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2013 - Apostila 02 - Fatores Geográficos

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL E DOS RECURSOS HÍDRICOS – ISARH 
LABORATÓRIO DE AGROMETEOROLOGIA DA AMAZÔNIA 
 
 
 
Prof. Paulo Jorge de Oliveira Ponte de Souza 
Dr. em Agrometeorologia 
1 
 
AAAAPOSTILAPOSTILAPOSTILAPOSTILA 2 2 2 2 
FATORES GEOGRÁFICOSFATORES GEOGRÁFICOSFATORES GEOGRÁFICOSFATORES GEOGRÁFICOS 
 
Podemos afirmar sem preocupação de erro que toda a energia envolvida nas 
transformações físico-químicas que ocorrem na superfície da terra provem do 
Sol, razão pela qual no campo da Agrometeorologia damos ênfase ao estudo 
desse corpo celeste, centro do nosso sistema. 
 
O Sol é uma estrela de 5a grandeza com uma temperatura aproximada de 6000 
K, emitindo a cada minuto uma quantidade de energia de 56 X 1026 calorias por 
cm2 na forma de ondas eletromagnéticas (energia radiante) as quais atravessam 
o espaço que dele nos separa (150.000.000 Km) até chegar a superfície da terra 
com um valor expressivamente reduzido. 
 
para melhor entendermos como ocorre a variação da quantidade de energia 
absorvida durante o dia ou durante o ano, ou ainda a variação do comprimento 
do dia (fotoperíodo) torna-se imprescindível revermos alguns conceitos da 
geografia e da astronomia, fundamentais no estudo desta unidade. 
 
2.1 2.1 2.1 2.1 –––– ESFERA TERRESTRE ESFERA TERRESTRE ESFERA TERRESTRE ESFERA TERRESTRE 
 
A terra não é uma esfera perfeita, nem tem uma forma geometricamente 
definida e por essa razão dizemos que tem o formato geóide; entretanto, quando 
comparamos as variações de seu relevo com o seu raio médio (6376 Km), 
verificamos que as relações são desprezíveis o que nos permite tratá-la como 
uma esfera “perfeita”, facilitando em muito o nosso estudo. 
 
A terra mantém-se no espaço girando em torno de um eixo imaginário, no 
sentido de oeste para leste, com uma inclinação que sofre pequena variação de 
ano para ano, mas que com boa aproximação tomamos como 23°26’ e cujos 
pontos de afloramento com a superfície terrestre recebem a denominação de 
PÓLOS VERDADEIROSPÓLOS VERDADEIROSPÓLOS VERDADEIROSPÓLOS VERDADEIROS (para diferenciar dos pólos magnéticos), ficando 
convencionalmente definidos como Norte o que fica na parte superior e Sul o que 
fica na parte inferior. A esfera terrestre está cortada por vários círculos 
imaginários perpendiculares entre si, alguns deles os maiores possíveis e por 
isso denominados círculos máximos.círculos máximos.círculos máximos.círculos máximos. 
 
EQUADOR TERRESTRE EQUADOR TERRESTRE EQUADOR TERRESTRE EQUADOR TERRESTRE ---- A esfera terrestre está dividida em dois hemisférios 
(norte e sul), por um plano perpendicular ao seu eixo (plano equatorial) e cuja 
interseção com a sua superfície define uma linha que recebe o nome de equador 
terrestre. 
Laíse
Realce
Laíse
Realce
Laíse
Realce
Laíse
Realce
Laíse
Realce
Laíse
Realce
Laíse
Realce
Laíse
Realce
Laíse
Realce
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Laíse
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Laíse
Realce
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL E DOS RECURSOS HÍDRICOS – ISARH 
LABORATÓRIO DE AGROMETEOROLOGIA DA AMAZÔNIA 
 
 
 
Prof. Paulo Jorge de Oliveira Ponte de Souza 
Dr. em Agrometeorologia 
2 
 
PARALELOS PARALELOS PARALELOS PARALELOS –––– Dispostos paralelamente ao plano do equador existem infinitos 
planos que dão origem a linhas na superfície terrestre denominadas paralelos; 
dessas linhas destacam-se quatro: Circulo Polar Ártico e Trópico de Câncer no 
hemisfério Norte, e Círculo Polar Antártico e Trópico de Capricórnio no 
hemisfério Sul; os dois trópicos delimitam a região da superfície terrestre 
chamada de Tropical, muito importante por ser a região onde o sol atinge o 
zênite de qualquer ponto duas vezes ao ano. Os trópicos estão afastados 23°26’ e 
os círculos polares 66°33’ do equador terrestre. 
 
