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penal 2 II até aula 5

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Aula 01
Concurso de crimes
Conceito ( Conjunto de delitos praticados por um único indivíduo, ou por um grupo de indivíduos em comum acordo
1.1- Distinção com conflito aparente de normas ( No conflito aparente de normas temos uma única vontade atingindo o mesmo bem jurídico, normalmente de mesma vítima; no concurso de crimes temos várias vontades ou vários bens jurídicos ou várias vítimas sendo atingidas
I- Indícios de verificação
Unidade de conduta
Relação de hierarquia ou de dependência entre as normas
Ofensa a uma única vítima
Ofensa a um único bem jurídico protegido
II- Regras para solução do conflito aparente de normas
especialidade ( na existência de duas normas que disciplinam o mesmo fato, sendo uma delas especial por conter descrição adicional de fatos ou características, prevalece sobre a norma genérica
consunção ( quando uma conduta é meio necessário para a prática de outra, é por esta consumida (absorvida), como em relação à hipótese da lesão corporal, meio necessário para a prática de homicídio, prevalecendo apenas a acusação de homicídio
subsidiariedade ( aplicável ante a presença de crimes complexos, em que a ação delitiva descreve como conduta proibida fatos que individualmente constituem crimes, e que somente são imputáveis se o mais grave não ocorre, como na hipótese do crime de roubo, em que a violência (lesão corporal) ou a grave ameaça (crime de ameaça) são descritos na ação proibida, sendo absorvidos quando o fato complexo se realiza
Sistemas de aplicação da pena
Cumulação (Cumulo material) ( Somam-se as penas de todos os delitos cometidos art. 69 do CP
Exasperação ( Aplica-se a pena do crime mais grave exasperada (aumentada) em razão da prática de outros delitos. art 70 do CP
Absorção ( A pena aplicável é somente a do crime mais grave, que absorveria a dos demais
Espécies de concursos de crimes
3.1- Concurso material ( Art. 69, CP
Aqui, o agente, mediante DUAS OU MAIS CONDUTAS, produz dois ou mais resultados, idênticos ou não.
requisitos ( mais de uma conduta e mais de um crime produto de vontades diversas
espécies ( homogêneo (crimes idênticos) e heterogêneo (crimes diversos)
sistema de aplicação da pena ( cumulação
3.2- Concurso formal ( Art. 70, CP
Aqui, o agente, mediante UMA ÚNICA CONDUTA, produz dois ou mais crimes, idênticos ou não.
requisitos ( uma única conduta e mais de um crime praticados (sem que a hipótese constitua conflito aparente de normas)
espécies
próprio ( produtos de uma única vontade
impróprio ( produto de desígnios diversos em crimes dolosos
sistema de aplicação da pena ( exasperação
I- limite máximo de exasperação ( parágrafo único do Art. 70 – não pode ultrapassar o que seria aplicável se o critério fosse o da cumulação
3.3- Crime continuado ( Art. 71, CP
requisitos ( Três teorias :
1ª) Teoria da unidade real: dado da realidade projeto único, as várias condutas já caracterizadas como crime são consideradas crime único.
2ª) Ficção jurídica: as várias condutas que já se caracterizaram como crime, são reunidas fictamente e consideradas crime único. Teoria majoritária no Brasil 
3ª) Teoria mista: reconhece como terceiro crime o praticado como crime continuado.
I- características
i) crimes da mesma espécie ( duas possíveis interpretações, 
delitos que sejam definidos no mesmo artigo penal, ou delitos que atinjam o mesmo bem jurídico
ii) condições semelhantes de tempo ( proximidade temporal entre as condutas, não existindo referência absoluta, mas tendo como parâmetro a razoabilidade
iii) condições semelhantes de lugar ( não se considera apenas o mesmo espaço físico, mas a proximidade dos locais em que os delitos foram realizados
sistema de aplicação da pena ( exasperação, encontrando forma especial de aumento de pena no parágrafo único quando o crime for praticado dolosamente contra vítimas diferentes e com violência ou grave ameaça
Estratégias de fixação da pena nos modelos de exasperação ( para definir qual será o acréscimo de pena entre o mínimo e o máximo previstos, o Juiz considerará a quantidade de delitos praticados, além das condições previstas no Art. 59 do CP
Aula 02
Teoria da Pena – A Sanção Penal
A Sanção Penal
Evolução Histórica ( Finalidade da pena:
nas sociedades primitivas ( exercer o direito de vingança
na organização da sociedade através da liderança ( devolver a paz ao grupo
no direito penal científico
Escola clássica (retribucionista), Teoria Absoluta. ( retribuir o mal injusto através de um mal justo. É a pena aplicada com finalidade de retribuição ou aflição pelo mal perpetuado, é a pena vingativa, “ há majestade sem fim” é a reafirmação da ordem jurídica por que o delito é a negação do direito e a pena é a negação dessa negação.
