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Direito Civil II – 3° Período Direito das Obrigações. Conceito: “Conjunto de normas e princípios jurídicos” reguladores das relações “patrimoniais” entre credor e devedor a quem incumbe o dever de cumprir espontânea ou coercivamente uma prestação de Dar – Fazer - Não Fazer. Histórico: Grécia Antiga, Direito Romano, Código de Napoleão. Âmbito: Relações de cunho patrimonial. Distinção: Direitos Reais e Direitos das Obrigações Direitos Reais: - poder jurídico direto de uma pessoa sobre uma coisa. - oponíveis erga omnes (contra todos) - previsto em rol taxativo Art.1225 C.C - adere à coisa. Exemplo: Direito Real = Propriedade, usufruto - pessoa sobre uma coisa. Relação Jurídica Obrigacional Sujeito Ativo ----------------- UNIDOS ------------- Sujeito Passivo (Credor) Vínculo Jurídico Obrigacional (Devedor) Relação Jurídica Real Titular do Direito ------------------- Bem / Coisa Prestação Positiva: Dar e Fazer Prestação Negativa: Não Fazer Obrigação x Responsabilidade: Objeto: Dever Primário Responsabilidade: Dever Secundário Obrigação x Estado de Sujeição Direito Protestativo: sujeitar ao cumprimento Obrigação x Ônus Jurídico Ônus Jurídico: imposição da Lei Obrigação Conceito: É a própria relação jurídica pessoal que vincula duas pessoas, credor e devedor, em razão da qual uma fica obrigada a cumprir uma prestação de interesse da outra. Fontes das Obrigações: - Lei como fonte primária - Ato jurídico negocia – Compra e Venda - Ato jurídico não negocia – Situação Fática - Atos ilícitos – Obrigados a reparar o dano Estrutura da Obrigação Elementos que compõem a relação jurídica obrigacional. Sujeito ou Pessoal. (Sujeitos que integram a relação jurídica.). Sujeito Ativo: Credor - Sujeito Passivo: Devedor Objetivo ou Material A Prestação Ideal, Imaterial ou Espiritual. Vínculo Jurídico (o que une os dois sujeitos) Os Sujeitos: devem se Determinados ou Determináveis. Objeto: Direto ou Imediato (própria prestação) Indireto ou Mediato (objeto da prestação) Prestações: Positiva: Dar, Fazer. (tem que realizar algo) Negativas: Não Fazer. (se abster de realizar algo) A prestação para ser validamente considerada objeto direto da obrigação deverá ser Lícita (dentro da lei), Possível (existir ser possível) e Determinada. Prestação invalida: ilícita, impossível e indeterminada. Classificação Básica das Obrigações. Obrigações divide se em: Dar, Fazer e Não Fazer. Positiva = Fazer e Dar (Dar coisa certa – Art.233 a 242, Dar coisa incerta – Art. 243 a 246). Negativas = Não Fazer Art. 313 e 233(acessório segue o principal) Obrigação de Dar coisa certa Consequências: - Se a coisa se perder: a) Sem culpa do devedor: Resolve-se a obrigação Art.234 (retorna ao estado anterior) b) Com culpa do devedor: Responde pelo equivalente, mais perdas e danos Art. 234 (possibilidade de indenização). - Deterioração da coisa: (prejuízo parcial) a) Sem culpa do devedor: credor escolhe 1° resolve a obrigação 2° aceita a coisa com abatimento do valor que se perdeu Art.235 b) Com culpa do devedor: 1° exige o equivalente 2° aceita a coisa no estado em que se acha Art. 236 – ambos (1° e 2°) exigem perdas e danos. Obrigação de Restituir Obrigação de restituir (coisa certa) Art. 238 e 239. Melhoramentos, acréscimos e frutos nas obrigações de restituir. E: Estacionamento, locação etc. Benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias. Art. 241 e 242. Usa se as normas das benfeitorias. Obrigação de Dar coisa incerta Especificada ao menos pelo gênero e pela quantidade. Art. 243 - Indeterminabilidade Relativa. A coisa incerta passa a ser coisa certa a partir do momento que o devedor escolhe se tornando então coisa certa. Coisa incerta ------------------------ Coisa certa Concentração ou Concretização Via de “Regra” a escolha cabe ao devedor Art. 244 pode-se fazer um pacto entre credor e devedor. Art. 245 e 246. Obrigação de Fazer Interessa ao credor a própria atividade (realização do serviço) do devedor. - Fungível ou Infungível (personalíssima) Fungível: pode ser substituído por outro de mesma qualidade Infungível: não pode ser substituído por outro de mesma qualidade. Só pode ser aquele personalíssimo ou instituto personal. - Duradoura ou Instantânea Duradoura: dura por um espaço de tempo. Instantânea: acaba com a execução no mesmo momento. Art. 248 (c/ culpa=perdas e danos s/ culpa = resolve-se a obrigação) Art. 249 fungíveis. (fungíveis=pode substituir infungíveis=não pode substitui) Incoercibilidade da vontade humana. Art. 18§ 1° CDC Art. 461 CDC Obrigações de dar propriamente Coisa Certa. Dar, Entregar e Restituir. - Dar: Transferência de propriedade - Entregar: Alugar um carro tem que entregar. - Restituir: Devolver um objeto ou coisa alugado, consignado. Obrigação de Não Fazer Abstenção Jurídica deixar de fazer omissão por parte do devedor. -Temporárias: Art. 1147 C.C (Previsão do Tempo – clausula suspensiva) - Duradouras: não tem prazo determinado. Não pode violar a ordem pública e garantias fundamentais. Tem que ser lícitas. Art. 250 - descumprimento sem culpa Art. 251- desfazer sob pena do não cumprimento. Art. 390 – inadimplente, descumprimento desde o momento da prática do ato. Classificação Especial das Obrigações. Divisíveis x Indivisíveis Divisíveis: pode se dividir, composta cumprimento fracionado. Art. 261 Art. 257 Presunção de divisibilidade. Se fracionar responde pela parte da divida. Pluralidade de credor, o devedor divide em quantas partes for os credores e devedores. Indivisíveis: não divide não pode fracionar-se. Indivisibilidade: - Natural: Natureza do Objeto - Legal/Jurídica: Da Lei - Convencional: Da Vontade das Partes. Art.314 exceção. Líquidas x Ilíquidas Líquidas: Valor determinado, certeza quanto a sua existência e determinada quanto ao seu objeto. Ilíquidas: Carece de especificação para que possa ser cumprida, não tem valor certo depende disto para se tornar líquida. Exemplo: Danos Morais, depois de determinado o valor torna-se líquida. Quanto ao Elemento Acidental Condicionais: há uma condição, evento futuro e incerto. A Termo: Evento futuro e certo (data definida e certa). Modais: Modo/Encargo, Ônus (obrigação de cumprir). Puras: Que não se enquadra como termo, modais e condicionais. Acontece todo dia, toda hora. Ex. compra um pão e pagar. Quanto ao conteúdo De Meio: Sem garantia do resultado específico. O devedor se obriga a realizar uma atividade sem garantir o resultado específico. Ex. Advogado De Resultado: Com garantia do resultado específico. O devedor se obriga a realizar uma atividade com garantia do resultado. Ex. Cirurgião Plástico. De Garantia: Art. 764 Transferência de um risco. Garante que será ressarcido Ex. Seguradora, convenio médico etc. Classificação Especial das Obrigações Quanto à execução OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS: (um ou outro) - Tem por objeto duas ou mais prestações sendo que o devedor se desobriga cumprindo apenas uma delas. - As prestações são excludentes entre si. - Regra Geral: a escolha cabe ao devedor. Art.252 - Principio da indivisibilidade do objeto - Pluralidade de optantes (mais de um devedor o juiz vai optar se tiver divergência entre os devedores) Impossibilidade de cumprimento das Obrigações Alternativas Impossibilidade Total: (todas as prestações) - Sem culpa do devedor: Art. 256 – Resolve-se a obrigação - Com culpa do devedor: Art. 254 – Se a escolha cabe do devedor Art. 255 – Se a escolha cabe ao credor