MERIDIANOSMERIDIANOSMERIDIANOSMERIDIANOS – Passando pelos pólos verdadeiros, existem infinitos planos que 
darão origem na superfície da terra às linhas meridianas, perpendiculares aos 
paralelos. 
 
LATITUDE (LATITUDE (LATITUDE (LATITUDE (φφφφ))))---- Para localizarmos um ponto qualquer na superfície terrestre, à 
semelhança do que se faz na geometria plana, lançamos mão de coordenadas, 
para nós chamadas geográficas; desse modo define-se Latitude como o arco de 
meridiano limitado pelo equador terrestre e pelo paralelo que passa pelo local 
considerado ou então como sendo o menor angulo formado entre a vertical local e 
o plano do equador. Por convenção, as latitudes Norte recebem o sinal (+) e as 
latitudes Sul o sinal (-), sendo contadas a partir do equador terrestre, de 0° a 90° 
em direção aos pólos verdadeiros. O arco complemento da latitude é denominado 
de co-latitude. 
 
LONGITUDE (LONGITUDE (LONGITUDE (LONGITUDE (λλλλ) ) ) ) –––– É o nome que damos ao arco de paralelo limitado pelo 
meridiano ZERO (Greenwich) e o meridiano que passa pelo local considerado ou 
então como o menor ângulo formado entre o plano do meridiano de greenwich e o 
plano de meridiano local; são contadas a partir do meridiano Zero para leste ou 
para oeste de até 180° para leste ou para oeste, recebendo o sinal (+) e (-) nas 
respectivas direções. 
 
Laíse
Realce
Laíse
Realce
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL E DOS RECURSOS HÍDRICOS – ISARH 
LABORATÓRIO DE AGROMETEOROLOGIA DA AMAZÔNIA 
 
 
 
Prof. Paulo Jorge de Oliveira Ponte de Souza 
Dr. em Agrometeorologia 
3 
 
Fig (2.1) - Esfera Terrestre 
 
LINHA INTERNACIONAL DA DATA LINHA INTERNACIONAL DA DATA LINHA INTERNACIONAL DA DATA LINHA INTERNACIONAL DA DATA –––– É o nome que se dá ao meridiano 
diametralmente oposto ao de Greenwich e recebe essa denominação porque 
quando o sol aqui se encontra representa a mudança no calendário para aquele 
local. 
 
COORDENADAS GEOGRÁFICAS COORDENADAS GEOGRÁFICAS COORDENADAS GEOGRÁFICAS COORDENADAS GEOGRÁFICAS –––– Então, qualquer local sobre a superfície 
terrestre estará identificado por uma latitude e uma longitude representando as 
coordenadas geográficas de um local. 
 
A Superfície da terra não é lisa; como a latitude e a longitude referem-se a 
superfície (lisa) do globo, não são suficientes para definir a posição de pontos 
fora do próprio globo. É necessário portanto, estabelecer mais uma coordenada : 
A Altitude, a qual está relacionada com o nível médio do mar. 
 
ALTITUDE ALTITUDE ALTITUDE ALTITUDE –––– É a distância vertical que separa o ponto do nível médio do mar; é 
positiva se o ponto for acima do nível médio do mar e negativa se estiver abaixo 
deste nível. 
 
ZENITE ZENITE ZENITE ZENITE –––– É a interseção da linha vertical que passa no local do observador com 
a esfera celeste; seu ponto diametralmente oposto denomina-se NADIRNADIRNADIRNADIR. 
 
HORIZONTE VISUAL HORIZONTE VISUAL HORIZONTE VISUAL HORIZONTE VISUAL ---- É a linha ao longo da qual o céu parece tocar a 
superfície da terra; é um círculo perfeito do qual o observador é o centro. 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL E DOS RECURSOS HÍDRICOS – ISARH 
LABORATÓRIO DE AGROMETEOROLOGIA DA AMAZÔNIA 
 
 
 
Prof. Paulo Jorge de Oliveira Ponte de Souza 
Dr. em Agrometeorologia 
4 
 
 
PS
 
PN
 
Equador
 
 (0
 
°
 )
 
Meridiano 
 
de
 
Greenwich (0
 
°
 )
 
Círculo 
 
Polar
 
Ártico
 
(66
 
°
 33
 
’
 
