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Dto Empresarial II

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Daiane Tramontini – 2ª feiras e 3ª feiras, primeiras aulas.
Títulos de crédito e contratos comerciais.
Código Civil e Legislação específica.
Prova metade objetiva, metade subjetiva duas ou três.
1 mês, 1 mês e meio de aula – duas provas 
1ª Unidade Títulos de Crédito.
2ª Unidade Contratos Comerciais.
Dois trabalhos – 1 escrito, outro durante a aula pode, dinâmicas de perguntar .
Amanhã não tem aula.
Ulhôa, só título crédito e Ricardo Negrão – que tem as duas unidades.
Não faltar em revisão de prova.
Se repete, cai na prova ou em concurso.
Vade Mecum liberado mas olha, não escrito, nada impresso.
27/09 PROVA TÍTULOS DE CRÉDITO
Terça-feira
22/11 PROVA CONTRATOS COMERCIAIS
Terça-feira
15/08/2016 Teoria Geral dos Títulos de Crédito
“Documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado” – Vivante
Documento que representa alguma obrigação – nesse caso – o exercício de um direito, a depender do tipo do título.
Exemplo: causando prejuízo. 
-Atributos:
-Relações creditícias, existem os impróprios, mas em regra todo título de crédito existe uma relação creditícia, não se fala em obrigação de fazer ou não fazer.
-Executividade, art.784, I, CPC : Esses títulos de crédito são títulos de crédito extrajudiciais, não precisa discutir o título em si, muito mais fácil de executar.
-Negociabilidade: alta, não tem limite, o portador tem liberdade de transferir o título de crédito – cheque por exemplo., ou nota promissória. Mesmo se o carro vendido em nota promissória tiver um vício oculto ele não pode se negar a pagar, depois é que ele pode discutir os valores relativos ao vício.
-Princípios Gerais:
a)Cartularidade: *DOCUMENTO*, para o credor poder exercer o direito de crédito ele deve ter o documento em mãos, se não ele não consegue exercer o direito. É o que dá a garantia do crédito, é o que permite a execução do documento.
Se transferir, é preciso fazer no próprio título de crédito, é preciso fazer o endosso para o próximo credor.
Os títulos de crédito eletrônicos são exceções, a tendência que a cartularidade desapareça.
Credor de título de crédito não se presume, tem que constar no documento.
Cártula é a mesma coisa que documento.
O Código Civil é supletivo, regra geral, os títulos de crédito tem legislação específica.
A Duplicata por exemplo tem a lei 5474/68 (LD), nela existe a possibilidade de execução na via do protesto por indicação, isto é uma exceção. A duplicata tem várias exceções.
b)Literalidade: o direito tem que estar descrito no TC literalmente, segunda parte do conceito de Vivante. Se não estiver escrito não tem validade, não pode pleitear nem cobrar nada além nem nada aquém do que está no TC.
A duplicata é a exceção, em que pode se dar quitação fora do próprio documento, LD art. 9º, §1º.
c) Autonomia: As obrigações presentes no TC são autônomas, não dependem de nada.
Um carro de A foi vendido para B, pago por Nota Promissória (NP), essa é a relação fundamental. Só que A tem dívida com C e transfere NP para C, por meio de endosso. Se B descobre que o carro continha vários vícios, B não pode negar-se a pagar, porque as relações em um TC são autônomas, B não pode negar-se a pagar para C por causa do vício na relação fundamental/original, terá que pedir o ressarcimento após por meio de via judicial. As relações decorrentes do TC não se comunicam, a menos que fique demonstrada a má fé.
i – Abstração: a partir do momento que você circula o TC, você perde a vinculação com a relação fundamental, há a possibilidade de abstração - transferência.
ii - Inoponibilidade das exceções portador de boa-fé: mesma questão do exemplo, B não poderia alegar o vício a C se ele for portador de boa fé. Apenas seria oponível se fosse demonstrado o conhecimento do fato, não necessariamente má-fé.
- Classificação do Ulhôa:
a) Modelo:
i- Livre: o próprio nome já diz, podem existir requisitos mas não formato fixo.
ii- Vinculado: cheque deve seguir formato da instituição financeira, duplicata modelo do Conselho Monetário Nacional.
b) Estrutura:
i- Ordem de Pagamento: 
A quem dá a ordem
B destinatário da ordem
C beneficiário da ordem
Ex. Cheque, eu o emito A para B meu banco pagar o beneficiário C.
ii- Promessa de Pagamento
A quem promete – promitente
B beneficiário.
c) Hipóteses de emissão:
Geralmente os doutrinadores juntam causais e limitadas, mas o Ulhôa junta.
Causais: porque a lei assim determinou as causas para que fosse emitida.
Limitadas: quando a lei proíbe a emissão de determinado TC para uma situação.
Abstratas: os TC’s podem ser vinculados a obrigação de qualquer tipo de natureza, ou obrigação.
d) Circulação (Transferência): segundo Ulhôa
- Ao portador: circulação se faz por mera tradição, não identifica o credor.
- Nominativos: você identifica o credor e a transferência vai depender de um negócio jurídico. O Ulhôa diferencia em duas subdivisões:
i- À ordem: quando necessita de endosso (termo que vem da lei de letra de câmbio).
O endosso é o instrumento que permite a transferência do TC.
ii- Não à ordem:quando circula sem endosso, mas com cessão de direito civil/ cessão civil.
Circulação por Carvalho de Mendonça
- Nominativo – por doc de transferência; registros em livro emitente.
- À ordem – endosso
- Ao portador – emissão sem identificação, mera tradição.
No CC/2002 a partir do art. 880, aplica-se de maneira supletiva.
Roteiro 2 – REQUISITOS
1. Introdução:
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.
2. Requisitos comuns do Direito Cambiário e do Direito Comum:
 Agente capaz;
 Objeto lícito, possível e determinado ou determinável; e
 Forma prescrita ou não defesa em lei
OBS: emissão de título por representante
Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado.
Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado.
Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos
que a estes excederem.
Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante ou representado.
3. Requisitos comuns a todos os títulos de crédito – previsão do Código Civil
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente.
3.1. Data da emissão: essencial e obrigatória.
Necessidade de verificação:
 do regime jurídico aplicável ao titulo, em virtude do conflito de normas no tempo,
 bem como para permitir o cálculo do prazo prescricional.
OBS: Data de Vencimento: não necessariamente precisa constar.
Art. 889. § 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento.
3.2. Indicação dos direitos conferidos:
Principio da Literalidade.
OBS: Nem tudo pode constar da cártula, conforme previsão do art. 890, CC:
Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.
3.3. Assinatura
A assinatura do emitente é requisito essencial.
OBS: assinatura falsa
3.4. LOCAL
O local, no âmbito da Teoria Geral dos Títulos de Crédito é requisito facultativo.
Art. 889. § 2o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente.
OBS: Lei Uniforme de Genebra:
Art. 2º O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigoanterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes:
A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do sacado.
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador.
4. Partes em Branco
Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados.
Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.
SÚMULA 387
A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
5. Letra de Câmbio, como exemplo:
- É uma Ordem de Pagamento.
São requisitos obrigatórios da letra de câmbio:
- Dá origem ao sacador ( aquele que dá a ordem de pagamento)
- Sacado (pessoa para quem essa ordem é dada)
- Tomador (beneficiário da ordem)
O Saque dá nascimento à letra de câmbio, preenchimento da letra de câmbio, o início.
O Endosso é o meio de circulação, pois o título de crédito é negociável, e o endossatário e o endossante. 
O Aceite é a assinatura, materialização do consentimento.
O Aval é uma garantia, presença de um avalista.
Na LC, não especificado o local, o local indicado pelo sacado será considerado o local (Lei Uniforme – nota promissória também).
Se comprovado que a assinatura é falsa, é como se o TC inexistisse.
Roteiro 3 – LETRA DE CÂMBIO 22/08/2016
1.Introdução:
2.Previsão Legal
Lei Uniforme de Genebra – LUG - Decreto 57663/66
Código Civil – de forma supletiva
Decreto 2044, de 1908.
SACADOR – A SACANDO CONTRA B (QUE PODEM SER A MESMA PESSOA)
SACADO – B – O SACADO PRECISA ACEITAR ESSA ORDEM, ELE SERÁ ENTÃO O DEVEDOR PRINCIPAL.
SE NÃO ACEITAR O SACADOR, O SACADOR É GARANTIDOR – GARANTE – TEM RESP SE O SACADO NÃO ACEITAR A ORDEM É ELE QUEM PAGA A DÍVIDA, CO-DEVEDOR. 
TOMADOR - C
2. Saque
É o ato de criação, de emissão da letra de câmbio.
O Saque também vincula do sacador ao pagamento da letra de câmbio. Caso o sacado não realize a ordem de pagar, o tomador poderá cobrar do sacador (art. 9º, LUG):
Art. 9º - O sacador é garante tanto da aceitação como do pagamento de letra.
