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Emergência e Urgência

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA – EMERGÊNCIA E URGÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAROLINE MINETO 
2017 
Emergência e Urgência 
Define-se por urgência a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo 
portador necessita de assistência médica imediata. 
- Define-se por emergência a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco 
iminente de morte ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.1 
CLASSIFICAÇÃO ASA (AMERICAN SOCIETY OF ANESTHESIOLOGY) 
I - Paciente sadio; 
II - Leve doença sistêmica - sem limitação funcional; 
III - Grave doença sistêmica - com limitação funcional; 
IV - Doença sistêmica com ameaça constante à vida; 
V - Paciente moribundo - improvável sobreviver 24 horas; 
Pelo exame clinico e preparação do paciente para a anestesia, o anestesista pode realizar um planejamento 
anestésico; por isso é importante o classificar o animal segundo os seus parâmetros para que assim possa 
saber o que e como agir durante uma emergência ou urgência. 
Realize um exame breve, mas completo e sistemático, de todo animal, considerando o ABC [ airway (via 
aérea); breathing (respiração); circulation (circulação)] mais importantes para qualquer paciente 
emergencial. 
 ABC 
 A = Via aérea 
Há patência de vias aéreas? Puxe a língua do paciente para fora e remova qualquer material que esteja 
obstruindo a via aérea. Talvez seja necessário realizar sucção e utilizar um laringoscópio. Realize a 
intubação ou coloque uma fonte de oxigênio transtraqueal caso haja necessidade de suplementação de 
oxigênio. A traqueostomia de emergência poderá ser necessária na ocorrência de obstrução de via aérea 
superior que não possa ser solucionada imediatamente com os procedimentos anteriores. 
O primeiro a se fazer em casos de uma emergência é viabilizar via aérea, porque caso o animal fique privado 
do oxigênio um mínimo de tempo pode acarretar danos irreversíveis para os tecidos, e pode causar sequelas 
que refletiram para toda a vida do animal se não leva-lo a morte. 
B = Respiração 
O animal está respirando? Caso o animal não esteja respirando, intube a traqueia imediatamente e inicie a 
ventilação artificial com uma fonte de suplementação de oxigênio. Se o animal estiver respirando, observar 
quais são a frequência e o padrão respiratórios; a frequência respiratória está normal, aumentada ou 
diminuída; o padrão respiratório está normal ou a respiração está rápida e superficial ou lenta e profunda 
com dificuldade inspiratória; Os ruídos respiratórios estão normais ou há um estridor agudo alto na 
inspiração, característico de uma obstrução em via aérea superior; 
Caso o animal esteja respirando, mantê-lo em posição agradável para facilitar os movimentos respiratórios 
devemos fazer a monitoração dessa respiração constantemente, observar se está uniforme e como esta a 
amplitude respiratória ou se tem alguma alteração, caso tenha é preciso agir rápido, e sempre ficar de olho 
nas mucosas se houve alguma mudança na coloração que isso está intrinsecamente ligado com a oxigenação 
dos tecidos. 
 
1 Disponível em:< http://www.hnsc.org.br/perguntas-frequentes/90 > Acesso em: 08 de agosto de 2016; 
C = Circulação 
Qual é a condição circulatória do paciente; Qual é a condição da frequência e ritmo cardíaco; conseguimos 
ouvir o coração, ou ele está abafado por causa de hipovolemia, efusão pleural ou pericárdica, pneumotórax 
ou hérnia diafragmática; palpe o pulso. A qualidade do pulso está forte e regular ou há pulsos filiformes e 
irregulares; Qual é o ritmo do eletrocardiograma (ECG) e o valor da pressão arterial (PA) do paciente; 
Não menos importante que os outros quesitos, devemos sempre ter uma acesso venoso caso precise de 
alguma intervenção medicamentosa, isto é, é um acesso rápido em casos de emergência que necessite o uso 
de fármacos para controlar a situação. 
Emergências respiratórias 
Apnéia ou hipoventilação: é decorrente da hiperventilação, administração de bloqueadores neuromusculares, 
hipercapnia (presença de doses excessivas de dióxido de carbono no sangue) doses elevadas de 
tiobarbitúrico e plano anestésico profundo. 
Na hiperventilação primária, a PaCO2 esta baixa devido á maior eliminação de CO2 e acaba elevando o ph 
sanguíneo com aumento ou não do bicarbonato (alcalose respiratória); Na hiperventilação, reduz o excesso 
de O2 gradativamente até notar o início da respiração abdominal. Quando se administram bloqueadores 
neuromusculares, o diagnóstico diferencial é feito através do estimulador de nervos (bloqueio periférico). 
Quando ocorre hipercapnia é devido a ventilação alveolar insuficiente, falta de homogeneidade entre 
ventilação e perfusão, ar inspirado rico em CO2 ou sobredose anestésica. 
Não é recomendado hiperventilar o animal, pois poderá ocorrer nova apnéia por hiperventilação (PaCO2 
baixa e PaCO2 alta). E apnéia pelo aprofundamento anestésico, geralmente pela falta de atenção do 
anestesista, basta “fechar” o agente anestésico inalatório e ventilar o paciente apenas com O2 puro, até o 
paciente superficializar. 
Bradipnéia: geralmente ocorre decorrente de plano profundo anestésico e pode ser corrigida 
superficializando o plano e fazendo ligeira hiperventilação com O2 puro. 
Taquipnéia ou polipnéia: quando o plano anestésico superficial sem analgesia o suficiente, ação do fármaco 
anestésico, especialmente de ação simpatomimética (quetamina) e estimulante do SNC, sensibilização dos 
receptores de elasticidade pulmonar por anestésicos administrados em grande quantidade e rapidamente, 
sendo corrigido aplicando meperidina (1 mg/kg IV); acidose respiratória (PaCO2 alta e pH baixo); 
hipoventilação seguida de hipoxia. 
Dispnéia: pode ocorrer o ato anestésico quando se coloca a sonda esofágica erroneamente; 
 
