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CCJ0013-WL-D-AMMA-26-Inadimplemento das Obrigações I-02

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DIREITO CIVIL II
Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann
AULA 26
INADIMPLEMENTO DAS 
OBRIGAÇÕES E SUAS 
CONSEQÜÊNCIAS
AULA 26
CONTEÚDO DE NOSSA AULA
Unidade 6 – DO INDADIMPLEMENTO DAS 
OBRIGAÇÕES E SUAS CONSEQÜÊNCIAS
• 6.1. Disposições gerais
• 6.2. Mora e inadimplemento
• 6.3. Perdas e danos
CASO CONCRETO 1
Antonio Marcos, famoso criador de cavalos do interior de 
São Paulo, deve um cavalo campeão a Benjamin, seu 
compadre, mas Antonio entrou em mora para levar o 
cavalo para Benjamin, então vem uma cheia no rio que 
passa pela fazenda de Antonio e mata o cavalo.
Pergunta-se:
Em razão da morte do animal, Antonio irá responder por 
perdas e danos?
E se a cheia chegasse antes do vencimento Antonio 
responderia por perdas e danos?
CASO CONCRETO 2
Esta é realmente uma grande tragédia: José Roberto, 
carteiro do bairro, acaba de ser atropelado na calçada por 
um motorista embriagado, e tem uma das pernas 
amputada no acidente, perderá seu emprego, porque não 
conseguirá mais caminhar.
No caso apresentado temos um dano patrimonial. 
a) Como deverá o motorista reparar tal dano?
b) Como deverá ser mensurado o dano patrimonial 
existente?
c) E se a lesão for parcial?
CASO CONCRETO 3
Rita de Cássia chegou exatos 5 minutos depois que Seu 
José fechou os portões do local onde está se realizando o 
concurso de seleção de engenheiros para trabalhar no 
projeto do Pré-Sal. O atraso de Rita se deu por culpa 
exclusiva do onibus em que estava, pois o motorista 
passou o tempo todo ao telefone conversando com a 
namorada. Com isso, Rita, engenheira recém formada, 
perdeu a chance de seu primeiro emprego.
Pergunta-se:
O dano causado pela perda de uma chance caracteriza 
dano material?
MORA E INADIMPLEMENTO
Concluímos os modos de extinção das obrigações, e 
iniciamos o inadimplemento das obrigações, vamos agora 
avançar para a mora . A regra é toda obrigação ser 
cumprida, é todo contrato ser cumprido, afinal o contrato 
faz lei entre as partes, e como diziam os romanos “pacta 
sunt servanda”.
Porém, excepcionalmente, como já vimos nas aulas 
anteriores, as obrigações podem não ser cumpridas por 
culpa do devedor ou por culpa do credor ou por algum 
acidente ( = caso fortuito ou de força maior).
• A culpa do devedor pode 
ensejar a mora ou o 
inadimplemento. A mora é o 
atraso no pagamento enquanto 
o inadimplemento é a falta de 
pagamento. Curioso é que a 
mora pode também ser do 
credor, ou seja, o credor pode 
se negar a aceitar o pagamento 
(ex: A deve milho a B, mas B se 
recusa a aceitar alegando que 
os grãos estão estragados). 
Vejamos a mora e seus efeitos:
CONCEITO DE MORA
• Mora é o atraso no pagamento ou no 
recebimento, tanto por culpa do devedor (mora 
solvendi) como por culpa do credor (mora 
accipiendi). 
• Importante esclarecer : Se ambos tiverem culpa 
não haverá mora, pois as moras recíprocas se 
anulam. 
• Então, podemos sintetizar afirmando que mora é a 
impontualidade culposa do devedor no pagamento ou do 
credor no recebimento (394). Se o devedor atrasa sem 
culpa (ex: por causa de um acidente, uma greve, uma 
cheia, um caso fortuito ou de força maior) não haverá 
mora (396). 
• Mas a mora do credor independe de culpa e o devedor 
nesse caso deve consignar o pagamento. 
• Assim não importam os motivos da mora do credor, o 
devedor precisa exercer seu dever e seu direito de 
pagar através da consignação (335 , I – observem que 
tal inciso usa a expressão “se o credor não puder”, não 
importando assim os motivos pelos quais o credor não 
pôde ir buscar o pagamento, mesmo que sejam 
decorrentes de um caso fortuito). 
• A mora do credor é mais rara.
