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CCJ0013-WL-D-AMMA-03-Elementos Estruturais das Relações Obrigacionais-01

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DIREITO CIVIL II
Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann
AULA 3
ELEMENTOS ESTRUTURAIS 
DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL
AULA 3
CONTEÚDO DE NOSSA AULA
• A ESTRUTURA DA RELAÇÃO JURÍDICA 
OBRIGACIONAL
• 1.1 Obrigação:
• 1.1.1Conceito;
• 1.1.2Natureza jurídica.
•
• 1.2 Elementos constitutivos da obrigação:
• 1.2.1 Características;
• 1.2.2 Elementos das obrigações: 
• a) Subjetivo - sujeitos; 
• b) Objetivo - prestação:
• c) Abstrato ou Ideal - vínculo jurídico; AULA 3
A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais
condenou uma empresa de comércio eletrônico a indenizar,
por danos materiais, em R$ 299,00, corrigidos desde a
citação, um supervisor de mergulho, da cidade de Juiz de
Fora, que adquiriu um aparelho de som com defeito, pela
internet. O supervisor adquiriu, através do site da empresa,
um aparelho de rádio-gravador com CD, no valor de R$
299,00, com pagamento feito pelo cartão de crédito,
parcelado em nove vezes, em janeiro de 2005. Dois dias
depois, recebeu o aparelho em casa e logo apareceu o
problema: o mostrador digital não mais funcionava e o
volume abaixava e aumentava independentemente do
comando. O consumidor entrou em contato com a
assistência técnica autorizada e foi atestado, pelos técnicos,
defeito de montagem de fabricação.
SEMANA 2
CASO CONCRETO
O consumidor procurou resolver a situação com a empresa,
que transferiu a responsabilidade para o fabricante do
produto. O supervisor de mergulho procurou a Justiça.
Entrou com uma ação, em setembro de 2005, na 1ª Vara
Cível de Juiz de Fora, que foi julgada favorável ao
consumidor. No Tribunal de Justiça, os desembargadores
confirmaram a sentença ao reconhecer a responsabilidade
da empresa de comércio eletrônico em indenizar o
consumidor, com base no Código do Consumidor.
O relator salientou que o código é claro ao estabelecer que o
comerciante fornecedor responde solidariamente pelo
defeito de qualidade do produto, e essa obrigatoriedade fica
ainda mais patente em razão do aparelho adquirido estar
dentro do período de garantia quando detectado o defeito.
(Fonte: Site do Tribunal de Justiça do Estado de Minas 
Gerais) 
. Analise o caso e responda justificadamente as
indagações:
a) No caso em análise, qual o objeto da relação jurídica
obrigacional e classifique a obrigação quanto a este?
b) b) Identifique no caso as figuras de credor ( accipiens )
e devedor ( solvens ), respectivamente quanto à
entrega do bem no início da relação obrigacional e
quanto ao pagamento:
c) Qual a diferença entre débito/dívida e
responsabilidade/garantia ?
OBRIGAÇÃO
• A obrigação é a relação jurídica de caráter transitório, 
estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto 
consiste num prestação pessoal econômica, positiva 
ou negativa devida pelo primeiro ao segundo, 
garantindo-lhe adimplemento através de seu patrimônio.
• Para os romanos, obrigação era o vínculo jurídico 
ligando duas ou mais pessoas determinadas, no intuito 
de conseguir uma prestação de uma ou de algumas, em 
benefício de outra.
• Obrigação: vínculo jurídico entre duas pessoas:
obrigação é o vínculo jurídico ao qual nos submetemos
coercitivamente sujeitando-nos a uma prestação,
segundo o direito de nossa cidade. Institutas, Livro III,
tít. 14.
• Obrigação: dever de prestar: consiste a substância da
obrigação não em sujeitar a própria pessoa do devedor
ou fazê-lo servo do credor; mas em constrangê-lo a uma
prestação abrangente de um dar ou de um fazer.
Digesto. Livro 44, tít. 7, fr. 3.
• Obrigação: “extensão à liberdade do credor (exigir seu
crédito) e restrição à liberdade do devedor (cumprir com
seu débito)”. Savigny
• Beviláqua: o civilista
responsável pela
elaboração do Código Civil
de 1916 (Código Beviláqua)
acreditava que a principal
diferença, se não a única,
entre o conceito romano de
obrigação e o conceito que
ele defendia era o caráter
extremamente pessoal
presente naquele, enquanto
que neste prevalece a
economicidade.
• Devido à fixidez do vínculo existente entre credor e
devedor, no Direito Romano, a posição destes era
inalienável, característica que, já na época de Beviláqua,
não caracterizava as obrigações. Estas, então, eram
transmissíveis devido ao fato de poderem ser contraídas
junto a pessoas indeterminadas ou através de
representantes, e de ser possível a cessão sem
subterfúgios. (Beviláqua, Clóvis. Direito das Obrigações.
3° ed. revista e acrescentada, Rio de Janeiro, Freitas
Bastos & Cia, 1931, PP. 15-17).
