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Introdução à Epidemiologia

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20/03/2017 
1 
Epidemiologia 
Prof. Dr. Francisco 
Anaruma Filho 
Universidade São Francisco Programa da disciplina 
• Apresentação geral da disciplina 
• Contrato de convivência 
• Plano de Ensino 
• Metodologia de Trabalho e avaliação. 
• Aula – História da epidemiologia 
• Fundamentos da Saúde pública 
• Conceito Saúde – Doença 
• Fatores Determinantes 
• Evolução da concepção causal 
• História natural da Doença e Níveis de Prevenção 
Programa da disciplina 
• Avaliação em Saúde (Quantificação de Doença e 
óbito) 
• Medidas para Avaliação de saúde e Indicadores 
de saúde 
• Epidemiologia descritiva (QUANDO) 
• Epidemiologia descritiva (QUEM) 
• Avaliação N1 – 27, 28 e 29/03/2017 
• Epidemiologia descritiva (ONDE) 
• Formulação de Hipótese 
• Transição Epidemiológica e Doenças 
Transmissíveis e Não transmissíveis 
• Noções de Epidemiologia Experimental 
• Noções de Estudos ecológicos 
• Noções sobre Estudos Seccionais 
• Noções sobre Estudo de Coorte 
• Avaliação N2 – 29, 30 e 31/05/2017 
• Avaliação N3 – 12, 13 e 14/06/2017 
Programa da disciplina 
Forma de avaliação: 
 
N1, N2 e N3 (substituição de nota ) 
 
Soma-se pontos bônus referente aos exercícios 
executados em classe. 
 
N1 + N2 ou N3/2 = Média + Bônus 
Bônus = atividades em classe 
 
PFG – programa de formação geral 
(N1 x 0,45) + (N2 x 0,45) + (PFG x 0,1) = media > 6 
 
 
CALENDÁRIO 2017/1 
 FERIADOS Bragança Paulista Campinas 
01/03/2017 – 
 4ª feira 
X X 
21/04/2017 – 
 6ª feira 
X X 
01/05/2017 – 
 2ª feira 
X X 
15/06/2017 – 
 5ª feira 
X X 
recesso 
Bragança 
Paulista 
Campinas 
27/02/2017 – 
 2ª feira 
X X 
28/02/2017 – 
3ª feira 
X X 
13/04/2017 – 
5ª feira 
X X 
14/04/2017 – 
6ª feira 
X X 
22/04/2017 – 
Sábado 
X X 
16/06/2017 – 
 6ª feira 
X X 
17/06/2017 – 
Sábado 
X X 
20/03/2017 
2 
Bibliografia 
• 1. ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, Naomar 
de. Epidemiologia & Saúde. Rio de Janeiro: Medsi 
• 2. ALMEIDA FILHO, Naomar de; ROUQUAYROL, Maria 
Zélia. Introdução à Epidemiologia. 4. ed., rev. e ampl. Rio 
de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2006. 
• 3. CAMPOS,W.S.et. al. Tratado de Saúde Coletiva. São 
Paulo: Hucitec; Rio de janeiro: ed. Fiocruz, 2006. 
• 4. ALMEIDA FILHO, Naomar. Epidemiologia & Saúde - 
Fundamentos, Métodos e Aplicações. Guanabara 
Koogan, 2011. Acervo Virtual 
Epidemiologia 
• A palavra “epidemiologia” deriva do grego 
epi = sobre 
demos = população, povo 
logos = estudo 
Portanto, em sua etimologia, significa 
“estudo do que ocorre em uma população” 
“Estudo do que ocorre no povo” 
Epidemiologia 
• Para a Associação Internacional de Epidemiologia, 
criada em 1954, a Epidemiologia tem como objetivo : 
 
“estudar de fatores que determinam a frequência e a 
distribuição de doenças nas coletividades humanas” 
 
(ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992) 
Epidemiologia 
• O Dicionário de Epidemiologia de John Last: 
 
“Estudo da distribuição e dos determinantes de 
estados e eventos relacionados à saúde, em 
populações específicas, e a aplicação desse 
estudo para o controle de problemas de 
saúde” 
(LAST, 1995) 
 
Epidemiologia 
• Segundo Almeida Filho e Rouquayrol (1992), 
 
• “Ciência que estuda o processo saúde-doença na 
sociedade, analisando a distribuição populacional e 
os fatores determinantes das enfermidades, danos à 
saúde e eventos associados à saúde coletiva, 
propondo medidas específicas de prevenção, 
controle ou erradicação de doenças e fornecendo 
indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, 
administração e avaliação das ações de saúde”. 
Epidemiologia 
• Epidemiologia: “disciplina científica que 
estuda o processo saúde-doença nas 
coletividades humanas, analisando a 
distribuição e fatores determinantes de 
doenças, danos à saúde e eventos associados 
e propõe medidas específicas de prevenção, 
controle ou erradicação…” 
Almeida Filho 
20/03/2017 
3 
Epidemiologia 
• Estudo: vigilância, observação, teste de hipóteses, 
pesquisa analítica e experimental distribuição. 
• Distribuição: análise do tempo, pessoa e lugar. 
• Determinantes: fatores físicos, biológicos, sociais, 
culturais, comportamentais, que influenciam a saúde. 
• Populações específicas: grupo de pessoas com 
características comuns tais como local de moradia, 
gênero, idade ou uso de serviços, identificáveis e 
passíveis de serem mensuradas. 
• Aplicação dos resultados: promover, proteger e 
restaurar a saúde. 
Saúde 
• OMS - Um estado de completo bem estar físico, 
mental e social e não meramente a ausência de 
doença ou defeito. 
 
