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RESUMO Periodonto

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CEMENTO
VARIEDADES DO CEMENTO
Cemento acelular de fibras extrínsecas
É responsável pela cobertura da maior parte da raiz, cerca de 2/3 ou até mais. 
Os cementoblastos possuem características semelhantes as de fibroblastos; emitem prolongamentos que entram na pré-dentina e depositam fibrilas colágenas lá. As fibrilas que eles depositaram e as da pré-dentina se misturam (favorece a adesão).
A mineralização começa no centro da pré-dentina e não chega à sua superfície até que as fibrilas estejam entrelaçadas. Quando isso ocorre, a mineralização é induzida por proteínas não colagênicas e passam através da superfície da dentina do manto e chegam ao cemento, onde começam sua mineralização. 
Inicialmente, o cemento acelular de fibras extrínsecas é composto por franjas fibrosas, de colágeno, perpendiculares à raiz. As células da superfície desse cemento se distanciam da superfície da raiz e ao mesmo tempo secretam proteínas não colagênicas, que ocupam o espaço entre as fibrilas de colágeno. Ao passo que migram e secretam proteínas, as células também secretam o colágeno, que faz com que as fibrilas cresçam (comp. e espessura). 
Esse processo ocorre até que haja 20 micrômetros de cemento, momento no qual as fibras de colágeno do periodonto se ligam às do cemento. 
Após essa conexão, as células (cementoblastos) da superfície passam a secretar somente proteínas que irão ocupar o espaço interfibrilar. As fibras colágenas terão sua síntese (continuação) a partir dos fibroblastos do periodonto. 
Dois tipos de estrias podem ser observados a microscopia eletrônica:
Estrias paralelas à superfície da raiz: são feixes de deposição incremental, entre as fibras de colágeno. 
Estrias em ângulo reto: feixes de fibras colágenas do lig. periodontal mineralizados e inseridos no cemento; são mais curtas. 
Não existe um pré-cemento ou cementoide no cemento acelular de fibras extrínsecas. Porém, as fibras colágenas do ligamento periodontal inseridas no cemento são tidas como esse cementoide. 
Grau de mineralização: 60%
Parte interna menos mineralizada. Parte externa com alternância de parte mais e menos mineralizadas. 
Cemento celular de fibras intrínsecas
Formação mais rápida e menos mineralizada após metade da raiz ter sido formada.
Deposição sobre pré-dentina. 
Assim como o CAFE, os cementoblastos emitem prolongamentos para dentro da pré-dentina e atuam da mesma forma. 
Os cementoblastos também produzem proteínas não-colagênicas que além de entremear as fibrilas, regulam a deposição de minerais e proporcionam coesão.
Pode ser observada uma camada de matriz não mineralizada, cementoide, à frente da camada mais interna de cemento mineralizado. Entre as duas camadas há uma frente de mineralização. 
Cementoide irregular e de difícil percepção.
Aprisionamento de cementoblastos ao longo da mineralização, que passam a se chamar cementócitos. 
Cementócitos possuem prolongamentos que ocupam canalículos comunicados entre si, mas não formam sincícios como os osteócitos. 
Como a nutrição é feita por difusão, as células da parte mais interna tendem a não se nutrir e morrem. Se não morrerem, perdem organelas. Esse quadro refletem uma manutenção tecidual ruim.
Com a organização do ligamento periodontal, a deposição de cemento celular continua ao redor dos feixes de colágeno, incorporando-os. Eles se mineralizam, formando um cemento celular de fibras mistas (maior parte do cemento secundário)
As fibras intrínsecas são mineralizadas de maneira uniforme, já as extrínsecas podem às vezes até ter seu centro desmineralizado, pois sua mineralização é variável. 
Menos relacionado com a fixação dos dentes.
Cemento acelular afibrilar
Depositado sobre o esmalte e dentina, próximo à junção amelocementária.
Não apresenta colágeno.
Era tido como uma anomalia na qual ocorria uma ruptura local do epitélio reduzido do esmalte e havia um contato entre células do folículo dentário e o esmalte, que se diferenciavam em cementoblastos.
DISTRIBUIÇÃO DO CEMENTO AO LONGA DA RAIZ
Cemento acelular afibrilar: restrito à região cervical da raiz, por sobre a dentina e esmalte, próximo à junção amelocementária.
Cemento acelular de fibras extrínsecas: se estende da margem cervical da raiz e cobre cerca de 2/3 da raiz. Em dentes uniradiculares, muitas vezes, é o único encontrado. 
Cemento celular de fibras intrínsecas: presente apenas na região apical e inter-radiculares de pré-molares e molares.
