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Conteúdo de Teoria Geral do Processo I

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Universidade Federal Fluminense
Mário Henrique Nóbrega Martins
Conteúdo da Disciplina Teoria Geral do Processo I
Professor: Jonatas Viana
Turma: T1
	
Niterói
2013
10/09/2013
Bibliografia
Lições de Processo Civil – Alexandre Freitas Câmara
Curso de Direito Processual Civil – Humberto Theodoro Junior
Teoria Geral do Processo – Ada Pellegrini Grinover; Cândido Rangel Dinamarco; Carlos Araújo Cintra
Introdução ao Direito Processual
Funções Estatais
	
	LEGISLATIVO
	ADMINISTRATIVO / EXECUTIVO
	JUDICIÁRIO
	TÍPICAS
	LEGISLAR (art.48, CF)
FISCALIZAR (art. 70/49, X, CF)
	ADMINISTRAR (art. 84, CF)
	JULGAR (art. 92, CF)
	ATÍPICAS
	JULGAR (art. 52, CF)
ADMINISTRAR (art. 51, IV/52, XIII, CF)
	LEGISLAR (art. 84, VI, CF)
* Decreto
	LEGISLAR (art. 96, I, “a”, CF)
ADMINISTRAR (art. 96, I, “b”, “c”, “d” e “e”, CF)
	A função jurisdicional é estatal e faz parte do Direito Público. Como exposto no quadro acima, percebe-se que os Poderes Estatais possuem tanto funções intrínsecas as suas características (típicas) quanto funções que originariamente não fazem parte de suas atribuições (atípicas). Portanto, tem-se que a função típica do Legislativo é legislar e fiscalizar (por meio do Tribunal de Contas). Já o Executivo é competente para administrar e o Judiciário é aquele que julga.
	No entanto, segundo a influência do Barão de Montesquieu desenvolveu-se o modelo de freios e contrapesos em que os Poderes do Estado fazem um papel de controle dos outros Poderes existentes. Logo, os Poderes adquirem funções que não são de sua natureza (de modo a impedir o abuso do Poder alheio).
	Com isso, infere-se que as funções atípicas podem ser:
Julgar (pelo Poder Legislativo – art. 52, II, CF)
Legislar (pelo Poder Executivo – art. 84, VI, CF): Tal prática está relacionada ao Decreto Autônomo (EC 32/2004), em que o Presidente da República pode expedir um Decreto que não esteja atrelado a uma lei específica.
Legislar e Julgar (Pelo Poder Judiciário – art. 96, I, “a”, “b”,”c”,”d”,”e”, CF)
Nomenclatura
a) Direito Adjetivo
	Tal nomenclatura era utilizada para dar a conotação de que o Direito Processual tinha como função qualificar / adjetivar um Direito Material. No entanto, tal expressão dá a entender que o Direito Processual era somente apêndice ou anexo ao Direito Material.
b) Direito Judiciário
	Termo adotado por João Mendes de Almeida, não é doutrinariamente aceito pelo fato de restringir suas ações ao Poder Judiciário, fato irreal frente a existência do processo administrativo, por exemplo.
c) Direito Jurisdicional
	Termo de Juan Arouca, também é criticado por enfatizar a jurisdição, dando menor valor à ação e ao processo.
d) Direito Processual
	Também é criticado por enaltecer o processo em face de outros institutos, como a ação e a jurisdição (componentes da Trilogia Estrutural do Processo). Ainda assim, é a nomenclatura mais utilizada na atualidade.
Classificação Didática
Direito Processual (é uno, mas possui divisão meramente didática)
Civil
a) Constitucional (controle de constitucionalidade, difuso ou concentrado / remédios constitucionais)
b) Coletivo (ação civil pública / popular / improbidade administrativa)
b.1) Direito coletivo strictu sensu (De uma categoria. Ex: Estudantes)
b.2) Direito coletivo difuso (pertence a todos e a ninguém ao mesmo tempo. Ex: Meio Ambiente)
b.3) Direitos Individuais Homogêneos (Individual, mas toca várias pessoas (Ex: vítimas de um desabamento)
	c) Tributário (Lei de Execução Fiscal – Lei 6830/80)
Trabalhista
a) Individual
b) Coletivo
Penal
Posição Enciclopédica
	Doutrinariamente, infere-se que o Direito Processual está adstrito ao Direito Público. A Jurisdição é uma das principais causas para que haja esse entendimento.
17/09/2013
Introdução ao Direito Processual
Evolução Histórica do Direito Processual
1ª fase: Imanentista (ou civilista) – Entende que o Direito Processual não é autônomo, mas que se trata do Direito material produzido em juízo, sendo apenas seu apêndice. É o Direito Adjetivo, este que provém da teologia.
2ª fase: Científica – Criada por Oskar von Bulow em 1868, passa a perceber o Direito Processual como uma ciência autônoma. Porém, esta corrente desassocia o Direito Processual do Direito, apresentando-o como um fim em si mesmo.
3ª fase: Instrumentalista – Clama pela objetivação do processo, corrigindo os erros da corrente científica e ligando o Direito Processual ao Direito, mesmo que não haja heteronomia entre um e outro.
4ª fase: Neoprocessualista (ligado ao Neoconstitucionalismo) – Gera a impregnação do Direito Constitucional e seus princípios no Direito Processual. Essa corrente é criticada pelos neoprivatistas, que interpretam que a constitucionalização do Direito Processual pode criar abusos do Estado para com os cidadãos.
Fontes do Direito Processual
Formais ou diretas (vinculam o operador do Direito)
a) Lei (latu sensu)
CRFB: Dita as normas de todo o ordenamento.
Tratados Internacionais de Direitos Humanos: possuem natureza supralegal (acima da legislação interna). Pode ser de três tipos:
- Tratados Internacionais de Direitos Humanos conforme o art. 5º, § 3º, CRFB: igualam-se à Constituição (Ex: Tratado de Nova York).
Tratados Internacionais de Direitos Humanos “comuns”
Tratados Internacionais: têm força de lei complementar / ordinária.
Lei Ordinária (Ex: Código de Processo Civil)
LC ? Alexandre Câmara entende que LC não legisla sobre lei processual por falta de justificação constitucional para tanto. Mas tanto o artigo 22 da LC 64 (que trata da inelegibilidade) quanto a LC 105 (que aborda a quebra de sigilo fiscal) possuem dispositivos processuais implícitos.
