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CCJ0013-WL-D-AMMA-06-Modalidades das Obrigações I-02

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DIREITO CIVIL II
Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann
AULA 6
MODALIDADES DAS 
OBRIGAÇÕES I
AULA 6
CONTEÚDO DE NOSSA AULA
MODALIDADES DE OBRIGAÇÕES. 
1.3 Obrigação de restituir: 
1.3.1 Características;
1.3.2 Reflexos jurídicos;
1.3.3 Riscos de perecimento e deterioração do objeto;
1.4 Cumprimento e descumprimento culposo das 
obrigações de dar coisa certa e restituir;
1.4.1 Execução
AULA 3
Obrigações de Restituir coisa certa
(arts. 238 / 242)
• É a obrigação na qual o devedor se 
compromete ao final da obrigação restituir 
a coisa determinada.
• Se faz necessário que a propriedade seja 
do credor antes da criação da obrigação.
• Ex.: Comodato / Locação / Depósito
• É também chamada de obrigação de 
devolver. Difere da obrigação de dar, pois 
nesta a coisa pertence ao devedor até a 
tradição, enquanto na obrigação de 
restituir a coisa pertence ao credor, 
apenas sua posse é que foi transferida ao 
devedor. 
• Na obrigação de restituir a 
prestação consiste em 
devolver uma coisa cuja 
propriedade já era do 
credor antes do surgimento 
da obrigação. Igualmente 
se eu empresto um carro a 
meu vizinho, eu continuo 
dono/proprietário do carro, 
apenas a posse é que é 
transferida, ficando o 
vizinho com a obrigação de 
devolver o veículo após o 
uso.
Locação e empréstimo são 
exemplos de obrigação de 
restituir, ficando a coisa em poder 
do devedor, mas mantendo o 
credor direito real de propriedade 
sobre ela. Como a coisa é do 
credor, seu extravio antes da 
devolução trará prejuízo ao 
próprio credor (240), enquanto na 
obrigação de dar o extravio antes 
da tradição traz prejuízo ao 
devedor. Em ambos os casos, 
sempre prevalece a máxima res 
perit domino.
Mas é preciso cuidado para
evitar fraudes (238, ex: alugo
um carro que depois é furtado,
o prejuízo será da loja, por isso
é prudente a locadora sempre
fazer seguro).
Outro exemplo de obrigação
de restituir está no art. 1.233,
então se “achado não é
roubado”, também não pode
ser apropriado, devendo quem
encontrar agir conforme o p.ú.
do mesmo artigo.
RESPONSABILIDADE PELA PERDA OU
DETERIORAÇÃO DA COISA NA 
OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR
• Na obrigação de restituir coisa certa, o devedor é 
obrigado a devolver uma coisa determinada pertencente 
ao credor e que apenas estava em seu poder, como é o 
caso de empréstimo de coisa infungível para o uso.
Imagine um contrato de comodato: o proprietário
empresta um veículo para uso do comodatário, por
10 dias, sem retribuição alguma, ficando este com a
obrigação de restituí-lo. Essa espécie de contrato
só dá vantagem a uma das partes, por ser de
concessão gratuita, um empréstimo para uso,
diferente do mútuo, que é contrato de empréstimo a
título oneroso. Assim, por ser um contrato unilateral
de coisa infungível, origina obrigações só para o
comodatário e a principal delas consiste na
restituição ao comodante da coisa dada em
empréstimo, no prazo fixado e nas condições em
que foi emprestada.
E se a coisa se perde sem culpa do 
devedor na obrigação de restituir
• Suponhamos que, no intervalo de tempo entre a 
entrega e a restituição, o veículo se perca, por caso 
fortuito, ou se incendeie por causa de um raio. Quem 
arcará com o prejuízo?
• Como na obrigação de restituir, o dono da coisa é o 
credor, é também quem sofre a perda fortuita da 
coisa, antes da tradição, ficando o devedor liberado 
da obrigação de restituir.
A coisa perde-se por culpa do devedor
• Se a coisa se perder por 
culpa do devedor, vigorará 
o disposto ao art. 239 do 
CC, segunda parte:
• “Se a coisa se perder 
por culpa do devedor, 
responderá este pelo 
equivalente, mais as 
perdas e danos”.
