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CCJ0019-WL-D-LC-Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Parte 1 - Bernardo Campinho

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
DIREITO CONSTITUCIONAL I
PROF. BERNARDO CAMPINHO
AULA 8: DIREITOS INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS
PRIMEIRA PARTE
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
• Direito à vida: art. 5º, caput, CRFB. Traduz-se no direito de
permanecer existente e não ser morto. É o direito de não ver
interrompido o processo vital senão pela morte espontânea e
natural.
• Em sentido mais amplo, pode ser entendido como o direito a
um nível adequado de vida, como realização da dignidade
humana, por meio da articulação com direitos sociais
(alimentação, saúde, educação, segurança).
• Nem sempre foi considerado um direito, até o século XVIII era
tido como um status. Ou seja, dependia da decisão da
autoridade e da comunidade. No Direito Romano, a criança
recém-nascida que não tivesse forma humana podia ser
sacrificada.
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
• Código Civil: arts. 2º e 3º. Existência da pessoa natural
termina com a morte. Art. 3º da Lei 9434/1997 – morte
encefálica encerra a existência humana.
• Controvérsias acerca do direito à vida:
1) Aborto – permissivo legal do Código Penal: estupro e risco de
vida para a mãe. Constituição não diz quando começa a vida,
mas a legislação infraconstitucional pode fazê-lo. ADPF 54:
ampliação da exclusão de ilicitude em casos de
incompatibilidade e inviabilidade do feto com a vida
extrauterina (no caso, quando verificada a anencefalia).
2) Pena de morte: vedada pela Constituição brasileira, exceto
em caso de guerra externa declarada, por decisão de tribunal
militar
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
3) Eutanásia, ortotanásia e suicídio assistido: admissíveis no caso
do prolongamento da vida se tornar incompatível com a
dignidade humana e equiparado a uma tortura ou tratamento
degradante. Discussão no Brasil sobre ortotanásia: Ação Civil
Pública número 2007.34.00.014809-3 – 14ª Vara da Justiça
Federal de Brasília. Discussão acerca da Resolução 1805 do
Conselho Federal de Medicina.
4) Pesquisa com células-tronco embrionárias. Art. 5º da Lei de
Biossegurança (Lei 11105/2005). ADI 3510.
• Direito à integridade psicofísica: art. 5º, incisos III, XLIII e XLIX,
CRFB/1988.
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
• O direito à integridade psicofísica compreende: a) não ter sua
conformação físico-corporal violada; b) não sofrer tortura ou
qualquer tratamento cruel ou degradante; c) proibição de
penas cruéis; d) completo bem estar físico e social –
realização plena da saúde individual.
• Definição de tortura: art. 1º, Lei 9455/1997
• Desdobramentos:
a) Direito ao corpo
b) Integridade psíquica
c) Direito à saúde
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
• O princípio da igualdade perante a lei assegura a todos os
cidadãos tratamento idêntico perante a lei. Ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei. Este princípio objetiva combater o poder
arbitrário do Estado. Só por meio de espécies normativas
devidamente elaboradas conforme as regras de processo
legislativo constitucional, podem-se criar obrigações para o
indivíduo, pois são expressão da vontade geral. Os
tratamentos normativos diferenciados são compatíveis com a
Constituição Federal quando verificada a existência de uma
finalidade razoavelmente proporcional ao fim visado. Ele se
impõe ao legislador, ao intérprete/autoridade pública e ao
particular. O intérprete/autoridade pública não pode aplicar
as leis e os atos normativos de forma a criar ou aumentar
desigualdades arbitrárias. O particular também não poderá
agir de modo discriminatório, preconceituoso ou racista, sob
pena de responsabilidade civil e penal, nos termos da lei.
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
• Reserva legal:
É a exigência de lei em sentido formal (proveniente da manifestação de
vontade do Poder Legislativo) para dispor sobre matéria penal. Ela também
oferece segurança jurídica em matéria penal. O princípio da reserva legal tem
abrangência diversa e mais restrita do que o princípio da legalidade. De
natureza concreta, o princípio da reserva legal somente tem aplicação nas
hipóteses previstas constitucionalmente. O princípio da reserva legal consiste
em estatuir que a regulamentação de determinadas matérias há de fazer-se
necessariamente por lei formal. Encontramos o princípio da reserva legal
quando a Constituição reserva conteúdo específico, caso a caso, à lei.
Também encontramos este princípio quando a Constituição outorga poder
amplo e geral sobre qualquer espécie de relação. A reserva legal é
estabelecida de modo absoluto ou relativo. A reserva legal absoluta é a
exigência da Constituição de edição de lei formal para regulamentação
integral da norma constitucional. Esta lei formal é entendida como ato
normativo emanado do Congresso nacional elaborado de acordo com o
devido processo legislativo constitucional. A reserva legal relativa é a
permissão pela Constituição, apesar da exigência de edição de lei formal, que
esta somente fixe parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que
poderá complementá-la por ato infralegal, sempre, porém, respeitados os
limites ou requisitos estabelecidos pela legislação.
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
• Princípio da Igualdade ( art. 5º caput e I)
• Todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer
natureza (igualdade formal). Vedação de discriminações
injustas e não razoáveis.
• Igualdade material. A lei deve tratar igualmente os iguais e
desigualmente os desiguais , na medida de suas
desigualdades. Ex: condições às presidiárias para que possam
permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação; licença à maternidade e licença à paternidade;
• Esse princípio não proíbe tratamento diferenciado entre
pessoas, desde que haja razoabilidade para o discrímen.
Fundamento para as ações afirmativas (cotas para negros e
índios em universidades, por exemplo).
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
• Liberdades constitucionais:
1) Liberdade de crença e consciência: formulação de juízos e
ideias sobre si e sobre o mundo (art. 5º, incisos VI a VIII).
2) Liberdade religiosa: escolha da religião, direito de aderir ou
mudar de religião, e liberdade de descrença. Desdobra-se em
liberdade de culto (prática de ritos), liberdade de organização
religiosa (instituição e organização de igrejas e serviços
religiosos) e liberdade de crença religiosa (expressão das ideias
religiosas).
• Assegura-se a inviolabilidade da liberdade de consciência e de
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na formada lei, a proteção aos locais de culto e suas
liturgias. Ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta (como
o serviço militar obrigatório) e recusar-se a cumprir prestação
alternativa fixada em lei. O Brasil é um Estado laico, sem religião
oficial, embora se admitam colaborações de interesse público.
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
3) Liberdade de pensamento: é livre a manifestação do
pensamento, vedado o anonimato. Exteriorização de ideias e
debate público não podem ser interditados em uma sociedade
democrática e pluralista.
4) Liberdade de reunião: extensão da liberdade de pensamento.
Elementos: coordenação, fim comum, encontro transitório e
pacífico, sem a presença de armas. ADI 4274 e ADPF 187: marcha
da maconha – interpretação conforme a Constituição do art. 287
do Código Penal e do art. 33, parágrafo 2º, da Lei 11343/2006 –
defesa pública da liberalização do uso e do consumo da maconha
não constitui apologia das drogas, não há ilícito penal.
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
5) Liberdade de associação: art. 5º, incisos XVII a XXI. Coligação
voluntária de pessoas físicas com o propósito de alcançar fins
lícitos. Abrange os partidos políticos, os sindicatos e as
cooperativas. Não abarca as entidades paramilitares.Dissolução
somente pode ocorrer por decisão judicial. Representação dos
associados por meio de mandado de segurança coletivo: art. 5º,
inciso XXI. RE 158215: associação deve respeitar o devido
processo legal na expulsão de associados. A criação de
associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu
funcionamento.

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