 
 
 
 
 
 
MIORRELAXANTES DE AÇÃO CENTRAL 
Nesta classe de fármacos, incluem-se os medicamentos capazes de produzir relaxamento muscular por ação 
a nível meduloespinhal. Esses agentes em geral são empregados na terapêutica da espasticidade muscular ou 
em espasmos musculares agudos pós-traumas, sendo miorrelaxantes auxiliares em reduções de fraturas, ou 
até para simples contenções farmacológicas. A grande vantagem de certos fármacos incluídos nesta 
classificação farmacológica é a de que, além dessa atividade básica, elas apresentam outras características, 
como, por exemplo, analgesia, ação anticonvulsivante, tranqüilizante, como serão detalhadas ao se 
estudarem os fármacos isoladamente. Dentro desse grupo farmacológico, os fármacos mais importantes são 
descritos a seguir. 
Benzodiazepínicos Em anestesiologia, as benzodiazepinas são empregadas não só pela sua ação 
miorrelaxante, como também pelas suas qualidades ansiolíticas e anticonvulsivantes, razão pela qual foram 
incluídas especificamente no Cap. 2. 
Éter gliceril-guaiacólico (GUAIFENESIN, MY301, GUAIAMAR, GECOLATE) Propriedades f ÍSÍCO-
químicaS. 
Existe sob a forma de pequenos prismas rombóides, cujo ponto de fusão situa-se aos 78,5 a 79°C. Um grama 
é solúvel em 20 ml de água a 25°C. Solúvel em glicerol e propilenoglicol, mas insolúvel em éter de petróleo. 
Sua fórmula molecular é C|0H14O4 e seu peso molecular é de 198,21. 
Propriedades farmacológicas. 
O éter (ECG) é um miorrelaxante da musculatura estriada, de ação central, causando depressão seletiva do 
impulso nervoso nos neurônios internunciais, medula espinhal, tronco cerebral e regiões subcorticaisdo 
encéfalo (Davis e Wolff, 1970), sem interferir, entretanto, a nível de diafragma. Na mecânica respiratória, 
pode influir reduzindo o volume corrente, aumentando, porém, a freqüência respiratória e estabilizando, 
assim, o volume-minuto. O miorrelaxamento causado pode permitir, dependendo da intensidade de ação e 
da dose empregada, a intubação endotraqueal, fazendo com que o fármaco se torne um agente indutor para a 
anestesia geral inalatória. Quando aplicado rapidamente, pode causar queda discreta da pressão arterial, que 
é insignificante quando comparada com a ação das fenotiazinas ou tiopental, estas por sinal compatíveis com 
o ECG. Nas diferentes espécies, a que mais se adapta ao uso do ECG é a eqüina e as doses mais comumente 
usadas variam de 50 a 100 mg/kg em soluções a 5 ou, no máximo, 10%, pois concentrações superiores 
podem causar hemólise intravascular (Fritsch, 1965). As doses comumente empregadas na prática são de 
100 mg/kg em solução a 10%, exclusivamente por via intravenosa, pois, se injetada no compartimento 
extravascular, pode causar necrose. Se isso ocorrer acidentalmente, deve-se injetar, imediatamente, solução 
fisiológica, com o fito de diluir a solução. 
Propriedades fíSÍCO-químicas. Sob a forma de cloridrato de Xilazina, o ponto de fusão desse fármaco dá-se 
aos 164 a 167°C. Sua fórmula molecular é C12H16N2SHCL e seu peso molecular de 256,8. É composta de 
cristais incolores de sabor amargo, solúveis em metanol e água, mas insolúveis em éter e clorofórmio. A 
solução a 2% contém 23,32 mg de cloridrato de Xilazina, que correspondem a 20 mg da base. O produto 
deve ser guardado em lugar seco e, caso haja formação de precipitados, estes não influem na potência do 
fármaco. Aceita desidratação em estufa a 70°C (Novaes, 1982). Propriedades farmacológicas. Apesar de 
