Buscar

AULA MANEJO INTEGRADO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
MANEJO INTEGRADO 
DE
 PLANTAS DANINHAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE AGRONOMIA “ELISEU MACIEL”
DISCIPLINA DE MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS
Prof.: Jesus Juares Oliveira Pinto
*
PLANTAS DANINHAS
PLANTA DANINHA X PLANTA CULTIVADA;
10.000 ANOS – DOMESTICAÇÃO DA 			 PLANTA CULTIVADA (PC);
PERDA DA AGRESSIVIDADE DA PC.
SURGIMENTO
*
Identificação das plantas daninhas;
Conhecer sua biologia;
Conhecer seus hábitos;
Conhecer seus riscos.
É FUNDAMENTAL:
 Definir a estratégia mais eficiente e econômica para seu controle ou erradicação.
ESTUDO DAS PLANTAS DANINHAS
*
PLANTAS INVASORAS (?) X SINONIMIA
Plantas daninhas.
Plantas ruderais;
Plantas silvestres;
Mato;
Inço;
Ervas daninhas/herbácea;
*
CONCEITO
...“ORGANISMOS VEGETAIS QUE INTERFEREM ECONOMICAMENTE COM AS ATIVIDADES HUMANAS...” (VIDAL & MEROTTO, 2001)
“PLANTA QUE SE ENCONTRA FORA DO LUGAR”
PLANTAS DANINHAS
*
... “TODA E QUALQUER PLANTA QUE OCORRE ONDE NÃO É DESEJADA...”
...“BASEADO NA INDESEJABILIDADE EM RELAÇÃO A UMA ATITUDE HUMANA...”
PLANTAS DANINHAS
CONCEITO
*
COMUNS;
VERDADEIRAS.
TIPOS DE PLANTAS DANINHAS
*
Plantas eventuais, esporádicas.
“...Não possuem habilidade de sobreviver em condições adversas...”
Ex: - Semeadura direta de soja em área cultivada 	anteriormente com milho.
 - Emergência de plantas de milho (plantas 	voluntárias, tiguera).
PLANTAS DANINHAS COMUNS
*
“...São plantas que por sofrerem seleção natural apresentam capacidade de crescer e se desenvolver em condições adversas...”
Ex: - Ambientes desérticos/alagadiços;
	- Temperaturas baixas ou elevadas;
	- Solos alcalinos;
	- Tolerância a pragas e doenças.
	
PLANTAS DANINHAS VERDADEIRAS
*
HABILIDADE COMPETITIVA
	- Maior capacidade de competição pelos fatores de 
	 Produção;
	
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DE PROPÁGULOS
	- Capim-massambará - 3 a 80 mil sementes/planta;
	- Caruru – 117 mil sementes por planta;
	- Tiririca – 1 ha (4t de rizomas e tubérculos).
PLANTAS DANINHAS
CARACTERÍSTICAS
*
DESUNIFORMIDADE DO PROCESSO GERMINATIVO
	- Relacionada com a dormência e distribuição dos 
	 propágulos no perfil do solo;
	- Figueira-do-inferno (90% de G após enterradas por
	 17 anos).
	
CAPACIDADE DE G E E A GRANDES PROFUNDIDADES
	- Tubérculos de tiririca – emergem 1 m profundidade.
	- Aveia silvestre – germinam até 17,5 cm;
	- Amendoim-bravo – emergem até 12 cm.
PLANTAS DANINHAS
CARACTERÍSTICAS
*
VIABILIDADE DOS PROPÁGULOS EM CONDIÇÕES
 DESFAVORÁVEIS
	- Convolvulus arvensis – 54 meses de imersão em água;
	- Euphorbia esula – trato digestivo de: 
		
