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20/03/2017 1 Epidemiologia Prof. Dr. Francisco Anaruma Filho Universidade São Francisco Programa da disciplina • Apresentação geral da disciplina • Contrato de convivência • Plano de Ensino • Metodologia de Trabalho e avaliação. • Aula – História da epidemiologia • Fundamentos da Saúde pública • Conceito Saúde – Doença • Fatores Determinantes • Evolução da concepção causal • História natural da Doença e Níveis de Prevenção Programa da disciplina • Avaliação em Saúde (Quantificação de Doença e óbito) • Medidas para Avaliação de saúde e Indicadores de saúde • Epidemiologia descritiva (QUANDO) • Epidemiologia descritiva (QUEM) • Avaliação N1 – 27, 28 e 29/03/2017 • Epidemiologia descritiva (ONDE) • Formulação de Hipótese • Transição Epidemiológica e Doenças Transmissíveis e Não transmissíveis • Noções de Epidemiologia Experimental • Noções de Estudos ecológicos • Noções sobre Estudos Seccionais • Noções sobre Estudo de Coorte • Avaliação N2 – 29, 30 e 31/05/2017 • Avaliação N3 – 12, 13 e 14/06/2017 Programa da disciplina Forma de avaliação: N1, N2 e N3 (substituição de nota ) Soma-se pontos bônus referente aos exercícios executados em classe. N1 + N2 ou N3/2 = Média + Bônus Bônus = atividades em classe PFG – programa de formação geral (N1 x 0,45) + (N2 x 0,45) + (PFG x 0,1) = media > 6 CALENDÁRIO 2017/1 FERIADOS Bragança Paulista Campinas 01/03/2017 – 4ª feira X X 21/04/2017 – 6ª feira X X 01/05/2017 – 2ª feira X X 15/06/2017 – 5ª feira X X recesso Bragança Paulista Campinas 27/02/2017 – 2ª feira X X 28/02/2017 – 3ª feira X X 13/04/2017 – 5ª feira X X 14/04/2017 – 6ª feira X X 22/04/2017 – Sábado X X 16/06/2017 – 6ª feira X X 17/06/2017 – Sábado X X 20/03/2017 2 Bibliografia • 1. ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, Naomar de. Epidemiologia & Saúde. Rio de Janeiro: Medsi • 2. ALMEIDA FILHO, Naomar de; ROUQUAYROL, Maria Zélia. Introdução à Epidemiologia. 4. ed., rev. e ampl. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2006. • 3. CAMPOS,W.S.et. al. Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de janeiro: ed. Fiocruz, 2006. • 4. ALMEIDA FILHO, Naomar. Epidemiologia & Saúde - Fundamentos, Métodos e Aplicações. Guanabara Koogan, 2011. Acervo Virtual Epidemiologia • A palavra “epidemiologia” deriva do grego epi = sobre demos = população, povo logos = estudo Portanto, em sua etimologia, significa “estudo do que ocorre em uma população” “Estudo do que ocorre no povo” Epidemiologia • Para a Associação Internacional de Epidemiologia, criada em 1954, a Epidemiologia tem como objetivo : “estudar de fatores que determinam a frequência e a distribuição de doenças nas coletividades humanas” (ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992) Epidemiologia • O Dicionário de Epidemiologia de John Last: “Estudo da distribuição e dos determinantes de estados e eventos relacionados à saúde, em populações específicas, e a aplicação desse estudo para o controle de problemas de saúde” (LAST, 1995) Epidemiologia • Segundo Almeida Filho e Rouquayrol (1992), • “Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição populacional e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde”. Epidemiologia • Epidemiologia: “disciplina científica que estuda o processo saúde-doença nas coletividades humanas, analisando a distribuição e fatores determinantes de doenças, danos à saúde e eventos associados e propõe medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação…” Almeida Filho 20/03/2017 3 Epidemiologia • Estudo: vigilância, observação, teste de hipóteses, pesquisa analítica e experimental distribuição. • Distribuição: análise do tempo, pessoa e lugar. • Determinantes: fatores físicos, biológicos, sociais, culturais, comportamentais, que influenciam a saúde. • Populações específicas: grupo de pessoas com características comuns tais como local de moradia, gênero, idade ou uso de serviços, identificáveis e passíveis de serem mensuradas. • Aplicação dos resultados: promover, proteger e restaurar a saúde. Saúde • OMS - Um estado de completo bem estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença ou defeito. • Perkins (1938) “Saúde é um estado de relativo equilíbrio da forma e da função do organismo, resultante de seu sucesso em ajustar-se às forças quer tendem a perturba-lo. Não se trata de uma aceitação passiva, por parte do organismo, da ação das forças que agem sobre ele, mas de uma resposta ativa de suas forças operando no sentido de reajustamento”. Saúde Conceito de saúde em seu sentido mais abrangente • É resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso a serviços de saúde... • É o resultado de formas de organização social de produção, as quais podem gerar profundas desigualdades