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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO- UFRPE UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS- UAG ENGENHARIA DE ALIMENTOS RESUMO DE FISICO-QUÍMICA II ANDERSON FELIPE VIANA DA SILVA GARANHUNS-PE ABRIL/2013 ANDERSON FELIPE VIANA DA SILVA RESUMO DE FISICO-QUÍMICA II GARANHUNS-PE ABRIL/2013 Resumo como requisito para obtenção de nota para a 2ª verificação de aprendizagem da disciplina Físico- química II, sob a supervisão do professor Francisco Resende de Albuquerque. 18.1. Energia e tensão superficiais Uma molécula de superfície possui uma energia de ligação igual a 75% da energia de ligação de uma molécula no interior e a energia de uma molécula na superfície é maior do que aquela de uma molécula que se localiza no interior de um sólido. Seja um filme líquido estendido em uma armação de arame com um lado móvel, para aumentar a área do filme em dA, tem que ser realizado uma quantidade proporcional de trabalho. A energia de Gibbs do filme aumenta de γdA (γ é a energia de Gibbs superficial por unidade de área), o aumento da energia de Gibbs indica que o movimento do arame sofre a oposição de uma força f, se movermos o arame uma distância dx, o trabalho realizado é f dx. Sendo l o comprimento do lado móvel, o aumento da área é 2(l dx) (isso porque temos que considerar os dois lados de do filme) 18.2. Grandeza da tensão superficial Se a razão entre a superfície e o volume do sistema for muito grande, a energia superficial será perceptível. Escrevemos a energia como Onde V, A, Ev e Ea são o volume, a área, a energia por unidade de volume e a energia por unidade de área. Como E = ϵ N onde ϵ é a energia por molécula e N são os números de moléculas. 18.3. Medida da tensão superficial Para ser medido a tensão superficial utilizamos um instrumento chamado tensiômetro de duNoüy. A força medida é igual a um comprimento de um fio que está em contato com um anel presente no tensiômetro. Essa força pode ser representada como O comprimento é duas vezes a circunferência, pois o liquido está em contato com o lado de dentro o e o dado de fora do anel. Existe um fator de correção empírico, f, dessa forma temos O método de Wilhelmy é similar ao método do anel, nele pendura-se uma placa fina microscópica e mergulha-se na solução. Se o perímetro da placa é p, a força que puxa a placa para baixo é γp. Se F e Fa são a forças que atuam para baixo quando a placa está tocando a superfície, então Esse método é particularmente conveniente para se medir diferenças em γ. Outro método utilizado é o método da gota em que quando esta força está equilibrada pela massa da porção inferior, a gota se desprende e Onde m é a massa da gota. 18.4. Formulação Termodinâmica Com duas fases escolhemos como sendo essas fases M1 e M2 suponha que a interface seja ligeiramente deslocada para a nova posição uI’. Logo as variações de energia são: A última equação foi por analogia às outras, pois dW = - γdA. Não há termo pdV para a superfície. A variação total de energia é Como o volume total V = V1 + V2, então dV = dV1 – dV2 e Se a entropia e o volume são constantes, dS = 0 e dV = 0, então, no equilíbrio, a energia está num mínimo, dU = 0. Isto reduz a equação para Se a interface não for plana, o deslocamento da interface envolverá uma variação em área.Isto conduzirá, por sua vez, a uma diferente de pressões entre as duas faces. Se a superfície for cônica em que a curvatura é R. Assim sendo, a área da calota é A = ωR² e o volume de M2 contido pelo cone até a calota é V2 = ωR³/3, onde ω é o ângulo sólido subentendido pela calota. Logo temos Simplificando temos Se a interface não é esférica mas possui como raios principais de curvatura R e R’, então a equação acima terá a forma 18.5. Ascensão capilar e depressão capilar Se um tubo capilar for mergulhado parcialmente em um liquido, haverá uma diferença entre o nível interior e o nível interior e o exterior do líquido. Esse comportamento é uma consequência do fato de a interface líquido-vapor ser curva no interior do tubo e plana fora dele. As densidades das duas fases são ρ1 e ρ2, seja p1 a pressão na fase 1 sobre o plano que separa as duas fases, p’1 e p’2 são as pressões interiores nas fases 1 e 2 junto da interface curva. Sendo z a profundidade, temos Sendo p’2 = p’1 + 2γ/R e p’1 = p1 + ρ1gh, temos Fazendo outras relações temos 