Efeitos da mora do credor
• O credor que não quiser ou não for receber o 
pagamento conforme acertado sujeita-se a quatro 
efeitos: 
• 1) o credor em mora libera o devedor da 
responsabilidade pela conservação da coisa (ex: A deve 
um cavalo a B que ficou de ir buscá-lo na fazenda de A; 
a mora de B não responsabiliza A caso o cavalo venha a 
morrer mordido por uma cobra após o vencimento; § 2º 
do 492); 
• 2) o credor em mora deve ressarcir o devedor com as 
despesas pela conservação da coisa (no exemplo do 
cavalo, B deve pagar as despesas de A com ração e 
medicamento desde o vencimento); 
• 3) obriga o credor a pagar um preço mais alto pela coisa 
se a cotação subir; este efeito se aplica a coisas que 
têm preço na bolsa de valores, como ações, açúcar, 
café, soja, etc. No art. 400 do CC vamos encontrar estes 
três efeitos; 
• 4) finalmente: o credor em mora não pode cobrar juros 
do devedor desse período, afinal foi do credor a culpa 
pela atraso no pagamento.
Mora do devedor
A mora solvendi pode se equiparar ao inadimplemento e o 
credor exigir então perdas e danos (389). Aqui ilustramos 
com o CASO CONCRETO n. 01: A compra docinhos para 
o casamento da filha, mas a comida atrasa e chega depois 
da festa, é evidente que esta mora corresponde a um 
inadimplemento (§ ú do 395). Se o atraso foi por culpa da 
doceira, além de devolver o dinheiro, vai ter que pagar as 
perdas e danos do 389. Mas se o atraso foi por causa de 
uma enchente que derrubou a ponte, a doceira só terá que 
devolver o dinheiro, sem os acréscimos das perdas e 
danos.
Pressupostos da mora do devedor: 
• 1) crédito vencido (397); 
• 2) culpa do devedor: esta é a culpa lato sensu (= em 
sentido amplo) que corresponde ao dolo e à culpa stricto 
sensu (= em sentido restrito), que se divide em 
imprudência e negligência, como estudado pelos alunos 
em ato ilícito no semestre passado; se não há qualquer 
culpa, mas caso fortuito ou de força maior não existe 
mora do devedor (393, 396); 
• 3) possibilidade de cumprimento tardio da obrigação 
com utilidade para o credor, caso contrário teremos 
inadimplemento e não mora (§ ú do 395).
Efeitos da mora do devedor: 
• 1) o devedor responde pelos prejuízos causados, mais 
multa, juros, etc (395); 
• 2) o devedor em mora responde pelo caso fortuito ou 
de força maior ocorridos durante o atraso (399, Aqui 
podemos trabalhar com o CASO CONCRETO DE N. 
01: A deve um cavalo campeão a B, mas A entrou em 
mora para levar o cavalo para B, então vem uma cheia 
e mata o cavalo, A irá responder por perdas e danos, 
salvo se conseguir provar que a cheia também atingiu 
a fazenda de B e que o cavalo morreria do mesmo jeito 
se estivesse lá; se a cheia chegasse antes do 
vencimento A também não iria responder perante B 
pela morte do cavalo pois se tratou de um caso fortuito 
ou de força maior).
Purgação da mora
• purgar significa emendar, reparar, remediar; purgar a 
mora é consertar/sanar as consequências da mora, 
tanto para o devedor como para o credor, conforme art. 
401. Em caso de inadimplemento do devedor não se 
purga mais a mora, resolvendo-se em perdas e danos. A 
mora do devedor pode também ser purgada se o credor 
perdoar/remir/dispensar as perdas e danos do 395.
PERDAS E DANOS
• O que são as perdas e danos devidas pelo inadimplente 
ao credor? 
• o Código Civil também prevê as perdas e danos. O 
artigo 402 rege: "as perdas e danos devidas ao credor 
abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que 
razoavelmente deixou de lucrar".
• Não se trata de um enriquecimento do credor (403), mas 
sim de uma compensação financeira pelos danos 
sofridos pelo credor, sejam danos materiais, sejam 
danos morais.
• Diz José de Aguiar Dias: "O conceito de dano é único, e 
corresponde a lesão de um direito"
• Vale salientar que o artigo 404 dispõe: "As perdas e 
danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, 
serão pagas com atualização monetária segundo 
índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo 
juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da 
pena convencional".
Requisitos
1- Oerro de conduta do agente, no seu procedimento 
contrário ao predeterminado na obrigação, por culpa ou 
dolo. 
2- A ofensa a um bem jurídico de natureza material, 
patrimonial, ou pessoal, desde que se possa aferir em 
moeda.
3- Uma relação de causalidade entre a antijuridicidade da 
ação e o dano ocorrido. 
1- O erro de conduta do agente pode ser uma ação ou 
omissão, caracterizada por dolo ou simples culpa. Escusa-
se em ocorrendo caso fortuito ou de força maior, no dizer 
do CC/2002, “fato necessário, cujos efeitos não era 
possível evitar ou impedir.”
Ficamos por aqui! 
Não esqueça de 
ler o material 
didático para a 
próxima aula e 
de fazer os 
exercícios que 
estão na 
webaula.

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