordinário, etc CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA – CNJ É um órgão do Poder Judiciário, declarado constitucional pelo STF, já que não fere a separação dos poderes, que exerce função de fiscalizar o Judiciário na sua atividade financeira, administrativa, bem como os deveres funcionais dos juízes, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura 42 Não exerce controle externo, já que é órgão do próprio judiciário Integrantes Compõe-se de 15 membros com mandato de 2 anos, admitida 1 recondução, sendo: 9 do Judiciário 6 fora do judiciário (2 advogados, 2 promotores, 2 cidadãos) O presidente do CNJ será o do STF, na sua ausência e impedimentos, será o vice do STF PODER LEGISLATIVO A função típica do poder legislativo é legislar e fiscalizar. Está presente em todas as unidades da federação (União – Congresso Nacional; DF – Câmara Legislativa; Estados – Assembléia legislativa; Municípios – Câmara de vereadores) Via de regra o poder legislativo é unicameral (possui uma só casa) exceto na União que é bicameral (possui duas casas, Senado e Câmara dos deputados) É exercido pelo Congresso nacional, composto da Câmara e do Senado Congresso nacional O congresso nacional reunir-se-á na capital federal em dois períodos legislativos: 02/02 à 17/07 e 01/08 à 22/12 (Sessão legislativa ordinária) Se algumas dessas datas caírem em feriados ou finais de semana, serão transferidas para o primeiro dia útil Em 1 de fevereiro, no primeiro ano de uma legislatura, cada uma das casas deverá reunir-se em sessão preparatória para posse de seus membros e para eleição das respectivas mesas que tem mandato de 2 anos(Sessão legislativa preparatória) .A mesa do Congresso nacional será presidida pelo Presidente do Senado .Sessão legislativa: 1 ano .Legislatura: período de mandato 4 anos .Período legislativo: Semestre legislativo DOS DEPUTADOS Representantes do povo 43 Eleitos pelo sistema: proporcional Número: estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população mínimo 8 e máximo 70 por estado e DF Territórios: 4 deputados e 0 senadores Mandato: 4 anos Renovação: integral a cada 4 anos (1 legislatura) DOS SENADORES Representantes dos estados e do DF Eleitos pelo sistema: majoritário Número: 3 por estado e DF Mandato: 8 anos (2 legislaturas) Renovação: 1/3 e 2/3 alternadamente a cada 4 anos Obs. cada senador será eleito com dois suplentes SESSÃO PLENÁRIA .Deliberativas - ordinárias ou extraordinárias .Não deliberativas - comunicações / pronunciamentos .Especiais - comemorar / homenagear .Quórum mínimo para realização (1/20 = 4) Se não houver é denominada reunião. REUNIÃO .quando não há quórum mínimo na sessão plenárias .reunião das comissões .reuniões preparatórias RECESSO No recesso parlamentar o congresso só funcionará em sessão legislativa extraordinária O recesso só pode ocorrer com a aprovação do projeto de lei das diretrizes orçamentárias CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONGRESSO 1. far-se-á pelo Presidente do Senado Federal estado de defesa ou intervenção federal autorizar estado de sítio posse do Presidente e Vice da república 44 2. far-se-á pelo Presidente da República, Presidente da Câmara E do Senado, ou, por maioria dos membros de ambas as casas em conjunto caso de urgência ou interesse público relevante esta convocação deve ser aprovada por maioria absoluta de cada uma das casas o congresso deverá deliberar com maioria absoluta de votos em todos estes casos Deliberações durante a convocação extraordinária: .matéria para qual foi convocado .medida provisória em vigor na data da convocação Obs. É vedado o pagamento de parcela indenizatória aos congressistas, em razão de convocação SESSÃO LEGISLATIVA CONJUNTA As sessões legislativas podem ser ordinárias, extraordinárias, preparatórias e conjuntas. Sessão conjunta é aquela que as 2 casas do Congresso votarão conjuntamente Sessão conjunta é diferente de sessão unicameral, que não mais existe prevista no ADCT para revisão constitucional Votos dos deputados e senadores serão computados separadamente, ainda que reunidos no mesmo local Hipóteses a) Para inaugurar a sessão legislativa b) Para elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas casas c) Receber o compromisso do Presidente da República e Vice d) Conhecer do veto e sobre ele deliberar (apreciar o veto presidencial; pois o CN pode rejeitar o veto presidencial no prazo de 30 dias, por votação secreta de maioria absoluta) COMISSÕES O Congresso nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias Forma e atribuições definidas conforme regimento ou do ato de sua criação Na composição das mesas, é assegurada (dentro do possível) a representação proporcional dos partidos IMUNIDADES DO PARLAMENTAR Conjunto de garantias destinadas a assegurar o livre exercício da função parlamentar. Não fere o princípio da igualdade, pois se trata de uma prerrogativa (diz respeito à função) e 45 não de um privilégio (que diz respeito a pessoa). Parlamentar licenciado para ser Ministro ou secretário, não gozará de imunidade parlamentar, já que tal é relativa ao cargo. A imunidade não se estenderá ao coautor sem essa prerrogativa Os vereadores possuem imunidade, apenas dentro da circunscrição do seu município Material Os congressistas são imunes civil e penalmente, pelas suas opiniões, palavras e votos durante a legislatura. (não responderão civil ou criminalmente; pode ser responsabilizado politicamente por quebra de decoro parlamentar) Desde a diplomação Prerrogativa de foro Processos serão submetidos a julgamento perante o STF Desde a diplomação Processos anteriores à diplomação, deverão ser remetidos ao STF também Imunidade à prisão Não podem ser presos, salvo flagrante de crime inafiançável. Se preso, os autos deverão ser remetidos em 24 horas à casa respectiva para que, pela maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. Desde à diplomação Imunidade formal (processo) Recebida denúncia de crime praticado por congressista, o STF dará ciência à casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado, e pelo voto da maioria de seus membros, poderá até a decisão final, sustar o processo. Caso seja sustado, enquanto durar o mandato, ficará suspensa a prescrição. Só para crime praticado após a diplomação Imunidade para testemunhar Os congressistas não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício de mandato, nem sobre as pessoas que lhe confiaram ou deles receberam informações. SUSPENSÃO DAS IMUNIDADES 46 .As imunidades subsistirão em estado de sítio .Somente serão suspensas por: 2/3 de votos dos membros da Casa respectiva se ato praticado fora do recinto do Congresso e incompatível com a medida VEDAÇÕES Desde diplomação, não poderão: 1. firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, direta ou indireta e exercer cargo, função e emprego remunerado nestas Desde a posse: 1. ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada 2. ocupar cargo ou função que sejam demissíveis ad nutum nas entidades públicas da adm. direta ou indireta 3. patrocinar causa que seja interessada entidades públicas da adm. direta ou indireta 4. ser titular de mais de um cargo de mandato público eletivo PERDA DO MANDATO O congressista (deputado ou senador) perderá o mandato: 1. infringir as vedações dispostas acima 2. cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar 3. que deixar de comparecer em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada 4. que perder ou tiver suspenso os direitos políticos 5. quando a Justiça Eleitoral decretar, nos casos previstos na CF 6. que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado 47 ESPÉCIES NORMATIVAS O processo legislativo compreende a elaboração de: .Emendas à Constituição .Leis Complementares .Leis Ordinárias .Leis Delegadas .Medidas Provisórias .Decretos Legislativos .Resoluções Obs. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis – vide LC 95/1998 Emendas à Constituição São normas constitucionais emanadas do Poder Constituinte Reformador, que tem por finalidade a modificação formal da CF (a modificação informal se dá através da mutação constitucional) LIMITES AO PODER REFORMADOR Limites materiais Não será objeto de deliberação a PEC tendente a abolir (chamadas cláusulas pétreas): 1. forma federativa de Estado 2. voto direto, secreto, universal e periódico 3. a separação dos poderes 4. direitos e garantias individuais Limitações implícitas: o titular do poder constituinte; modificar o procedimento de emenda; suprimir as limitações; forma de governo republicana Limites circunstanciais Não poderá ser editar emendas na vigência de: A. intervenção federal B. estado de defesa C. estado de sítio 48 Limites formais ou de procedimento Iniciativa 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara ou do Senado Presidente da República Mais da metade das assembleias legislativas dos estados, cada uma por maioria relativa/simples Obs. Prevalece o entendimento que esse
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