Buscar

CPI OUSESABER

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
 
ENTENDIMENTOS SOBRE 
COMISSÕES PARLAMENTARES 
DE INQUÉRITO – CPI’S 
 
 
 
 
DOUTRINA TEMÁTICA 
+ 
JULGADOS STF 
+ 
QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS 
 
Prof. Álvaro Veras 
Prof. Filippe Augusto 
Profa. Lara Teles 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
1) Comissões do Poder Legislativo 
 
Segundo Nathalia Masson (MASSON, Nathalia, Manual de 
Direito Constitucional, 1ª edição, 2013, pag. 532 e 533), as referidas 
comissões têm por função primordial o estudo inaugural das proposições 
apresentadas, no intuito de fornecerem à Câmara a qual estejam integradas 
um parecer antecedente à deliberação plenária, para que esta última se 
desenrole de maneira esclarecida. São também constituídas com finalidade 
investigativa (comissões parlamentares de inquérito), representativa 
(comissões representativas do Congresso Nacional) e de fiscalização da 
gestão da coisa pública (como a comissão mista de planos, orçamentos 
públicos e fiscalização), além de funcionarem como espaço singular e 
privilegiado de interação entre o Parlamento e a sociedade, na medida em 
que abrigam audiências públicas e recepcionam, de qualquer interessado, 
críticas/queixas/reclamações/petições contra atos e omissões de entidades 
ou autoridades públicas. 
 
2) Natureza jurídica das CPI’s 
 
As CPI’s, que possuem previsão expressa no §3° do artigo 58 da 
CF/88, são órgãos fracionários e colegiados da Casa legislativa em que são 
criadas. Segundo apontam Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 
(ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Constitucional 
Descomplicado. 11. ed. São Paulo: Método, 2013. 456 p.), elas 
consubstanciam atuação típica do Poder Legislativo, no desempenho da sua 
atribuição fiscalizatória (controle político-administrativo) de atos conexos ao 
Poder Público. Além disso, são comissões temporárias e podem ser 
formadas no âmbito de uma das Casas Legislativas (comissão 
singularizada) ou no do Congresso Nacional (comissão mista). 
 
3) Quem pode ser investigado? 
 
As CPI’s podem investigar o Poder Executivo, pessoas físicas ou 
jurídicas, órgãos ou instituições ligados à gestão de dinheiro público, ou que 
de algum modo tenham que prestar contas sobre valores públicos. 
Independe, então, da natureza da pessoa, mas sim do fato de ela trabalhar 
com recursos públicos. 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
Ressalte-se, então, que a CPI está sempre restrita à competência 
fiscalizatória do ente que mantém o parlamento. Assim, um determinado 
servidor estadual não pode ser investigado por CPI federal em tema que 
interessa apenas ao ente estatal. 
 
4) Composição: 
 
O critério principal é a proporcionalidade da representação. Ou 
seja, de acordo com o número de representantes dos partidos nas Casas 
Legislativas. 
 
5) Requisitos para criação: 
 
Segundo pontua Marcelo Novelino (NOVELINO, Marcelo. 
Manual de Direito Constitucional. 8ª edição, 2013, Editora Método, 787 p.), 
três são os requisitos necessários para a criação de uma CPI: (a) 
requerimento de um terço dos membros da Casa; (b) apuração de fato 
determinado; (c) prazo certo de duração. 
 
(A) Requerimento de um terço dos membros da Casa 
 
Consoante a CF/88, o requerimento deve subscrito por, pelo 
menos, 1/3 dos membros da Casa. No caso de comissão parlamentar mista 
de inquérito (CPMI), o requerimento deverá ser de 1/3 dos membros de 
ambas as Casas Legislativas. Nesse tocante, o STF já declarou 
inconstitucional trecho de artigo do Regimento Interno da Assembleia 
Legislativa do Estado de São Paulo que estabelecia, como requisito à criação 
de CPI, a aprovação do respectivo requerimento em Plenário, pela maioria 
dos membros. Ora, estabelecer tal requisito era desviar totalmente o que 
estava disposto na Carta Magna. Além disso, outro fundamento importante 
utilizado na decisão foi que a CPI deve ser caracterizada como sendo 
um direito subjetivo das minorias. 
 
