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CCJ0013-WL-D-AMMA-13-Modalidades das Obrigações V-01

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DIREITO CIVIL II
Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann
AULA 13
MODALIDADES DAS 
OBRIGAÇÕES V
AULA 13
CONTEÚDO DE NOSSA AULA
1. Obrigação solidária
1.1. Distinção entre a obrigação solidária e a indivisível
1.2. Riscos e responsabilidade
1.3. Vantagens
1.4. Conseqüências
1.5. Renúncia
1.6. Inadimplemento
CASO CONCRETO 1
Quatro amigos fazem planos para passar as férias de 20 dias 
num resort paradisíaco localizado numa praia particular, no 
Caribe, mas como nenhum dos quatro tem dinheiro 
suficiente para tornar o sonho realiadade, resolvem fazer 
um empréstimo como o Dr. Eugenio, famoso empresário 
local. Assim, lá se vão Antonio, Bruno, Carlos e Daniel 
passear, depois de os quatro terem assinado a nota 
promissória de 40 mil reais a favor de Dr. Eugenio, que irá 
vencer em 90 dias. Findo este prazo e preocupado em 
honrar o compromisso, Antonio procura Dr. Eugenio e salda 
a totalidade da dívida.
Pergunta-se:
a) Como a dívida foi assumida pelos quatro amigos, pode o 
credor aceitar o pagamento total realizado somente por 
um dos devedores?
b) Antonio poderá cobrar dos amigos co-devedores a cota 
de cada um deles exigindo a mesma solidariedade 
existente em relação à dívida com o Dr. Eugenio?
CASO CONCRETO 2
Quando souberam da dífícil situação financeira de Haroldinho, 
seus melhores amigos Ricardo e Carlito resolveram juntar uma 
grana e emprestaram 10 mil reais a Haroldinho optando por 
uma obrigação solidária ativa.
Na data aprazada Haroldinho procurou Carlito e devolveu a ele o 
dinheiro emprestado sem que Ricardo tomasse conhecimento 
de nada e sem sua autorização para que fosse Carlito a 
receber o pagamento. Até porque Ricardo e Haroldinho sabem 
que Carlito nunca foi muito responsável quando o negócio é 
dinehiro
Ocorre que Carlito sumiu com todo o dinheiro. Duas semanas 
depois, Ricardo procura Haroldinho exigindo que ele pague 
sua cota-parte da dívida, alegando ter sido lesando por Carlito 
e que a dívida era contra os dois e por isso deveria 
obrigatoriamente ter sido paga aos dois e não a um só.
Após a leitura do caso acima, responda:
a) Ricardo está com razão? Porquê ?
b) Ricardo pode cobrar Haroldinho por ter pago a Carlito 
toda a dívida sabendo de sua irresponsabilidade nos 
negócios ?
c) Imagine que Haroldinho não pagou o empréstimo e 
Ricardo o está executando judicialmente, poderia 
Haroldinho ainda pagar tudo a Carlito ?
d) Por que a solidariedade ativa é rara ?
QUESTÃO OBJETIVA
No Direito das Obrigações,
(A) a solidariedade, de acordo com a lei, nunca será presumida, pois 
dependerá exclusivamente da vontade das partes.
(B) se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes 
será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão 
hereditário, salvo se a obrigação for divisível; mas todos reunidos serão 
considerados como um devedor solidário em relação aos demais 
devedores.
(C) enquanto o julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge 
os demais, o favorável, como regra geral, aproveita-lhes.
(D) o credor não pode renunciar à solidariedade em favor de um ou de alguns 
dos devedores, em razão do princípio da indivisibilidade da obrigação 
solidária.
(E) impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, 
subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente, mais perdas e danos.
Obrigação solidária
• Como vimos na aula passada, 
quando numa obrigação 
indivisível concorrem vários 
devedores, todos estão 
obrigados pela dívida toda, 
como se existisse uma 
solidariedade entre eles (art. 
259). Portanto, se várias 
pessoas devem coisa indivisível, 
a obrigação é também solidária. 