Competência legislativa: art. 22, I, CRFB (“Compete privativamente à União legislar sobre: I - (…) processual (...)”). e art. 24, X e XI, CRFB (“Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: X – criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI – procedimentos em matéria processual”).
b) Súmula Vinculante (art. 103-A, CRFB: é exceção)
	“O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços de seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei”.
c) Princípios (art. 125, CRFB)
	“Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição”.
Materiais (não vinculam, mas orientam o operador de Direito)
a) Costume
b) Doutrina
c) Jurisprudência: Com o projeto do novo CPC, o art. 847 torna a jurisprudência uma fonte formal.
Lei Processual no tempo
“tempus regit actum” (ato é regido pela lei de seu tempo)
Art. 1211,”in fine”, CPC (irretroatividade da lei processual)
Lei Processual no espaço
Art. 1211,”1ª parte”, CPC (“Este Código regerá o Processo Civil em todo o território brasileiro (...)”)
Decreto 2626/98: Versa sobre o Protocolo de Medidas Cautelares, em que se permite a aplicação de julgamentos de outros territórios no Estado brasileiro.
OBS: Carta Rogatória – Meio de cooperação entre as nações para o cumprimento extraterritorial de medidas processuais provenientes de outros países.
 20/09/2013
Trilogia Estrutural do Processo
Segundo Ramiro Podetti, tal trilogia é estabelecida em: jurisdição, ação e processo.
- Jurisdição: parte intrínseca ao processo; traz consigo o princípio do contraditório. É o poder do Estado para aplicaro Direito no caso concreto.
Noções Fundamentais
a) Interesse: é a manifestação de vontade em relação a um determinado bem jurídico.
b) Pretensão: Quando um indivíduo quer sujeitar outro a seu interesse.
c) Lide ou litígio: É a pretensão resistida; quando o outro resiste ao interesse do querelante.
Conceito de Jurisdição
	Chiovenda entende que Jurisdição é a função do Estado, que tem por escopo a atuação concreta da lei.
	Segundo Carnelutti, jurista italiano, jurisdição é a função estatal que busca a justa composição da lide. A crítica quanto a esse conceito está no fato de que a jurisdição não tenta uma composição, já que quando o magistrado julga, ele não quer convencer o perdedor da causa, mas simplesmente julga o fato. O conceito de lide também não poderia estar presente, uma vez que ela é acidental. Sendo assim, o réu pode aceitar a pretensão do autor, o que não caracterizaria a lide.
	De acordo com Alexandre Câmara, jurisdição é a função estatal que visa a atuação do direito objetivo (não restringe a concretização das leis, mas também dos princípios jurídicos).
 Características
a) Inércia (art. 2º, CPC)
	“Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais”.
“Ne procedat ex officio”: o Juízo não se procede de ofício, mas somente quando houver uma demanda.
Corolário: art. 989, CPC: a omissão das partes pode gerar legitimidade de agir para o juiz.
Exceções (art. 5º, LXVIII, CRFB): Apesar da regra se tratar da impossibilidade do procedimento de ofício, no caso de Habeas Corpus (“quando alguém sofre ou está ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder”) há precedente para o procedimento de ofício.
	Em geral, a jurisdição deve ser provocada, agindo através de uma ação. Um exemplo disso é o caso do inventário.
	Ainda na questão da inércia, percebe-se pelo princípio da congruência ou correlação que deve haver correspondência entre o pedido e a tutela jurisdicional, não podendo o juiz ultrapassar essa barreira (ainda que haja direitos). Ou seja, o magistrado não pode ir nem além daquilo que foi pleiteado, como também não pode se omitir frente ao pedido.
b) Substitutividade
	É o entendimento de que a jurisdição substitui a vontade das partes. No Brasil é vedada a Justiça particular, considerada crime (diferentemente da arbitragem).
Exceções:
Art. 251, § Único, CC: Obrigação de não fazer (casos de urgência)
Art. 1210, §1º, CC: Desforço imediato com uso de violência como efeito da posse (somente em caso de invasão de propriedade).
Art. 24/25, CP: Legítima defesa e estado de necessidade.
Súmula 473, STF: Anulação ou revogação dos atos próprios da administração pública por ela mesma.
Princípio do Contraditório: Possibilidade de defesa e de influenciar o julgador.
c) Declaração
	A jurisdição apenas declara os direitos já existentes, mas não constitui ou apresenta fatos novos ao universo jurídico. Ou seja, o Judiciário não legisla.
Teoria Dualista do ordenamento jurídico:
- Direito Material: Cria o direito.
- Direito Processual: Declara o direito.
d) Lide
e) Definitividade (“Trânsito em Julgado”)
	A medida cautelar só transita em julgado formal e não materialmente, já que o aparecimento de novos fatos pode alterar a medida.
OBS: O trânsito em julgado também é relativo devido a existência da chamada ação rescisória, que pode modificar o julgado até dois anos depois.
f) Secundariedade
	É o conceito de que a Jurisdição é secundária, visto que as partes podem resolver o conflito com seus próprios meios extrajudiciais. No entanto, existem provimentos jurisdicionais indispensáveis, como, por exemplo, a usucapião, que deverá ter sua definição proferida por sentença declaratória.
OBS: Alexandre Câmara entende que lide, definitividade e secundariedade não são características, posto que nem toda jurisdição as possui.
	Jurisdição Voluntária
	Jurisdição Contenciosa
	Não há lide, mas um requerente que manifesta sua vontade ao juiz. Ex: Ação de Alvará – pede algo por uma necessidade, um valor.
	Há possibilidade de haver lide.
- Teoria Administrativista: Percepção de que a Jurisdição voluntária não é jurisdição, mas administração pública de interesses privados.
- Teoria Jurisdicionalista: Entende que a Jurisdição voluntária também é jurisdição, ainda que não tenha lide ou réu.
Escopo da Jurisdição
Social: pacificar, com justiça, a sociedade.
Jurídico: atuar ou fazer atuar o direito objetivo de maneira concreta.
Político: exercer a soberania do Estado sobre o particular e garantir as liberdades públicas.
Jurisdição ≠ Tutela Jurisdicional (esta que é produto / serviço prestado)
- Classificação da tutela jurisdicional
Quanto ao tipo do pedido
Cognitiva: quando o juiz irá conhecer a demanda.
Executiva: quando o juiz executa direito antes reconhecido
Cautelar: para salvaguardar o direito, resultado último do processo.