Segundo o STF, no MS 26.441/DF, essa exigência do requerimento 
deve ser examinada no momento do protocolo do pedido perante a mesma 
Casa Legislativa, não sendo necessária uma posterior ratificação. 
 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
"EMENTA: (...) Existe, no sistema político-jurídico 
brasileiro, um verdadeiro estatuto constitucional das 
minorias parlamentares, cujas prerrogativas – 
notadamente aquelas pertinentes ao direito de 
investigar-devem ser preservadas pelo Poder 
Judiciário, a quem incumbe proclamar o alto 
significado que assume, para o regime democrático, a 
essencialidade da proteção jurisdicional a ser 
dispensada ao direito de oposição, analisado na 
perspectiva da prática republicana das instituições 
parlamentares. – A norma inscrita no art. 58, § 3.0, da 
Constituição da República destina-se a ensejar a 
participação ativa das minorias parlamentares no 
processo de investigação legislativa, sem que, para 
tanto, mostre-se necessária a concordância das 
agremiações que compõem a maioria parlamentar. - O 
direito de oposição, especialmente aquele reconhecido 
às minorias legislativas, para que não se transforme 
numa prerrogativa constitucional inconsequente, há de 
ser aparelhado com instrumentos de atuação que 
viabilizem a sua prática efetiva e concreta no âmbito 
de cada uma das Casas do Congresso Nacional. - A 
maioria legislativa não pode frustrar o exercício, pelos 
grupos minoritários que atuam no Congresso 
Nacional, do direito público subjetivo que lhes é 
assegurado pelo art. 58, § 3.º, da Constituição e que 
lhes confere a prerrogativa de ver efetivamente 
instaurada a investigação parlamentar, por período 
certo, sobre fato determinado. Precedentes: MS 
24.847/DF, Rei. Min. CELSO DE MELLO, v.g. - A 
ofensa ao direito das minorias parlamentares constitui, 
em essência, um desrespeito ao direito do próprio 
povo, que também é representado pelos grupos 
minoritários que atuam nas Casas do Congresso 
Nacional (...). A rejeição de ato de criação de Comissão 
Parlamentar de Inquérito, pelo Plenário da Câmara dos 
Deputados, ainda que por expressiva votação 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
majoritária, proferida em sede de recurso interposto 
por líder de partido político que compõe a maioria 
congressual, não tem o condão de justificar a 
frustração do direito de investigar que a própria 
Constituição da República outorga às minorias que 
atuam nas Casas do Congresso Nacional" (MS 26.441, 
Rel. Min. Celso de Mello, j. 25.04.2007, Plenário, DJE 
de 18.12.2009). 
 
(B) Apuração de fato determinado 
 
Consoante a CF/88, os fatos investigados pela CPI devem ser 
determinados. Assim, conforme aduzem Marcelo Alexandrino e Vicente 
Paulo (ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Constitucional 
Descomplicado. 11. ed. São Paulo: Método, 2013. 457 p.), é vedada a criação 
de uma CPI para investigação de objeto genérico, inespecífico, abstrato, 
como “a corrupção no Poder Executivo”. 
 
Importante: fatos novos conexos podem ser investigados pela CPI? 
 
O STF já decidiu que sim, no Inq. 2.245/MG. Caso ocorra o 
surgimento de um fato novo conexo com o objeto da investigação, a inicial 
tem que ser aditada. 
 
É dever de a CPI permitir a presença de advogados, exercendo a 
defesa técnica, com todas as prerrogativasasseguradas pelo Estatuto da 
Advocacia. 
 
(C) Prazo certo de duração 
 
A CPI deve ser criada por prazo certo, predeterminado. Contudo, 
são permitidas, desde que observados os requisitos regimentais da Casa, 
sucessivas prorrogações. Deve-se destacar, entretanto, que existe um limite 
intransponível para o funcionamento de uma CPI, qual seja: o término da 
legislatura. 
 
6) O princípio da separação de "poderes" e a impossibilidade de a CPI 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
investigar atos de conteúdo jurisdicional 
 
De acordo com Pedro Lenza (LENZA, Pedro. Direito 
Constitucional Esquematizado, 18a edição, 2014, Editora Saraiva), deve-se 
consignar que o princípio da separação de poderes serve de baliza e 
limitação material para a atuação parlamentar, e, desse modo, a CPI não tem 
poderes para investigar atos de conteúdo jurisdicional, não podendo, 
portanto, rever os fundamentos de uma sentença judicial. Apesar disso, o 
Ministro do STF Celso de Mello adverte: " ... isso não significa, porém, que 
todos os atos do Poder Judiciário estejam excluídos do âmbito de incidência 
da investigação parlamentar. Na verdade, entendo que se revela 
constitucionalmente lícito, a uma Comissão Parlamentar de Inquérito, 
investigar atos de caráter não jurisdicional emanados do Poder Judiciário, 
de seus integrantes ou de seus servidores, especialmente se se cuidar de 
atos, que, por efeito de expressa determinação constitucional, se exponham 
à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial 
do Poder Legislativo (CF, arts. 70 e 71) ou que traduzam comportamentos 
configuradores de infrações político-administrativas eventualmente 
praticadas por Juízes do STF (Lei n. 1.079/50, art. 39), que se acham sujeitos, 
em processo de impeachment, à jurisdição política do Senado da República 
(CF, art. 52, II)" (voto no HC 79.441, j. 15.09.2000, fls. 322-323). 
 
Assim, vê-se que o magistrado poderá ser convocado para depor 
perante CPI sobre a sua atuação como administrador público, na prática de 
atos administrativos. 
 
7) Limitação ao número de CPIs: 
 
"A restrição estabelecida no §4º do artigo 35 do 
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que 
limita em cinco o número de CPIs em funcionamento 
simultâneo, está em consonância com os incisos III e 
IV do artigo 51 da Constituição Federal, que conferem 
a essa Casa Legislativa a prerrogativa de elaborar o seu 
regimento interno e dispor sobre sua organização. Tais 
competências são um poder-dever que permite regular 
o exercício de suas atividades constitucionais" (STF, 
ADIn 1 .635, Rei. Min. Maurício Corrêa, DJ de 5-3-
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
2004).‖ 
 
 
 
8) Reclamação em face de instalação de CPI: 
 
"A reclamação, de que cuidam os artigos 102, I, ―l‖, da 
C.F., 13 da Lei n° 8.038, de 28/05/1990 e 156 do 
R.I.S.T.F., pressupõe a existência de processo judicial, 
no qual um órgão do Poder Judiciário esteja 
usurpando competência do Supremo Tribunal Federal 
ou desrespeitando a autoridade de suas decisões. Não 
é o caso de atos praticados por comissão parlamentar 
de inquérito, sujeitos a outra forma de controle 
jurisdicional" (STF, Recl. 2.066- QO, Rei. Min. Sydney 
Sanches, DJ de 2 7-9-2002). 
 
 
 
9) Mandado de segurança contra relatório final de CPI 
 
"Com efeito, a circunstância de o nome do impetrante 
figurar no relatório final da CPI mencionada, com 
"recomendação" dirigida ao Ministério Público, quanto 
a eventuais procedimentos, por si só, não implica, em 
princípio, ilegalidade ou abuso de poder, reparável na 
via do mandado de segurança. Conforme referido, 
pelos próprios impetrantes, "o Ministério Público não 
é obrigado a obedecer a 'recomendação' da CPI". É 
COMENTÁRIO: 
O STF deixou assente que não há vedação constitucional a que as Casas 
Legislativas estabeleçam regimentalmente limites para a criação 
simultânea de CPI’s. 
COMENTÁRIO: 
Os atos praticados por CPI podem ser controlados pelo Poder Judiciário 
sem que isso caracterize situação de ilegítima interferência orgânica de 
outro Poder da República. Contudo, não é possível realizar o controle dos 
atos de uma CPI por meio da reclamação de que cuidam os artigos 102, I, 
“l”, da C.F., 13 da Lei n° 8.038, de 28/05/1990 e 156 do R.I.S.T.F., visto 
que ele pressupõe a existência de processo judicial. 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
exato, antes de tudo, na espécie, ter presente a 
presunção de realizar o Ministério Público exame das 
conclusões do relatório da CPI, com a independência e 
autonomia institucionais, que a ordem constitucional 
lhe confere, procedendo, assim, como entender de 
direito e justiça, diante das informações e documentos 
do relatório recebido, sem sujeição a quem quer que 
seja. 7. De outra parte, não cabe, aqui, análise, 
originariamente, em mandado de segurança, dos fatos 
que se apontam na inicial, bem assim da procedência 
ou não das conclusões a que chegou a CPI, em seu 
relatório. Somente na hipótese de o Ministério Público 
mover procedimento de natureza criminal ou civil 
contra o impetrante, com base no que restou apurado, 
pelo órgão parlamentar de inquérito, haverá espaço, 
nas instâncias competentes do Poder Judiciário, para 
este formular juízos de valor sobre as conclusões ora 
impugnadas na inicial deste feito‖ (STF, MS 24.198, 
Rel. Min. Néri da Silveira, O/ ele 8-3-2002). 
 
