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CIVIL 2 QUESTÕES DE DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

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DIREITO CIVIL II
QUESTÕES DE DIREITO CIVIL II- OBRIGAÇÕES
Prof. Drª: Brenda Belo
Recife
2012
1) QUE REQUISITOS DEVE CONTER A QUITAÇÃO PARA QUE SEJA CONSIDERADA VÁLIDA?
Os requisitos que deve conter a quitação para ser considerada válida estão dispostos no Artigo 320 do código civil, são eles:
O valor e a espécie da dívida quitada;
O nome do devedor, ou quem por este pagou;
O tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. Devendo ser dado por escrito, público e particular. 
No entanto, o parágrafo único do mesmo artigo alerta que ainda sem os requisitos estabelecidos no mencionado dispositivo legais valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
2) APONTE OS CASOS EM QUE A LEI DISPENSA A PROVA DA QUITAÇÃO, EM VIRTUDE DE HAVER UMA PRESUNÇÃO DE PAGAMENTO.
a) Quando a dívida é representada por título de crédito, que se encontra na posse do devedor;
b) Quando o pagamento é feito em quotas sucessivas existindo a quitação da última;
c) Quando há quitação do capital, sem reserva dos juros, que se presume pagos.
3) QUAL O FATO FAZ NASCER A EXIGIBILIDADE DA PRESTAÇÃO OBRIGACIONAL?
A relação jurídica. 
4) FAÇA A DISTINÇÃO ENTRE DÍVIDAS QUESÍVEIS E DÍVIDAS PORTÁVEIS?
Na dívida quesível ou quérable o pagamento ocorrerá no domicílio do devedor, já na dívida portável ou portable o local do cumprimento da obrigação é domicílio do credor.
5) EM QUE SITUAÇÕES PODERÁ O CREDOR EXIGIR DO DEVEDOR O CUMPRIMENTO ANTECIPADO DA PRESTAÇÃO?
O Artigo 333 do código civil prevê as condições em que o credor pode exigir do devedor cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código, são elas:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, 
fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Todavia o parágrafo único. Diz que se houver no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
6) EM QUE CONSISTE O PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO?
O pagamento em consignação consiste no depósito, pelo devedor, da coisa devida, com o objetivo de liberar-se da obrigação. É meio indireto de pagamento, ou pagamento especial.
7) QUAIS SÃO OS FATOS AUTORIZADORES DA CONSIGNAÇÃO?
Os fatos que autorizam a consignação estão dispostos no artigo 335 do código civil, da seguinte forma:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento.
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento
8) COMO SE DÁ O PROCEDIMENTO PARA A CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL? 
Encontramos nos parágrafos do artigo 890 do Código de Processo Civil o disciplinamento do procedimento “extrajudicial” de consignação em pagamento, isto é, uma modalidade específica de “depósito bancário” envolvendo determinada soma em dinheiro para que o devedor procure se libertar do vínculo jurídico que o associa ao credor. Trata-se, pois, de um modo “alternativo” e “facultativo” de solução de conflitos o qual desafoga o judiciário, vale dizer, de utilização não obrigatória e que prescinde da intervenção judicial.