Mas pode haver obrigação 
solidária mesmo de coisa 
divisível devida por várias 
pessoas.
Conceito legal: 
• há solidariedade quando na mesma 
obrigação concorre mais de um credor, ou 
mais de um devedor, cada um com direito 
ou com responsabilidade pela dívida toda, 
como se fosse o único (art.264).
• "A obrigação será solidária quando a 
totalidade do seu objeto puder ser 
reclamada por qualquer dos credores ou 
qualquer dos devedores", é o que nos 
ensina Venosa.
Atenção!!!
• Nessa obrigação o efeito fundamental é o 
mesmo das obrigações indivisíveis, mas 
nesse caso a possibilidade de reclamar a 
totalidade não deriva da natureza da 
prestação, mas da vontade das partes ou 
da lei; como pode ser observado no art. 
265 do Código Civil.
Características:
Podem ser ressaltadas, a princípio, duas 
importantes características: 
1. a unidade da prestação (qualquer que seja o 
número de credores ou devedores, a prestação 
é única) e,
2. a pluralidade e independência do vínculo.
A independência do vínculo causa algumas 
consequências:
1. a prestação pode ser pura e simples para 
algum dos devedores e pode estar sujeita 
à condição, ao prazo ou encargo para 
outros segundo art. 266; 
2. nulidade, quando a obrigação pode ser 
nula para um e válida quanto aos demais;
3. um devedor pode ser exonerado da sua 
parte da dívida, contudo, permanece a 
obrigação.
Fontes da solidariedade
• Estão dispostas no art. 265.
• São fontes a lei e o contrato, na verdade 
baseado no consensualismo, pois, a 
obrigação solidária possui um verdadeiro 
caráter de exceção dentro do sistema e 
não pode ser admitida obrigação solidária 
fora da lei e do contrato.
Distinção entre a obrigação solidária e a 
indivisível
1. Na obrigação indivisível é impossível pagar por 
partes, pois resulta da natureza da prestação (ex: 
cavalo, lote urbano, diamante, barco, fazer um quadro, 
etc). Já a obrigação solidária até poderia ser paga por 
partes, mas por força de contrato não pode, tratando-se 
de uma garantia para favorecer o credor. Na 
solidariedade cada devedor deve tudo, na 
indivisibilidade cada devedor só deve uma parte, mas 
tem que pagar tudo diante da natureza da prestação.
2. Pelas suas características a solidariedade não se 
presume, decorre de contrato ou da lei ( art. 265). 
Exemplo de solidariedade decorrente de lei é o patrão 
que responde pelos danos causados a terceiros por seu 
empregado (art. 932, III, 942 e pú).
• 3. Pode haver obrigação solidária de coisa divisível 
(ex: dinheiro), de modo que todos os devedores vão 
responder integralmente pela dívida, mesmo sendo 
coisa divisível. Tal solidariedade nas coisas divisíveis 
serve para reforçar o vínculo e facilitar a cobrança pelo 
credor.
4. O devedor a vários credores de coisa indivisível 
precisa pagar a todos os credores juntos (art. 260, I), 
mas o devedor a vários credores solidários se desobriga 
pagando a qualquer deles (art. 269).
5. Se a coisa devida em obrigação solidária perece, 
converte-se em perdas e danos, torna-se divisível, mas 
permanece a solidariedade (arts. 271 e 279). Se a coisa 
devida em obrigação indivisível perece, converte-se em 
perdas e danos e os co-devedores deixam de ser 
responsáveis pelo todo (art. 263).
6. O devedor de obrigação solidária que paga sozinho a 
dívida ao credor, vai cobrar dos demais co-devedores a 
quota de cada um, sem solidariedade entre estes, já que 
não se presume (arts. 265 e 283). Então A, B e C devem 
solidariamente dinheiro a D. Se A pagar a dívida toda ao 
credor, A vai cobrar a quota de B e C sem solidariedade 
entre B e C.
Vide o caso concreto n° 01
Elementos da obrigação solidária:
• a) multiplicidade de credores ou de 
devedores, ou ainda, de uns e de outros;
• b) unidade de prestação; 
• c) co-responsabilidade dos interessados.