Impossibilidade Parcial: - Sem culpa do devedor:Art. 253 – Concentração do débito prestação subsistente - Com culpa do credor: Art. 253 – Escolha cabe ao devedor Art. 255 – Escolha cabe ao credor SEMPRE QUE HOUVER CULPA = PERDAS E DANOS. OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS: (construção doutrinaria) - Tem um único objeto, mas com a possibilidade de ser substituído por outro previsto da forma subsidiária. Não está previsto no código. Obrigação simples. Se ocorrer a perda do objeto resolve-se a obrigação. A substituição do objeto por outro tem que estar prevista no contrato. OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS: (uma e outra) - Tem por objeto uma pluralidade de prestação que devem ser cumpridas conjuntamente. Só resolve depois de cumprir todas as obrigações. Resolve-se a obrigação ou perdas e danos. Simples um único objeto e sem previsão de ser substituído. Classificação Especial Das Obrigações. Fracionárias: Art. 257 Pluralidade de devedores ou credores, de forma que cada um deles responde apenas por uma parte da dívida ou tem direito apenas a uma proporcionalidade do crédito. - Pressupõe a divisibilidade da prestações. A presunção é sempre de que as obrigações são fracionárias. Conjuntas: Pluralidade de devedores ou credores impondo-se a todos o pagamento conjunto de toda a dívida. Ainda que o objeto sege divisível só recebi o valor total. Disjuntivas: Devedores que se obrigam alternativamente ao pagamento da dívida. Desde que um deles seja escolhido para cumprir a obrigação os outros estão desobrigados. O credor escolhe um devedor para cobrar a obrigação e os outros se desobrigam não pode o credor voltar a cobrar dos outros devedores. Solidárias: Art. 264 e 265 – Art. 932 e 942 paragrafo único. Pluralidade de credor ou devedores cada um com direito ou obrigação da dívida toda. Resulta da lei ou da vontade das partes e não se presume. - Solidariedade Ativa: Credor - Solidariedade Passiva: Devedor - Solidariedade Mista: Credor e Devedor Tanto o credor, e ou devedor solidários pode pagar a dívida toda e cobrar dos outros a dívida regressa. Subsidiariedade. Art. 46 V - Art. 1744 II Forma especial de solidariedade. Ordem de preferência na execução. Fiador: Cobra do devedor principal primeiro e depois do fiador. Avalista: Cobrar direto do avalista. Ambos o fiador e o avalista são responsáveis solidários “Garantia” OBRIGAÇÃO CIVIL X OBRIGAÇÃO NATURAL Obrigação Civil: Classificação perfeita. Obrigação Natural: Classificação imperfeita Não tem exigibilidade, inexigível. A obrigação natural se distingue da obrigação civil por ser desprovida de exigibilidade. Tal inexigibilidade é derivada de algum óbice com finalidade de preservação da estabilidade/segurança jurídica (prescrição) ou impossibilidade de cobrança judicial (dívida de jogo). Exemplo: Divida prescrita – a obrigação civil passa a ser natural depois do prazo de prescrição. Inércia de ação, tempo limite do prazo transcorrido. Gorjeta – não é exigível paga se quiser. Obrigação Natural é diferente de Obrigação Nula. Irrepetibilidade: Art. 882 e Art. 814 C.C Não tem como reaver o que foi pago mesmo que o pagamento ocorreu depois da prescrição. Ex. Pensão Alimentícia. (comprovado que o filho não é seu não pode pedir o que já foi pago, pois se trata de um direito de família). PAGAMENTO. O Pagamento é a principal forma de extinção da obrigação. Diferente das obrigações o sujeito se invertem. Elementos: -Vinculo obrigacional - Sujeito Ativo do Pagamento: Devedor - Sujeito Passivo do Pagamento: Credor Natureza jurídica do pagamento: Fato Jurídico. Sujeitos do pagamento: Quem deve pagar Art. 304 - Devedor Art. 304 C.C - Terceiro Interessado: Interesse patrimonial envolvido