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Heráclito de Éfeso, fragmentos selecionados (tradução de Alexandre Costa): 1 (DK L) – “Ouvindo não a mim, mas ao lógos, é sábio concordar ser tudo um”. 5 (DK LI) – “Ignoram como o divergente consigo mesmo concorda: harmonia de movimentos contrários, como do arco e da lira”. 6 (DK VIII) - “O contrário é convergente e dos divergentes a mais bela harmonia”. 20 (DK LXXX) – “É necessário saber que a guerra é comum e a justiça, discórdia, e que todas as coisas vêm a ser segundo discórdia e necessidade”. 21 (LIII) – “De todos a guerra é pai, de todos é rei; uns indica deuses, outros homens; de uns faz escravos, de outros livres”. 22 (X) – “Conjunções: completas e não completas, convergente e divergente, consonante e dissonante, e de todas as coisas um e de um todas as coisas”. 23 (LXVII) – “Deus: dia-noite, inverno-verão, guerra-paz, saciedade-fome, mas se altera como o fogo quando se confunde à fumaça, recebendo um nome conforme o gosto de cada um”. 25 (LXIV) – “Todas as coisas o fogo, sobrevindo, separará e empolgará”. 26 (XC) – “Todas as coisas trocam-se a partir do fogo e o fogo a partir de todas as coisas, como do ouro as mercadorias e das mercadorias o ouro”. 28 (XXXI) – “Transformações do fogo: primeiro, mar; do mar, metade terra, metade ardência. O mar distende-se e mede-se no mesmo lógos, tal como era antes de se tornar terra”. 29 (XXX) – “O cosmo, o mesmo para todos, não o fez nenhum dos deuses nem nenhum dos homens, mas sempre foi, é e será fogo sempre vivo, acendendo-se segundo medidas e segundo medidas apagando-se”. 30 (CXXIV) – “Das coisas lançadas ao acaso, a mais bela, o cosmo”. 31 (CXXV) – “Mesmo o ciceão, se não agitado, desmancha-se”. 32 (LXXXIX) – “Heráclito diz ser o cosmo, para os acordados, uno e igual, enquanto, dos que estão deitados, cada qual se volta para o seu cosmo particular”. O comum é a vigília, o sono/sonho é a separação que fazemos em nosso cotidiano. 45 (LVII) – “Mestre de quase todos, Hesíodo; estão convencidos de ele saber a maioria das coisas, um que não reconhecia dia e noite, pois é um”. 42 (LXXXVIII) – “O mesmo é vivo e morto, acordado e adormecido, novo e velho; pois estes, modificando-se, são aqueles e, novamente, aqueles, modificando-se, são estes”. 43 (LXXXIV) – “Transmutando-se, repousa”. 44 (VI) – “Sol: novo a cada dia”. 46 (CVI) – “A natureza de cada dia é uma e a mesma”. 48 (LIX) – “Caminho dos pisoeiros, reto e curvo, é um e o mesmo”. 49 (XLIXa) – “Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos”. 50 (XCI) – “Não é possível entrar duas vezes no mesmo rio”. 51 (XII) – “Aos que entram nos mesmos rios afluem outras e outras águas”. 52 (CCXXIV) – “As coisas frias esquentam-se, o quente esfria-se, o unido seca, o seco umidifica-se”. 54 (XXXVI) – “Para os vapores, tornar-se água é morte; para a água, tornar-se terra é morte; mas da terra nasce água; da água, vapor”.
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