3. Requisitos:
Essenciais formais :
(1)Cláusula Cambiária: as palavras “letra” devem ser insertas no próprio texto do título.
(2) Uma ordem incondicional de pagar uma quantia determinada. (Mandato puro e simples)
(3) O nome daquele que deve pagar – sacado. Deve conter a identificação do sacado com a sua cédula de identidade, CPF, título eleitoral ou carteira profissional (art. 3º da Lei6268/75)
(6)O nome da pessoa a quem, ou à ordem de quem deve ser feito o pagamento – tomador beneficiário.
(7) Local e Data da saque, a data em que a letra é passada 
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador.
(8) assinatura de quem da ordem, ou seja, de quem passa a letra – sacador
Não Essenciais ou equivalentes:
(5) Lugar do pagamento ou a indicação do lugar ao lado do nome do sacado: que segundo a LUG, será tomado como lugar do pagamento e como domicílio do sacado.
Art. 2º - O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes:
A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
Na falta de indicação especial, a lugar designado ao lado do nome do sacado considerasse como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do sacado.
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador.
(4) Época do pagamento -
A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
LUG:
CAPITULO I
DAS LETRAS
Seção I
Da Emissão e Forma da Letra
Art. 1º - A letra contém:
1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação desse título;
2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
3 - O nome daquele que deve pagar (sacado);
4 - A época do pagamento;
5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga;
7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;
8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador).
4. ACEITE
DISCRICIONÁRIO E FACULTATIVO NA LETRA DE CÂMBIO!!!
O sacado não é obrigado a dar o aceite, se o sacado não aceitar o sacador é garante do pagamento.
Art. 25 - O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra "aceite" ou qualquer outra palavra equivalente; o aceite é assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples assinatura do sacado aposta na parte anterior da letra.
4.1. Momento do aceite
Como regra geral o tomador poderá apresentar a letra de cambio ao sacado até o vencimento.
LUG prevê os prazos:
Art. 23 - As letras a certo termo de vista devem ser apresentadas ao aceite dentro do prazo de um ano das suas datas.
O sacador pode reduzir este prazo ou estipular um prazo maior.
Esses prazos podem ser reduzidos pelos endossantes.
Art. 34 - A letra à vista é pagável a apresentação. Deve ser apresentada a pagamento dentro do prazo de um ano, a contar da sua data.
O sacador pode reduzir este prazo ou estipular um outro mais longo.
Estes prazos podem ser encurtados pelos endossantes.
Após um ano dado o aceite, o sacador pode pedir mais dois dias depois do protesto.
O sacador pode estipular que uma letra pagável à vista não deverá ser apresentada a pagamento antes de uma certa data. Nesse caso, o prazo para a apresentação conta-se dessa data.
Não será obrigado a deixar a letra com o sacado, mas este pode pedir que lhe seja apresentado mais uma vez.
Art. 21 - A letra pode ser apresentada, até o vencimento, ao aceite do sacado, no seu domicílio, pelo portador ou até por um simples detentor.
Após o protesto o sacador pode pedir, mais dois dias!
O Sacador vai emitir uma LC em favor do Tomador e contra o Sacado, o Tomador na hora de cobrar vai ao Sacado pegar o Aceite.
4.2.Vencimento antecipado
Não sendo aceita a ordem, ou seja, havendo a recusa do aceite, com vistas a resguardar os interesses do tomador, o título é considerado como vencido.
Art. 43 - O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes, sacador e outros co-obrigados (avalistas):
No vencimento: Se o pagamento não foi efetuado.
Mesmo antes do vencimento:
1 - Se houve recusa total ou parcial de aceite;
2 - Nos casos de falência do sacado, quer ele tenha aceite, quer não, de suspensão de pagamentos do mesmo, ainda que não constatada por sentença, ou de ter sido promovida, sem resultado, execução dos seus bens.
3 - Nos casos de falência do sacador de uma letra não aceitável.
4.3. Recusa Parcial
Há duas espécies de recusa parcial:
a) Aceite limitativo
b) Aceito modificativo
Art. 26 - O aceite é puro e simples, mas o sacado pode limitá-lo a uma parte da importância sacada. Qualquer outra modificação introduzida pelo aceite no enunciado da letra equivale a uma recusa de aceite. O aceitante fica, todavia, obrigado nos termos do seu aceite.
5. ENDOSSO DA LETRA DE CAMBIO
“Ato cambiário que opera a transferência do crédito representado por um título ‘à ordem’”.
Art. 11 - Toda a letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula a ordem, é transmissível por via de endosso.
Para proibir a circulação, é preciso estar previsto expressamente não à ordem.
Com o endosso surgem na letra duas novas situações jurídicas:
ENDOSSANTE – é o tomador (primeiro endossante),que transfere o título para outra pessoa, o credor da LC inicial. Quando faz a transferência ele vira um coobrigado (art. 15 LUG) – “Se torna um sacador”.
ENDOSSATÁRIO
ATENÇÃO! Não há limite para o endosso, assim como não há obrigatoriedade nele.
5.1.EFEITOS DOS ENDOSSO:
A) transfere a titularidade do crédito apresentado na letra, do endossante para o endossatário.
B) vincula o endossante ao pagamento do título, na qualidade de coobrigado.
Art. 15 - O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra. (teria que escrever um sem garantia)
O endossante pode proibir um novo endosso, e, neste caso, não garante o pagamento as pessoas a quem a letra for posteriormente endossada.
ATENÇÃO!!! Não se aplica a letra de cambio o disposto no art. 914 do CC.
Art. 15 - O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra. O endossante pode proibir um novo endosso, e, neste caso, não garante o pagamento as pessoas a quem a letra for posteriormente endossada.
5.2.ESPÉCIES:
A) EM BRANCO - não identifica a titularidade para qm está transferindo. – transforma a LC em ‘ao portador’.
B) EM PRETO – identifica a titularidade para qm está transferindo.
Art. 13 - O endosso deve ser escrito na letra ou numa folha ligada a esta (anexo).
Deve ser assinado pelo endossante.
O endosso pode não designar o beneficiário, ou consistir simplesmente na assinatura do endossante (endosso em branco).
Neste último caso, o endosso para ser valido deve ser escrito no verso da letra ou na folha anexa.
Art. 14 - O endosso transmite todos os direitos emergentes da letra.
C) Parcial – endosso parcial é nulo.
D) Condicional
Art. 12 - O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele seja subordinado considera-se como não escrita. O endosso parcial é nulo. O endosso ao portador vale como endosso em branco.
D) ENDOSSO IMPRÓPRIO:
 Endosso-mandato - o endossatário é investido na condição de mandatário do endossante.
Art. 18 - Quando o endosso contém a menção "valor a cobrar" (valeur em recouvremente), "para cobrança" (pour encaissement), "Por procuração" (par procuration), ou qualquer outra menção que implique um simples mandato, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas só pode endossá-la na qualidade de procurador
 Endosso-caução - o endossatário é investido na condição de credor pignoratício do endossante. Presta-se a instituir um penhor1.
Crédito pignoratício tem uma ordem.
Título de crédito é um bem móvel (transferido por tradição) – pode ser garantido por penhor – garantia real. 
Art. 19 - Quando o endosso contém a menção "valor em garantia", "valor em penhor" ou qualquer outra menção que implique uma caução, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas um endosso feito por ele só vale como endosso a título de procuração.
1 Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.
6. CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO:
Quando se coloca não à ordem, o título não poderá circular pelo endosso, mas pode circular o crédito via cessão civil de crédito mas o crédito deixará de ser crédito cambial – será crédito comum civil. 
DIFERENÇAS:
Endosso Cessão civil
Endossante responde regra geral, pela solvência do devedor. E não pode alegar exceções pessoais ao endossatário de boa fé (expressão de autonomia do título de crédito).
Cedente, em regra, responde apenas pela existência do crédito. Aqui pode alegar exceções pessoais.
O devedor não pode alegar contra o endossatário de boa-fé exceções pessoais.
O devedor pode alegar contra o cessionário exceções pessoais.
7. AVAL
O pagamento da letra de cambio pode ser garantido, total ou parcialmente, por aval. Você pode cobrar primeiro antes do devedor original.
Art. 30 - O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval.
Aval é autônomo, e decorre de relação cambial – de título de crédito, não segue o principal, não segue benefício de ordem. 
Fiança é garantia contratual, depende da obrigação principal – se esta por alguma razão se extinguir ela também se extingue, segue um benefício de ordem – primeiro do afiançado e depois do fiador.
- AVAL ANTECIPADO: o Decreto 2044/1908, art. 14, autoriza o aval antecipado!