Quanto ao esgotamento dos meios de prova
Plena: esgota os meios probatórios / de defesa.
Limitada: a tutela é deferida de modo rápido e o juiz não esgota os meios de prova, ficando satisfeito com a verossimilhança (fumus boni iuris). É o caso da antecipação de tutela.
Quanto ao tipo de tutela
Comum: cognitiva; executiva; corriqueira; juiz fixa multa.
Diferenciada: Lei cria a tutela jurisdicional de outra forma. Ex: Lei 9507/97 (Habeas Data) / Mandado de Segurança.
Quanto à satisfação do direito
Satisfativa (tutela antecipada): satisfaz o direito; a pretensão.
Não satisfativa: não satisfaz o direito / antecipação da prova. É necessária em alguns casos, como o da medida cautelar.
24/09/2013
Conceitos Básicos
Instância
Grau
* A doutrina diverge sobre estes institutos, sendo um considerado variável, dependendo do estágio do processo e o outro relativo à investidura do magistrado na jurisdição. Alexandre Câmara julga ser a instância variável e o grau fixo.
Entrância: é a graduação para promoção dos juízes (dentro da 1ª instância). Divisão hierárquica na carreira do magistrado.
Comarca: Delimitação geográfica da Justiça Comum Estadual
Circunscrição Judiciária: Delimitação geográfica da Justiça Comum Federal.
Magistratura e demais órgãos
1. Magistratura
- Garantias (art. 95, CRFB)
	- Vitaliciedade (art. 95, I, CRFB): No 1º grau, só adquirida depois de dois anos de exercício. No entanto, o juiz pode se aposentar.
OBS: A vitaliciedade é no cargo, enquanto que a estabilidade é no serviço público.
	- Inamovibilidade (art. 95, II, CRFB): Só podem ter seu local de trabalho alterado se assim quiserem ou se assim o tribunal dispuser.
	- Irredutibilidade de subsídios (art. 95, III, CRFB): Impossibilidade de diminuição salarial.
- Vedações (art. 95, § Único, CRFB)
	- Exercer outro cargo, exceto magistério (art. 95, § único, I)
	- Receber custas ou participação em processos (art. 95, § único, II)
Dedicar-se a atividade político-partidária (art. 95, § único, III)
2. Funções Essenciais à Justiça
- Ministério Público (art. 127 a 130-A, CRFB): Possui atribuições diferentes, mas garantias e vedações semelhantes aos dos juízes. (A LC 75/93 regulamenta o MPU, enquanto a Lei 8625/93 versa sobre o MPE).
- Advocacia
Privada (art. 133, CRFB)
Pública (art. 131 e 132, CRFB): desdobra-se na AGU e nas Procuradorias Constitucionais.
Defensoria Pública (art. 134, CRFB): advogado pago pelo Estado para defender os interesses daqueles cidadãos que não podem pagar pela advocacia privada.
*Art. 6º e 7º da Lei 8906/94 – Prerrogativas do advogado.
OBS: Quinto Constitucional – Possibilidade de entrar no Tribunal mesmo sem ser juiz.
OBS. 2: Resolução 175, CNJ: Regula o casamento homossexual.
	O Brasil adotou um sistema semelhante ao alemão,em que o Supremo Tribunal Federal possui duas funções:
- Atua como Corte de Constitucionalidade;
- É órgão de cúpula do Poder Judiciário.
CNJ (art. 103-B, CRFB): Compete ao Conselho Nacional de Justiça o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, além do exposto no Estatuto da Magistratura (LC 35/79).
Justiça Especializada: No Brasil, divide-se em três áreas. São elas:
- Justiça Eleitoral (art. 118 a 121, CRFB)
- Justiça do Trabalho (art. 111 a 117, CRFB): Há Estados em que não há TRT’s e Estados com mais de um (como São Paulo). Em primeira instância, é Justiça monocrática.
- Justiça Militar (art. 122 a 124, CRFB): o artigo 9º do COM cita os crimes militares. 
Justiça Comum: No Brasil, divide-se em duas áreas. São elas:
- Justiça Estadual (art. 125 a 126, CRFB): Única Justiça não remunerada pela União.
- Justiça Federal (art. 106 a 110, CRFB): Nem todo Estado possui. O Rio de Janeiro e o Espírito Santo formam o TRF1.
Conselho Recursal: Juízes de Direito de 1º grau julgam recursos dos JEF’s, agindo como 2ª Instância.
Tribunal de Justiça (TJ): 2º grau ou instância da Justiça Federal – seus juízes são denominados desembargadores.
Tribunal Nacional de Unificação de Jurisprudências (TNU)
01/10/2013
Princípios afetos à Jurisdição
Princípio do Juiz Natural
	É a ideia de que sempre haverá um juiz previamente investido para o julgamento de uma ação.
- Dupla Visão (ou dupla garantia – refere-se ao juízo como um todo, mas não à figura do magistrado)
	- 1º aspecto: Art, 5º, LIII, CRFB – “Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”.
	- 2º aspecto: Art. 5º, XXXVII, CRFB: “Não haverá juízo ou tribunal de exceção”. 
	Tribunal de exceção é aquele juízo criado após o crime. Tal tipo de tribunal é instituído pelo próprio Estado (portanto, não comporta o poder paralelo) e difere da troca do juízo competente para o julgamento, uma vez que já houve um órgão responsável anteriormente neste último caso. Ex: Tribunal de Nuremberg.
- Corolário: Princípio da Imparcialidade (art. 134 e 135, CPC) – este que se refere à figura do magistrado ao imputar seus impedimentos concretos.
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha;
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.
Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz.
Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando:
I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau;
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes;
IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio;
V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo.
Princípio da Inafastabilidade do controle jurisdicional (art. 5º, XXXV, CRFB)
	“A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. A jurisdição é inafastável, só cabendo à CRFB tal afastamento quando for possível.
- Corolário: Direito à tutela jurisdicional adequada.
- Exceções: Art. 142, § 2º, CRFB – “Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares”. Isso se dá por conta da natureza distinta da prisão militar, que afasta a incidência do controle jurisdicional.
		Art. 217, § 1º, CRFB: “O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da Justiça Desportiva, reguladas em lei”.
Princípio da Indelegabilidade
	Compete somente ao juiz a função de julgar (quando função típica), sendo impossível delegá-la a quem quer que seja.
Princípio da Investidura
	Dá-se pela meritocracia, uma vez que somente quem está investido na jurisdição poderá praticá-la (art. 84, XIII/93/94, CRFB).