Para a realização da consignação extrajudicial, também conhecida popularmente por “consignação bancária”, devem coexistir os seguintes requisitos: A consignação extrajudicial só pode ocorrer quando o pagamento recair sobre dinheiro e independer de processo. Neste caso, o devedor deposita a quantia em estabelecimento bancário oficial (ou em estabelecimento particular, na ausência do oficial), em conta com correção monetária, cientificando o credor determinado que deverá ser maior, capaz e com endereço conhecido, por carta com aviso de recebimento, no prazo de 10 dias, para que ele possa manifestar sua recusa (art. 890, § 1º, Código de Processo Civil);
O devedor ou o terceiro deverá comparecer pessoalmente no estabelecimento bancário e solicitar a abertura de uma “conta específica” de consignação do pagamento em nome do credor. Efetuado o depósito da importância devida, o depositante promoverá imediatamente o envio de uma correspondência ao credor, carta deve ser entregue pessoalmente ao credor discriminando o valor consignado e convocando-o para comparecer ao local indicado no prazo de 10 dias posto que o prazo para recusa começa a contar no dia do recebimento da mesma; e deve esclarecer ao credor que a recusa tem que ser feita por escrito no estabelecimento bancário (art. 890, §3 º do CPC). Evidentemente, essa correspondência deverá ser remetida com aviso de recebimento, preferencialmente, de “mão própria”. Tão logo o credor seja cientificado do depósito, para ele restarão quatro alternativas: 
a) levantar o depósito feito, o que importará a aceitação expressa do pagamento e a extinção da obrigação e o devedor estará desobrigado e a quantia depositada ficará à disposição do credor;
b) deixar transcorrer “em branco” o prazo de 10 dias, o que implicará a aquiescência tácita ao pagamento e, de igual modo, a extinção da obrigação;
c) responder por escrito ao estabelecimento bancário que acolheu o depósito, recusando o saque, caso em que a quantia consignada ficará à disposição do devedor;
d) realizar o levantamento do depósito e simultaneamente ressalvar que o pagamento não é integral, mediante documento entregue à instituição depositária. A consignação não será aceita se o valor depositado for insuficiente ou se o devedor não tiver respeitado as condições do contrato. Ademais, o cumprimento da obrigação deve ser ainda útil ao credor para que a consignação prossiga. Se o devedor estiver em mora, deverá depositar também o valor dos juros. 
Havendo a recusa da parte do credor, o devedor ou o terceiro poderá intentar a ação de consignação em pagamento no prazo de 30 dias contados da ciência da oposição, sem que, para tanto, tenha que requerer na petição inicial autorização para efetuar o depósito judicial em 5 dias (art. 893, I). Em outros termos, o autor aproveitará o depósito extrajudicial e anexará o respectivo comprovante à petição inicial. Em princípio, nada impede que o devedor ou o terceiro ajuíze a ação consignatória após o prazo de 30 dias. Porém, neste caso, o autor deverá requerer ao juiz autorização para realizar novo depósito, agora em juízo.
Ex: no cotidiano das empresas, este procedimento de consignação em pagamento tornou-se bastante frequente, notadamente para evitar a incidência das sanções pecuniárias previstas pelo § 8º do artigo 477 da CLT. Assim, se o empregado se recusar a receber as parcelas constantes do instrumento de rescisão do contrato de trabalho ou do recibo de quitação, esta é uma das alternativas possíveis ao empregador cauteloso.
9) O QUE VEM A SER O PAGAMENTO POR SUB-ROGAÇÃO?
A sub-rogação é uma forma de pagamento, o qual é mais uma das formas de extinção de uma obrigação. Ocorre quando um terceiro interessado paga a dívida do devedor, colocando-se no lugar de credor originário em relação ao devedor primitivo, dispondo de todos os direitos, ações, privilégios e garantias cabíveis ao primeiro credor em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores. Neste caso, a obrigação só se extingue em relação ao credor satisfeito, mas continua existindo em relação àquele que pagou a dívida.
Há dois tipos de sub-rogação: a real e a pessoal. A sub-rogação real caracteriza-se pela substituição do objeto, da coisa devida, onde a segunda fica no lugar da primeira com os mesmos ônus e atributos. 
Já a sub-rogação pessoal trata-se da substituição de uma pessoa por outra, onde a segunda fica no lugar da primeira, com os mesmos direitos e ações cabíveis.O Código Civil, ao tratar do pagamento com sub-rogação, refere-se à sub-rogação pessoal.
Exemplo: é o caso do fiador que paga ao credor a dívida do devedor pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte". Ele não era absolutamente responsável pela dívida, mas se o devedor não a paga deverá ele pagá-la. Como co-responsável pela dívida, ou seja, como terceiro interessado, o fiador se antecipa ao devedor insolvente pagando a dívida, e colocando-se no lugar do credor, em relação ao qual a dívida se extingue. Nesse caso, o mesmo se dá quando o devedor solidário paga a dívida em sua totalidade ou quando co-devedor de coisa indivisível paga a mesma; em ambas as hipóteses uma única pessoa pagou a dívida comum a outras, sub-rogando-se no lugar dos credores da relação obrigacional.