• Perkins (1938) “Saúde é um estado de relativo 
equilíbrio da forma e da função do organismo, 
resultante de seu sucesso em ajustar-se às forças 
quer tendem a perturba-lo. Não se trata de uma 
aceitação passiva, por parte do organismo, da 
ação das forças que agem sobre ele, mas de uma 
resposta ativa de suas forças operando no 
sentido de reajustamento”. 
Saúde 
Conceito de saúde em seu sentido mais abrangente 
• É resultante das condições de alimentação, 
habitação, educação, renda, meio ambiente, 
trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, 
acesso e posse da terra, acesso a serviços de 
saúde... 
• É o resultado de formas de organização social de 
produção, as quais podem gerar profundas 
desigualdades nos níveis de vida. 
“É um direito do cidadão e um dever do 
Estado, garantido mediante políticas sociais 
e econômicas que visem à redução dos 
riscos da doença e de outros agravos e o 
acesso universal e igualitário às ações e 
serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação” (COSNTITUIÇÃO BRASILEIRA, 
1988) 
Saúde 
Agravos a saúde 
• Danos a integridade física, mental e 
social dos indivíduos, provocados por 
doenças ou circunstâncias nocivas, 
como acidentes, intoxicações, abuso 
de drogas e lesões auto ou 
heteroinfligidas. 
Gradiente de Sanidade 
Constituição da OMS Morte 
CONCEITO DE SAÚDE DA 
OMS - “É um estado de completo 
bem estar físico, mental e social e 
não meramente a ausência de doença” 
Ideal de Saúde 
20/03/2017 
4 
Doença 
• “Compreende o estado interno do 
organismo biológico resultante do 
funcionamento subnormal de alguns 
de seus órgão e subsistemas”. 
Doença 
• “Desajustamento ou falha nos 
mecanismos de adaptação do 
organismo ou uma ausência de 
reação aos estímulos a cuja ação 
está exposto”. 
 
Doença 
• A doença não é uma entidade estática, mas 
sim um processo que realmente começa antes 
que o próprio homem seja envolvido. 
 
• O processo complexo de alteração de graus de 
saúde é uma cadeia contínua de causas e 
efeitos e não o resultado de uma causa única 
específica. 
 
Doença 
• Causa única – surgimento da bacteriologia 
(agente etiológico) 
• O isolamento e a identificação do meio de 
transmissão seria o suficiente para resolução dos 
problemas de prevenção (conclusão errônea). 
• No caso da tuberculose apenas um grupo de 
indivíduos que teve seu corpo invadido pelo 
microrganismo apresentará sinais clínicos da 
doença. 
Doença 
Fatores envolvidos no processo saúde doença que 
deverão ser considerados durante caracterização 
do estágio e gravidade da doença: 
• Sociais 
• Ambientais 
• Hábitos e costumes 
• Constituição física e mental 
• Grau nutricional 
• Situação cultural 
• Educacional 
Classificação de doenças quanto a 
duração e à etiologia 
Etiologia 
Duração 
Aguda Crônica 
Infecciosa 
Tétano, raiva, gripe, 
sarampo 
Tuberculose, 
hanseníase,doença 
de chagas 
Não infecciosa 
Envenenamento por 
picada de cobra, 
formiga, abelha, 
acidentes 
Diabetes, doença 
coronária, cirrose 
alcoólica 
20/03/2017 
5 
Doença infecciosa 
• Agente etiológico (causador) é um ser vivo 
(patógeno) 
• Gerador da doença 
• Infecção: penetração e desenvolvimento ou 
multiplicação de um patógeno no organismo de 
uma pessoa ou animal. 
• Infestação: Alojamento, desenvolvimento e 
reprodução de artrópodes na superfície do corpo 
ou nas vestes, sem penetração no indivíduo. 
Doença infecciosa 
• Infectividade: é o nome que se dá pelo 
conjunto de qualidades específicas dos 
agentes que lhes permitem vencer barreiras 
externas e penetrar em outros ser vivo, 
podendo multiplica-se com maior ou menos 
facilidade. 
• Imunogenicidade: é a capacidade que um 
dado bioagente tem de induzir imunidade no 
hospedeiro - poder imunogênico 
 
Doença infecciosa 
• Patogenicidade: é a capacidade do agente 
infeccioso de uma vez instalado no organismo 
humano ou de animais, produzir sintomas em 
maior ou menor proporção entre os hospedeiros 
infectados. 
• Virulência: É a capacidade de um bioagente 
produzir casos graves ou fatais, normalmente 
associado as propriedades bioquímicas do agente 
relacionado com a produção de toxina e a sua 
capacidade de multiplicação no organismo 
parasitado. 
 
Doença infecciosa 
• Período de incubação: É o intervalo de tempo 
que decorre entre a exposição de um agente 
infeccioso e o aparecimento de sinais e sintomas 
da doença, durante o qual não existe sinais 
clínicos manifestos da doença e o doente ainda 
não constitui fonte de contágio. 
• Período de Transmissibilidade: É o intervalo no 
qual o agente infeccioso pode ser transferido, 
direta ou indiretamente de um indivíduo 
infectado a outro, ou de um animal infectado ao 
homem ou vice e versa. Inclusive um artrópode. 
Saúde   Doença 
• Quando as múltiplas causas envolvidas em um 
processo de doença são identificadas, a prevenção 
depende da efetivação de medidas capazes de 
antagonizar ou interceptar essas causas. 
 
• Perkins (1938) “enfrentar ou interceptar uma causa 
conduz a prevenir ou fazer cessar seu efeito” 
 
• É então, essencial que se busque a identificação dessas 
causas e o conhecimento da forma como participar do 
processo da doença, para que se torne possível a 
prevenção. 
 