nos níveis de vida. “É um direito do cidadão e um dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dos riscos da doença e de outros agravos e o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (COSNTITUIÇÃO BRASILEIRA, 1988) Saúde Agravos a saúde • Danos a integridade física, mental e social dos indivíduos, provocados por doenças ou circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou heteroinfligidas. Gradiente de Sanidade Constituição da OMS Morte CONCEITO DE SAÚDE DA OMS - “É um estado de completo bem estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença” Ideal de Saúde 20/03/2017 4 Doença • “Compreende o estado interno do organismo biológico resultante do funcionamento subnormal de alguns de seus órgão e subsistemas”. Doença • “Desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto”. Doença • A doença não é uma entidade estática, mas sim um processo que realmente começa antes que o próprio homem seja envolvido. • O processo complexo de alteração de graus de saúde é uma cadeia contínua de causas e efeitos e não o resultado de uma causa única específica. Doença • Causa única – surgimento da bacteriologia (agente etiológico) • O isolamento e a identificação do meio de transmissão seria o suficiente para resolução dos problemas de prevenção (conclusão errônea). • No caso da tuberculose apenas um grupo de indivíduos que teve seu corpo invadido pelo microrganismo apresentará sinais clínicos da doença. Doença Fatores envolvidos no processo saúde doença que deverão ser considerados durante caracterização do estágio e gravidade da doença: • Sociais • Ambientais • Hábitos e costumes • Constituição física e mental • Grau nutricional • Situação cultural • Educacional Classificação de doenças quanto a duração e à etiologia Etiologia Duração Aguda Crônica Infecciosa Tétano, raiva, gripe, sarampo Tuberculose, hanseníase,doença de chagas Não infecciosa Envenenamento por picada de cobra, formiga, abelha, acidentes Diabetes, doença coronária, cirrose alcoólica 20/03/2017 5 Doença infecciosa • Agente etiológico (causador) é um ser vivo (patógeno) • Gerador da doença • Infecção: penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um patógeno no organismo de uma pessoa ou animal. • Infestação: Alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo ou nas vestes, sem penetração no indivíduo. Doença infecciosa • Infectividade: é o nome que se dá pelo conjunto de qualidades específicas dos agentes que lhes permitem vencer barreiras externas e penetrar em outros ser vivo, podendo multiplica-se com maior ou menos facilidade. • Imunogenicidade: é a capacidade que um dado bioagente tem de induzir imunidade no hospedeiro - poder imunogênico Doença infecciosa • Patogenicidade: é a capacidade do agente infeccioso de uma vez instalado no organismo humano ou de animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção entre os hospedeiros infectados. • Virulência: É a capacidade de um bioagente produzir casos graves ou fatais, normalmente associado as propriedades bioquímicas do agente relacionado com a produção de toxina e a sua capacidade de multiplicação no organismo parasitado. Doença infecciosa • Período de incubação: É o intervalo de tempo que decorre entre a exposição de um agente infeccioso e o aparecimento de sinais e sintomas da doença, durante o qual não existe sinais clínicos manifestos da doença e o doente ainda não constitui fonte de contágio. • Período de Transmissibilidade: É o intervalo no qual o agente infeccioso pode ser transferido, direta ou indiretamente de um indivíduo infectado a outro, ou de um animal infectado ao homem ou vice e versa. Inclusive um artrópode. Saúde Doença • Quando as múltiplas causas envolvidas em um processo de doença são identificadas, a prevenção depende da efetivação de medidas capazes de antagonizar ou interceptar essas causas. • Perkins (1938) “enfrentar ou interceptar uma causa conduz a prevenir ou fazer cessar seu efeito” • É então, essencial que se busque a identificação dessas causas e o conhecimento da forma como participar do processo da doença, para que se torne possível a prevenção. 