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CCJ0014-WL-C-PP-Aula 11-Direito Civil 2 - Guido Cavalcanti

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Obrigações
Imputação, Dação e Novação
1
Imputação de Pagamento
Vamos imaginar que um devedor contraiu várias obrigações com um mesmo credor. Um empréstimo, um aluguel. Vamos imaginar que no total elas custam 2 mil reais. No caso acima, se o devedor manda ao credor mil reais, quais das dívidas será paga? O empréstimo ou o aluguel? Para isso serve a imputação ao pagamento. 
 
É uma forma de se quitar um ou mais débitos, quando há vários, do mesmo devedor, em relação ao mesmo credor.
2
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
A preferência na escolha da dívida a ser adimplida sempre é do devedor. O próprio artigo é bem claro a esse respeito. Cabe ao devedor imputar. Mas se houve silêncio?
Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.
3
Requisitos:
Somente surgirá se houver pluralidade de débitos. Porém devem ser independentes entre si. P.ex., pagamentos a prazo ou mensais não são débitos independentes. 
Deve haver apenas um credor e um devedor. 
Os débitos devem ser de mesma natureza. P.e.x, não se pode imputar pagamento de dívidas de dinheiro com dívida de entregar coisa. 
As dívidas devem ser líquidas. Líquida é a obrigação certa, quanto à sua existência e determinada, quanto ao seu objeto.
O pagamento ofertado deve ser suficiente para quitar ao menos uma das dívidas.
As dívidas que podem sofrer imputação devem ser vencidas.
4
Uma regra importante deve ser observada em relação à imputação. Havendo juros, a escolha não é nem do credor nem do devedor. Nesse caso, a lei já fez a escolha:
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
Se o valor que foi oferecido for suficiente para pagar juros e apenas uma parte do capital? Lembrar que o credor não é obrigado a receber pagamento pela metade, mas se assim ele aceitar, isso pode ser feito.
5
Não sendo caso de juros, a lei também faz uma imputação no caso de silêncio: 
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa
 
6
Dação em Pagamento
Se o credor consentir, a obrigação pode ser resolvida substituindo-se seu objeto. Dá-se algo em pagamento, que não estava originalmente na obrigação. Esse é o sentido da datio in solutum. 
Só pode ocorrer com o consentimento do credor., pois ele não está obrigado a receber nem mesmo coisa mais valiosa.
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
7
A lei não limita se essa substituição é de dinheiro por coisa, ou esta por dinheiro. Trata-se de um acordo liberatório que só pode ocorrer após o nascimento da obrigação.
Quando há substituição de coisa por dinheiro, fica muito assemelhado a alienação, por isso o artigo 357
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
8
Não confundir dação em pagamento com obrigação alternativa. Essa última nasceu da possibilidade de fazer uma coisa ou outra. Já a dação é a entrega de uma prestação completamente diferente do que foi originalmente avençado. 
9
Requisitos
Obrigação previamente criada
Um acordo onde o credor aceita receber coisa diversa
Entrega de coisa diversa com finalidade de extinguir obrigação
10
Sua finalidade sempre é de extinguir a dívida.
 
Não exige-se equivalência de valores. Tão só que manifestem sua intenção de extinguir a dívida com a entrega. 
Pode haver dação parcial: apenas parte da obrigação é substituida. 
11
Não existe dação em pagamento com títulos de crédito, pois isso é uma cessão de crédito e possui regulação própria. 
Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
A dação depende de plena capacidade jurídica do credor. Credor incapaz não pode fazê-lo.
E se a coisa dada em dação for perdida por decisão judicial? 
12
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.
13
Novação
A novação constitui na operação jurídica por meio da qual uma obrigação nova substitui a obrigação originária. 
O credor e o devedor, ou apenas o credor, dão por extinta a obrigação e criam outra. 
A existência dessa nova obrigação é condição de extinção da anterior. 
14
p.ex.,Um fornecedor deveria entregar 1000 pães a um mercado; na falta dos pães, convencionam as partes que entregará o fornecedor 100 sacas de café. Extingue-se a obrigação de pães e nasce a de café.
Art. 360. Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
15
Os incisos II e III tratam da novação subjetiva, quando se substituem o devedor (exonerando-se o devedor primitivo) ou credor (liberando-se o devedor em face do antigo credor). 
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
16
Observar que na novação, não existe satisfação do crédito. Débito e crédito persistem, mas sob as vestes de uma nova obrigação. 
Não apenas o objeto da obrigação pode ser outro, como também a própria causa do débito. P.ex., o devedor devia aluguel, agora deve um empréstimo. 
17
MUITO importante: a mera alteração de prazos ou condições não importam em novação. P.ex., só porque o credor recebeu voluntariamente parcelas em atraso, não quer dizer que ele novou
. 
Assim como também não é novação a mudança de lugar, aumento ou diminuição de garantia, substituição de título
Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.
18
Qual a diferença da novação para dação? A dação tem o ânimo de extinguir a dívida, enquanto a novação cria-se uma nova obrigação. 
Na parte da novação subjetiva (mudança de credor ou devedor), podemos ter:
Devedor substituido pela delegação
Expromissão
19
Na delegação, existe consentimento do devedor originário. (360, II)
A expromissão é uma forma de expulsão. Um terciero assume a dívida, com o que concorda o credor. 
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste.
20
E se houver mudança de credor? É o caso de um credor substituir outro. Isso é muito parecido com cessão de crédito. A diferença é que aqui existe uma nova obrigação. Na cessão, o que se cede é o crédito original.
Requisitos:
Dívida anterior se extingue. Dívida nova nasce
Validade da obrigação original 
Animus novandi
21

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