Escola positiva (preventiva) ( Fundamenta-se no critério de prevenção, a justificação da pena esta na sua necessidade social, no fim de manutenção de segurança da ordem do direito pela prevenção do crime. A sua função é de instrumento de defesa da sociedade.
Existem quatro tipos de PREVENÇÃO: 
Finalidade e fundamento das penas
B1) PREVENÇÃO GERAL NEGATIVA: prevenção por intimidação, a pena aplicada ao autor tende a refletir junto à sociedade. Persuasão para aqueles que estão inclinados a praticar atos criminosos. 
B2) PREVENÇÃO GERAL POSITIVA: prevenção integradora, difundir na consciência geral a necessidade e o respeito a determinados valores e a fidelidade ao Direito. O campo de incidência vai além daqueles tentados a delinquir.
B3) PREVENÇÃO ESPECIAL NEGATIVA: diretamente dirigida a quem cometeu o crime, neutralizando-o e retirando-o momentaneamente do convívio social, impedindo assim a prática de novas infrações penais. Só ocorre quando foi aplicada a pena privativa de liberdade.
B4) PREVENÇÃO ESPECIAL POSITIVA: a pena tem a missão de fazer com que o autor desista de cometer futuros delitos, tem o caráter social de ressocialização do autor para que ele possa voltar a sociedade.
	
O Sistema Penal brasileiro
modelo adotado pelo Código Penal ( Teoria Mista (Art. 59, do CP)
modelo adotado pela Lei de Execuções Penais ( Teoria Positiva (Art. 1º, da LEP)
Princípios orientadores da pena criminal (constitucionais)
a) humanidade das penas (art.5º, XLVII e XLIX, CRFB/1988);
b) legalidade (art.5º, XXXIX, CRFB/1988);
c) personalidade (art.5º, XLV, CRFB/1988);
d) inderrogabilidade;
e) proporcionalidade (art.5º, XLVI, CRFB/1988 e art.59, Código Penal);
f) individualização da pena (art.5º, XLVI, CRFB/1988);
Conceito de Pena ( Consequência jurídica do delito
Espécies de Pena
3.1- Privativas de liberdade
É a suspensão da liberdade do infrator como contra golpe à lesão provocada que pode ser executada em meio fechado (penitenciarias,colônias agrícolas ou industriais) ou em meio livre ( casa de albergado, recolhimento domiciliar) ETC... 
Reclusão ( Art. 33, do CP (CRIME)
*REGIME INICIAL: fechado, semiaberto ou aberto.
*ADIMITE INTERCEPTAÇÃO TELEFONICA: Lei 9296/96 art. 2º III.
*MEDIDA DE SEGURANÇA: regime de internação
*EFEITOS DE CONDENAÇÃO: incapacidade para o exercício do poder político tutela ou curatela.
b) Detenção ( Art. 33, do CP (CRIME)
*REGIME INICIAL: semiaberto, aberto ou fechado por regressão.
*NÃO ADIMITE INTECEPTAÇÃO TELEFONICA, salvo se for conexo com crime de reclusão.
* MEDIDA DE SEGURANÇA, admite tratamento ambulatorial.
c) Prisão Simples ( Art. 6º, da LCP
* Consiste na perda da liberdade a ser cumprida sem rigor penitenciário em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum.
*REGIME INICIAL: semiaberto ou aberto, não cabe regime fechado.
* Sistema precário face o JECRIM ( Juizados Especiais Criminais), por conta de medidas despenalizadoras.
3.2- Restritivas de direitos( 
3.3- Multa
Regimes de Cumprimento de Pena Privativa de Liberdade
4.1- Espécies 
a) Fechado ( Art. 33, § 1º, “a”, do CP, c/c Art. 34, do CP
*Pena de reclusão superior a 8 anos (art. 33,§2º, “a”)
 
* Exame criminológicoobrigatório ( SUMULA 439 STJ)
*Trabalho obrigatório.
b) Semiaberto ( Art. 33, § 1º, “b”, do CP, c/c Art. 35, do CP
* Pena de reclusão ou detenção superior a 4 anos que não exceda 8 anos (art. 33, § 2º, “b”) 
*PRIMARIEDADE: o apelado tem que ser réu primário, STJ Súmula nº 269 - 22/05/2002 - DJ 29.05.2002
Regime Semi-Aberto - Reincidentes Condenados - Circunstâncias Judiciais
    É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.”
c) Aberto ( Art. 33, § 1º, “c”, do CP, c/c Art. 36, do CP
*Pena de detenção ou reclusão inferior a 4 anos.
* Primariedade.
*O trabalho é obrigatório, se não trabalhar não poderá ficar em regime aberto. Salve maior de 60 anos, gestantes, ou doentes...
d) Regime Disciplinar Diferenciado - controvérsias. Lei n. 10792/2003.
4.2- Regras para concessão
a) Regime fechado ( Art. 33, § 2º, “a” do CP
b) Regime semi-aberto ( Art. 33, § 2º, “b” do CP
c) Regime aberto ( Art. 33, § 2º, “c” do CP
 Progressão e regressão de Regimes.
 
a) Conceito. Hipóteses de incidência. ( Art. 33, § 2º, do CP c/c Art. 112, da LEP – Art. 118, da LEP
b) A progressão de Regimes e a Lei de Crimes Hediondos – Art. 2º, § 2º, da Lei n. 8072/1990
c) Exame Criminológico ( Art. 8º, da LEP, c/c Art. 114, II, da LEP
Direitos e Deveres do Condenado e Preso Provisório
Detração ( Art. 42, do CP
Remição ( Art. 126, da LEP
I- Interpretação jurisprudencial da abrangência ( O tempo dedicado ao estudo também deve remir a pena do condenado
Aula 03
Penas restritivas de direitos e Pena de Multa
A falência da pena privativa de liberdade e a busca de alternativas
Fundamento ( Finalidade da pena
Penas substitutivas ( Art. 43 do Código Penal
Penas alternativas ( Lei 9.099/95 (Juizado Especial Criminal)
Penas restritivas de direitos
2.1- Espécies
a) Prestação Pecuniária ( Art. 45, § 1º, CP
	i- distinção com a pena de multa
	ii- condenação em pagamento de cestas básicas ou itens de necessidade em favor de instituições de caridade
b) Perda de Bens e Valores ( Art. 45, § 3º, CP
c) Prestação de Serviços à Comunidade ou a Entidades Públicas ( Art. 46, CP
	i- cabimento ( condenações superiores a 6 meses
	ii- distinção entre prestação de serviços gratuitos e trabalho forçado
	iii- prazo de duração da medida ( § 3º e § 4º
d) Interdição Temporária de Direitos ( Art. 47, CP
e) Limitação de Fim de Semana ( Art. 48, CP
2.2- Requisitos para aplicação ( Art. 44, CP
Objetivos ( incisos I e II
a) critérios nas infrações de menor potencial ofensivo (Art. 61, Lei 9.099/95) ( Conseqüências necessárias no processo perante o JECRIM – Art. 62, Lei 9.099/95
Subjetivo ( inciso III
Estratégias ( Art. 44 § 2º, CP
2.3- Conseqüências do descumprimento ( Conversão em privação da liberdade – Art. 44, § 4º, CP
	I- a hipótese de porte de drogas para fins de uso (Art. 28, da Lei 11.343/2006) ( Art. 28 § 6º da Lei 11.343/2006
Multa
3.1- Conceito ( Imposição pecuniária como consequência jurídica do delito, aplicável cumulativa ou alternativamente à pena de privação da liberdade (Art. 49, do CP)
Destinação ( Fundo penitenciário nacional
3.2- Critério de imposição
Dias-multa ( Unidade de imposição de multa, calculada entre os limites de 10 e 360 dias-multa (Art. 49, caput, do CP)
Critério na lei de drogas ( Aplicada em patamares definidos em cada tipo penal, sendo calculado o valor unitário na mesma forma prevista no CP, podendo ser aumentadas do décuplo se a condenação no patamar máximo se mostrar insuficiente (Art. 43, parágrafo único, da Lei 11.343/2006)
Critério em crimes financeiros ( Possibilidade de aumento até o décuplo, se a condenação no patamar máximo se revelar insuficiente (Art. 33, da Lei 7492/86)
Valor unitário ( Definido entre os limites de 1/30 do Salário Mínimo e 5 vezes o seu valor (Art. 49, § 1º, do CP), podendo ser aumentada do triplo se considerada insuficiente (Art. 60, § 1º, do CP)
