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2016.2 Legislação Aplicada à Saúde Ocupacional

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Legislação Aplicada à Saúde 
Ocupacional 
 
Artur Cavalcanti de Paiva 
 
Curso Técnico em Segurança do Trabalho 
Educação a Distância 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPEDIENTE 
 
 
Professor Autor 
Artur Cavalcanti de Paiva 
 
Design Instrucional 
Deyvid Souza Nascimento 
Maria de Fátima Duarte Angeiras 
Renata Marques de Otero 
Terezinha Mônica Sinício Beltrão 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Eliane Azevêdo 
 
Diagramação 
Klébia Carvalho 
 
Coordenação 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
 
Coordenação Geral 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
 
 
Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação 
Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação 
(Rede e-Tec Brasil). 
 
Outubro, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 P142l 
 Paiva, Artur Cavalcanti de. 
Legislação Aplicada à Saúde Ocupacional: Curso Técnico 
em Segurança do Trabalho: Educação a distância / Artur 
Cavalcanti de Paiva. – Recife: Secretaria Executiva de 
Educação Profissional de Pernambuco, 2016. 
65 p.: il. 
 
Inclui referências bibliográficas. 
 
1. Educação a distância. 2. Saúde ocupacional. 3. 
Legislação sanitária. I. Paiva, Artur Cavalcanti de. II. Título. III. 
Secretaria Executiva de Educação Profissional de 
Pernambuco. IV. Rede e-Tec Brasil. 
 
CDU – 331:316.776 
 
Catalogação na fonte 
Bibliotecário Hugo Carlos Cavalcanti, CRB4-2129 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução ........................................................................................................................................ 5 
1.Competência 01 |Legislação Relativa à Saúde Ocupacional ............................................................ 9 
1.1 Constituição Federal do Brasil – CFB – 88.................................................................................................. 9 
1.2 Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT .................................................................................................11 
1.3 Responsabilidade do empreg ado e empregador – NR-1 .......................................................................12 
1.4 Acidente do trabalho – Lei nº 8213 ..........................................................................................................14 
1.4.1 Considera-se acidente do trabalho – Art. 20 da Lei nº 8.213 .................................................................16 
1.4.2 Não é considerado como doença do trabalho – Art. 20, § 1º da Lei nº 8.213 .........................................19 
1.4.3 Equiparam-se ao acidente do trabalho – Art. 21 da Lei nº 8.213 ...........................................................20 
1.4.4 Comunicação do acidente - CAT – Art. 22 da Lei nº 8.213......................................................................23 
1.4.5 Dia do acidente – Art. 23 da Lei nº 8.213 ..............................................................................................27 
1.5 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO – NR-7 ...................................................27 
1.5.1 Exames médicos obrigatórios para as empresas ...................................................................................28 
1.5.2 Das Diretrizes e responsabilidades ........................................................................................................30 
1.5.2.1 Compete ao empregador ...................................................................................................................30 
1.5.3 Do relatório ..........................................................................................................................................32 
1.6 Prevenção ao tabagismo no ambiente do trabalho ..................................................................................32 
2.Competência 02 | Legislação Relativa à Prevenção de Riscos Ambientais ..................................... 35 
2.1 Artigos da CFB e CLT relativos aos riscos ambientais ............................................................................35 
2.2 Conceito e tipos de riscos ambientais ......................................................................................................37 
2.2.1 Conceito ...............................................................................................................................................37 
2.2.2 Tipos de riscos ......................................................................................................................................37 
2.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA – NR-9 ..................................................................38 
2.3.1 Estrutura mínima de um PPRA ..............................................................................................................39 
2.3.2 Desenvolvimento do PPRA ....................................................................................................................40 
2.3.2.1 Antecipação e reconhecimento dos riscos .........................................................................................40 
2.3.2.2 Avaliação dos riscos e exposição dos trabalhadores ...........................................................................40 
2.3.2.3 Medidas de controle e avaliação de sua eficácia ................................................................................41 
2.3.2.4 Medidas de proteção coletiva e individual .........................................................................................41 
2.3.2.5 Monitoramento da exposição aos riscos ............................................................................................42 
 
 
 