MECANISMOS ALTERNATIVOS DE REPRODUÇÃO
	- Tiririca – sementes, rizomas, tubérculos e bulbos;
	- Grama-seda – rizomas e estolões.
PLANTAS DANINHAS
CARACTERÍSTICAS
		Tratamento
		Recuperação (%)
		G (%) 
		V (%)
		Controle
		-
		72
		90
		Ovelhas 
		18
		2
		14
		Cabras
		18
		16
		31
*
	FACILIDADE DE DISSEMINAÇÃO DE PROPÁGULOS
 por meios próprios – Autocoria
	- frutos caem liberando as sementes. Ex. arroz-vermelho.
 agentes externos – Alocoria
	- Hidrócora – água das chuvas, córregos, rios;
	- Anemócora – vento; Ex. falsa-serralha, caruru.
	- Zoócora – animais; Ex. picão-preto.
	- Antropócora – homem. Ex. capim-brachiária.
PLANTAS DANINHAS
CARACTERÍSTICAS
*
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INICIAL
	- Plantas C4 são mais eficientes na utilização do CO2, maior é a taxa de crescimento, maior a biomassa, com utilização de menor quantidade de água e energia luminosa.
	A espécie que ocupar primeiro o espaço pode vencer no processo competitivo.
PLANTAS DANINHAS
CARACTERÍSTICAS
*
INIMIGAS???
INDESEJÁVEIS???
ALIADAS???
PLANTAS DANINHAS
*
Proteção do solo contra erosão
	
Cobertura morta
 - reduz o aquecimento da superfície;
 - auxilia a retenção de umidade;
 - aumenta os teores de matéria orgânica e 	minerais;
 - reduz a germinação de plantas daninhas.
Fixação de “N”
	Ex.: Desmodium spp, Crotalaria spp.
ASPECTOS POSITIVOS
*
Adubação verde
	- Feijão de porco (Canavalia ensiformes);
	- Crotalaria (Crotalaria spp).
	
	
Potencial melífero
	- Trapoeraba (Commelina benghalensis);
	- Guaxuma (Sida rhombifolia);
	- Nabiça (Raphanus raphanistrum).
	
ASPECTOS POSITIVOS
*
Reciclagem de nutrientes
Alimentação humana/animal
 - Beldroega (Portulaca oleracea);
 - Serralha (Sonchus oleraceus);
 - Caruru (Amaranthus retroflexus);
 - Tiririca (Cyperus esculentus);
 - Menta (Mentha spp);
 - Sálvia (Salvia officinales);
 - Palmas forrageiras (alimentação animal).
ASPECTOS POSITIVOS
*
Ornamentação
 - Corda-de-viola (Ipomoea spp);
 - Balãozinho (Cardiospermum halicacabum);
 - Alface d´água (Pistia stratiotes).
Óleos essenciais e medicamentos
 - Patchouli (Pogostemon patchouli);
 - Lavanda (Lavandula spp);
 - Rubim (leonurus sibiricus) – asma;
 - Malva (Malva parviflora) - antiflamatório;
 - Língua de vaca (Rumex obtusifolia) - laxativo;
 - Carqueja (Baccharis trimera) - sistema digestivo.
ASPECTOS POSITIVOS
*
Forrageira
	- Capim braquiária (Braquiaria decumbens, 	 B. brizantha);
	- Capim colonião (Panicum maximum).
	
Hospedeiras de inimigos naturais
	- Mentrasto (Ageratum conyzoides) abriga 	 uma espécie de ácaro predador do ácaro 	 vermelho do citros.
	
ASPECTOS POSITIVOS
*
Redução no rendimento das culturas
	- Média de 30 a 40 % de redução.
Toxicidade a pessoas 
	- Mamona (Ricinus comunis);
	- Grama seda (Cynodon dactylon); 		- Capim-massambara (Sorghum 		 	 halepense).
Toxicidade a animais
	- Oficial de sala (Asclepias curassavica);
	- Samanbaia (Pteridium aquilinum).
ASPECTOS NEGATIVOS
*
Redução da visibilidade em rodovias
Redução do valor territorial
 Grama seda (Cynodon dactylon).
Inviabilizar a exploração agrícola
	Tiririca.
Dificultar ou impede a navegação
 Aguapé (Eichornia crassipes).
	