• Orlando Gomes define assim 
obrigação: “vínculo jurídico 
entre duas partes, em virtude 
do qual uma delas fica 
adstrita a satisfazer uma 
prestação patrimonial de 
interesse da outra, que pode 
exigi-la, se não for cumprida 
espontaneamente, mediante 
agressão ao patrimônio do 
devedor.” (Gomes, Orlando. 
Obrigações. 12° edição. Rio 
de Janeiro, Forense, 1999, 
p.10). 
• Fica claro a partir desta definição que, diferentemente 
ao que ocorria no Direito Romano, a ausência de 
prestação por parte do devedor gerará conseqüências 
no patrimônio deste, e não na sua pessoa. É possível, 
portanto, a alienação do crédito e a substituição de um 
devedor por outro. 
• Esta característica já havia sido destacada por 
Beviláqua e é ponto pacífico na doutrina. Outra 
mudança desta definição em relação à romana é o 
destaque dado ao vínculo ativo da relação obrigacional: 
não se fala mais apenas em uma prestação devida, mas 
em um direito a exigi-la também (embora não apareça 
na definição romana, tal característica não lhes era 
desconhecida).
Natureza jurídica
• A obrigação é um dever jurídico resultante de lei, de 
negócio jurídico ou de sentença judicial, por força do 
qual se impõe ao devedor, sujeito passivo, a 
responsabilidade de cumprir ou satisfazer certa e 
determinada necessidade do credor, sujeito ativo, 
mediante o provimento de um direito, concretizado numa 
prestação de um bem jurídico ou numa abstenção. Do 
mesmo modo, deve ficar bem claro ao aluno que a 
obrigação pode existir pela vontade da pessoa ou contra 
a vontade da pessoa devedora, segundo a causa 
geratriz em decorrência da qual se impõe um dever ao 
sujeito passivo.
Elementos constitutivos da obrigação
• Sujeito ativo: credor ou accipiens (pessoas que
tem o direito de exigir a prestação)
• Sujeito passivo: devedor ou solvens(pessoa que
deve efetuar a prestação)
• Sujeito ativo: credor ou accipiens (pessoas que
tem o direito de exigir a prestação)
• Sujeito passivo: devedor ou solvens(pessoa que
deve efetuar a prestação)
ELEMENTO 
SUBJETIVO 
(Sujeitos)
• O objeto deve ser lícito, possível e economicamente apreciável
• Pode constituirem dar, fazer ou não fazer
• OBJETO IMEDIATO – prestação; conduta do devedor; Ex.: contrato de 
mandato – execução dos serviços.
• OBJETO MEDIATO – é o objeto sobre o qual incide a prestação. Ex.: 
Contrato de Mandato – é o próprio serviço ou própria atividade.
• O objeto deve ser lícito, possível e economicamente apreciável
• Pode constituirem dar, fazer ou não fazer
• OBJETO IMEDIATO – prestação; conduta do devedor; Ex.: contrato de 
mandato – execução dos serviços.
• OBJETO MEDIATO – é o objeto sobre o qual incide a prestação. Ex.: 
Contrato de Mandato – é o próprio serviço ou própria atividade.
ELEMENTO 
OBJETIVO 
(objeto da
obrigação: 
prestação)
•Abstrto ou ideal.
•Vínculo jurídico. Liame legal que une os sujeitos
•Abstrto ou ideal.
•Vínculo jurídico. Liame legal que une os sujeitosELEMENTO IMATERIAL
ELEMENTOS SUBJETIVOS
Toda relação jurídico-obrigacional exige:
• Sujeito ativo – Credor
• Sujeito Passivo – Devedor
O sujeito pode ser tanto a pessoa física quanto a pessoa
jurídica.
Dentro de uma relação jurídico-obrigacional os sujeitos
podem ser tanto determinados como determináveis. As
relações com sujeitos determináveis são aquelasem
que o sujeito só será conhecida no futuro. Ex: Promessa
de recompensa.
Quando o contrato é sinalagmático (bilateral) há o que a
doutrina denomina de relação jurídica obrigacional
complexa, também conhecida como sistêmica.
Complexa por haver mais de uma obrigação.
• Caráter pessoal das obrigações.
Obrigação constituída intuito personarum
– em intenção da pessoa.
• Transmissão da qualidade de credor:
cessão de crédito; pagamento com sub-
rogação;
• Caráter atual: Transmissão da qualidade
de devedor: Assunção de dívida
ELEMENTOS OBJETIVOS
O elemento objetivo é a prestação, ou seja, o objeto da 
obrigação é a prestação. 
O objeto da obrigação é a prestação do devedor, que pode
ser um dar, uma fazer ou não fazer. Ou seja: um fato ou
um comportamento humano.
– Não confundir objeto da obrigação (prestação) com
objeto da prestação (coisa, atividade ou inatividade
devida)
– Não confundir com o conteúdo das obrigações: poder
do credor de exigir a prestação e a necessidade
jurídica do devedor de prestar.