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6 
SAÚDE DA POPULAÇÃO 
MEDICINA X SAÚDE PÚBLICA 
MEDICINA SAÚDE PÚBLICA 
SAÚDE PÚBLICA - atividade social destinada a 
promover e preservar a saúde da população 
Problemas de Saúde Pública 
Quando é causa frequente de morbidade e 
mortalidade 
Quando existem métodos eficientes para sua 
prevenção e controle, mas esses métodos não 
são adequadamente empregados pela sociedade 
Quando ao ser objeto de campanha destinada ao 
controle, ocorrer sua persistência com pouca ou 
nenhuma alteração 
Quando uma doença é um problema de Saúde Pública? 
ATUAÇÃO: 
médico clínico x epidemiologista 
• Descreve agravos 
• Aponta causas 
• Indica profilaxia 
CLÍNICO EPIDEMIOLOGISTA 
OBJETO 
• Descreve alterações 
• Faz o diagnóstico 
• Faz a prescrição 
• Clínica: estuda o processo saúde-doença em 
indivíduos, com o objetivo de tratar e curar casos 
isolados 
• Epidemiologia se preocupa com o processo de 
ocorrência de doenças, mortes, quaisquer outros 
agravos ou situações de risco à saúde na 
comunidade, ou em grupos dessa comunidade, 
com o objetivo de propor estratégias que 
melhorem o nível de saúde das pessoas que 
compõe essa comunidade. 
 
Atuação: 
 médico x epidemiologista 
• Descrição dos 
casos (verificação 
dos sintomas) 
• Diagnóstico 
• Tratamento 
• Descrição do quadro 
epidemiológico 
 - número de casos 
 - distribuições: 
 espacial 
 temporal 
 por pessoa 
• Hipótese de 
transmissão 
• Profilaxia 
DENGUE 
Clínico 
Epidemiologista 
Epidemiologia 
• Qual é o meio para se conhecer o processo 
saúde-doença na comunidade ? 
• Elaborando-se um diagnóstico comunitário 
de saúde. 
• O diagnóstico comunitário, evidentemente, 
difere do diagnóstico clínico em termos de 
objetivos, informação necessária, plano de 
ação e estratégia de avaliação. 
 
20/03/2017 
7 
Epidemiologia 
Diagnóstico Clínico Diagnóstico 
Comunitário 
Objetivo Curar a doença da pessoa Melhorar o nível de saúde da comunidade 
Informação 
necessária 
Histórica clínica 
Exame físico 
Exames complementares 
Dados sobre a população 
Doenças existentes 
Causas de morte 
Serviços de saúde, etc. 
Tipo de 
diagnóstico DIAGNÓSTICO INDIVIDUAL 
DIAGNÓSTICO 
COMUNITÁRIO 
Plano de 
ação 
Tratamento 
Reabilitação 
Programas de saúde 
prioritário 
Avaliação Acompanhamento clínico (melhora/cura) 
Mudanças no estado de 
saúde da população 
Fonte: Adaptado de Vaughan & Morrow (1992) 
Epidemiologia 
• Distribuição 
• Determinantes 
• Controle 
Epidemiologia 
• O termo distribuição pode ser observado em 
qualquer definição de Epidemiologia. 
Distribuição, nesse sentido, é entendida como 
 
“o estudo da variabilidade da frequência das 
doenças de ocorrência em massa, em função de 
variáveis ambientais e populacionais ligadas ao 
tempo e espaço” 
(ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992) 
Estudo sistemático da distribuição 
• Determinantes - São as causas dos 
problemas de saúde obtidos por meio 
analítico 
• Controle - Aplicação – melhoria das 
condições de saúde da população – agentes 
de saúde 
• Numa perspectiva mais crítica, pode-se propor que, 
em vez de doença (noção essencialmente clínica), a 
EPIDEMIOLOGIA tem como objeto a relação entre o 
subconjunto de doentes e o conjunto população ao 
qual ele pertence, incluindo consequentemente os 
determinantes dessa relação (Almeida-Filho, 1990). 
Conceito de 
epidemiologia 
população 
doentes 
clínica 
estatística 
ecologia sociologia 
EPIDEMIOLOGIA 
20/03/2017 
8 
Historia da Epidemiologia 
Esculápio - Asclépius – Deus da 
medicina 
 
 
• Higéia – ligada ao conceito de 
medicina preventiva – Higiene 
 
• Panacéia – ligada ao conceito de 
medicina curativa 
História da epidemiologia 
Limpeza e 
organização 
Plantação de ervas 
aromáticas - remédios 
História da epidemiologia 
• https://www.youtube.com/watch?v=x24SetHQstQ 
“quem quiser prosseguir no 
estudo da ciência da medicina 
deve considerar os efeitos das 
estações do ano, dos ventos, 
das águas, do solo e da 
exposição ao sol, além do 
modo de vida dos habitantes, 
seus costumes alimentares e 
suas atividades.” 
460 - 377 aC – Hipocrates 
Hipócrates – “Dos ares, das 
águas e dos lugares” 
Epidemia – endemia 
Hipócrates 
• Afastou a ideia do sobrenatural. 
• Sugeriu que clima, água e situação onde ventos 
são favoráveis, podem ajudar o médico a avaliar a 
saúde geral do paciente 
• Sua contribuição foi deixada de lado quando deu 
lugar a teoria dos miasmas. 
• TEORIA DOS MIASMAS - Resultado da emanação 
de animais e plantas em decomposição, 
resultando em má qualidade do ar. 
• Malária = Mal + Ar Emanações na direção 
doente>susceptível Ainda é usado hoje. 
• PLATÃO:o estado de 
equilíbrio interno do 
homem, e dele com a 
organização social e a 
natureza, é sinônimo 
de saúde 
História da epidemiologia 
428 – 347 aC 
- Constatação de perigo 
no manuseio do zinco e 
enxofre 
- Descrição dos efeito da 
manipulação do 
mercúrio, chumbo e 
poeira 
- Utilização de proteção 
contra poeira 
- Realização de censo 
- Higiene pessoal 
História da epidemiologia 
Plinio 79 dC - ROMA 
20/03/2017 
9 
• Idademédia pouca informação 
 
Mantém 
princípios 
hipocráticos 
Cristianismo 
volta do 
caráter 
religioso 
Explicações 
“mágicas” 
“PECADO” 
História da epidemiologia 
• O inglês John Graunt - século XVII 
• Identificou e quantificou padrões da 
natalidade, mortalidade e ocorrência de 
doenças; 
• Identificou e caracterizou nesses 
eventos: a existência de diferenças entre 
os sexos e na distribuição urbano-rural; 
• Elevada mortalidade infantil; 
• Variações sazonais; 
• São também atribuídas a ele as primeiras 
estimativas de população e a elaboração 
de uma tábua de mortalidade. 
 