N)
 
Trópico 
 
de 
 
Câncer
 
(23
 
°
 26
 
’
 
N)
 
Círculo 
 
Polar
 
Ártartico
 
(66
 
°
 33’
 
S)
 
Trópico 
 
de 
 
Capricornio
 
(23
 
°
 26
 
’
 
S)
 45
 
°
 S
 
45
 
°
 N
 
Leste
 
Longitude(+)
 
Oeste
 
 Longitude(-)
 
 
Fig(2.2) – Coordenadas Geográficas 
 
 
2.2 2.2 2.2 2.2 –––– ESFERA CELESTE ESFERA CELESTE ESFERA CELESTE ESFERA CELESTE 
 
Concêntrica com a terra, existe uma esfera imaginária na qual estão projetados 
todos os astros e estrelas do firmamento, e na qual poderão ser projetadas 
também todas as linhas imaginárias traçadas na superfície da terra e que 
recebem denominações específicas. 
 
POLOS CELESTES POLOS CELESTES POLOS CELESTES POLOS CELESTES ---- O prolongamento indefinido do eixo da terrestre 
intercepta a esfera celeste em dois pontos denominados, pólos celestes, de 
mesmas denominações que os pólos terrestres. Aquele polo que se materializado 
fosse, o observador o veria acima do horizonte, é denominado POLO ELEVADO 
local. Logo, o polo elevado receberá também o nome do hemisfério do observador. 
 
EQUADOR CELESTE EQUADOR CELESTE EQUADOR CELESTE EQUADOR CELESTE ---- É a linha definida na esfera celeste pela projeção da 
linha do equador terrestre na esfera celeste. 
 
PARALELOS E MERIDIANOS CELESTES PARALELOS E MERIDIANOS CELESTES PARALELOS E MERIDIANOS CELESTES PARALELOS E MERIDIANOS CELESTES ---- À semelhança das definições 
anteriores, são projeções dos paralelos e meridianos terrestres na esfera celeste. 
 
 
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5 
CÍRCULO HORÁRIO DE UM ASTRO CÍRCULO HORÁRIO DE UM ASTRO CÍRCULO HORÁRIO DE UM ASTRO CÍRCULO HORÁRIO DE UM ASTRO –––– É o meridiano celeste que contém o 
astro em estudo no instante considerado. 
 
DECLINAÇÃO DE UM ASTRO (DECLINAÇÃO DE UM ASTRO (DECLINAÇÃO DE UM ASTRO (DECLINAÇÃO DE UM ASTRO (δδδδ))))---- É o arco de círculo horário do astro limitado 
pelo equador celeste e pelo paralelo que passa pelo astro; à semelhança das 
latitudes, as declinações também são contadas de 0° a 90° para o norte ou para o 
sul, recebendo os mesmos sinais atribuídos às latitudes de acordo com o 
hemisfério em que o astro se encontrar naquele instante. 
 
δδδδ = 23,45 = 23,45 = 23,45 = 23,45°°°°sen[360sen[360sen[360sen[360°°°°(264+(264+(264+(264+JJJJ)/365], onde )/365], onde )/365], onde )/365], onde JJJJ é o dia Juliano é o dia Juliano é o dia Juliano é o dia Juliano 
OuOuOuOu 
δδδδ = 23,45 = 23,45 = 23,45 = 23,45°°°°sen[sen[sen[sen[((((360/365360/365360/365360/365)*J)*J)*J)*J----80808080], onde ], onde ], onde ], onde J J J J é o dia Julianoé o dia Julianoé o dia Julianoé o dia Juliano 
 
 
Figura 2.3. Movimento aparente da terra em torno do sol (Tubelis & Nascimento, 1986). 
 
DISTÂNCIA POLAR DISTÂNCIA POLAR DISTÂNCIA POLAR DISTÂNCIA POLAR –––– Representa o complemento da declinação do astro, ou 
seja, é a distância angular contada sobre o círculo horário e vai da projeção do 
astro até o pólo celeste do observador. 
 
ÂNGULO NO POLO (h)ÂNGULO NO POLO (h)ÂNGULO NO POLO (h)ÂNGULO NO POLO (h)–––– Também denominado de Ângulo Horário LocalÂngulo Horário LocalÂngulo Horário LocalÂngulo Horário Local, 
representa o arco de paralelo celeste limitado pelo círculo horário do astro e pela 
projeção do meridiano do observador na esfera celeste, ou como sendo o angulo 
formado entre o circulo horário do astro e a projeção do meridiano do observador. 
Fisicamente, seria o angulo que a terra tem que girar para que ocorra o meio dia 
solar no meridiano do observador, ou culminação do astro no local. 
 