O cemento possui cerca de 50 micrômetros na cervical e 200 na apical. 
Os tipos de cemento fibrilar podem se sobrepor.
Quando da reparação de lesões periodontais, o cemento que primeiro se forma é celular. 
JUNÇÃO AMELOCEMENTÁRIA
Em 30% das pessoas, o cemento e esmalte se encontram pelas extremidades, formando a junção amelocementária. Em 10% ocorre um pequeno distanciamento dos dois, deixando à mostra um pouco de dentina, o que causa sensibilidade e aumenta as chances de reabsorção idiopática e de cáries na superfície da raiz. Em 60% da população observa-se uma sobreposição do cemento sobre o esmalte.
FIXAÇÃO DO CEMENTO À DENTINA
Ocorre da mesma forma para os cementos fibrilares e ocorre quando os prolongamentos colágenos se inserem na dentina e ocorre o entrelaçamento das fibrilas da dentina e do cemento. Após a mineralização, as fibrilas ficam aprisionadas e mineralizadas também. 
***O cemento de reparação se adere melhor à superfície radicular quando há uma reabsorção prévia para então começar a deposição de cemento. Aparentemente, essa reabsorção faz uma preparação da superfície para melhor adesão. 
PROCESSO ALVEOLAR
Porção óssea que contém os alvéolos dentários.
Tábuas corticais (vestibular e lingual/palatina)
Por ser perfurado por muitos forames, muitas vezes é referido como placa cribriforme.
A face interna do osso, o tecido ósseo que reveste diretamente o alvéolo é chamado de tecido ósseo fascicular. É nele que se fixam as fibras colágenas extrínsecas do ligamento periodontal (apenas a periferia mineralizada).
Tábua cortical é mais fina na maxila e mais espessa na região vestibular de PM e M inferiores. 
Nos dentes anteriores, o tecido ósseo trabecular é ausente, sendo assim, tábua óssea e osso alveolar estão fundidos.
LIGAMENTO PERIODONTAL
Quando saudável, o ligamento possui células mesenquimais heterogêneas que podem se diferenciar tanto em cementoblastos quanto em osteoblastos.
Fatores secretados pelos fibroblastos podem inibir a mineralização e impedir que a raiz se funda com o tecido ósseo adjacente (anquilose [fusão]).
A espessura do ligamento periodontal é variável (0,15 a 0,38mm), sendo a região média da raiz a mais estreita. Com o tempo essa espessura vai diminuído.
Funções: sustentar os dentes em seus alvéolos; permitir que eles resistam às forças mastigatórias; atua como receptor sensorial, auxiliando no posicionamento de maxila e mandíbula durante a função normal.
Inicialmente o ligamento é um tecido conjuntivo desorganizado, com pequeninos feixes de fibras do osso alveolar e cemento para seu interior. Com a secreção de colágeno (principalmente tipo I), este se organiza em feixes e ligam as estruturas adjacentes entre si (osso e cemento), dando fixação ao dente. 
Além de colágeno, são secretadas também proteínas não colagênicas, que têm função de manutenção do espaço do ligamento, que vem a ser alterado pelos movimentos eruptivos e oclusão. 
Após a entrada do dente em função, ou seja, erupção completa, os feixes de fibras têm sua espessura aumentada consideravelmente (normalidade). Em condições de hiperfunção do dente, a largura do ligamento periodontal pode aumentar em até 50%, ocorre aumento do número de trabéculas ósseas no processo alveolar e suas espessuras, e o próprio osso alveolar se espessa. Em situação de hipoatividade do dente o contrário se observa. 
COMPONENTES DO LIGAMENTO PERIODONTAL
Fibroblastos
Principais células do ligamento periodontal.
Citoplasma extenso com proeminência de células ligadas à síntese e liberação de proteínas (retículo endo. granular, complexo de Golgi,grânulos de secreção).
Citoesqueleto bem desenvolvido, com filamentos de actina marcantes; relacionado com a mudança no formato e migração.
Alinhados com os feixes de fibras colágenas e seus extensos prolongamentos circulam tais feixes. 
Sintetizam e degradam colágeno ao mesmo tempo, durante a remodelação deste. O colágeno tem alta de remodelação no ligamento e isso é o que permite que o ligamento se adapte às demandas dos movimentos dos dentes funcionais.
Se acometido por doenças, promovem uma redução imediata no tecido de suporte do dente.
É durante os movimentos pós-eruptivos que sua contratilidade é mais efetiva e importante.
O arranjo ordenado dos feixes de fibras no ligamento periodontal ocorre pelo fato de os fibroblastos e o colágeno se alinharem paralelamente às forças de deformação na matriz.