Fiador, Avalista. Art. 305,306, 307 e 346 III C.C – Terceiro Não Interessado: Filantropia, Pai, Mãe... - Sujeitos A quem se deve pagar: O pagamento poderá ser feito: - 1° ao credor - Ao “representante” do credor que pode ser – Legal ( à própria lei indica, exemplo: os pais do menor) – Convencional (alguém nomeado pelo credor exemplo: Advogado, Procurador etc.) - A terceira pessoa nas hipóteses em que a lei autorizar. Art. 308, 310 e 311. Credor aparente/putativo: (3°pessoa) Aparente/putativo = A terceira pessoa que se apresenta como se fosse o credor como seu representante perante todos. Aplicação da teoria da aparência. Art. 309 – Requisitos para validade do pagamento feito ao credor putativo. - Boa fé do devedor - Escusabilidade do erro. (erro desculpável qualquer pessoa poderia sofrer) Objeto do pagamento: Art. 313 e Art. 314 O que foi pactuado entre credor e devedor tem que ser exatamente o que foi combinado (dar coisa certa, fazer etc). Prova do pagamento: - Art. 319 Quando o devedor exige do credor uma quitação através de recibo, termo de quitação. E o credor se negar ele pode reter o pagamento caso o credor se recuse a fornecer prova de quitação. - Art. 320 Quitação – Requisitos da quitação. - Art. 321. Exigir declaração inutilizando o título. Hipótese de presunção de pagamento: Art. 322 – Se pagou a última prestação automaticamente presumisse que pagou também as prestações intermediarias. Art. 324 – O Credor entregou o titulo ao devedor firma-se a presunção do pagamento. Despesas com pagamento/quitação. Art. 325 Devedor paga extinguindo-se a obrigação. Se o credor tiver despesas acrescidas ele é responsável pelo excedente. Pagamento por medida ou peso. Art. 326 A medida e ou peso é a do local de execução do contrato. Lugar do pagamento: REGRA as obrigações são cumpridas no domicilio do devedor. - Se não houver nenhuma disposição contraria. - Salvo se as partes convencionarem o contrário. Art. 327 – A lei pode nomear um outro lugar ou a natureza da situação. Quesíveis (quérables) x Portáveis (portables) Quesíveis: REGRA lugar do pagamento é o domicilio do devedor. Portáveis: Exceção pagamento efetuado no domicilio do credor. Art. 51 CDC – Designado dois ou mais lugares para o pagamento o credor escolhe onde quer pagar. Art. 327 paragrafo único. Art. 328 – Paga onde situar o bem Art. 329 – Não podendo ir naquele local por motivo grave, cabe qualquer um credor ou devedor. Art. 330 – O pagamento reiteradamente em local errado presume-se renuncia do local. Tempo do Pagamento: Em principio todo pagamento deve ser feito no dia do renascimento da dívida. no dia = Evento futuro a terno. Se não houver data o pagamento deve ser imediato. Art. 331 – Não tendo data pode ser cobrado imediatamente. Art. 332 – Cumpre-se na data do implemento da condição porem o credor deve informar ao devedor o implemento. Ex. Você vai ganhar um carro quando formar na faculdade quando ocorrer à formatura deve avisar. Hipótese em que o credor pode exigir o pagamento antecipado da divida. Art. 333 – No caso de falência do devedor, ou se os bens hipotecados forem a leilão para outro credor, ou se os fiadores não existirem mais ficando o devedor sem garantia, pode exigir pagamento antecipado. FORMAS ESPECIAIS DE EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES 1ª FORMA: Consignação Instituto colocado à disposição do devedor para que diante de obstáculo ao recebimento criado, pelo credor ou quaisquer outras circunstância impeditivas do pagamento. Exerça por deposito da coisa devida direito de adimplir a obrigação. Ex. Rescisão: se o funcionário não receber pode abrir uma conta e depositar o valor. Consignação em Pagamento: - Judicial: disponibilidade em juízo. - Extrajudicial: deposito