Art. 14. O pagamento de uma letra de câmbio, independente do aceite e do endosso, pode ser garantido por aval. Para a validade do aval, é suficiente a simples assinatura do próprio punho do avalista ou do mandatário especial, no verso ou no anverso da letra.
- AUTONOMIA E EQUIVALENCIA DO AVAL:
Art. 32 - O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por qualquer razão que não seja um vicio de forma. 
Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra a pessoa a favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para com esta em virtude da letra.
O AVAL É SÓ GARANTIA. Não se presta à circulação da LC.
7.1. Forma:
a) em branco
 Assinatura do avalista no anverso do titulo ANVERSO = FRENTE DA LC.
(O Avalizado será o sacador – art. 31 , um dos incisos LUG)
 Assinatura do avalista no verso ou anverso, sob a expressão “por aval”
b) em preto
 Assinatura do avalista, no verso ou anverso, sob a expresso “por aval a Bene”.
7.4.Aval simultâneo:
Segue a regra da solidariedade passiva. Pode. E pode haver avais garantindo várias pessoais.
7.3 AVAL vs. Fiança:
8.VENCIMENTO
8.1. ESPECIES:
a) ordinário – pelo decurso do tempo.
b) extraordinário – casos de recusa de aceite pelo sacado, vencimento antecipado e poderá cobrar do sacador.
Em caso de falência também.
9. Pagamento:
O pagamento pode extinguir uma, algumas, ou todas as obrigações decorrentes de um titulo de crédito.
Segue uma cronologia de devedores:
1º) devedor principal (sacado)
2º) sacador e endossantes
3º) avalistas – são imediatos aos seus avalizados (quando se cobra do avalizado pode ser cobrado do avalista)
A sacador
B sacado + F avalista
C tomador/endossante + G avalista
D- endossatário/endossante + H
E endossatário
Ordem costumeira: B –F- A- I- C-G- D-H.
Se D paga, tem direito de regresso contra outros, inclusive avalistas em relação a respectivo avalizado.
Se H paga, tem direito de regresso contra D somente (relação pessoal).
9.1. Prazos:
- Dia do vencimento – a letra deve ser apresentada ao aceitante no dia do vencimento. Se cair em dia não útil, no primeiro dia útil seguinte.
- Pagamento no exterior
- Inobservância do prazo: não perde direito ao título, o que pode acontecer é o devedor depositar em juízo e terá que pagar custas e taxas. 
- Cautelas
10. PROTESTO
Lei 9492/97 - Define competência, regulamenta os serviços concernentes ao protesto de títulos e outros documentos de dívida e dá outras providências.
Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida.
10.1. Protesto por falta de pagamento e falta de aceite
A LUG disciplina:
Art. 44 - A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento).
O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação ao aceite. Se, no caso previsto na alínea 1 do artigo 24, a primeira apresentação da letra tiver sido feita no último dia do prazo, pode fazer-se ainda o protesto no dia seguinte.
O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de vista deve ser feito num dos dois dias úteis seguintes àquele em que a letra é pagável.
Se o credor perder o prazo para o protesto, ou seja, para a entrega da cambial, o seu crédito será inexigível contra os codevedores e avalistas (sacador, endossantese seus avalistas).
Art. 53 - Depois de expirados os prazos fixados:
- para a apresentação de uma letra à vista ou a certo termo de vista;
- para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de pagamento;
- para a apresentação a pagamento no caso da cláusula "sem despesas";
O portador perdeu os seus direitos de ação contra os endossantes contra o sacador e contra os outros coobrigados, a exceção do aceitante.
Protesto é condição necessária para cobrança contra: SACADOR, ENDOSSANTES E SEUS
AVALISTAS.
Obs: cláusula “sem despesa” ou “sem protesto”-
10.2. Pagamento em cartório
10.3. Cancelamento.
Art. 26. O cancelamento do registro do protesto será solicitado diretamente no Tabelionato de Protesto de Títulos, por qualquer interessado, mediante apresentação do documento protestado, cuja cópia ficará arquivada.
11. Prazos prescricionais para Ação cambial
a) 3 anos a contar do vencimento, para exercício do direito de crédito contra devedor principal e seu avalista.
b) 1 ano a contar do protesto (ou do vencimento no caso de cláusula “sem despesa”), para o exercício do direito de crédito contra os coobrigados (sacador, endossantes e seus avalistas)
c) 6 meses a contar do pagamento, ou ajuizamento da ação cambial, para o exercício do direito de regresso por qualquer coobrigado.
29/08/16 
- Letra à vista – pagável na apresentação 
 - sem prazo fixado – até 12 meses
- Letra à data certa – indicada na letra.
- Letra a certo termo de vista – prazo para aceite – termo “a quo” – a partir do aceite começa a correr a contagem do vencimento da LC. Caso o sacado não colocar a data de aceite, a gnt pode protestar para que o sacado coloque a data do aceite. Recusa de aceite antecipa o vencimento, sem exceção na LC.
- Letra a certo termo de data - prazo conta do saque/emissão da LC – 30 dias da data de emissão por exemplo.
Protesto – Lei 9492/97 – Art. 1º Ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e para poder demonstrar o descumprimento de obrigação em relação a título de crédito.
Finalidade:
- corporifica o inadimplemento.
- interrompe o prazo prescricional.
- inicia contagem de juros – caso não previsto.
- Natureza:
- Necessário para codevedores.
- Facultativo – devedor principal.
Prazo:
	LUG : 2 DIAS úteis para protestar em cartório esse título. Mas há reserva em relação às disposições de prazos na LUG, quanto a LC e Notas Promissórias. 
Dec. 2044/1980, art. 28 – 1º DIA útil da recusa do aceite ao vencimento.
- Hipóteses do Protesto:
- Falta de Aceite: o sacado é a pessoa por lei que deve aceitar ou não fazer o pagamento (ser o devedor principal).
A recusa do sacado, antecipa o vencimento, vou ao cartório que intima o sacado para formalizar a recusa. E em seguida intimo o sacador para pagar. 
- Falta de Pagamento.: O sacado aceitou e tem o prazo de 1 dia para dar o aceite (prazo de respiro), chega o vencimento e o sacado não pagou , é requisito obrigatório para cobrar os codevedores, é preciso formalizar o protesto.
- Falta de data de aceite – Letra a certo termo de vista. É preciso fazer o protesto para que o cartório intime o sacado para colocar data do aceite, se desistir do aceite, antecipa o vencimento.
Prazos prescricionais para Ações Cambiais: ********************* CAI BASTANTE******** PRA VIDA E PROVAVELMENTE PRA PROVA.
Ação de Execução de Título de Crédito: 
Ação de Regresso dos Codevedores:
Prazo para entrar contra devedor principal/avalista – 3 anos do vencimento do título, o protesto interrompe o prazo. – Ação de Execução – sem instrução probatória.
Prazo para entrar contra os coobrigados- prazo de 1 ano do protesto, se não protesta não tem como cobrar dos coobrigadas. Mas há a possibilidade de cláusula sem protesto – liberação dos coobrigadas. Ação de Execução também.
Para a Ação de Regresso: os coobrigados tem 6 meses a contar do ajuizamento da ação cambial para exercício do direito de regresso.
Se prescrever ainda pode cobrar via ação monitória ou ação condenatória.
A partir do protesto há um prazo de 3 dias que quem protestou pode desistir do protesto (sustar) ou pode haver o pagamento da LC pelo protestado – TRÍDUO LEGAL. 
Nota Promissória – 29/08/2016
Nota promissória é titulo livre – forma livre (contrário do cheque que tem forma vinculada).
Prevista no decreto de 1908 e LUG.
Roteiro 4 – NOTA PROMISSÓRIA
1.Introdução:
A Nota Promissória é uma promessa escrita de pagamento que uma pessoa faz em favor de outra.
Do saque surgem duas situações jurídicas:
Subscritor (Sacador, Emitente ou Promitente) – é quem promete pagar quantia determinada. – DEVEDOR PRINCIPAL.
Tomador (Beneficiário, Sacado – doutrina costuma tirar essa expressão pois não há aceite) – aquele que se beneficia de tal promessa.
Não se fala em aceite na Nota Promissória, o máximo pode ser um visto. 
2. Requisitos: é título de forma livre, tem apenas requisitos essenciais, e é não causal porque não tem objetivo e vinculação ( diferente da Duplicata que pode ser só pra compra e venda mercantil e de serviços).
Seguem os requisitos da LUG (art. 75, 76)
a) expressão “nota promissória”. Porque não tem forma vinculada, assim precisamos saber que é uma nota promissória.
b) a promessa incondicional, de pagar quantia determinada, se não colocar a quantia determinada corre o risco de um endossatário determinar o valor.
c) nome do beneficiário da promessa (tomador) – no exemplo José da Silva. ENDOSSÁVEL. Igual LC menos em relação ao aceite.
d) assinatura do subscritor, juntamente com a sua identificação (RG, CPF, Titulo ou Carteira profissional – Lei 6.268/75, art.3º). 
e) o local do saque/emissão da NP ou a menção de um lugar ao lado do nome do subscritor (que se considera como domicílio deste). 
f) a data do saque/emissão. Porque pode ser que algum prazo comece a contar da data do saque.