Princípio da Aderência ao Território
Relaciona-se com o princípio da territorialidade, uma vez que o magistrado só é competente para julgar os casos da comarca a qual está subscrito.
- Exceção: Decreto 2626/98.
Princípio da Inevitabilidade
Ideia de que ninguém poderá escusar-se da jurisdição.
Investidura de coerção para a escusa:
a) Prisão (art. 733, § 1º, CPC): Caso de dívida de alimentos é a única possibilidade no Direito brasileiro, de acordo com as estipulações do Pacto de São José da Costa Rica. O caso do depositário infiel não é mais considerado suficiente para causar a prisão como pena.
b) Expropriação de bens (art. 646, CPC): É o caso da penhora. “A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, a fim de satisfazer o direito do credor”.
OBS: Art. 461, CPC – O juiz pode usar todos os meios de prova para fazer valer sua tutela. A corrente majoritária entende que, mesmo nesse caso, não cabe prisão civil.
- Exceção: Art. 43, Convenção de Viena sobre Relações Consulares
“1. Os funcionários consulares e os empregados consulares não estão sujeitos à Jurisdição das autoridades judiciárias e administrativas do Estado receptor pelos atos realizados no exercício das funções consulares. 
2. As disposições do parágrafo 1 do presente artigo não se aplicarão entretanto no caso de ação civil: 
a) que resulte de contrato que o funcionário ou empregado consular não tiver realizado implícita ou explícitamente como agente do Estado que envia; ou 
b) que seja proposta por terceiro como consequência de danos causados por acidente de veículo, navio ou aeronave, ocorrido no Estado receptor. “
No entanto, há uma exceção a esse caso na jurisdição trabalhista e no disposto no art. 31, “a”, “b” e “c” da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
04/10/2013
Competência
Conceito
	É a medida da jurisdição que cada juiz irá exercer, segundo Athos Gusmão. Ex: Um juiz da Vara Cível não poderá julgar demanda trabalhista (a menos que esteja no exercício de jurisdição trabalhista).
	Segundo Alexandre Câmara, a jurisdição é imensurável. Sendo assim, a competência jurisdicional é o limite da jurisdição. A competência é relacionada ao juízo, mas não à pessoa do juiz. Além disso, a competência é designada por lei.
Competência Internacional (art. 88 e 89, CPC)
	Não se trata propriamente de competência, mas de aplicação da lei processual no espaço.
	O art. 88, CPC aborda os casos de competência concorrente. Enquanto isso, o artigo 89 trata de casos de competência exclusiva da autoridade judiciária brasileira.
Princípio da Perpetuatio Jurisdicionis (art. 87, CPC)
	É a ideia de que uma vez proposta a ação, permanece a competência do juízo em que ela foi instaurada, ainda que os fatos mudem posteriormente.
- Exceções:
a) Quando suprimido o órgão;
b) Quando alterada a competência de hierarquia ou de matéria.
Teoria de ChiovendaGera critérios para a classificação da competência. São eles:
a) Objetivo (art. 91, CPC): Normas de organização judiciária.
	a.1) Valor da Causa (art. 258, CPC): Para determinada demanda é atribuída uma competência de acordo com o valor da causa. 
Ex: As ações nos JEC’s são de 20 salários mínimos quando não é constituído advogado e 40 salários mínimos quando há advogado. (JEC – Lei 9099/95; JEF – Lei 10259/2001).
	a.2) Matéria: Leva em consideração o objeto do litígio que está sendo discutido.
Ex: Uma determinada ação trabalhista deve ser processada na Vara do Trabalho.
Ex.2: Um litígio penal deve ser julgado pela Vara Penal.
b) Funcional
	A lei (CRFB) olha para o organograma do Poder Judiciário e aponta quem é o órgão competente para cada caso.
Ex: Em uma ação rescisória compete ao Tribunal (órgão superior) competente julgar a questão. Nesse caso, só há critério funcional.
Competência distinta no mesmo processo
	Ocorre quando dois órgãos jurisdicionais exercem competência no mesmo processo.
Carta precatória: O juiz pede para que outro juiz de outra comarca faça uma determinada citação, por exemplo. Nesse caso, dois juízes são competentes no mesmo processo.
Competência Originária: Referente aos juízes de 1º grau.
Competência recursal: Referente aos juízes de 2º grau.
Competência em processos distintos
	Ocorre quando um órgão jurisdicional é competente em processos diversos.
Medida Cautelar (art. 800, CPC): Com processo principal e processo cautelar.
Execução (art. 736, § único, CPC)
Litispendência (art. 253, III, CPC): Atribuição ao juiz prevento a competência para julgar dois processos com os mesmos elementos.
OBS: Litisconsórcio – É a pluralidade de partes na mesma ação. Pode ser passivo, quando há mais de um réu, ou ativo, quando há mais de um autor. Como exemplo, um caso em que Maria, José e Pedro propõem uma ação em face do Banco do Brasil.
c) Territorial (art. 94 ao 100, CPC)
	O artigo 95 exibe o conceito de “forum rei sitae” em que a competência é do foro da situação da coisa.
	A lei sempre leva em conta a posição geográfica dos fatos ou da coisa a que se pleiteia.
Ex: Ação sobre direitos reais tem que ser processada na local da coisa.
Foro privilegiado (art. 100, CPC): O STF julgou ser constitucional o artigo que dispõe sobre o foro privilegiado, já que promove a isonomia material entre as partes. Ocorre em situações em que se privilegia o foro da mulher em casos de divórcio, por exemplo.
OBS: Além dos critérios estipulados por Chiovenda, também existe o critério em razão da pessoa que se observa lesada (ratio personae). Ex: Um crime contra a UFF é julgado na Vara Federal por conta da profissão do criminoso. Na Itália, ao contrário, não há foro por prerrogativa de função.
Processo lógico para fixação de competência
	Segundo Piero Calamandrei, é a caracterização da jurisdição:
1º passo: Qual é a competência constitucional? (material)
2º passo: Qual é a competência do foro? (territorial)
3º passo: Qual é a competência do juízo? (funcional)
Ex: Ação contra Casas Bahia por conta de problemas na compra de produto.
O fato é de competência da Justiça especializada? Não, da Justiça Comum Estadual.
Aonde deve-se propor a ação? No foro do domicílio do autor.
Em qual juízo? NO JEC dependendo do valor da causa.