ÂNGULO HORÁRIO EM GREENWICH (AHG) ÂNGULO HORÁRIO EM GREENWICH (AHG) ÂNGULO HORÁRIO EM GREENWICH (AHG) ÂNGULO HORÁRIO EM GREENWICH (AHG) –––– É o arco de paralelo celeste 
limitado pelo círculo horário do astro e pelo meridiano de Greenwich projetado 
na esfera celeste. 
 
Laíse
Realce
 
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Fig(2.4) – Coordenadas Celestes 
 
CONSIDERAÇÕES :CONSIDERAÇÕES :CONSIDERAÇÕES :CONSIDERAÇÕES : 
 
a) Quando o observador encontra-se no meridiano de Greenwich (longitude 
zero), o Angulo Horário local é igual ao Angulo Horário em Greenwich. 
b) Quando o Astro encontra-se no meridiano de Greenwich (mesma longitude) o 
Angulo Horário em Greenwich é igual a zero. 
c) Quando o Astro encontra-se no meridiano do observador, o angulo Horário 
Local é igual a zero (culminação). 
 
2.3 2.3 2.3 2.3 –––– COORDENADAS HORIZONTAIS COORDENADAS HORIZONTAIS COORDENADAS HORIZONTAIS COORDENADAS HORIZONTAIS 
Além das coordenadas equatoriais (terrestres e celeste), existem as coordenadas 
horizontais, também importantes para o estudo desta unidade. 
 
AZIMUTE VERDADEIRO (A) AZIMUTE VERDADEIRO (A) AZIMUTE VERDADEIRO (A) AZIMUTE VERDADEIRO (A) –––– É o ângulo formado pela projeção do versor 
posição do astro na superfície da terra com direção NORTE do observador 
contado a partir do norte no sentido horário até 360° 
ÂNGULO ZENITAL (Z) ÂNGULO ZENITAL (Z) ÂNGULO ZENITAL (Z) ÂNGULO ZENITAL (Z) –––– É o ângulo formado entre o zênite local e a posição do 
sol.(varia entre 0° e 180°) 
 
 
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Dr. em Agrometeorologia 
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Os dois parâmentros são obtidos através de trigonometria esférica : 
 
CosZ = SenCosZ = SenCosZ = SenCosZ = Senφφφφ Sen Sen Sen Senδδδδ + Cos + Cos + Cos + Cosφφφφ Cos Cos Cos CosδδδδCoshCoshCoshCosh 
CosA = [SenCosA = [SenCosA = [SenCosA = [Senδδδδ ---- CosZSen CosZSen CosZSen CosZSenφφφφ] / [SenZCo] / [SenZCo] / [SenZCo] / [SenZCossssδδδδ]]]] 
 
ouououou 
SenA = senhCosSenA = senhCosSenA = senhCosSenA = senhCosδδδδ / SenZ / SenZ / SenZ / SenZ 
 
Onde, declinação solar (δ), latitude (φ) e ângulo horário local (h) 
 
2.4 2.4 2.4 2.4 –––– ESTAÇÕES DO ANO ESTAÇÕES DO ANO ESTAÇÕES DO ANO ESTAÇÕES DO ANO 
 
Aprendemos que a terra apresenta dois movimentos. Girando em torno do seu 
eixo imaginário no sentido Oeste para Leste, o movimento de ROTAÇÃO ROTAÇÃO ROTAÇÃO ROTAÇÃO dá 
origem aos dias e às noites que se repetem a cada 24 hs. Ao mesmo tempo ela 
executa o movimento de TRANSLAÇÃOTRANSLAÇÃOTRANSLAÇÃOTRANSLAÇÃO em torno do sol descrevendo uma elipse 
na qual o astro ocupa um dos focos, completando esse giro em 365 dias e 6 horas 
originando as estações do ano, VERÃO, OUTONO, INVERNO E PRIMAVERA.VERÃO, OUTONO, INVERNO E PRIMAVERA.VERÃO, OUTONO, INVERNO E PRIMAVERA.VERÃO, OUTONO, INVERNO E PRIMAVERA. 
Nesse seu movimento a terra se aproxima do sol no início de janeiro (Periélio) e 
se afasta, no princípio de julho (Afélio). 
 