Na sub-rogação, como em regra geral, o acessório segue o principal. Assim, se o devedor paga a dívida ao credor a mesma se extingue, extinguindo-se também os acessórios. Porém, se o terceiro interessado sub-roga-se no lugar do credor, a ele transfere-se o crédito, bem como seus acessórios, ou seja, havendo sub-rogação os acessórios não se extinguem.
COMO SE OPERA A SUB-ROGAÇÃO LEGAL? APONTE OS CASOS.
A sub-rogação legal trata-se daquela proveniente da lei. Este tipo de sub-rogação se dá automaticamente, pois foram previstas pelo legislador hipóteses em que terceiro sana a dívida de outras pessoas, passando a ter os mesmos direitos do credor e incorporando ao seu patrimônio este crédito.
O Código Civil estabelece no Art. 350 "Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e ações do credor, senão até a soma, que tiver desembolsado para desobrigar o devedor".
SÃO TRÊS OS CASOS DE SUB-ROGAÇÃO LEGAL, previstos pelo Código Civil no art. 346: "A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: 
I – do credor que paga a dívida do devedor comum ao credor, a quem competia direito de preferência. Nessa situação existe presunção de que há mais de um credor do mesmo devedor. Pode ser que o credor tenha o interesse de afastar o outro da relação que tenha prioridade no credito, preferindo, assim, ficar sozinho na posição de credor, aguardando o momento mais oportuno para então cobrar a dívida.
Por exemplo: é credor quirógrafo juntamente com o credor trabalhista, o qual tem preferência. Afastando o débito trabalhista, o indivíduo pode aguardar com maior tranqüilidade o momento oportuno de levar o bem penhorado à praça e se ressarcir de toda a dívida.
II – do adquirente do imóvel hipotecado, que paga ao credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; (o sub-rogado assume todas as garantias que tinha direito o credor originário)
O imóvel mesmo hipotecado poderá ser alienado. A hipoteca é um direito real de garantia incidente sobre imóveis. No geral quando uma pessoa pretende obter um empréstimo, o credor, antes de fornecer o numerário, costuma exigir garantias e, em especial, uma garantia real. O adquirente desse bem tem o maior interesse em extinguir a hipoteca. Na pratica, é muito raro que a hipoteca ocorra. Normalmente o adquirente deseja o bem descomplicado. Porém, caso ocorra, não haverá a hipótese da lei se é o próprio vendedor quem recebe o dinheiro do adquirente e paga a hipoteca.
O Código Civil atual inovou, reconhecendo que a incidência da sub-rogação legal, também nas hipóteses de haver terceiro interessado em efetivar o pagamento para que o mesmo não seja privado do direito sopre o imóvel em questão. A situação é de justiça, e de pessoas que tenham algum direito sobre o imóvel, e para não perdê-lo, pagam a divida do proprietário, sub-rogando nos direitos do credor.
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte". 
Esta é a questão mais comum e útil na pratica segundo Venosa (2005). O fiador paga a divida do afiançado e sub-roga-se nos direitos do credor. O mesmo ocorre quando os devedores solidários pagam toda a dívida. Trata-se de acordo por solidariedade parcial ou total da divida. Nesse caso o fiador poderá ter o máximo de interesse em não ver o afiançado acionado. Se o terceiro não for interessado, não haverá sub-rogação. O terceiro não interessado que paga a dívida em seu próprio nome não se sub-roga nos direitos do credor (art. 305). Só terá reembolso, por uma questão de equidade, para evitar-se o enriquecimento sem causa.
QUE EFEITO A SUB-ROGAÇÃO GERA PARA O NOVO CREDOR? 
A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores. De modo que, se o credor principal dispunha de garantia real (uma hipoteca ou um penhor) ou pessoal (fiança), o terceiro sub-rogado passará então a detê-las, e como consequência poderá ainda tomar as necessárias medidas judiciais para a proteção do seu credito, como se fosse o credor primitivo.
Efeitos da sub-rogação: Libertário: Extinção do débito em relação ao credor; Translativo: Transferência da relação obrigacional para o novo credor.
