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CCJ0013-WL-D-AMMA-19-Extinção das Obrigações II-01

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DIREITO CIVIL II
Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann
AULA 19
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES 
1 - FORMAS ESPECIAIS DE 
PAGAMENTO
AULA 19
CONTEÚDO DE NOSSA AULA
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES - PAGAMENTO
1.2. Pagamento por sub-rogação:
1.3. Imputação em pagamento
1.4 Dação em pagamento
PAGAMENTO POR SUB-ROGAÇÃO
• A palavra sub-rogação vem do latim sub-rogatio, de 
sub-rogare e significa “substituir”, “passar para outrem”. 
Sub-rogar é substituir o credor, de modo que o 
pagamento por sub-rogação assemelha-se à cessão de 
crédito por se tratar da substituição da pessoa do credor 
(art.348).
Definição
Clóvis Beviláqua define a sub-rogação como “a
transferência dos direitos do credor para aquele que solveu
a obrigação, ou emprestou o necessário para solvê-la”.
Por essa definição, tem-se que, os direitos que tinha o
credor passam para aquele que, em lugar do devedor,
efetuou o pagamento, continuando o vínculo obrigacional
entre devedor e aquele que substituiu o credor..
• Ocorre a sub-rogação quando a dívida de 
alguém é paga por um terceiro que 
adquire o crédito e satisfaz o credor, mas 
não extingue a dívida e nem libera o 
devedor, que passa a dever a esse 
terceiro. Ex: A deve cem a B, mas C 
resolve pagar essa dívida, então B vai se 
satisfazer e A vai passar a dever a C. Via 
de regra não há prejuízo para o devedor 
que passa a dever a outrem.
• A lei permite que qualquer pessoa pague 
a dívida dos outros, então se o devedor 
quer evitar isso, deve se antecipar e 
cumprir logo suas obrigações. O terceiro 
que paga essa dívida pode ou não ter 
interesse jurídico, como já visto 
anteriormente.
Natureza Jurídica 
• Os doutrinadores divergem no que concerne à natureza 
jurídica da sub-rogação, entendendo uns tratar-se de uma 
cessão de crédito; outros, de um instituto autônomo. 
• Na cessão de crédito, embora haja verdadeira substituição 
de pessoas, como acontece na sub-rogação, a 
transferência se dá antes da liquidação da dívida, ocasião 
em que o cessionário passa a ser o sucessor, por ato entre 
vivos, do cedente. 
• Na sub-rogação a substituição de pessoa se dá depois de 
efetuado o pagamento da obrigação, quando um terceiro 
paga a dívida vencida no lugar do devedor, ficando, por 
isso, com os direitos do credor, a quem pagou. 
Vejamos o que diz a jurisprudencia: “Não pode o fiador
cobrar do afiançado dívida de que é co-responsável, mas
ainda não pagou. A sub-rogação opera-se só após o
pagamento” (in RT 553/183).
A corrente aceita pela maioria, tende a considerar a sub-
rogação como uma verdadeira ficção jurídica, um instituto
autônomo através do qual o crédito, com o pagamento,
extingue-se em face do credor satisfeito, não do devedor,
havendo apenas uma mudança.
Efeitos da sub-rogação:
1) satisfativo em relação ao credor primitivo. O credor 
primitivo vai se satisfazer com o pagamento feito pelo 
terceiro, mas a obrigação permanece para o devedor; a 
sub-rogação não extingue a dívida; 
• 2) translativo: o novo credor vai receber 
todas as vantagens e direitos do credor 
primitivo, desde que o pagamento tenha 
sido feito por sub-rogação (art. 349).
Espécies de sub-rogação: 
1) legal: decorrente da lei, nas hipóteses do art. 346; a lei
determina independente da vontade das partes;
2) convencional: depende de acordo escrito entre as
partes, quando o terceiro solvens faz acordo com o credor
primitivo e fica com o direito de sub-rogação mesmo sem
interesse jurídico e mesmo sem a anuência do devedor.
Através de acordo escrito se transferem todas as
vantagens do credor primitivo para o solvens, igual a uma
cessão de crédito (347 e 348).
IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO:
O normal é haver entre duas pessoas apenas uma
obrigação, mas pode ocorrer de alguém ter mais de uma
dívida com o mesmo credor.