Acompanhando a trajetória da terra, verifica-se que a inclinação “constante” do 
seu eixo faz com que aproximadamente no dia 22 de Dezembro o hemisfério Sul 
receba os raios solares com a menor inclinação possível, proporcionando dias 
mais longos e com isso ocasionando dias mais quentes em razão da maior 
absorção de energia ao passo que no Hemisfério Norte temos, o inverso: são 
respectivamente, os SOLSTÍCIOS DE VERÃO E DE INVERNOSOLSTÍCIOS DE VERÃO E DE INVERNOSOLSTÍCIOS DE VERÃO E DE INVERNOSOLSTÍCIOS DE VERÃO E DE INVERNO. 
 
Três meses depois, a 21 de Março os raios solares passam a incidir na vertical 
sobre o equador, distribuindo energia eqüitativamente para os dois hemisférios; 
os dias e as noites são praticamenteiguais e com isso vai crescendo a energia 
absorvida do hemisfério Norte e diminuindo no hemisfério Sul, representando os 
EQUINÓCIOS DE PRIMAVERA EQUINÓCIOS DE PRIMAVERA EQUINÓCIOS DE PRIMAVERA EQUINÓCIOS DE PRIMAVERA para o Norte e EQUINÓCIOS DE OUTONO EQUINÓCIOS DE OUTONO EQUINÓCIOS DE OUTONO EQUINÓCIOS DE OUTONO 
para o hemisfério Sul. Mais três meses, a 23 de junho os raios solares passam a 
incidir mais próximos da vertical no hemisfério Norte, revertendo toda a 
situação que encontramos em Dezembro, invertendo com isso os SOLSTÍCIOSSOLSTÍCIOSSOLSTÍCIOSSOLSTÍCIOS; 
após mais três meses, a 23 de Setembro repete-se o fato ocorrido em março 
invertendo porém os EQUINÓCIOSEQUINÓCIOSEQUINÓCIOSEQUINÓCIOS e finalmente em Dezembro voltar-se ao 
“ponto de partida” fechando o ciclo. 
 
 
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Fig (2.5) - Exemplo do Movimento de Translação da Terra – Estações do ano 
 
Observe que a inclinação constante do eixo da terra é que proporciona 
alternância na absorção de energia durante o ano nas várias regiões do globo. 
 
Quadro 2.1 Estações do ano, solstícios e equinócios nos dois hemisférios. 
Dia do ano Declinação solar Hemisfério sul Hemisfério norte 
22/12 23°27’S Solstício de verão Solstício de inverno 
21/03 0°0’ Equinócio de outono Equinócio de 
primavera 
23/06 23°27’N Solstício de inverno Solstício de verão 
23/09 0°0’ Equinócio de primavera Equinócio de outono 
22/12 23°27’S Solstício de verão Solstício de inverno 
 
Essa mudança na posição relativa Terra/Sol, faz com que tenhamos variações no 
comprimento dos dias (FOTOPERÍODO)(FOTOPERÍODO)(FOTOPERÍODO)(FOTOPERÍODO) e no saldo da energia diária que Irá 
ativar todos os processos que dela dependem (BALANÇO DE ENERGIA)(BALANÇO DE ENERGIA)(BALANÇO DE ENERGIA)(BALANÇO DE ENERGIA). 
 
2.5 2.5 2.5 2.5 –––– DURAÇÃO MÁXIMA do DIA ( DURAÇÃO MÁXIMA do DIA ( DURAÇÃO MÁXIMA do DIA ( DURAÇÃO MÁXIMA do DIA (N)N)N)N) 
 
Algumas vezes, os dias não são totalmente claros, ou seja, existem nuvens que 
podem ter diferentes concentrações de água, vapor, gelo, podendo assim, alterar 
a radiação incidente no solo. 
 
O fotoperíodo representa o número máximo possível de luz natural em um 
determinado dia. O conhecimento da sua duração é fundamental porque 
algumas plantas necessitam de um certo número de horas de luz para a 
realização de um trabalho, razão pala qual são agrupadas em plantas de dias 
 
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longos e de dias curtos ao passo que outras são indiferentes ao fotoperíodo. Na 
avicultura o seu conhecimento é importante como base para o planejamento da 
iluminação artificial durante a recria de poedeiras; na Agrometeorologia, na 
estimativa do valor da radiação líquida, da evaporação da água e da 
evapotranspiração das plantas. 
 