 Requisitos não essenciais:
g) data e local do pagamento – na omissão destes entende-se que se trata de título pagável a vista no local do saque ou no designado ao lado do nome do subscritor. 
3. Regime Jurídico
Regra geral se sujeita as mesmas normas aplicáveis a Letra de Cambio. Assim, são aplicáveis a Nota Promissória tudo o que se refere ao:
 Saque
 Endosso – garante o devedor principal, mas não garante o aceite pois aqui não há aceite. Endosso não à ordem – não circula. Todos os tipos de endosso cabem.
 Aval: em branco, em preto.
 Vencimento – aqui a gente não fala em vencimento antecipado por recusa de aceite, pois não há aceite aqui. Quando não há data de vencimento, considera-se à vista.
 Pagamento
 Protesto: por falta de pagamento, pode também haver protesto por falta de visto, se não der o visto tem 1 ano para cobrar o visto da data da emissão – nesse caso geralmente se prevê a data até a qual se pode dar o visto. 
 Prescrição, etc
Exceções: (art. 77 e 78, LUG).
1º) A Nota Promissória é uma promessa de pagamento e a Letra de Câmbio uma ordem de Pagamento, logo, o que for incompatível não será aplicável.
2º) O subscritor da Nota Promissória é o devedor principal. Logo define a LUG que se aplica ao subscritor da nota as regras do aceitante da letra de cambio.
Art. 78 - O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o aceitante de uma letra.
3º) O aval em branco da Nota Promissória favorece o subscritor. (Na LC o beneficiário era o sacador, quem emitiu a ordem [A]).
Art. 77, in fine: “se o aval não indicar a pessoa por quem é dado entender-se-á ser pelo subscritor da nota promissória”.
OBS: Nota Promissória a certo termo de vista (a certo tempo da apresentação do aceite) – aqui o credor deve apresentar o título ao emitente no prazo de 1 ano (art. 23, LUG) para visto.
A data deste visto será o termo a quo para o lapso temporal do vencimento. Mas se a pessoa não der o visto, não antecipa o vencimento. Se a pessoa se recusar, você protesta mas espera o vencimento igual.
Art. 78.
As notas promissórias pagáveisa certo termo de vista devem ser presentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados no artigo 23.
OBS: Sumula 504, STJ
“O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título”.
5. Ação e prescrição
a) 3 anos a contar do vencimento, para exercício do direito de crédito contra devedor principal e seu avalista
b) 1 ano a contar do protesto (ou do vencimento no caso de cláusula “sem despesa”), para o exercício do direito de crédito contra os coobrigados (sacador, endossantes e seus avalistas)
c) 6 meses a contar do pagamento, ou ajuizamento da ação cambial, para o exercício do direito de regresso por qualquer coobrigado.
OBS: A jurisprudência tem admitido quanto a Nota Promissória, que perda da exigibilidade do Contrato que deu origem a ela, gere necessariamente a perda da exigibilidade pela via executiva:
PROCESSO CIVIL RECURSO ESPECIAL - AGRAVO REGIMENTAL – CONTRATO BANCÁRIO - [...] TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - [...] NOTA PROMISSÓRIA - AUSÊNCIA DE AUTONOMIA - SÚMULA 258/STJ - DESPROVIMENTO.
[...]
2 - A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito perde sua autonomia, em face da própria iliquidez do título que a originou (Súmula 258/STJ). Precedente.
3 - Agravo regimental desprovido. (AgRg no REsp 839.378/RJ, Rel. Ministro JORGE
SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em 24/10/2006, DJ 20/11/2006, p. 338)
Sumula 258, STJ
Ementa A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou.
30/08/2016 – CHEQUE
Roteiro 5 – CHEQUE
1.Introdução:
- Título vinculado.
- Título não causal.
O Banco não precisa dar um aceite, apesar de ser sacado. O Banco não é garantidor, não tem responsabilidade cambial, ele não se torna devedor principal. O Banco não pode dar endosso. O Banco não pode ter avalista. A importância do sacado é reduzida em relação à LC.
Cheque é uma ordem de pagamento à vista, sacada contra um banco e com base em suficiente provisão de fundos depositados pelo sacador em mãos do sacado ou decorrente de contrato de abertura de crédito entre eles. (Ulhoa)
Elemento essencial: ordem de pagamento à vista.
Qualquer cláusula inserida no cheque com objetivo de alterar essa característica é considerada não escrita, logo, ineficaz.
Cheque pós-datado: a emissão de cheque com data futura não produz efeito cambial. O cheque pós-datado é pagável em sua apresentação, ou seja, à vista.
Art . 32 O cheque é pagável à vista. Considera-se não-estrita qualquer menção em contrário.
Parágrafo único - O cheque apresentado para pagamento antes do dia indicado como data de emissão é pagável no dia da apresentação.
Mas há construção jurisprudencial e costumeira, não está na lei. Se descontar antes, o Banco vai descontar o cheque. Mas temos algumas implicações na esfera civil.
OBS: Sumula 370, STJ – Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque prédatado”.
OBS: devolução de cheque, ainda que regular – 
Sumula 388, STJ - “A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral”.
OBS: conta conjunta – quem responde por cheque sem fundos? Quem responde é quem emitiu mesmo que a conta seja conjunta.
2. Requisitos: segue os requisitos previsto na Lei do Cheque – Lei n. 7357/85) – art. 1º
a) expressão “cheque”
b) a ordem de pagar quantia determinada
c) identificação do Banco Sacado
d) Local de pagamento ou a indicação de um ou mais lugares ao lado do nome do sacado, ou
ainda a menção de um local ao lado do nome do emitente.
e) data da emissão
f) assintaura do emitente ou seu mandatário, com identificação
g) local da emissão – caso não conste entende-se que foi emitido no local designado ao lado
do nome do emitente.
Art . 1º O cheque contêm:
I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que
este é redigido;
II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado);
IV - a indicação do lugar de pagamento;
V - a indicação da data e do lugar de emissão;
VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.
Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais
pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou
processo equivalente.
3. Endosso do cheque:
Segue as regras já tratadas acerca do endosso.
SACADO NÃO PODE ENDOSSAR (VERSO – ‘DORSO’) CHEQUE.
OBS: Cheque cujo valor seja acima de R$100, 00 (cem reais) deve adotar a forma nominativa, podendo conter cláusula não à ordem (será cedido novamente apenas por cessão civil) ou à ordem.
Ou seja, sua circulação seque as regras da LUG, exceto:
1) Não admite-se endosso-caução, já que é uma ordem de pagamento à vista
2) Endosso feito por sacado é nulo
3) Endosso tardio, feito após o prazo para apresentação gera efeitos de cessão civil
Art . 18 O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não-escrita qualquer condição a que seja subordinado.
§ 1º São nulos o endosso parcial e o do sacado.
§ 2º Vale como em branco o endosso ao portador. O endosso ao sacado vale apenas como quitação, salvo no caso de o sacado ter vários estabelecimentos e o endosso ser feito em favor de estabelecimento diverso daquele contra o qual o cheque foi emitido.
Art . 27 O endosso posterior ao protesto, ou declaração equivalente, ou à expiração do prazo de apresentação produz apenas os efeitos de cessão. Salvo prova em contrário, o endosso sem data presume-se anterior ao protesto, ou declaração equivalente, ou à expiração do prazo de apresentação.
4.Aval no cheque:
Art . 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título.
- A omissão quanto ao nome do avalizado será considerado como sendo para o emitente.
5. Modalidades: a Lei de Cheque prevê
a) Nominativo e ao portador – nominativo é o cheque emitido a favor de alguém indicado
como beneficiário. Ao portador são reservados aos cheques cujo valor seja inferior a R$100,00,
não havendo indicação do beneficiário.
b) Visado – banco sacado lança declaração de suficiência de fundos, a pedido do emitente ou
portador. Só vale para cheque nominativo.
Art . 7º Pode o sacado, a pedido do emitente ou do portador legitimado, lançar e assinar, no verso do cheque não ao portador e ainda não endossado, visto, certificação ou outra declaração equivalente, datada e por quantia igual à indicada no título.
§ 1º A aposição de visto, certificação ou outra declaração equivalente obriga o sacado a debitar à conta do emitente a quantia indicada no cheque e a reservá-la em benefício do portador legitimado, durante o prazo de apresentação, sem que fiquem exonerados o emitente, endossantes e demais coobrigados.
c) Administrativo – O banco sacado emite o cheque para que seja liquidado por uma de suas agências. Sacador e sacado se identificam no cheque administrativo.