3.3- Forma de cálculo ( Deve ser aplicada levando-se em conta os critérios do Art. 59, do CP, acrescidos da análise da condição econômica do réu (Art. 60, do CP)
3.4- Multa substitutiva ( Hipótese de aplicação alternativa à imposição de pena privativa da liberdade (Art. 60, § 2º, do CP), condicionada a imposição de pena de prisão não superior ao limite de seis meses
3.5- Descumprimento da pena ( Conversão em dívida de valor (Art. 51, do CP)
Aula 04
Aplicação da Pena Criminal - Dosimetria
Individualização da Pena – Art. 59, CP c/c Art. 5º, XLVI, CF
Fundamento ( Moderna teoria da culpabilidade
Limites ( Princípio do ne bis in idem
Sistema de aplicação da pena
2.1- Sistema da relativa determinação ( Pena cominada em graus mínimo e máximo
2.2- Método trifásico ( Art. 68, CP - Garantia da ampla defesa, determinando o conhecimento pelo acusado dos critérios que levaram o Juiz à atribuição da pena
Pena Base ( Teoria das circunstâncias judiciais - Art. 59, caput, CP
Pena Provisória ( Teoria das circunstâncias legais - Arts. 61/67, CP
Pena Definitiva ( Distinção entre elementares e circunstâncias legais
2.3- Critérios de imposição da pena base
Fixação da pena base ( análise das circunstâncias judiciais
Culpabilidade ( Verificação da reprovabilidade da conduta, numa análise normativa de indicação de exigibilidade de conduta diversa
Antecedentes ( Histórico de fatos delitivos imputados ao réu, não se confundindo com a reincidência
Conduta Social ( Juízo acerca do comportamento do indivíduo em suas relações sociais pretéritas (grupos que frequenta, igreja, clubes, etc...)
Personalidade ( Análise de questões relacionadas ao caráter do indivíduo
Motivos ( Busca pelo fundamento da ação, aquilo que impulsionou o indivíduo ao cometimento do ato
Circunstâncias ( Investigação sobre as estratégias da ação realizada
Consequências ( Análise do impacto da conduta no bem jurídico protegido
Comportamento da vítima ( Verificação sobre eventual ato de colaboração da vítima quando seu comportamento anterior signifique incentivo ao crime (cf. Exposição de Motivos da Parte Geral do CP, item 50)
Crítica ao Art. 59, CP ( Resquício de um modelo ultrapassado de Direito Penal do Autor, onde julgamos o indivíduo, e não o fato que ele realiza
2.4- Pena Provisória - 2ª fase
I- Circunstâncias agravantes genéricas ( Arts. 61/64, CP – inexistência de critério legal para índice de agravamento da pena – critério jurisprudencial
reincidência ( Art. 61, I, c/c 63, CP
efeitos da reincidência ( Art. 64, CP
condições de realização do delito ( Art. 61, II, CP
em concurso de agentes ( Art. 62, CP
II- Circunstâncias atenuantes genéricas ( Art. 65, CP – inexistência de critério legal para índice de atenuação da pena – critério jurisprudencial
idade do autor do fato ( Art. 65, I, CP
desconhecimento da lei ( Art. 65, II, CP
ii- distinção com erro de proibição (Art. 21, CP)
condições da realização do delito ( Art. 65, III, CP
III- Concurso de agravantes e atenuantes ( Art. 67, CP – circunstâncias preponderantes
Incidência de atenuantes e agravantes em hipóteses de penas-base fixadas nos limites previamente estabelecidos ( Súmula 231, STJ – RE 597270, STF
2.5- Pena Definitiva - 3ª fase
I- Causas especiais de aumento de pena ( Prevalecem em detrimento das agravantes genéricas (patamar de aumento de pena pré-determinado pela lei)
Hipóteses de previsão
Previstas na parte especial do CP e aplicadas apenas ao delito correspondente - compõem a norma incriminadora como elementares do tipo
Critérios de aplicação de acréscimos decorrentes de concurso de delitos
Causas especiais de diminuição de pena ( Prevalecem em detrimento das atenuantes genéricas (patamar de diminuição de pena pré-determinado pela lei)
Hipóteses de previsão
Previstas na parte especial do CP e aplicadas apenas ao delito correspondente - compõem a norma incriminadora como elementares do tipo
Decorrente do reconhecimento da ocorrência de crime tentado (Art. 14, parágrafoúnico, CP)
Aula 05
Livramento Condicional
Livramento Condicional – Art. 83 e seguintes, CP
1.1- Natureza Jurídica ( Benefício ou Medida Restritiva Penal?