18.6. Propriedades de pequenas partículas Aumento da pressão de vapor Usando a equação abaixo Onde p é a pressão de vapor, V 1 constante, quando r→∞, podemos escrever Aumento da solubilidade Seguindo a mesma lógica temos 18.7. Bolhas – Gotas Sésseis É possível determinar a tensão superficial a partir da pressão máxima necessária para soprar uma bolha na extremidade de um tubo capilar imerso num líquido. A partir da medida da pressão máxima de bolha pode-se obter o valor de γ. Se pmáx é a pressão máxima necessária para soprar a bolha e ph é a pressão na profundidade da ponta, h, então Uma vez que a forma de uma gota séssil numa superfície que ela não molha depende da tensão superficial, podemos medir a tensão superficial medindo com precisão os parâmetros que caracterizam a forma da gota. Onde h é a distancia entre o topo e dy/dx→∞. 18.8. Interface líquido-líquido e sólido-líquido Uma tensão interfacial entre duas fases líquidas, α e β, é designada por γαβ. Sendo uma interface de área unitária, o aumento da energia de Gibbs nesta transformação é Este aumento na energia de Gibbs é chamado trabalho de adesão entre α e β. Se seccionarmos uma coluna da fase pura α, formaremos 2 m2 de superfície e Este aumento na energia Gibbs, , é chamado de trabalho de coesão de α. Então À medida que a energia de Gibbs de adesão entre as fases α e β aumentam, γαβ diminui. Neste caso, o trabalho de adesão é a média do trabalho de coesão dos dois líquidos. Analogamente a primeira equação desse tópico para a tensão interfacial, temos Se deformarmos ligeiramente a superfície líquida, de forma que a área da interface sólido- líquido aumente de dAsl, a variação da energia de Gibbs será Podemos definir o σ1s, o coeficiente de espalhamento para o líquido sobre o sólido, como Disso tiramos que Se o liquido for estável quanto às variações em sua área, σ1s = 0 e teremos Daí podemos tirar Resumindo tudo, teremos: 18.9. Tensão superficial e adsorção Com uma interface plana,temos que p1 = p2 = p e a energia de Gibbs torna-se uma função conveniente. A variação na energia de Gibbs total do sistema é dada por Aplicando a energia total temos A temperatura, pressão e composição constantes, integrando a equação acima temos Com Fazendo Temos Para calcular o numero real de moles das espécies i no sistema, multiplicamos ci pelo elemento de volume, dV = Adz, e integramos sobre todo o comprimento do sistema, isto é, de zero a Z: Como temos Suponhamos que ajustemos a posição da superfície de referencia de tal modo que o excesso superficial de um dos componentes torne-se zero. Este componente é usualmente escolhido como sendo o solvente e indicado como componente 1. Então, para um sistema de dois componentes toma a forma Em uma solução ideal diluída teremos 18.10. Filmes superficiais Certas substâncias insolúveis espalham-se sobre a superfície de um liquido, como por exemplo a água, até formarem uma só camada molecular. Notemos que F é uma força por unidade de comprimento da bateria e se iguala com a força que age sobre um flutuador. Essas curvas se parecem muito com as isotermas de um gás real. Na verdade, a curva superior obedece a uma lei muito parecida com a lei dos gases ideais, Escrevendo a isoterma de adsorção de Gibbs na forma Sendo Teremos Com chega-se a Existem também vários diferentes tipos de filmes superficiais , nesta seção discutiremos somente o mais simples deles. 18.11. Adsorção em sólidos A isoterma de Freudlich é uma das primeiras equações propostas para estabelecer uma entre a quantidade de material adsorvido e a concentração do material na solução: Fazendo todas as substituições necessárias teremos 18.12. Adsorção física e química Como as forças de van der Waals são iguais às que produzem liquefação, a adsorção não pode ocorrer a temperaturas muito acima da temperatura crítica do adsorvato gasoso. Quando as moléculas adsorvidas reagem quimicamente com a superfície, o fenômeno é denominado de adsorção química. A adsorção química não prossegue além da formação de uma única camada sobre a superfície do adsorvente. Observa-se que em muitos sistemas o calor de adsorção decresce com o aumento da superfície coberta. 18.13. A isoterma de Brunauer, Emmet e Teller (BET) Quando p = p 0, a equação possui uma singularidade e V→∞ Para obtermos as constantes c e Vm Multiplicando tudo por
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