Solidariedade ativa e passiva
• a) solidariedade ativa - que consiste na 
variedade de credores, todos podem 
cobrar a dívida por inteiro. Não é muito 
utilizada.
A solidariedade ativa possui efeitos como: 
1. o pagamento feito a umdos credores, a compensação, a 
novação e a remissão da dívida feita por um dos credores à 
qualquer dos devedores extingue também a obrigação, 
segundo art.269 parágrafo único; 
2. a constituição em mora feita por um dos co-devedores favorece 
a todos os demais; 
3. a interrupção da prescrição por um dos credores beneficia os 
demais (art.204 §1º), no entanto, a suspensão da prescrição 
em favor de um dos credores solidários só aproveitará aos 
outros se o objeto da obrigação for indivisível (art.201 C.C./02)
3. a renúncia da prescrição em face de um dos credores 
aproveitará aos demais; qualquer credor poderá propor a 
cobrança do crédito.
b) Solidariedade passiva
É aquela que obriga todos os devedores ao pagamento 
total da dívida; a sua importância é enorme na vida 
negocial, por que se trata de meio eficiente de garantia 
de reforço do vínculo, facilitando a obrigatoriedade d 
prestação. Neste caso é necessário que haja insolvência 
de todos os devedores para que o credor fique 
insatisfeito.
Principais efeitos da obrigação solidária passiva
• o direito individual de persecução (art.275 C.C.); 
• a morte de um dos devedores solidários não extingue a 
solidariedade (art. 276 C.C.) isso se deve ao fato dos 
herdeiros responderem pelos débitos do 'de cujus', 
desde que não ultrapasse as forças da herança; 
• Nos casos em que não houver culpa no perecimento ou 
deterioração, a obrigação se extingue para todos os 
devedores, porém, existindo culpa, segundo o art. 279 
subsiste para todos o encargo do pagamento do 
equivalente, respondendo por perdas e danos apenas o 
que agiu com culpa; exceções pessoais e exceções 
gerais segundo o art. 281; que são meios de defesa que 
podem ser opostos por um ou vários dos co-devedores 
e exceções gerais são os meios de defesa que podem 
ser opostos por todos os co-devedores da obrigação 
solidária (art. 278).
Na solidariedade passiva não se aplica o 
benefício de divisão e nem o benefício de 
ordem. O que é isso?
• Pelo benefício de divisão o devedor pode exigir a 
citação de todos os coobrigados no processo para 
juntos se defenderem. Isto é ruim para o credor porque 
atrasa o processo, por isso a solidariedade passiva não 
concede tal benefício aos co-devedores. 
• Pelo benefício de ordem, o coobrigado tem o direito de 
ver executado primeiro os bens do devedor principal (ex: 
fiança, 827). Mas o fiador pode renunciar ao benefício 
de ordem e se equiparar ao devedor solidário (828, II). O 
avalista nunca tem benefício de ordem, sempre é 
devedor solidário, por isso se algum “amigo da onça” lhe 
pedir para ser avalista não aceite, mas se ele insistir 
seja seu fiador com benefício de ordem, mas jamais 
fiador-solidário ou avalista. 
• Fiança e aval são exemplos de 
solidariedade passiva decorrente de 
acordo de vontades. Então a Universidade 
quando financia o curso de um estudante, 
geralmente exige um fiador ou um avalista 
(art. 897), de modo que se o devedor não 
pagar a dívida no vencimento, o credor irá 
processar o devedor, o fiador ou o 
avalista.
• Ao observarmos todos os aspectos das 
obrigações solidárias, podemos crer que é 
uma modaliade obrigacional bastante 
comum e que por estar em voga no 
mundo jurídico e em grande parte dos 
contratos, deve ser tratada com absoluta 
atenção pelos estudiosos do Direito 
brasileiro.
Por hoje é só!
Não esqueça de ler o material didático para a próxima aula 
e de fazer os exercícios que estão na webaula.

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