ASPECTOS NEGATIVOS
*
Competição com culturas
 - Amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla).
Depreciação de produtos agropecuários
 - Constituem-se em impurezas.
Afeta o lazer do homem (paisagístico)
 - Pega-pega (Desmodium canum).
ASPECTOS NEGATIVOS
*
Danos econômicos
 Algodão
	- Capim carrapicho (Cenchrus echinatus);
	- Picão preto (Bidens sp).
Dificuldade de colheita
- Corda-de-viola (Ipomoea spp);
- Balãozinho (Cardiospermum halicacabum).
Hospedeira de pragas e doenças
 - Capim-arroz (Echinochloa crusgalli) – Brusone;
 - Trapoeraba (Commelina benghalensis) – Nematóides.
ASPECTOS NEGATIVOS
*
CLASSIFICAÇÃO 
DAS
 PLANTAS DANINHAS
*
1) BOTÂNICA 
GIMNOSPERMA (nuas)
ANGIOSPERMAS (protegidas por fruto)
a) Plantas superiores
Monocotiledônea
Dicotiledônea
CLASSIFICAÇÃO
*
1) BOTÂNICA 
Monocotiledônea
	- Presença de um único cotilédone;
	- Sistema radicular fasciculado;
	- Folhas alternadas e constituídas de 
	 bainha, lígula e limbo;
	- Folhas com nervuras paralelas; 
	- Gramíneas e ciperáceas.
	
CLASSIFICAÇÃO
*
1) BOTÂNICA 
Dicotiledônea
	- Presença de dois cotilédones;
	- Raízes axiais;
	- Folhas com nervuras ramificadas;
	- Asteraceae, Convolvulaceae, 
	 Malvaceae, Amaranthaceae.
CLASSIFICAÇÃO
*
Monocotiledônea Folhas estreitas
Dicotiledônea Folhas largas
Exceção: Trapoeraba (folha larga, monocotiledônea)
1) BOTÂNICA 
CLASSIFICAÇÃO
*
a) Quanto a origem
2) ECOFISIOLÓGICA
Autóctones (nativas)
 - originárias da região em que vivem;
 Apófitas – espécies fora de seu habitat 	 por ação do homem. 
	Ex: Campos nativos – área agrícola.
Carrapichão, Gravatá.
CLASSIFICAÇÃO
*
a) Quanto a origem
2) ECOFISIOLÓGICA
Alóctones (introduzidas)
 - espécies trazidas de outras regiões;
Ex: forrageiras com finalidade econômica:
- Capim-massambará (Sorghum halepense) – EUA
- Capim colonião (Panicum maximum)– África;
- Tiririca (Cyperus rotundus) – Índia (ornamental)
CLASSIFICAÇÃO
*
 áreas cultivadas pelo homem;
 em pastagens natuais
Sobre o solo
Ruderais ou cledófilas – em locais 
abandonados (terrenos baldios, áreas industriais);
Viárias – ao longo das estradas.
2) ECOFISIOLÓGICA
b) Quanto ao habitat
CLASSIFICAÇÃO
*
 EMERSAS OU EMERGENTES
 - raízes presas ao fundo, com folhas na 
	superfície.
 FLUTUANTES
 - vivem na superfície com raízes submersas.
Na água
CLASSIFICAÇÃO
2) ECOFISIOLÓGICA
a) Quanto ao habitat
*
Na água
SUBMERSAS
 - completamente abaixo do nível da água
(podem ser ancoradas ou livres).
MARGINAIS
 - ocorrem nas bordas de canais e lagoas.
CLASSIFICAÇÃO
2) ECOFISIOLÓGICA
a) Quanto ao habitat
*
EPÍFITAS
	- vivem sobre outras plantas, não são 
trepadeiras nem parasitas. Ex. Bromeliaceas
PARASITAS
	- vivem as custas de outras plantas;
Ex. cipó-chumbo (Cuscuta racemosa)
CLASSIFICAÇÃO
2) ECOFISIOLÓGICA
b) Quanto ao habitat
Em outros substratos
*
Efêmeras
Monocárpicas
Anuais
Bienais
Verão
Inverno
CLASSIFICAÇÃO
2) ECOFISIOLÓGICA
c) Quanto ao ciclo
*
 Efêmeras
	- ciclo muito curto (algumas semanas).
Monocárpicas
Anuais
	- ciclo menor que 1 ano. 
CLASSIFICAÇÃO
2) ECOFISIOLÓGICA
c) Quanto ao ciclo
*
Monocárpicas
ANUAIS DE VERÃO
 Germinam na primavera e frutificam no 	 outono
	Ex. Maioria das espécies da família poaceae.
ANUAIS DE INVERNO
 Germinam no final do verão ou início do outono e florescem na primavera.
	Ex. dicotiledôneas e algumas monocotiledôneas.
CLASSIFICAÇÃO
2) ECOFISIOLÓGICA
c) Quanto ao ciclo
*
Monocárpicas
BIENAIS
 - Crescem vegetativamente durante o primeiro ano e no segundo liberam sementes;
 - Ciclo maior que um ano e menor que dois anos.
	