08/10/2013
Competência Absoluta e Relativa
Absoluta (norma cogente)
Em razão da matéria
Em razão da pessoa
Funcional (em relação à investidura do órgão)
Relativa (norma dispositiva)
Valor da Causa
OBS: Exceção da competência relativa quanto ao valor da causa – Casos em que a competência será absoluta: I – Art. 3º, § 3º, Lei 10259 (JEF e JEC só julgam causas de até 60 salários mínimos); II – Lei 12.154/04.
Territorial
OBS: Exceção da competência relativa quanto ao território – art. 95, CPC – direitos reais sobre imóvel).
Distinção
	
	ABSOLUTA
	RELATIVA
	INTERESSE
	Eminentemente público
	Eminentemente privado
	TANGIBILIDADE
	Imodificável (pela vontade das partes)
	Modificável
	MOMENTO
	Qualquer grau (art. 113, CPC)
	Prazo de resposta
	ARGÜIÇÃO
	Preliminar de contestação (art. 301, II, CPC) *
	Exceção de incompetência (art. 307, CPC) ***, exceto no art. 112.
	PRINCÍPIO DA DEMANDA
	EX OFFICIO (art. 123, CPC)
	Só pela parte prejudicada
	FORO DE ELEIÇÃO (art. 111, CPC) **
	Impossível
	Possível
* Caso o réu não alegue incompetência absoluta na preliminar de contestação, este deverá arcar com as custas como penalidade.
** A cláusula de eleição de foro só é cabível em questões de competência relativa (territorial). É diferente de eleição de juízo, onde há a escolha do juízo que se faz competente para a situação, tendo somente este caso a possibilidade da emissão de incompetência relativa do magistrado. Cabe sempre lembrar que a eleição do juízo difere da eleição do juiz, esta que não é possível no Direito brasileiro.
*** A falta de alegação de exceção de incompetência gera como penalidade a prorrogação da competência pelo juiz outrora incompetente.
Causas de Modificação da Competência
Conexão (art. 103, CPC)
	Há conexão quando o objeto ou a causa de pedir são iguais. A conexão independe de competência absoluta ou relativa e a segunda ação é julgada no foro da primeira ação. A conexão existe para que se evitem decisões contraditórias sobre o mesmo tema.
Efeitos:
a) Reunião de ações (art. 105, CPC)
b) Distribuição por dependência (art. 253, I, CPC): a segunda ação é distribuída por dependência, ficando anexa à 1ª quando a competência territorial for a mesma (na prática, é raro).
OBS: Súmula 235, STJ: “A conexão não determina reunião de processos, se um já foi julgado”.
Continência (art. 104, CPC)
	É a conexão qualificada: ocorre quando há identidade de partes e causa de pedir, mas o objeto de uma ação é mais amplo do que o da outra, abrangendo-o.
Vontade das partes
	Tem como exemplo a cláusula de eleição de foro que é (ou pode ser) estipulada em contrato e só ocorre em casos de competência relativa.
Inércia
Dá-se em casos de prorrogação de competência, quando o réu não venha a arguir a incompetência relativa do juízo no prazo para resposta por meio da exceção de incompetência. Nessa situação, torna-se competente o juízo outrora incompetente.
OBS: Juízo prevento é o que despachou antes no caso de ações anexas (art. 106, CPC). Portanto, se houver reunião de ações ela se dará no juízo prevento, como dispõe o artigo 219, CPC (caso haja mesma competência territorial).
Declaração de Incompetência
Absoluta – pode ocorrer por:
a) Preliminar de contestação
b) Reconhecimento “ex officio” do juiz
c) Grau recursal – responde o réu pelas custas integrais (art. 113, §1º, CPC).
d) Ação rescisória
OBS: Efeitos do art. 113, § 2º, 1ª parte, CPC:
 Remessa ao juiz competente
 Nulidade dos atos decisórios
OBS. 2: Teoria da traslatio judicius – Ideia de que o juiz competente, ao receber o processo, pode manter os atos decisórios do juiz incompetente, tendo em vista razão de ponderação dos direitos em jogo.
Relativa
	Tem como pressuposto a arguição de incompetência por parte do réu (art. 307, CPC).
Súmula 33, STJ: “A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício”.
 Efeitos: art. 311, CPC: Remessa dos autos ao juiz competente.
Exceção: Nulidade da cláusula de eleição de foro no contrato de adesão (art. 122, § único, CPC).
11/10/2013
Conflito de competência (art. 115, CPC)
	Há conflito de competência quando:
I – Dois ou mais juízes se declaram competentes – conflito positivo (art. 115, I, CPC);
II - Dois ou mais juízes se declaram incompetentes – conflito negativo (art. 115, II, CPC).
OBS: Súmula 59, STJ: “Não há conflito de competência se já existe sentença com trânsito em julgado , proferidapor um dos juízos conflitantes”.
	Nos casos de conflito de competência com Juízes de Direito, cabe ao TJ exarar qual dos juízes é competente.
	Na situação de ter um dos juízes sentenciado não cabe conflito, mas apenas recurso, conforme leciona Humberto Theodoro Junior.
	O conflito de competência tem natureza jurídica de incidente processual, necessitando de ação declaratória incidental.
	Segundo o artigo 117 do CPC, aquele que ofereceu exceção de incompetência não pode suscitar conflito de incompetência. Contudo, o parágrafo único do referido artigo não obsta que a parte que o suscitou ofereça exceção declaratória de foro.
	O conflito de competência entre juízes federais (vinculados ao mesmo Tribunal) deve ser dirimido pelos Tribunais Regionais Federais, como mostra o artigo 108, I, “e”, CRFB.
	O conflito de competência entre quaisquer Tribunais é dirimido pelo STJ, segundo o art. 105, I,”d”, CRFB. Só há exceção para o art. 102, I, “o”, CRFB e a Tribunais e juízes não vinculados a ele ou juízes vinculados a Tribunais diversos.
	O conflito de competência entre o STJ e quaisquer Tribunais , entre Tribunais Superiores ou entre este e qualquer outro Tribunal deve ser resolvido pelo STF, como exibe o art. 102, I, “o”, CRFB.
	O conflito de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista são julgados pela Justiça do Trabalho, de acordo com o art. 114, V, CRFB. À exceção do disposto no art, 102, I, “o”, CRFB.
Exemplos:
TRT x TRT: TST resolve
TRT x JT a ele não vinculado: TST julga.
