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CCJ0014-WL-C-PP-Aula 04-Isete Evangelista Albuquerque

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Isete Evangelista Albuquerque
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Previsão legal: arts. 264 ao 285 do CC.
Solidária (ou in solidum): a solidariedade não se presume, resultando da lei ou da vontade das partes. 
CARACTERÍSTICAS: art. 264 do CC
* Pluralidade de credores e/ou devedores.
* Integralidade da prestação.
* Corresponsabilidade dos interessados.
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A indivisível não pode ser fracionada pela inviabilidade do seu fracionamento. Já a solidária deve ser feita por inteiro, mas poderia ser feita de forma fracionada.
A indivisível é condição e modo de ser do pagamento. Já a solidária é meio de garantia do pagamento.
A fonte da indivisibilidade é a natureza da prestação, e a da solidariedade é o título constitutivo da obrigação.
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A solidariedade pode ser:
ATIVA
PASSIVA 
MISTA → é aquela em que qualquer um dos cocredores pode exigir de qualquer um dos codevedores a totalidade da prestação, não importando se esta é divisível ou não. 
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Solidária ativa é aquela que ocorre entre os credores. 
Previsão legal: arts. 267 a 274 do CC. 
Pode ser legal ou convencional. 
Exemplo de solidariedade ativa: conta bancária conjunta, onde cada titular está autorizado a movimentar livremente a conta. São credores solidários perante o banco.
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Cobrança da prestação: qualquer um dos cocredores pode cobrar sozinho a totalidade da prestação, não importando se esta é divisível ou indivisível (art. 267 do CC).
Pagamento parcial ou total: nos termos do art. 269 do CC, o pagamento feito a um dos cocredores pode ser total ou parcial. 
Demanda contra devedor comum: na hipótese de um dos cocredores demandar contra o devedor, este deverá pagar aquele que o demandou (art. 268 do CC).
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Falecimento de um dos cocredores: se um dos cocredores falecer deixando herdeiros, estes terão direito a exigir a quota-parte correspondente ao seu quinhão hereditário, salvo a prestação for indivisível (art. 270 do CC).
Perecimento da coisa certa por culpa do devedor comum: a obrigação converte-se em perdas e danos, e a solidariedade subsiste, podendo cada cocredor exigir a totalidade do quantum devido (art. 271 do CC).
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Remissão da dívida por um dos cocredores: o credor solidário que remitir a dívida do devedor comum responderá perante os demais cocredores pela quota-parte de cada um, pois estes podem propor uma ação regressiva (art. 272 do CC).
Pagamento integral a um dos cocredores: neste caso, o devedor comum libera-se da obrigação, cabendo ao cocredor que recebeu a integralidade da prestação pagar aos demais cocredores a sua quota-parte (art. 272 do CC).
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Oposição de exceções em ação de cobrança: as exceções pessoais não se aproveitam aos demais cocredores. Ex.: devedor não pagará ao credor “A” em razão de um vício de consentimento ou incapacidade. Já as exceções comuns se aproveitam a todos. Ex.: ilicitude do objeto (praticar crime) – art. 273 do CC.
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Propositura de uma ação de cobrança somente por um dos cocredores: o julgamento desfavorável da ação não se aproveita aos demais. Já em caso de julgamento favorável, este aproveita-se aos demais cocredores, salvo se for por exceção pessoal (art. 274 do CC).
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Solidária passiva: é aquela que ocorre entre os devedores.
Previsão legal: arts. 275 a 285 do CC. 
Pode ser legal ou convencional. 
Exemplos de solidariedade passiva legal: entre locatários; entre fiadores; entre condôminos.
		
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Cobrança da prestação pelo credor comum: qualquer um dos devedores solidários pode ser obrigado a cumprir sozinho a integralidade da prestação, não importando se esta é divisível ou não. Isto porque o credor tem direito a exigir, parcial ou totalmente, a prestação de qualquer um dos devedores solidários.