CLASSIFICAÇÃO
2) ECOFISIOLÓGICA
c) Quanto ao ciclo
*
Simples: se reproduzem naturalmente, 	 apenas por semente.
Policárpicas (Perenes)
Ex: 	Rumex obtusifolius;
	Senecio brasiliensis.
CLASSIFICAÇÃO
2) ECOFISIOLÓGICA
c) Quanto ao ciclo
*
Rizomatosas e/ou estoloniferas
Estolões: caules acima do solo. 
	Ex: Cynodon dactylon.
Rizomas: caules subterrâneos. 
	Ex: Solidago chilensis.
CLASSIFICAÇÃO
2) ECOFISIOLÓGICA
c) Quanto ao ciclo
Policárpicas (Perenes)
*
Bulbosas:
apresentam propágulos vegetativos em forma de bulbos, bulbilhos e tubérculos.
Ex: Cyperus rotundus.
CLASSIFICAÇÃO
2) ECOFISIOLÓGICA
c) Quanto ao ciclo
Policárpicas (Perenes)
*
Herbáceas: (maioria das anuais)
	- Pequeno porte <1 m;
	- Caule sub-lenhoso, tenro. 
Arbustivas: 
	- Porte entre 1,5 – 2,5 m;
	- Caule lenhoso e ereto. Ex. fedegoso
	