JT x JD investido na jurisdição trabalhista: TRT julga.
JT x JT vinculado à TRT distinta: TST julga.
	Conforme expressa o art. 119, CPC, o relator ouvirá o juízes em conflito e estes deverão prestar informações sobre o conflito.
	Quando decidir sobre o conflito, o Tribunal irá declarar qual é o juiz competente. Além disso, dirá se há e até que ponto irá a validade dos atos do juiz competente.
OBS: Quando não houver jurisdição trabalhista no local, a competência para julgar é do juiz de Direito, segundo exibe a CLT.
Conflito de Atribuição
	Enquanto a competência tem a ver com um órgão jurisdicional (do Poder Judiciário, salvo exceção), a atribuição é relacionada aos órgãos administrativos.
	Atribuição é o trabalho de todos os órgãos administrativos do Estado e que não são jurisdicionais. Ex: Secretário de Niterói que emite Resolução sobre um imposto X.
	É possível, segundo mostra o artigo 124, CPC, que haja conflitos entre órgão administrativo e órgão investido em jurisdição. Esse conflito será regulado pelo regimento interno dos Tribunais.
	O STJ será responsável por julgar conflitos entre autoridades judiciárias e administrativas da União, ou destas com outros Estados ou entre os Estados (art. 105, I,”g”, CRFB).
	Apesar de não estar expresso, também pode julgar o STF em casos de conflito federativo (art. 102, I,”f”, CRFB).
	Quando há conflitos entre Secretarias da Fazenda, a atribuição para julgar é do STJ.
	Já os conflitos de atribuição entre Promotores de Justiça do MP/DFT são julgados pelo TJ/DFT.
Perguntas:
Qual é o Tribunal competente para dirimir um conflito de competência entre um juiz do trabalho e o juiz de Direito da Justiça Comum Estadual, não estando este último no exercício da jurisdição trabalhista?
Quem é competente para julgar o conflito de atribuição entre o Promotor de Justiça do Estado do RJ e o Procurador da República lotado no Estado de SP? Responda abordando e explicando o que vem a ser conflito de competência virtual.
OBS: O Promotor de Justiça do RJ é ligado ao MP/RJ, enquanto que o Procurador da República é ligado ao MPF.
18/10/2013
Equivalentes Jurisdicionais
	Equivalentes jurisdicionais são institutos que substituem a jurisdição. Ou seja, são métodos alternativos de resolução dos conflitos.
	- ADR (Alternative Discute Resolution): Criação da doutrina norte-americana (commom law) que objetiva o solucionamento de um problema por meio extrajudicial.
São equivalentes jurisdicionais:
Transação
	Ocorre quando as próprias partes chegam a um denominador comum. Nesse método, não há intervenção de terceiros (transação pura e simples).
a) Extrajudicial (tem natureza jurídica de contrato)
- CCP (art. 625-D, CLT): A Comissão de Conciliação Prévia é um acordo que não tem natureza jurisdicional e, por isso, é transação extrajudicial. Houve grande debate sobre a CCP por haver vedação ao acesso à Justiça, devido à obrigatoriedade dela, o que causou a sua inconstitucionalidade por liminar. Contudo, a CCP ainda existe, tendo sido somente revogado o que dispõe sobre a obrigatoriedade no comparecimento do trabalhador.
b) Judicial (tem força de sentença)
- Artigo 269, III, CPC: “Haverá resolução de mérito quando as partes transigirem”.
- Artigo 17, Lei 9099/95: “Comparecendo inicialmente ambas as partes, instaurar-se-á, desde logo, a sessão de conciliação, dispensados o registro prévio e o pedido de citação”.
Mediação
	Não é método a parte, mas instrumento eficaz que levará a uma transação judicial ou extrajudicial. O terceiro leva as partes a transigirem, quando aquele for bem-sucedido. O mediador não decide, mas conduz as partes a chegarem a um acordo.
Arbitragem (Lei 9307/96)
	Ocorre quando há a escolha de terceiro (s) para substituir a vontade das partes, decidindo/solucionando a pendência. Portanto, há uma sentença que possui força judicial, fato que diferencia a arbitragem da mediação.
Pressupostos:
A arbitragem deve ser feita por pessoas capazes.
Ela deve ser feita sobre direitos patrimoniais disponíveis (art, 1º)
Convenção de arbitragem (art. 3º)
Cláusula Compromissória (art. 4º): As partes se comprometem a uma futura arbitragem (ocorre no contrato).
Compromisso arbitral (art. 9º): Documento em que as partes se submetem um litígio à arbitragem.
Exclui a jurisdição (art. 267, VIII, CPC/art, 18 e 31, Lei 9307/98)
	O árbitro é juiz de fato e de direito e seu julgamento é insuscetível à recurso.
OBS: Pergunta – A arbitragem seria inconstitucional por conta do descrito no art. 5º, XXI, CRFB (“A lei não excluirá a apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a Direito”)?
	Não, por conta do expresso no art. 5º, LXXVIII, CRFB, que dá origem ao Princípio da razoável duração do processo que, portanto, é garantia constitucional. Sendo assim, a arbitragem é garantida constitucionalmente.
Autotutela
	Em regra, é vedada, sendo considerada exercício arbitrário das próprias razões (art. 345, CP). No entanto, há exceções:
Art. 251, CC: Obrigação de não fazer
Art. 249, CC: Obrigação de fazer
Art. 1210, §1º, CC: Restituição de posse de bem imóvel
Art. 25, CP: Legítima defesa
Súmula 473, STF: Autotutela da administração pública.
OBS: Ler Se – AgR 5206-Ep.
29/10/2013
Revisão para a prova
	Há autores que entendem que a conciliação só ocorre em casos de perde e ganha. A mediação, no entanto, só se daria em questões de trato sucessivo. A mediação não é um fim em si mesmo, mas leva a outro equivalente jurisdicional, como a transação judicial ou extrajudicial.
Transação
Judicial: Tem natureza jurídica de título executivo judicial (sentença)
Extrajudicial: Tem natureza jurídica de contrato
Critério de fixação de competência
Teoria do critério territorial-funcional
A doutrina brasileira adotou esse critério, que dá caráter absoluto à competência territorial, preponderando, nesse caso, o critério funcional. A teoria mencionada tem a finalidade de justificar a existência dos fóruns regionais.