 
2.3.2.6 Registro e divulgação dos dados ........................................................................................................42 
2.3.3 Competência para ela borar o PPRA...................................................................................................42 
2.3.4 Responsabilidades do empregador e dos trabalhadores .......................................................................43 
2.3.4.1 Empregador .......................................................................................................................................43 
2.3.4.2 Trabalhador .......................................................................................................................................43 
3. Competência 03 | Legislação Relativa à Periculosidade e Insalubridade ...................................... 45 
3.1 Conceito - CFB e CLT sobre insalubridade e periculosidade ......................................................................45 
3.1.1 Insalubridade........................................................................................................................................45 
3.1.2 Periculosidade ......................................................................................................................................46 
3.1.3 Caracterização - Laudo Técnico-Pericial de Insalubridade/ Periculosidade.............................................47 
3.2 Atividades e operações de insalubridade - NR-15.....................................................................................47 
3.3 Atividades e operações perigosas - NR-16................................................................................................48 
4.Competência 04 | Legislação Rela tiva à Ergonomia.................................................................. 51 
4.1 Conceito e caracterização de ambiente ergonômico ................................................................................52 
4.2 Artigos da CFB e CLT relativos à ergonomia .............................................................................................52 
4.3 NR-17 – Ergonomia ..................................................................................................................................54 
4.3.1 Transporte manual de cargas ................................................................................................................54 
4.3.2 Mobiliários do ambiente de trabalho ....................................................................................................56 
4.3.3 Equipamentos dos postos de trabalho ..................................................................................................56 
4.3.4 Iluminação ambiental ...........................................................................................................................58 
Conclusão ........................................................................................................................................ 61 
Referências ..................................................................................................................................... 63 
Minicurrículo do Professor .............................................................................................................. 64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
Introdução 
Prezado (a) cursista, 
Para caminhar neste vasto campo da Segurança do Trabalho perseguindo resultados satisfatórios no 
desenvolvimento do trabalho, tanto pelas condições seguras do ambiente quanto pelas atitudes 
seguras do trabalhador, é imprescindível um conjunto de conhecimentos que, interligados, 
proporcionam ao profissional de Segurança do Trabalho a preparação adequada para atuação 
frente ao mercado de trabalho. 
Dessa forma, a disciplina de Legislação Aplicada à Saúde Ocupacional pretende trazer conteúdos 
voltados à compreensão da legislação no que diz respeito à saúde ocupacional, aos riscos 
ambientais, à insalubridade e à ergonomia exigível no ambiente laboral. 
A legislação apresenta obrigações tanto para os trabalhadores (seus direitos e deveres) como para 
as Empresas, que devem ser cumpridas. Essas atribuições têm o objetivo de garantir a segurança, o 
conforto e a incolumidade do trabalhador no desenvolvimento de suas atividades, a fim de evitar 
acidentes e redução de capacidade produtiva de todos os que estejam na Empresa, seja 
trabalhador, cliente ou visitante. 
Também entenderemos que a legislação aplicada à Saúde Ocupacional é o conjunto de todas as 
normas cuja imperatividade e exigibilidade sejam provenientes da própria lei, de portarias ou 
normas regulamentadoras que dizem respeito às relações de trabalho, saúde e segurança. Nesse 
sentido, podemos dizer que a Saúde Ocupacional cuida das condições mínimas no ambiente de 
trabalho e do próprio trabalhador para que este possa atuar exercendo sua atividade produtiva 
num ambiente saudável. 
Dessa forma, esperamos que esta disciplina - a ser estudada neste Módulo do Curso Técnico em 
Segurança do Trabalho – proporcione a você, caro (a) cursista, um aprendizado sobre as normas 
legais que atuam no campo da saúde ocupacional, a sua importância para garantir a proteção do 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
trabalhador e a continuidade da atividade produtiva. 
Pretende-se que ao final da disciplina você possa compreender e identificar os princípios e 
exigibilidades legais sobre as atividades laborativas, assim como a obrigatoriedade de implantação, 
desenvolvimento e manutenção de Programas de Saúde Ocupacional nas Empresas. 
O esforço pessoal, a dedicação e a vontade de ser bem sucedido profissionalmente serão os valores 
determinantes do seu sucesso. Lembre-se sempre disso! 
Então, vejamos... 
Prezado (a) cursista, você já parou para pensar no que iremos estudar na nossa disciplina? 
Ainda não? 
Inicialmente, veremos como a legislação brasileira tem se preocupado com a segurança e a saúde, 
não só do trabalhador, mas também daqueles que frequentam um ambiente laboral. 
Por outro lado, veremos que tanto na Constituição do Brasil de 1988, como no Direito do Trabalho e 
no Previdenciário há uma intensa atividade, com alterações frequentes de normas, a fim de 
adequar-se à realidade da dinâmica das relações de trabalho. 
Notaremos que, a partir da lei, existe uma longa rede de atos até a efetivação da norma jurídica. Há, 
portanto, Portarias, Instruções Normativas, Normas Regulamentadoras, etc. 
Você tem conhecimento, ao certo, de que existe a Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT - (do 
ponto de vista da Segurança e Medicina no Trabalho, a CLT dedicou um capítulo preocupando-se 
com os fatos que interrompam o processo produtivo, sem se ater ao resultado, se dele advirão 
prejuízos, perdas humanas ou materiais). Pois bem, verificaremos que a CLT determina a inspeção 
prévia e aprovação em matéria de segurança e medicina, por autoridade competente, para as 
empresas iniciarem suas atividades e manter órgão de segurança e medicina do trabalho, como a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
constituição de Comissão de prevenção de acidentes. 
Prezado (a) Cursista, você vai perceber que a Empresa deve assegurar, de forma frequente e 
periódica, o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), exames médicos, 
admissionais e demissionais. Também deve apresentar requisitos técnicos para a segurança de 
trabalhadores em edificações, iluminação, conforto térmico, instalações elétricas, armazenamento, 
movimentação e manuseio de materiais nos locais de trabalho, das máquinas e equipamentos 
utilizados pelos colaboradores, caldeiras, fornos e recipientes sob pressão, atividades insalubres ou 
perigosas, medidas especiais de proteção e penalidades (CARRION, 2006, p. 171). 
Você observará que “o primeiro propósito da lei é a redução máxima, ou seja, a eliminação do 
agente prejudicial. Quando isso for impossível tecnicamente, o empregador terá de, pelo menos, 
reduzir a intensidade do agente prejudicial para o território das agressões toleráveis” (OLIVEIRA, 
1998 p. 118). 
Vocês sabiam que as Normas Regulamentadoras (NR’s) são as regras mais usadas na Segurança e 
Medicina do Trabalho e, como o nome mesmo diz, regulamentam, apresentam parâmetros e 
fornecem instruções sobre como preservar a Saúde do trabalhador e garantir a Segurança no 
ambiente laboral? O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) já editou 34 NR’s, sendo 29 Normas 
Regulamentadoras e 05 Normas Regulamentadoras Rurais, elaboradas por comissão formada por 
profissionais que representam tanto o governo, como empregadores e empregados. 
Vocês irão perceber que são as leis que determinam as regras e limites de tolerância para cada tipo 
de risco ou perigo existente na organização, quando podem vir a causar danos à saúde dos 
colaboradores. Ademais, versam sobre a responsabilidade do empregador em respeitar esses 
limites, no sentido de preservar a integridade física e mental de seus funcionários, clientes e 
visitantes no âmbito da Empresa. 
Assim sendo, logo na 1ª Competência será vista a Legislação relativa à Saúde Ocupacional. Você 
compreenderá e conhecerá o texto da Constituição Federal que fala sobre a segurança e medicina 
do trabalho, passando pela CLT, a Lei nº 8213, que diz respeito a acidentes do trabalho (esta será 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
bastante exigida no curso como um todo). Finalmente, será discutida a NR-7 – que trata doPrograma de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. 
Logo adiante, estudaremos na 2ª Competência a Legislação sobre Riscos Ambientais, seu conceito e 
caracterização e a NR-9, que diz respeito ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. 
Na 3ª Competência, iremos encontrar o conteúdo da legislação relativa à Insalubridade, abordando 
também o conteúdo relativo à Periculosidade. Vamos conceituá-los e caracterizá-los, trazendo o 
estudo das NR-15 – Atividades e Operações Insalubres e NR-16 – Atividades e Operações Perigosas. 
Finalmente, caríssimo (a) cursista, trataremos na 4ª Competência da temática da Ergonomia, sob a 
ótica das normas jurídicas e administrativas que a envolvem, fazendo um estudo da NR-17 – 
Ergonomia e as exigências para um ambiente laboral saudável. 
Seja bem-vindo (a)! 
Prof. Artur Paiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
1.Competência 01 |Legislação Relativa à Saúde Ocupacional 
1.1 Constituição Federal do Brasil – CFB – 88 
 
 
 
 
Figura 1 – Saúde do Trabalhador 
Fonte: http://ts2.mm.bing.net/th?id 
=H.4812177015112341&pid=15.1 
Descrição: Imagem de um capacete 
amarelo, com martelo, pincel, chave 
de fenda, chave inglesa, com uma 
cruz sobreposta e com a frase 
“saúde do trabalhador”. 
A Constituição de 1988 é um marco da preocupação com a saúde do trabalhador no ordenamento 
jurídico brasileiro. Ela veio garantir a redução dos riscos próprios do trabalho, editando normas de 
saúde, higiene e segurança. A lei maior do nosso País é a Constituição Federativa do Brasil. Ela dita 
as normas a serem seguidas em todos os seguimentos das relações sociais. 
Mas, você sabe de que forma a CF-88 se preocupa com a saúde e a dignidade do trabalhador? 
Preocupa-se com a determinação de princípios (impostos às empresas) que sirvam para minimizar 
os riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde e segurança, a fim de suscitar a 
prevenção de acidentes. Assim, as empresas devem cumprir o que está estabelecido na norma 
jurídica, sejam as contidas na CLT, sejam as das NR’s, visando a reduzir os riscos próprios da 
atividade desenvolvida. 
Atualmente, existe uma série de mudanças que vem provocando novos momentos, solidificando o 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
pleno exercício do direito em relação à saúde e ao trabalho sem riscos, livre de condições perigosas 
e insalubres que colocam em risco a vida, a saúde física e mental do trabalhador. 
A proteção à saúde do trabalhador, na constituição, inicia pela garantia “da vida com dignidade” e 
tem como objetivo principal a redução do risco de doença, como diz o art. 7º, inciso XXII, assim 
como o art. 200, inciso VIII, que protege o meio ambiente do trabalho. Por sua vez, o art. 193 
assegura que: “a ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivos o bem-estar 
e a justiça sociais”. 
Certamente, você, agora se pergunta: mas como as empresas podem reduzir os riscos no ambiente 
de trabalho? 
Através da implantação de programas como: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – 
PCMSO; Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA; Programa de Condições de Meio 
Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção Civil – PCMAT. E por meio de medidas não 
estruturais, como: treinamentos; regulamento de conduta; Plano Operacional Padrão – POP e 
outras. Bem como por medidas (meios) estruturais, como: rotas de fuga; acessibilidade; conforto 
ambiental, etc. E equipamentos proteção tais como: os de Proteção Individual (EPI); de Proteção 
Coletiva (EPC); de prevenção de Incêndios, etc. 
 
