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Resumo de direito penal ( ilicitude e culpabilidade)

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Resumo de direito penal (ilicitude e culpabilidade)
Para TEORIA FINALISTA o crime é considerado, simplesmente, FATO TÍPICO e ANTIJURÍDICO.
A CULPABILIDADE para TEORIA FINALISTA é mera apreciação de valor, reprovabilidade, censura de crime já existente.
Cumpre ressaltar, ainda que, para TEORIA FINALISTA, o DOLO e a CULPA são elementos da conduta, do FATO TÍPICO, não consistindo em juízo de valor, mas vitais à existência do crime.
Vamos resumir o conceito de crime de acordo com esta teoria no fluxograma abaixo, veja:
 TEORIA FINALISTA – É CRIME:
	FATO TÍPICO
	ANTIJURIDICO
	
- conduta (DOLO e CULPA)
- nexo causal
- resultado
- tipicidade
	- contrário à lei. Necessária à ausência de excludentes
NÃO É ELEMENTO DO CRIME:
	CULPABILIDADE
	1)Imputabilidade
2)Potencial conhecimento da ilicitude
3)Exigibilidade de conduta diversa 
 
2. Culpabilidade – Conceito
Quando se menciona que “Fulano de Tal foi o grande culpado pelo fracasso de sua equipe ou de sua empresa” estamos lhe atribuindo um conceito negativo, uma reprovação. Estamos julgando “Fulano de Tal”, ou melhor, estamos atribuindo a “Fulano de Tal” um juízo de valor.
A Culpabilidade é isso, ou seja, a possibilidade de considerar alguém culpado pela prática de uma infração penal.
Como já foi exposto para a maior parte da doutrina, a culpabilidade não é elemento do crime, mas REPROVAÇÃO, JUÍZO DE VALOR, CENSURA.
Segundo a TEORIA FINALISTA, para estabelecer um JUÍZO DE VALOR, para CENSURAR é necessário que esteja fora do CRIME. E é por isso que a CULPABILIDADE não integra o conceito de crime.
No entanto, a aplicação de pena só é admitida na medida em que existe CULPABILIDADE, assim, esta última é pressuposto para aplicação de pena.
3- Culpa em sentido amplo x Culpa em sentido estrito
A doutrina subdivide a culpa em culpa em sentido amplo e culpa em sentido estrito.
A culpa em sentido amplo é a culpa que empregamos de modo leigo, significando responsabilidade, censurabilidade. Contudo, não deve ser confundida com culpa em sentido estrito que é elemento do fato típico e se apresenta nas modalidades, imperícia, negligencia e imprudência. Evidentemente que não devemos esquecer que a culpa em sentido estrito integra o fato típico e é elemento do crime, diferentemente da culpa em sentido amplo que não é elemento do crime, mas reprovação e pressuposto para aplicação da pena.
4 – Culpabilidades e seus elementos
Foi analisado nos tópicos anteriores que a culpabilidade consiste na possibilidade de reprovar a fato criminoso. Isto porque o autor do fato podia e deveria agir de modo diferente.
 Observe o caso apresentada na ementa abaixo:
TJRJ: “Se o laudo do exame de sanidade mental atesta que o agente possuía plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato que lhe é imputado, e que, ao tempo da ação e da omissão não era portador da doença mental, a ponto de apresentar desenvolvimento mental incompleto ou retardado não há que se acolher a alegação de ausência de culpabilidade”.
Grifaram-se na ementa transcrita as palavras “plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato” e verifica-se que em razão da capacidade de entendimento do autor dos fatos é lhe atribuído um juízo de reprovabilidade, de censura, pois podia e deveria agir de modo diferente.
Diante disso, conclui-se que só há culpabilidade se o sujeito, de acordo com suas condições psíquicas, podia estruturar sua consciência e vontade de acordo com o direito (IMPUTABILIDADE), se estava em condições de compreender a ilicitude de sua conduta (POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DA ILICITUDE), se era possível exigir, nas circunstancias, conduta diferente daquela do agente (EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA).
Assim, são elementos da culpabilidade:
	 1)IMPUTABILIDADE
 2)POTENCIAL CONSCIENCIA DA ILICITUDE
 3)EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
A culpabilidade é descaracterizada na medida em que de seus elementos é excluído. Vamos, assim, analisar cada um deles.
 