Art . 9º O cheque pode ser emitido:
[...]
Ill - contra o próprio banco sacador, desde que não ao portador.
OBS: “Cheque de Viajante” ou Traveller’s check.
d) Cruzado – possibilita, a qualquer tempo, a identificação da pessoa em favor de quem foi liquidado. É a aposição, pelo emitente ou portador, no anverso de dois traços transversais, no interior dos quais poderá, ou não, ser designado banco determinado.
O cruzamento gera efeitos apenas para o sacado, que deverá observar as regras na hora do pagamento.
Com o cruzamento sem identificação (em branco) somente poderá ser pago mediante crédito em conta.
Com o cruzamento especial, ou seja, com a identificação de um banco específico, somente pode ser pago ao banco cujo nome conste no cruzamento, ou sendo este o sacado, a um cliente dele mediante depósito em conta.
e) Para se levar em conta – tem o mesmo objetivo do cruzado. Ou seja, possibilitara identificação da pessoa em favor de quem o cheque é liquidado. Aqui não se admite pagamento em dinheiro.
6. Apresentação do cheque para pagamento:
Cheque da mesma praça: em 30 dias, contados da data da emissão.
Cheque de praça diferente: em 60 dias, contados da data da emissão.
Art . 33 O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior.
Parágrafo único - Quando o cheque é emitido entre lugares com calendários diferentes, considera-se como de emissão o dia correspondente do calendário do lugar de pagamento.
6.1. Não observância do prazo para apresentação:
a) Conserva a principio, o direito de executar o emitente e seus avalistas, mesmo que não tenha apresentado no prazo – Sm. 600, STF:
SÚMULA 600
Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária.
b) Perda do direito de executar coobrigados do cheque (endossantes, avalistas)
c) Perda do direito de executar o cheque contra o emitente se havia fundos durante o prazo de apresentação e eles deixaram de existir, por culpa não imputável ao correntista.
6.2. Sustação de cheque: 
Contraordem ou revogação – só pode ser dada pelo emitente do cheque e só produzirá efeitos depois do prazo de apresentação. - art. 35 da Lei do Cheque, motivado.
Sustação ou oposição – doutrinário e costumeiro nas relações bancárias, emitente e portador legitimado podem dar a ordem. Aqui, não é preciso esperar o prazo de apresentação. Deve haver justo motivo, tem que abrir notificação. Em geral, cheque roubado ou extraviado.
Essa modalidade pode configurar crime de fraude no pagamento por cheque, se o emitente ou portador, agirem de forma dolosa e fraudulenta, e provocarem dano ao portador (art. 171, §2º, VI, CP)
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
[...]
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
[...]
Fraude no pagamento por meio de cheque
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
6.3.Finalidade essencial:
A finalidade desse prazo é dar inicio ao prazo prescricional do cheque, ou seja, o prazo para ajuizar uma medida judicial contra cheque que voltou por falta de fundos (para ação de execução).
Prazo: 6 meses, contados a partir do fim do prazo de apresentação.
OBS: Coobrigados - a Lei de Cheque, art. 47, II, - afirma que só pode ser executado por falta de fundos, o cheque que foi apresentado para pagamento dentro do prazo legal.
Mesmo transcorrido o prazo para apresentação poderá coloca-lo em cobrança bancária dentro do prazo de prescrição. Havendo fundos, o banco não pode recusar o pagamento. (art. 35, parágrafo único)
Art . 35 O emitente do cheque pagável no Brasil pode revogá-lo, mercê de contraordem dada por aviso epistolar, ou por via judicial ou extrajudicial, com as razões motivadoras do ato.
Parágrafo único - A revogação ou contra-ordem só produz efeito depois de expirado o prazo de apresentação e, não sendo promovida, pode o sacado pagar o cheque até que decorra o prazo de prescrição, nos termos do art. 59 desta Lei.
6.3.1.Cheque prescrito e ações cambiais:
São ações cambias do cheque: a execução, que prescreve em 6 meses da apresentação e a de enriquecimento ilícito (2 anos da prescrição da execução)
SÓ VALE PARA O CHEQUE – AÇÃO DE ENRIQUECIMENTO INDEVIDO! EXCEÇÃO SÓ ESSE TC TEM. CAI NA PROVA E EM CONCURSOS.
Art . 61 A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei.
Ações causais:
Ação monitória - súmula 299, STJ -É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito.
Prazo: Sumula 503, STJ
O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula.
Cobrança judicial pelo rito ordinário, fundada em causa que deu origem a relação cambial.
7.Cheque sem fundos e o protesto:
O cheque sem fundos deve ser protestado pelo credor no prazo fixado em lei para apresentação (30 E 60 DIAS A MAIS APÓS A NOTIFICAÇÃO DE ESTAR SEM FUNDOS), para fins de conservação do direito creditício contra os coobrigados do título.
Para o exercício do direito contra emitente e seu avalista, o protesto é facultativo.
Poderá ser substituído o protesto por declaração (escrita, datada e com indicação do dia da apresentação) feita pelo banco sacado ou pela câmara de compensação.
Revisão dia 26 e prova dia 27. 
Prova individual.
Faz pegadinha com detalhes de prazos que caem em concursos.
Endosso e aval importantíssimo, padrão nos títulos de crédito.
Duplicata.
Duplicata
Lei 5474/68
Regra geral – aceite é obrigatório.
Há dois tipos: duplicata mercantil e para prestação de serviços; o procedimento mais utilizado é o da duplicata eletrônica que é mais simples, vinculação entre as entidades que emitem, que cobram, que recebem. Mas os princípios dos TC se aplicam aqui também.
Duplicata mercantil: exclusivamente aos contratos mercantis, contratos firmados entre empresários.
Título causal: unicamente para contrato mercantil.
Fatura ou Nota-Fiscal Fatura -> discriminação – vendedor é o sacador (art. 1º)
|_> Duplicata (art. 2º) – poderá ser extraída para circulação como efeito comercial.
Livro de Registro de Duplicatas (art. 19) – obrigatório – cada emissão de duplicata tem que ser registrada, se ela se extraviar ou for retida tem que haver alguma comprovação da emissão. 
Neste caso, se for necessário, será feito o protesto por indicação em que se informa todas as indicações e discriminação da duplicata – será emitida então a triplicata “segunda-via da duplicata”que será emitida por qualquer legítimo portador.
Aceite , mas não há obrigação de pagar se houver vícios. 
Fatura / Nota fiscal Fatura >em seguida emite a Duplicata: que é endossável, e pode receber aval. Não cabe na duplicata a certo termo de vista porque não há prazo pro aceite porque ele é obrigatório.
Elementos:
“Duplicata” e “Cláusula à ordem” – para que possa ser endossável.
Data emissão – essencial por conta do prazo de remessa ao comprador para pagamento.
Nº Fatura e Duplicata – Vinculada à nota fiscal específica.
Data de vencimento ou clausula à vista.
Nome e domicílio vendedor/sacador.
Nome e identificação sacado/comprador.
Importância a ser paga – literalidade.
Local do pagamento.
Declaração de concordância – aceite: campo específico para declaração de aceite.
Assinatura do emitente/sacador.
Procedimento: art. 6º.
Remessa ao sacado - > 30 dias (vendedor) para emitir ao meu sacado o pagamento da fatura.
Por instituição financeira ou representante -> 10 dias.
Comprador recebeu a duplicata, vai lá e paga. Se ela é a prazo, eu a assino e tenho um prazo para restituir a duplicata – 10 dias em regra. Se houver acordo entre comprador e vendedor, o comprador pode ficar na posse da duplicata até o vencimento dela. 
Regra geral você tem que ter a duplicata para poder cobrar.
Recusa: há três hipóteses de recusa do aceite (art. 8º).
Avaria ou não recebimento de mercadoria, quando transportada sob a responsabilidade do vendedor.
Vícios e defeitos na qualidade ou quantidade. Seda comprada, viscose recebida; comprou 10 e recebeu 2 caixas.
Divergência no prazo e no preço. 
O documento de comprovação de entrega da mercadoria sem alegação de divergência, se isso acontecer pode protestar o comprador por não aceite ou não pagamento.
Tipos de Aceite:
Aceite Ordinário: recebeo papel, e assina. No caso de duplicata eletrônica, não dá p ser assim.
Aceite Presunção: mais comum, quando o devedor recebeu a mercadoria (sem recusa formal) presume-se o aceite. 
Aceite por Comunicação: quando a instituição financeira retém a duplicata, mas comunica o sacador, nos casos de duplicata para pagamento a prazo por exemplo.