Assim, se A deve a B cem reais decorrentes de um
empréstimo e outros cem reais decorrentes de um ato
ilícito (ex: A bateu no carro de B), quando A vai pagar
apenas uma destas dívidas precisa dizer a B qual está
quitando.
Assim, Imputar o pagamento é determinar em qual dívida o
pagamento está incidindo.
CONCEITO
Imputação de pagamento é a operação pela qual o
devedor de mais de uma dívida vencida da mesma
natureza a um só credor, indica qual das dívidas está
pagando por ser tal pagamento inferior ao total das dívidas
(art. 352).
É preciso que haja mais de uma dívida, todas vencidas, da
mesma natureza (ex: obrigação de dar dinheiro) e o
pagamento ser menor do que a soma das dívidas.
Cabe ao devedor fazer a imputação, dizer qual dívida está
quitando, e o devedor deve ser orientado por seu
advogado para quitar logo a dívida de juro maior e a dívida
com garantia (ex: hipoteca, penhor, fiança, porque aí o
devedor libera a coisa dada em garantia/o devedor libera o
fiador).
Se o devedor não imputar, o credor poderá fazê-lo (art.
353), devendo o credor ser orientado por seu advogado
para pedir a quitação na dívida de juro menor e na dívida
quirografária ( que é o mesmo que dívida sem garantia).
Atenção!!!
Pelo art. 314 o credor não
está obrigado a receber
pagamento parcial, mas na
prática pode ser melhor o
credor aceitar alguma coisa e
depois brigar pelo restante.
Se o devedor e o credor
não fizerem a imputação, a
lei fará na dívida de maior
valor, conforme art. 355 ( que
trata da imputação legal).
DAÇÃO EM PAGAMENTO
É quando você dá
alguma coisa em
pagamento, diferente da
coisa devida.
Os romanos chamavam
de datio in solutum.
Então, dação vem assim
do verbo dar.
Atenção!!!
• Não é “da ação” 
em pagamento, 
mas “dação” 
mesmo, do 
verbo dar.
Conceito
• É o acordo liberatório em que o credor 
concorda em receber do devedor 
prestação diversa da ajustada (356). Não 
pode haver imposição do devedor em 
pagar algo diferente do devido (313), 
afinal quem deve dinheiro só paga com 
um objeto se o credor aceitar. Ex: devo 
dinheiro e pago com uma TV, um livro, 
uma casa, etc.
Requisitos da dação
• 1) consentimento, concordância, anuência 
do credor; 
• 2) prestação diversa da ajustada, então 
não se trata de obrigação alternativa, pois 
nesta a obrigação nasce com duas 
opções de pagamento; na dação é só 
depois que as partes trocam o objeto do 
pagamento.
Efeitos da dação: 
• 1) satisfatório em relação ao credor, 
mesmo recebendo outra coisa, pois o 
credor pode preferir receber coisa diversa 
do que receber com atraso ou nada 
receber; 
• 2) liberatório em relação ao devedor, pois 
a dívida se extingue e o devedor se 
exonera da obrigação. Estes dois efeitos 
são os mesmos do pagamento natural.
VAMOS ÀS RESPOSTAS DOS CASOS 
CONCRETOS
CASO CONCRETO 1
Dona Maria de Fatima d´Oliveira, simpática velhinha natural de 
Trás os Montes, Portugal, é a locadora de um conjunto de 
casas de veraneio à beira da praia, em Cabo Frio/RJ.
Todo ano Rodrigo e seus amigos de escritório alugam 
pessoalmente uma das casas de Dona Maria de Fátima, para 
passar o carnaval. Para tal, calculam o valor total do aluguel 
previamente e enviam um depósito bancário, uma semana 
antes do carnaval no valor da metade do aluguel e a outra 
metade depositam duas semanas depois do carnaval. Tem 
sido assim por exatos cinco anos.
Imaginem que por um desses acasos do destino, logo agora 
que resolveram alugar a casa por três meses, a locadora morre 
no sábado de carnaval e os inquilinos desconhecem seus 
herdeiros. 
Pergunta-se:
A) O que os inquilinos devem fazer para pagar o aluguel 
devido? O que será feito pelo juiz?
Gabarito sugerido - devem consignar o aluguel para evitar a 
mora e o despejo. O Juiz vai procurar o sucessor do credor.