20/03/2017 6 SAÚDE DA POPULAÇÃO MEDICINA X SAÚDE PÚBLICA MEDICINA SAÚDE PÚBLICA SAÚDE PÚBLICA - atividade social destinada a promover e preservar a saúde da população Problemas de Saúde Pública Quando é causa frequente de morbidade e mortalidade Quando existem métodos eficientes para sua prevenção e controle, mas esses métodos não são adequadamente empregados pela sociedade Quando ao ser objeto de campanha destinada ao controle, ocorrer sua persistência com pouca ou nenhuma alteração Quando uma doença é um problema de Saúde Pública? ATUAÇÃO: médico clínico x epidemiologista • Descreve agravos • Aponta causas • Indica profilaxia CLÍNICO EPIDEMIOLOGISTA OBJETO • Descreve alterações • Faz o diagnóstico • Faz a prescrição • Clínica: estuda o processo saúde-doença em indivíduos, com o objetivo de tratar e curar casos isolados • Epidemiologia se preocupa com o processo de ocorrência de doenças, mortes, quaisquer outros agravos ou situações de risco à saúde na comunidade, ou em grupos dessa comunidade, com o objetivo de propor estratégias que melhorem o nível de saúde das pessoas que compõe essa comunidade. Atuação: médico x epidemiologista • Descrição dos casos (verificação dos sintomas) • Diagnóstico • Tratamento • Descrição do quadro epidemiológico - número de casos - distribuições: espacial temporal por pessoa • Hipótese de transmissão • Profilaxia DENGUE Clínico Epidemiologista Epidemiologia • Qual é o meio para se conhecer o processo saúde-doença na comunidade ? • Elaborando-se um diagnóstico comunitário de saúde. • O diagnóstico comunitário, evidentemente, difere do diagnóstico clínico em termos de objetivos, informação necessária, plano de ação e estratégia de avaliação. 20/03/2017 7 Epidemiologia Diagnóstico Clínico Diagnóstico Comunitário Objetivo Curar a doença da pessoa Melhorar o nível de saúde da comunidade Informação necessária Histórica clínica Exame físico Exames complementares Dados sobre a população Doenças existentes Causas de morte Serviços de saúde, etc. Tipo de diagnóstico DIAGNÓSTICO INDIVIDUAL DIAGNÓSTICO COMUNITÁRIO Plano de ação Tratamento Reabilitação Programas de saúde prioritário Avaliação Acompanhamento clínico (melhora/cura) Mudanças no estado de saúde da população Fonte: Adaptado de Vaughan & Morrow (1992) Epidemiologia • Distribuição • Determinantes • Controle Epidemiologia • O termo distribuição pode ser observado em qualquer definição de Epidemiologia. Distribuição, nesse sentido, é entendida como “o estudo da variabilidade da frequência das doenças de ocorrência em massa, em função de variáveis ambientais e populacionais ligadas ao tempo e espaço” (ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992) Estudo sistemático da distribuição • Determinantes - São as causas dos problemas de saúde obtidos por meio analítico • Controle - Aplicação – melhoria das condições de saúde da população – agentes de saúde • Numa perspectiva mais crítica, pode-se propor que, em vez de doença (noção essencialmente clínica), a EPIDEMIOLOGIA tem como objeto a relação entre o subconjunto de doentes e o conjunto população ao qual ele pertence, incluindo consequentemente os determinantes dessa relação (Almeida-Filho, 1990). Conceito de epidemiologia população doentes clínica estatística ecologia sociologia EPIDEMIOLOGIA 20/03/2017 8 Historia da Epidemiologia Esculápio - Asclépius – Deus da medicina • Higéia – ligada ao conceito de medicina preventiva – Higiene • Panacéia – ligada ao conceito de medicina curativa História da epidemiologia Limpeza e organização Plantação de ervas aromáticas - remédios História da epidemiologia • https://www.youtube.com/watch?v=x24SetHQstQ “quem quiser prosseguir no estudo da ciência da medicina deve considerar os efeitos das estações do ano, dos ventos, das águas, do solo e da exposição ao sol, além do modo de vida dos habitantes, seus costumes alimentares e suas atividades.” 460 - 377 aC – Hipocrates Hipócrates – “Dos ares, das águas e dos lugares” Epidemia – endemia Hipócrates • Afastou a ideia do sobrenatural. • Sugeriu que clima, água e situação onde ventos são favoráveis, podem ajudar o médico a avaliar a saúde geral do paciente • Sua contribuição foi deixada de lado quando deu lugar a teoria dos miasmas. • TEORIA DOS MIASMAS - Resultado da emanação de animais e plantas em decomposição, resultando em má qualidade do ar. • Malária = Mal + Ar Emanações na direção doente>susceptível Ainda é usado hoje. • PLATÃO:o estado de equilíbrio interno do homem, e dele com a organização social e a natureza, é sinônimo de saúde História da epidemiologia 428 – 347 aC - Constatação de perigo no manuseio do zinco e enxofre - Descrição dos efeito da manipulação do mercúrio, chumbo e poeira - Utilização de proteção contra poeira - Realização de censo - Higiene pessoal História da epidemiologia Plinio 79 dC - ROMA 20/03/2017 9 • Idademédia pouca informação Mantém princípios hipocráticos Cristianismo volta do caráter religioso Explicações “mágicas” “PECADO” História da epidemiologia • O inglês John Graunt - século XVII • Identificou e quantificou padrões da natalidade, mortalidade e ocorrência de doenças; • Identificou e caracterizou nesses eventos: a existência de diferenças entre os sexos e na distribuição urbano-rural; • Elevada mortalidade infantil; • Variações sazonais; • São também atribuídas a ele as primeiras estimativas de população e a elaboração de uma tábua de