 
 
 
 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
1.2 Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – CLT 
Fonte: http://ts3.mm.bing.net/th? 
id=H.4830812856780886&pid=15.1 
Descrição: A imagem mostra a um 
livro contendo na capa 2 faixas, uma 
verde outra amarela no canto 
superior direito, ao centro a 
inscrição CLT. Mostra ainda uma 
CTPS na cor azul saindo de dentro 
do livro. 
Complementando o que a Constituição do Brasil determina, de forma específica e mais detalhada, 
você encontrará na CLT o Capítulo V – Da Segurança e da Medicina do Trabalho - e nele os artigos 
de 154 a 223. 
Vamos ver de que esses artigos tratam? 
Bem, no conjunto, eles apresentam normas de segurança para o ambiente de trabalho, obrigam a 
empresa a ter serviços especializados em segurança e medicina do trabalho e a cumprir as normas 
pertinentes. 
Aos trabalhadores, a lei também determina que eles colaborem com a empresa no cumprimento 
das normas e recomendações como, por exemplo, a obrigatoriedade de usar os EPI’s fornecidos 
pelo empregador. 
E para que tudo isso? Com qual objetivo? 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
O objetivo principal daqueles artigos é reduzir os riscos ambientais do trabalho e prevenir 
acidentes, através de medidas jurídicas que obrigam empresa e trabalhadores a tomarem atitudes 
comportamentais (medidas não estruturais) e apresentarem condições ambientais seguras 
(medidas estruturais). 
1.3 Responsabilidade do empreg ado e empregador – NR-1 
Vamos falar, agora, da primeira Norma Regulamentadora que trata da segurança e medicina do 
trabalho. Ela obriga as empresas, sejam elas públicas ou privadas, a cumprir, desde que possuam 
empregados celetistas, as exigências contidas em todas as demais NR’s. 
Portanto, estimado (a) cursista, essa norma reveste-se da maior importância por servir de 
orientação para as demais, fazendo com que as empresas estejam obrigadas a cumprir o conteúdo 
delas. 
Além disso, a NR-1 confere competência ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho para 
coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as atividades, assim como às DRT’s (Delegacias 
Regionais do Trabalho) para fiscalizarem e responsabilizarem o empregador e os empregados pelo 
descumprimento das NR’s, no que lhes for pertinente 
 
Então, complicou? 
 
 
 
 Não se desespere! 
 
Figura 3/Figura 4 - Íone Complicou/Bart Simpson 
Fonte: Windows e /http://1.bp.blogspot.com/-4jS3O8dr4DM/TfILtWEvbWI/AAAAAAAAC6Q/qTW0yq8izDs/s 
400/homer_desesperado.JPG 
Descrição: a figura 3 mostra um círculo em amarelo contendo olhos, sobrancelhas e boca arqueada. 
para baixo e uma interrogação na parte alta do círculo que denotar dúvida, indagação. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
A figura 4 mostra a Imagem de um boneco com a boca aberta e as mãos sobre a cabeça, tenta transparecer 
desespero, apreensão. 
A NR-1, nos seus diversos itens, estabelece as responsabilidades do empregador, bem como as do 
empregado, visando assegurar a integridade e a saúde do trabalhador. Quando as normas não 
forem cumpridas, Empregador (empresa) e Empregado (trabalhador) podem ser responsabilizados 
por suas atitudes ou pela falta de providência (omissão) para evitar acidentes. Podem, portanto, ser 
obrigados a pagar indenização por danos patrimoniais e morais decorrentes dos acidentes do 
trabalho e das doenças profissionais que vierem a acontecer. 
Vamos agora conhecer mais um pouco a NR-1? 
O item 1.1 dessa norma diz que deve ser obrigatório que as empresas privadas e públicas, os órgãos 
públicos da administração direta e indireta, bem como os órgãos dos poderes legislativo e judiciário 
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, e que cumpram e 
observem o que recomendam e exigem as NR’s. 
Mais adiante, no item 1.7 são relatadas as competências do Empregador, que são, dentre outras: 
 Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina 
do trabalho; 
 Elaborar ordens de serviçosobre segurança do trabalho, dando ciência aos empregados com 
os seguintes objetivos: 
 Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho; 
 Determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do trabalho e 
doenças profissionais ou do trabalho; 
 Adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras de 
trabalho. 
Você sabia que o Empregador deve informar aos trabalhadores acerca dos riscos profissionais que 
possam encontrar nos locais de trabalho e os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
adotadas pela empresa? 
Pois é, se ele não fizer isso poderá ser punido com multa pela Delegacia Regional do Trabalho. 
Leia, principalmente, do Art. 338 ao 344 do Decreto nº 3.048/99 e traga as dúvidas para discussão 
nos fóruns. Os artigos sugeridos tratam das ações de responsabilidade da Previdência, que pode 
ingressar contra os responsáveis, e a responsabilidade penal das pessoas jurídicas que deixarem de 
observar as normas de saúde e segurança. 
 
 
 
Você vai notar que a Empresa que não observar o mínimo exigível por lei quanto à segurança e à 
saúde do trabalhador nas atividades perigosas e insalubres, age com culpa grave, seja ela 
contratante ou contratada, cabendo ser punida com multa indenizatória de caráter solidário. 
 
 
1.4 Acidente do trabalho – Lei nº 8213 
Caro (a) Cursista, até então vimos como a CF-88 e a CLT tratam a questão da Saúde Ocupacional, 
bem como a NR-1. 
Portanto, você sabe dizer qual o foco ou preocupação principal dessas normas jurídicas? 
Não? Esqueceu? Volte e leia novamente os itens 1.1, 1.2 e 1.3 
 
 
Vamos aprofundar o conhecimento? 
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048compilado.htm 
 
 
 
Saiba Mais: 
http://www.protecao.com.br/site/content/noticias/ 
noticia_detalhe.php?id=J9jyAJy4) 
 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
Agora que você já sabe qual a preocupação da lei, vamos saber o que é Acidente do Trabalho? 
 O que é Acidente de Trabalho? 
Segundo o art. 19 da Lei nº 8213 – Lei de Acidente do Trabalho - “É o que ocorre pelo exercício do 
trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados previdenciários, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. 
Note: é necessário que o acidente tenha relação com o trabalho, quer seja no local de trabalho (na 
empresa) quer seja em qualquer outro local e, neste caso, que o trabalhador esteja a serviço da 
empresa. 
Perceba que o conceito traz elementos importantes que caracterizam o acidente do trabalho, quais 
sejam: 
- Que ocorra a serviço da ou pelo exercício do trabalho; 
- Que causem a morte, a perda ou a redução de membros, sentidos ou função; 
- Que estes fatores atuem de forma permanente ou temporária na capacidade para o trabalho. 
Vamos pensar um pouco? 
Assim, imaginemos: um trabalhador que faz sua refeição no local de trabalho e sofre um acidente. 
Ou, ainda, quando ele vai fazer necessidades fisiológicas e sofre uma lesão. Esse dano sofrido é 
considerado como acidente do trabalho? 
Nesse caso, a lei diz que se o acidente ocorreu no local e horário de trabalho é acidente do trabalho 
típico. Portanto, se o trabalhador está no local de trabalho no horário de descanso e refeição e vier 
a sofrer um acidente, é Acidente do trabalho. 
 Acidente do Trabalho Típico - é aquele acidente que ocorre com o trabalhador no local e 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
horário de trabalho, em razão do serviço executado. 
E, se o acidente ocorreu no restaurante que fica ao lado da Empresa, no horário destinado à 
refeição e ao descanso entre um expediente e outro, também será configurado como Acidente do 
Trabalho? O que você acha? 
A lei não entende isso como acidente do trabalho. 
Agora, você poderia questionar: só é acidente do trabalho aquele em que ocorrer lesão? E esta tem 
que ter acontecido no ambiente (local) e horário de trabalho? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 - Resposta Não 
Fonte:https://encrypted-tbn0.google. 
com/images?q=tbn:ANd 9GcRSOpe27 
LDSksVIS6bvCjsb2EIISBSKvl3jPuYUdtZ
oCwM4QpCT Cg 
Descrição: imagem mostra um 
quadrado na cor preta com a palavra 
escrita NÃO e uma mão que 
demonstra haver escrito esta palavra, 
apresenta a resposta a pergunta 
anterior feita com a palavra NÃO. 
Então vamos ver o que a Lei diz? 
1.4.1 Considera-se acidente do trabalho – Art. 20 da Lei nº 8.213 
1) Doença Profissional 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
Produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar à determinada atividade constante 
da respectiva relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social. 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 – Doença Profissional 
Fonte: http://ts3.mm.bing.net/th?id=H50 
63239319161334&pid=15.1 
Descrição:imagem contém um médico 
segurando na mão direita um raio x de 
tórax de uma pessoa com um 
estetoscópio envolto no pescoço. A figura 
representa um médico analisando 
exames que aferem a doença profissional 
Observe que há necessidade de que seja atestada a doença por médico e de que esta esteja no rol 
de doenças profissionais afixadas pela Previdência Social. 
A doença, normalmente, é decorrente dos riscos ambientais (físicos, químicos, biológicos e 
ergonômicos) e pode ocorrer quando as condições de trabalho que a determinam extrapolam os 
limites toleráveis do corpo humano. Ex. Bissinose (trabalho com algodão), Siderose (limalhas e 
partículas de ferro), Asbestose (amianto, pode adquirir cranco), dermatites. 
 
