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SUMÁRIO 1. O ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL 3 2. BIBLIOGRAFIA 5 O ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL Em 1997, na Colômbia, diversos professores tiveram seus direitos previdenciários violados de forma generalizada pelas autoridades públicas. Diante do exposto, os professores acionaram a justiça colombiana e a Corte Constitucional Colombiana (CCC) reconheceu pela primeira vez o Estado de Coisas Inconstitucional (ECI) com a “Sentencia de Unificación - SU 559, de 6/11/1997”. Para o reconhecimento do ECI, a CCC instituiu algumas características gerais como pressupostos: Violação grave, permanente e generalizada dos direitos fundamentais; Omissão dos órgãos públicos; Número elevado (indeterminado) de pessoas afetadas; Para a solução, é necessária a intervenção de todos os órgãos envolvidos, tendo a decisão do Tribunal obrigatoriedade de cumprimento pelos órgãos ou autoridades envolvidos cabendo a esses o dever de se readequarem; Compreende um Ativismo Judicial Estrutural, tendo em vista que suas decisões vão interferir nas funções executivas e legislativas, inclusive com repercussões orçamentárias. Então pode-se definir o ECI como uma condição em que os direitos fundamentais são feridos gravemente de forma ampla, atingindo um grande número de pessoas e não há como reverter o quadro sem uma alteração estrutural nos organismos públicos relacionados à inconstitucionalidade. No Brasil também houve a adoção do “estado de coisas inconstitucional” no julgamento da ADPF 374/DF em 2015. Que tratou da inconstitucionalidade generalizada no sistema carcerário brasileiro. O qual viola uma série de direitos fundamentais da população carcerária enquanto a máquina pública é ineficiente no sentido de sanar a inconstitucionalidade; tanto quanto é omissa à solução. Na ADPF 374/DF também alegou-se que a União estaria contingenciando recursos do FUNPEN – Fundo Penitenciário, não o repassando para os estados membros. Analisando os termos da ADPF supracitada, percebe-se claramente que o sistema carcerário brasileiro se enquadra na condição de ECI já definida nos parágrafos anteriores. Há violação grave de direitos fundamentais, tais como a dignidade da pessoa humana, exposição dos presos à tortura, dificuldade de acesso à Justiça e aos direitos sociais. Omissão dos órgãos públicos e um número elevado de pessoas afetadas (segundo o Ministério da Justiça e Cidadania ultrapassa a marca dos 622 mil detentos). BIBLIOGRAFIA CUNHA JUNIOR, Dirley da. O Estado de Coisas Inconstitucional. Jusbrasil. Disponível em: <www.dirleydacunhajunior.jusbrasil.com.br/artigos/264042160/estado-de-coisas-inconstitucional> Acesso em: 14 aug. 2016. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA. População carcerária brasileira…, Brasília: Abr. 2016. Disponível em:<www.justica.gov.br/noticias/populacao-carceraria-brasileira-chega-a-mais-de-622-mil-detentos> Acesso em: 14 aug. 2016. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Informativo 798, Brasília: Set. 2015. Disponível em: <www.stf.jus.br//arquivo/informativo/documento/informativo798.htm> Acesso em: 14 aug. 2016. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Medida Cautelar na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 347, Distrito Federal: Set. 2015. Disponível em:<www.redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=10300665> Acesso em: 14 aug. 2016.
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