Ex: “A” mora em Pendotiba, mas entra com uma ação no fórum do centro de Niterói. Dá-se a incompetência absoluta com justificativa do critério territorial-funcional.
12/11/2013
Teorias sobre a Ação
Teoria Civilista (ou imanentista)
	Desenvolvida no Direito brasileiro por Clóvis Beviláqua por conta do Código Civil de1916, essa teoria entende que para todo direito existe uma ação que o assegura, ou seja, a ação é o direito material exercido em juízo (ius persequendi in judicio).
 Art. 75, CC/1916: “A todo direito corresponde uma ação que o assegura”.
 Art. 80, I, CC/2002: “Consideram-se imóveis para efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram”.
 Art. 83, II e III, CC/2002: “Consideram-se móveis para efeitos legais os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações”.
	Quanto aos artigos do Código Civil vigente, Alexandre Câmara os critica por entender que são retrógrados ao igualar direito material e processual. No entanto, juristas com pensamento diverso dizem que o artigo só trata da tutela jurisdicional que assegura o direito.
Polêmica entre Windscheid e Muther
	A superação da teoria civilista teve seu marco com a discussão entre os dois juristas alemães, tendo seu início com a publicação do livro “Pressupostos processuais e exceções delatórias” de Bernhard Windscheid (1868), que analisou o conceito de actio do Direito Romano entendendo-o como mera atribuição do direito material no campo processual e tentou desvencilhá-lo do conceito de klagerecht do Direito Alemão, classificando este como a pretensão que se estabelece na tutela jurisdicional, mas não necessariamente se vincula a um direito material (anspruch – art. 189, CC).
	Muther, por outro lado, liderava a doutrina majoritária no sentido de igualar os dois conceitos. Os embates teóricos, por fim, resultaram em avanços sobre a interpretação, passando-se a conceber a ideia de que ação não é simples direito material posto em juízo.
Teoria Concreta da Ação
	Tese defendida por José Inácio Botelho e James Goldschimitt de que só existe direito de ação se existir direito material, apesar de se tratarem de dois institutos diferentes. Dá a noção de direito subjetivo.
Teoria do Direito Potestativo de Agir
	Teoria de Chiovenda, é uma ramificação da teoria concreta em que se aduz que a ação é um direito potestativo, ou seja, manifestação de vontade de uma das partes em face da outra e que não pode ser negada por conta da ideia da inafastabilidade da tutela jurisdicional, não podendo sofrer violação. Apesar da notoriedade da teoria, a negativa de prestação jurisdicional é uma forma de negar a ação como direito potestativo.
Teoria Abstrata da Ação
	 Exibe que a ação não é concreta, mas abstrata. Sendo assim, a ação independe de direito material. Como exemplo, pode-se citar a sentença de improcedência que dá mostra de que pode haver ação mesmo que não haja direito material. Além desse caso, também a ação declaratória negativa, que traz a pretensão da declaração da inexistência de direito material, é exemplificadora da separação entre ação e direito material.
Teoria Eclética da Ação
	Difundida por Enrico Tulio Liebman (jurista italiano que morou no Brasil durante o governo Mussolini), essa teoria mescla as teorias concreta e abstrata ao entender que o direito de ação é abstrato, mas que para a ação poder existir devem estar presentes alguns requisitos que dão concretude a ela ao se basear no direito material. São eles: interesse de agir (necessidade/adequação), legitimidade e possibilidade jurídica da demanda (pedido).
Variantes da Teoria Abstrata
- José Carlos Barbosa Moreira: Alguns autores entendem que sua tese é uma variação da teoria abstrata; Segundo ele, não se deve falar em condições da ação, já que ela é abstrata. Tais condições são dados para o “regular exercício do direito de ação”. Logo, se for exercido o direito sem as condições, este foi feito de modo irregular. Isso se dá para frear o abuso do direito de ação pelo autor.
- Alexandre Câmara: Estas condições se enquadram no gênero “requisitos do provimento final do mérito” que engloba as condições da ação e os pressupostos processuais. Sem isso, dá-se a sentença terminativa que não analisa o mérito. Para Câmara, falar em “condições da ação” é equivocado, posto que estas não caracterizam fato futuro e incerto, mas são requisitos que permitem que o magistrado possa analisar o mérito da demanda.
Conceito de Ação
	O conceito tradicional entende ação como “direito subjetivo a invocar a tutela jurisdicional”, baseando-se no art. 5º, XXXV, CRFB.
	Contudo, Alexandre Câmara entende ação como “poder jurídico de exigir do Estado a tutela jurisdicional”, sendo ela um direito potestativo. A ação é contra o Estado e em face de um particular. Esse conceito é negado pelas hipóteses de violação ao direito de ação.
OBS: Eduardo Couture, jurista uruguaio, defende a tese de que o direito de ação tem natureza jurídica de garantia constitucional porque é uma face do direito de petição, disposto na Constituição Federal no art. 5º, XXXIV, “a”, e não do conceito de inafastabilidade do controle jurisdicional.
OBS. 2: Revelia – Inércia do réu que gera a presunção da veracidade dos fatos e a não intimação deste réu em novos procedimentos.
OBS. 3: Lei 1060/50 – A gratuidade de Justiça é momentânea e pode prescrever em 5 anos.
19/11/2013
Condições da Ação (“Ritos do Provimento Final”)
Legitimidade dos Fatos (Legitimidade “Ad causam”)
	São legítimos aqueles que figuram na relação jurídica, de modo a se poder instaurar a ação processual. A legitimidade pode ser ordinária ou extraordinária. 
Legitimidade ordinária: Segundo Alfredo Buzaid, só tem legitimidade ativa ou passiva aquele que figurou na relação jurídica material.
Ex: “A” fez um contrato com “B”. Portanto, só “A” tem legitimidade para figurar direito de ação em face de “B”. Caso outra pessoa entre postulando ação na referida situação (sem ser “A” ou “B”), haverá extinção do processo sem resolução de mérito (art. 267, VI, CPC)
 Legitimidade “ad causam” extraordinária (art. 6º, CPC): É extraordinária a legitimidade quando pessoa que não figurava na relação jurídica possui o direito de ação em face outro. Há três modalidades de tal legitimidade: exclusiva; concorrente e subsidiária.
a) Concorrente (Lei 8560/92): Tanto o legitimado ordinário quanto o extraordinário podem ir a Juízo pleitear o pedido isoladamente ou em litisconsórcio. A referida lei, por exemplo, versa sobre os casos de reconhecimento de paternidade, em que cabe legitimidade concorrente.