Desaparecimento Completo da Coisa 
Art. 238 do CC 
Resolve-se porque o objeto desapareceu; porém, o credor 
possui direitos até o dia da perda (aluguel), sendo sem 
culpa do devedor.
Porém, sendo com culpa do devedor – art. 239 do CC, 
deve repor o equivalente mais perdas e danos.
Ex. : Comodato, mesmo em caso fortuito ou força maior –
art. 583 do CC
A coisa deteriora-se sem culpa do 
devedor
Na hipótese de 
deterioração da coisa a 
ser devolvida, sem culpa 
do devedor, o credor 
deverá recebê-la, como 
ela se encontra, sem 
direito à indenização 
alguma (CC, art 240, 1ª 
parte).
A coisa deteriora-se por culpa do 
devedor
Porém se for com culpa, art. 
240 do CC, in fine, responde 
o devedor pelo equivalente, 
mais perdas e danos. 
Poderá, ainda o credor optar 
por aceitar a coisa como se 
encontra, reclamando 
somente perdas e danos.
Melhoramentos / Acréscimos / Frutos na 
obrigação de restituir
• Se houve aumentos ou valorização do bem de forma 
natural, deverá tais lucros reverter-se para o credor.
• Se houve a interferência do devedor, será seguida a 
regra das benfeitorias; Em estando o devedor de boa-fé 
poderá recebê-las em necessárias e úteis; no caso de 
voluptuárias poderá levantá-las se não levar o bem à 
deterioração. No caso de devedor de má-fé, somente 
poderá receber as benfeitorias necessárias, não se 
falando em úteis ou voluptuárias ( nem mesmo levantá-
las ).
Há o exercício do Direito de Retenção: legítima detenção, 
existência de crédito por parte do retentor e que exista um 
acréscimo do retentor.
O que é Direito de Retenção?
Faculdade legal conferida ao credor de conservar em seu 
poder a coisa que possui de boa-fé, pertencente ao 
devedor, ou de recusar-se a restituí-la até que seja 
satisfeita a obrigação.
Execução da obrigação de dar a coisa 
certa
- Na obrigação de restituir - o credor possui meios 
processuais de executar a obrigação. 
Ex.: Comodato: ação de reintegração de posse .
- Na obrigação de dar a coisa certa – ação pessoal, e 
não real, pois não houve a tradição (móveis), nem o 
registro (imóveis). Execução in natura mais perdas e 
danos.
Mas, deve-se frisar com todas as letras que o ônus da 
prova de tais exceções cabem ao contratado, pela 
presunção da sua culpa e que pode o contratado, no 
instrumento de contrato, comprometer-se ao cumprimento 
do assinado independentemente de forças alheias ao seu 
comportamento. Exatamente ao contrário das obrigações 
de meio, que são subjetivas. 
Logo, infere-se que Bernhoef classificou as obrigações de 
resultado como objetivas.
Gabaritos
CASO CONCRETO 1
José Roberto firmou com Paulo Antonio, seu amigo de infância 
e parceiro nas baladas da noite de Fortaleza, cidade onde 
nasceram e sempre residiram, dois negócios distintos, em 
razão dos quais se obrigou a pagar a este as quantias de R$ 
1.000,00 e de R$ 500,00, sendo a primeira dívida onerada 
pela fixação de juros moratórios, e a segunda, apenas pelo 
estabelecimento de multa. Vencidas as dívidas, José, que só 
dispunha de R$ 600,00, razão pela qual propôs pagar parte do 
capital da primeira dívida, já que esta era a mais onerosa. 
Encontrou, no entanto, resistência de Paulo. José Roberto 
apelou para a amizade entre os dois, mas não logrou êxito, 
pois o amigo escudou-se no Código Civil.
• Diante do caso acima descrito, responda:
• a) Quais os argumentos utilizados por Paulo 
Antonio em sua recusa?