 
 
 
Saiba Mais 
ASBESTOSE-www.infoescola.com/doencas/asbestose/ 
SIDEROSE- www.infoescola.com/doencas/siderose/ 
BISSINOSE- http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/ 
manual_merck/secao_04/cap_038.html 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
Doença do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 – Doença do Trabalho 
Fonte: http://ts2.mm.bing.net/th?id=H. 
4731350057749053&pid=15.1 
Descrição: imagem tem um boneco 
sentado numa cadeira azul, debruçado 
sobre uma mesa, com a mão esquerda 
segurando um mouse que está sobre 
um pad, a sua mão direita está sobre o 
braço esquerdo, saindo dele 3 raios 
amarelos que sobre eles também tem 3 
estrelas vermelhas e seu olhar para 
cima desolador A figura quer 
representar um trabalhador 
apresentando sintoma de doença do 
trabalho. 
Adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com 
ele se relacione diretamente. Constante na respectiva relação elaborada pelo Ministério da 
Previdência Social. 
Detalhe: A doença do trabalho tem que ter relação direta com as condições especiais em que o 
trabalho é realizado e estar no rol da Previdência. Ex. LER (Lesão por Esforço Repetitivo), Desacusia 
Ocupacional ou PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional), Stress, etc. 
 
 
 
 
 
Saiba Mais sobre Pair 
wwwp.feb.unesp.br/jcandido/acustica/Textos/OS_608.html 
 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
Você poderia então estabelecer a diferença entre Doença Profissional e Doença do Trabalho? 
Tente responder a essa pergunta com suas próprias palavras. É um bom tema para discutirmos no 
chat. Você não acha? Elabore um resumo para que sirva como roteiro para estudo. 
1.4.2 Não é considerado como doença do trabalho – Art. 20, § 1º da Lei nº 8.213 
1) Doença Degenerativa 
São aquelas que provocam algum tipo de alteração no funcionamento do órgão, tecido ou célula do 
corpo humano, podendoaparecer por infecção, tumor, inflamação. Ex. câncer, glaucoma, esclerose, 
doenças cardíacas. 
2) Doença do Grupo Etário 
São aquelas que afetam a determinados grupos conforme sua faixa etária, os que são considerados 
idosos (doenças do trato geriátrico), adulto ou crianças (doenças de trato pediátrico) provocam 
algum tipo de alteração no funcionamento no corpo humano e típico daquele segmento etário. Ex. 
doença de Parkinson e doença de Alzheimer (idosos, algumas podem também ser degenerativas), 
icterícia e cachumba (crianças) . 
3) Doença que não Produza Incapacidade Laborativa 
São aquelas que não chegam a afastar o trabalhador de suas atividades laborais, não provocam 
algum tipo de alteração significativa no funcionamento do corpo humano. Ex: sinusite, gripe, 
resfriado. 
4) Doença Endêmica 
Adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é 
resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Exemplo: a 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
malária pode ser adquirida pelo trabalhador na própria região onde ele habita, pois é uma doença 
endêmica. Para que seja considerada doença do trabalho, faz-se necessária comprovação médica 
determinando causa e efeito com o ambiente laboral. 
Então, o nobre Cursista diria: 
“Assim, o trabalhador que exerce suas funções na região amazônica, propícia à malária, em 
adquirindo esta doença, em geral, não se configura doença do trabalho ou profissional.” 
P E R F E I T O! 
A Lei não reconhece se não for atestado por um médico, declarando causa e efeito com o ambiente 
laboral. 
1.4.3 Equiparam-se ao acidente do trabalho – Art. 21 da Lei nº 8.213 
1) Acidente Ligado ao Trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído 
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, 
ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação. 
NOTE-SE: precisa que o acidente, mesmo não sendo causa única do resultado, tenha contribuído 
diretamente. Ex. O Trabalhador que sofreu um acidente que provocou um corte profundo no braço, 
foi socorrido ao hospital em tempo hábil de reabilitar o membro, contudo passados 30 dias de 
recuperação, retornou ao nosocômio e teve seu braço amputado por uma infecção. 
2) O Acidente Sofrido pelo Segurado no Local e no Horário do Trabalho (Acidente Típico), em 
Consequência de: 
 Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de 
trabalho; 
 Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
trabalho. 
 O que caracteriza esse item é a “disputa relacionada ao trabalho” 
 Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de 
trabalho; 
 Ato de pessoa privada do uso da razão. 
 O que caracteriza é a pessoa agressora estar privada da razão (doido ou incapaz totalmente); 
 Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior. 
Esses eventos, sendo na residência ou qualquer outro local que não seja o de trabalho, não se 
caracterizam nem se equiparam ao acidente de trabalho. 
OBSERVAÇÃO: Se todas essas causas de acidente não forem cometidas contra o trabalhador no 
local de trabalho, e, o mais importante, no horário de trabalho, não haverá acidente do trabalho. 
Continue lendo... 
3) A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade. 
4) Acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho: 
 Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa. 
Nesses casos, o trabalhador realiza serviço determinado pela empresa em local diverso. Exemplo: 
realiza a instalação de antena de recepção e transmissão de dados na residência de um cliente e 
vem a sofrer um acidente. Equipara-se a acidente do trabalho. 
 A prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou 
proporcionar proveito. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
O trabalhador sem determinação da Empresa ou ordem de seu superior realiza serviço, para evitar 
prejuízo à empresa ou para fazer com que ela venha a ter lucro, vem a sofrer acidente. Este é 
equiparado a acidente do trabalho. 
 Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro 
de seus planos para melhorar capacitação da mão de obra, independentemente do meio de 
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
 No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o 
meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
Observe que, se no trajeto tomado do trabalho para a residência e vice-versa, o trabalhador 
desviar-se de sua rota, fazendo, por exemplo, uma parada para atividade diversa (na faculdade, no 
colégio do filho, num restaurante, etc.) e logo após sofrer acidente, este poderá ser considerado por 
alguns juízes como acidente do trabalho equiparado. 
Assim, encontramos mais um tipo de acidente do trabalho, o ACIDENTE DE TRAJETO - aquele em 
que o trabalhador no percurso de deslocamento entre sua residência e o local de trabalho e vice – 
versa, vier a sofrer. 
Caro (a) cursista, não confunda com o acidente que o trabalhador vier a sofrer em locais cuja 
execução de seu trabalho seja dos mais diversos, em face de 
sua função (instalador de antenas de TV ou internet) na casa do cliente, por exemplo. Nesse caso, 
temos um acidente típico. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
1.4.4 Comunicação do acidente - CAT – Art. 22 da Lei nº 8.213 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 - CAT 
Fonte: www.mailerlite.com/data/ 
emails/51343/86520120123232133.
JPG ?8490 
Descrição: a figura mostra uma 
pasta de arquivo semiaberta onde 
se observa vários formulários, na 
frente da pasta inscrita a palavra 
CAT, quer representar a 
Comunicação de Acidente do 
Trabalho – com a palavra CAT. 
Deve ser comunicado pela empresa o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º dia útil 
seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente. 
E se a Empresa não fizer a CAT, você sabe o que acontece? 
Caso a empresa não faça a CAT, sofrerá pena de multa, aumentada nas reincidências. 
O acidentado ou seu dependente deverá receber da Empresa cópia fiel da CAT, assim como o 
sindicato da sua categoria. 
Então, você pode perguntar: 
E se a Empresa não formalizar a CAT, fica por isso mesmo? 
Caso a empresa não formalize o acidente, pode formalizá-lo o próprio acidentado, seu dependente, 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
o sindicato da classe do acidentado, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não 
prevalecendo o prazo previsto de um dia. 
A empresa não se exime de sua responsabilidade pela CAT, quando ela é feita pelos acima citados. 
A Comunicação de Acidente, a princípio, é atribuição do setor de pessoal da Empresa, contudo 
algumas empresas deixam sob a responsabilidade do setor de segurança e medicina do trabalho. 
A CAT é confeccionada em formulário próprio da Previdência e emitida em 06 (seis) vias, sendo: 
1ª via – INSS; 
2ª via – Empresa; 
3ª via – Segurado ou dependente; 
4ª via – Sindicato de classe do trabalhador; 
5ª via – Sistema Único de Saúde – SUS; 
6ª via – Delegacia Regional do Trabalho. 
O Formulário apresenta três campos distintos: 
I – Emitente - contém dados da Empresa, do Trabalhador (segurado) e do acidente. Deve ser 
preenchido pela Empresa ou, na omissão desta, peloSindicato, Autoridade Pública, Segurado ou 
Dependente. 
II – Atestado Médico – preenchido pelo médico, contém dados da lesão com sua caracterização. 
III – INSS – informações próprias do INSS, a quem cabe preencher. 
Quer aprender a preencher uma CAT? 
Vamos lá!!!! 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
NOTE-SE que apenas o campo I você aprenderá, pois os demais são de responsabilidade de 
profissionais específicos ou Órgão próprio. 
Veja o manual de preenchimento, a legislação e o formulário nos sites abaixo: 
 