 5 – Imputabilidade
 
É a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de se determinar de acordo com ele.
Aquele que não detiver condições de entender o caráter ilícito do fato e de se determinar de acordo com ele é inimputável, consequentemente, não culpável e, logo, “isento de pena” (redação do Artigo 26, CP) “capacidade” e “Imputabilidade” não se confundem! 
A capacidade é considerada gênero do qual decorre a imputabilidade. Isto porque o conceito de capacidade pressupõe também a capacidade processual, enquanto a imputabilidade se refere tão somente a uma capacidade sui generis, ou seja, a capacidade penal.
Tem-se, por regra, que todo agente é imputável, salvo se presente uma causa excludente de imputabilidade que se resumem no rol apresentado abaixo:
AS EXCLUDENTES DA IMPUTABILIDADE SÃO:
	 A)DOENÇA MENTAL
 B)DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO
 C)DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO
 D)EMBRIAGUEZ COMPLETA PROVENIENTE DE CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR.
 Evidentemente que as excludentes da imputabilidade devem ser constatadas ao tempo da infração, caso contrário, não haverá exclusão da culpabilidade.
 Vamos analisar, agora, cada uma das causas que excluem a imputabilidade, por consequência a culpabilidade e, logo, a pena, vejamos:
 
A) DOENÇA MENTAL – Exclui a imputabilidade qualquer espécie de doença mental e psíquica de toda ordem, mas, necessariamente, capaz de eliminar ou afetar a capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou comandar a vontade de acordo com esse entendimento.
O Professor Mirabete estabelece uma gradação interessante a respeito da doença mental, de sorte que, podem ser consideradas: Orgânicas – paralisia progressiva, sífilis, tumores cerebrais, arteriosclerose; Tóxica–psicose alcoólica e Funcionais – esquizofrenia, maníaco depressiva. Note-se que dentre as moléstias orgânicas há aquelas que não atingem diretamente o cérebro a capacidade mental da pessoa, como por exemplo, a sífilis, porém, se constatada que em razão desta doença o autor dos fatos se tornou incapacitado para entender o caráter criminoso ou comandar a vontade de acordo com esse entendimento há inimputabilidade.
Importante também frisar que a inimputabilidade não trata de eliminar somente a capacidade de entender o caráter criminoso do fato, mas também de comandar a vontade de acordo com esse entendimento. 
O “necrófilo”, por exemplo, mantém preservada a capacidade de entendimento, porém sente enorme e incontrolável compulsão para satisfação de instintos sexuais e não consegue, em razão da anomalia mental, determinar-se de acordo com sua vontade.
 
“Os necrófilos mantêm preservada a capacidade de entendimento do caráter criminoso de seu ato. Porém, devido à sua aberração sexual, sentem uma compulsão para satisfação de seus instintos desviados, não conseguindo, via de regra, determinar-se de acordo com esse entendimento. Em consequência desta diminuição de autodeterminação e concomitante preservação da capacidade de entendimento, são considerados isentos de pena, mas sujeitos a medida de segurança” (TACRIM-SP – Ac – Rel. Gonzaga Franceschini  RT 594/947)
 
A epilepsia é considerada também doença mental (neuropsicose com efeitos determinantes de profundas alterações do caráter e da inteligência); demência senil (surge o enfraquecimento da memória principalmente quanto a fatos recentes, a dificuldade em se fazer julgamento geral das situações, depressões, ansiedades, alterações repentinas no comportamento).
 
B) DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO – é o desenvolvimento mental que ainda não se concluiu seja em razão da idade seja em razão da falta de convivência social.
Tratam-se dos menores de 18 anos. Trata-se de presunção legal a ausência do desenvolvimento mental completo aos menores de 18 anos. Portanto, não apresentam culpabilidade nem é permitida aplicação de penal.
Ressalve-se que a Lei 8069/90 estabelece que os menores de 18 anos pratiquem ato infracional e, em razão disso,aplicam-se as medidas sócias educativas, previstas expressamente.
Importante frisar, também, que a pessoa já é considerada imputável no dia que completar 18 anos. Então imaginemos a seguinte situação:
Joãozinho possui 17 anos, nasceu no dia 01/04/1980, às 13h00min horas. No dia 01/04/1998, às 10h00min, Joãozinho pratica crime de furto. Joãozinho é imputável?
 
Resposta, sim, é imputável, pois, como já vimos nas aulas anteriores nos termos do artigo 10, CP, regra de contagem de prazo no direito penal, desprezam-se as frações de dia. Não importa se Joãozinho só completará 18 anos às 13h00min horas do dia 01/04/1998, o que importa é se é o dia em que completa a idade.
É curioso observar que se encaixa como inimputável por desenvolvimento mental incompleto, os silvícolas inadaptados, o que deve ser concluído por laudo pericial.
 
C) DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO – É aquele incompatível com o estágio de vida que se encontra a pessoa, estando, assim, abaixo do desenvolvimento normal para aquela idade cronológica.
 No desenvolvimento mental incompleto não há maturidade psíquica em razão da idade. No desenvolvimento mental retardado a capacidade não corresponde às expectativas para aquele momento de vida, o que significa a plena potencialidade.
É o caso dos oligofrênicos, que são aqueles que apresentam um coeficiente mental reduzido, classificam-se em uma escala decrescente de inteligência: débeis mentais, imbecis e idiotas.
 Possuem insignificante capacidade mental e ficam impossibilitados de efetuar uma correta avaliação da situação de fato que lhes apresenta não tendo condições de entender o crime que cometem.
 
**OBSERVAÇÕES IMPORTANTES **
 Obs1: O fragmento doutrinário abaixo aborda caso interessante na medida em que se pode constatar que mesmo a impossibilidade de entender o caráter ilícito e de se determinar de acordo com ele, mesmo que passageiro, exclui a imputabilidade.
 “Não age com necessário discernimento, para ter-se por imputável, quem depois de seriamente agredido na cabeça, reage irracionalmente, agredindo terceiro completamente alheio ao conflito.” (MARQUES, José Frederico in Tratado de Direito Penal)
 Obs2: “surdos-mudos” – O Professor Fernando Capez e o Professor Damásio de Jesus os classificam como portadores de desenvolvimento mental retardado, já o Professor Mirabete os classifica como portadores de desenvolvimento mental incompleto.
 De qualquer modo é importante frisar que o “surdo-mudo” só será considerado inimputável na medida em que esse déficit impedir de entender o caráter ilícito do fato ou de se determinar de acordo com sua vontade. Observe o fragmento jurisprudencial abaixo:
 
“O surdo-mudo, máxime se tratar de defeito congênito ou adquirido nos primeiros anos de vida, apresenta um déficit intelectual considerável podendo acarretar a inimputabilidade do individuo ou determinar a redução de sua responsabilidade criminal. Necessidade de realizar exame de sanidade mental” (TACRIM – SP – Ac – Rel. Emeric Levai – BMJ 86/16 e RJT 7/158)
** CRITERIOS PARA AFERIÇÃO DA IMPUTABILIDADE**
 Antes de finalizar o último item relativo às causas excludentes de imputabilidade é necessário apontar alguns critérios doutrinários que se tem em vista para aferir se o sujeito é imputável ou não.
 Há três critérios para aferição da imputabilidade.
CRITÉRIOS PARA AFERIR A IMPUTABILIDADE
	- BIOLÓGICO
- PSICOLÓGICO
- BIOPSICOLOGICO
- BIOLÓGICO – A este sistema interessa saber se o agente é portador de alguma mental. Em caso positivo, será considerado inimputável, independente de isto ter retirado a sua capacidade de entendimento.
 Há, segundo o critério biológico, presunção legal de que a deficiência mental impede o sujeito de compreender o crime ou comanda sua vontade, sendo irrelevante indagar sobre suas reais e efetivas consequências.
 
- PSICOLÓGICO – Ao contrário do sistema biológico, esse sistema não se preocupa com a existência de perturbação mental no agente, mas apenas no momento da ação ou omissão delituosa, ele tinha ou não condições de avaliar o caráter criminoso do fato e se orientar de acordo com esse entendimento.
 Se fosse adotado o critério psicológico entre nós o marido que flagrasse o adultério da esposa e, transtornado, apresentasse uma reação, em principio, com consequências criminais, teria sua culpabilidade excluída e não lhe seria aplicada pena. Contudo, sabemos que não é isto que ocorre.
 
- SISTEMA BIOPSICOLÓGICO – Combinam os dois sistemas anteriores exigindo que a causa geradora esteja prevista em lei e que, além disso, atue efetivamente no momento da ação delituosa retirando do agente a capacidade de entendimento e vontade.
 Será inimputável aquele que em razão de causa prevista em lei – doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado – atue no momento da ação ou omissão sem capacidade de entender o caráter ilícito do fato.
 - CONCLUSÃO – Nosso sistema adota o critério biológico aos que apresentam desenvolvimento mental incompleto, porém adota o critério biopsicológico nos demais casos.
 
