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Introdução O presente relatório, enquadra-se no âmbito dos trabalhos práticos laboratoriais de Cadeira Física I. De forma breve e sucinta, pretende-se descrever a experiência realizada no laboratório de física sobre a lei de Hooke. Para tal foi usado um tripode de varilha, no qual pendurou-se as molas usadas na experiência. Para a presente experiência laboratorial foram definidos os seguintes objectivos: Aplicar a lei de Hooke para determinar a constante elástica de várias molas Comprovar experimentalmente a veracidade da equação para o cálculo da constante elástica resultante. De modo a alcança o primeiro objectivo foram usadas duas molas, escolhidas de forma aleatória. Consideramos ser importante referir que as duas molas eram de naturezas e formatos completamente diferentes: isto é, de aspirais com raios e em número muito diferentes. Essa escolha foi feita de forma propositada de modo a dar maior sentido a nossa experiência. A partir da teoria de erros percebemos que a constante elástica é uma grandeza de medição indirecta pois, o seu cálculo, implica o uso de fórmulas que envolvem outras grandezas, como é o caso da força elastica e da deformação da mola após a aplicação da força. O presente relatório foi estruturado em dois momentos diferentes: o primeiro é composto pela parte teórica, na qual discute-se os conceitos gerais relacionados com o a lei de Hooke e os seus postulados gerais, apresentando igualmente as fórmulas básicas e gerais relacionadas com o esta lei; No segundo momento, apresenta-se e discute-se os resultados da experiência laboratorial. Para melhor apresentação de tais resultados, recorreu-se ao uso de gráficos e de tabelas que ajudarão o leitor a perceber toda explanação proposta. Vale ressaltar que os resultados desta experiência foram analisados com base na Teoria de Erros. Não pouco relevante, é o facto de os resultados apresentados terem tido em conta o uso exclusivo dos algarismos significativos de cada cálculo. Resumo teórico Neste ponto discutiremos de forma breve os conceitos relacionados com a Lei de Hooke, bem como apresentaremos as fórmulas gerais que representam o resumo dessa lei. 2.1. A lei de Hooke Em engenharia, saber a reacção dos materiais sólidos a forças externas como a tensão, a compreensão, a torção e a flexão, revela-se uma actividade crucial e imprescindível. Resumidamente, podemos afirmar que os materiais sólidos tendem a responder as forças externas das seguintes maneiras: uma deformação elástica (i. e. na qual o matéria retorna ao seu tamanho e forma originais quando se elimina a força externa), uma deformação permanente ou uma fratura. A tensão é uma força que tira, por exemplo, a força que actua sobre uma mola que sustenta um peso. Quando se aplica uma tensão, a mola alonga-se e recupera ao seu tamanho original se a força não supera o limite elástico do material. Em muitos materiais, entre eles os metais e os minerais, a deformação são directamente proporcionais à forca aplicada. Esta relação conhece-se como Lei de Hooke, assim chamada em honra do físico britânico Robert Hooke, que foi o primeiro a expressa-la. A expressão princípal estabelecida por Hooke é a seguinte: Fórmula 1: A lei de Hooke apresenta o seguinte postulado: a força que exerce a mola sobre o corpo que actua sobre ela é proporcional à deformação da mola a qual tende a recuperar a sua forma original. A constante de proporcionalidade entre a força e a deformação denomina-se constante elástica dependendo a mesma do módulo de rigidez do material, do seu raio, do raio das espiras e do número de espiras. As suas unidades são no sistema internacional. As experiências de Hooke comprovaram empíricamente que quando duas molas se colocam de forma uma a dar continuidade a outra, com na figura seguinte, a constante elástica resultante pode ser calculada pela seguinte expressão: Fórmula 2: Um aspecto que vale ressaltar é que se a força externa supera um determinado valor, o material pode ficar deformado permanentemente, e a lei de Hooke já não é valida, ou não se comprova verdadeira nesses casos. O máximo esforço que um material pode suportar antes de ficar permanentemente deformado, denomina-se limite de elasticidade. Logo: Fórmula 3: De onde: – Massa do gancho – Massa adicional – Aceleração da queda livre Para todos os casos da nossa experiência, a massa do gancho é igual a 10 g. Nessa ordem de ideia, cada valor da massa deverá ser adicionado a este. Fórmula 4: De onde: – Posição final da mola em relação a régua graduada – Posição inicial da mola em relação a régua graduada Metodologia 3.1. Materias usados Trípode com varilha Várias molas (apenas duas forma