Fotoperíodo é um parâmetro agrometeorológico necessário para caracterizar as 
necessidades de iluminação das culturas. É sinônimo de insolação máxima 
possível (N)(N)(N)(N). 
 
Fotoperíodo estuda a influência do comprimento relativo do dia e da noite sobre 
as plantas. O Fotoperiodismo é importante, sob o ponto de vista fisiológico, pois 
atua nos processos fotossintéticos e morfológicos de uma planta. 
 
Para a estimativa da energia na superfície da terra, sob qualquer condição de 
nebulosidade, usa-se o conceito de razão de insolação. Insolação vem a ser o 
número de brilho solar (n) (n) (n) (n) que houve no dia. Para a determinação da duração 
máxima de horas de brilho solar (N)(N)(N)(N) nesse dia, utiliza-se cálculo astronômico. 
 
Como o ângulo Zenital ((((Z)Z)Z)Z) é definido como o ângulo da vertical desse ponto, com 
a linha imaginária que liga esse ponto até o centro do sol, tem-se que no 
momento do nascer ou do pôr do sol o ângulo Zenital é 90°. 
 
Aplicação para o Nascer ou Pôr do SolAplicação para o Nascer ou Pôr do SolAplicação para o Nascer ou Pôr do SolAplicação para o Nascer ou Pôr do Sol 
 
 
 Z = 90°; Cos90° = 0; logo: 
 
 CosZ = Senφ Senδ + Cosφ CosδCosh = 0; 
 
 Cosh = - Senφ Senδ / Cosφ Cosδ ou 
 Cosh = -(tgφ.tgδ); e finalmente : 
 
 
h = arc.cos h = arc.cos h = arc.cos h = arc.cos ––––(tg(tg(tg(tgφφφφ.tg.tg.tg.tgδδδδ)))) 
 
Onde h é dado em graus 
 
Durante um dia o sol descreve dois semi-arcos idênticos (2h°), e a velocidade 
angular da terra é 15°/hora, por simples regra de três podemos chegar na 
seguinte expressão: 
 
 
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10 
N = 2.h/15N = 2.h/15N = 2.h/15N = 2.h/15 
ou 
N =0,1333 hN =0,1333 hN =0,1333 hN =0,1333 h 
 
Onde h é o ângulo horário do nascer ou pôr do sol. 
 
No caso particular dos pólos (No caso particular dos pólos (No caso particular dos pólos (No caso particular dos pólos (φφφφ=90=90=90=90°°°° e e e e φφφφ====----90909090°°°°).).).). 
 
CosZ = SenCosZ = SenCosZ = SenCosZ = Senδδδδ, no pólo norte 
CosZ = CosZ = CosZ = CosZ = ----SenSenSenSenδδδδ, no pólo sul. 
 
-no pólo Norte, o Sol permanece acima do plano do horizonte apenas enquanto 
sua declinação for positiva (entre 21 de Março e 23 de setembro); 
 
no pólo Sul, o Sol só permanece acima do plano do horizonte apenas enquanto 
sua declinação for negativa (entre 23 de setembro e 21 de março). 
 
CONSIDERAÇÕES:CONSIDERAÇÕES:CONSIDERAÇÕES:CONSIDERAÇÕES: 
 
a) - No período dos Equinócios (21 de março e 21 de setembro), isto é, quando o 
Sol cruza o Equador (Declinação Solar igual a zero), o coseno de h é igual a 
zero, portanto h é igual a 90°, ou seja, N = 12 hs. Neste dia todos os pontos da 
terra, inclusive os pólos tem o fotoperíodo de 12 horas, as noites tem a mesma 
duração do dia. 
 
b) Para os locais situados sobre o equador (latitude zero), o coseno do angulo 
horário no nascer e no por do sol é sempre nulo, logo h =90° e N é igual a 12 
hs para todos os dias do ano. 
 
c) Para os locais entre o Equador e os Círculos Polares (66°33’) temos duas 
situações : 
 
Quando a Latitude(φ) e a Declinação Solar (δ) tem o mesmo sinal (Verão), o 
Coseno de h é menor do que Zero e por dedução, h >90°, logo N > 12 hs, ou 
seja, os dias são mais longos que as noites, e isso se pronuncia a medida que a 
latitude aumenta. 
 
