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CCJ0013-WL-D-AMMA-12-Modalidades das Obrigações IV-02

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DIREITO CIVIL II
Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann
AULA 12
MODALIDADES DAS 
OBRIGAÇÕES IV
AULA 12
CONTEÚDO DE NOSSA AULA
2. Obrigação divisível e obrigação indivisível:
2.1. Conceito, fontes e natureza jurídica
2.2. Espécies
2.3. Características
• Em regra, numa obrigação existe apenas 
um credor e um devedor. Mas caso 
existam na mesma relação obrigacional 
vários devedores ou vários credores, o 
razoável é que cada devedor pague 
apenas parte da dívida, e que cada credor 
tenha direito apenas a parte da 
prestação.
• Essa regra sofre exceção nos 
casos de indivisibilidade, e 
de solidariedade. Tanto na 
indivisibilidade como na 
solidariedade, embora 
concorram várias pessoas, 
cada credor pode reclamar a 
prestação por inteiro, e cada 
devedor responde também pelo 
todo (259 e 264). Vamos 
começar pela divisibilidade e 
indivisibilidade:
Obrigação divisível
• Obrigação divisível é aquela 
cuja prestação pode ser 
parcialmente cumprida sem 
prejuízo de sua qualidade e de 
seu valor (ex: uma dívida de 
cem reais pode ser paga em 
duas metades; um curso de 
Direito Civil pode ser ministrado 
em várias aulas). Mas a 
depender do acordo entre as 
partes, o devedor deve pagar 
de uma vez só, mesmo que a 
prestação seja divisível (314).
Obrigação indivisível
• Já na obrigação indivisível a 
prestação só pode ser 
cumprida por inteiro (ex: quem 
deve um cavalo não pode dar o 
animal em partes, art. 258; mas 
se tal cavalo perecer e a dívida 
se converter em pecúnia, deixa 
de ser indivisível, art. 263).
• Assim, a indivisibilidade vai 
despertar interesse prático 
quando houver mais de um 
credor ou mais de um 
devedor. 
Havendo diversos credores, ou devedores:
a) Se a obrigação é divisível, cada credor só tem direito a 
uma parte, podendo reclamá-la, independentemente dos 
demais sujeitos. Por seu turno, cada devedor responde 
exclusivamente pela sua quota parte, liberando-se assim 
com o respectivo pagamento.
b) Se a obrigação for indivisível, cada credor pode exigir o 
cumprimento integral, como cada devedor responde pela 
totalidade.
c) Se há vários credores numa só relação tem-se 
indivisibilidade ativa.
d) Se a pluralidade de devedores tem-se indivisibilidade 
passiva.
Pluralidade de devedores
imaginem que um pai morre e deixa dívidas, seus filhos irão 
pagar estas dívidas dentro dos limites da herança 
recebida do pai (Artas.1792, 1997). 
Então o credor do pai terá mais de um filho para cobrar esta 
dívida. Se a prestação for divisível, cada filho responde 
pela parte correspondente a sua herança, e a insolvência 
de um deles não aumentará a quota dos demais (257). 
Mas se a prestação for indivisível, cada filho responde pela 
dívida toda, e aquele que pagar ao credor, cobrará o 
quinhão correspondente de cada irmão (sub-rogação). A 
relação obrigacional antes era do credor com os filhos do 
pai morto, agora é do irmão pagador contra os outros 
irmãos.
Pluralidade de credores
• Sendo divisível a prestação, cada credor só pode exigir 
sua parte (257). Mas sendo indivisível aplica-se o 260, 
pelo que o devedor deverá pagar a todos os credores 
juntos, para que um não engane os outros. Ou então o 
devedor deverá pagar àquele credor que prestar uma 
garantia ( caução) de que repassará o pagamento aos 
outros (ex: A deve um carro a três pessoas, mas não 
encontra os três para pagar, assim, para se livrar logo 
daquela obrigação, paga ao credor que ofereceu uma 
fiança; se este credor não repassar o carro aos demais 
credores, o fiador poderá ser processado pelos 
prejudicados; fiança é assunto de Civil III).
• Se o devedor pagar sem os cuidados do art. 260, terá 
que pagar de novo ao credor que, possa vir a ser lesado 
pelo credor que recebeu todo o pagamento, afinal quem 
paga mal paga duas vezes.
• Diz-se por isso que o pagamento integral da dívida a um 
só dos vários credores pode não desobrigar o devedor 
com relação aos demais concredores. 
• Mas pagando o devedor corretamente, caberá aos 
credores buscar sua parte com o credor que recebeu 
tudo (261).
• Tratando-se de coisa indivisível (ex: carro, barco, casa), 
poderão os credores usar a coisa em condomínio, ou 
então vendê-la e dividir o dinheiro (1320).