Efeitos distintos:
a) Satisfeita em relação ao credor primitivo. Este credor primitivo se satisfará com o pagamento feito pelo terceiro, mas a obrigação permanece para o devedor; a sub-rogação não extingue a divida;
b) O novo credor vai receber todas as vantagens e direitos do credor primitivo, desde que o pagamento tenha sido feito por sub-rogação (art. 349 CC).
Já na sub-rogação convencional as partes podem dispor de forma diferente, porém se não houver pacto expresso, há a plena aplicação do que dita o art. 350 do Código Civil. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever (Art. 351), contudo, o art. refere-se ao pagamento parcial ao credor originário. 
Exemplo: suponhamos que a dívida seja de R$ 100, um terceiro paga R$ 50 e sub-roga-se nos direitos dessa importância. O devedor fica então a dever R$ 50 ao credor originário e R$ 50 ao sub-rogado. Quando da cobrança de seus R$ 100, o credor originário não encontra bens suficientes para seu credito de R$ 100, terá ele preferencia, recebendo, no que tiver, antes da sub-rogação, que ficará irressarcido. Alguns acreditam que há injustiça na solução, pois acreditam que seria melhor na solução italiana que manda fazer um rateio entre sub-rogante e sub-rogado, que suportariam igualmente a insolvência do devedor.
Entretanto, quem se sub-roga na forma atualmente prescrita assume o risco da insolvência do devedor e tem ciência dos termos. (...) não poderá ser cobrado do devedor R$ 100, sob pena de caracterizar enriquecimento sem causa (ilícito). Trata-se então de uma restrição imposta á sub-rogação legal visto que, na convencional, inserida no campo da autonomia privada, as partes tem liberdade para estipularem a mantença ou não garantias, e o alcance dos efeitos jurídicos do pagamento.
12) EM QUE CONSISTE A IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO?
Imputar significa atribuir algo a alguém, para o direito obrigacional, a imputação do pagamento consiste na atribuição ou indicação da dívida a ser paga na sua totalidade. Isto ocorre quando uma pessoa deve duas ou mais contas da mesma natureza, a um só credor, e efetua pagamento não suficiente para saldar todas as dívidas. 
Para Maria Helena Diniz (2004:273), a imputação do pagamento é operação pela qual o devedor de dois ou mais débitos da mesma natureza a um só credor, o próprio credor em seu lugar ou a lei indicam qual deles o pagamento extinguirá, por ser este insuficiente para solver a todos. 
Exemplo, admitamos que alguém é devedor de várias importâncias em dinheiro ao mesmo credor, nos valores, respectivamente, de R$200 R$300 e R$500 e o devedor remete R$200 ao credor, a imputação poderá ser feita em qualquer delas, se este concordar com o recebimento parcelado da segunda ou da terceira. Caso contrário, será considerada integralmente quitada a primeira dívida. 
13) QUAIS AS ESPÉCIES DEIMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO? FALE SOBRE CADA UMA DELAS.
A) DO DEVEDOR (regra geral): Originariamente a atribuição do débito a ser quitado pertence ao devedor. Legalmente estabelece o Código Civil em seu Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Se ele não o faz o credor imputa a dívida.
O devedor não pode imputar pagamento em dívida ainda não vencida se o prazo se estabeleceu a benefício do credor (CC, art. 133). Como, em geral, é convencionado em favor do devedor, pode este, em princípio, renunciá-lo. Mas a imputação em dívida não vencida não se farão sem consentimento do credor;
 O devedor não pode, também, imputar o pagamento em dívida cujo montante seja superior ao valor ofertado, salvo acordo entre as partes, pois pagamento parcelado do débito só é permitido quando convencionado (CC, art. 314);
O devedor não pode, ainda, pretender que o pagamento seja imputado no capital, quando há juros vencidos, "salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital" (CC, art. 354). 
B) DO CREDOR: Legalmente estabelece o Código Civil em seu Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo. 
A imputação por indicação do credor ocorre quando o devedor não declara qual das dívidas quer pagar. O direito é exercido na própria quitação. Assim pelo Código Civil no tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo (CC, art. 353). 