Ex: “B” está em dúvida se é filho de “A” ou não. No entanto, “B” não quer entrar com uma ação. Nesse caso, pode o MP entrar com ação para investigar a paternidade ou maternidade. Tanto “A” quanto o MP podem entrar com ação, fato esse que configura a concorrência da legitimidade.
Ex. 2: O MP também pode (além das partes) entrar com ação para pagamento de pensão alimentícia.
Ex. 3: A legitimidade dos sindicatos para promover uma ação em face de uma empresa, autarquia ou instituição em nome de seus membros.
b) Exclusiva (Lei 4717/65): Ocorre quando NÃO existe o legitimado originário.
Ex: Ação popular – aquela em que qualquer cidadão pode entrar com ação relativa aos direitos difusos cuja propriedade não é particular, mas pública. Portanto, não há legitimado originário específico, sendo todos legitimados para tanto. É o caso do pleito contra danos ao meio ambiente.
c) Subsidiária (art. 159, §3º, Lei 6404/76; art. 5º, LIX, CF; art. 29, CPP): Ocorre quando o legitimado originário não exerce seu direito de ação no lapso temporal devido, permitindo que outrem adentre com tal ação.
Ex: Lei das S.A.’s – A Sociedade Anônima foi gerada de forma fraudulenta pelo administrador. Contudo, se a S.A. não ajuizar ação no prazo de três meses, pode seu acionista fazê-lo.
Interesse de Agir
	É a utilidade do provimento jurisdicional pretendido pelo demandante. Dá-se pelo binômio necessidade e adequação. A ausência de um desses elementos implica na falta de interesse de agir e, consequentemente, na falta de uma das condições da ação, fazendo com que o processoseja extinto sem resolução de mérito, conforme aduz o art. 267, CPC.
a) Interesse adequação
Demanda adequada é aquela em que há precisa suficiência (princípio da correlação) para que se dê o interesse ao bem jurídico tutelado.
Ex: Nega-se uma certidão negativa. A partir disso, pode o indivíduo entrar com mandado de segurança, já que se trata de direito constitucionalmente garantido.
b) Interesse necessidade
É necessária a demanda quando ela for a única ou melhor forma de se obter a solução do problema.
Ex: Habeas Data (art. 8º, § único, Lei 9507/97) – o referido rito processual só pode ter uma ação ajuizada se já tiver sido tentada a resolução do imbróglio na via administrativa anteriormente (há quem diga que essa norma é inconstitucional).
Possibilidade Jurídica do “pedido” (demanda)
a) Demanda prevista: É aquela que está presente claramente no ordenamento jurídico brasileiro.
Ex: Ação de usucapião quando alguém, de boa-fé, fica por 10 anos em uma propriedade imóvel.
b) Demanda não prevista: É aquela que não está claramente prevista no ordenamento jurídico, mas é possível. Ex: Casamento homossexual.
c) Demanda vedada: É aquela que se faz juridicamente impossível. 
Ex: Dívida de jogo. Obrigação natural (art. 814, CC) juridicamente inexigível.
Ex. 2: Ação em torno de objeto ilícito.
Aferição das condições da ação
1ª teoria (Dinamarco/Liebman): As provas dos autos são essenciais para aferir as condições da ação.
Teoria da Asserção (José Carlos Barbosa Moreira/Fazzalari): De modo diverso, esta teoria entende que é aquilo que está exposto na petição inicial que deve ser analisado para aferir as condições da ação, mas não as provas.
O julgador deve considerar a relação jurídica deduzida em juízo in status assertionis, isto é, a vista do que se afirma. Desse modo, o magistrado deve sua interpretação admitindo, por hipótese e provisoriamente, que as informações contidas nos autos são verdadeiras para que se possa analisar se estão presentes as condições da ação ou os ritos para o provimento final.
29/11/2013
Elementos Identificadores da Ação
	Humberto Theodoro Junior entende que a ação é única, conforme aduz o art. 301, §2º, CPC, ou seja, “uma ação é idêntica à outra quando se tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido”.
Partes
	Aqueles que figuram na relação processual.
a) Autor
b) Réu
c) Sucessor (art. 42, §3º, CPC)
OBS: Legitimidade extraordinária é diferente de substituição das partes.
Causa de Pedir
	Fatos e fundamentos jurídicos que embasam o pedido (art. 282, III, CPC).
a) Próxima: Os fundamentos jurídicos.
b) Remota: Os fatos.
OBS: Segundo Dinamarco, José Carlos Barbosa Moreira e Alexandre Câmara a ordem descrita é a correta. Contudo, para Daniel Assunção e Nelson Nery Junior a causa de pedir próxima se dá pelos fatos, enquanto o remota se dá pelos fundamentos jurídicos.
Pedido
	Provimento jurisdicional requerido pelo autor. Pontes de Miranda enumera cinco tipos de pedido: os condenatórios, os declaratórios, os constitutivos, os desconstitutivos e os executórios.
a) Mediato: Em torno do bem jurídico em jogo. Ex: A vida; um imóvel.
b) Imediato: O provimento jurisdicional que se quer. Ex: Declaração; condenação.
Necessidade dos elementos
 a) Coisa julgada: Pode ser formal ou material.
Formal: quando não pode mais haver mudança no processo em tela.
Material: impossível de mudar em qualquer hipótese.
b) Litispendência: Segundo Nelson Nery Junior, “ocorre litispendência quando se reproduz ação idêntica à outra que está em curso”. Ou seja, quando possuem os elementos iguais. São eles: partes, causa de pedir e pedido.
c) Perempção: Perda do direito de ação por conta de seu uso indevido, como no caso de recorrente abandono do autor, situação em que há tríplice identidade.
d) Conexão: Quando há mesma causa de pedir e pedido, mas autores diferentes.
e) Continência: Uma das ações engloba a outra, sendo a primeira mais ampla.
f) Prejudicialidade: É o caso em que uma das ações afeta a outra. Por exemplo, duas ações em que uma seja a de reconhecimento de paternidade e a outra a de pagamento de pensão. Só pode a segunda ser válida se a primeira for procedente.
OBS: O termo impossibilidade jurídica do pedido é incompleto, uma vez que também deve ser analisada a causa de pedir e as partes, sendo mais correto afirmar pela impossibilidade jurídica da demanda.
OBS. 2: Há uma presunção de que “o juiz conhece o direito”.

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