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05/08/2014 1 TIGRE, P. Gestão da inovação: a economia da tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006 Fontes de Inovação na empresa � Importância da inovação � Ser a mola propulsora da economia � Crescimento empresarial � Produto Interno Bruto (PIB) � Diferenciação no mercado � �As empresas inovadoras geralmente recorrem a uma combinação de diferentes fontes de tecnologia, informação e conhecimento tanto de origem interna quanto externa. Formas de acesso a inovações � Atividades internas de P&D • Trabalho criativo e experimental sistemático • Ampliação do estoque de conhecimento • Desenvolvimento de novas aplicações de produtos e processos • Desenho, teste de protótipo e software � Representam 22% dos gastos com inovação das empresas industriais brasileiras Fontes de inovação �Diversas origens � Interna � Externa P&D Produtos – Processos Gestão Sistemas de gerenciamento da qualidade, da qualificação das pessoas Desenvolvimento tecnológico próprio � Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) � Básica – foco no desenvolvimento científico � Aplicada – foco na solução de problemas práticos � Desenvolvimento experimental – voltado à geração de novos produtos e processos 05/08/2014 2 Desenvolvimento tecnológico próprio � Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) � Básica – foco no desenvolvimento científico � Aplicada – foco na solução de problemas práticos � Desenvolvimento experimental – voltado à geração de novos produtos e processos Características - Longo prazo - Incerteza de resultados, porém inovações radicais - Evitado por empresas - Assumido por governos e institutos sem fins lucrativos Desenvolvimento tecnológico próprio � Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) � Básica – foco no desenvolvimento científico � Aplicada – foco na solução de problemas práticos � Desenvolvimento experimental – voltado à geração de novos produtos e processos Características - Médio prazo - Incertezas menores - Altos investimentos em tecnologia Protótipo Produtos Processos Desenvolvimento tecnológico próprio � Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) � Observação: FOCO DEVE ESTAR NO SETOR PRODUTIVO Resultado da pesquisa básica e aplicada Setor produtivo - Flexibilidade organizacional - Capacidade cognitiva das pessoas - Laboratórios participarem da difusão A força desta transferência depende de: Desenvolvimento tecnológico próprio � Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) � Cooperação em P&D Causas Complexidade científica Convergência tecnológica Custo da pesquisa Tipos Empresas de uma cadeia Empresas concorrentes Tendência Descentralização do desenvolvimento em multinacionais Desenvolvimento tecnológico próprio � Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) - esforços � Atividade típica de grande empresa � Esforços medidos em % do faturamento empregado � Indicador não conveniente: avalia o passado a partir de investimentos atuais � Cada setor tem uma necessidade específica – diferentes % de investimento Desenvolvimento tecnológico próprio � Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) - esforços Setores % de Investimento Alimentos e bebidas 0,2 Celulose e papel 0,4 Farmacêutico 0,9 Materiais elétricos 1,8 Aeronaves 8,0 05/08/2014 3 Desenvolvimento tecnológico próprio � Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) - esforços � Atividade típica de grande empresa � Temas críticos: � Avaliação e seleção dos projetos: tomada de decisões � Capacitação técnica: dinâmica e flexível � Questões éticas e ambientais Fonte: Global Innovation 1000 Fontes de inovação �Diversas origens � Interna � Externa Aquisição - Cursos e treinamentos externos - Consultorias - Licenças de fabricação - Tecnologia embutida em máquinas e equipamentos Aprofundemos cada uma destas origens � Aquisição de tecnologia externa � Contratos de assistência técnica: para iniciar produção, solucionar problemas e lançar produtos. � Licenças de fabricação e uso de marcas � Serviços técnicos e de engenharia � Contratação de P&D externo � A compra de tecnologia permite um salto de produtividade , mas a eficiência dinâmica requer esforços próprios para adaptar e aperfeiçoar a tecnologia aos recursos disponíveis e aos mercados visados. � Representam 6% dos gastos em inovação � Transferência de tecnologia por meio da montagem de kits � Importação de componentes para montagem local sem nenhum conteúdo local. � Permite a obtenção de conhecimentos para montagem mas não transfere capacidade para alterar o projeto do produto. Tecnologia incorporada em máquinas e equipamentos � Constitui a principal fonte de tecnologia na indústria brasileira respondendo por 50% das inovações (Pintec, 2005) � Necessita de suporte técnico, capacitação operacional e integração aos processos para alcançar ou superar a produtividade nominal. 