B) LEGAL- se nenhum deles opta pelo débito a ser quitado: 
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.
14) O QUE VEM A SER A DAÇÃO EM PAGAMENTO?
Apresenta essa modalidade especial de pagamento como acordo liberatório de vontades entre credor e devedor, por meio do qual o primeiro concorda em receber do segundo prestação diversa de qualquer natureza da que lhe é devida para exonerá-lo da dívida. No entanto, no caso em apreço o credor encontra descanso no artigo 356 do Código Civil que estatui " O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida". Além disso, cumpre salientar que para configurar a forma em explanação a prestação não pode ser da mesma espécie, tem que ser distinta daquela que foi acordada inicialmente.”
15) NA SUA OPINIÃO, A DAÇÃO EM PAGAMENTO, EM SENDO UMA FORMA DE EXTINGUIR A OBRIGAÇÃO, FERE O PRINCÍPIO CONTIDO NO ARTIGO 313 DO NOSSO ESTATUTO CIVIL?
Não
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. A liberdade na dação em pagamento é bastante ampla, cabendo às partes a decisão quanto ao bem a ser entregue. Assim, a dação em pagamento pode se caracterizar, mediante acordo, substituição de dinheiro por bem móvel ou imóvel, de coisa por outra, de coisa por fato, de dinheiro por título de crédito, de coisa por obrigação de fazer etc.
16) NA DAÇÃO DE PAGAMENTO, QUE OBJETOS PODEM SER DADOS EM SUBSTITUIÇÃO AO OBJETO ORIGINÁRIO DA OBRIGAÇÃO?
É o cumprimento da obrigação, pela aceitação, por parte do credor, de coisa dada pelo devedor em lugar de dinheiro. Somente existe no caso de dívida monetária.
17) EM QUE CONSISTE A COMPENSAÇÃO?
Consiste na extinção do débito do devedor em favor do credor, até onde se equilibrarem as quantias devidas, em virtude da existência de outro débito, do credor em favor do devedor. Deve haver reciprocidade de dívidas, e as dívidas devem ser líquidas, vencidas e homogêneas.
18) QUE DISTINÇÃO PODE SER FEITA ENTRE A COMPENSAÇÃO LEGAL E A COMPENSAÇÃO CONVENCIONAL?
A compensação pode ser legal, quando deriva da lei, independentemente da vontade das partes; convencional, quando resulta de acordo entre as partes; e judicial, quando realizada em juízo, pelo magistrado, nos casos previstos em lei. A compensação judicial pode ser incluída na legal.
19) EM QUE HIPÓTESES, DE NENHUM MODO, PODERÁ HAVER A COMPENSAÇÃO DE DÍVIDAS?
A compensação é um modo eventual de adimplemento das obrigações. No nosso ordenamento, constitui-se em uma faculdade conferida ao devedor que titulariza, um direito de crédito oponível ao seu credor. Sendo assim, somente ocorrerá se invocada pelo devedor. Inadmitindo-se a possibilidade de o juiz decretar compensação ex ofício. 
O inciso II do art. 373 do código civil vigente, contudo, veda a possibilidade da compensação se operar quando uma das dívidas é de alimentos. Mas, a jurisprudência vem admitindo a compensação de dívidas alimentares quando ambas possuírem a mesma causa.
Conforme - Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:
I - se provier de esbulho, furto ou roubo;
II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
III - se uma for de coisa não suscetível de penhora
20) É POSSÍVEL HAVER A COMPENSAÇÃO EM OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS? DE QUE FORMA?
Sim, desde que as prestações sejam fungíveis entre si.
21) EM QUE CONSISTE A CONFUSÃO?
É a situação em que, numa mesma relação jurídica, identificam se as pessoas do credor e do devedor. Resulta de herança, legado, sociedade, casamento pelo regime da comunhão universal de bens ou pela cessão de crédito.
22) CITE DOIS EXEMPLOS CARACTERIZADORES DA CONFUSÃO.
A mesma pessoa reunir ao mesmo tempo as qualidades de credor e devedor da obrigação principal, “pelo fato de se anularem os seus dois termos, ativo e passivo, ao se integrarem em uma só pessoa”;
Ex1: A herança, onde o filho único é devedor do pai e passa a ter ambas as qualidades (credor e devedor) com o falecimento do pai e recebimento da herança. 