B) Imaginem que Dona Maria deixa o marido Joaquim como 
beneficiário do seguro de vida, só que a falecida tinha um 
esposo e um companheiro com o qual vivera por trinta anos,então a seguradora vai pagar a qual dos dois? 
Gabarito sugerido – A seguradora pagará em Juízo, numa 
conta a disposição do Juiz, o Juiz dá uma sentença à 
seguradora, que servirá de quitação, enquanto as duas 
mulheres seguem no processo disputando o dinheiro (793, 335, 
IV). É prudente a seguradora fazer isso até para não correr 
risco de pagar ao homem errado e efetuar pagamento indevido.
CASO CONCRETO 2
(Prova(s): CESPE - 2008 - INSS - Analista do Seguro Social –
Direito)
O regime econômico se estrutura mediante as relações 
obrigacionais; assim, por meio do direito das obrigações, se 
estabelece também a autonomia da vontade entre os 
particulares na esfera patrimonial. Pode-se afirmar que o direito 
das obrigações exerce grande influência na vida econômica, em 
razão da inegável constância das relações jurídicas 
obrigacionais no mundo contemporâneo; ele intervém na vida 
econômica, nas relações de consumo sob diversas modalidades 
e, também, na distribuição dos bens. O direito das obrigações é, 
pois, um ramo do direito civil que tem por fim contrapesar as 
relações entre credores e devedores. Consiste em um complexo 
de normas que regem relações jurídicas de ordem patrimonial e 
que têm por objeto prestações (dar, restituir, fazer e não fazer) 
cumpridas por um sujeito em proveito de outro.
A partir das idéias apresentadas no texto acima, julgue como 
CERTO ou ERRADO os seguintes itens, acerca do direito das 
obrigações.
1. O fiador que paga a dívida em seu próprio nome não se sub-
roga nos direitos do credor.
Sugestão de gabarito – ERRADO - A sub-rogação é uma forma 
de pagamento, o qual é mais uma das formas de extinção de uma 
obrigação.
Há dois tipos de sub-rogação: a real e a pessoal. A sub-rogação 
real caracteriza-se pela substituição do objeto, da coisa devida, 
onde a segunda fica no lugar da primeira com os mesmos ônus e 
atributos.
Já a sub-rogação pessoal trata-se da substituição de uma 
pessoa por outra, onde a segunda fica no lugar da 
primeira, com os mesmos direitos e ações cabíveis. O 
Código Civil, ao tratar do pagamento com sub-rogação, 
refere-se à sub-rogação pessoal.
O exemplo de sub-rogação é o caso da questão que trata 
do fiador que paga ao credor a dívida do devedor.
Ele não era absolutamente responsável pela dívida, mas 
se o devedor não a paga deverá ele pagá-la. Como co-
responsável pela dívida, ou seja, como terceiro 
interessado, o fiador se antecipa ao devedor insolvente 
pagando a dívida, e colocando-se no lugar do credor, em 
relação ao qual a dívida se extingue. Art. 985, III. 
QUESTÃO OBJETIVA
Assinale a opção CORRETA de acordo com o Código Civil 
brasileiro:
(A) A sub-rogação objetiva ou real ocorre pela substituição 
de uma das partes, sem a extinção do vínculo obrigacional.
(B) Caso o sub-rogado não consiga receber a importância 
devida, ele poderá cobrá-la do credor original.
(C) Aplica-se à dação em pagamento o regime jurídico dos 
vícios redibitórios.
(D) Opera-se novação quando o devedor oferece nova 
garantia ao credor.
Gabarito sugerido: C
Comentário:
Letra A – Errada (Sub-rogação real é a substituição de uma 
coisa por outra com os mesmos ônus e atributos).
Letra B – Errada (Salvo convenção em sentido contrário, o 
sub-rogado não dispõe de ação contra o credor para obter 
reembolso em caso de insolvência do devedor).
Letra C – Certa (CC, art. 357: Determinado o preço da coisa 
dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-
ão pelas normas do contrato de compra e venda – incluídas 
aí as normas referentes aos vícios redibitórios).
Letra D – Errada (A novação pressupõe a criação de uma 
nova relação jurídica com o objetivo de substituir e extinguir 
uma obrigação anterior).
Ficamos por aqui! 
Não esqueça de ler o 
material didático 
para a próxima aula 
e de fazer os 
exercícios que estão 
na webaula.

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