• Fundador da bioestatística 
 
Vacina: 
As vacinas (vaccinia - agente 
infeccioso da varíola bovina); 
- Preparação de patógenos 
(vírus ou bactérias), mortos 
ou atenuados (debilitados), 
que quando introduzidos em 
um determinado corpo 
estimulam a produção de 
anticorpos, sem causar a 
doença. 
Edward Jenner - 1796 • Na Alemanha o médico sanitarista 
Rudolf Virchow (1821 – 1902) 
• Identificou que o Tifo estava 
associado a questões políticas e 
sociais. 
• Pai da patologia moderna primeira 
explicação sobre os efeitos das 
doença nas células e tecidos. 
 
Revolução industrial 
Desgaste da classe 
trabalhadora 
Medicina social proposto por 
Guérin 1838 de forma genérica 
começa a tomar a questão da 
saúde de forma coletiva 
John Snow obstetra e anestesista da rainha Vitória estudou a ocorrência de 
casos de Cólera e associou com a água de consumo oferecida por diferentes 
companhias particulares de abastecimento 
John Snow 
(1854) 
Snow concluiu que a doença era veiculada pela 
água, e causada "por algo que passa do doente 
para o individuo são e que tem a propriedade de se 
multiplicar no organismo." 
20/03/2017 
10 
John Snow identificou o local de moradia de cada 
pessoa que morreu por cólera em Londres entre 
1848-49 e 1853-54 e notou uma evidente 
associação entre a origem da água utilizada para 
beber e as mortes ocorridas. 
 
Dessa forma, foi capaz de propor melhorias no 
suprimento de água, mesmo antes da descoberta 
do micro-organismo causador da cólera; além 
disso, sua pesquisa teve impacto direto sobre as 
políticas públicas de saúde. 
Mortes por cólera nos distritos de Londres, nas sete primeiras 
semanas de epidemia, segundo a fonte de abastecimento de 
água. Londres, 18 
John Snow (1854) 
Florence Nightingale 
(1820 – 1910) 
Estudos sobre infecção, pós cirúrgica na 
guerra da Criméia 
20/03/2017 
11 
PRIMÓRDIOS DA QUANTIFICAÇÃO 
• Foi com John Graunt, pai das estatísticas vitais e 
demografia, com um tratado de tabelas mortuárias 
em Londres. 
• Mortalidade por região e sexo 
• Usou raquitismo e prematuridade para estimar a 
proporção de crianças vivas e mortas antes dos 6 
anos. 36%. Reconhecimento do valor dos dados 
coletados rotineiramente, que é a base da 
epidemiologia moderna. 
• SÉCULO XIX Europa “em ebulição”. A revolução 
industrial trouxe as pessoas do campo. Houve 
epidemias de cólera, febre tifoide e febre amarela. 
Teoria miasmática x Germes. 
Associação de causa e efeito 
- Ignaz Philipp Semmelweis (1818-1865) obstetra húngaro 
que descobriu como prevenir a transmissão da febre 
puerperal e introduziu a assepsia na medicina – lavagem 
das mãos com água clorada. 
Ignaz Philipp 
Semmelweis 
1847 - adoção por Semmelweis 
1874 - adoção em um primeiro hospital 
• Heinrich Hermann Robert Koch 
foi um dos fundadores da 
microbiologia e dos estudos 
relacionados à epidemiologia das 
doenças transmissíveis. 
• 1876 demonstrou o ciclo de vida 
do bacilo de antraz, o primeiro 
agente microbiano cujos efeitos 
patogênicos foram comprovados 
pela bacteriologia. 
• 1882 - descobriu o bacilo da 
tuberculose - Mycobacterium 
tuberculosis. 
• 1883 – descoberta do vibrião da 
cólera - Vibrio cholerae. Robert Koch 
(1843-1910) 
Louis Pasteur (1822-1895) 
Químico e biólogo francês, 
formulou a teoria dos 
germes como causa das 
doenças. 
- Desvendou a fermentação 
- Pasteurização 
- Vacina antirrábica 
- Revolução pasteuriana 
Contágio - quarentena http://www.ccms.saude.gov.br/rev
olta/personas/lutz.html 
• Primeira metade do sec XX 
• Influência da microbiologia: estudos 
concentrados no laboratório, os demais ramos 
da medicina eram subordinados à este 
conhecimento. A formação do sanitarista 
centrava-se no laboratório. 
• Oswaldo Cruz (1872-1917): fundou o Instituto 
em Manguinhos-RJ 
• Desdobramentos da teoria dos germes 
• Saneamento ambiental, vetores e 
reservatórios de agentes 
• Ecologia Figuras que se destacaram na FIOCRUZ: Carlos 
Chagas, Adolfo Lutz (febre amarela) e Emílio Ribas. 
20/03/2017 
12 
Brasil inicio do século XX a Febre Amarela e Malária assolava o Rio de Janeiro 
interferindo na expansão do comércio, navios mercantes que chegavam ao Rio de 
Janeiro não podiam prosseguir viagem ou retornar aos seus portos de origem em 
decorrência da morte de suas tripulações 
Oswaldo Cruz - Rodrigues Alves 
Revolta da vacina 
(1904) 
23 mortos 
Mil presos 
Carlos Ribeiro Justiniano Chagas 
1878 - 1934 
Em 1907, Carlos Chagas trabalhou no 
controle da malária que devastava o 
acampamento dos trabalhadores da E. 
F. Central do Brasil na cidade de 
Lassance MG. 
Instalou seu “laboratório” em um 
vagão de trem. Ali, pesquisou os 
insetos hematófagos – barbeiros – 
alojados nas paredes de pau-a-pique 
das moradias. Encontrou neles um 
novo parasito, que chamou 
de Trypanosoma cruzi. 
Único cientista na história que descobriu o patógeno, o vetor 
(Triatominae), os hospedeiros, as manifestações clínicas e a 
epidemiologia de uma doença. 
 