Triplicata: a lei só trata de uma hipótese de emissão de triplicata – art. 23 – perda ou extravio, com mesmos efeitos e requisitos da original. Mas a doutrina e jurisprudência autorizam e aceitam emissão de triplicata nos casos de retenção – mas é burocrático e formal porque há a possibilidade de fazer o protesto por indicação.
Casos de Protesto de Duplicata:
a) Retenção: o sacador pode extrair uma duplicata ou ir ao protesto e indicar todos os dados da duplicata. Reteve e não pagou.
b) Recusa de aceite – não motivada. 
c) Não pagamento.
Lei 9492/97 –art. 33. O local de protesto deve ser o local de pagamento. Se o cartório de outro lugar aceitar, o Cartório responde por perdas e danos se não for possível a execução.
Hoje em dia, a duplicata costuma ficar em meio eletrônico, e com emissão de guia de compensação, se ela não é paga o próprio banco encaminha para o cartório de protestos; aceite é presumido. 
Execução de Duplicata:
Depende do tipo do aceite.
Se for aceite ordinário – aceite no papel – depende da assinatura do sacado . Na execução, será exibida a duplicata, não paga. Você não precisa protesto para devedor principal, apenas precisa de protesto para codevedor; tem força de título executivo.
Se for aceite presumido (duplicata eletrônica muito utilizada, mas não só, não assina mas recebe a mercadoria entende-se como aceite presumido)- apresenta-se a duplicata ou triplicata ou o instrumento de protesto por indicação (muito utilizado quando não tem mais a duplicata e não quer emitir a triplicata) + o comprovante de recebimento das mercadorias ! OBRIGATÓRIAMENTE!.
Quando o sacado tem avalista, você não precisa protestar, e o avalista pode ser executado mesmo assim.
Prazos de prescrição:
3 anos a contar do vencimento da duplicata, contra o sacado (comprador) e seu avalista.
1 ano contra endossante e avalistas do endossante.
Prazo de regresso é um pouco maior em relação aos outros TC: 1 ano. (art. 18) Normalmente é de 6 meses.
Juros na Duplicata conta a partir do protesto (art. 40) l 9492/97
Correção monetária do vencimento.
Nota Promissória e LC juros do vencimento.
Cheque – juros da apresentação.
Duplicata Eletrônica
-Registro eletrônico
- Envio ao Banco – guia de compensação – Sacado
-Não pagamento – banco – guia ao cartório de indicações. 10 dias. Não se fala em devolução; aceite presumido ( não notificação de avaria ou diferença)
Duplicata de prestação de serviços – art. 20/21
- Especificidades:
a) Causa – prestações de serviços – partes devem exercer atividade econômica de prestação de serviços – pessoa física ou jurídica.
b) Protesto por indicação – apresentação de documento que comprove vínculo/prestação de serviços.
Conta de Serviços art. 22 . Mas é difícil de ser utilizado. Normalmente se utiliza nota fiscal avulsa na prefeitura. 
-Profissionais liberais ao prestador eventual.
- Registro em cartório.
Art. 172 – Código Civil – Pena de detenção de 2 ou 4 anos. Fraude na fatura, livro de registro de duplicata adulterado. Proteção do consumidor mais do que ao direito cambial. 
Existe outro crime também em relação à lei de falências. Art. 168, Lei 11.101/05.
PROVA ATÉ AQUI!!!
Títulos Impróprios
Roteiro 7 – TÍTULOS IMPRÓPRIOS
1.Introdução:
São títulos que aproveitam em parte os princípios que regem os títulos de crédito em geral. Por não aplicarem todos os princípios, eles são tidos como impróprios.
2. CATEGORIAS (Ulhoa)
a) Títulos de legitimação: asseguram ao portador a prestação de serviços ou o acesso a “prêmios”.
Ex: bilhete de metro; passe de ônibus; ingresso de cinema; cupons; volante de loterias. Não é título executivo extrajudicial porque não está no rol do CPC, apesar de ter executibilidade na forma de um título de crédito.
b) Títulos de investimento: destinam a captação de recursos pelo emitente, perfil econômico.
Ex: letras imobiliárias (emitidas pelo Sistema Financeiro de Habitação); CDB (certificados de depósito bancário), emitidos pelos bancos de investimentos para depósitos com prazos superiores a 18 meses; LCI – letras de cambio imobiliárias, emitidas por bancos para créditos imobiliários.
c) Títulos de financiamento: são títulos decorrentes de financiamento aberto por instituição financeira. São instrumentos de intermediação de crédito GARANTIA. Permite aval e negociação.
Ex: cédulas de crédito – pagamento de financiamento garantido por hipoteca ou penhor.
A cédula de crédito é um título executivo que contém uma promessa de pagamento de soma em dinheiro, cuja liquidez só vai se apurar no vencimento. São vinculadas a contratos de financiamento - conferidas por instituições financeiras a pessoas que exercem atividades econômicas (pode ser rural, industrial, exportação ou comercial), ou simplesmente para o crédito bancário.
Tipos: cédula de crédito rural (Decreto-Lei 167/67), para atender as necessidades de garantias rurais, para fomentar o empreendimento rural, posteriormente a cédula de crédito industrial (Decreto-lei 413/69), cédula de crédito à exportação (Lei 6313/75), cédulas de crédito comerciais (Lei 6840/80).
c.1.) Cédula de crédito Bancário: “são promessas de pagamento em dinheiro emitidas em favor de instituição financeira, representativa de qualquer modalidade de operação bancária ativa (abertura de crédito, mútuo, financiamento, etc)”.
A liquidez para embasar a executividade da cédula, decorre de extrato de conta corrente ou planilha de cálculo emitida pelo próprio banco, após o inadimplemento. Em que pese haver súmula contrária (sumula 233 +-~), o STJ tem admitido como título executivos:
DIREITO BANCÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO VINCULADA A CONTRATO DE CRÉDITO ROTATIVO. EXEQUIBILIDADE. LEI N.10.931/2004. POSSIBILIDADE DE QUESTIONAMENTO ACERCA DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS RELATIVOS AOS DEMONSTRATIVOS DA DÍVIDA.INCISOS I E II DO § 2º DO ART. 28 DA LEI REGENTE.
1. Para fins do art. 543-C do CPC: A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial, representativo de operações de crédito de qualquer natureza, circunstância que autoriza sua emissão para documentar a abertura de crédito em conta-corrente, nas modalidades de crédito rotativo ou cheque especial. O título de crédito deve vir acompanhado de claro demonstrativo acerca dos valores utilizados pelo cliente, trazendo o diploma legal, de maneira taxativa, a relação de exigências que o credor deverá cumprir, de modo a conferir liquidez e exequibilidade à Cédula (art. 28, § 2º, incisos I e II, da Lei n. 10.931/2004).
3. No caso concreto, recurso especial não provido. (REsp 1291575/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 14/08/2013, DJe 02/09/2013)
e) Títulos representativos: “São títulos que exercem, ao lado da função documental, a de título de crédito, já que possibilita ao proprietário da mercadoria custodiada a negociação com o valor que ela tem, sem prejuízo da custódia” (Ulhoa)
e.1.) Conhecimento de frete – sua emissão cabe à empresa de transporte, sua finalidade original é a prova do recebimento de mercadoria, pela transportadora, e da obrigação de entrega incólume.
Função subsidiária: possibilita que o depositante (proprietário da mercadoria despachada), negocie tal mercadoria mediante endosso do título. (Dec 51813/63)
e.2.) Conhecimento de depósito e warrant;
Armazém-geral: “é o estabelecimento explorado por empresário individual ou sociedade empresária que tem como objeto de sua atividade o recebimento, para guarda e conservação, de mercadorias ou coisas alheias, por determinado período de tempo estipulado pelos proprietários dos bens”(Ricardo Negrão)
Quando se trata de guarda e conservação de mercadorias esse armazém é autorizado a emitir, a pedido do depositante, no lugar de um simples recibo de depósito, um título representativo do contrato de depósito – conhecimento de depósito, e um representativo do valor das mercadorias depositadas, para facilitar operações de crédito pelo seu portador – warrant.
Conhecimento de depósito: instrumento de circulação; confere a titularidade às mercadorias depositadas (o seu portador é titular da coisa depositada). É fundado no contrato de depósito em armazém-geral.
Endossatário passa a ser o proprietário da mercadoria depositada, mas não pode oferecer tal bem em garantia (que é próprio do warrant).
Warrant: serve de instrumento de crédito sobre as mercadorias. Incorpora um direito real - o seu titular tem um direito real de penhor sobre a mercadoria. Ele serve justamente para dar em penhor a mercadoria depositada (e transferir o direito de penhor)
Para a liberação da mercadoria, quando feita a emissão dos títulos, somente poderá ser feita apenas pelo legitimo portador dos dois.