2) ECOFISIOLÓGICA
d) Quanto ao habitat vegetativo
CLASSIFICAÇÃO
*
Sub-arbustiva: 
	- Eretas com porte de 0,8 – 1,5 m;
	- Caule lenhoso.
 	Ex: Angiquinho
2) ECOFISIOLÓGICA
d) Quanto ao habitat vegetativo
CLASSIFICAÇÃO
*
Arbóreas:
	- Porte > 2,5 m, caule lenhoso e ereto;
	 Ex: mamona, vassourão.
Trepadeiras: 
 - Necessitam de suporte/apoio.
2) ECOFISIOLÓGICA
d) Quanto ao habitat vegetativo
CLASSIFICAÇÃO
*
	 Volúveis – sobem por enrolamento;
	Ex: Corda-de-viola (Ipomoea heredifolia).
	 Cirríferas – prendem-se ao suporte 
	 por meio de gavinhas;
	Ex: Balãozinho (Cardiospermum halicacabum).
CLASSIFICAÇÃO
Trepadeiras
Volúveis
Cirríferas
*
PREJUÍZOS
CAUSADOS PELAS
 PLANTAS DANINHAS
*
MUSIK (1970)
	“Causam maior prejuízo à agricultura que as pragas e doenças juntas e constituem a maior barreira para a produção de alimentos e o desenvolvimento econômico em muitas regiões do mundo.”
PREJUÍZOS
*
AGRICULTURA MODERNA CUSTO COM
 PLANTAS DANINHAS
20 À 30% DO CUSTO DE PRODUÇÃO.
PREJUÍZOS
DIRETOS
INDIRETOS
PREJUÍZOS
*
a) REDUZEM A QUALIDADE DO PRODUTO COMERCIAL:
Bidens pilosa
Algodão
Lã
Acanthospermum hispidum
Cenchrus echinatus
PREJUÍZOS DIRETOS
*
b) NA CERTIFICAÇÃO DE SEMENTES:
 Vigna unguiculata
SOJA
ARROZ
 Arroz preto 
Cyperus rotundus
MUDAS DE TORRÃO
Euphorbia heterophylla
Cardiospermum halicacabum
 Arroz vermelho
PREJUÍZOS DIRETOS
*
c) INTOXICAÇÃO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS:
Policourea marcegravii – Cafézinho;
Asclepia curassavica - Oficial-de-sala;
Senecio brasiliensis - Maria-Mole;
Pteridium aquilinum – Samambaia;
Baccharis coridifolia - Mio-mio.
PREJUÍZOS DIRETOS
*
d) COLHEITA:
 Genêro Ipomoea (operações mecânicas) 
Cenchrus echinatus
Acanthospermum hispidum
Acacia plumosa
Mucuna pruriens
Colheita
manual
PREJUÍZOS DIRETOS
*
e) PARASITISMO:
Phoradendron rubrum - Erva-de-passarinho;
Striga lutea - Erva-de-bruxa;
Cuscuta racemosa - Cuscuta, cabelinho-de-anjo.
PREJUÍZOS DIRETOS
*
a) VIRUS:
MOSAICO DO FEIJOEIRO
MOSCA BRANCA Sida spp
PREJUÍZOS INDIRETOS
*
b) NEMATÓIDES:
Meloydogine javanica
 	Hospeda-se em 57 espécies vegetais.
Genêro Heterodera (nematóides-de-cisto) 
 	Diversas espécies vegetais.
PREJUÍZOS INDIRETOS
*
COMPETIÇÃO
*
	É a luta que se inicia entre indivíduos,quando uma planta está em grupo de outras plantas, ou quando está rodeada pelos seus descendentes.
COMPETIÇÃO
Clemente, (1938).
*
“Só, e somente só, se estabelece quando a intensidade de recrutamento de recursos do meio pelos competidores suplante a capacidade do meio de fornecer aqueles recursos, ou quando um dos competidores impede o acesso por parte de outro competidor, como acontece, por ex: em condições de sombreamento”. 
Pitelli, (1985).
COMPETIÇÃO
*
H2O;
Nutrientes;
Luz;
O2;
CO2.
Competição por:
COMPETIÇÃO
*
DANINHAS 
DANINHAS 
CULTIVADAS
CULTIVADAS 
COMPETIÇÃO
*
TIPOS DE COMPETIÇÃO
FATORES DA COMPETIÇÃO 
 Abióticos;
 Bióticos.
Interespecífica;
Intraespecífica;
Intraplanta.
COMPETIÇÃO
*
1) FATORES ABIÓTICOS:
 Competição por Água
	- eficiência de extração de água do solo;
	- capacidade exploratória do sistema 	 radicular;
	- eficiência no uso da água.
COMPETIÇÃO
*
Ciganinha - Memoria peregrina
*
*
Competição por luz
	Eficiência da captação/interceptação da 
	radiação:
		- Altura de plantas;
 		- Taxa de crescimento;
 		- Área foliar;
 		- Inclinação das folhas;
		- Distância entre os nós no caule. 
	Eficiência na utilização da radiação solar.
COMPETIÇÃO
1) FATORES ABIÓTICOS:
*
Tabela 1. Duração do ciclo, taxa de emissão foliar e taxa de expansão foliar encontrado pelas culturas da soja e do feijão e por plantas daninhas
		Espécies
		Duração do ciclo (dias)
		Taxa de emissão
Foliar
 (folhas. dia-1)
		Taxa de expansão
foliar (cm². dia-1)
		Feijão
		85 
		0,5911 c
		2,91 b
		Soja
		133 
		0,9331 a
		6,77 a
		Euphorbia heterophylla (resistente)2
		107 
		0,591 c
		1,31 c
		Euphorbia heterophylla (sensível)2
		107 
		0,470 c
		1,30 c
		Bidens pilosa
		118 
		0,509 c
		1,12 c
		Desmodium tortuosum
		137 
		0,6991 b
		1,67 bc
*
Tabela 2. Valores máximos de uso eficiente da radiação (ξ) antes e após o florescimento, para plantas de feijão e de soja, e algumas espécies de plantas daninhas
		Espécies vegetais
		Antes do florescimento
		Após o florescimento
		