Espécies de Livramento
ordinário ( Art. 83, I – cabível em crimes comuns a réus não reincidentes em crimes dolosos após o cumprimento de mais de 1/3 da pena estabelecida
especial ( Art. 83, II – cabível em crimes comuns a réus reincidentes em crimes dolosos após o cumprimento de mais da metade da pena determinada
extraordinário ( Art. 83, V – cabível em crimes hediondos e equiparados a hediondos, desde que não reincidente em crime da mesma natureza, após o cumprimento de mais de 2/3 da pena imposta
Requisitos para concessão
Subjetivos – Art. 83, III, CP – relacionados ao merecimento do réu
Objetivos – Art. 83, IV, CP
Condições para concessão – Art. 85, CP, c/c Art. 132, LEP (Lei de Execuções Penais)
Condições Obrigatórias ( Art. 132, § 1º, LEP
Condições Facultativas ( Art. 132, § 2º, LEP
Revogação do Livramento
Obrigatória ( Art. 86, CP
Facultativa ( Art. 87, CP
Efeitos da Revogação ( Art. 88, CP – Uma vez revogado não se concederá novo Livramento no mesmo processo, e, exceto nos casos de revogação por crime anterior ao período do livramento, não se aproveita como tempo cumprido de pena o período em liberdade
Efeitos do Cumprimento do Livramento ( Extinção da Punibilidade – Art. 90, CP
Ação Penal
Ação Penal
Espécies
Privada ( Depende da vontade exclusiva da vítima, iniciada através de Queixa-Crime – Art. 100, § 2º, CP
Privada Substitutiva de Pública ( Art. 100, § 3º, CP c/c Art. 29, CPP e Art. 46, CPP
Pública ( Iniciada por denúncia – Art. 100, CP
Condicionada – Art. 100, § 1º, CP
Incondicionada
Prazo da retratação da representação ( Art. 102, CP – Até o oferecimento da denúncia
Decadência
conceito ( Perda do direito de Ação em crimes de Ação Penal Privada
prazo ( Art. 103, CP – 6 meses da ciência da autoria do fato
Ação Penal no Crime Complexo ( Art. 101, CP – A junção de dois delitos autônomos em um único crime, faz com que a Ação Penal cabível seja pública se em relação a pelo menos um dos crimes depende da atuação do Ministério Público
Princípios Constitucionais da Ação Penal
Princípio do contraditório ( Art. 5º, LV, CF
Princípio da ampla defesa ( Art. 5º, LV, CF
Princípio do devido processo legal ( Art. 5º, LIV, CF
Princípios da Ação Penal Privada
Oportunidade/Conveniência ( A vítima do crime decide se deve ou não instaurar a ação criminal
Disponibilidade ( O Querelante (vítima) pode desistir da Ação Penal a qualquer tempo, seja deixando ocorrer a perempção, seja concedendo o perdão, seja simplesmente renunciando ao direito de ação
Indivisibilidade ( Em relação aos fatos descritos na Queixa-Crime a Ação Penal deve ser proposta contra todos os participantes do crime, devendo o Ministério Público propor o aditamento (correção da Queixa) se alguém tiver sido excluído
Princípios da Ação Penal Pública
Obrigatoriedade ( O Ministério Público tem o dever de propor a Ação Penal sempre que presentes as condições para o exercício da Ação (Ex: justa causa, representação, resultado morte na instigação ao suicídio)
Indisponibilidade ( Após a propositura da Ação Penal o Ministério Público não pode dela desistir
Indivisibilidade ( Vinculado ao princípio da obrigatoriedade determina a necessidade de que a Denúncia inclua todos os envolvidos no fato delitivo, sendo autorizado, entretanto, que os acusados de identificação desconhecida possam ser temporariamente deixados de lado na Denúncia
Ação Penal no Juizado Especial Criminal ( Rito diferenciado, baseado na celeridade e informalidade, que relativiza os princípios da obrigatoriedade e da indisponibilidade da ação

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