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CCJ0013-WL-D-AMMA-09-Modalidades das Obrigações III-01

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DIREITO CIVIL II
Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann
AULA 9
MODALIDADES DAS 
OBRIGAÇÕES III
AULA 9
CONTEÚDO DE NOSSA AULA
1. OBRIGAÇÃO DE FAZER:
1.1. Conceito e objeto
1.2. Natureza jurídica
1.3. Distinção entre a obrigação de dar e a de fazer
1.4 O descumprimento da obrigação de fazer
CASO CONCRETO 1
Carlos Alberto morou durante quatro anos num apartamento 
alugado e durante todo este tempo foi juntando dinheiro, até 
que conseguiu comprar seu próprio imóvel, uma casa com dois 
quartos e um lindo jardim, numa ruazinha arborizada localizada 
num bairro próximo ao Centro de Fortaleza. Ocorre que seu 
dinheiro não foi suficiente para devolver ao dono o 
apartamento devidamente pintado, como previa o contrato de 
locação, razão pela qual seu senhorio interpôs ação na Justiça 
obtendo êxito em seu pedido e a sentença prolatada e 
transitada comina a obrigação de fazer a Carlos Alberto para 
este pintar o apartamento. 
Bruno Leonardo, amigo de Carlos Alberto, o orienta a se recusar 
a cumprir a ordem judicial, alegando que ninguém o pode 
obrigar a fazer o que não quer.
Diante disso, responda:
a) Há alguma verdade na afirmação de Bruno Leonardo?
b) Se Carlos Alberto seguir o conselho de seu amigo o 
que acontecerá?
CASO CONCRETO 2
As tentativas foram muitas, mas não houve como os paramédicos 
salvarem a vida do Sr. Adamastor Teobaldo, vítima de um 
atropelamento no cruzamento da Av. Ipiranga com a Av. São 
João, no coração da cidade de São Paulo, em razão da 
gravidade dos ferimentos sofridos.
Os dois filhos da vítima, bem como sua esposa não conseguem 
se conformar com esta tragédia que se abateu sobre eles e 
exigem uma reparação pela perda da vida de seu ente querido.
Como não conseguiram identificar o motorista que praticou o ato 
ilícito, vão processar os dois paramédicos, pois, acreditam que 
estes teriam a obrigação de salvar a vida de seu pai e esposo 
querido.
Ao chegar ao seu escritório de advocacia, a esposa do falecido 
Adamastor lhe faz as seguintes perguntas:
• É possível atribuir a responsabilidade pela salvaguarda 
da vida do acidentado ao paramédico? Por quê?
• O que é uma obrigação de meio? Quem pratica 
obrigação de meio?
• O que diferencia uma obrigação de meio de uma 
obrigação de resultado?
QUESTÃO OBJETIVA 1
(TJ/PR/03)As perdas e danos nas obrigações de fazer:
São devidas, quando a prestação do fato se tornar impossível 
por culpa do devedor.
São necessárias conseqüências do seu inadimplemento.
Estão excluídas, mesmo havendo recusa ou mora do 
devedor, se o credor mandar executar o fato por terceiro, à 
custa do devedor.
São devidas mesmo sem culpa do devedor.
Conceito e objeto
• Conceito: espécie de obrigação positiva pela 
qual o devedor se compromete a praticar algum 
serviço lícito em benefício do credor.
• Objeto: Enquanto na obrigação de dar o objeto 
da prestação é uma coisa, na obrigação de 
fazer o objeto da prestação é um serviço (ex: 
professor ministrar uma aula, advogado redigir 
uma petição, cantor fazer um show, pedreiro 
construir um muro, médico realizar uma 
consulta, etc.).
Sobre a Obrigação de Fazer 
• Pode ser a prestação de um 
serviço (é o caso, por exemplo, do 
fisioterapeuta, do personal trainer, 
do médico, do advogado etc.), a 
produção de alguma coisa (é o 
caso, por exemplo, do artesão, do 
construtor, da modista etc.), ou 
até mesmo a prestação de uma 
declaração de vontade (é o caso, 
por exemplo, do compromisso de 
compra e venda de um imóvel, que 
só depois de pago completamente 
será transferido seu domínio etc.). 
•
• Dessa forma, o pintor que se 
compromete a pintar um quadro, 
o alfaiate a fazer um terno, o 
advogado a defender uma 
causa, as partes que realizam 
um contrato preliminar e se 
comprometem a realizar um 
definitivo, todos estão diante de 
uma obrigação de fazer.