 
http://www1.previdencia.gov.br/pg_secundarias/paginas_perfis/
perfil_Empregador_10_04-A.asp 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os itens desse campo, que vão do item 01 ao 52, são de fácil entendimento. Contudo, entendemos 
que o item 26 – CBO - possa gerar dúvida. CBO1 é a Classificação Brasileira de Ocupações. Assim, 
para o seu preenchimento, deve ser consultada a tabela para encontrar o código da ocupação do 
trabalhador acidentado. 
 
 . 
 
http://www1.previdencia.gov.br/docs/pdf/PortariaN5051-
de26defevereirode1999.pdf 
 
 
 
http://menta2.dataprev.gov.br/prevfacil/prevform/benef/pg_in
ternet/ifben_visuform.asp?id_form=36 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 9 - formulário do INSS 
 Fonte: http://menta2.dataprev.gov.br/prevfacil/prevform/benef/pg_internet/ifben_visuform.asp?id_form =36 
 Descrição: imagem de um Modelo de formulário de Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
1.4.5 Dia do acidente – Art. 23 da Lei nº 8.213 
O (a) estimado (a) cursista, sabe qual é o dia do acidente? 
Parece fácil, não é? Então, vejamos!!!! 
A lei considera, alternativamente (isto é: pode ser um ou outro) o dia do acidente, no caso de 
doença profissional ou do trabalho: 
 A data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual – É a 
data em que efetivamente e indiscutivelmente o trabalhador sofreu o acidente que o impossibilita, 
pelas características, de laborar. Atestado pela Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT). 
 O dia da segregação compulsória – É a data em que o trabalhador, sem que quisesse a 
ocorrência do fato, é impedido de trabalhar. 
 O dia em que for realizado o diagnóstico – É a data em que a doença foi efetivamente 
comprovada, diagnosticada, por exame indiscutível e específico. 
Dessas datas, considera-se, para a produção dos efeitos legais, a que ocorrer primeiro. 
1.5 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO – NR-7 
Passamos, agora, a conhecer um programa dos mais importantes para a preservação da saúde e da 
vida do trabalhador. 
O PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - tem por objetivo promover e 
preservar a saúde dos trabalhadores, devendo ser elaborado e implantado pela empresa, tomando 
por base o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e o PCMAT (Programa de 
Condições de Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil). 
O (a) cursista naturalmente sabe que este Programa, como todos os demais, tem a característica de 
prevenção de rastreamento e diagnóstico antecipado dos fatores que prejudicam a saúde do 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
trabalhador, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de 
doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde. 
Além disso, no PCMSO, você encontrará exames que são obrigatórios aos empregados, alguns sob 
as expensas do Empregador. 
1.5.1 Exames médicos obrigatórios para as empresas 
1) Admissional - deverão ser realizados antes que o trabalhador assuma suas atividades. 
2) Periódico - de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo discriminados: 
a) Para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o 
desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam 
portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos: 
 A cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo 
médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de 
trabalho; 
 De acordo com a periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os trabalhadores 
expostos a condições hiperbáricas; 
b) Para os demais trabalhadores: 
 Anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de 
idade; 
 A cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos 
de idade. 
3) De retorno ao trabalho - deverão ser realizados obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao 
trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto. 
4) De mudança de função - serão obrigatoriamente realizados antes da data da mudança. Entende-
se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor 
que implique a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da 
mudança. 
5) Demissional - serão obrigatoriamente realizados até a data da homologação da demissão. 
Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 
(duas) vias. A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do empregado, inclusive 
frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. A segunda via do 
ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via. 
Esses exames são determinados pelo grau de risco que a empresa apresenta, conforme os agentes 
de riscos sejam: físico, químico, biológico ou ergonômico. 
A empresa contratante de mão de obra, prestadora de serviços, deve informar à empresa 
contratada acerca dos riscos existentes e auxiliá-la na elaboração e implantação do PCMSO nos 
locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados. 
 
 
 
Você saberia responder o que aconteceria se a Empresa não elaborasse e implantasse o PCMSO? 
Ela certamente poderia ser multada pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e responder 
civilmente por danos e pagar indenizações. Bem, assim o Empregador ou quem responda pela 
 
 
Saiba Mais 
http://meusalario.uol.com.br/main/saude/exames/saiba-o-
que-sao-os-exames-medicos-admissional-e-demissional 
 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
administração poderia ser responsabilizado criminalmente por expor a saúde do trabalhador a 
riscos. 
E o (a) dedicado (a) e aplicado (a) cursista afirmaria: 
“Então, é suficiente o serviço médico para elaborar o PCMSO e implantá-lo.” 
Não. Eu afirmaria isso com certeza, pois nem sempre é suficiente o serviço médico, muito menos a 
simples elaboração do PCMSO, para tornar efetivo um programa de prevenção à saúde do 
trabalhador numa Empresa sem, contudo, implantá-lo e garantir sua efetividade. Um programa da 
importância do PCMSO, às vezes, exige a participação de outros profissionais, de acordo com a 
complexidade do processo de produção e a planta industrial. 
 
 
 
 
 
1.5.2 Das Diretrizes e responsabilidades 
O PCMSO integra o conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos 
trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR´s. Por isso, deverá ser 
planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente osidentificados nas avaliações previstas nas demais NR´s. 
1.5.2.1 Compete ao empregador 
 Garantir a elaboração e efetiva implantação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; 
 Custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; 
 Indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e 
Medicina do Trabalho – SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do 
 