		ξ
(g.MJ-1)
		ξ
(g.MJ-1)
		Phaseolus vulgaris
		1,96 b
		1,83 b
		Glycine max
		2,28 a
		 2,53 a
		Euphorbia heterophylla (resistente*)
		0,87
c
		1,22 c
		Euphorbia heterophylla (sensível*)
		1,05 c
		1,29 c
		Bidens pilosa
		0,96 c
		1,69 bc
		Desmodium tortuosum
		0,72 c
		1,79 b
*
Competição por nutrientes
	Eficiência da extração do nutriente do 	solo:
	 - Capacidade exploratória do sistema 	 radicular;
	 - Teor do nutriente.
	Eficiência na utilização do nutriente.
COMPETIÇÃO
1) FATORES ABIÓTICOS:
*
Tabela 3. Comparação da absorção de nutrientes pelo milho, livre de plantas daninhas, em diferentes espécies.
		Planta
		Absorção relativa
		
		N
		P
		K
		Ca
		Mg
		Milho
		100
		100
		100
		100
		100
		Milho + ervas
		58
		63
		47
		67
		77
		Amaranthus
		102
		80
		124
		275
		234
		Chenopodium
		120
		74
		121
		281
		216
		Digitaria
		100
		64
		157
		531
		226
		Echinochloa
		105
		60
		138
		430
		557
*
*
Tabela 4. Porcentagem de recuperação do fósforo (P) aplicado (PRPA) das culturas do feijão e da soja e de espécies de plantas daninhas, submetidas a três níveis de P na semeadura
		Espécies
		Doses de P (mg vaso-1)
		
		47,8
		95,6
		191,2
		47,8
		95,6
		191,2
		
		 PRPA (%) (Início do florescimento)
		 PRPA (%) (Final formação de propágulos)
		P. vulgaris
		2,77 c
		2,72 b
		4,57 b
		15,62 c
		13,59 b
		12,51 b
		G. max
		15,91 a 
		10,77a 
		12,63 a 
		16,38 bc 
		11,83 b
		17,31 b
		E. heterophylla (resistente*)
		1,47 c
		0,49 b
		2,18 b
		5,43 d
		11,12 b
		10,25 b
		E. heterophylla (sensível*)
		3,55 c
		1,50 b
		2,16 b
		7,44 d
		11,46 b
		10,88 b
		B. pilosa
		5,24 bc
		4,01 b
		5,86 b
		25,77 ab
		14,66 b
		12,06 b
		D. tortuosum
		8,80 b
		14,33 a 
		13,28 a 
		30,59 a
		31,52 a
		37,60 a
*
	Velocidade de emergência
	 As primeiras plantas que ocupam 	uma área tendem a excluir as demais 	(Fleck, 1992).
2) FATORES BIÓTICOS:
COMPETIÇÃO
*
Tabela 5. Tempo gasto (dias) entre as diferentes fases fenológicas das culturas do feijão e da soja, e de espécies de plantas daninhas
		Espécie vegetal
		Período entre semeadura e emergência
		Período entre emergência e início do florescimento
		Período entre florescimento e maturação fisiológica
		Duração do ciclo
		