• Final séc. XIX - Bacteriologia = Pasteur / Koch 
Transição epidemiológica 
• Doenças crônico-degenerativas 
• Causas externas 
• Doenças emergentes e reemergentes: AIDS, SARS, 
Cólera... 
• Doenças negligenciadas 
Objeto atual: o conjunto das doenças e agravos 
Pilares da Epidemiologia Atual 
• Ciências Biológicas: A clínica, microbiologia, 
parasitologia, patologia, imunologia, etc - 
contribuem para melhor descrever e classificar as 
doenças. 
• Ciências Sociais: A sociedade como está organizada, 
oferece proteção aos indivíduos, mas também 
determina os riscos de adoecer, bem como o maior 
ou menor acesso à prevenção das doenças e à 
promoção e recuperação da saúde. 
• Estatística: Tem papel de destaque na determinação 
e seleção da amostra, na análise dos dados, nas 
associações de variáveis, no controle das variáveis de 
confusão, etc. 
Epidemiologia 
• O primeiro passo em um estudo epidemiológico é 
analisar o padrão de ocorrência de doenças segundo 
três vertentes: pessoas, tempo e espaço, método 
este também conhecido como “epidemiologia 
descritiva” e que responde as perguntas: 
 
• Quem? - PESSOA (sexo, idade,ocupação...) 
• Quando? – TEMPO (dia, mês, ano...) 
• Onde? - LUGAR (região, país, clima...) 
 
 
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Epidemiologia 
• O padrão de ocorrência dos doenças também pode se alterar 
ao longo do tempo, resultando na chamada estrutura 
epidemiológica, que nada mais é do que o padrão de 
ocorrência da doença na população, resultante da interação 
de fatores do meio ambiente, hospedeiro e do agente 
causador da doença. 
• Essa estrutura epidemiológica é dinâmica, modifica-se 
continuamente no tempo, no espaço, definindo o que pode 
ser considerado ocorrência “normal” ou “anormal” da 
doença em uma determinada população no tempo e no 
espaço. 
(BRASIL, 1998). 
Epidemiologia 
• Qual é a principal ferramenta dos 
epidemiologistas? 
 
 
• Medir a frequência de uma doença nas 
populações. 
 
Epidemiologia 
Componentes para medira frequência das doenças : 
 
• Classificar e caracterizar a doença. 
• Saber qual o componente de um caso de uma doença. 
• Encontrar uma fonte para busca de casos. 
• Definir a população de risco da doença. 
• Definir o período de tempo do risco da doença. 
• Obter permissão para estudar a pessoa. 
• Fazer medidas das freqüências da doença. 
• Relacionar casos à probabilidade na população e tempo 
de risco. 
Terminologia 
• Índices - uso mais restrito e tem em sua 
composição, medidas de dimensões diferentes 
Ex: Índice de massa corpórea 
 
• Coeficientes – são medidas do tipo proporção 
que expressam risco ou magnitude de um 
evento 
Ex: incidência e prevalência 
 
Medidas de Frequência de Doenças 
 
 
Duas medidas básicas de frequência de doença: 
• Prevalência 
• Incidência 
Prevalência 
 número de casos existentes 
 (novos + antigos) de uma doença 
 Prevalência = ------------------------------------ 
 total da população 
 Prevalência quantifica o número de casos existentes de 
uma doença em uma população. O número de casos 
existentes de doença é igual à soma dos casos novos e 
dos casos antigos. 
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PREVALÊNCIA 
• Instantânea - medida em um único ponto no 
tempo 
ex.: Prevalência de Tb (infecção) em março julho 
de 2016, em 1º anistas do curso de Farmácia. 
• Período - medida em um período de tempo 
determinado 
ex.: Prevalência de Tb (doença) em 2008, no 
Brasil; 
• Prevalência de exposição (n° fumantes/pop) 
 
INCIDÊNCIA 
 
• Número de casos novos / população 
• Indivíduos sem a doença de interesse no 
início 
• Casos novos da doença 
Incidência acumulada 
• População fixa, indivíduos seguidos durante um 
mesmo período de tempo. Apesar de descrever a 
ocorrência de doença na população, pode ser pensada 
como o RISCO de um indivíduo desenvolver a doença 
no período de tempo. 
 
• Incidência acumulada = (Risco) 
 
nº de pessoas que ficam doentes no período 
nº de pessoas na pop. no início do período sem doença 
DOIS TIPOS DE EPIDEMIOLOGIA 
Epidemiologia descritiva 
(doença/população) 
 
• Exame da distribuição de 
uma doença em uma 
população e observação 
dos acontecimentos 
básicos de sua 
distribuição em termos de 
TEMPO, LUGAR E 
PESSOAS. 
 