05/08/2014 4 � • Treinamento de pessoal orientado para desenvolver ou aperfeiçoar produtos ou processos • Contratação de serviços externos de treinamento �Gastos com treinamento representam 3% das despesas com inovação no Brasil Treinamento � Introdução das inovações tecnológicas no mercado �Comercialização → lançamento do novo produto: �Pesquisa e teste de mercado; publicidade de lançamento � Representam 6% dos gastos de inovação das empresas � Projeto industrial e outras preparações técnicas Procedimentos técnicos para efetivar a implementação de inovações: • Plantas e desenhos • Especificações técnicas • Definição da características operacionais necessárias • Métodos de controle de qualidade � Representam 22% dos gastos com inovação na industria brasileira � Formas de transferência de tecnologia �Contratos de assistência técnica: para iniciar produção, solucionar problemas e lançar produtos. �Licenças de fabricação �Uso de marcas �Serviços técnicos e de engenharia � Permite um salto de produtividade estático, pois a tecnologia está em constante transformação. �A eficiência dinâmica requer esforços próprios para adaptar e aperfeiçoar a tecnologia aos mercados visados. � � Termo cunhado por Henry Chesbrough (2003), que traz uma reflexão sobre as novas abordagens que buscam trazer maior flexibildade na geração de inovações tecnológicas. � O modelo pressupõe que as empresas devem utilizar fontes externas de ideias a fim de aumentar sua competitividade na geração de novas tecnologias. � Outro aspecto relevante do modelo é criar a possibilidade de comercialização de ideias geradas internamente que não se adequam ao “core” da empresa. Open Innovation � a) nem todos os bons profissionais trabalham em sua empresa; b) fontes externas de tecnologia podem agregar muito valor ao negócio, o que não desobriga a empresa de ter um P&D forte; c) uma empresa não precisa ser a inventora de uma tecnologia para comercializá-la; d) ter o melhor modelo de negócio é melhor do que ser o primeiro a chegar ao mercado; e) fazer o melhor uso das ideias internas e externas é melhor do que criá- las; f) uma empresa deve saber fazer uso da PI de terceiros assim como comercializar a sua PI. Pressupostos do modelo de open innovation : 05/08/2014 5 � Engloba diferentes modelos de colaboração para a inovação em redes de firmas e entidades externas, tais como: clientes, varejistas, fornecedores, concorrentes, universidades e outros laboratórios de pesquisa e pode variar da simples prestação de serviços (testes de rotina) passando pela aquisição ou transferência de tecnologia até o estabelecimento de alianças estratégicas e consórciosde pesquisa. Conceito de inovação aberta � � A inovação aberta assume que as empresas podem e devem usar ideias externas assim como ideias internas, e caminhos internos e externos para alcançar o mercado, enquanto elas desenvolvem suas tecnologias. � Nesse modelo, as organizações podem comercializar tecnologias internas ou externas e utilizam recursos internos ou externos na execução de projetos. � Como característica dos processos abertos de inovação, os projetos podem ser iniciados pela própria empresa ou por outros atores externos, bem como serem incorporados ou transferidos para outras organizações, em distintos estágios de desenvolvimento. Open Innovation � �realizada pelo IBGE com o objetivo de construção de indicadores das atividades de inovação tecnológica das empresas brasileiras com comparabilidade internacional �base de dados que fornece informações sobre o processo de geração, difusão e incorporação de inovações pelo aparelho produtivo PINTEC Pesquisa de Inovação Tecnológica � Informações detalhadas sobre as fases do planejamento e execução da pesquisa estão na publicação Pesquisa industrial de inovação tecnológica, da Série Relatórios Metodológicos, publicada em 2004 www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pintec/srmp intec.pd �PINTEC 2000 => triênio 1998-2000 �PINTEC 2003 => triênio 2001-2003 �PINTEC 2005 => triênio 2003-2005 PINTEC Pesquisa de Inovação Tecnológica - IBGE �Conhecer: �os efeitos das inovações no desempenho das empresas; �as fontes de informação utilizadas; �os arranjos cooperativos estabelecidos; �os obstáculos encontrados; � outras mudanças estratégicas e organizacionais implementadas, etc. PINTEC – OBJETIVOS ESPECÍFICOS � Inovação na indústria brasileira 05/08/2014 6 Problemas e obstáculos apontados pelas empresas industriais que implementaram inovações – Brasil, 1998-2000, 2001-2003 e 2003-2005 � Proporção de inovadoras e não-inovadoras entre as empresas industriais – Brasil e Países Europeus Selecionados, 1998-2000 (%) Fonte: EUROSTAT, 2004 e PINTEC/IBGE apud. Viotti e Baessa (2005). � Grau de importância atribuídos pela indústria de transformação brasileira às fontes de inovação � Importância das atividades inovativas realizadas – Brasil 2003 e 2005 [(gastos/receita)*100] Tecnologia incorporada em máquinas e equipamentos � Constitui a principal fonte de tecnologia na indústria brasileira respondendo por 50% das inovações (Pintec, 2005) � Necessita de bom suporte técnico, capacitação operacional e integração aos processos para alcançar ou superar a produtividade nominal. � Exemplo ao lado: fabricação de papel � Estrutura dos gastos com fontes de inovação na indústria de transformação brasileira 05/08/2014 7 � Natureza do Conhecimento � Tácito: envolve habilidades e experiências pessoais ou de grupo apresentando um caráter subjetivo. Dificilmente é passível de transmissão objetiva e, portanto, não pode ser facilmente transformado em informação. A forma mais comum de se adquirir conhecimento tácito é através da experiência e/ou contratação de profissionais experientes