		---------------------------------Dias-------------------------------------
		Phaseolus vulgaris
		04 a
		36 a
		49 a
		85 a
		Glycine max
		06 b
		57 c
		76 e
		133 d
		Euphorbia heterophylla (resistente*)
		06 b
		40 a
		67 c
		107 b
		Euphorbia heterophylla (sensível*)
		06 b
		40 a
		67 c
		107 b
		Bidens pilosa
		09 c
		45 b
		73 d
		118 c
		Desmodium tortuosum
		06 b
		77 d
		60 b
		137 d
*
2) FATORES BIÓTICOS:
Produção e liberação de aleloquímicos:
	- Germinação e decomposição de 	 	 sementes;
 	- Crescimento e desenvolvimento de 	 	 plantas;
 	- Fixação biológica de nitrogênio;
	- Sucessão de plantas;
	- Perfilhamento;
	- Produção das culturas.
COMPETIÇÃO
*
Tabela 6. Exemplos de ação alelopática de plantas cultivadas, vivas ou seus restos, sobre plantas daninhas e cultivadas 
		PLANTA CULTIVADA INIBIDORA
		PLANTA INIBIDA
		Amendoim (Arachis hypogea)
		Leiteiro (Euphorbia heterophylla) Tiririca (Cyperus rotundus)
		Cana-de-açúcar (Saccharum spp)
		Picão-preto (Bidens pilosa)
		Feijão (Phaseolus vulgaris)
		Tiririca (Cyperus rotundus)
		Feijão-de-porco (Canavalia ensiformis)
		Tiririca (Cyperus rotundus)
		Girassol (Helianthus annus)
		Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
		Mandioca (Manihot utilissima)
		Feijão (Phaseolus vulgaris) Sorgo (Sorghum bicolor)
		Mucuna-preta (Mucuna aterrima)
		Tiririca (Cyperus rotundus) Picão-preto (Bidens pilosa)
		Nabo (Brassica rapa)
		Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus) Leiteiro (Euphorbia heterophylla) Picão-preto (Bidens pilosa)
		Tremoço (Lupinus spp)
		Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
		Trigo (Triticum aestivum)
		Corda-de-viola (Ipomoea spp) Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) Picão-preto (Bidens pilosa)
DEUBER (1992)
*
Tabela 7. Exemplos de ação alelopática de plantas daninhas, vivas ou seus restos, sobre plantas cultivadas e daninhas
		PLANTA DANINHA INIBIDORA
		PLANTA INIBIDA
		Ançarinha-branca (Chenopodium album)
		Soja (Glycine max) Tiririca (Cyperus rotundus) Caruru-gigante (Amaranthus retroflexus)
		Capim-arroz (Echinocloa crusgalli)
		Milho (Zea mays)
		Capim-colchão (Digitaria horizontalis)
		Girassol (Helianthus annus)
		Capim-rabo-de-raposa (Setaria faberii)
		Milho (Zea mays)
		Caruru-gigante (Amaranthus retroflexus)
		Soja (Glycine max) Tiririca (Cyperus rotundus)
		Cravo-de-defunto (Tagetes patula)
		Leiteiro (Euphorbia heterophylla) Corda-de-viola (Ipomoea spp) Caruru (Amaranthus spp) Carrapicho-beiço-de-boi (Desmodium tortuosum)
		Grama-seda (Cynodon dactylon)
		Soja (Glycine max)
		Tiririca (Cyperus rotundus)
		Caruru (Amaranthus spp) Ançarinha-branca (Chenopodium album) Capim-arroz (Echinocloa crusgalli) Milho (Zea mays) Cana-de-açúcar (Saccharum spp) Soja (Glycine max)
DEUBER (1992)
*
2) FATORES BIÓTICOS:
COMPETIÇÃO
Tolerância a pragas e doenças:
	Normalmente, plantas daninhas são mais tolerantes ao ataque de pragas e doenças em relação às plantas cultivadas.
	Euphorbia heterophylla na Região de Rio Verde-GO, desenvolvimento comprometido pelo ataque de um fungo, na época das águas. 
*
3) Duração da concorrência
4) Influência da àgua, luz e temperatura (Furtik,1970).
COMPETIÇÃO
*
5) Capacidade de competição da 
	espécie daninha
KNAKE e SLIFE (1962); MOLLANI etal. (1964); 	Mostraram que duas espécies botânicas de plantas daninhas têm poderes de competição desiguais, causando prejuízos diferentes às culturas.
COMPETIÇÃO
*
Exemplo:
REDUÇÃO DO RENDIMENTO
Milho
Soja
Setaria faberi
23%
39%
28%
55%
Amaranthus hybridus
COMPETIÇÃO
*
6) População de plantas daninhas
	A redução do rendimento causado pela população de plantas daninhas varia na razão direta da sua população. SMITH & SHAW (1966).
EXEMPLO:
11 plantas .m-2 de Echinocloa sp 18%
11 plantas .m-2 de Echinocloa sp 36%
COMPETIÇÃO
*
7) Capacidade de competição da espécie cultivada
8) População da espécie cultivada
9) Influência do período de interferência Nieto, Brondo, Bonzalez, (1968); Blanco, (1969); Fleck.
COMPETIÇÃO
*
Gráfico1
		71
		50
		45
		37
PLANTIO DE TOLETES DE CANA (t/ha)
REDUÇÃO NO RENDIMENTO
EFEITO DA DENSIDADE DE PLANTIO E A INTERFERÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS NOS PRIMEIROS 120 DIAS DO CICLO.
Plan1
		