 
Saiba Mais: 
http://meusalario.uol.com.br/main/saude/exames/saiba-o-que-sao-os-
exames-medicos-admissional-e-demissional 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
PCMSO; 
 No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 
4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para 
coordenar o PCMSO, conforme diz o item 7.3.1 da NR-7. 
 Inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de 
outra especialidade para coordenar o PCMSO. 
Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador às empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o 
Quadro 1 da NR 4 (SESMT), com até 25 (vinte e cinto) empregados e aquelas de grau de risco 3 e 4, 
segundo o Quadro 1 da NR 4, com até 10 (dez) empregados. 
As empresas com mais de 25 (vinte e cinco) empregados e até 50 (cinquenta) empregados, 
enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão estar desobrigadas de 
indicar médico coordenador em decorrência de negociação coletiva. 
As empresas com mais de 10 (dez) empregados e com até 20 (vinte) empregados, enquadradas no 
grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão estar desobrigadas de indicar médico do 
trabalho coordenador em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional do órgão 
regional competente em segurança e saúde no trabalho. 
Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, as empresas poderão ter a obrigatoriedade 
de indicação de médico coordenador, quando suas condições representarem potencial de risco 
grave aos trabalhadores. 
Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as 
conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que 
ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO. Os registros deverão ser mantidos 
por período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
1.5.3 Do relatório 
O PCMSO deverá obedecer a um planejamento de atividades, devendo estas serem objeto de 
relatório anual, devendo este discriminar, por setores da empresa, o número e a natureza dos 
exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados 
considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano. 
O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA (Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes) e poderá ser armazenado na forma de arquivo informatizado, desde que este seja 
mantido de modo a proporcionar o imediato acesso por parte do agente da inspeção do trabalho. 
Agora que está ficando craque em programas de redução de riscos e proteção da saúde do 
trabalhador, você seria capaz de estabelecer uma relação mínima entre o PPRA e o PCMSO? 
Nessa relação, você não pode deixar de levar em conta que o PPRA oferece subsídios técnicos para 
a elaboração do PCMSO. 
Perfeito! Legal? 
1.6 Prevenção ao tabagismo no ambiente do trabalho 
O Ministério do Trabalho e Emprego, em conjunto com o Ministério da Saúde, elaboraram uma 
Portaria Interministerial nº 3728 que tem por objetivo preservar a saúde do trabalhador enquanto 
estiver no ambiente laboral. 
A Portaria aludida recomenda às Empresas a adoção de medidas restritivas ao hábito de fumar, 
especialmente em ambientes fechados, de ventilação reduzida ou dotados de condicionamento de 
ar. 
A empresa que implantar medidas de desestímulo ao fumo pode delimitar área para os fumantes. 
Cabe à CIPA promover campanhas educativas demonstrando os efeitos nocivos do tabagismo. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 - Cartaz de combate ao 
tabagismo 
Fonte: http://cipaunoesc.blogspot 
.com.br/2010_08_01_archive.html 
Descrição: a figura mostra um 
cartaz de campanha de combate 
ao tabagismo, onde contém um 
cigarro na vertical com o filtro 
dele para cima, amassado, a cinza 
na parte inferior e as inscrições 
“29 de agosto dia nacional de 
combate ao fumo” e também 
“Ame a vida. Não fume!”. No 
canto superior direito há um 
círculo verde com as inscrições 
“CIPA – SEGURANÇA” 
A LEI N° 9.294/962 no seu art. 2º proíbe o fumo em ambientes de hospitais, cinemas, salas de aulas 
e outros recintos coletivos, sejam eles particulares (privados) ou públicos. Vejamos: 
Art. 2° É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro 
produto fumígero, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público, salvo 
em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento 
conveniente. 
§ 1° Incluem-se nas disposições deste artigo as repartições públicas, os hospitais e postos de 
saúde, as salas de aula, as bibliotecas, os recintos de trabalho coletivo e as salas de teatro e 
cinema. 
§ 2° É vedado o uso dos produtos mencionados no caput nas aeronaves e veículos de 
transporte coletivo, salvo quando transcorrida uma hora de viagem e houver nos referidos 
meios de transporte parte especialmente reservada aos fumantes. 
Observe que só é permitido o uso de fumos em ambientes apropriados, com ventilação e isolados. 
Nos transportes coletivos e aeronaves também é vedado o uso, apenas permitido em local 
específico e reservado. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
Alguns Municípios e Estados do país adotaram as mesmas medidas para bares e restaurantes e 
alguns locais de acesso ao público. 
Para você que fuma: APAGUE ESSA IDEIA!!! 
 
 
 
 
 
Figura 11- Proibição do 
fumo em ambientes parti 
culares ou públicos 
Fonte:https://encrypted-tb 
n2.google.com/images?q=t
bn:ANd9 GcRDfUK31CpTI 
xpqu_226mVT6Wi1tuRKbfu
v10o6U5bzbN-Tts 3RYA 
Descrição: a figura mostra 
a caricatura de um 
trabalhador com um 
cigarro na boca, com um 
símbolo de proibido fumar 
sobre o cigarro e uma 
fumaça intensa saindo do 
cigarro. Quer denotar a 
proibição ao fumo nos 
ambientes de trabalho. 
 
 
 