em conta a disposição do credor. - Ajuizar uma ação: nunca entrar com o processo. Se a recusa do recebimento for por parte do credor é preferível consignar o valor judicialmente. Elementos da Consignação - Devedor – Consignante - Credor – Consignatário - Bem – Consignado Art. 334 a 345 C.C– Trata do material Art. 890 a 900 CPC – Trata se do procedimento, prazos. Tendo um depositário como tutor provisório do bem se for julgado procedente o valor depositado não paga juros. Hipóteses de Ocorrência. Art. 335 Se o credor recusar a receber o pagamento ou recusar dar quitação, se o credor não for receber no local pré-definido, credor incapaz, desconhecido, dúvida sobre quem e o credor. Requisitos de Validade. Art. 336 Ao objeto, modo, tempo, todos os requisitos sem os quais não é valido o pagamento. Possibilidade de levantamento do depósito pelo devedor. Levantamento do depósito: pegar de volta o valor depositado se o credor ainda não tiver aceitado o valor. Antes da aceitação ou impugnação pelo credor Pode levar livremente Art. 338 Depois da impugnação ou aceitação. Depósito pode ser levantado com anuência do credor. (se o credor concordar) Julgado procedente o depósito. Devedor não pode levantar a não se com anuência do credor, devedor e fiador. Só se todos concordarem (sem chance). Consignação de Coisa Incerta. Art. 341 C.C - Art. 342 C.C - Art. 894 CPD Despesas Processuais: Art. 343 C.C Ocorrerá por conta do credor. Se a ação for julgada procedente, e se for improcedente corre por conta do credor. Prestação Periódica: Art. 892 CPC Aluguel pago em juízo uma vez consignado a primeira continua sendo assim, até cinco dias após o vencimento. 2ª FORMA: Sub Rogação O Terceiro paga ou empresta a quantia para que o devedor cumpra a prestação frente ao credor, passando assim a ter os mesmos direitos/garantias que o “credor originário”. (Qualquer tempo, antes após ou no dia). Vínculo Obrigacional: A coisa devida Principal Característica: O terceiro passa a ter os mesmos direitos e garantias que o Credor Ordinário. Divide-se: Legal: Art. 346 - I, II, III só nestas hipóteses. 3° interessado - pleno direito automático garantido em lei. Convencional: Art. 347- I, II. 3° não interessado – Também está garantido na lei, porém tem que ser acordado entre as parte, não precisa ter contrato por escrito pode ser verbal. Art. 349, Art. 350 e Art. 351. Efeito: Liberatório: extinção da divida 3° fica no lugar liberando. Translativo: transferência dos direitos e garantias. 3ª FORMA Imputação do Pagamento. Conceito: Determinação feita pelo devedor dentre dois ou mais débitos de mesma natureza, positivos e vencidos, devidos a um só credor, indicativa de qual destas dívidas pretende solver (quitar, pagar). Imputação: Indicar qual divida pretende solver. Devedor tem direito de imputar (escolher). Requisitos. Art. 352 - Igualdade de sujeitos (mesmo credor e devedor). - Liquidez, (valor determinado) o vencimento de dívidas (vencidas) e de mesma natureza. (liquidez=valor determinadas vencidas, M. Natureza = iguais). Regras da Imputação Legal. Art. 353, Art. 354 e Art. 355 Se o devedor não escolher indicar qual a dívida a ser quitado o credor pode imputar (escolher) da quitação a qual ele quiser. Se nem o credor ou o devedor imputar, Art. 355. 1° juros vencidos e depois no capital, 2° títulos vencidos os mais antigos antes dos mais recentes. Os vencidos na mesma data o de maior valor. 4ª FORMA Dação em Pagamento. Conceito: Estipula-se uma prestação e posteriormente, por meio de uma nova estipulação negocial entre devedor e credor, este aceita liberá-lo recebendo outro tipo de prestação. Objeto diferente pode ser imóvel, serviço etc... Dação: Substituir forma de pagamento. Credor tem que aceitar a substituição ou seja uma nova prestação diferente da compactuada inicialmente. Requisitos. Art. 356 - Divida Vencida - Consentimento do Credor “SEMPRE” (Ele não é obrigado a aceitar outro objeto) - Entrega de coisa diversa da compactuada - Ânimo de solver a divida. 