CÉLULAS EPITELIAIS
Restos da bainha epitelial radicular de Hertwig (BERH), ficam próximas ao cemento, aglomeradas em pequenos arranjos circulares ou alongados em cordões, fortemente coradas. São chamados de restos epiteliais de Malassez.
CÉLULAS MESENQUIMAIS INDIFERENCIADAS
Localizadas perivascularmente, são responsáveis pela renovação celular. Não se sabe se elas geram células-filhas que se diferenciam em fibroblastos, cementoblastos e osteoblastos ou se existem células precursoras para cada tipo. Porém, sabe-se que para que novas células sejam produzidas, outras têm que ser descartadas, seja por migração ou por morte.
CÉLULAS TRONCO
Podem diferenciar-se em células adipogênicas, osteogênicas, cementogênicas ou condrogênicas. 
CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO E DO CEMENTO
Estruturalmente são situadas no ligamento, mas possuem relação com suas respectivas estruturas.
FIBRAS
Os principais colágenos presentes do ligamento periodontal são os tipos I, III e XII. 
Nos feixes, as fibras se entrelaçam, parecendo uma corda. Essa conformação permite que ainda que uma fibra seja remodelada, o feixe no todo mantenha sua forma e função. É por isso que eles conseguem se adaptar continuamente as mudanças de tensão.
Os feixes que seguem entre o dente e o tecido ósseo, os principais do ligamento periodontal, são:
Grupo da crista alveolar: insere-se logo abaixo da junção amelocementária e segue ínfero-lateralmente para se inserir na margem do alvéolo. 
Grupo horizontal: apicalmente ao grupo da crista, segue perpendicularmente ao eixo longo do dente para se inserir no osso alveolar logo abaixo da crista alveolar.
Grupo oblíquo: grupo mais numeroso do ligamento periodontal, segue do cemento obliquamente para cima para se inserir no tecido ósseo. 
Grupo apical: sai do cemento ao redor do ápice do dente para a região do fundo do alvéolo.
Grupo inter-radicular: encontra-se apenas entre raízes de dentes multiradiculares, saindo do cemento para a região da crista óssea inter-radicular. 
***As extremidades dos feixes de fibras estão inseridas tanto no cemento quanto no osso alveolar. A parte inserida das fibras é chamada de fibra de Sharpey. No cemento acelular, as fibras de Sharpey são totalmente mineralizadas, ao passo que no cemento celular e no osso alveolar elas são parcialmente mineralizadas. Quando o processo alveolar é formado inteiramente por tecido ósseo compacto, as fibras de Sharpey podem atravessá-lo e ligar-se a fibras de um ligamento periodontal adjacente ou misturar-se com as fibras do periósteo das corticais externas do processo alveolar.
Apesar de não fazerem parte exatamente do ligamento periodontal, as fibras do ligamento gengival estão relacionadas com a manutenção da integridade funcional do ligamento periodontal. São elas:
Grupo dentogengival: mais numerosas, saem do cemento cervical e se ligam na lâmina própria da gengiva livre e da inserida.
Grupo alveologengival: partem da crista alveolar e se inserem na lâmina própria da gengival inserida e da livre. Quase verticais.
Grupo circular: essas fibras seguem trajeto circular, em torno do colo do dente, se entrelaçando com outras fibras na gengiva livre e auxiliando na sua união com o dente.
Grupo dento periosteal: seguem do cemento em direção à porção apical do periósteo, onde se inserem no osso alveolar ou no músculo vestibular e soalho da boca.
Sistema de fibras transeptais: fazem trajeto interdental, saindo do cemento, imediatamente apical à base do epitélio juncional de um dente para região equivalente do outro. Coletivamente, formam o ligamento interdentário, que conecta todos os dentes do arco. O sistema de fibras transeptais é capaz de sofrer renovação e remodelação tanto em situações fisiológicas normais como durante a movimentação dentária em tratamento ortodôntico.
FIBRAS DO SISTEMA ELÁSTICO
As fibras desse sistema são elaunínicas, oxitalânicas e as elásticas. Porém, no ligamento periodontal só se encontram oxitalânicas. No ligamento gengival se encontram elaunínicas.
No ligamento periodontal, as fibras seguem trajeto mais ou menos vertical, do cemento para apical, formando uma trama ramificada que circunda a raiz e termina no complexo apical de veias, artérias e vasos linfáticos. As fibras oxitalânicas são densas e numerosas na parte cervical do ligamento e seguem paralelamente às fibras do grupo gengival.

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