Exceções:
a) “Liberação em favor do titular do Conhecimento de Depósito endossado separadamente, antes do vencimento da obrigação garantida pelo endosso do warrant, desde que deposite junto ao armazém-geral o valor da obrigação”.
b) “execução da garantia pignoratícia, após protesto do warrant, mediante leilão realizado no próprio armazém”.
f) Títulos de crédito eletrônicos:
Desmaterialização corrente dos títulos de crédito – surgimento de ambientes de negociação de títulos de crédito eletrônico.
Ex: CETIPS S.A – especialmente Bancos e Fundos de investimentos. – Mercados Organizados – “títulos cetipados”, são registrados e negociados neste ambiente eletrônico. 
Transmutação de suporte: sai do crédito no papel para o suporte eletrônico.
Revisão:
Código Civil só é aplicável para títulos novos. O resto tem lei específica. Atenção com endosso parcial que é nulo e aval – cc veda aval parcial, nas leis específicas em geral aceitam.
Saque é o ato de criação/emissão do TC.
Aceite é o ato de vontade com a assinatura do título, com exceção – cheque o banco não dá aceite, e na duplicata pode ser presumido.
Endosso é o meio de circulação do TC; ele faz com que o endossante garanta a obrigação.
O Aval também é ato de garantia por terceiro estranho, segundo a LUG ele pode ser total ou parcial (o CC não permite); o avalista se transforma em codevedor.
Súmula 387 do STJ aceita-se partes em branco, mas na hora de efetuar a cobrança tem que preencher.
LC é uma ordem de pagamento.
Se o sacado não aceita o sacador será o devedor principal; e o sacado não é obrigado a aceitar.
As LC’s regra geral são endossáveis, o art 11 da LUG – pode colocar cláusula não a ordem.
O endosso transfere a titularidade do crédito apresentado no título, ele não transfere a propriedade. E vincula o endossante ao pagamento do título na qualidade de coobrigado, se n quiser garantir ele coloca uma claúsula s garantia.
Pode ser em branco – verso.
Ou em prento – identifica a quem está se endossando no verso ou no anverso.
Endosso parcial é nulo, qualquer condição será considerada não escrita (ineficaz – art 12 da LUG). 
Endosso mandato é uma forma de cobrança, não transfere a titularidade do crédito.
Olhar a tabela de diferenças entre endosso e cessão civil. 3 características principais.
Aval pode ser total e parcial, pode ter várias pessoas prestando aval, aval em branco é qnd não identifica – coloca assinatura no anverso. O aval em preto identifica e coloca avalizado à fulano de tal.
LUG e Letra de Cambio – art. 31 – qnd não identifica o aval (em branco) ele vai pro sacador. 
Art. 1647 III do CC – cônjuge deve autorizar, exceto sep de bens.
Prescrição:
3 anos contra devedor principal e avalista.
1 p codevedor..
Ação de regresso 6 meses.
Vinculado é o cheque e a duplicata mercantil.
Nota promissória – não é título causal, título é livre, tem saque e endosso, promessa de pagamento. 
Aval em branco é ao sacador subscritor – LUG.
Usa-se as mesmas coisas endosso, aval, prescrição.
Prescrição igual a LC:
Monitória 5 anos do dia seguinte ao vencimento para todos os títulos.
Cheque - é titulo vinculado, não causal, ordem de pagamento c a diferença que o sacado é uma instituição financeira – não se fala em aceite, não é obrigatório – o banco paga se tiver fundos na conta. O cheque é ordem de pagamento à vista. A figura do cheque pós-datado existe como construção do dia-a-dia, o Banco n tem obrigação de não depositar cheque pós-datado entregue antes da data – mas tem súmulas, mais para consumidores.
Endosso e aval do sacado é nulo, o sacado é o Banco. Cabe aval pro cheque tmb. 
30 dias da msm praça/ 60 dia de praça diferente + 6 meses (prescrição – perde-se o direito de executar o coobrigado deve-se apresentar dentro do prazo) – data de apresentação. Mesmo que não se apresente no prazo, persiste o direito contra o devedor principal e avalista.
Sustar o cheque – contra-ordem ou revogação – só pode ser dada pelo emitente e só produz efeitos depois do prazo de apresentação com razões do ato, 
Diferente da sustação ou oposição tanto emitente quanto portador legitimado com justo motivo independente do prazo de apresentação para surtir efeito.
Prescrição art. 59 lei do Cheque – 6 meses; regresso também são 6 meses - § único do art 59.
- Ações Cambiais:
Execução normal. E tem ação específica do cheque de enriquecimento ilícito contra o emitente/devedor principal – até 2 anos passada a prescrição.
Súmula 503 – prazo pra monitória – 5 anos a contar da data de emissão do cheque.
Duplicata – é uma ordem de pagamento – apesar de não ter terceiro – sacador e sacado – título causal e vinculado - estrutura estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Existe Duplicata Mercantil e de Prestação de Serviços.
Desse contrato, tem que ser emitida fatura ou nota fiscal fatura, porque dessa fatura serão tirados os elementos para preencher a duplicata.
Obrigatoriedade de registro em livro pelo empresário emitente, no caso de extravio ou retenção pode ir lá consultar e retirar os elementos para triplicata ou protesto por indicação. O sacado pode reter a duplicata, assim o sacador pode fazer protesto por indicação. 
O aceite na duplicata mercantil é obrigatório, mesmo que não assine no campo específico, se tiver como comprovar que o devedor recebeu as mercadorias o aceite é presumido. 
3 Hipóteses de Recusa de Aceite – art.8 da lei da Duplicata:
A A pessoa recebeu a mercadoria e percebeu que a mercadoria estava avariada ou não recebimento.
B Vícios, defeitos e diferenças na qualidade e quantidade.
C Divergencias de prazo ou preço.
Terá que fazer oposição/recusa.
Prazo de remessa da duplicata: 30 dias do vendedor sacador para emitir pro sacado. 10 dias por instituição financeira. 
Aceite pode ser presumido quando não há recusa formal.
Aceite ordinário é o que sai da duplicata em papel.
Aceite presumido é o mais utilizado por conta do uso da duplicata eletrônica.
Aceite por comunicação qnd a instituição financeira comunica a retenção quando o pagamento é a prazo.
É possível o aval na duplicata. Quando o aval é em branco – art. 12 da Lei da Duplicata: o avalista será equiparado cujo nome indicar; na falta de indicação será para aquele que ele assinar abaixo da assinatura e fora dessas hipóteses ao comprador.
Protesto por indicação – única lei que permite o protesto sem ter cártula/titulo – feita no caso de retenção do título. Pode também emitir uma triplicata.
A execução da duplicata mercantil depende do tipo de aceite, se houver cártula com aceite ordinário você exibirá a cartula e não precisa de protesto e pode exibir uma triplicata (2ª via) também. 
Aceite presumido – protesto por indicação/ duplicata/ triplicata + documento que comprove o recebimento das mercadorias. 
Duplicata de Prestação de Serviços a causa que autoriza é um contrato de prestação de serviços, feita por sociedades empresárias ou pessoasfísicas que prestem serviços. Todas as outras características são análogas à duplicata mercantil; no protesto por indicação tem que juntar documento que comprove que você prestou serviço. 
Duplicata de Conta de Serviço – forma livre – profissionais liberais que podem emitir – pouco utilizado.
Prescrição tem diferença no regresso.
3 anos contra sacado e avalista.
1 ano contra codevedores.
1 ano de ação de regresso.
Endosso e aval cabem para todos os títulos de crédito. Não existe nenhuma exceção quanto à possibilidade de uso. Aval parcial é vedado no código civil, mas permitido nas leis específicas. LC segue a LUG que autoriza o aval parcial.
O Endosso não transfere propriedade, só transfere a titularidade do crédito. O endosso vincula o endossante como coobrigado a fazer o pagamento. 
Deem uma lida no aval em branco para quem vai – no caso do cheque, nota promissória, duplicata, LC.
Aceite não esquecer quando ele é obrigatório, discricionário, cheque não se fala em aceite, nota promissória não tem aceite. 
Teoria Geral dos Contratos Empresariais
Roteiro 8 – TEORIA GERAL DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS
1.Contratos Empresariais:
“Contrato é negócio jurídico bilateral ou plurilateral gerador de obrigações para uma ou todas as partes, as quais correspondem direitos titulados por elas ou por terceiros”. (Ulhoa)
2. Princípios informadores:
a) Princípio da autonomia da vontade:
“Poder da pessoa de suscitar, mediante declaração de vontade, efeitos reconhecidos e tutelados pela ordem jurídica” (Orlando Gomes)
NO CC, por exemplo, essa liberdade encontra previsão em dois dispositivos:
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.
b) Princípios da função social do contrato.
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Trata-se de uma limitação ao contrato.
Enunciados da I e IV Jornadas de Dto Civil:
21 – Art. 421: A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral a impor a revisão do princípio da relatividade dos efeitos do contrato em relação a terceiros, implicando a tutela externa do crédito.