5ª FORMA Novação de Pagamento. Conceito: Dá-se a novação quando por meio de uma estipulação negocial as partes criam uma nova obrigação, destina-se a substituir e extinguir a obrigação anterior. Novação: Nova relação jurídica obrigacional substitui criando uma nova. Requisitos: - Existência de Obrigação anterior - Criação de nova Obrigação Substancialmente diferente da primeira. - Ânimo de novar (Importante ficar claro a intensão) Espécies de Novação: Objetiva ---------------------- Ativa Novação: Subjetiva ---------------------- Passiva --- Por delegação e Por Expromissão. Mista -------------------------- Mista Novação Objetiva: Nova relação jurídica obrigacional Objeto diferente da primeira. Art. 360 I Novação Subjetiva: - Passiva: Art. 360 II - Alteração do sujeito passivo (devedor) Passiva por Delegação: próprio devedor indica quem vai substituir Passiva por Expromissão: próprio terceiro indica. Art. 362 - Ativa: Art. 360 III - Altera o sujeito ativo (credor) - Mista: Altera o devedor e o credor o objeto + Sujeito 6ª FORMA Compensação. Conceito: Forma especial de extinção das obrigações na qual seus titulares são respectivamente, credores e devedores. Tal extinção se dará até o limite do credito recíproco. Art. 368 Espécies de Compensação: - Legal - Convencional - Judicial Compensação Legal: Regra Geral. Satisfeitos os requisitos da lei, o juiz a reconhece. (requisitos reconhecidos) Requisitos da Compensação Legal: - Reciprocidade das obrigações (Credor = Devedor) - Liquidez das prestações (Valor Determinado) - Fungibilidade das prestações (Fungível – compensa substituindo) - Exigibilidade das Prestações (Só depois de vencidas pode ser cobrado) Hipóteses de impossibilidade de compensação: Art. 373 e Art. 380 Aplicabilidade supletiva das regras da imputação do pagamento. (indicar a compensação). Compensação Convencional - Art. 375 EX: A= R$30.000,00 valor da dívida B = Carro (Livremente) Se B deve A um valor de R$30.000,00 e quer convencionar a divida com um Carro. Estando de acordo A pode compensar o valor substituindo pelo recebimento do carro. Só depende da vontade das partes independente de requisitos. Compensação Judicial - Art. 21 CPC Vencedor e Vencido recíprocos. Ganha apenas a metade o processo a compensação dos honorários e as despesas são divididas igualmente entre as partes. Sucumbência reciprocas julgamento parcial. Sumula 306. 7ª FORMA Transação. Conceito: Negócio jurídico por meio do qual os interessados previnem ou terminam litígios, mediante concessões mutuas. Art. 840 Acordo. Cada um sede um pouco para evitar o lígio. Conciliação entre credor e devedor. Objetivo: Evitar o litigio e ou dar fim a ele. Elementos Constitutivos da Transação - Acordo entre as partes - Existência de relação, jurídicas controvertidas - Ânimo de extinguir as dívidas - Concessões recíprocas. (cada um abre mão de algo) Espécies de Transação: Judicial e Extra Judicial - Judicial: ocorre no próprio curso do processo. Instrumento público e ou a termo homologado pelo juiz. Instrumento público quando a lei exigir. - Extra Judicial: não precisa ser instrumento público. Pode ser particular ou entre as partes. - Forma: Art. 842 - Objeto: Art. 841(direito patrimonial) - Efeitos: Art. 844 (declara ou recolhesse os direitos) e Art.846 (resultante de delito não extingue a ação penal pública). 