mortalidade. • Fundador da bioestatística Vacina: As vacinas (vaccinia - agente infeccioso da varíola bovina); - Preparação de patógenos (vírus ou bactérias), mortos ou atenuados (debilitados), que quando introduzidos em um determinado corpo estimulam a produção de anticorpos, sem causar a doença. Edward Jenner - 1796 • Na Alemanha o médico sanitarista Rudolf Virchow (1821 – 1902) • Identificou que o Tifo estava associado a questões políticas e sociais. • Pai da patologia moderna primeira explicação sobre os efeitos das doença nas células e tecidos. Revolução industrial Desgaste da classe trabalhadora Medicina social proposto por Guérin 1838 de forma genérica começa a tomar a questão da saúde de forma coletiva John Snow obstetra e anestesista da rainha Vitória estudou a ocorrência de casos de Cólera e associou com a água de consumo oferecida por diferentes companhias particulares de abastecimento John Snow (1854) Snow concluiu que a doença era veiculada pela água, e causada "por algo que passa do doente para o individuo são e que tem a propriedade de se multiplicar no organismo." 20/03/2017 10 John Snow identificou o local de moradia de cada pessoa que morreu por cólera em Londres entre 1848-49 e 1853-54 e notou uma evidente associação entre a origem da água utilizada para beber e as mortes ocorridas. Dessa forma, foi capaz de propor melhorias no suprimento de água, mesmo antes da descoberta do micro-organismo causador da cólera; além disso, sua pesquisa teve impacto direto sobre as políticas públicas de saúde. Mortes por cólera nos distritos de Londres, nas sete primeiras semanas de epidemia, segundo a fonte de abastecimento de água. Londres, 18 John Snow (1854) Florence Nightingale (1820 – 1910) Estudos sobre infecção, pós cirúrgica na guerra da Criméia 20/03/2017 11 PRIMÓRDIOS DA QUANTIFICAÇÃO • Foi com John Graunt, pai das estatísticas vitais e demografia, com um tratado de tabelas mortuárias em Londres. • Mortalidade por região e sexo • Usou raquitismo e prematuridade para estimar a proporção de crianças vivas e mortas antes dos 6 anos. 36%. Reconhecimento do valor dos dados coletados rotineiramente, que é a base da epidemiologia moderna. • SÉCULO XIX Europa “em ebulição”. A revolução industrial trouxe as pessoas do campo. Houve epidemias de cólera, febre tifoide e febre amarela. Teoria miasmática x Germes. Associação de causa e efeito - Ignaz Philipp Semmelweis (1818-1865) obstetra húngaro que descobriu como prevenir a transmissão da febre puerperal e introduziu a assepsia na medicina – lavagem das mãos com água clorada. Ignaz Philipp Semmelweis 1847 - adoção por Semmelweis 1874 - adoção em um primeiro hospital • Heinrich Hermann Robert Koch foi um dos fundadores da microbiologia e dos estudos relacionados à epidemiologia das doenças transmissíveis. • 1876 demonstrou o ciclo de vida do bacilo de antraz, o primeiro agente microbiano cujos efeitos patogênicos foram comprovados pela bacteriologia. • 1882 - descobriu o bacilo da tuberculose - Mycobacterium tuberculosis. • 1883 – descoberta do vibrião da cólera - Vibrio cholerae. Robert Koch (1843-1910) Louis Pasteur (1822-1895) Químico e biólogo francês, formulou a teoria dos germes como causa das doenças. - Desvendou a fermentação - Pasteurização - Vacina antirrábica - Revolução pasteuriana Contágio - quarentena http://www.ccms.saude.gov.br/rev olta/personas/lutz.html • Primeira metade do sec XX • Influência da microbiologia: estudos concentrados no laboratório, os demais ramos da medicina eram subordinados à este conhecimento. A formação do sanitarista centrava-se no laboratório. • Oswaldo Cruz (1872-1917): fundou o Instituto em Manguinhos-RJ • Desdobramentos da teoria dos germes • Saneamento ambiental, vetores e reservatórios de agentes • Ecologia Figuras que se destacaram na FIOCRUZ: Carlos Chagas, Adolfo Lutz (febre amarela) e Emílio Ribas. 20/03/2017 12 Brasil inicio do século XX a Febre Amarela e Malária assolava o Rio de Janeiro interferindo na expansão do comércio, navios mercantes que chegavam ao Rio de Janeiro não podiam prosseguir viagem ou retornar aos seus portos de origem em decorrência da morte de suas tripulações Oswaldo Cruz - Rodrigues Alves Revolta da vacina (1904) 23 mortos Mil presos Carlos Ribeiro Justiniano Chagas 1878 - 1934 Em 1907, Carlos Chagas trabalhou no controle da malária que devastava o acampamento dos trabalhadores da E. F. Central do Brasil na cidade de Lassance MG. Instalou seu “laboratório” em um vagão de trem. Ali, pesquisou os insetos hematófagos – barbeiros – alojados nas paredes de pau-a-pique das moradias. Encontrou neles um novo parasito, que chamou de Trypanosoma cruzi. Único cientista na história que descobriu o patógeno, o vetor (Triatominae), os hospedeiros, as manifestações