Quando a Latitude(φ) e a Declinação Solar (δ) tem sinais diferentes (Inverno), 
O Coseno de h é maior que Zero, sendo assim h <90°, logo N < 12hs, ou seja, 
os dias são mais curtos que as noites, apresentando a dependência da 
latitude. 
 
 
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2.6. EFEITOS DA DURAÇÃO DO DIA SOBRE AS PLANTAS CULTIVADAS2.6. EFEITOS DA DURAÇÃO DO DIA SOBRE AS PLANTAS CULTIVADAS2.6. EFEITOS DA DURAÇÃO DO DIA SOBRE AS PLANTAS CULTIVADAS2.6. EFEITOS DA DURAÇÃO DO DIA SOBRE AS PLANTAS CULTIVADAS 
 
 Algumas plantas são sensíveis ao número de horas de luz solar para 
iniciar a floração. Por exemplo: algumas plantas tropicais requerem para iniciar 
a floração dias com pouco mais de 12 horas e temperaturas altas: milho, sorgo, 
feijão, algodão, etc. Estas plantas, quando cultivadas naregião tropical, nas 
estações da primavera e do verão, diminuem notavelmente seu ciclo, pois não há 
limitação da duração do dia e à radiação solar abundante. 
 
 Entretanto, existem plantas que requerem dias muito longos (mais de 14 
horas) para acelerarem seu ciclo, adiantando a floração: a aveia, a cevada, o 
linho, etc. Essas plantas, normalmente, são originárias de regiões montanhosas 
das zonas temperadas e se cultivadas próximas à linha do Equador aumentam 
seu ciclo, pois nesta região não ocorrem dias com duração ideal para a floração 
das mesmas. Em conseqüência, a planta não inicia a floração. Pode-se, em 
pequenas áreas, induzir a planta um aumento do dia astronômico através do uso 
de iluminação artificial sobre as mesmas. 
 
 Existem também plantas das regiões temperadas que requerem uma série 
de dias curtos (menores que 12 horas) para iniciarem a floração: morango, 
roseiras, etc. Estas plantas podem ser cultivadas próximas a linha do Equador 
com indução artificial da noite, através de cobertura com plástico escuro. Pode-se 
também, em pequenas áreas, induzir a planta uma diminuição do dia 
astronômico através da cobertura das mesmas com o uso de plástico preto. 
 
 Existe ainda um grupo de plantas cujas exigências fotoperiódicas para 
florescer são intermediárias, ou seja: requerem dias com 12 a 14 horas de 
duração. Como exemplo: a cana-de-açúcar. Estas plantas quanto cultivadas na 
região tropical diminuem notavelmente seu ciclo. 
 
 As culturas, de acordo com a sua resposta para o comprimento do dia 
(fotoperíodo) podem ser classificadas em 3 grupos chamadas de : 
 
a) a) a) a) Plantas Plantas Plantas Plantas de Dias Curtosde Dias Curtosde Dias Curtosde Dias Curtos (PDC) - são as plantas que se desenvolvem 
rapidamente, e a floração e maturidade são estimulados, quando os dias são 
curtos (noites longas), ou ainda, são as espécies que florescem em fotoperíodos 
menores do que um máximo crítico. 
 Exemplo: Arroz, milho, cana-de-açúcar, soja, feijão, algodão, pepino, 
tomate, etc. 
Regiões Tropicais e Sub-tropicais. 
 
 
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b) b) b) b) PlantasPlantasPlantasPlantas de dias Longos de dias Longos de dias Longos de dias Longos (PDL)- são as plantas que se desenvolvem 
rapidamente e a floração e maturidade são estimulados quando os dias são 
longos (noites curtas), ou ainda, são as espécies que florescem em fotoperíodos 
maiores do que um mínimo crítico. 
 Exemplo: Trigo, cevada, centeio, aveia, batata, etc. 
 Regiões montanhosas de zonas temperadas. 
 
c) c) c) c) Plantas Plantas Plantas Plantas de dias neutrde dias neutrde dias neutrde dias neutrosososos ou fotoneutrasou fotoneutrasou fotoneutrasou fotoneutras-(PDN)- são as plantas cujo 
desenvolvimento, floração e maturidade não são afetadas pelo comprimento do 
dia, ou ainda, são aquelas que florescem em uma ampla faixa de variação do 
fotoperíodo.. 
 Exemplo: trigo, cevada, centeio, aveia, soja, feijão, alfafa, algodão, batata. 
 