Epidemiologia analítica 
(exposição/doença) 
 
• Testa uma hipótese 
específica acerca da 
relação de uma doença 
a uma causa especifica, 
conduzindo estudos 
epidemiológicos que se 
relacionem à exposição 
de interesse com a 
doença. 
MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO 
epidemiologia descritiva 
formulação da hipótese 
teste da hipótese 
epidemiologia 
experimental 
epidemiologia 
analítica 
A tríade básica da epidemiologia 
descritiva 
• As três características essenciais das 
doenças nós observamos na 
Epidemiologia Descritiva. 
TEMPO 
LUGAR 
PESSOA 
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Tempo 
• Mutável ou estável? 
• Variação sazonal ou perene? 
• Transversal 
• Longitudinal 
 – Retrospectivo 
 – Prospectivo 
Epidemiologia descritiva 
Lugar/espaço 
• Geograficamente restrito ou disperso 
(pandêmico)? 
• Relacionado à água ou a alimentos? 
• Grupos múltiplos ou somente um? 
• Agrupado (epidêmico) ou uniformemente 
distribuído (endêmico) ? 
• Propagado ou de uma só fonte? 
Epidemiologia descritiva 
Pessoa 
• Faixa etária (Idade) 
• Condição sócio-econômica 
• Gênero (Sexo) 
• Etnia / raça 
• Comportamento 
• Antecedentes 
Epidemiologia descritiva 
É um antecedente necessário da 
epidemiologia analítica. 
Para empreender um estudo epidemiológico 
analítico você deve primeiro: 
• Saber onde observar. 
• Saber o que devemos controlar 
• Ser capaz de formular hipóteses compatíveis com 
as evidencias laboratoriais. 
Epidemiologia descritiva 
Clinica 
Estatística 
Medicina social 
Epidemiologia 
Sociologia... 
Antropologia... 
Ecologia... 
Climatologia... 
Populações humanas 
Pressuposto básico 
 
• As doenças NÃO ocorrem por ACASO 
• As doenças do ser humano apresentam 
fatores causais e preveníveis, que podem ser 
identificados através de investigações 
sistemáticas. 
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Componentes da investigação 
epidemiológica 
• Distribuição das doenças 
• (pessoa / tempo / lugar) 
• Mensuração da frequência das doenças 
 
• (incidência / prevalência) 
• Teste de hipótese / medidas de efeito 
• Conclusão: associação representa uma relação 
de "causa-efeito" 
 
A tríade básica da 
epidemiologia 
analítica. 
Os três fenômenos 
geralmente avaliados 
em epidemiologia 
analítica são: 
 
Hospedeiro 
Presença do agente 
causador da doença 
Agente 
Ocorrência do hospedeiro 
suscetível 
Ambiente 
Características do ambiente 
Hospedeiro 
Vetor 
Ambiente Agente 
Hospedeiro 
Ambiente Agente 
AGENTES: 
• Nutrientes (carência ou excesso) 
• Tóxicos e/ou venenos – químicos biológicos 
• Alérgenos (biológicos, químicos e físicos) 
• Radiação 
• Trauma físico (calor, barulho, insolação, etc) 
• Micróbios - biológicos 
• Experiências psicológicas – (guerra, traumas) 
• Carga Genética 
• Estado civil 
• Estado Imunológico 
• Estado emocional 
• Idade 
• Conduta Pessoal 
• Antecedentes 
• Ocupação 
• Escolaridade 
• Sexo 
 FATORES DO HOSPEDEIRO 
susceptibilidade 
MEIO AMBIENTE 
• Determinantes sociais – Aglomeração, saúde 
ambiental 
• Determinantes biológicos (organismos patogênicos) 
• Determinantes físicos e químicos (Clima, 
atmosfera, poluição, acidentes) 
 
MODOS DE COMUNICAÇÃO – fenômeno no meio 
ambiente que reúne o hospedeiro ao agente, tal como: 
• Vetor 
• Veículo 
• Reservatório 
Definição ecológica 
SAÚDE é a perfeita e contínua 
adaptação do organismo às 
condições ambientais 
(Spenser & Wylie, 1970) 
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 SAÚDE é a perfeita e contínua 
adaptação do organismo a seu 
ambiente (Spenser & Wylie, 
1970) 
História Natural das Doenças: 
Níveis de Aplicação de Medidas 
Preventivas e 
Avaliação de Prognóstico 
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História Natural das Doenças 
• Conjunto de processos interativos compreendendo “as 
inter-relações do agente, do suscetível e do meio 
ambiente que afetam o processo saúde-doença seu 
desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam 
o estímulo patológico no meio ambiente, ou qualquer 
outro lugar, passando pela resposta do homem ao 
estímulo, até as alterações que levam a um defeito, 
invalidez, recuperação ou morte” (Leavell & Clark, 
1976). 
• 2 períodos sequenciados: 
• Período pré-patogênico e Período patogênico 
A normalidade e o conceito de saúde 
• Pressão arterial 
• Temperatura 
• Batimentos cardíacos 
• Glicose no sangue 
• Colesterol 
O médico ao examinar um paciente espera encontrar 
um estado de NORMALIDADE 
X 
Freq. 
Valor 
HOMEOSTASIA 
A normalidade e o conceito de homeostasia 
SAÚDE 
DOENÇA 
DOENÇA 
ALTERAÇÕES 
•Fatores externos 
•Fatores internos 
HISTÓRIA NATURAL DA 
DOENÇA 
físico (radiação, calor, frio, pressão...) 
químico (chumbo, mercúrio, sílica...) 
biológico (vírus, bactéria, protozoário...) 
social (pressão psicológica, pobreza...) 
idade 
sexo 
ocupação 
grupo étnico, etc. 
Ambiente 
Agente Hospedeiro 
Físico: temperatura, umidade, 
topografia, fauna, flora, Social 
História Natural das Doenças 
 Descrição das inter-relações entre agente, 
hospedeiro e meio 
• Não é necessário que se saiba tudo a respeito da 
HND para que se possa atuar preventivamente,mas, 
muitas vezes, o sucesso não pode ser alcançado 
porque os conhecimentos existentes são muito 
escassos; 
• A fase inicial do processo-doença em que ocorre a 
interação preliminar entre agentes potenciais, 
hospedeiros e fatores ambientais recebe o nome 
de período pré-patogênico; 
• Estabelecimento do estímulo-doença no organismo 
de um indivíduo, fase patogênica 
 
 
História natural das doenças 
• Antes que seja alcançado o horizonte clínico, isto é, 
antes que surjam sintomas e sinais, já se inicia a 
interação entre estímulo-doença e as reações do 
hospedeiro: 
a) Período de incubação de agentes infecciosos – 
instalação, eventual multiplicação; 
b) Adição frequente de agentes não infecciosos 
(vapores de chumbo, sílica, mercúrio, etc); 
c) Insuficiência de ingestão de substância essenciais; 
d) Período ou faze de preparação para respostas 
tissulares. 
 