 Encerramos os conteúdos desta competência. Por isso, gostaria que 
você, agora, assistisse à videoaula e mantivesse bastante atenção à 
atividade semanal e à aula-atividade. Vamos continuar estudando! 
 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
2.Competência 02 | Legislação Relativa à Prevenção de Riscos Ambientais 
Caro (a) cursista (a), nesta unidade, começaremos a identificar as providências legais para a 
prevenção de riscos ambientais. 
Mas, o que são riscos ambientais para você? Já parou para pensar nisso? 
Nós estamos estudando Segurança do Trabalho, portanto, devemos entender “ambiente” aqui 
como o local onde se desenvolvem as atividades produtivas e todo o seu entorno que sofre 
influência e por sua vez, influencia cada processo. 
Muito bem, agora que você já está delimitado no espaço, podemos conhecer mais um pouco os 
riscos presentes em alguns ambientes de trabalho. 
2.1 Artigos da CFB e CLT relativos aos riscos ambientais 
A CFB/88 em seu art. 200, incisos II e VIII, afirma competir ao Sistema Único de Saúde (SUS) a 
execução das ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as ações de saúde do 
trabalhador. Adverte, ainda, que o SUS deve colaborar com a proteção do meio ambiente,compreendendo o ambiente laboral. 
No art. 225, a Carta Magna consagra o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
primordial à qualidade de vida sadia. Assim, o meio ambiente do trabalho encontra proteção 
jurídica no inciso V do §1º. Esse dispositivo constitucional diz: 
§1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: 
(...) 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente; 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
Então, não há qualquer margem de dúvida de que a saúde do trabalhador e o meio ambiente 
laboral, na Constituição vigente, são levados à condição de direito social, de natureza 
constitucional, face ao que dispõem os arts. 6º e 7º inciso XXII, assim como os arts. 196 a 200 e o 
art. 225, &1º, inc. V da CFB/88. 
Impõe-se ao Empregador o cumprimento dessas normas jurídicas cuja prescrição se dá pelos arts. 
154 a 201 da CLT e pelas NR’s respectivas, que tratam das normas regulamentares relativas à 
segurança e à medicina do trabalho urbano e rural. Todavia, a efetividade do direito exige atuação 
firme do Poder Público, no sentido de exigir e fiscalizar o que determina a lei. 
O Brasil ratificou diversas Convenções Internacionais relativas à proteção do trabalhador, que 
estabelecem a obrigatoriedade de adoção de uma política nacional, voltada à segurança e à saúde 
do trabalhador e do meio ambiente laboral, visando prevenir acidentes e danos à saúde, 
decorrentes do exercício do trabalho, buscando minimizar os riscos ambientais inerentes à 
atividade laboral. 
As convenções ratificadas recomendam que devam ser implantadas e inclusas, a nível nacional, 
questões de segurança, higiene e meio ambiente de trabalho, em todos os níveis de ensino e 
treinamento. 
Quanto à empresa, deve obrigar-se a exigir dos empregadores todas as medidas garantidoras, para 
manter o local de trabalho higiênico e seguro, bem como garantir a segurança na operação do 
maquinário e equipamentos utilizados ou sob sua supervisão. 
O art. 200, inciso VII da CFB/88, fala da proteção à saúde que se estende ao meio ambiente de 
trabalho. Vejamos: 
“Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.” 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Por outro lado, o descaso com o meio ambiente de trabalho, através da violação das normas 
supracitadas, pode caracterizar-se como infração penal, conforme os arts. 14 e 15 da Lei 6.938/81 e 
arts. 14 a 17 da Lei 7.802/89. 
Em resumo, isso quer dizer que o não cumprimento das obrigações constitucionais de proteção do 
meio ambiente laboral, pode resultar em responsabilidade penal e o gestor, descumpridor, pode 
receber punição penal (prisão, detenção, multa). 
Assim, o não cumprimento das normas trabalhistas de medicina e segurança no trabalho representa 
um dano ao meio ambiente de trabalho. Já a redução dos riscos ambientais, utilizando-se de 
normas de saúde, higiene e segurança caracteriza o respeito e a garantia do direito social dos 
trabalhadores urbanos e rurais, em consonância com o descrito no inciso XXII do art. 7° da Magna 
Carta e obrigação do empregador face aos art. 154 e seguintes da CLT. 
2.2 Conceito e tipos de riscos ambientais 
2.2.1 Conceito 
São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e 
acidentes mecânicos que possam trazer ou ocasionar danos à saúde do trabalhador nos ambientes 
de trabalho, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição ao 
agente. 
Mas quais são esses agentes? Você sabe? 
2.2.2 Tipos de riscos 
a) Riscos Físicos - São aqueles gerados por máquinas e condições físicas do local de trabalho, que 
podem causar danos à saúde do trabalhador, tais como: ruídos, vibrações, radiações ionizantes ou 
não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
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b) Riscos Químicos - São aqueles representados pelas substâncias químicas, seja nas formas líquida, 
sólida e gasosa e que, ao serem absorvidas pelo organismo, podem produzir reações tóxicas e danos 
à saúde, tais como: poeiras minerais, poeiras vegetais, poeiras alcalinas, fumos metálicos, névoas, 
neblinas, gases, vapores e produtos químicos diversos. 
c) Riscos Biológicos - São aqueles causados por micro-organismos, capazes de desencadear doenças 
devido à contaminação e pela própria natureza do trabalho, tais como: bactérias, fungos, vírus e 
outros. 
d) Riscos Ergonômicos - Esses riscos são os relacionados ao conforto ambiental, às condições de 
ergonomia, determinantes da adaptabilidade que os ambientes de trabalho devem manter em 
relação ao homem, oferecendo-lhe bem estar físico e psicológico. 
Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores humanos do tipo externos (o ambiente) e 
internos (o plano emocional). Em síntese, é quando há disfunção entre o indivíduo e seu posto de 
trabalho. Caracteriza esse risco a monotonia, as posturas incorretas, o ritmo de trabalho intenso, a 
fadiga, a preocupação anômala, os trabalhos físicos pesados e os esforços repetitivos. 
e) Riscos Mecânicos ou de Acidentes – São aqueles que ocorrem em função das condições físicas 
(do ambiente físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a 
integridade física do trabalhador. 
Caracteriza esse risco o arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, 
ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de 
incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos e ausência de sinalização. 
2.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA – NR-9 
Como já estudamos os riscos, você sabe perfeitamente identificá-los. Portanto, está na hora de 
compreender um programa de prevenção a esses riscos. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Iremos, agora, entender quais são as atividades que devem ser desenvolvidas e quem é responsável 
por cada etapa, principalmente as responsabilidades do Técnico de Segurança do Trabalho. 
Então, vamos lá? 
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) está regulamentado pela Norma 
Regulamentadora 9 (NR- 9) e tem por objetivo estabelecer uma metodologia de ação que garanta a 
preservação da saúde e integridade dos trabalhadores frente aos riscos dos ambientes de trabalho, 
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da ocorrência de riscos ambientais, 
como forma de proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Riscos estes provenientes de 
agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos ou mecânicos, que variam no ambiente laboral 
conforme a sua intensidade ou concentração e tempo de exposição do trabalhador. 
A NR-9 tornou o PPRA obrigatório nas empresas, inclusive instituições de ensino, independente do 
número de empregados ou do grau de risco de suas atividades, prevendo sua articulação com o 
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional - PCMSO, possibilitando a relação da doença às 
condições de trabalho. 
2.3.1 Estrutura mínima de um PPRA 
Segundo a NR-9, um PPRA deve apresentar minimamente a seguinte estrutura: 
1) Planejamento anual constando metas, prioridades e cronograma; 
2) Estratégia e metodologia de ação; 
3) Forma de registro, manutenção e divulgação dos dados; 
4) Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. 
Na Empresa, deve existir um documento-base contendo todos os aspectos da estrutura mínima 
para um PPRA, que deve ser apresentado e discutido naComissão Interna de Prevenção de 
Acidentes (CIPA), se houver, sendo anexada cópia em livro ata para que permaneça acessível à 
fiscalização. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A NR-9 prevê que deve ser analisada integralmente pelo menos uma vez ao ano. Mas para que isso, 
você sabe? 
Para avaliar o desenvolvimento do PPRA, indicar os ajustes necessários e definir as novas metas e 
prioridades. 
Você sabe como se desenvolve um PPRA? Não? Então, vejamos. 
2.3.2 Desenvolvimento do PPRA 
O PPRA se desenvolve em etapas, que adiante veremos. 
2.3.2.1 Antecipação e reconhecimento dos riscos 
 Visa identificar riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou 
eliminação. 
 Reconhecer, identificar, determinar e localizar as possíveis fontes geradoras de riscos; 
 Identificar as trajetórias e meios de propagação dos agentes, os possíveis danos relacionados 
aos riscos identificados e a descrição das medidas de controle já existentes; 
 Estabelecer prioridades e metas de avaliação e controle. 
E você sabe para que serve essa etapa? 
Serve, basicamente, para identificar, reconhecer e localizar os riscos que cada ambiente de trabalho 
possui, classificando-o conforme o tipo (físico, químico, biológico, etc.). 
2.3.2.2 Avaliação dos riscos e exposição dos trabalhadores 
A avaliação será quantitativa e qualitativa e será realizada, se necessário, para comprovar o controle 
de exposição ou a inexistência de riscos identificados na etapa anterior (de reconhecimento), assim 
como objetiva mensurar a exposição dos trabalhadores ou, ainda, sugerir medidas de controle. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Você começa a perceber que uma etapa é complemento da anterior e tem uma lógica, não é 
verdade? 
Perceba a próxima etapa, as fases das medidas e providências. 
2.3.2.3 Medidas de controle e avaliação de sua eficácia 
Após identificar e reconhecer os riscos, fazer a mensuração quantitativa e qualitativa deles e sugerir 
medidas para eliminar ou reduzir a exposição do trabalhador. 
E o que fazer com esses dados? 
É a hora das medidas de controle que devem ser suficientes para eliminar, minimizar ou controlar 
os riscos ambientais nas situações de identificação de risco potencial à saúde (fase de antecipação), 
risco evidente à saúde (fase de reconhecimento) ou quando os resultados das avaliações 
quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores limites previstos em Norma. 
2.3.2.4 Medidas de proteção coletiva e individual 
Têm por finalidade eliminar ou reduzir: 
 O uso ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; 
 Prevenir a liberação ou disseminação desses agentes; 
 Reduzir os níveis ou sua concentração no ambiente de trabalho. 
Essas medidas precisam ser acompanhadas de treinamento dos trabalhadores para que conheçam 
os procedimentos que garantam a eficiência e informações sobre as limitações oferecidas. 
Na inviabilidade de adoção de medidas de proteção coletiva devem ser tomadas medidas de caráter 
administrativo ou de organização do trabalho ou ainda a utilização de Equipamento de Proteção 
Individual (EPI). 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os EPIs devem ser adequados tecnicamente ao risco exposto pelo trabalhador, ao equipamento 
usado numa atividade/operação e à exposição a determinados agentes de risco, levando-se em 
conta a eficiência para o controle da exposição ao risco e o conforto do usuário. 
2.3.2.5 Monitoramento da exposição aos riscos 
Note, prezado (a) cursista, que as etapas já vistas necessitam de todo e qualquer programa de 
monitoramento e acompanhamento através de uma avaliação sistemática e repetida de exposição 
a um risco conhecido e monitorado. 
Você ao certo se pergunta: Para que essa coisa de avaliação? Isso não seria um retrabalho? 
Não pense dessa forma. A avaliação sistêmica visa introduzir ou modificar as medidas de controle e 
garantir uma permanente melhora dos procedimentos. 
Mas não terminaram aqui as etapas. Veja agora a que reconhecemos como muito importante. 
2.3.2.6 Registro e divulgaç ão dos dados 
A Empresa deve ter catalogado todo histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA 
e as informações mantidas por período mínimo de 20 (vinte) anos, sendo acessíveis aos 
trabalhadores, seus representantes e autoridades competentes. 
Você saberia dizer qual a importância dessa etapa? Ou seja, os dados registrados e divulgados 
objetivam o quê? 
2.3.3 Competência para ela borar o PPRA 
A elaboração, implantação e avaliação do PPRA podem ser feitas por qualquer pessoa ou equipe de 
pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto na NR-9. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Será que o TST tem competência para elaborar o PPRA da empresa em que trabalha? 
Você parou para pensar sobre sua responsabilidade enquanto um TST de uma indústria de vidros, 
onde há diversos setores, desde o administrativo até o de expedição, passando, sem dúvida, pelo 
processo de produção dos artefatos de vidros onde há riscos iminentes de acidentes por presença 
de riscos químicos, ergonômicos, físicos, mecânicos ou de acidente? 
É obrigação sim e de responsabilidade do TST identificar os riscos ambientais e assim contribuir com 
a elaboração, contudo não é sua a atribuição de confeccionar o PPRA. 
O empregador deve estabelecer estratégias e metodologias a serem utilizadas no desenvolvimento 
das ações, assim como a forma de registro, manutenção e divulgação dos dados obtidos no 
desenvolvimento do programa. 
2.3.4 Responsabilidades do empregador e dos trabalhadores 
2.3.4.1 Empregador 
 Estabelecer, implantar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da 
Empresa. 
2.3.4.2 Trabalhador 
 Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; 
 Seguir as orientações recebidas nos treinamentos; 
 Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam 
implicar riscos à saúde dos trabalhadores. 
Você ao certo diria: 
Então, professor, o PPRA é um programa de planejamento, implantação de comportamento 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
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preventivo e medidas protetoras, em face dos riscos ambientais que o processo produtivo de uma 
empresa apresenta! 
Este orgulhoso professor, responderia: 
Maravilha, você entendeu mesmo. É exatamente isso!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Encerramos os conteúdos desta segunda competência. Por isso, 
gostaria que você, agora, assistisse à videoaula e mantivesse bastante 
atenção à atividade semanal e à aula-atividade. Vamos continuar 
estudando! 
 