 Allard (1938), citado por Chang (1974) acrescentou um quarto grupo, 
designado como Plantas intermediárias (IM). Estas florescem a um comprimento 
de dias de 12 a 14h, mas são inibidas à reprodução tanto por fotoperíodos acima 
com abaixo desta faixa. 
 
 
 
Figura 2.6 – Efeito do fotoperíodo no florescimento de culturas de dias curtos 
 
 
 
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Figura 2.7 – Efeito do fotoperíodo no florescimento de culturas de dias longos 
 
2.6. 2.6. 2.6. 2.6. 1 1 1 1 –––– FOTOPERIODISMOS FOTOPERIODISMOS FOTOPERIODISMOS FOTOPERIODISMOS 
 
 
 O fotoperiodismo é a capacidade do organismo em responder a 
determinado fotoperíodo, ou seja, a períodos de exposição à iluminação. Nos 
vegetais o fotoperiodismo interfere na ocorrência do florescimento e, 
conseqüentemente, no processo reprodutivo e formação dos frutos. 
 
 
 Ao longo do ano, em regiões onde as estações (outono, inverno, primavera 
e verão) são bem definidas, existe variação do comprimento dos dias em relação 
às noites, e muitas plantas são sensíveis a estas variações, respondendo com 
diferentes fotoperíodos em relação à floração. 
 
 Na caracterização da resposta fotoperiódica das plantas de dias curtos e 
das plantas de dias longos, feita originalmente por Garner e Allard (1920) fica 
implícito que o fotoperíodo é uma condição indispensável para que haja indução 
ao florescimento. 
 
 Na ausência do comprimento de dia favorável para induzir a expressão 
dos processos reprodutivos, certas espécies podem continuar em crescimento 
vegetativo, de forma mais ou menos indefinida, levando ao fenômeno do 
gigantismo. 
 
 
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 Ao contrário, sob influência do fotoperíodo adequado, o florescimento e a 
frutificação podem ser induzidos mais precocemente. Assim, certas cultivares ou 
espécies podem ser de maturação precoce ou tardia, dependendo simplesmente 
do comprimento do dia em que as plantas são expostas. 
 
 O critério de classificação das espécies ou grupos de cultivares, como “de 
dias longos” ou “de dias curtos”, não está relacionado à magnitude do fotoperíodo 
crítico exigido. A classificação segue a idéia original, de que uma planta de dias 
curtos necessita fotoperíodo de “no máximo” tantas horas. Em outras palavras, 
as PDC são induzidas a florescer se a duração do dias for igual ou inferior àquele 
valor crítico que caracteriza a espécie ou cultivar. Para plantas de dias longos 
deve-se considerar que elas florescerão se o fotoperíodo for igual ou superior ao 
mínimo crítico de sua espécie ou cultivar. 
 
 Segundo Vince-Prue (1975), os dois grupos de plantas sensíveis ao 
fotoperíodo (PDC e PDL) foram subdivididos em espécies de resposta absoluta ou 
qualitativa e espécies de resposta facultativa ou quantitativa. 
 
 O tipo de resposta absoluta ou qualitativa significa que a condição 
fotoperiódica é essencialessencialessencialessencial à indução floral, sem a qual as plantas não florescem. 
Ao contrário, a resposta facultativa ou quantitativa subentende que a condição 
fotoperiódica favorecefavorecefavorecefavorece a indução floral, mas não é essencialessencialessencialessencial. 
 
 Algumas espécies, graças à grande diversidade de cultivares, têm mais de 
um tipo de exigência fotoperiódica. É o caso da soja, do milho e do fumo. 
Considerando a grande expansão geográfica destas espécies, o trabalho de 
melhoramento genético conseguiu uma grande variabilidade de respostas, de 
maneira a adaptar os genótipos às disponibilidades de cada região de cultivo. É o 
caso da soja, que é originária de latitudes elevadas, no norte da China e que, 
progressivamente foi se expandindo para regiões mais próximas ao Equador. 
 
 No Brasil, a soja começou a se expandir pelo Rio Grande do Sul, em 
latitude mais próximas às originais, mas foi sendo transferida para outros 
Estados da Região Sul, da Região Centro-Oeste e, atualmente, até por regiões 
próximas ao Equador. Isto foi exigindo cada vez menor resposta a dias curtos, 
chegando-se a cultivares praticamente fotoneutras (insensíveis ao fotoperíodo). 
 
 
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Figura 2.8 – resposta de plantas aos diferentes fotoperiodos.

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