Diante de tudo isto, pode ser concluído que a imputabilidade possui três importantes requisitos, quais sejam:
 
Requisito causal – existência de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado
Requisito cronológico- deve atuar no tempo da ação ou omissão delituosa.
Consequencial: perda total da capacidade de entender ou de querer.
Semi Imputabilidade
A semi-imputabilidade é definida pelo próprio no parágrafo único do artigo 26, do Código Penal, vejamos:
Artigo 26...Parágrafo único:
“A pena pode ser reduzida de um terço a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.”
A semi-imputabilidade é a perda da capacidade de entendimento e autodeterminação em razão de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Alcança os indivíduos em que as perturbações psíquicas tornam menor o poder de autodeterminação e mais fraca à resistência à prática do crime.
É por isso que é posição majoritária em nossa jurisprudência que os cleptomaníacos e os psicopatas são semi-imputáveis e não inimputáveis, pois exames médicos atestam que a doença não retira a capacidade de discernimento do sujeito, mas somente diminui sua resistência a prática do crime. Tanto é assim que filmes e novelas nos mostram que o cleptomaníaco ou o psicopata também escondem a prática de seus crimes, assim como faz, um criminoso corriqueiro. Assim, tanto o cleptomaníaco bem como o psicopata possuem consciência do ilícito, mas possuem resistência biológica reduzida para a prática desses delitos.
Na verdade, o agente é imputável e responsável por ter noção do que faz, mas sua responsabilidade é reduzida em virtude de apresentar capacidade mental reduzida.
São requisitos da Semi-imputabilidade:
a) causal – é provocada por perturbação de saúde mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (parágrafo único, do artigo 26, do CP)
b) cronológico – Deve sempre estar presente ao tempo da ação ou da omissão. A redução da capacidade de entendimento ou a baixa resistência à prática do crime de se manifestar no momento da conduta delituosa.
c) consequencial – essa é a grande diferença entre a inimputabilidade e semi-imputabilidade, pois, na primeira, há a perda total da capacidade de entendimento, em contrapartida, na segunda, há perda de somente parte da capacidade de entendimento.
Como consequência jurídica do reconhecimento da semi-imputabilidade o Código Penal nos apresenta duas alternativas. Assim, reconhecida a semi-imputabilidade no processo criminal, o juiz aplicará a pena, considerando a causa de diminuição prevista no parágrafo único do artigo 26, do Código Penal OU o juiz aplicará medida de segurança.
APLICAÇÃO DA PENA REDUZIDA OU MEDIDA DE SEGURANÇA.
A escolha da medida de segurança somente poderáser feita se o laudo de insanidade mental indicá-la como recomendável, não sendo arbitrária essa opção.
Se for aplicada pena o juiz será obrigado a diminuí-la de 1/3 a 2/3, conforme o grau de perturbação. Trata-se de causa de diminuição obrigatória da pena, pois é direito subjetivo do agente o qual não poderá ser subtraído pelo julgador. 
Observo que existe posição doutrinária contrária, como a apresentada por José Frederico Marques que trata a causa de diminuição como um direito subjetivo do julgador.
Observação Complementar Final - a questão da dependência – É tratada como espécie de doença mental, a dependência de drogas recebe tratamento jurídico diverso de outras perturbações mentais (como a psicose e a epilepsia).
Na hipótese de provocar inimputabilidade será aplicada medida de segurança, nos termos do artigo 10 da Lei de Tóxicos que, pelo Principio da Especialidade, prevalece sobre o artigo 97, do CP, de modo que a internação em casa de custódia e tratamento só será imposta quando necessária.
No caso de semi-imputabilidade não será possível ao juízo aplicar medida de segurança, sequer de forma alternativa à pena diminuída, conforme previsão do CP. Isto porque o artigo 19 prevê como necessária a aplicação da redução da pena.
A EMOÇÃO NÃO EXCLUI A CULPABILIDADE. A PAIXÃO NÃO EXCLUI A CULPABILIDADE.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA :
CAPEZ, Fernando
Curso de Direito Penal
São Paulo: Ed Saraiva
(Capitulo 31)
JUNQUEIRA, Gustavo; VANZOLINI, Patrícia
Manual de Direito Penal
São Paulo: Ed. Saraiva
(Capítulo 15)
ESTEVAM, André;
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios
Direito Penal Esquematizado
São Paulo: Ed. Saraiva
(Capítulo 17)
http://fazendodireitofap.blogspot.com.br/2015/05/ilicitude-e-culpabilidade.html

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