Distinguindo obrigação de dar de 
obrigação de fazer
• Não se deve confundir obrigação de dar com 
obrigação de fazer imaginando que quem se obriga a 
entregar algo está diante de uma obrigação fazer a 
entrega, pois, na primeira a prestação é a entrega da 
coisa, e na segunda a prestação é a produção de 
alguma coisa; é entrega de uma coisa feita 
anteriormente. Além disso, existem outras 
características que diferenciam uma da outra. 
• Na obrigação de dar 
a prestação é a 
entrega de uma 
coisa pré-existente, e 
o que é levado em 
conta é essa coisa, e 
não quem a deve, ou 
seja, a obrigação 
resolve-se com a 
entrega da coisa 
independentemente 
de quem a efetuou. 
• Na obrigação de fazer a 
prestação é a produção, 
confecção da coisa. Além 
do que, no que diz 
respeito à irrelevância de 
quem cumpriu a 
obrigação, esta não ocorre 
nas obrigações de fazer 
personalíssimas, onde o 
simples cumprimento não 
tem validade se não foi 
realizado pela pessoa que 
foi contratada, designada 
para tal.
• E se eu quero comprar 
um quadro e encomendo 
a um artista, a obrigação 
será de fazer ou de dar? 
Se o quadro já estiver 
pronto a obrigação será 
de dar, se ainda for 
confeccionar o quadro a 
obrigação será de fazer.
Há de se pontuar que as obrigações de fazer se dividem 
em duas espécies, ambas previstas no Código Civil. A 
saber:
• a) Obrigação de fazer de natureza infungível (intutitu 
personae)
Nesta, ao credor só interessa que o devedor, pelas suas 
qualidades pessoais, faça o serviço (ex: médico e 
advogado são profissionais de estrita confiança dos 
pacientes e clientes). Chama-se esta espécie de 
obrigação de personalíssima ou intuitu personae ( = 
em razão da pessoa). São as circunstâncias do caso e a 
vontade do credor que tornarão a obrigação de fazer 
fungível ou não.
• b) Obrigação de fazer fungível, segunda espécie 
dentre as obrigações de fazer, se caracteriza por ser 
aquela que permite que a prestação avençada seja 
realizada pelo próprio devedor ou por terceira pessoa. 
Caracteriza-se pela irrelevância da pessoa do devedor 
na obrigação de fazer, ou seja, não importa quem vai 
praticar, realizar o ato, o que importa é o seu resultado, 
ficando a escolha do devedor produzi-lo ou que outra 
pessoa o faça em seu lugar. Assim, se o sujeito 
encomenda a limpeza de seu veículo, não importa quem 
irá fazê-la, mas que seja feita.
A questão do descumprimento da 
obrigação de fazer 
Três são as possíveis razões que ensejam o 
descumprimento de uma obrigação de fazer. 
São elas: 
a) porque a prestação tornou-se impossível de ser 
cumprida por culpa do devedor; 
b) em razão da prestação torna-se impossível de ser 
cumprida sem culpa do devedor; 
c) porque o devedor manifestamente resiste ao 
cumprimento da obrigação. 
Atenção!!!
• Torna-se necessário examinar cada hipótese de 
descumprimento da obrigação de fazer, uma vez que, 
diferentemente, do que se observa na obrigação de dar, 
na qual o devedor efetivamente pode ser compelido a 
entregar a coisa (conforme dita o art. 461-A §3°c/c art. 
461 § 5° do CPC que prevê as medidas a serem 
tomadas nesta hipótese) ou quando esta se externa 
impossível de ser cumprida ou de alcançar o seu 
resultado prático equivalente, poderá ser convertida em 
perdas e danos, consoante o disposto no art. 461-A § 3°
cumulado com o § 1° do art. 461 do código processual 
civil. 
• Ao contrário, quando há o inadimplemento de uma 
obrigação de fazer, é comum, tendo em vista a liberdade 
individual, não ser possível exigir coercitivamente a 
prestação de fazer do devedor. 
• Em caso de inexecução da obrigação de fazer o credor 
só pode exigir perdas e danos (247). 