 
 
10) Há a possibilidade de impetração de HC em face de ter sido um 
determinado agente convocado a depor em CPI? 
 
"Não há indicação de ato concreto e específico, por 
parte do órgão tido por coator, a evidenciar a prática de 
comportamento abusivo ou ilegal, ou ameaça à 
liberdade de ir e vir dos pacientes, o que não se há de 
ter como caracterizado pela só circunstância de 
convocação para depor na CPI" (STF, HC 80.584, Rel. 
Min. Néri da Silveira, 0/ de 6-4-2001). No mesmo 
sentido: STF, H C 80.853-MC, Rel. Min. Néri da 
Silveira, O/ de 16-4-2001; HC 83 .357, Rei. Min. Nelson 
COMENTÁRIO: 
A inclusão do nome de um indivíduo no relatório final de uma CPI não 
constitui, por si só, em princípio, ilegalidade ou abuso de poder reparável 
na via do mandado de segurança. Além disso, os resultados obtidos pela 
CPI não vinculam a atuação do Ministério Público, o qual poderá 
proceder como entender de direito, sem sujeição a quem quer que seja. 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
Jobim, O/ de 26-3-2004.‖ 
 
"A intimação – que representa o meio formal pelo qual 
se procede à convocação de alguém para comparecer 
perante uma comissão parlamentar de inquérito – não 
traduz, não configura e nem se reduz à condição de ato 
concretizador de ilegalidade ou de abuso de poder. É 
irrecusável que as atividades desenvolvidas por 
qualquer comissão parlamentar de inquérito estão 
necessariamente sujeitas à observância do 
ordenamento jurídico. Não se pode presumir, contudo, 
que esse órgão estatal vá transgredir os estatutos da 
República, eis que milita, em favor do Poder Público, 
salvo demonstração em contrário, a presunção juris 
tantum de legitimidade e de regularidade dos atos que 
pratica. Por isso mesmo, mera suposição de abuso 
estatal ou de prática arbitrária, quando destituída de 
base empírica, não pode justificar a concessão de 
medida judicial que suspenda, liminarmente, o regular 
exercício, por parte de uma comissão parlamentar de 
inquérito, da competência investigatória de que se 
acha investida. (...) É preciso ter presente, no entanto, 
que,sem a indicação, pelo impetrante, de um ato 
concreto e específico que evidencie, por parte da 
autoridade apontada como coatora, a prática de 
comportamento abusivo ou de conduta revestida de 
ilicitude, não há como sequer admitir o processamento 
da ação de habeas corpus, em face da inocorrência de 
hipótese caracterizadora de injusto constrangimento ao 
status libertatis da paciente. " (HC 80.427-MC, rel. min. 
Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 8-
9-2000, DJ de 13-9-2000.)‖ 
 
 
COMENTÁRIO: 
Assim, o indivíduo convocado para depor como testemunha perante CPI 
poderá impetrar habeas corpus para afastar a convocação, sendo 
imprescindível para isso que o impetrante demonstre a prática de um ato 
concreto e específico que evidencie, por parte da autoridade apontada 
como coatora, comportamento abusivo ou conduta revestida de ilicitude. 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
 
11) Poderes: 
 
Segundo a CF/88, a CPI possui os poderes de investigação 
próprios da autoridade judiciária. Devem se referir aos poderes instrutórios. 
Não detém, assim, o chamado poder geral de cautela, inerente ao órgão 
jurisdicional. 
 
a) Pode quebrar sigilo bancário, fiscal, telefônico e de dados 
(informáticos). Contudo, não pode realizar interceptação 
telefônica. 
b) Pode buscar e apreender documentos, desde que não estejam 
protegidos por sigilo, como o de domicílio. 
c) Pode conduzir coercitivamente para prestar depoimento. O STF 
já decidiu que uma CPI não pode exigir a presença de indígena no 
Congresso Nacional, o que não impede de ouvi-lo dentro da sua 
própria comunidade. 
d) Pode determinar a realização de exames periciais. 
 
Importante: a CPI pode determinar a quebra do sigilo 
telefônico (lista de ligações realizadas, duração das ligações, etc.), mas não 
pode realizar por si só a interceptação telefônica (conteúdo das ligações). 
 
A CPI tem o dever de fundamentar satisfatoriamente todas essas 
decisões, além de observar princípio da colegialidade, o qual informa que as 
decisões devem ser tomadas pela maioria dos votos e não isoladamente. 
Confiram a decisão do STF que trata sobre o tema: 
 
"O princípio da colegialidade traduz diretriz de 
fundamental importância na regência das deliberações 
tomadas por qualquer Comissão Parlamentar de 
Inquérito, notadamente quando esta, no desempenho 
de sua competência investigatória, ordena a adoção de 
medidas restritivas de direitos, como aquelas que 
importam na revelação ('disclosure') das operações 
financeiras ativas e passivas de qualquer pessoa. A 
legitimidade do ato de quebra do sigilo bancário, além 
de supor a plena adequação de tal medida ao que 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
prescreve a Constituição, deriva da necessidade de a 
providência em causa respeitar, quanto à sua adoção e 
efetivação, o princípio da colegialidade, sob pena de 
essa deliberação reputar-se nula" (MS 24.817, Rel. Min. 
Celso de Mello, j. 03.02.2005, Plenário, DJE de 
06.11.2009). 
 
Em adição, o STF já declarou que todas as decisões proferidas 
pelas CPI’s que impliquem em restrição de direito só serão legítimas se 
forem devidamente fundamentadas, se houver pertinência temática com o 
que se investiga, se forem absolutamente necessárias e desde que sejam 
delimitadas temporalmente. Observem o seguinte excerto: 
 
―(...) A jurisprudência firmada pela Corte, ao propósito 
do alcance da norma prevista no art. 58, § 3º, da 
Constituição Federal, já reconheceu a qualquer 
Comissão Parlamentar de Inquérito o poder de 
decretar quebra dos sigilos fiscal, bancário e 
telefônico, desde que o faça em ato devidamente 
fundamentado, relativo a fatos que, servindo de 
indício de atividade ilícita ou irregular, revelem a 
existência de causa provável, apta a legitimar a 
medida, que guarda manifestíssimo caráter 
excepcional (MS nº 23.452-RJ, Rel. Min. CELSO DE 
MELLO; MS nº 23.466-DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA 
PERTENCE; MS nº 23.619-DF, Rel. Min. OCTAVIO 
GALLOTTI; MS nº 23.639-DF, Rel. Min. CELSO DE 
MELLO; etc.). Não é lícito, pois, a nenhuma 
delas, como o não é sequer aos juízes mesmos (CF, art. 
93, IX), afastar-se dos requisitos constitucionais que 
resguardam o direito humano fundamental de se opor 
ao arbítrio do Estado, o qual a ordem jurídica 
civilizada não autoriza a, sem graves razões, cuja 
declaração as torne suscetíveis de controle 
jurisdicional, devassar registros sigilosos alheios, 
inerentes à esfera da vida privada e da intimidade 
pessoal. Como já afirmei noutro caso, em que se 
impugnava ato da mesma Comissão (MS nº 25.812, DJ 
de 232/02/06), quatro são os requisitos que devem estar 
presentes, de forma concomitante, para que se autorize 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
a medida excepcional, quais sejam: (a) motivação do 
ato impugnado; (b) pertinência temática com o que se 
investiga; (c) necessidade absoluta da medida, no 
sentido de que o resultado por apurar não possa advir 
de nenhum outro meio ou fonte lícita de prova, e (d) 
limitação temporal do objeto da medida (...).‖(STF, MS 
25.966, Rel. Min. Cesar Peluso, DJE de 18.05.2006). 
 
12) Limites aos poderes 
 
Segundo Marcelo Novelino (NOVELINO, Marcelo. Manual de 
Direito Constitucional. 9ª edição, 2014, Editora Método), são limites aos 
poderes exercidos pela CPI: 
 
a) Cláusula de reserva de jurisdição: 
Existem alguns poderes que apenas podem ser exercidos pelo 
Poder Judiciário, tal como a inviolabilidade de domicílio, interceptação 
telefônica, prisão e o sigilo imposto a processo judicial. 
 
b) Direitos e garantias individuais 
Todos esses direitos devem ser respeitados pela CPI, dentre os 
quais se destaca o direito a não autoincriminação e o sigilo profissional. 
 
c) Medidas acautelatórias. 
A CPI não pode decretar medidas acautelatórias, como a 
indisponibilidade de bens, arresto e sequestro. 
 
13) Mandado de segurança: 
 
A autoridade coatora é o presidente da CPI. Então, no caso 
federal, a competência para julgar seria do STF. 
 
14) CPI ESTADUAL 
 
Pode existir, e deve seguir as regras gerais da CPI federal. 
Segundo o STJ, no AgRg/RO, a CPI estadual não possui competência para 
investigar autoridades submetidas a foro privilegiado federal. Assim, não 
pode investigar Governador ou Conselheiro do Tribunal de Contas do 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
Estado. 
 
15) CPI MUNICIPAL 
 
Pode existir, de acordo com o princípio da simetria. A sua 
peculiaridade consiste no fato de ela possuir poderes mais restritos em 
relação às CPI’s federais e estaduais, notadamente por não existir órgão do 
Poder Judiciário Municipal. 
Pedro Lenza (LENZA, Pedro. Direito Constitucional 
Esquematizado, 18a edição, 2014, Editora Saraiva, 595 p.) cita o voto de 
Joaquim Barbosa no qual este se posiciona no sentido de que os poderes 
instrutórios não são extensíveis às CPI’s municipais. Isso porque se trata, " ... 
no modelo de separação de poderes da Constituição Federal, de uma 
excepcional derrogação deste poder para dar a uma casa legislativa poderes 
jurisdicionais, posto que instrutórios. Essa transferência de poderes 
jurisdicionais não se pode dar no âmbito do município, exatamente porque 
o município não dispõe de jurisdição nem de poder jurisdicional, a 
transferir, na área da CPI, do Judiciário ao Legislativo" (voto na ACO 730, p. 
82). 
 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA: 
 
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. DireitoConstitucional 
Descomplicado. 11. ed. São Paulo: Método, 2013. 456 p. 
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 18a edição, 2014, 
Editora Saraiva 
MASSON, Nathalia, Manual de Direito Constitucional, 1ª edição, 2013, pag. 
532 e 533 
NOVELINO, Marcelo. Manual de Direito Constitucional. 8ª edição, 2013, 
Editora Método, 787 p. 
 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS SOBRE O TEMA: 
 
(PGE-RJ-2010-PROVA ORAL) Pode um ministro do TCU ser convocado 
para CPI? 
 
RESPOSTA: SIM. Inclusive, a CF/88 traz expressamente tal 
possibilidade: 
 
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, 
ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar 
Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos 
diretamente subordinados à Presidência da República 
para prestarem, pessoalmente, informações sobre 
assunto previamente determinado, importando crime 
de responsabilidade a ausência sem justificação 
adequada. 
 
(PGE-RJ-PROVA ORAL) Pode um governador ser convocado para uma 
CPI federal? 
 
Resposta: Instado a se pronunciar sobre o tema, o STF, por meio de decisão 
liminar do Min. Marco Aurélio Mello, em 2012, no caso do governador de 
Goiás, Marconi Perillo, aduziu que o Governador não pode ser convocado 
coercitivamente a prestar depoimento em uma CPI, em face da 
impossibilidade de se fazer um chefe do Poder Executivo comparecer a ela. 
Vejam o link da notícia: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/stf-
concede-liminar-para-perillo-nao-ser-convocado-pela-cpi/ 
 
(PGE-RJ-PROVA ORAL) Pode um Presidente ser convocado para uma 
CPI federal? 
 
Resposta: Por falta de previsão legal, já que o art. 50 da Carta Magna não 
coloca o Presidente dentre as autoridades, o entendimento que vem 
prevalecendo é de que o Presidente não pode ser convocado por CPI. 
 
Procuradoria Municipal - Concurso: PGM/Recife-PE - Ano: 2014 - Banca: 
FCC – Direito Constitucional 
 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
As comissões parlamentares de inquérito constituem importante 
instrumento de controle e fiscalização, atribuições dadas ao Poder 
Legislativo. Nos termos do texto constitucional, essas comissões serão 
criadas mediante requerimento de um terço de seus membros para a 
apuração de fato determinado e prazo certo, bem como terão poderes de 
investigação próprios das autoridades judiciais. Analise o regime 
constitucional das comissões parlamentares de inquérito, examinando 
especificamente os seguintes aspectos: a) Legitimidade de prorrogação do 
prazo certo definido para o inquérito parlamentar; b) Funcionamento e 
composição em face das omissões dos representantes (líderes) das 
bancadas partidárias majoritárias em indicar parlamentares para integrá-
la; c) Legitimidade e condicionantes para obtenção de informações 
cobertas por segredo de justiça e sigilo fiscal. 
 
RESPOSTA DA BANCA: É cabível a prorrogação de prazo das 
comissões parlamentares de inquérito, desde que: a) seja definido novo 
termo final e na sua atuação não ultrapasse o final da legislatura. A 
exigência constitucional de que as comissões sejam compostas de forma 
proporcional à extensão das bancadas parlamentares (art. 58, p. 1), impõe à 
direção da Casa Legislativa o dever de indicar os seus membros em 
substituição aos líderes. A ação de parcela majoritária dos parlamentares 
não tem o condão de impedir o inquérito parlamentar que atenda aos 
requisitos constitucionais. Não cabe às comissões parlamentares de 
inquérito obter informações sobre processos que corram em segredo de 
justiça. Trata-se de prerrogativa sujeita à reserva de jurisdição. O poder 
das comissões parlamentares de inquérito alcança a prerrogativa de obter 
informações cobertas por sigilo fiscal, desde que observe condicionantes. 
Os requerimentos que postulam, no âmbito do inquérito parlamentar, 
obter dados fiscais sigilosos devem ser aprovados pela maioria dos 
integrantes da comissão (princípio da colegialidade). Ademais, a decisão 
que determina a prestação de dados fiscais sigilosos deve conter – a partir 
do requerimento – explícita e idônea motivação em indícios e documentos 
constantes da investigação. Tal motivação deve, ademais, ser 
contemporânea à decisão, descabendo que seja apresentada a posteriori. 
 
(CESPE-2014-ANALISTA JUDICIÁRIO-TJ/CE) 
 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
Foi criada, no âmbito de uma assembleia legislativa estadual, 
uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apuração de fato 
determinado por prazo certo. Durante o desenvolvimento dos seus 
trabalhos, essa CPI determinou, entre outras medidas, (i) a busca e 
apreensão de material de prova na casa de um dos investigados e (ii) a 
quebra do sigilo das comunicações telefônicas desse mesmo investigado. 
Irresignado, o investigado impetrou mandado de segurança para 
questionar as medidas adotadas pela CPI, alegando violação à 
Constituição Federal de 1988, em especial à inviolabilidade domiciliar e 
ao sigilo das comunicações telefônicas. Com base nessa situação 
hipotética, bem como nas normas constitucionais e na jurisprudência do 
STF, analise, de forma fundamentada, as medidas adotadas pela CPI em 
contraponto às alegações apresentadas pelo investigado em sua ação. Ao 
elaborar seu texto, desenvolva, necessariamente, os seguintes tópicos: < 
poderes da CPI; [valor: 5,00 pontos] < possibilidade de determinação de 
busca e apreensão; [valor: 7,00 pontos] < possibilidade de decretação de 
quebra de sigilo telefônico. [valor: 7,00 pontos] 
 
(FUNIVERSA-2015-DELEGADO DE POLÍCIA-DF) 
As comissões da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal podem 
convocar ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente 
ligados à presidência da República para prestarem, pessoalmente, 
informações a respeito de assunto previamente determinado, sob pena de 
crime de responsabilidade a ausência sem justificativa adequada. 
(CORRETA) 
 
(PGE-PR-2015-ADAPTADA) 
 
a) Compete à CPI, e não ao Poder Judiciário, o juízo sobre a restrição à 
publicidade da sessão da CPI. 
 
―(...) entendo não competir, ao Poder Judiciário, sob 
pena de ofensa ao postulado da separação de poderes, 
substituir-se, indevidamente, à CPMI/Correios na 
formulação de um juízo – que pertence, 
exclusivamente, à própria Comissão Parlamentar 
de Inquérito – consistente em restringir a publicidade 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
da sessão a ser por ela realizada, em ordem a vedar o 
acesso, a tal sessão, de pessoas estranhas à mencionada 
CPMI, estendendo-se essa mesma proibição a 
jornalistas, inclusive. Na realidade, a postulação em 
causa, se admitida, representaria claro (e inaceitável) 
ato de censura judicial à publicidade e divulgação das 
sessões dos órgãos legislativos em geral, inclusive das 
Comissões Parlamentares de Inquérito. Não cabe, ao 
Supremo Tribunal Federal, interditar o acesso dos 
cidadãos às sessões dos órgãos que compõem o Poder 
Legislativo, muito menos privá-los do conhecimento 
dos atos do Congresso Nacional e de suas Comissões 
de Inquérito, pois, nesse domínio, há de 
preponderar um valor maior, representado pela 
exposição, ao escrutínio público, dos 
processos decisórios e investigatórios em curso no 
Parlamento. Não foi por outra razão que o Plenário do 
Supremo Tribunal Federal – apoiando-se em valioso 
precedente histórico firmado, por esta Corte, em 5-6-
1914, no julgamento do HC 3.536, Rel. Min. 
OliveiraRibeiro (Revista Forense, vol. 22/301-304) – 
não referendou, em data mais recente (18-3-2004), 
decisão liminar, que, proferida no MS 24.832-MC/DF, 
havia impedido o acesso de câmeras de televisão e de 
particulares em geral a uma determinada sessão de 
CPI, em que tal órgão parlamentar procederia à 
inquirição de certa pessoa, por entender que a 
liberdade de informação (que compreende tanto a 
prerrogativa do cidadão de receber informação quanto 
o direito do profissional de imprensa de buscar e de 
transmitir essa mesma informação) deveria 
preponderar no contexto então em exame.‖ (MS 25.832-
MC, rel. min. Celso de Mello, decisão monocrática, 
julgamento em 14-2-06, DJ de 20-2-06). No mesmo 
sentido: HC 99.864-MC, rel. min. Presidente Gilmar 
Mendes, decisão monocrática, julgamento em 10-7-
2009, DJE de 5-8-2009. 
 
GABARITO: ERRADA 
 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
d) Devido à separação de poderes e aos freios e contrapesos, a CPI poderá 
convocar magistrado com o fito de investigar ato jurisdicional, ou seja, 
avaliar as razões de decisão judicial. Gabarito: Errada. 
 
c) Não viola a Constituição Federal a norma inserta em Constituição 
Estadual que condiciona a criação da CPI à deliberação pelo Plenário da 
Casa Legislativa. Gabarito: Errada 
 
(CESPE-2014-TCE-PB-PROCURADOR-ADAPTADA) 
 
a) Caso seja impetrado mandado de segurança em face de ato de CPI que 
tenha determinado a quebra do sigilo fiscal do impetrante, e, em seguida, 
sejam encerrados os trabalhos da CPI, o julgamento do writ deverá 
prosseguir, em virtude do temor do impetrante de eventual uso abusivo 
das informações. 
 
GABARITO: ERRADA 
 
―A jurisprudência do STF, por regra, determina a 
prejudicialidade das ações de mandado de segurança e 
de habeas corpus, sempre que — impetrados tais writs 
constitucionais contra Comissões Parlamentares de 
Inquérito — vierem estas a extinguir-se, em virtude da 
conclusão de seus trabalhos investigatórios, 
independentemente da aprovação, ou não, de seu 
relatório final‖ (MS 23.852-QO, Rel. Min. Celso de 
Mello, j. 28.06.2001, e julgados mais recentes, como HC 
100.200, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 08.04.2010, MS 
25.459-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 04.02.2010 
etc.).‖ (grifamos). 
 
b) As CPIs podem ser criadas para a apuração de fato determinado, ainda 
que sobre esses mesmos fatos já tenham sido instaurados inquéritos 
policiais ou processos judiciais. Gabarito: Correto 
 
"(...) Preenchidos os requisitos constitucionais 
Este material é disponibilizado de forma gratuita no site www.ousesaber.com.br 
Venda Proibida! 
 
 
(CF, <>. <>, § 3º), impõe-se a criação da CPI, que não 
depende, por isso mesmo, da vontade aquiescente da 
maioria legislativa. Atendidas tais exigências 
(CF, <>. <>, § 3º), cumpre, ao presidente da Casa 
legislativa, adotar os procedimentos subsequentes e 
necessários à efetiva instalação da CPI, não lhe 
cabendo qualquer apreciação de mérito sobre o objeto 
da investigação parlamentar, que se revela possível, 
dado o seu caráter autônomo (RTJ177/229 –
 RTJ 180/191-193), ainda que já instaurados, em torno 
dos mesmos fatos, inquéritos policiais ou processos 
judiciais. (...)" (MS 24.831, Rel. Min. Celso de Mello, 
julgamento em 22-6-2005, Plenário)". 
 
 
Equipe Ouse Saber

Outros materiais