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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - MENEZES CÔRTES DIREITO CIVIL II – 4º PERÍODO – TURNO: manhã SEMANA 01 Caso Concreto 01: a) A relação obrigacional se forma a partir de comportamentos típicos, o que significa que existe um certo espaço de liberdade para as pessoas contratarem. Essa liberdade é reconhecida pelo Direito através de um princípio denominado princípio da liberdade contratual ou, ainda, principio da autonomia da vontade. Contudo, ela não é absoluta, sofrendo um freio através de outro princípio chamado supremacia da ordem pública, pelo qual as normas de ordem pública estão acima da liberdade das partes e não podem ser alteradas por acordo de vontades. É o Estado quem cria essas normas, o que significa que ele interfere nas relações de direito privado dirigindo os contratos, motivo pelo qual esse princípio também é chamado princípio do dirigismo contratual. A supremacia da ordem pública encontra fundamento no princípio da socialidade, que prega a função social dos contratos, ou seja, a idéia de que uma relação obrigacional não pode atender apenas os interesses dos envolvidos, contrariando os interesses sociais. O interesse coletivo deve se sobrepor aos interesses das partes (artigo 421 do CC). Além destes, o princípio da boa-fé também atua em toda e qualquer relação obrigacional, com base no artigo 422 do CC. Embora a lei não esclareça a boa-fé mencionada, neste dispositivo, é a objetiva e não a subjetiva. A diferença entre as duas está no fato de que a boa-fé subjetiva trabalha com a intenção da pessoa, enquanto a boa-fé objetiva valoriza apenas a conduta, despida de intencionalidade. A boa-fé objetiva exige uma conduta compatível com a relação obrigacional. A boa-fé objetiva faz nascer os chamados deveres anexos, também conhecidos como deveres laterais, derivados, acessórios ou, ainda, deveres de conduta. São deveres que existem independentemente do ajuste entre as partes. É o mínimo que se espera das pessoas de uma determinada relação contratual. De uma maneira geral, podemos dividi-los em 03 (três) categorias: lealdade, cooperação e informação. A violação desses deveres é chamada de violação positiva do contrato. Por todo exposto, conclui-se que a relação obrigacional é um procedimento cheio de complexidades, o que justifica ela ser vista hoje como um processo. b) O Direito Potestativo é poder que o sujeito ativo tem de interferir na esfera jurídica do sujeito passivo e este tem apenas que sujeitar-se. O sujeito passivo não tem nenhum dever, logo não pode descumprir. Não há pretensão. O direito se extingue, não havendo mais sujeição. c) Não há que se confundir obrigação com responsabilidade. Pode haver obrigação sem responsabilidade. Assim como pode haver responsabilidade sem obrigação. A sujeição tem o significado de obediência. Questão Objetiva 01: Letra ( D. Questão Objetiva 02: Letra ( C.
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