usadas); Gancho para pesos (de 10 g de massa) Jogo de pesos (foram usados apenas os seguintes: 60 g, 70 g, 120 g, 170 g, 180 g) Régua graduada 3.2. Procedimentos Esta experiência laboratorial tinha como dois objectivos específicos: Aplicar a lei de Hooke para determinar a constante elástica de várias molas (no caso de duas molas) e Comprovar experimentalmente a veracidade da equação para o cálculo da constante elástica resultante (vede fórmula 2). Para o alcance dos nossos objectivos, primeiro identificou-se duas molas, as quais foram aplicadas as diferentes massas supracitadas em momentos diferentes. A posterior, com base nos dados obtidos determinou-se, as seguintes grandezas: força elástica, deformação da mola, e a constante elástica de cada uma das molas em relação a cada uma das massas aplicadas. No segundo momento, as duas molas usadas nos procedimentos anteriores, de forma separada, foram colocadas no gancho simultaneamente, sendo que uma dava continuidade a outra e foram repetidos todos os passos que foram aplicados nas duas molas em separado. Os resultados dessa experiência aparecem ilustrados nas tabelas abaixo. Resultados e discussão Para mola 1 Mola 1 (g) () 1 63,5 50 60 0,6 -2,3 - 0,261 2 60 70 0,7 -2,8 -0,250 3 110 120 1,2 -5,8 -0,207 4 160 170 1,7 -7,8 -0,218 5 170 180 1,8 -8,7 -0,207 Tualibodine Mutirua Pág. 0 = = = = Intervalo de confiança Para mola 2 Mola 2 (ESCUra) (g) () 1 56,5 50 60 0,6 -1,8 -0,333 2 60 70 0,7 -2,3 -0,145 3 110 120 1,2 -4,2 -0,035 4 160 170 1,7 -5,6 -0,30 5 170 180 1,8 -7,5 -0,24 = = = = Intervalo de confiança Para mola 1 e 2 Mola 1 e 2 ((g) () 1 50 60 0,6 -4,3 -0,14 2 60 70 0,7 -5 -0,14 3 110 120 1,2 - 9,5 -0,13 4 160 170 1,7 -13,8 -0,12 5 170 180 1,8 -14,9 -0,12 Tabela 3 = = = = Intervalo de confiança Sem percorrer muitos cálculos, podemos facilmente determinar a constante elástica das duas molas quando uma dá continuidade a outra, a partir das constantes elástica determinada para cada mola separadamente, aplicando a seguinte expressão: -0,134 = * Nivel de Confiança Considerações finais 5.1. Resultados finais Após a medição feita em laboratório, e a aplicação da Teoria dos Erros no tratamento dos dados obtidos desta experincia obteve-se os resultados abaixo indicados. Vale ressaltar que os valores apresentados obedecem aos princípios de algarismos significativos. Ao comparar os valores finais podemos notar uma ligeira variância entre o valor determinado anteriormente e este obtido pela fórmula, havendo no entanto diferença do sinal. 60g 70g 120g 170g 180g -0,14 -0,14 -0,13 -0,12 -0,12 0,146 -0,136 -0,134 -0,126 -0,111 Tabela 4. Resultados finais 5.2. Conclusões Na Física, e sobretudo na Engenharia, a lei de Hooke tem se revelado de extrema importância pois permite compreender melhor a forma como os materiais sólidos reagem a forças externas a elas. No caso da mola, alias o material usado na sua experiência original, pode-se constatar que esta reage com uma deformação elástica, sendo que, ela recupera a sua posição inicial após a cessação da aplicação da força que a impõe tal deformação. Ademais, foi possível perceber a relação de proporcionalidade directa entre a força aplicada a mola e o módulo da sua deformação bem como relação de proporcionalidade inversa entre a força aplicada e a constante elástica (i. e. quanto maior for a força aplicada, ou a massa do corpo sobre a mola, maior será a deformação da mola e menor será a sua constante elástica, ou vice-versa). Quanto ao segundo objectivo que impulsionou a realização desta experiencia laboratorial: comprovar a veracidade da equação do cálculo da constante elástica resultante (vede fórmula 2), foi possível notar que esta é verdadeira em todos os sentidos matemático e físico. Contudo, na comparação final (tabela 4.) é possível perceber uma ligeira variância dos valores do K identificado dos resultados da tabela e do K calculado através da expressão, embora estejam salvaguardados, para a maioria dos casos excepto o primeiro, os algarismos significativos. Somos do entendimento de que esta ligeira variância deve-se ao numero reduzido da realização da experiência com cada uma das massas, pois pela teoria dos erros sabe-se que quanto mais a experiência é repetida nas mesmas condições e com as mesmas variáveis, mais se aproxima do valor real. Referências bibliográficas Material de apoio às aulas laboratoriais: Alejandro, C. Lei de Hooke. Alonso, M. e Finn, E. (1972), Física: Um urso Universitário, Edgar Blocher: São Paulo; Halliday, D. e Resnick, R. (1991), Fundamentos de Física, Volumes Científicos Editora, Rio Janeiro; Young, H. e Freedman, R. (2003), Mecânica, 10ª edição: São Paulo.
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