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Pagamento parcial ou total: se o pagamento feito por um dos codevedores for parcial, todos os demais devedores continuam solidários pelo valor remanescente (art. 275 do CC).
Propositura de ação de cobrança contra um ou alguns dos codevedores: não implica renúncia à solidariedade. Logo, o credor poderá acionar posteriormente os demais (art. 275, parágrafo único, do CC c/c art. 280 do CC).
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Falecimento de um dos codevedores: se um dos codevedores falecer deixando herdeiros, estes somente responderão pela quota-parte correspondente ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível (art. 276 do CC). 
Falecendo um dos codevedores solidários e deixando herdeiros, a obrigação entre os herdeiros não é solidária, mas, em relação aos demais devedores, são considerados como um devedor solidário.
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Pagamento parcial e a remissão obtida por um dos codevedores: não se aproveita aos demais, que continuarão coobrigados solidariamente pelo valor remanescente (art. 277 do CC).
Nas palavras de Arnoldo Wald (2010, p. 65):
sendo liberalidade a remissão, é interpretada restritivamente, aplicando-se tão somente à quota do devedor, mantido o dever solidário dos coobrigados pelo total do montante do débito, descontada a parte do devedor que obteve remissão.
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Alteração ulterior do contrato: caso o contrato seja alterado posteriormente, não poderá agravar a situação dos codevedores que não consentirem (art. 278 do CC).
Impossibilidade de cumprimento da prestação: (art. 279 do CC)
* Sem culpa: resolve-se a obrigação.
* Por culpa de um ou todos codevedores – todos responderão pelo equivalente em dinheiro, cabendo perdas e danos somente ao(s) culpado(s).
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Oposição de exceções em ação de cobrança: nesta ação, o devedor solidário pode opor as exceções comuns, que se aproveitam a todos os codevedores, bem como as que lhe são pessoais, não se aproveitando aos demais (art. 281 do CC).
Exceções comuns: são as que podem ser alegadas por qualquer um dos codevedores, como ilicitude do objeto e extinção da dívida por pagamento já feito.
Exceções pessoais: são as que só podem ser alegadas pelo interessado, como devedor alegando vício de sua vontade.
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Pagamento integral por apenas um dos codevedores: permite que ele exija dos demais coobrigados a quota-parte correspondente. Havendo devedor insolvente, divide-se a quota deste igualmente por todos (art. 283 do CC).
Na relação externa, cada devedor é obrigado pela totalidade da dívida, e, na relação interna, a lei lhe assegura o direito ao reembolso das quotas alheias pagas, mediante o exercício da ação regressiva (WALD, 2010, p. 64).
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A insolvência de um dos codevedores aumenta a quota-parte dos demais (diferente do que ocorre na divisibilidade sem solidariedade). Importante!!! Aqueles que tenham sido exonerados da solidariedade também participarão do rateio da parte correspondente ao devedor insolvente (arts. 283 e 284 do CC).
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Neste sentido, explica Arnoldo Wald (2010, p. 66):
Partindo-se da premissa de que o credor não pode agravar a situação dos devedores solidários, a exclusão ou renúncia a solidariedade em relação a um ou vários devedores, além de implicar a dedução de suas quotas do montante global exigível dos devedores remanescentes solidários, não afasta o devedor, excluído da solidariedade pelo credor, da obrigação de contribuir no rateio do débito entre codevedores, se um deles for insolvente (art. 284).
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Renúncia à solidariedade em favor do(s) devedor(s): o devedor beneficiado responderá apenas pela sua quota-parte, persistindo a solidariedade entre os demais codevedores em relação ao valor remanescente. Agora, se a renúncia for total, cada um responderá apenas pela sua quota-parte (art. 282 do CC).
Se a dívida solidária interessar somente a um dos devedores: este responderá por ela para com aquele que pagar (art. 285 do CC).