• Viola a dignidade humana constranger o devedor a fazer 
o serviço por ordem judicial, de modo que na obrigação 
de fazer não se pode exigir a execução forçada como na 
obrigação de dar coisa certa (art. 475)• Imaginem um cantor 
se recusar a subir 
no palco, não é 
razoável o Juiz 
mandar a polícia 
para forçá-lo 
a trabalhar “manu 
militari”, o coerente 
é o credor do show 
exigir perdas e 
danos (389).
• Aqui cabe analisar-se o 
caso concreto que se 
refere a uma sentença 
que comina a obrigação 
de fazer a um locatário 
para este pintar o 
apartamento do credor e o 
devedor (o locatário) 
manifestamente se recusa 
a cumprir a ordem judicial. 
• Assim sendo, o código processual 
civil veio aclarar tal situação, pela 
exegese do art. 461 §4° na ação que 
tenha por objeto o cumprimento de 
obrigação de fazer e não fazer, o juiz 
para prestar a tutela jurisdicional 
específica da obrigação ou para 
assegurar o resultado prático 
equivalente ou o adimplemento da 
obrigação sob iudice, poderá fixar, ex 
officio, na sentença multa diária ao 
réu e cominar prazo razoável para o 
cumprimento da obrigação, desde 
que a medida seja suficiente e 
adequada com a obrigação 
descumprida. 
• Nestes termos, as astreintes, 
que é uma multa cominatória 
diária de aspecto pecuniário 
estabelecida por dia de 
atraso no cumprimento da 
obrigação, têm o objetivo de 
constranger o devedor a 
cumprir a obrigação. 
• De acordo com Silvio Venosa 
“esta multa (astreintes) deve 
ter um limite temporal, 
embora a lei não o diga, sob 
pena de transforma-se em 
obrigação perpétua”. 
• Decorrido assim, o limite do 
prazo estatuído para a multa, 
e persistindo a inadimplência 
do devedor, quanto ao 
adimplemento da obrigação, 
esta constrição perde seu 
efeito e, então, esta 
obrigação deve se converter 
em perdas e danos para 
colocar fim à querela. 
• Sem esquecer que a reparação
por perdas e danos irá se guiar
pelo disposto na lei e em
parâmetros práticos do caso em
concreto, para que assim, a
indenização por perdas e danos
abranja os danos emergentes
(prejuízos efetivamente sofrido
pelo credor) e os lucros cessantes
(o que deixou de auferir em
decorrência da escusa
injustificável do cumprimento da
obrigação pelo devedor),
consoante a previsão do art. 402.
• Por fim, o cumprimento da 
obrigação pode se torna 
impossível ou não ser mais 
útil para o credor, caso 
esta impossibilidade ocorra 
sem a concorrência 
culposa do devedor, 
resolve-se a obrigação. No 
entanto, se houver culpa 
do devedor está irá 
culminar em indenização 
por perdas e danos 
(art.461§1º “2ª parte” do 
CPC). 
O Inadimplemento de obrigação de fazer 
infungível 
• O art. 247 do código civil dispõe: “Incorre na obrigação 
de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a 
prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível”. 
Neste sentido, diante do descumprimento de uma 
obrigação de fazer de natureza infungível, que em face 
da natureza da prestação ou por disposição contratual 
só possa ser executada pelo próprio devedor, sendo, 
portanto, intuito personae. Restará apenas ao credor 
exigir a indenização por perdas e danos quando o 
devedor injustificadamente recusa-se a cumprir a 
obrigação de fazer infungível. 
• Vale destacar, que no caso do 
inadimplemento de obrigação de fazer 
infungível se a prestação da obrigação se 
torna impossível, mas sem culpa do 
devedor, resolve-se a obrigação, todavia 
se restar comprovada a concorrência de 
culpa do devedor, este responderá por 
perdas e danos nos termos do art. 248 CC 
(tutela ressarcitória). 
• Se ocorrer recusa do devedor de 
executar obrigação fungível, o 
credor pode pedir a um terceiro 
para fazer o serviço, às custas do 
devedor (249). Havendo 
urgência, o credor pode agir sem 
ordem judicial, num autêntico 
caso de realização de Justiça 
pelas próprias mãos (pú do 249, 
ex: consertar o telhado de casa 
ameaçando cair).
• Mas se tal recusa decorre de um 
caso fortuito (ex: o cantor gripou 
e perdeu a voz), extingue-se a 
obrigação (248).
Ficamos por aqui
Não esqueça de ler o material didático para a próxima aula 
e de fazer os exercícios que estão na webaula.

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