exercer latividades analgésica e sedante, a Xilazina se caracteriza por sua ação acentuadamente 
miorrelaxante a nível central, sendo usada em grande escala para a contenção farmacológica em animais 
silvestres. A DL50 em ratos via IV é de 43 mg/kg e subcutânea de 121 mg/kg. Produz um estado de 
sonolência, acompanhado de moderada ação analgésica nas diferentes espécies animais, sendo pouco eficaz 
em suínos. Em bovinos^riõ~período de latência, quando o fármaco é aplicado por via intramuscular 
profunda, o efeito pode ser interrompido por estímulos externos^Em cães, exerce ação 
parassimpatomimética que produz arritmia sinusal e ãtéT>Toqueio atrioventricular de segundo grau (Figs. 
12.3 e 12.4), com bradicardia acentuada podendo ser antagonizada com a ação prévia da atropina. Ação 
SObre O Sistema respiratório. Apresenta ligeira queda da freqüência respiratória e do volume corrente. 
Ações Sobre o Sistema nervoso central. 
 A única característica que não permite classificar categoricamente a Xilazina como fármaco 
neuroleptoanalgésico é a de que ela apresenta, segundo alguns pesquisadores, um estado denominado de 
hipnótico-sedativo, o que pode ser contestado face à presença do reflexo palpebral, levando mais a crer que 
ocorra um estado de "desligamento". Por outro lado, deve-se levar em consideração o acentuado grau de 
miorrelaxamento de ação central. 
Ação Sobre o sistema cardiovascular. 
 Ocorre jqjuedatransitória ejnoderada da pressão arterial, precedida de elevação de curta duração com 
diminuição da freqüência cardíaca, o que a torna desaconselhável em pacientes de alto risco. Ação SObre a 
musculatura. Na musculatura esquelética, causa relaxamento por ação central, o que permite boas 
manipulações. Quanto à musculatura lisa, reduz o tônus intestinal (intestino grosso), evitando a emissão de 
fezes. Temperatura. Inicialmente, ócorre^levação^de até 1°C, tendendo à normalidade decorridas 
aproximadamente três horas da aplicação. Comportamento dO animal. Após aplicação por via 
intramuscular, ocorre um período de latência de quatro a cinco minutos em cães e gatos, com prostração 
suave sem maiores complicações. Em bovinos, no período de latência, que é de sete a 12 minutos, devem ser 
evitados os ruídos, estímulos táteis ou luminosos, pois poderão interferir sobremodo, não ocorrendo, 
inclusive, o período hábil de NLA. A alteração do comportamento em bovinos se traduz por abaixamento da 
língua (protrusão), dos lábios, ptose palpebral, salivarãoabundante, emissão de mugidos, movimentos 
constantes de orelhas e cauda, acomodação em decúbito esternal e, posteriormente, em decúbito lateral. 
Doses Em gatos: 0,5 a 0,8 mg/kg, não se recomendando excedê-las, devido à recuperação tardia e à 
acentuada depressão. Em cães: 1 mg/kg. 
Em bovinos e pequenos ruminantes, as doses seguem o seguinte esquema: 
1) 0,25 ml/100 kg (5 mg/100 ou 0,05 mg/kg): Sedação ligeira, relaxamento muscular, analgesia moderada 
(radiografias, manipulações); 
2) 0,50 ml/100 kg (10 mg/100 ou 0,10 mg/kg): Sedação média, relaxamento muscular (suturas superficiais, 
argolamento, incisão de abscessos); 
3) 1,0 ml/100 kg (20 mg/100 ou 0,20 mg/kg): Sedação intensa, relaxamento muscular, analgesia intensa e 
anestesia (intervenções cirúrgicas); 
4) 1,5 ml/100 kg (30 mg/100 ou 0,30 mg/kg): Sedação forte, relaxamento muscular intenso e prolongado, 
com analgesia e anestesia (intervenções cirúrgicas).

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