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Importante!!! Em relação ao art. 285 do CC, a presunção é de que o cumprimento da obrigação solidária é de interesse de todos os coobrigados. Mas, é possível prova em contrário, baseada no título constitutivo da obrigação ou nas próprias circunstâncias do negócio jurídico firmado, como, por exemplo, “efetuação do pagamento dos aluguéis pelo fiador, no interesse exclusivodo locatário”.
 
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QUESTÃO: Considerando que os irmãos Gustavo, Eduardo e Leonardo tenham adquirido um barco de pesca a ser pago em cinco prestações mensais de R$ 5.000,00, tendo firmado, para tanto, um contrato que contém cláusula de solidariedade, assinale a opção correta com relação a esse negócio jurídico.
a) Caso os devedores não cumpram a obrigação referente ao pagamento, o credor poderá exigir apenas de um deles o total da dívida comum, pois, se pretender exigir o pagamento parcial, deverá demandar cada um pela sua cota.
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b) Ainda que a prestação se impossibilite por culpa de Gustavo, subsistirá para todos o encargo de pagar o equivalente, embora somente Gustavo responda pelas perdas e danos.
c) Por se tratar de obrigação solidária, Eduardo, uma vez demandado, poderá opor ao credor a compensação do valor que o próprio credor deve a Gustavo com a dívida comum.
d) Se uma ação para cumprimento da obrigação for proposta somente contra Leonardo, apenas ele responderá pelos juros da mora.
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e) Após assinado o contrato, caso Gustavo tenha estipulado, em acordo com o credor, cláusula penal para a hipótese de descumprimento da obrigação, os outros dois devedores terão sua situação agravada, ainda que não tenham consentido previamente, por se tratar de obrigação solidária.
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QUESTÃO: Fátima era credora de Pedro, Fábio e Júlio, que contraíram com ela, de forma solidária e no interesse exclusivo de Pedro, dívida a ser por ele quitada no prazo máximo de 60 dias. Como Pedro não realizou o pagamento, Fátima ajuizou ação contra Fábio, que terminou por pagar o débito com os juros da mora. Considerando a situação hipotética apresentada e as disposições do Código Civil acerca de solidariedade, assinale a opção correta.
a) Como a dívida solidária foi contraída no interesse exclusivo de Pedro, cabe a ele responder por toda ela perante Fábio.
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b) Por não ter sido parte no processo judicial, Pedro não será obrigado a responder pelos juros da mora.
c) Fábio deverá cobrar dos outros dois devedores a quantia que pagou a Fátima.
d) Mesmo tendo efetuado o pagamento, Fábio não tem o direito de cobrar algo dos demais devedores, já que, nesse caso, cada um deles tem a obrigação pelo total da dívida.
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QUESTÃO: André, Bolívar, Carlos e Dario tornaram-se devedores solidários (cláusula de solidariedade expressa no instrumento contratual) de Zenóbio pela quantia de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Antes do vencimento, André promove um negócio com Zenóbio, através do qual este renuncia à solidariedade de André, recebendo deste a quantia correspondente à sua quota-parte na dívida solidária. Após, ainda anteriormente ao vencimento, é decretada a insolvência de Dario, que restou sem nenhum patrimônio. Não paga a dívida no vencimento, Zenóbio executa Bolívar, que salda o débito, acordando com o credor a dispensa do pagamento de juros, correção monetária e despesas judiciais. Bolívar poderá exigir dos codevedores:
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a) R$ 10.000,00 de André e R$ 30.000,00 de Carlos.
b) R$ 10.000,00 de André e R$ 40.000,00 de Carlos.
c) R$ 30.000,00 de André e R$ 30.000,00 de Carlos.
d) R$ 30.000,00 de André, R$ 30.000,00 de Carlos e R$ 30.000,00 de Dario.
e) R$ 40.000,00 de André e R$ 40.000,00 de Carlos.
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