• Sugestão de gabarito: Por dispor de quantia 
insuficiente ao pagamento integral da primeira 
obrigação, José não podia servir-se da 
imputação em pagamento para determinar qual 
das duas obrigações seria saldada.
b) Por que não cabe pagamento em consignação?
Sugestão de gabarito: Porque o credor não é obrigado a 
receber a prestação divisível por partes (art. 314). Por que 
não é caso de imputação do pagamento? Lembrar dos 
requisitos: débitos da mesma natureza, o mesmo credor, 
débitos líquidos e vencidos, pagamento seja suficiente 
para quitar um dos débitos. Se forem preenchidos, cabe ao 
devedor imputar (escolher) qual a dívida a ser paga. Senão o fizer, cabe ao credor
CASO CONCRETO 2
Preocupada com o desempenho de seus alunos, a professor 
de Direito Civil II resolveu lançar a seguinte questão em sala 
de aula:
“(Cespe/DPE/ES/2006) 84 - Na obrigação de dar coisa 
incerta, se ocorrer a perda ou a deterioração da coisa, 
mesmo que antes da escolha, sem culpa do devedor, poderá 
o credor resolver a obrigação ou aceitar a coisa no estado em 
que ela se encontra, com abatimento proporcional do preço. 
Entretanto, ocorrerá a extinção da obrigação do devedor se a 
coisa se perder em razão de caso fortuito ou força maior.”
Joãozinho, sempre ele, ponderou ser esta afirmativa 
verdadeira, mas não fundamentou sua resposta. Afinal, 
Joãozinho está certo ou errado?
• Sugestão de gabarito: As obrigações de dar dividem-se 
em obrigação de dar coisa certa, de dar coisa incerta e 
de restituir.
• Na obrigação de dar coisa certa, o devedor deverá 
entregar uma coisa que tenha indicação precisa, 
individualizada. No segundo caso, exige-se apenas a 
indicação do gênero (leite em pó) e a quantidade (um, 
dois, três etc.) (at. 243, do CC), porque a coisa será 
individualizada através da escolha, quando a obrigação 
for solvida. A partir da escolha, a obrigação deixa de ser 
incerta, tornando-se certa (art. 245, do CC).
• Como bem asseverou Stormrider, o gênero nunca 
perece. Exemplificando-se: mesmo que suma do 
mercado o leite em pó da marca X, o devedor poderá 
cumprir a prestação através da entrega do leite em pó 
da marca Y, pois o gênero "leite em pó" não pereceu. É 
o que diz o brocardo "o gênero nunca perece" (genus 
nunquam perit), que se encontra materializado no artigo 
do 246, do CC:
• Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar 
perda ou deterioração da coisa, ainda que por força 
maior ou caso fortuito.
• Portanto, a assertiva está ERRADA.
QUESTÃO OBJETIVA 1
Se "A" se comprometer perante "B", a demolir uma casa
em ruínas ou a fazer melhoramentos nesse prédio, e não
consegue licença da autoridade competente para a
realização da reforma:
a) o credor pode exigir ou a prestação subsistente ou o
valor da outra, com perdas e danos.
b) liberado está o devedor.
c) o débito subsiste quanto à prestação remanescente.
d) o credor pode reclamar o valor da que se impossibilitou
por último mais perdas e danos.
e) o credor pode exigir o valor de qualquer das duas, além
das perdas e danos.
QUESTÃO OBJETIVA 2
(TJ/SP/07) Nas obrigações de coisa certa, É INCORRETO
afirmar que:
(A) cumpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente,
ou aceitar a coisa no estado em que se encontra.
(B) deteriorada a coisa, sendo culpado o devedor, poderá o
credor resolver a obrigação, aceitando-a, mas em abatimento
de seu preço, arcando com o valor que perdeu.
(C) responsável o devedor pela danificação da coisa, mas
sem destruição total, terá o credor o direito de reclamar
indenização por perdas e danos.
(D) tendo o devedor deteriorado a coisa, poderá o credor
desistir do negócio e receber a devolução do valor
equivalente ao bem no estado em que recebeu.
Ficamos por aqui
Não esqueça de ler o material didático 
para a próxima aula e de fazer os 
exercícios que estão na webaula.
Tchau!!!

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