A doutrina divide o objeto da obrigação em dois:
Objeto direto (imediato) – É a prestação a ser desenvolvida 
(dar, fazer, não fazer). No objeto direto apenas olha-se a 
“atividade”.
Objeto indireto (mediato) – É o bem jurídico tutelado, ou 
seja, é o que a pessoa dará, fará ou não fará.
– Não confundir objeto da obrigação (prestação) com
objeto da prestação (coisa, atividade ou inatividade
devida)
– Não confundir com o conteúdo das obrigações:
poder do credor de exigir a prestação e a
necessidade jurídica do devedor de prestar.
Qual é o objeto imediato da 
prestação?
O objeto imediato da 
prestação corresponde ao 
objeto indireto da obrigação.
• O objeto deve ser lícito, possível e determinável.
– Possibilidade material e jurídica;
• Impossibilidade atual ou superveniente –
possibilidade superveniente;
• Impossibilidade absoluta ou relativa
– Licitude do objeto; abarca a impossibilidade jurídica –
contra a lei, a moral e os bons costumes – ou
desconforme o ordenamento jurídico.
– Determinabilidade do objeto: objeto pode ser
determinado ou determinável;
• Determinado: pelo gênero, espécie, quantidade e
caracteres individuais;
• Determinável: procedimento de concentração (art.
243 e segs.)
• Patrimonialidade do objeto.
– Patrimonialidade do objeto é ínsita a toda
obrigação (arts. 239; 248)
– Interesse do credor pode ser apatrimonial:
mas prestação deve ser suscetível de
avaliação. (obrigação de não fazer)
• Requisitos de validade, art. 104 c. c. 166
do C.C.
ELEMENTO IMATERIAL(Espiritual; Virtual; 
Ideal)
O elemento imaterial é o vínculo estabelecido entre os 
contratantes.
Teoria Unitária (monista) - O vínculo entre credor e 
devedor é um só. Este vínculo se compõe da relação de 
crédito e débito.
A responsabilidade civil é tratada como uma sombra da
obrigação, mas dela não faz parte.
A responsabilidade civil é a conseqüência jurídica e
patrimonial do descumprimento da obrigação.
• Teoria binária (dualista) – Esta teoria defende que a
obrigação é formada por um duplo vínculo:
– Dever jurídico (Schuld; debitum); e
– Responsabilidade civil (Haftung; obrigatio).
• A teoria dualista foi desenvolvida na Alemanha, por
Brinz.
• Dever jurídico é o dever que o devedor tem de
espontaneamente cumprir o objeto imediato da
obrigação (dar, fazer ou não fazer).
• Não cumprindo este dever jurídico, surge a
responsabilidade civil. A responsabilidade civil não está
a parte mas passa a integrar o conceito de obrigação.
• Para a Teoria binária, a responsabilidade 
civil é conseqüência jurídica e patrimonial 
do descumprimento do dever jurídico.
• A responsabilidade civil nada mais é do 
que a possibilidade de se exercer uma 
pretensão em juízo, esta pretensão 
decorrente do dever jurídico violado está 
sujeita à prazo prescricional.
VÍNCULO JURÍDICO.
– Essência abstrata da obrigação
– Vínculo obrigacional: restrição de liberdade
– Idéia de cooperação – boa-fé, lealdade,
confiança.
– A lei rege a situação jurídica obrigacional
que origina um débito e responsabiliza o
devedor pelo cumprimento.
– O vínculo jurídico é a garantia de que se a
obrigação não for prestada
espontaneamente o será coercitivamente.
• O direito das obrigações apesar de 
lenta, mas segura evolução, encontra-
se hoje em um estágio mais próximo 
da Teoria Geral do Direito em face de 
sua própria transformação. Ambas 
convergiram de um momento 
positivista extremado, com fulcro em 
uma dogmática restritamente científica 
para uma posição sociológica e ética, 
apresentando-se uma paridade entre 
o mais forte e o mais fraco, sem na 
busca de uma defesa diferenciada. É 
o que notamos hoje com as 
obrigações de Terceira Geração ou 
Dimensão (relativas aos direitos 
coletivos e aos difusos).
•
Débito
– Débito: Debitum ou Schuld: dever de prestar, realizar
uma certa atividade em benefício do credor.
– Responsabilidade: obligatio ou Haftung ou garantia:
faculdade de reclamar a prestação ou exigir o seu
cumprimento – dupla função: situação coercitiva
(preventiva) ou garantia (sanção patrimonial – art.
391).
– Poder do credor sobre o patrimônio, em conseqüência
de não ter o devedor efetuado a prestação.
• Debitum sem obligatio: obrigação natural
• Obligatio sem debitum: garantia real
• Obligatio sem debitum atual: fiança
• Debitum sem obligatio própria: obrigação garantida
por terceiro
Ficamos por aqui
Não esqueça de ler o material didático
para a próxima aula e de fazer os
exercícios que estão na webaula.
Tchau!!!

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