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19 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
SÉRIE 
DE 
EVENTOS 
Atuação dos 
fatores de risco 
População 
exposta aos 
fatores de risco 
Elementos 
atingidos 
Diagnóstico 
Tratamento 
Desfecho 
História natural das doenças 
• Na primeira fase da doença (patogenia precoce) 
geralmente o paciente não tem percepção de 
modificações no seu estado de saúde, decorrente 
do processo em curso; 
• Na fase seguinte (patologia precoce) não ocorre 
queixa porem no exame clinico, especialmente com 
o auxílio de recursos propedêuticos disponíveis 
atualmente, podem ser encontrados elementos que 
permitem o diagnóstico do processo-doença em 
causa; 
• Sintomas – Caráter subjetivo 
• Sinais – Caráter objetivo 
 
• Sabe-se muito menos o que ocorre na fase 
pré-clinica ou sub-clínica do que em relação 
ao curso dos eventos após ser ultrapassado o 
horizonte clínico, com sintomas e sinais 
presentes; 
 
História natural das doenças 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
 
 - Acidentes de Trânsito 
morte 
cura 
sequela 
estímulo 
período pré-
patogênico 
incubação 
manifestação 
clínica 
 
Dominam as condições 
pré-existentes 
•Número excessivo de veículos 
•Sistema de circulação 
deficiente 
•Baixo nível educacional 
•Concentração populacional 
•Outros 
Níveis de prevenção 
 Perkins (1938) – “enfrentar ou interceptar uma causa conduz a 
prevenir ou fazer cessar seu efeito” 
 
• Tal conceito permite que o campo da prevenção abranja também o 
tratamento das doenças, visando a interrupção do processo-doença; 
procura-se assim reduzir o grau e a duração da incapacidade, 
impedir a instalação de defeitos e evitar a morte. 
 
• A prevenção ainda abrange as medidas de reabilitação após a 
estabilização do processo-doença, visando a diminuição de graus 
variáveis das alterações anatômicas e fisiológicas que constituem os 
defeitos. 
 
• Em muitos casos medidas de reabilitação física precisam ser 
acrescentadas, em outros de reabilitação social, tendo em vista a 
reintegração de indivíduos na sociedade, quando um processo de 
marginalização pode associar-se a doença. 
 
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• Primária 
• Secundária 
• Terciária 
Níveis de prevenção 
PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO 
 Educação geral e em saúde. 
 Bons padrões de nutrição ajustados às 
diferentes fases da vida. 
 Habitação e vestuário adequado. 
 Condições satisfatórias de trabalho e 
de recreação. 
 Atenção para o desenvolvimento da 
personalidade. 
 Educação sexual e aconselhamento 
matrimonial. 
 Aconselhamento genético. 
 Imunizações específicas. 
 Profilaxia medicamentosa. 
 Higiene pessoal. 
 Saneamento ambiental. 
 Proteção contra riscos ocupacionais. 
 Proteção contra acidentes. 
 Nutrientes específicos. 
 Proteção contra carcinogênicos. 
 Não exposição a alergenos, substâncias 
tóxicas ou venenosas. 
 Meio de proteção individual: botas, 
telagem, repelentes, óculos, luvas, 
protetores auriculares. 
1º NÍVEL 
Promoção da saúde 
2º NÍVEL 
Proteção específica 
FASE DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
Fases e níveis de prevenção na história natural da doença 
segundo Leavell e Clark (1965): 
 
 
PROMOÇÃO DA SAÚDE 
1o. Nível 
•Educação geral 
•Educação em saúde 
•Habitação 
•Vestuário 
•Nutrição 
•Recreação 
 prev. Primária prev. Secundária prev.Terciária 
morte 
cura 
seqüela 
período pré-patogênico 
estímulo 
incubação 
manifestação 
clínica 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
Desenvolvimento Econômico 
Social 
Ambiental 
PERÍODO PATOGÊNICO 
Patogenia 
precoce 
Patologia 
precoce 
Patologia 
avançada 
Defeito 
 Exames médicos periódicos, 
gerais ou dirigidos. 
 Busca e exames de 
comunicantes. 
 Levantamentos ocasionais. 
 Tratamento adequado. 
 Métodos educativos relativos 
á importância do diagnóstico 
precoce e aos meios para 
torna-lo possível. 
Tratamento 
adequado 
busca de 
casos. 
 Provisão de recursos hospitalares e 
comunitários para readestramento e 
educação, visando ao máximo 
aproveitamento da capacidade 
remanescente. 
 Educação do público e dos empregadores 
para utilização dos reabilitados. 
 Ocupação seletiva. 
 Laborterapia. 
 Instituições para manutenção e tratamento 
de certos doentes crônicos. 
 Educação do público anulação de 
preconceitos e tabus relativos a certas 
doenças. 
3º NÍVEL 
Diagnóstico e tratamento 
precoces 
4º NÍVEL 
Limitação de 
incapacidade 
5º NÍVEL 
Reabilitação 
FASE DE PREVENÇÃO SECUNDÁRIA FASE DE PREVENÇÃO TERCIÁRIA 
Fases e níveis de prevenção na história natural da doença segundo 
Leavell e Clark (1965): 
2o. Nível 
•Imunização 
•Saúde ocupacional 
•Aconselhamento genético 
•Regime alimentar 
•Uso de preservativo 
•Controle de vetores 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
 prev. Primária prev. Secundária prev.Terciária 
morte 
cura 
sequela 
período pré-patogênico 
estímulo 
incubação 
manifestação 
clínica 
PROTEÇÃO ESPECÍFICA 
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21 
• Saneamento: Controle de todos os fatores 
do meio físico do homem que exercem ou 
podem exercer efeito deletério sobre o seu 
bem estar físico, social e mental. 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
• Abastecimento de água 
• Coleta, tratamento e disposição dos esgotos 
sanitários 
• Drenagem de águas pluviais - Proteção contra 
inundações 
• Coleta, tratamento e disposição final de 
resíduos sólidos (lixo) 
• Controle de vetores 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE 
PREVENÇÃO 
Barreiras sanitárias 
Isquêmico 
Hemorrágico 
 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCES 
• Inquérito para descoberta de casos na comunidade 
• Exames periódicos individuais para detecção precoce 
 dos casos 
• Tratamento para evitar a progressão da doença 
3o. Nível 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
 prev. Primária prev. Secundária prev.Terciária 
morte 
cura 
seqüela 
período pré-patogênico 
estímulo 
incubação 
manifestação 
clínica 
HOSPITAL 
DA MISERICÓRDIA 
4o. Nível 
•Tratamento para evitar futuras complicações 
 (evitar morte ou sequelas) 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
 prev. Primária prev. Secundária prev.Terciária 
morte 
cura 
seqüela 
período pré-patogênico 
estímulo 
incubação 
manifestação 
clínica 
LIMITAÇÃO DA INCAPACIDADE 
20/03/2017 
22 
REABILITAÇÃO 
5o. Nível 
•Fisioterapia 
•Terapia ocupacional 
•Educação visando ao máximo aproveitamento 
 da capacidade remanescente•Educação ao público e dos empregadores 
 para utilização dos reabilitados 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
 prev. Primária prev. Secundária prev.Terciária 
morte 
cura 
seqüela 
período pré-patogênico 
estímulo 
incubação 
manifestação 
clínica 
sequela 
TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DAS MEDIDAS 
PREVENTIVAS 
 (GRAUS DE APLICAÇÃO) 
Conceito de Prevenção 
“Enfrentar ou interceptar 
uma causa, conduz a prevenir ou fazer 
cessar seu efeito” 
(Perkins, 1938) 
 
Âmbito da Prevenção 
• Individual 
• familiar 
• empresarial 
1o. Grau 
Prevenção 
Profilaxia 
ou 
Controle 
Eliminação 
Erradicação 
• Visa manter a doença em níveis 
toleráveis 
• Atua no âmbito populacional 
• É uma atividade de Saúde Pública 
2o. Grau 
TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DAS MEDIDAS PREVENTIVAS 
 (GRAUS DE APLICAÇÃO) 
Prevenção 
Profilaxia 
ou 
Controle 
Eliminação 
Erradicação 
• Ocorre o afastamento do agente 
• A doença deixa de ser 
 transmitida 
• O quadro epidemiológico 
 é mantido 
• Há o risco de retorno do 
 problema 
TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DAS MEDIDAS PREVENTIVAS 
 (GRAUS DE APLICAÇÃO) 
3o. Grau 
Prevenção 
Profilaxia 
ou 
Controle 
Eliminação 
Erradicação 
TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DAS MEDIDAS PREVENTIVAS 
 (GRAUS DE APLICAÇÃO) 
• Medidas que levam ao 
 desaparecimento do 
 agente e da doença 
• Insere-se a ideia de extinção 
4o. Grau 
Prevenção 
Profilaxia 
ou 
Controle 
Eliminação 
Erradicação 
Níveis de Aplicação de Medidas 
Preventivas e Estratégias de Prevenção 
Leavell e Clark (1965): 
Prevenção Primária 
• Estratégias para prevenir a exposição ao risco (ex: 
tabagismo, ingestão de gorduras) ou para promover 
sua cessação (tratamento para deixar de fumar). 
• Medidas aplicáveis no período pré-patogênico 
(promoção da saúde); 
 
20/03/2017 
23 
• Prevenção secundária – medidas aplicáveis no 
período patogênico, antes que se estabeleça 
defeito (proteção específica – diagnóstico e 
tratamento); 
Níveis de Aplicação de Medidas 
Preventivas e Estratégias de Prevenção 
Leavell e Clark (1965): 
História Natural da Doença: 
Prognóstico 
• Importância de quantificar a História Natural da 
Doença 
• Descrever a gravidade da doença - estabelecer 
prioridades para serviços clínicos e para 
programas de saúde pública; 
• Informações para o paciente sobre prognóstico; 
• Conhecer a evolução da doença para poder 
avaliar o efeito de tratamentos 
Gordis, 2004 
Formas de expressar o prognóstico 
• Letalidade 
• Taxa de sobrevivência em 5 anos 
• Tábua de Vida 
• Método de Kaplan Meier 
• Tempo mediano de sobrevivência 
• Taxa de sobrevivência relativa 
• Remissão 
• Recorrência 
Gordis, 2004 
20/03/2017 
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Letalidade 
• Letalidade - risco de morrer por uma 
determinada doença entre os doentes; 
• Mortalidade - risco de morrer de uma 
determinada doença entre doentes e não 
doentes (mas que ainda podem desenvolver a 
doença); 
• História Natural da Doença (HND) : A letalidade 
refere-se ao período depois do diagnóstico no 
qual espera-se que o óbito ocorra; 
• Letalidade é mais adequada para doenças de 
curta duração. 
Níveis de Aplicação de Medidas 
• Prevenção terciária – medidas aplicáveis no 
período patogênico, depois de instalação de 
defeito, medidas de limitação da incapacidade 
(inclusive a fase de reabilitação física e social). 
• Reabilitação (impedir a incapacidade total) 
• Fisioterapia 
• Terapia ocupacional 
• Emprega para o reabilitado

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