• Quando o bem for 
indivisível, aquele que 
dele tiver posse, deverá 
repassar, em dinheiro, aos 
outros credores, o valor 
referente a sua quota 
parte, pode também ser 
feito um condomínio, p.ex., 
se três pessoas adquirem 
um cavalo, cada um dos 
donos pode passar um 
mês com o animal 
(art.261).
Além do pagamento, pode a dívida extinguir-se pelo 
perdão ou remição, que o faça o credor, como, ainda, 
por transação, novação, compensação ou confusão.
Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará 
extinta para com os outros; mas estes só poderão exigir 
descontada a quota parte do credor remitente.
1 Carro no valor de R$4.000,00
Credores (pólo ativo):
Antonio e Francisco
Devedores (pólo passivo):
Bia - 1.000,00
Carla - 1.000,00 
Dalva - 1.000,00
Ema - 1.000,00
A perdoa E, mas A fica responsável pela parte do 
pagamento que é referente E.
Aquele que remitiu tem que restituir aos demais 
devedores a parte que foi perdoada.
Se temos dois credores e um credor remitiu toda a sua 
parte, ele poderá sair do pólo ativo, p.ex., A remitiu o 
devedor C e D, saindo do pólo ativo.
Sendo a obrigação indivisível, e o credor F, querendo 
exigir de B e E o carro, terá que restituir-lhes 2.000,00 
para obter o carro, ou, se a obrigação for divisível, terá 
que descontar o valor percebido por A (2.000,00) pois, 
admitir o contrário, seria permitir o locupletamento ilícito 
de F (art.262).
Espécies de indivisibilidade:
• a) física: a prestação é indivisível pela sua própria 
natureza, pois sua divisão alteraria sua substância ou 
prejudicaria seu uso (ex: obrigação de dar um cavalo, 
obrigação de restituir o imóvel locado, etc);
• b) econômica: o objeto da prestação fisicamente 
poderia ser dividido, mas perderia valor (ex: obrigação 
de dar um diamante, art. 87);
• c) legal: é a lei que proíbe a divisão (ex: a lei 6.766/79, 
que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, 
determina no art. 4º, II, que os lotes nos loteamentos 
terão no mínimo 125 metros quadrados, então um lote 
deste tamanho não pode ser dividido em dois);
• d) convencional: é o acordo entre as 
partes que torna a prestação indivisível 
(art. 88, ex: dois devedores se obrigam a 
pagar juntos certa quantia em dinheiro, o 
que vai favorecer o credor que poderá 
exigir tudo de qualquer deles, 258 in fine, 
e 259).
Perdas e danos
• No caso de perdas e danos, havendo multiplicidade de 
devedores e culpa recíproca, todos responderam 
proporcionalmente, e as conseqüências da mora 
coletiva (em se tratando de obrigação divisível a mora 
será obrigatoriamente individual). Quando nem todos 
forem culpados cada um será responsabilizado com 
base no ato que praticou
• GABARITO DOS CASOS CONCRETOS
Quatro amigos (Bernardo, Cesar, David e Erasmo) resolvem 
comprar um carro da marca VW, ano 1967, cor amarela, no 
valor de R$4.000,00. Como não dispõem da quantia 
procuram outros dois amigos (Antonio e Francisco) que lhes 
emprestam a grana e cada um deles fica responsável pelo 
pagamento de R$1.000,00.
a) Antonio perdoa Erasmo e Francisco remite Cesar e David. 
Como fica a situação da dívida e quem deve pagar o quê?
b) O que aconteceria se a dívida fosse indivisível?
c) Como proceder em havendo caso de perdas e danos, na 
hipótese de multiplicidade de devedores e culpa recíproca?
a) Antonio perdoa Erasmo e Francisco remite Cesar e 
David. Como fica a situação da dívida e quem deve 
pagar o quê?
Gabarito sugerido: Se Antonio perdoa Erasmo, Antonio fica 
responsável pelaparte do pagamento que é referente a 
Erasmo. Aquele que remitiu tem que restituir aos demais 
devedores a parte que foi perdoada.
Se temos dois credores e um credor remitiu toda a sua 
parte, ele poderá sair do pólo ativo, como é o caso de 
Francisco, na media em que remitiu os devedores Cesar 
e David, saindo do pólo ativo.
b) O que aconteceria se a dívida fosse indivisível?
Gabarito sugerido - Sendo a obrigação indivisível, e o 
credor Francisco, querendo exigir de Bernardo e Erasmo 
o carro, terá que restituir-lhes 2.000,00 para obter o 
carro, ou, se a obrigação for divisível, terá que descontar 
o valor percebido por A (2.000,00) pois, admitir o 
contrário, seria permitir o locupletamento ilícito de 
Francisco (art.262).
c) Como proceder em havendo caso de perdas e danos, 
na hipótese de multiplicidade de devedores e culpa 
recíproca?
Gabarito sugerido: No caso de perdas e danos, havendo 
multiplicidade de devedores e culpa recíproca, todos 
responderam proporcionalmente, e as conseqüências da 
mora coletiva (em se tratando de obrigação divisível a 
mora será obrigatoriamente individual). Quando nem 
todos forem culpados cada um será responsabilizado 
com base no ato que praticou.
• Vanderley, menino pobre do Nordeste do país, resolveu 
participar da corrida de cavalos que faz parte do rodeio 
anual da cidade de Paracatu do Agreste, mas como não 
possui um bom cavalo, somente treina no jumento 
Alfredinho, procura a ajuda de Bernardo, sobrinho e 
afilhado do mais rico empresário da região, seu Eugênio 
Eduardo que lhes empresta Furacão, um lindo cavalo 
árabe, avaliado em R$ 130.000,00 (cento e trinta mil 
reais), tão somente para participar da competição e 
depois ser devolvido.
• Felizes da vida Vanderley e Bernardo vão buscar o 
animal e o guardam na baia existente na fazenda dos 
pais de Bernardo. 
No dia seguinte, pela manhã, encontram o cavalo morto 
por asfixia, pois esqueceram de solta-lo das rédeas. Ao 
saber da notícia Seu Eugênio exige o pagamento pelo 
valor do cavalo emprestado, ou seja, R$130.000,00, 
além de perdas e danos. Pergunta-se:
Existe uma obrigação entre Vanderley, Bernardo e seu 
Eugênio? De que tipo?
Gabarito sugerido: Existe uma obrigação indivisível, na 
medida em que se obrigaram a devolver o cavalo árabe 
chamado Furacão que lhes foi emprestado, a seu dono.
Como deve ser resolvida esta questão? O que deve acontecer 
com esta obrigação? Quem pagará?no baia existente na 
fazenda dos pais de Bernardo do emprescidade de Itaipavatre 
as partes.a inicialmente pleiro, at
Gabarito sugerido - Se o cavalo morre o dono terá prejuízo, pois 
já pagou por ele, e deve receber pelo capital investido. Neste 
caso a obrigação vira divisível, ou seja, quando se transforma 
em “grana” ela vira divisível, e cada componente do pólo 
passivo, a saber, Vanderley e Bernado terão de contribuir com 
sua quota-parte para a restituição do valor. E como foi 
imputável o perecimento, o culpado arcará com as perdas e 
danos.
c) E se a morte do cavalo fosse natural?
Gabarito sugerido - Perecimento natural: Devolve o capital - Sem 
as perdas e danos
d) E se o cavalo tivesse mais de um dono, como 
ficaria a situação?
Gabarito sugerido - Havendo vários credores e 
sendo a obrigação indivisível qualquer um deles 
pode cobrar a dívida, mas os devedores só se 
liberam ao:
a) pagar a todos conjuntamente;
b) pagar a um exigindo deste (accipiens = 
recebedor) garantia (caução) de ratificação (ex: 
por procuração dos demais).
QUESTÃO OBJETIVA 1
(TJ/DFT/03) Nas obrigações alternativas:
(A) A escolha cabe a credor, se outra coisa não se 
estipulou.
(B) Pode o devedor obrigar o credor a receber parte em 
uma prestação e parte em outra;
(C) Pode o credor exigir do devedor parte em uma 
prestação e parte em outra;
(D) A escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se 
estipulou.
QUESTÃO OBJETIVA 2
(TRF 4ª. REGIÃO/05) Assinalar a alternativa CORRETA, 
considerando a proposição adiante.
“ A obrigação é indivisível quando a prestação tem por 
objeto uma coisa ou um fato suscetíveis de divisão, por 
sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a 
razão determinante do negócio jurídico”. 
A. Na obrigação indivisível, sempre ocorrerá a solidariedade 
ativa.
B. Na obrigação indivisível, sempre ocorrerá a solidariedade 
passiva.
C.Na obrigação indivisível, sempre ocorrerá a solidariedade 
ativa e passiva.
D.Todas as alternativas anteriores estão incorretas.
QUESTÃO OBJETIVA 3
Em relação ao direito das obrigações, julgue os itens a seguir 
colocando C para correto e E para errado:
( C ) No cumprimento de obrigação alternativa com pluralidade 
de optantes não existindo unanimidade entre eles na escolha 
da obrigação prevalecente, deverá predominar a vontade da 
maioria, qualificada pelo valor das respectivas quotas-partes.
( C ) Na obrigação alternativa, ocorre a estipulação de várias 
prestações. Essa multiplicidade de prestações, no entanto, 
manifesta-se de maneira disjuntiva, pois o devedor se libera da 
obrigação satisfazendo apenas uma delas.
( C ) Em se tratando de obrigações alternativas, o devedor 
somente se libera prestando a coisa devida, pois o objeto, 
embora inicialmente plúrimo e indeterminado, feita a escolha, 
torna-se irrevogável porque individuado o objeto, salvo se 
houver direito de arrependimento entre as partes.
Por hoje é só!
Não esqueça de ler o material didático para a próxima aula 
e de fazer os exercícios que estão na webaula.

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