22 – Art. 421: A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral que reforça o princípio de conservação do contrato, assegurando trocas úteis e justas.
23 – Art. 421: A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, não elimina o princípio da autonomia contratual, mas atenua ou reduz o alcance desse princípio quando presentes interesses metaindividuais ou interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana.
360 – Art. 421: O princípio da função social dos contratos também pode ter eficácia interna entre as partes contratantes.
Princípio da probidade e da boa-fé objetiva:
Interpretativa (art. 113, CC)
Supletiva Corretiva
Regra de conduta obrigatória – art. 422, CC –“Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”.
e) Princípio do consensualismo:
O contrato se constitui, via de regra, pelo encontro de vontades manifestadas pelas partes, não sendo necessária outra condição.
Exceções: Contratos reais; Contratos solenes.
d) Princípio da relatividade:
O contrato gera efeitos apenas entre as partes por ele vinculadas, não criando, em regra, direitos ou deveres para pessoas estranhas a relação.
Exceções: seguro de vida.
e) Princípio da pacta sunt servanda – Princípio da força obrigatória
Ao se vincularem a um contrato, as partes assumem obrigações, podendo exigir da outra prestação prometida.
Limitação: rebus sic stantubus – resume a teoria da imprevisão.
OBS: exceptio non adimpleti contractus.
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
A particularidade para os contrato gerais, é que são contratos exercidos por empresários. Há categorias de contratos com regimes jurídicos distintos (administrativo, trabalhista, relação de consumo, ou mesmo regras do código civil que serão então contratos empresariais). Contratos empresariais serão sempre firmados entre dois empresários, regulação pelo Código Civil ou mesmo pelo CDC – banco e microempresário.
Características:
- Fundados na livre iniciativa e concorrência; e os princípios.
- Princípios informadores:
a) Princípio da Autonomia da Vontade. Salvo algumas limitações da lei a declaração de vontade é livre tanto para pessoa jurídica quanto para natural. Art. 421 e 425, CC. 
Art. 39 Inciso II CDC Limitação da autonomia da vontade por não poder negar fornecimento de produto se houver estoque.
b) Princípio da Função Social do Contrato
- art. 421, CC. : 
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Cláusula geral a impor trocas úteis e justas para conservação do contrato.
- Enunciados – Jornada de Direito Civil. 
1 - Atenua o princípio da autonomia da vontade.
2- A função social dos contratos pode ter eficácia interna entre as partes contratantes.
c) Princípio da Probidade e Boa-Fé Objetiva: princípio de conteúdo vago e aberto.
- Interpretativa: art. 113 CC, os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme os usos e costumes locais.
- Supletiva: se dentre os deveres do contrato não haja solução para conflito, a boa-fé pode suprir essa ausência.
- Corretiva: normalmente o contrato tem carga de adesão, a discussão dos termos do contrato pode ser feita com uso da boa-fé – revisão do contrato.
-> Regra de conduta obrigatória. – Entendimento pacífico sobre a boa-fé. Princípio de ordem pública, magistrado tem que verificar.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
E também serve para coibir abusos – art. 187, CC.
d) Princípio do Consensualismo: tem a ver com autonomia da vontade, encontro de vontades para formação do contrato.
-- Proposta – art. 427, CC.
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
Exceções ao consensualismo: contratos solenes, reais e de mútuo.
Princípio da Relatividade: só gera efeitos inter partes. Exceção por exemplo são Contratos de seguro de vida há terceiro que será afetado. 
Princípio da “Pacta sunt Servanda”. Princípio da força obrigatória dos contratos – cláusula da irretratabilidade e intangibilidade do contrato – impossibilidade de dissolução ou revisão unilateral do contrato - entre dois empresários.
Limitações: 
- Teoria da Imprevisão – “Rebus sic stanctibus” – situação econômica de uma das partes gravemente prejudicada devido a fato imprevisto de consequências não calculáveis e caracterizada particularmente a boa-fé (redundante).
- “Exceptio non adimplet contractus” – Exceção do contrato não cumprido - se a parte contrária nãopresta o serviço ou parcela pactuada posso recusar a satisfação da minha parte, para isso, alegar o não adimplemento da parte contrária. Mais uma vez, regime jurídico empresarial, com o poder público é mais complicado.
Classificação:
Típicos: 23 contratos típicos.
 Atípicos: Cláusulas pré-definidos entre contratantes, regramento feito pelas partes, segue autonomia da vontade, pode ser não escrito.
 Mistos: Inspirado em típicos, mas são atípicos.
Quanto aos pressupostos de constituição:
Consensuais: dependem basicamente da convergência das vontades. Não necessariamente na forma escrita. 
Formais: forma escrita obrigatória, contratos típicos, convergência de vontades, mais pre-requisitos previstos em lei.
Reais: dependem da entrega de algum objeto, tradição obrigatória.
Contratos Comutativos e Aleatórios:
Comutativo: pressupõe prestação obrigatória com contraprestação correspondente, compra e venda por exemplo. 
Aleatórios: bilaterais com acontecimento incerto, sem previsão. Jogo ou aposta é o exemplo por excelência. 
3. Classificação:
3.1. Quanto a previsão legal:
	Típicos 
	Atípicos 
	Mistos 
	São contratos sujeitos à disciplina da lei que os regula e lhes da denominação própria.
O CC define 23 contratos típicos . 
	São celebrados com cláusulas definidas pelos contratantes, conforme necessidade negocial, sem obediência a regramento legal específico.
Art. 425, CC – autonomia da
Vontade 
	São contratos atípicos inspirados total ou parcialmente em contratos típicos. – ex: shopping center. 
3.2. Quanto à formação – pressupostos para a constituição:
	Consensuais 
	Formais
	Reais
	A formação consensual depende tão somente a convergência de vontades, que uma vez expressa, conclui o negocio jurídico.
Pode não ter forma escrita.
	A forma escrita é essencial.
Podendo a lei ainda exigir solenidades complementares.
Ex: compra e venda de imóvel –
escritura pública – art. 108
	Exigem a entrega da coisa objeto do
negocio.
3.3.Quanto à vantagem econômica
	Cumutativos 
	Aleatórios
	O contrato pressupõe uma prestação à qual se opõe uma contraprestação correspontente.
Antecipam como será a execução do contrato (ex:
compra e venda).
	Sempre bilaterais, os contratos aleatórios tem por objeto coisa sujeito a acontecimento desconhecido e
incerto.
Ex: jogo ou aposta.
Comércio Eletrônico – Contrato Eletrônico – Roteiro 9
1.Introdução.
Comércio eletrônico:
“O comércio eletrônico é a venda de produtos ou prestação de serviços realizados por
meio de transmissão eletrônica de informações” (Glanz).
Marco Civil da Internet – Lei 12.965/2014 –
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.
Art. 21. O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
Estabelecimento virtual: canal para as relações comerciais, que foi equiparado ao
estabelecimento empresarial.
Estamos falando aqui de um acesso virtual e não físico.
- Declarações de vontade – também regido pelo consensualismo.
- mundo físico ou virtual
Marco Civil da Internet – Lei 12965/2014 (art. 19 e 21)
Estabelecimento Virtual – “canal de venda” -> virtualidade do acesso = diferença para os contratos da maneira tradicional e identifica essa modalidade de contratos.
Estabelecimento Empresarial – conjunto de bens do empresário (físicos e imateriais).
- nome do domínio e endereço eletrônico – conexão e identificação importante porque é equiparado ao estabelecimento empresarial. 
2. Contrato eletrônico: formado por meio da transmissão eletrônica de dados.
A manifestação de vontade das partes (proposta/oferta e aceitação) se veicula pelo registro em meio virtual.
Questões questões jurídicas peculiares: segurança da identidade das partes, momento e lugar de da formação do vinculo e o conteúdo do contrato.
No aspecto comercial – jurídico, elaborou-se no âmbito da Comissão de Direito Comercial Internacional da ONU, o princípio da equivalência funcional: “o registro em meio eletrônico cumpre as mesmas funções do papel”.
-> Contrato Eletrônico
Contrato- e / diferenciado do Contrato-p (em papel).
Desconfiança do suporte -> tecnologia de processamento de dados
3. Comércio eletrônico e as relações de consumo.
Ausência de norma específica.
Aplicação do CDC.
3.1.Requisitos inerentes a um website:
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na transação comercial.
Não observância – consequências:
- informações transmitidas de forma incompleta, incongruente, obscura, etc:
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
- informações inverídicas:
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
- website com layout que dificulta o acesso a informações:
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.
Comércio Eletrônico e Relações de Consumo
- ausência de legislação específica
- “aplicação” do CDC
* Website – respeito à legislação consumerista.
3.2.Publicidade em estabelecimentos virtuais: também segue o CDC
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.
Parágrafo único.

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