clínicas e a epidemiologia de uma doença. • Final séc. XIX - Bacteriologia = Pasteur / Koch Transição epidemiológica • Doenças crônico-degenerativas • Causas externas • Doenças emergentes e reemergentes: AIDS, SARS, Cólera... • Doenças negligenciadas Objeto atual: o conjunto das doenças e agravos Pilares da Epidemiologia Atual • Ciências Biológicas: A clínica, microbiologia, parasitologia, patologia, imunologia, etc - contribuem para melhor descrever e classificar as doenças. • Ciências Sociais: A sociedade como está organizada, oferece proteção aos indivíduos, mas também determina os riscos de adoecer, bem como o maior ou menor acesso à prevenção das doenças e à promoção e recuperação da saúde. • Estatística: Tem papel de destaque na determinação e seleção da amostra, na análise dos dados, nas associações de variáveis, no controle das variáveis de confusão, etc. Epidemiologia • O primeiro passo em um estudo epidemiológico é analisar o padrão de ocorrência de doenças segundo três vertentes: pessoas, tempo e espaço, método este também conhecido como “epidemiologia descritiva” e que responde as perguntas: • Quem? - PESSOA (sexo, idade,ocupação...) • Quando? – TEMPO (dia, mês, ano...) • Onde? - LUGAR (região, país, clima...) 20/03/2017 13 Epidemiologia • O padrão de ocorrência dos doenças também pode se alterar ao longo do tempo, resultando na chamada estrutura epidemiológica, que nada mais é do que o padrão de ocorrência da doença na população, resultante da interação de fatores do meio ambiente, hospedeiro e do agente causador da doença. • Essa estrutura epidemiológica é dinâmica, modifica-se continuamente no tempo, no espaço, definindo o que pode ser considerado ocorrência “normal” ou “anormal” da doença em uma determinada população no tempo e no espaço. (BRASIL, 1998). Epidemiologia • Qual é a principal ferramenta dos epidemiologistas? • Medir a frequência de uma doença nas populações. Epidemiologia Componentes para medira frequência das doenças : • Classificar e caracterizar a doença. • Saber qual o componente de um caso de uma doença. • Encontrar uma fonte para busca de casos. • Definir a população de risco da doença. • Definir o período de tempo do risco da doença. • Obter permissão para estudar a pessoa. • Fazer medidas das freqüências da doença. • Relacionar casos à probabilidade na população e tempo de risco. Terminologia • Índices - uso mais restrito e tem em sua composição, medidas de dimensões diferentes Ex: Índice de massa corpórea • Coeficientes – são medidas do tipo proporção que expressam risco ou magnitude de um evento Ex: incidência e prevalência Medidas de Frequência de Doenças Duas medidas básicas de frequência de doença: • Prevalência • Incidência Prevalência número de casos existentes (novos + antigos) de uma doença Prevalência = ------------------------------------ total da população Prevalência quantifica o número de casos existentes de uma doença em uma população. O número de casos existentes de doença é igual à soma dos casos novos e dos casos antigos. 20/03/2017 14 PREVALÊNCIA • Instantânea - medida em um único ponto no tempo ex.: Prevalência de Tb (infecção) em março julho de 2016, em 1º anistas do curso de Farmácia. • Período - medida em um período de tempo determinado ex.: Prevalência de Tb (doença) em 2008, no Brasil; • Prevalência de exposição (n° fumantes/pop) INCIDÊNCIA • Número de casos novos / população • Indivíduos sem a doença de interesse no início • Casos novos da doença Incidência acumulada • População fixa, indivíduos seguidos durante um mesmo período de tempo. Apesar de descrever a ocorrência de doença na população, pode ser pensada como o RISCO de um indivíduo desenvolver a doença no período de tempo. • Incidência acumulada = (Risco) nº de pessoas que ficam doentes no período nº de pessoas na pop. no início do período sem doença DOIS TIPOS DE EPIDEMIOLOGIA Epidemiologia descritiva (doença/população) • Exame da distribuição de uma doença em uma população e observação dos acontecimentos básicos de sua distribuição em termos de TEMPO, LUGAR E PESSOAS. Epidemiologia analítica (exposição/doença) • Testa uma hipótese específica acerca da relação de uma doença a uma causa especifica, conduzindo estudos epidemiológicos que se relacionem à exposição de interesse com a doença. MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO epidemiologia descritiva formulação da hipótese teste da hipótese epidemiologia experimental epidemiologia analítica A tríade básica da epidemiologia descritiva • As três características essenciais das doenças nós observamos na Epidemiologia Descritiva. TEMPO LUGAR PESSOA 20/03/2017 15 Tempo • Mutável ou estável? • Variação sazonal ou perene? • Transversal • Longitudinal – Retrospectivo – Prospectivo Epidemiologia descritiva Lugar/espaço • Geograficamente restrito ou disperso (pandêmico)? • Relacionado à água ou a alimentos? • Grupos múltiplos ou somente um? • Agrupado (epidêmico) ou uniformemente distribuído (endêmico) ? • Propagado ou de uma só fonte? Epidemiologia descritiva Pessoa • Faixa etária (Idade) • Condição sócio-econômica • Gênero (Sexo) • Etnia / raça • Comportamento • Antecedentes Epidemiologia descritiva É um antecedente necessário da epidemiologia analítica. Para empreender um estudo epidemiológico analítico você deve primeiro: • Saber onde observar. • Saber o que devemos controlar • Ser capaz de formular hipóteses compatíveis com as evidencias laboratoriais. Epidemiologia descritiva Clinica Estatística Medicina social Epidemiologia Sociologia... Antropologia... Ecologia... Climatologia... Populações humanas Pressuposto básico • As doenças NÃO ocorrem por ACASO • As doenças do ser humano apresentam fatores causais e preveníveis, que podem ser identificados através de investigações sistemáticas. 20/03/2017 16 Componentes da investigação epidemiológica • Distribuição das doenças • (pessoa / tempo / lugar) • Mensuração da frequência das doenças • (incidência / prevalência) • Teste de hipótese / medidas de efeito • Conclusão: associação representa uma relação de "causa-efeito" A tríade básica da epidemiologia analítica. Os três fenômenos geralmente avaliados em epidemiologia analítica são: Hospedeiro Presença do agente causador da doença Agente Ocorrência do hospedeiro suscetível Ambiente Características do ambiente Hospedeiro Vetor Ambiente Agente Hospedeiro Ambiente Agente AGENTES: • Nutrientes (carência ou excesso) • Tóxicos e/ou venenos – químicos biológicos • Alérgenos (biológicos, químicos e físicos) • Radiação • Trauma físico (calor, barulho, insolação, etc) • Micróbios - biológicos • Experiências psicológicas – (guerra, traumas) • Carga Genética • Estado civil • Estado Imunológico • Estado emocional • Idade • Conduta Pessoal • Antecedentes • Ocupação • Escolaridade • Sexo FATORES DO HOSPEDEIRO susceptibilidade MEIO AMBIENTE • Determinantes sociais – Aglomeração, saúde ambiental • Determinantes biológicos (organismos patogênicos) • Determinantes físicos e químicos (Clima, atmosfera, poluição, acidentes) MODOS DE COMUNICAÇÃO – fenômeno no meio ambiente que reúne o hospedeiro ao agente, tal como: • Vetor • Veículo • Reservatório Definição ecológica SAÚDE é a perfeita e contínua adaptação do organismo às condições ambientais (Spenser & Wylie, 1970) 20/03/2017 17 SAÚDE é a perfeita e contínua adaptação do organismo a seu ambiente (Spenser & Wylie, 1970) História Natural das Doenças: Níveis de Aplicação de Medidas Preventivas e Avaliação de Prognóstico 20/03/2017 18 História Natural das Doenças • Conjunto de processos interativos compreendendo “as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo saúde-doença seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte” (Leavell & Clark, 1976). • 2 períodos sequenciados: • Período pré-patogênico e Período patogênico A normalidade e o conceito de saúde • Pressão arterial • Temperatura • Batimentos cardíacos • Glicose no sangue • Colesterol O médico ao examinar um paciente espera encontrar um estado de NORMALIDADE X Freq. Valor HOMEOSTASIA A normalidade e o conceito de homeostasia SAÚDE DOENÇA DOENÇA ALTERAÇÕES •Fatores externos •Fatores internos HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA físico (radiação, calor, frio, pressão...) químico (chumbo, mercúrio, sílica...) biológico (vírus, bactéria, protozoário...) social (pressão psicológica, pobreza...) idade sexo ocupação grupo étnico, etc. Ambiente Agente Hospedeiro Físico: temperatura, umidade, topografia, fauna, flora, Social História Natural das Doenças Descrição das inter-relações entre agente, hospedeiro e meio • Não é necessário que se saiba tudo a respeito da HND para que se possa atuar preventivamente,mas, muitas vezes, o sucesso não pode ser alcançado porque os conhecimentos existentes são muito escassos; • A fase inicial do processo-doença em que ocorre a interação preliminar entre agentes potenciais, hospedeiros e fatores ambientais recebe o nome de período pré-patogênico; • Estabelecimento do estímulo-doença no organismo de um indivíduo, fase patogênica História natural das doenças • Antes que seja alcançado o horizonte clínico, isto é, antes que surjam sintomas e sinais, já se inicia a interação entre estímulo-doença e as reações do hospedeiro: a) Período de incubação de agentes infecciosos – instalação, eventual multiplicação; b) Adição frequente de agentes não infecciosos (vapores de chumbo, sílica, mercúrio, etc); c) Insuficiência de ingestão de substância essenciais; d) Período ou faze de preparação para respostas tissulares. 