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Aquisição, Modificação e Extinção de Direitos

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NASCIMENTO, AQUISICÃO E MODIFICAÇÃO DE DIREITOS.
Fato Jurídico em sentido amplo = - acontecimento ou situação de fato
- independente ou dependente da vontade que tenha por fim adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.
Conseqüência direta dos fatos jurídicos: aquisição, modificação e extinção de direitos.
I - AQUISICÃO DE DIREITOS: A aquisição é um fato pelo qual alguém assume a condição de titular de um direito subjetivo (Paulo Nader). Podem ser: Por determinação da lei (direito à honra), por um ato de vontade (surge pela prática de um ato jurídico). Segundo Paulo Nader pode ser por um ato exclusivo da pessoa (ocupação), por ato de outra pessoa (testamento), ou por conjunto de pessoas (contrato). 
ESPÉCIES DE AQUISIÇÃO DE DIREITOS:
 
A)ORIGINÁRIA:. "O direito não decorre de uma transmissão, mas se manifesta autonomamente comseu titular"(Paulo Nader). Não há na hipótese "passagem de direito", isto é, estamos tratando de algo novo, que não fora tratado antes. 
Exemplo fornecido: Pescaria. O direito de possuir peixes como propriedade nossa. Peixes, antes da pescaria, "res nullius"- coisa de ninguém. 
Assim, a aquisição originária decorre da inexistência de um titular anterior desse direito que se adquire, trata-se de aquisição sem titular precedente.
B) DERIVADA: Decorre da transmissão do direito de um titular precedente a outro titular subsequente Arremata o autor. Assim, segundo Paulo Nader, ocorre mudança ou transferencia de titularidade do direito Ex. Se um bem é doado o direito de propriedade passa do titular anterior (doador) para o titular novo (donatário). Há, portanto, transferência de titularidade.
A aquisição deriva pode ser a) translativa = hipótese em que tenho transferência total do direito para o seu novo titular. Ex. alguém vende a vista um veículo de sua propriedade. Neta modalidade temos simultaneamente aquisição do direito por parte do novo titular. b) constitutiva = nesta hipóetse o titular anterior ainda mantém alguma parcela do direito sobre o bem objeto da transferência. Ex: pais fazem doação de um imóvel ao filho estabelecendo cláusula de usufruto em favor dos doadores. Vale dizer, o direito de propriedade do filho está limitado. Os doadores fizeram a transferência de parte desse direito, reservando, ainda, uma parcela de direito sobe o bem transferido. 
Código Civil - art. 74, incisos I, II e III. - aquisição pode decorrer de ato do próprio adquirente ou através de ato de outrem, neste último caso quando se vale da representação que pode ser:
legal = decorrente da lei . Ex. filho menor adquirir direitos mediante representação legal dos pais (art. 84 do CC).
Voluntária= ato de vontade. Ex. a que decorre de mandato, feita através de procuração.
QUANTO AO MOMENTO DE AQUISIÇÃO OS DIREITOS PODEM SER:
atuais = aqueles completamente adquiridos no ato. Ex. compra à vista 
futuros = aqueles cuja aquisição não se completou, permanecendo pendente. Ex. compra de veículo a prazo. Enquanto não terminar de pagar não terá a propriedade definitiva. Esta pode ainda ser 1) deferida - quando depende exclusivamente do adquirente, exemplo: a aceitação de uma herança, depende exclusivamente da vontade do agente querê-la ou não; 2) não deferida - se alguém promete uma recompensa a quem achar um animal de estimação, só terá direito a recompensa quem achá-lo.
Segundo Paulo Nader, a aquisição originária não está sujeita a vícios, porque o direito não possui qualquer vínculo. 
 II - MODIFICAÇÕES DE DIREITO
Paulo Nader, citando Alessandro Gropali distingue a modificação em subjetiva e objetiva. Na priemira espécie ocorre mudança do titular o direito. Já a objetiva é a que incide sobre o objeto (aspecto quantitativo = objeto sofre diminuição, modificação de parte de um terreno, ou acréscimo, como no caso de aluvião - consiste no acúmulo de terras em uma propriedade ribeirinha, depósito deito pelas águas do rio). Pode também ser qualitativa. Exemplo fornecido por Paulo Nader é a do dono de um imóvel gravado com cláusula de ianlienabilidade.(sub-rogação).
III - EXTINÇÃO DE DIREITIOS
perecimento do objeto = Art. 77 do Código Civil. O mesmo ocorre quando estiver em local inacessível (objeto lançado num abismo.
Alienação = transferência do direito (gratuito ou oneroso).
Renúncia - alguém abdica de um direito - herdeiro não aceita uma herança.
Prescrição - Perda do direito de ação pelo decurso de tempo. Significa dizer, conforme Paulo Nader, que com a prescrição o direito não desaparece, mas fica sem meios de obter a proteção judicial. Além da prescrição extintiva há a aquisitiva (obtenção de um direito pelo decurso do tempo - ususcapião).
Decadência - Perda de um direito pela ação do decurso de tempo.

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