de outras empresas. � Codificado: na forma de informação, por meio de manuais, livros, revistas técnicas, software, fórmulas matemáticas, documentos de patentes, bancos de dados, etc. A codificação permite que o conhecimento seja transmitido, manipulado, armazenado e reproduzido. Aprender... Características Fazendo Processo de aprendizado interno a empresa, relacionado ao processo produtivo. Usando Relacionado ao uso de insumos, equipamentos e software. Procurando Baseado em busca de informações e atividades de P&D. Interagindo Interno e externo, relacionado às fontes a montante (fornecedores) e a jusante (clientes) da cadeia produtiva. Com “spill- overs” inter- industriais Externo, através da imitação e contratação de técnicos experientes de concorrentes. Com o avanço da ciência Externo a empresa, relacionado à absorção de novos conhecimentos gerados pelo sistema internacional de C&T. � O processo de learning- by-doing Paulo Tigre, Gestão da Inovação. Ed.Elsevier, 2006 � � baseada na contratação permanente ou temporária de técnicos experientes de outras empresas. �Consultores independentes costumam transferir a experiência adquirida em uma empresa para outras, “polinizando” a indústria com informações e conhecimentos. � O spillover é uma forma de promover a difusão de novas tecnologias a custos relativamente baixos. Spillovers Atividades que geram aprendizado Efeitos Adaptação de processos Capacitação produtiva Manutenção interna, gestão da qualidade Capacitação produtiva e gestão do conhecimento Adaptação e melhoramento de produtos Capacitação produtiva e know-how tecnológico. Desenvolvimento de novos produtos Capacitação produtiva, know-how tecnológico e gestão do conhecimento. Desenvolvimento de novos processos produtivos Capacitação produtiva, know-how tecnológico e gestão do conhecimento. Gestão de P&D e atividades de engenharia Gestão do conhecimento, informação e estratégia Gestão da informação Abertura para o aprendizado externo, gestão do conhecimento, informação e estratégia � � Coordenação/integração: interna (feita por hierarquia) e externa (feita pelo mercado, alianças estratégicas, redes de fornecedores e clientes) � Rotinização: procedimentos e rotinas organizacionais específicas para coleta e processamento de informações, associação entre experiência de clientes e projetos de produtos, coordenação dos fatores e componentes. � Aprendizado: processo pelo qual a repetição e a experimentação permitem que as tarefas sejam mais bem desempenhadas. � Reconfiguração: capacidade de transformar a realidade. Competências e aptidões em processos organizacionais nas empresas 05/08/2014 8 � �Transferência de tecnologia: definida juridicamente como processo de compra e venda de informações de caráter técnico produtivo. Porém em 20 mil contratos que tramitam no INPI há somente 5 que se referem a venda de uma ativo (compra de marca ou patente). � Aluguel: forma mais comum, envolvendo a simples autorização para possibilitar a terceiros utilizar industrialmente a informação. � Serviços: envolve a prestação de um serviço técnico, podendo não transferir de fato qualquer informação. Comercialização de tecnologia � Estrutura de gastos com atividades inovativas por setor industrial � Estrutura de gastos com atividades inovativas por setor industrial � P&D em Combustíveis: pesquisa fundamental, desenvolvimento experimental, novos combustíveis e aditivos, componentes de sistemas. � � Investimentos reduzidos em atividades internas de P&D �Compra de máquinas e equipamentos lidera os gastos com inovação � P&D menor que máquinas e equipamentos Observações sobre os dados setoriais de forma geral � � Refino de Petróleo: elevados investimentos em P&D interna (68%) e reduzidos em máq e equip (9%) (PETROBRAS) � Automóveis e correlatos: 44% e 43% respectivamente � Outros equipamentos de transporte: 47% e 13% respectivamente (EMBRAER) � Máquina p/ escritório e equipamento de informática: 34% em P&D interna e 28% em máq e equip (setor difusor de progresso técnico) � Equipamentos médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos e relógios: 40% e 23% respectivamente (idem setor acima) Observações sobre os dados setoriais: exceções 05/08/2014 9 � � Couro e calçados: 21% dos gastos são com a introdução de inovações tecnológicas no mercado (feiras e exposições - Ex: FENAC) � Bebidas:27% dos gastos são com introdução das inovações tecnológicas no mercado (publicidade) � Outros equipamentos de transporte: 15% com projeto industrial e outras preparações técnicas (EMBRAER: desenhos e especificações técnicas) � Equipamentos médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos e relógios: 18% dos gastos são com projeto industrial e outras preparações técnicas (importância do controle de qualidade) Observações sobre os dados setoriais: especificidades � Participação (%) dos gastos em inovação com máq e equip e P&D interna em países selecionados � �Estrutura de gastos brasileira • Elevados dispêndios na compra de ativos tangíveis • Reduzido investimento em P&D interno �Especificidades: • Itália e Reino Unido: maior participação de outras fontes de inovação, principalmente gastos em treinamento e qualificação de mão-de-obra Observações sobre a comparação entre países
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