Ausência de separação do patrimônio
Ex2: Na cessão de crédito, quando credor e devedor casam-se em comunhão universal de bens. 
23) O QUE VEM A SER REMISSÃO DE DÍVIDAS?
É a liberação graciosa do devedor pelo credor, que voluntariamente abre mão de seus direitos creditórios, com o escopo de extinguir a obrigação, mediante o consentimento expresso ou tácito do devedor, desde que não haja prejuízo à terceiro.
24) PODE HAVER A REMISSÃO EM OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS? DE QUE MANEIRA?
Sim
A remissão feita a um dos devedores quando existirem outros só extingue a dívida do devedor apontado na parte que a ele corresponder. Quando se perdoa a dívida a um dos devedores, a remissão proporcional ao remido, não se estendendo aos demais a liberação total da obrigação.
25) O QUE É TRANSAÇÃO?
A transação é o negócio jurídico bilateral pelo qual as partes previnem ou encerram relações jurídicas duvidosas ou litigiosas, mediante concessões recíprocas entre os contratantes, onde cada parte compromete-se a dar ou prometer algo, mas também receber alguma coisa ou vantagem.
26) EM QUE SE DIFERENCIA A TRANSAÇÃO DA CONCILIAÇÃO?
A conciliação é um meio de se conseguir a solução de um conflito. É o acordo obtido a partir de uma intervenção do próprio magistrado. Já a transação é o fim do conflito, ou o próprio acordo entre as partes. Dá-se a partir de uma auto composição, quando o acordo já foi feito pelas partes e o juiz apenas homologa. 
27) DE ACORDO COM O CÓDIGO CIVIL, QUAIS(S) A(S) FORMA(S) EXIGIDA(S) PARA QUE A TRANSAÇÃO SEJA EFETIVADA?
Acordo de vontade entre os interessados;
Impendência ou existência de litígio ou de dúvida sobre os direitos das partes, suscetíveis de serem desfeitos;
Intenção de por temo à res dubia  ou litigiosa;
Reciprocidade de concessões;
Prevenção ou extinção de um litígio ou de uma dúvida.
Apresenta os seguintes caracteres, é indivisível, é de interpretação restrita e é negóciojurídico declaratório; poderá ser judicial, se se realizar no curso de um processo, recaindo sobre direitos contestados em juízo; extrajudicial, mediante convenção dos interessados; a transação só é permitida em relação a direitos patrimoniais de caráter privado, suscetíveis de circulabilidade. 
28. QUAIS OBJETOS NÃO SÃO PASSÍVEIS DE SEREM TRANSACIONADOS?
Não é qualquer direito que poderá ser transacionado. Apenas aqueles direitos contidos no patrimônio do transacionante e os de caráter privado poderão sê-lo, restando aliviado do poder de transacionar todo direito do qual o titular não possa dispor. Excluem-se do âmbito desse contrato certas relações de família, como o matrimônio, o pátrio poder, o poder marital, o estado de filho legítimo ou ilegítimo. Mas é lícito transigir quanto aos interesses pecuniários vinculados ao estado de uma pessoa, v.g., o direito de sucessão de quem investiga a paternidade, desde que não importe transação sobre o estado que se reivindica. Proíbe-se transação sobre dívida de alimentos. Em suma, todo direito de que o titular não pode dispor é insuscetível de transação.
BIBLIOGRAFIA:
GOMES, Orlando. Obrigações. 4 ed. Rio de Janeiro: Forense, 1976.
PAULO, Antônio de (ed). Pequeno Dicionário Jurídico. 2 ed. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2005.
SARAIVA, Denise Cárdia. Direito Civil Ilustrado: parte especial, livro I: do direito das obrigações. Rio de Janeiro: Edições Ilustradas, 2005.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: teoria geral das obrigações. 2º volume. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
Coelho; Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil volume. São Paulo.Saraiva.2005
Rodrigues; Silvio. Direito Civil parte Geral das Obrigações. São Paulo.Saraiva.2005.

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