20/03/2017 19 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA SÉRIE DE EVENTOS Atuação dos fatores de risco População exposta aos fatores de risco Elementos atingidos Diagnóstico Tratamento Desfecho História natural das doenças • Na primeira fase da doença (patogenia precoce) geralmente o paciente não tem percepção de modificações no seu estado de saúde, decorrente do processo em curso; • Na fase seguinte (patologia precoce) não ocorre queixa porem no exame clinico, especialmente com o auxílio de recursos propedêuticos disponíveis atualmente, podem ser encontrados elementos que permitem o diagnóstico do processo-doença em causa; • Sintomas – Caráter subjetivo • Sinais – Caráter objetivo • Sabe-se muito menos o que ocorre na fase pré-clinica ou sub-clínica do que em relação ao curso dos eventos após ser ultrapassado o horizonte clínico, com sintomas e sinais presentes; História natural das doenças HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO - Acidentes de Trânsito morte cura sequela estímulo período pré- patogênico incubação manifestação clínica Dominam as condições pré-existentes •Número excessivo de veículos •Sistema de circulação deficiente •Baixo nível educacional •Concentração populacional •Outros Níveis de prevenção Perkins (1938) – “enfrentar ou interceptar uma causa conduz a prevenir ou fazer cessar seu efeito” • Tal conceito permite que o campo da prevenção abranja também o tratamento das doenças, visando a interrupção do processo-doença; procura-se assim reduzir o grau e a duração da incapacidade, impedir a instalação de defeitos e evitar a morte. • A prevenção ainda abrange as medidas de reabilitação após a estabilização do processo-doença, visando a diminuição de graus variáveis das alterações anatômicas e fisiológicas que constituem os defeitos. • Em muitos casos medidas de reabilitação física precisam ser acrescentadas, em outros de reabilitação social, tendo em vista a reintegração de indivíduos na sociedade, quando um processo de marginalização pode associar-se a doença. 20/03/2017 20 • Primária • Secundária • Terciária Níveis de prevenção PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO Educação geral e em saúde. Bons padrões de nutrição ajustados às diferentes fases da vida. Habitação e vestuário adequado. Condições satisfatórias de trabalho e de recreação. Atenção para o desenvolvimento da personalidade. Educação sexual e aconselhamento matrimonial. Aconselhamento genético. Imunizações específicas. Profilaxia medicamentosa. Higiene pessoal. Saneamento ambiental. Proteção contra riscos ocupacionais. Proteção contra acidentes. Nutrientes específicos. Proteção contra carcinogênicos. Não exposição a alergenos, substâncias tóxicas ou venenosas. Meio de proteção individual: botas, telagem, repelentes, óculos, luvas, protetores auriculares. 1º NÍVEL Promoção da saúde 2º NÍVEL Proteção específica FASE DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA Fases e níveis de prevenção na história natural da doença segundo Leavell e Clark (1965): PROMOÇÃO DA SAÚDE 1o. Nível •Educação geral •Educação em saúde •Habitação •Vestuário •Nutrição •Recreação prev. Primária prev. Secundária prev.Terciária morte cura seqüela período pré-patogênico estímulo incubação manifestação clínica HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO Desenvolvimento Econômico Social Ambiental PERÍODO PATOGÊNICO Patogenia precoce Patologia precoce Patologia avançada Defeito Exames médicos periódicos, gerais ou dirigidos. Busca e exames de comunicantes. Levantamentos ocasionais. Tratamento adequado. Métodos educativos relativos á importância do diagnóstico precoce e aos meios para torna-lo possível. Tratamento adequado busca de casos. Provisão de recursos hospitalares e comunitários para readestramento e educação, visando ao máximo aproveitamento da capacidade remanescente. Educação do público e dos empregadores para utilização dos reabilitados. Ocupação seletiva. Laborterapia. Instituições para manutenção e tratamento de certos doentes crônicos. Educação do público anulação de preconceitos e tabus relativos a certas doenças. 3º NÍVEL Diagnóstico e tratamento precoces 4º NÍVEL Limitação de incapacidade 5º NÍVEL Reabilitação FASE DE PREVENÇÃO SECUNDÁRIA FASE DE PREVENÇÃO TERCIÁRIA Fases e níveis de prevenção na história natural da doença segundo Leavell e Clark (1965): 2o. Nível •Imunização •Saúde ocupacional •Aconselhamento genético •Regime alimentar •Uso de preservativo •Controle de vetores HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO prev. Primária prev. Secundária prev.Terciária morte cura sequela período pré-patogênico estímulo incubação manifestação clínica PROTEÇÃO ESPECÍFICA 20/03/2017 21 • Saneamento: Controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeito deletério sobre o seu bem estar físico, social e mental. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO • Abastecimento de água • Coleta, tratamento e disposição dos esgotos sanitários • Drenagem de águas pluviais - Proteção contra inundações • Coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos (lixo) • Controle de vetores HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO Barreiras sanitárias Isquêmico Hemorrágico DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCES • Inquérito para descoberta de casos na comunidade • Exames periódicos individuais para detecção precoce dos casos • Tratamento para evitar a progressão da doença 3o. Nível HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO prev. Primária prev. Secundária prev.Terciária morte cura seqüela período pré-patogênico estímulo incubação manifestação clínica HOSPITAL DA MISERICÓRDIA 4o. Nível •Tratamento para evitar futuras complicações (evitar morte ou sequelas) HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO prev. Primária prev. Secundária prev.Terciária morte cura seqüela período pré-patogênico estímulo incubação manifestação clínica LIMITAÇÃO DA INCAPACIDADE 20/03/2017 22 REABILITAÇÃO 5o. Nível •Fisioterapia •Terapia ocupacional •Educação visando ao máximo aproveitamento da capacidade remanescente•Educação ao público e dos empregadores para utilização dos reabilitados HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO prev. Primária prev. Secundária prev.Terciária morte cura seqüela período pré-patogênico estímulo incubação manifestação clínica sequela TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DAS MEDIDAS PREVENTIVAS (GRAUS DE APLICAÇÃO) Conceito de Prevenção “Enfrentar ou interceptar uma causa, conduz a prevenir ou fazer cessar seu efeito” (Perkins, 1938) Âmbito da Prevenção • Individual • familiar • empresarial 1o. Grau Prevenção Profilaxia ou Controle Eliminação Erradicação • Visa manter a doença em níveis toleráveis • Atua no âmbito populacional • É uma atividade de Saúde Pública 2o. Grau TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DAS MEDIDAS PREVENTIVAS (GRAUS DE APLICAÇÃO) Prevenção Profilaxia ou Controle Eliminação Erradicação • Ocorre o afastamento do agente • A doença deixa de ser transmitida • O quadro epidemiológico é mantido • Há o risco de retorno do problema TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DAS MEDIDAS PREVENTIVAS (GRAUS DE APLICAÇÃO) 3o. Grau Prevenção Profilaxia ou Controle Eliminação Erradicação TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DAS MEDIDAS PREVENTIVAS (GRAUS DE APLICAÇÃO) • Medidas que levam ao desaparecimento do agente e da doença • Insere-se a ideia de extinção 4o. Grau Prevenção Profilaxia ou Controle Eliminação Erradicação Níveis de Aplicação de Medidas Preventivas e Estratégias de Prevenção Leavell e Clark (1965): Prevenção Primária • Estratégias para prevenir a exposição ao risco (ex: tabagismo, ingestão de gorduras) ou para promover sua cessação (tratamento para deixar de fumar). • Medidas aplicáveis no período pré-patogênico (promoção da saúde); 20/03/2017 23 • Prevenção secundária – medidas aplicáveis no período patogênico, antes que se estabeleça defeito (proteção específica – diagnóstico e tratamento); Níveis de Aplicação de Medidas Preventivas e Estratégias de Prevenção Leavell e Clark (1965): História Natural da Doença: Prognóstico • Importância de quantificar a História Natural da Doença • Descrever a gravidade da doença - estabelecer prioridades para serviços clínicos e para programas de saúde pública; • Informações para o paciente sobre prognóstico; • Conhecer a evolução da doença para poder avaliar o efeito de tratamentos Gordis, 2004 Formas de expressar o prognóstico • Letalidade • Taxa de sobrevivência em 5 anos • Tábua de Vida • Método de Kaplan Meier • Tempo mediano de sobrevivência • Taxa de sobrevivência relativa • Remissão • Recorrência Gordis, 2004 20/03/2017 24 Letalidade • Letalidade - risco de morrer por uma determinada doença entre os doentes; • Mortalidade - risco de morrer de uma determinada doença entre doentes e não doentes (mas que ainda podem desenvolver a doença); • História Natural da Doença (HND) : A letalidade refere-se ao período depois do diagnóstico no qual espera-se que o óbito ocorra; • Letalidade é mais adequada para doenças de curta duração. Níveis de Aplicação de Medidas • Prevenção terciária – medidas aplicáveis no período patogênico, depois de instalação de defeito, medidas de limitação da incapacidade (inclusive a fase de reabilitação física e social). • Reabilitação (impedir a incapacidade total) • Fisioterapia • Terapia ocupacional • Emprega para o reabilitado
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