		
						4.8		71
						9.3		50
						13.8		45
						18.3		37
Plan2
		
Plan3
		
*
Efeito competitivo da setária (Setaria faberii Herm.) no rendimento de milho e soja ao longo das estações de crescimento das culturas.
		Número de plantas de Setaria para cada 30 cm de fileira
		Redução no rendimento de grãos (%)
		
		Milho
		Soja
		Test. capinada
		0
		0
		0,5
		3
		5
		1,0
		7
		5
		3,0
		10
		7
		6,0
		13
		10
		12
		17
		13
		Infestado na linha1
		24
		28
1 54 plantas
por cada 30 cm de fileira.
Fonte: Knake et al., 1962.
*
Interação das populações de arroz (Oryza sativa) e capim-arroz (Echinochloa cruz-galli).
		Arroz (plantas.m-2)
		Capim-arroz (plantas.m-2)
		Redução do rendimento (%)
		32,29
		0,00
		0,00
		32,29
		10,76
		57,00
		32,29
		53,80
		80,00
		32,29
		269,00
		95,00
		107,64
		0,00
		0,00
		107,64
		10,76
		40,00
		107,64
		53,80
		66,00
		107,64
		269,00
		89,00
		333,69
		0,00
		0,00
		333,69
		10,76
		25,00
		333,69
		53,80
		59,00
		333,69
		269,00
		79,00
Fonte: Zimdahl, 1980. (Weed-crop competition. Oregon, USA, International Plant Protection Center, 196p.)
*
Efeito do período de competição de plantas daninhas sobre o rendimento de grão do girassol "Contisol". EEA/UFRS, Guaíba - RS, 1983-84.
		Período de ausência de PD (dias)
		Rendimento de grãos (Kg.ha-1)
		Período de presença de PD (dias)
		Rendimento de grãos (Kg.ha-1)
		0
		1210 e
		14
		3308 a
		14
		2489 d
		27
		2723 b
		27
		2871 bcd
		45
		2277 c
		45
		2914 bc
		54
		2017 cd
		54
		3207 b
		63
		2037 cd
		63
		3234 ab
		73
		1086 cd
		73
		3300 a
		83
		1525 e
		83
		3419 a
		118
		1810 de
*
Rendimento de feijão, em (Kg.ha-1), obtido em parcelas mantidas com plantas daninhas por determinados períodos de tempo, em Cotaxtla - México.
		Dias livres de concorrência
		Número de capinas
		Média
		Rendimento (%)
		Os primeiros 10
		1
		971
		55
		Os primeiros 20
		2
		1.273
		72
		Os primeiros 30
		3
		1.484
		84
		Os primeiros 40
		4
		1.764
		99
		Os primeiros 50
		5
		1.821
		103
		Todo o ciclo
		6
		1.770
		100
		Dias de concorrência
		
		
		
		Os primeiros 10
		5
		1.725
		97
		Os primeiros 20
		4
		1.261
		71
		Os primeiros 30
		3
		892
		50
		Os primeiros 40
		2
		964
		54
		Os primeiros 50
		1
		752
		42
		Todo o ciclo
		0
		549
		31
Fonte: Agundis et al., 1962/63.
*
Efeito da mato competição de várias espécies de plantas daninhas, na produção de milho e feijão.
		Período após o plantio, que a cultura permaneceu sem ervas (dias)
		Rendimento (Kg.ha-1)
		
		Milho
		Feijão
		Todo ciclo
		4.800
		a
		2.400
		a
		50
		4.600
		a
		2.400
		a
		40
		4.500
		a
		2.300
		a
		30
		4.400
		ab
		2.200
		a
		20
		3.600
		 b
		1.600
		 b
		10
		2.400
		 c
		300
		 c
Efeito da mato competição de várias espécies de plantas daninhas, na produção de milho e feijão.
		Tempo de competição após o plantio (dias)
		Rendimento (Kg.ha-1)
		
		Milho
		Feijão
		10
		4.100
		a
		2.300
		a
		20
		4.200
		a
		1.900
		 b
		30
		3.600
		 b
		1.100
		 c
		40
		2.300
		 c
		200
		 d
		50
		1.800
		 cd
		50
		 d
		Todo ciclo
		400
		 d
		16
		 d

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais