Buscar

resumo av1 e av2

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

RESUMÃO AV1 E AV2 – FUNDAMENTOS EPISTÊMICOS DA PSICOLOGIA
• Epistemologia – Relaciona-se aos conceitos, princípios e resultados de uma determinada teoria. Estuda as articulações da ideias referentes à teoria em questão.
• Filosofia da Ciência – Estudo temas mais amplos ou gerais relacionados à ciência; preocupa-se com a 
• Teoria do Conhecimento – Estuda os diferentes aspectos do conhecimento, inclusive pensando o papel do sujeito do conhecimento e o objeto doconhecimento.
A palavra filosofia (do grego, Φιλοσοφíα) tem suas origens no mundo grego, sendo formada por derivados de philia (amizade, respeito) e sophia (sabedoria). Deste modo, filosofia carrega em si o significado do amor ao saber, bem como respeito à sabedoria para chegar a construção do conhecimento.
A teoria do conhecimento vem a ser uma interpretação filosófica do ato de conhecer, investigando a natureza e validade do conhecimento. Pode-se considerar que apenas na Idade Moderna a Teoria do Conhecimento surge como uma teoria, através de Immanuel Kant. Na Teoria do Conhecimento podemos destacar a existência de dois elementos fundamentais: a consciência e o objeto, ou seja, o sujeito e também o objeto. O sujeito é aquele que irá apreender o objeto; o objeto é o que será apreensível.
O Racionalismo
A palavra “racionalismo” vem de ratio, que significa razão. O Racionalismo é uma corrente que tem na razão a fonte do conhecimento humano. Esta posição epistemológica é observada na Idade Moderna, através de Descartes, porém sua forma mais antiga tem sua origem em Platão, na Idade Antiga.
Ambos os filósofos se ocuparam de defender a tese da razão enquanto fonte verdadeira do conhecimento humano.
Platão acreditava que conhecer algo é lembrar de uma verdade que já existiria para cada ser humano. Deste modo, o filósofo defende que nasceríamos com a razão e a verdade, e ao longo da vida seria possível reconhecer o verdadeiro quando nos deparamos com ele, sendo a razão, portanto, inerente ao ser humano, ou seja, inata.
A Razão na Idade Moderna
Descartes 
O filósofo francês defende a ideia de que o espírito humano possui idéias inatas, ou seja, a pessoa já nasceria com as ideias. Descartes afirma que estas são inteiramente racionais, e são colocadas no espírito humano por Deus. Deste modo, partindo do criador, tais ideias seriam sempre verdadeiras. As ideias inatas seriam sempre possíveis de serem conhecidas através da intuição, de acordo com Chauí.
Empirismo
Para os filósofos pertencentes à corrente do Empirismo, que foi uma corrente essencialmente formada por empiristas inglês, a razão, a verdade e as ideias são adquiridas através da experiência humana. Diferente do racionalismo, os pensadores empiristas acreditavam na ideia de que o ser humano é uma
tabula rasa, ou papel em branco; ou seja, nada é inato e o conhecimento vai sendo adquirido na vida humana através das experiências.
John Locke
Defendia a posição de que todos os homens têm direitos naturais, ou seja, o homem quando nasce deve ter algumas necessidades básicas atendidas: o direito à vida, o direito à liberdade e o direito à propriedade. A criação dos governos nas sociedades serviria para garantir tais direitos. Deste modo, as pessoas teriam direito à revoltarem-se caso não tivessem tais direitos assegurados.
David Hume
Junto à Locke, contribui para o movimento do Empirismo em oposição ao Racionalismo. Ele defendeu o conceito da razão enquanto o hábito de associar ideias, através da associação de ideias iguais e diferentes. Hume traz também o conceito de causalidade, demonstrando como se forma este princípio. Para o filósofo, a experiência que vai sendo repetida da mesma maneira, de forma constante, deixa o hábito de associar as ideias, trazendo a noção de causalidade. Assim, Hume defende o princípio da causalidade, através da observação dos fatos, e traz a ideia de “causa” e “efeito”.
Immanuel Kant
É considerado um dos últimos filósofos da Era Moderna. Kant nasceu em Königsberg, antiga Prússia, no ano de 1724, e veio a falecer no mesmo local, em 1804, nunca tendo saído de sua cidade. Extremamente disciplinado, é conhecido por sua rotina rigorosa dedicada à filosofia e aos estudos. Escreveu a importante obra “A Crítica da Razão Pura”.
