Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Roteiro 8 – TEORIA GERAL DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS 1.Contratos Empresariais: “Contrato é negócio jurídico bilateral ou plurilateral gerador de obrigações para uma ou todas as partes, as quais correspondem direitos titulados por elas ou por terceiros” (Ulhoa) 2. Princípios informadores: a) Princípio da autonomia da vontade: “Poder da pessoa de suscitar, mediante declaração de vontade, efeitos reconhecidos e tutelados pela ordem jurídica” (Orlando Gomes) NO CC, por exemplo, essa liberdade encontra previsão em dois dispositivos: Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código. b) Princípios da função social do contrato. Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Trata-se de uma limitação ao contrato. Enunciados da I e IV Jornadas de Dto Civil: 21 – Art. 421: A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral a impor a revisão do princípio da relatividade dos efeitos do contrato em relação a terceiros, implicando a tutela externa do crédito. 22 – Art. 421: A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral que reforça o princípio de conservação do contrato, assegurando trocas úteis e justas. 23 – Art. 421: A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, não elimina o princípio da autonomia contratual, mas atenua ou reduz o alcance desse princípio quando presentes interesses metaindividuais ou interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana. 360 – Art. 421: O princípio da função social dos contratos também pode ter eficácia interna entre as partes contratantes. c) Princípio da probidade e da boa-fé objetiva Interpretativa (art. 113, CC) Supletiva Corretiva Regra de conduta obrigatória – art. 422, CC –“Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”. d) Princípio do consensualismo: O contrato se constitui, via de regra, pelo encontro de vontades manifestadas pelas partes, não sendo necessária outra condição. Exceções: Contratos reais; Contratos solenes. d) Princípio da relativdidade: O contrato gera efeitos apenas entre as partes por ele vinculadas, não criando, em regra, direitos ou deveres para pessoas estranhas a relação. Exceções: seguro de vida. e) Princípio da pacta sunt servanda – Princípio da força obrigatória Ao se vincularem a um contrato, as partes assumem obrigações, podendo exigir da outra prestação prometida. Limitação: rebus sic stantubus – resume a teoria da imprevisão. OBS: exceptio non adimpleti contractus. Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la. 3. Classificação: 3.1. Quanto a previsão legal: Típicos Atípicos Mistos São contratos sujeitos à disciplina da lei que os regula e lhes da denominação própria. O CC define 23 contratos típicos . São celebrados com cláusulas definidas pelos contratantes, conforme necessidade negocial, sem obediência a regramento legal específico. Art. 425, CC – autonomia da vontade São contratos atípicos inspirados total ou parcialmente em contratos típicos. – ex: shopping center 3.2. Quanto à formação – pressupostos para a constituição: Consensuais Formais Reais A formação consensual depende tão somente a convergência de vontades, que uma vez expressa, conclui o negocio jurídico. Pode não ter forma escrita a forma escrita é essencial. Podendo a lei ainda exigir solenidades complementares. Ex: compra e venda de imóvel – escritura pública – art. 108 Exigem a entrega da coisa objeto do negocio. 3.3.Quanto à vantagem econômica Cumutativos Aleatórios O contrato pressupõe uma prestação à qual se opõe uma contraprestação correspontente. Antecipam como será a execução do contrato (ex: compra e venda) Sempre bilaterais, os contratos aleatórios tem por objeto coisa sujeito a acontecimento desconhecido e incerto. Ex: jogo ou aposta.
Compartilhar