8ª FORMA Compromisso- (Arbitragem) Conceito: Compromisso: As partes compactuam que os possíveis litigio vão ser solucionados por um arbitro. Manifestação de vontade das partes. Art. 853 Arbitragem: processo de solução de conflitos pelo qual um 3º, estranho ao interesse das partes tenta conciliar e sucessivamente decidir a controvérsia. Sua decisão tem força judicial. Mecanismode Solução de Conflitos (Patrimonial) - Auto Compositivo: as próprias partes fazem um acordo. - Etero Compositivo: 3º Juiz – ele decide as partes não entram em acordo. Características positivas da arbitragem. Celebridade, Informalidade, Confiabilidade, Especialidade e Sigilo. Celebridade: rapidez o arbitro tem prazo para apresentar sua decisão. Informalidade: sem burocracia. Confiabilidade: o arbitro é escolhido pelas partes. Especialidade: é um especialista no assunto, causador da lide. Sigilo: entre ele, e as partes. Não é público como os processos do fórum. 9ª FORMA Confusão Conceito: Opera-se quando as qualidades de credor e devedor confundem em uma mesma pessoa. Art. 381 Confusão pode ser: Mortis Causa e ou Inter Vivos Confusão pode ser: Total e ou Parcial. Art.383 e 384 10ª FORMA Remissão Conceito: Perdão da dívida. Art. 385 Remissão: Perdão da dívida Remição: pagar tudo, pagamento da dívida toda com juros e correção. Art. 651CPC Requisitos da Remissão: - Ânimo de perdoar – intensão por parte do credor - Aceitação do perdão – parte do devedor. Espécies de Remissão: - Total e Parcial - Expressa e Tácita Art. 386 e 387 Remissão a codevedor - Art. 388 TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES São três as formas de transmissão das obrigações: Cessão de Credito Cessão de Débito Cessão de Contrato Cessão de Credito Conceito: Negocio jurídico por meio do qual o credor (cedente) transmite total ou parcialmente seu crédito a um 3º (cessionário) mantendo-se relação jurídico obrigacional primitivo com o devedor (cedido). Não muda a relação jurídica. Requisitos da Cessão de Débito: - Pode ser onerosa ou gratuita. - Manifestação de vontade das partes. É só notificar. - Solvência: Credor não responde honorário. - Existência: Credor responde pelos honorários. IMPORTANTE: NÃO se confunde cessão de credito com NOVAÇÃO (substituição criando uma nova relação jurídica) e nem com a SUB-ROGAÇÃO (3º paga ou empresta o dinheiro ocupando o lugar do devedor). Art.286 – Hipótese de não ocorrência da cessão Art. 288 – Forma Art. 287 Art.290 – Necessidade da notificação do devedor Art.295 Art. 296 – O cedente (quem cede – credor) não responde pela solvência (garantia que do devedor vai pagar). Cessão de Débito Conceito: O devedor com expresso consentimento do credor transmite a um 3º sua obrigação – ele substitui o devedor. Art. 299 O 3º assumi a dívida ficando no lugar do devedor credor tem que estar e ciente e consentir Requisitos da Cessão de Débito: - Relação jurídica obrigacional válida - Substituição do devedor, mantendo-se a relação originária - Anuência expressa do credor Cessão de Débito (assunção de dívida) Pode ser por: - Delegação: devedor indica o 3º e ou - Expromissão: sem necessidade de consentimento primitivo. O 3º assumi a dívida do devedor. Cessão de Contrato Conceito: O cedente transfere sua posição contratual a um 3º. Requisitos da Cessão do Contrato: - Celebração de negocio jurídico entre 3º e cessionário. - Integralidade da cessão - Anuência expressa da outra parte. Não é possível nas obrigações personalíssimas ou quando contrato proíbe. Exemplo: Locador e Locatário. Se o locatário sair antes do prazo de término do contrato. O Cedente fica no lugar do locatário assumindo o contrato com consentimento do locad INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES Conceito: Inadimplemento = Descumprimento Pode ser parcial ou total. O não cumprimento da obrigação como foi compactuada. Tipos de inadimplemento: - Voluntário (com culpa – doloso ou culposo – credor e devedor) - Involuntário (sem culpa –força maior, imprevisível, inevitável) - Voluntário Absoluto (não tem como cumprir – não entregar coisa emprestada) - Voluntário Relativo (não cumpri no tempo mais ainda pode cumprir – atraso do pagamento mais ainda pode cumprir) - Omissivo (omitir – deixar de realizar – dar e ou fazer) - Comissivo (obrigação de não fazer – o sujeito pratica, realiza o que foi compactuado a não fazer). Pressupostos: - Momento de execução (data determinada) - Liquidez (valor específico) - Exigibilidade (a partir da data do vencimento) - Determinação da Obrigação (ter objeto) Pressupostos: Art. 389 - Perdas e Danos (credor tem o ônus da prova) - Juros - Correção Monetária - Honorários de Advogado - Presunção e ônus da prova - Clausula de não indenizar (compactuada entre as partes) - Responsabilidade civil contratual (reparar o dano) - Extracontratual (não tem vínculo jurídico). - Inadimplemento Fortuito (em regra não indeniza) - Danos cessantes (lucro não recebido pelo dano causado) INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES NEGATIVAS. Consequência: Art. 251 Art. 390 Bens do devedor, como garantia das obrigações: Art. 391 Art. 1711 Art. 649 CPC Culpa e dolo na responsabilidade contratual Art. 392 - Contratos Gratuitos: (herança ônus só para uma das partes) - Contratos Onerosos: (ambas as partes tem obrigação reciprocas) INADIMPLEMENTO POR CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR. Art. 393 Nenhuma das partes responde pelo dano. ( Sem Culpa) INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES. Consequências: - Clausula Penal Conceito: Multa – Penalização para a parte inadimplente. Pacto acessório (contratual) pelo qual as partes de determinado negocio jurídico fixam previamente a indenização devida em caso de descumprimento “culposo” da obrigação principal de alguma clausula do contrato ou em caso de mora. Função: Art. 408 Art. 409 - Pre-liquidação dos danos (fixa o valor) - Intimidatória (para que as partes não descumpra o contrato) Espécie de Cláusula Penal - Compensatória: inadimplemento Absoluto -Moratória: inadimplemento de alguma clausula acessória ou relativo=mora Clausula Penal Compensatória: Art. 410 O credor não pode exigir cumulativamente a clausula e pleitear indenização. A clausula já esta com valor estipulado anteriormente. Art. 416 Prejuízo excedente. Art. 412 Não pode exceder o valor da obrigação principal. Art. 413 Redução pode o juiz reduzir o valor se achar exorbitante e se a obrigação se cumpriu parcialmente. Clausula Penal Moratória: Conceito: Multa mais percentual fixado por dia de atraso. Art. 411 Credor pode exigir cumulativamente a pena cominada (multa) mais prestação principal. Art. 52 § 1º CPC Relação de consumo. Determina o limite da mora com teto máximo de 2% do valor da prestação principal. Art. 414 Objeto indivisível. Só o que deu causa responde o valor total e o outro a sua quota parte. Mora: Mora pode ser tanto do devedor quanto do credor Art. 401 Purgar a mora = acabar com os efeitos da mora. Mora do Credor Não receber a coisa no tempo compactuado. Menos comum. Art. 400 Consequência. Mora do devedor Art. 394, 395 Art. 385 -Absoluto: extingue o contrato. Art.389 - Relativo: existe o atraso mais tem interesse de cumprir com o pagamento e restabelecer o contrato assumindo juros moratórios e danos causados. Juros Moratórios Devedor tem que pagar os juros. Juros Compensatórios É como se fosse uma remuneração ou disponibilização embutido junto com as parcelas. Ex: Prestação de um Carro. Caso ocorra o inadimplemento os juros compensatórios se tornam moratórios.
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