 
 
Sugiro que você assista a um vídeo bem interessante, disponível no 
link: www.youtube.com/watch?v=G3YyuUFAFp4. Existem outros 
 da mesma série que você poderá ver no mesmo site. 
 
 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Competência 03 | Legislação Relativa à Periculosidade e Insalubridade 
3.1 Conceito - CFB e CLT sobre insalubridade e periculosidade 
A CFB garante ao trabalhador pelo art. 7º, inciso XXIII, um adicional (acréscimo) no salário para 
aqueles que exercem atividades penosas, insalubres e perigosas. 
3.1.1 Insalubridade 
O Art. 189 da CLT considera atividades ou condições insalubres aquelas que expõem o trabalhador a 
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da 
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. 
Cabe ao MTE normatizar os critérios para caracterização da insalubridade, os limites de tolerância 
aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado aos 
agentesde risco. O exercício de trabalho insalubre assegura ao trabalhador a percepção de 
adicional, incidente sobre o salário profissional do trabalhador, equivalente a: 
 40% - quando a insalubridade é caracterizada em grau máximo; 
 20% - quando a insalubridade é caracterizada em grau médio; 
 10% - quando a insalubridade é caracterizada em grau mínimo. 
O direito à percepção de insalubridade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que 
deram causa à sua concessão, de acordo com o laudo pericial. Contudo, o simples fornecimento de 
aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional. Assim, cabe-lhe 
tomar medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais estão as 
relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. 
Portanto, o caráter intermitente da exposição não afasta o direito à percepção ao adicional. 
Você deve estar se perguntando: E como deve ser a eliminação ou a neutralização da insalubridade? 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O art. 191 da CLT apresenta duas situações que, ao ocorrerem, são consideradas como eliminação 
ou neutralização. São elas: 
 Adoção de medidas que mantenham o local de trabalho dentro dos limites de tolerância de 
risco; 
 Utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) que reduzam a intensidade da 
agressão do agente de risco sobre o trabalhador e o coloque dentro do limite de tolerância. 
Limite de Tolerância, o que é isso? 
Vamos pensar? 
Os produtos químicos e as situações físicas atuam sobre o corpo humano levando-o, após 
extrapolar o ponto de suportabilidade orgânica, a reagir em forma de doenças (intoxicações, 
debilidades e disfunção de órgão, etc.) ou fadiga (indisposição, cansaço, etc.). 
Estudos mostram que existem limites de exposição do corpo humano a produtos e situações e 
levaram à ideia de LIMITE DE TOLERÂNCIA ou suportabilidade. Esse LIMITE é a condição mínima ou 
máxima a que o ser humano pode submeter-se sem que lhe afete a saúde. 
3.1.2 Periculosidade 
O art. 193 da CLT considera atividades ou condições perigosas aquelas que podem atingir a 
integridade física do trabalhador de maneira abrupta (por sua natureza) ou métodos de trabalho 
que resultem em contato permanente com inflamáveis ou explosivos sob risco acentuado (na forma 
da regulamentação do MTE), além do trabalho desenvolvido no setor de energia elétrica (Lei n º 
7.369/85) e atividades desenvolvidas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas (Portaria 
nº 3.393 de 17/12/83). 
Os trabalhadores que exercem seu trabalho em condições de periculosidade têm direito de receber 
adicional de periculosidade na ordem de 30% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
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gratificações prêmios ou participações nos lucros da empresa. 
O direito ao adicional será devido integralmente e, independentemente da exposição ao risco, ser 
permanente ou intermitente às condições de risco inflamáveis, explosivos ou elétricos. 
Os adicionais de insalubridade e periculosidade não se incorporam aos proventos de aposentadoria 
e ao exercício do cargo em atividades insalubres ou perigosas; também não reduzem o tempo de 
serviço para a aposentadoria. 
3.1.3 Caracterização - Laudo Técnico-Pericial de Insalubridade/ Periculosidade 
O Laudo Técnico-Pericial tem por objetivo identificar e classificar as atividades insalubres ou 
perigosas no ambiente de trabalho, manifestando-se pelo pagamento ou não do adicional 
correspondente. 
Esse laudo não compõe o PPRA, porém não há qualquer empecilho para que seja elaborado no 
mesmo documento. O art. 195 da CLT exige que o laudo seja executado por Engenheiro de 
Segurança ou Médico do Trabalho, com registro no MTE, sendo indispensável comprovação das 
atividades e condições insalubres e/ou perigosas do trabalho. 
Então você dirá: 
“A comprovação e caracterização da insalubridade, assim como da periculosidade necessitam e 
dependem de perícia, realizada por médico ou engenheiro do trabalho, devidamente credenciado 
junto ao MTE”. 
P e r f e i t o, dedicado (a) cursista!!! 
3.2 Atividades e operações de insalubridade - NR-15 
As atividades insalubres estão contidas nos anexos da Norma e são considerados os agentes: Ruído 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
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contínuo ou permanente; Ruído de Impacto; Tolerância para Exposição ao Calor; Radiações 
Ionizantes; Trabalhos sob condições hiperbáricas; Agentes Químicos e Poeiras Minerais. 
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau 
mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa. 
A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional 
respectivo. 
A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial por 
órgão competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador. 
3.3 Atividades e operações perigosas - NR-16 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 – Atividades e Operações Perigosas 
Fonte: https://encrypted-tbn3.google.com/images?q=tbn: 
ANd9GcS1fo47h2gaVq52mdeqHkKOAbWIGSyUbnUlIfQwmS 
2TuAUNfirZEQ 
Descrição: A figura mostra 12 bananas de dinamite 
amarradas por uma fita adesiva amarela formando um 
pacote com um pavio acesso queimando na direção do 
explosivo e quer demonstrar atividade e operações 
perigosas. 
Também consideradas quando ocorrem além dos limites de tolerância. São as atividades perigosas, 
aquelas ligadas a Explosivos, Inflamáveis e Energia Elétrica. 
O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
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adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de 
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. 
São consideradas atividades ou operações perigosas as executadas com explosivos sujeitos: 
a) à degradação química ou autocatalítica; 
b) à ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, 
choque e atritos. 
As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames 
e a granel, são consideradas em condições de periculosidade, exceto para o transporte em 
pequenas quantidades: até o limite de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 
(cento e trinta e cinco) quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos. 
Aí você fica pensando: Será que o tanque do meu carro quando está cheio de combustível é 
considerado transporte de inflamável líquido? 
Não, pois a norma desconsidera o tanque de combustível próprio do veículo como carga perigosa 
em transporte, ou seja, as quantidades de inflamáveis contidas nos tanques de consumo próprio 
dos veículos não são consideradas para efeito dessa Norma. 
Mas, você sabe o que é líquido combustível? 
A NR considera líquido combustível todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 
70ºC (setenta graus centígrados) e inferior a 93,3ºC (noventa e três graus e três décimos de graus 
centígrados). 
A NR ainda determina que o Empregador responsabilize-se em delimitar todas as áreas de risco 
previstas. 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 50 
 
 
 
 
 
Além de assistir à videoaula e ter atenção à atividade semanal, leia 
mais em: 
www.guiatrabalhista.com.br/guia/insalubridade.htm., 
 
 
 
 
 
 
 
 
Encerramos os conteúdos desta terceira competência. Por isso, 
gostaria que você, agora, assistisse à videoaula e mantivesse bastante 
atenção à atividade semanal e à aula-atividade.

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