Kant é famoso sobre tudo pela elaboração do denominado idealismo transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos a priori (aqueles que não vêm da experiência) para a experiência concreta do mundo, os quais seriam de outra forma, impossíveis de determinar.
A Crítica da Razão Pura é a teoria que nos diz que todo conhecimento sobre a realidade sensível vem, originalmente, da experiência, cujos dados se estruturam graças às intuições da sensibilidade - o tempo e o espaço. Na primeira crítica, Kant vai mostrar que tempo e espaço são formas fundamentais de percepção (formas da sensibilidade) que existem como ferramentas da mente, mas que só podem ser usadas na experiência.
Mas além das formas da sensibilidade, Kant vai nos dizer que há também o entendimento, que seria uma faculdade da razão. O entendimento nos fornece as categorias com as quais podemos operar as sínteses do diverso da experiência.
Assim, como são possíveis juízos sintéticos a priori? São possíveis porque há uma faculdade da razão - o entendimento - que nos fornece categorias a priori - como causa e efeito - que nos permitem emitir juízos sobre o mundo.
Contudo, diz Kant, as categorias são próprias do conhecimento da experiência. Elas não podem ser empregadas fora do campo da experiência. Daí porque, na filosofia crítica de Kant, não nos é possível conhecer a coisa em si, ou aquilo que não está no campo fenomenológico da experiência. Criticando a razão, está combatendo o Dogmatismo.
SUJEITO TRANSCEDENTAL: que não precisa ter relação com o outro. Uma consciência só se forma com outra consciência. Fora do tempo, do sujeito. O que importa é da onde vem o conhecimento.
A Revolução Copernicana do Conhecimento
A tradição antiga considerava que o mundo era limitado e a Terra se encontrava no centro do mundo. Sendo o Planeta Terra o centro de tudo, imóvel, tudo girava em torno dela. Esta teoria levava o nome de Geocentrismo. Copérnico surgiu então como um grande estudioso da época, apontando que tais teorias estavam incorretas. Segundo Chauí (1995) apontou, assim, que:
• O mundo não é finito, mas infinito
• O centro do universo não é a Terra
• O Sol não é um planeta
• Os astros não são presos em esferas.
• Sol se move, mas não ao redor da Terra.
Deste modo, o sistema de Copérnico foi chamado de Heliocentrismo (em grego, helio = sol) e tais teorias fizeram uma grande revolução em sua época, já que modificaram ideias que toda a sociedade possuíam a respeito do funcionamento do planeta. Tratou-se de fato de uma grande revolução na área da astronomia. Assim como tal revolução que mudou os olhares e a forma de pensar de toda uma sociedade, ocorreu o mesmo alguns séculos depois, através do Immanuel Kant. A grandiosidade de suas ideias também causou uma revolução na teoria do Conhecimento.
Kant se propôs, então, estudar a razão. Ao estudar a razão, inúmeras questões surgem como questionamentos e teorias que encontramos na obra do autor, e que nos sugerem reflexões a respeito de como se dão os estudos relacionados à razão.
A priori e a posteriori
A priori nos diz que algo vem em um momento anterior, ou seja: para Kant, a estrutura da razão é a priori, se dando antes da experiência. Mas a razão possui elementos. Estes elementos dependem da experiência. A experiência fornecerá, portanto ao sujeito a matéria, e esta irá dar a forma ao conhecimento. Deste modo, a matéria do conhecimento vem após a experiência, ou seja, a posteriori. Deste modo, a experiência não é a causa das ideias, como pensavam os empiristas, mas é a oportunidade para que a razão receba este conteúdo e assim, formule as ideias.
Hegel: O último que construiu um sistema de pensamento. Tem conceitos próprios. Influenciou para o surgimento da filosofia. Faz críticas à Kant
em relação ao sujeito do conhecimento. Kant não indagava da onde vinha algo. Hegel fazia ao contrário. Queria saber da onde surgiu o sujeito do conhecimento (excessivamente formal, abstrato, sem origem, sem o processo de formação que leva A  B). A consciência para Hegel é a formação. A fenomenologia é a ciência dos atos da formação. A maneira como a consciência se conscientiza, é em determinado tempo/ época. 
Ato: aquilo que quando opera se modifica a si próprio e a outrem (própria natureza).
Atos da Consciência: formação da consciência. 
3 QUESTÕES BÁSICAS DE UM DESENVOLVIMENTO:
- Moral: Nos formamos nas relações morais.Moral é aquilo que regula nossas relações. Nas relações morais que a consciência acontece. Um indivíduo só se forma na relação com o outro. Cada época tem uma relação moral. Exemplo: homossexualidade (a relação com o outro, família, religião).
- Trabalho: Maneira como o homem reage ao meio e a natureza e forma a consciência. É considerado um meio de subsistência. 
-Linguagem: formas de simbolizar, de dar sentido as coisas e forma a consciência. É ligado diretamente à moral. 
3 características do método científico moderno: Determinismo, mecanicismo, experimentação, causalidade, linguagem lógica(matemática). Ex: homem máquina. 
•	A questão do conhecimento: Para compreender a si mesmo e o mundo os homens querem entender a sua própria capacidade de entender.
•	Sujeito e objeto: Os dois elementos do processo de conhecimento – Conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior à mente. Para que exista conhecimento, sempre será necessária a relação entre dois elementos básicos: Um sujeito conhecedor (nossa consciência, nossa mente) e um objeto conhecido (a realidade, o mundo, os inúmeros fenômenos).
•	As possibilidades do conhecimento: O ceticismo prega a impossibilidade de conhecermos a verdade. O dogmatismo defende a possibilidade de conhecermos a verdade.
•	Ceticismo absoluto: Tudo é ilusório e passageiro. Consiste em negar de forma total nossa possibilidade de conhecer a verdade. Assim, o homem nada pode afirmar, pois nada pode conhecer. Ao dizer que nada é verdadeiro, o ceticismo absoluto anula a si próprio, pois diz que nada é verdadeiro, mas acaba afirmando que pelo menos existe algo de verdadeiro.
•	O ceticismo relativo: Nega apenas parcialmente nossa capacidade de conhecer a verdade.
•	Dogmatismo: É uma doutrina que defende a possibilidade de conhecermos a verdade. Dogmatismo ingênuo: Consiste em acreditar plenamente nas possibilidades do nosso conhecimento.
Dogmatismo crítico: Acredita em nossa capacidade de conhecer a verdade mediante um esforço conjugado de nossos sentidos e nossa inteligência.
•	Empirismo: Defende que todas as nossas idéias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, tato, olfato e paladar).
•	Racionalismo crítico e materialismo dialético: A experiência e o trabalho da razão depositam total e exclusiva confiança na razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade.
RACIONALISMO x EMPIRISMO
INATISMO: Já nascemos com algo, seja talento, idéia, presentes antes mesmo de virmos ao mundo. 
Ex: antes de conhecermos o cavalo já temos a idéia de cavalo, ou seja, não precisamos experimentar, percorrer um caminho de linha reta e de linha curva para saber que o de linha curva é mais longo. Não precisamos das experiências para constatar alguma coisa. Descartes dizia que as idéias inatas são aquelas que se originam da própria mente, independente das experiências.
DEDUÇÃO: Saímos de idéias gerais para falar de coisas específicas. Ex: Homem. Falar das particularidades dele. (Descartes -Realismo)
INDUÇÃO: Saímos das particularidades para o geral. Ex: Uma situação global vai falar de um determinado local. Ou o racismo, por exemplo, a cor é diferente da grande maioria, mas é um ser humano como qualquer outro. (Descartes- Realismo)
METAFÍSICA: Conjunto de idéias. O mundo das idéias está na raiz de todo conhecimento.
TÁBULA RASA: Página em branco onde com o passar do tempo, com as experiências, vamos adquirindo idéias, conhecimento. A tábula vai sendo inscrita. 
SENSAÇÕES/IMPRESSÕES: Sensações – sentidos.
 Impressões: Ex: um feixe de luz só é captado através das sensações. Os sentidos são ativados através das impressões que a natureza faz neles. Os empiristas queriam a verdade, mas elas vinham através das sensações. 
IDEIAS SIMPLES: cópias, construções. Idéias elaboradas a partir das sensações (construtos). Ex: a maçã é ela mesma ou um pecado. (Empirismo)
IDEIAS COMPLEXAS: Ex: usar produtos da Apple e saber que é uma marca cara, status para quem usufrui dela. É uma idéia com suas possibilidades. (Empirismo) 
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE: Preocupação de todas as teorias. Combinação de idéias simples. Todo o evento pressupõe uma causa anterior. Uma coisa interliga a outra. O movimento se dá se existe a correlação entre dois corpos. (causa e efeito)
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE INDIVIDUAL: Aquilo é aquilo mesmo e não pode ser outra coisa a não ser ele mesmo. 
Exemplos de Racionalistas: Rene Descartes, Wilhelm Leibniz, Baruch de Espinoza
Exemplos de Empiristas: John Locke, Immanuel Kant, David Hume
Comte: Pai da Sociologia. Percebe a sociedade como objeto de análise. 
Séculos XVII e XVIII, época da Revolução Industrial – saberes da mecânica.
A filosofia positivista tem a ver com o êxodo rural. Saída do campo para a cidade. Enxergar a ciência como meio de sobrevivência, progresso. 
Positivismo: O conhecimento válido é o conhecimento científico. Nós conhecemos apenas aquilo que a ciência nos oferece. Ex: óculos, microscópio, métodos de observação.
Método válido = método científico (ciências naturais)
Método Científico: Estudo das leis causais. Causa e efeito. (leis estabelecidas que estabelecem causalidade). 
Causa e efeito = poder/domínio
O método deve ser aplicado no estudo da sociedade. Poder, domínio, organização,controle a partir dos fatos observados. 
Descartes influenciou Comte. Achava que a ciência poderia explicar as coisas. As leis precisam ser relacionadas aos fatos observados. 
Características gerais: a ciência ofereceu, garantiria o progresso da humanidade. Baseou nos fatos e não teria nada que a ciência não pudesse explicar. 
3 estados considerados por Comte: 
Teológico/ fictício: ponto de partida necessário. A humanidade precisa passar por esse estado para chegar ao científico. Explicações baseadas na fé. Deus como centro.
Metafísico: fenômenos explicados em função de essências. Ex: figuras geométricas (abstratas). Física, química, vida: pura abstração – Estado científico – 
Científico: onde busca operar o mundo. Ocorre o apogeu do que os dois anteriores prepararam progressivamente. Neste, os fatos são explicados segundo leis gerais abstratas, de ordem inteiramente positiva, em que se deixa de lado o absoluto (que é inacessível) e busca-se o relativo. 
A ciência é o próprio conhecimento. Filosofia é o estudo da ciência. Objeto da ciência: pesquisa das leis. Beneficiar a humanidade.
A sociologia será o Apsi para Comte. 
Ciência previsão ação
Ciência = progresso 
Fenomenologia 
Quem inaugurou a Fenomenologia foi Husserl. Ela tem a ver com a ciência das aparências Propõe um método que pretende explicitar as estruturas implícitas da experiência. constituídas de elementos básicos que não são cotidianamente percebidos.
Método: revela o sentido da experiência através de uma análise da consciência com a realidade.
Époche: abandono das crenças habituais para fazer exame do modo de constituição da experiência.
O mundo é o sentido que a consciência dá a ele. Nossas experiências são construídas através das bases. 
De volta às coisas mesmas (futuro) = de volta às bases (estrutura/ fundamentos).
Consciência = consciência de algo (fenomenologia)
		da própria realidade 	é o sentido que damos à ela. Ex: o mundo é ruim, a 
artefato do mundo 				 consciência que deu sentido para isso.
Fenomenologia não é apenas a descrição da base. Mas
como a consciência se relaciona. Sentido sempre é uma distinção da relação. 
Essências: unidades de significação. 
Bases: a partir delas que constituem o sentido da experiência.
Sentido: conjunto/ alteração de significados 
Époche: é suspender, colocar entre parentes. Proteger a época da suspensão da análise. Suspender as crenças, ideologias. Analisar a partir das próprias experiências. 
Forcault: influenciou a Psicologia, Direito de forma radical. 
	História da loucura: análise arqueológica. (Método de análise do discurso de um determinado saber). Conceito de loucura é algo que vem se transformando ao longo do tempo. Na Idade Média, o louco começou a ser indesejado na sociedade. Comparando a um mendigo, bandido. 
Método de análise: tentativa de tornar explícitos os elementos implícitos. 
Thomas Krum: faz teoria de como a ciência trabalha. 
Paradigma: espécie de consenso entre cientistas. As teorias são momentos de paradigma. Ex: atenção psicossocial. Grupo de cientistas que entram em acordo com suas teorias. 
Popper: Falseabilidade 
Falseabilidade: uma ciência é válida se permite ser falsa, negada. Caso contrário é um dogma. (Algo que precisa de comprovações, fazer verificações – auto correção como possibilidade). 
Verificabilidade: quando um artigo é feito, por exemplo, ele precisa ser verificado para ser um princípio científico. Traz uma contradição de que a ciência é uma coisa exata. 
As ciências precisam se auto corrigir para não se tornar um dogma.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes