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RME recuperção musco esqueletica

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RECUPERAÇÃO 
MUSCULOESQUELÉTICA 
 
 
 
 
 
I- Reconhecer como profissionais de 
saúde de nível superior as seguintes 
categorias: 
 
3. Profissional de Educação Física 
 4o fator de risco mais importante para a mortalidade global 
– Percentual mundial de mortes atribuídas a: 
» Hipertensão arterial = 13% 
» Tabagismo = 9% 
» Hiperglicemia = 6% 
» Sedentarismo = 6% 
» Sobrepeso/obesidade = 5% 
 
 O sedentarismo é a causa principal de: 
» 21-25% de câncer de mama & cólon 
» 27% of diabetes 
» 30% cardiopatia 
SEDENTARISMO 
Dra. Prue Cormie 
Orientadora do programa de Pós-doutorado no Instituto 
da Saúde e Wellness da Universidade Edith Cowan 
(Austrália). 
Fórun Internacional de Atividade Física e Saúde (2011) 
Unidade I - Conceitos Básicos 
 
- Lesão 
 - Quanto ao mecanismo 
 - Microtrauma (Atraumática) 
 - Macrotrauma (Traumática) 
 - Crônica 
 - Aguda 
 
- Definição de termos 
 
- Fases da Recuperação 
 - Inflamatória 
 - Cicatrização 
 - Remodelação 
- Crioterapia 
 - Conceito 
 - Aspectos Fisiológicos 
 - Indicação 
 - Contra-indicação 
 - Formas de aplicação 
 - Sistema PRICE 
 
- Quatro pilares da Recuperação Musculoesquelética (RME) 
 - Amplitude de Movimento (ADM) 
 - Força 
 - Propriocepção 
 - Equilíbrio 
Unidade II – Lesões Musculares 
 
- Contusão 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
 
- Distensão (Estiramento) 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
Unidade III – Pé e Tornozelo 
 
- Fascite Plantar / Esporão Calcâneo) 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
 
- Entorse de tornozelo inversão e eversão 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
- Tendinite de Calcâneo 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
 
- Periostite de Tibial 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
Unidade IV – Joelho 
 
- Avaliação Musculoesquelética 
 -Testes 
 - Gaveta Anterior / Posterior 
 - Bocejo lateral / medial 
 - Teste Lachman 
 - Teste de Mcmurray 
 - Teste de Apley 
 - Compressão Patelar 
Lesões 
 
- Tendinopatia Patelar / Quadriciptal 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
 
- Síndrome de Osgood-Schlatter 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
- Condromalácia patelar 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
 
- Lesão do LCA 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
- Lesão do LCM 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
 
-Lesões meniscais 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
 
Unidade V – Quadril 
 
- Osteíte Púbica 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
 
- Bursite Trocantérica 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
Unidade VI – Coluna Vertebral 
 
- Fatores predisponentes a alteração na coluna vertebral 
 
- Avaliação Musculoesquelética 
 -Testes 
 - Teste de Lasegue 
 - Teste de Flexores do Quadril 
 - Teste de Ober 
 
- Hérnia Discal 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
- Espondilólise e Espondilolistese 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
Unidade VII – Complexo do Ombro 
 
- Avaliação Musculoesquelética 
 -Testes 
 - Teste de Supra-espinhoso 
 - Teste de Speed 
 - Palpação da Bursa 
 - Teste irritativo de Neer 
 - Teste Palmar Up 
 - Teste diferencial de Tendinite e de Bursite 
 - Teste de Yergason 
- Síndrome do Impacto (Supra-espinhoso / Porção longa do Bíceps / 
Bursite Subacromial) 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
 
- Luxação Glenoumeral 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
Unidade VIII – Cotovelo e Punho 
 
- Epicondilite lateral / medial 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
 
- Síndrome do Túnel do Carpo 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
- Tenossinovite de Quervain 
 
 - Conceitos 
 - Mecanismo de lesão 
 - Esportes e atividades com maior incidência 
 - Classificação / estágio 
 - Fatores predisponentes 
 - RME 
METODOLOGIA 
 
Aulas teóricas expositiva com utilização de retroprojetor ou datashow; 
Aulas práticas com o conteúdo abordado nas aulas teóricas; 
Dinâmica em grupo e debates sobre temas atuais de interesse dos 
alunos. 
 
 
AVALIAÇÃO 
 
As avaliações AV1 e AV3 compreenderão de prova teórica pertinente a 
100% do grau. 
A avaliação AV2 será compreendida de prova teórica pertinente a 80% do 
grau e prova prática compreendendo 20% do grau. 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
ANDREWS, JR.; HARRELSON, GL.; WILK, KE. Reabilitação Física do 
Atleta. 3ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2005 
CIPRIANO, Joseph J.; JAHN, Warren T.; WHITE, Mark E. Manual 
fotográfico de testes ortopédicos e neurológicos. Tradução João 
Cândido de Oliveira Neto. São Paulo: Manole, 1999. 
COHEN, A. Lesões no Esporte. Rio de Janeiro: Revinter, 2003. 
KENDALL, Florence Peterson; MCCREARY, Elizabeth Kendall; 
PROVANCE, Patrícia Geise. Musculos: provas e funções. Tradução 
Lilia Breternitz Ribeiro. 4. ed. São Paulo: Manole, 1995. 
MAGEE, David J. Avaliação musculoesquelética. Tradução Marcos 
Ikeda. São Paulo: Manole, 2005. 
PRENTICE, Técnicas de reabilitação em Medicina Esportiva. São 
Paulo: Manole, 2003 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
EEITNER, D. et al. Fisioterapia nos esportes. São Paulo: Manole, 
1989.KISNER, C. Exercícios Terapêuticos. São Paulo: Manole, 1992. 
SANTOS, A. Exercício Físico e o controle da dor na coluna: 
biomecânica, epidemiologia e avaliação. Rio de Janeiro: Medsi, 
1996. 
XHARDEZ, Y. Manual de cinesioterapia: técnicas, patologia, 
indicações, tratamento. Rio de Janeiro: Atheneu, 1990. 
BRYAN, O.; MARK, A.; STEVEN, A. Segredos em medicina física e de 
reabilitação. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
KOTKE, F. Tratado de medicina física e reabilitação de Krusen. São 
Paulo: Manole, 1994. 
 
Site com imagens para as patologias: 
http://www.milton.com.br/esporte/ 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
EEITNER, D. et al. Fisioterapia nos esportes. São Paulo: Manole, 
1989. 
KISNER, C. Exercícios Terapêuticos. São Paulo: Manole, 1992. 
SANTOS, A. Exercício Físico e o controle da dor na coluna: 
biomecânica, epidemiologia e avaliação. Rio de Janeiro: Medsi, 
1996. 
XHARDEZ, Y. Manual de cinesioterapia: técnicas, patologia, 
indicações, tratamento. Rio de Janeiro: Atheneu, 1990. 
BRYAN, O.; MARK, A.; STEVEN, A. Segredos em medicina física e de 
reabilitação. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
KOTKE, F. Tratado de medicina física e reabilitação de Krusen. São 
Paulo: Manole, 1994. 
 
Site com imagens para as patologias: 
http://www.milton.com.br/esporte/ 
Lesão 
A lesão é caracterizada 
por uma alteração ou 
deformidade tecidual 
diferente do estado 
normal do tecido, que 
pode atingir vários níveis 
de tecidos assim como os 
mais variados tipos de 
células. 
Unidade I - Conceitos Básicos 
Lesões primárias de natureza 
 
 Aguda ou Crônica 
 Tem origem em um único insulto São cargas repetidas de longo prazo 
 
 
 Resultantes de forças 
Macrotraumáticas (Traumática) Microtrauma (Atraumática) 
 Lesão que pode ser percebida imediatamente e que envolve Definido como um problema musculoesquelético de 
 traumatismo súbito direto ou indireto. longa duração ou recidivante desencadeado pelo 
 excesso de uso ou por uma mecânica incorreta 
 
 Fraturas Tendinite 
 Luxações Tenossinovite 
 Subluxações Bursite 
 Entorses 
 Algumas distensões 
 Contusões 
 
 
Lesões secundárias 
 
 É essencialmente a resposta inflamatória ou hipóxia 
secundária, que ocorre em razão da lesão primária. 
As progressões dos exercícios de 
recuperação musculoesquelética são 
baseadas principalmente nas três fases da 
lesão. 
Apesar destas fases serem 
apresentadas como fases 
distintas, o processo de 
recuperação é contínuo, 
ocorrendo sobreposição de uma 
fase à outra durante o processo. 
Não havendo portanto, pontos 
definidos de início e término. 
 Fases de Recuperação 
Inflamatória 
 
Tem início logo após o trauma, podendo durar algumas 
semanas,no entanto ela atinge o seu ápice entre 48 e 72 
horas após a lesão. A destruição do tecido produz lesão 
celular de diversos tecidos moles, induzindo a uma alteração 
metabólica, liberando substâncias que iniciam a resposta 
inflamatória. A fase inflamatória é determinante para todo o 
processo de recuperação. Caso ela não aconteça ou se 
desenvolva de forma desordenada, a recuperação da lesão 
não ocorre. Os cinco sinais da inflamação são: dor, calor, 
rubor, edema e perda de função. 
 
 
 
Estratégia para o Treinamento na Fase de 
Inflamação 
• Prevenção de novos danos teciduais e prolongamento 
da inflamação 
• Uso de relativo repouso e modalidades passivas de 
treinamento 
• Manutenção da função cardiorrespiratória e da 
musculatura não lesionada 
• Não utilizar exercícios ativos para a área lesionada 
POTACH, D.H & BORDEN, R.A (2000) 
Cicatrização 
 
Após os fenômenos inflamatórios terem ocorrido, inicia-se a 
atividade de cicatrização, com o reparo do tecido que foi 
lesado. A fase de cicatrização pode durar várias semanas. 
Nessa fase, a maioria dos sinais e sintomas da fase 
inflamatória está ausente. Normalmente, ainda existe dor à 
palpação e quase sempre em alguns movimentos que 
forçam o tecido lesado. Conforme ocorre a progressão da 
cicatriz, ocorre diminuição da dor. 
• Prevenção de excessiva hipertrofia muscular e degeneração articular na 
área lesionada 
• Manutenção da função cardiorrespiratória e da musculatura não 
lesionada 
• Possíveis opções de exercícios incluem: 
 - Exercício submáximos (isométrico, isocinético e isotônico) 
 - Treinamento do controle neuromuscular e equilíbrio 
Estratégias para o Treinamento na Fase de 
Cicatrização (Reparo) 
POTACH, D.H & BORDEN, R.A (2000) 
Remodelação 
Caracteriza-se pelo realinhamento das fibras de colágeno 
que compõem o tecido cicatricial. Esse processo ocorre de 
acordo com as forças de tensão às quais o tecido é 
submetido. Com o aumento do estresse e da tensão, as 
fibras colágenas realinham-se em uma posição de eficiência 
máxima. O tecido adquire, gradativamente, a aparência e 
função normais, apesar da cicatriz normalmente não ser tão 
forte quanto o tecido original. Geralmente após algumas 
semanas, dependendo da lesão, forma-se uma cicatriz. 
 Estratégias para o Treinamento na Fase de 
Remodelação 
• Otimização da função do tecido 
• Sobrecarga progressiva dos sistemas neuromuscular e 
cardiorrespiratório 
• Possíveis opções de exercícios incluem: 
 - fortalecimento da angulação articular específica 
 - atividade muscular na velocidade específica 
 - exercícios de cadeias cinéticas abertas e fechadas 
 - treinamento de controle neuromuscular e equilíbrio dinâmico 
POTACH, D.H & BORDEN, R.A (2000) 
Quatro pilares da 
Recuperação 
Musculoesquelética 
(RME) 
Amplitude de Movimento 
(ADM) 
 
Amplitude de Movimento é a 
extensão de movimento 
osteocinemático disponível 
para atividades de 
movimento, funcionais ou de 
outro tipo, com ou sem 
assistência (BLAUVELT, 
1985). 
 A assistência na movimentação de um 
segmento corporal dada pelo profissional 
torna necessária a divisão da amplitude de 
movimento em três níveis de execução: 
 
 Amplitude de movimento ativo – 
 Movimento articular executado e 
 controlado unicamente pelos esforços 
 musculares voluntários do indivíduo, 
 sem auxílio ou a resistência de uma 
 força externa. 
(FLETCHER, 2003) 
 Amplitude de movimento ativo assistido – Movimento 
 articular executado e controlado, em 
 maior ou menor grau, pelos 
 esforços musculares voluntários 
 do indivíduo, em combinação com a 
 assistência de força externa 
 (auxilio de uma outra parte do corpo, 
 outra pessoa ou aparelho mecânico). 
Amplitude de movimento passivo – Movimento articular 
executado e controlado unicamente pelos esforços de 
uma força externa, sem o uso da contração muscular 
voluntária pela pessoa. 
(FLETCHER, 2003) 
Força 
TIPO DE CONTRAÇÃO AÇÃOPOSSÍVEL 
• Isométrica Desenvolve tensão sem 
 movimento 
• Isotônica Concêntrica / excêntrica 
• Isocinética Concêntrica / excêntrica 
 (Biodex ou Cybex) 
Definição 
 
Propriocepção 
É uma modalidade sensorial que envolve sensação de 
movimento e posição articulares com base em informações 
de outras fontes que não visual, auditiva ou cutânea 
superficial. Essas fontes são os receptores, pequenos órgãos 
especializados em internalizar informações obtidas do meio 
externo ou mesmo de enviar informações ao Sistema 
Nervoso Central (SNC) sobre as relações do corpo com ele 
mesmo ou com o meio externo e são presentes em cápsulas, 
ligamentos, tendões e músculos. 
(Fonseca, 2003) 
Propriocepção 
 Informação sensorial sobre: 
1. Posição do corpo e suas partes; 
2. A extensão e a força do movimento; 
3. A tensão muscular; 
4. A pressão física. 
 
 (BARBANTI, 2003) 
Análise qualitativa do grau de propriocepção 
Acima de 60 segundos Excelente 
Entre 46 – 60 segundos Bom 
Entre 21 – 45 segundos Regular 
Entre 0 – 20 segundos Ruim 
 Classificação do grau de propriocepção 
Teste de Freeman-Romberg (SALGADO, 1995) adaptado, 
que consiste em cronometrar quanto tempo o indivíduo 
permanece sem oscilar na posição em apoio unipodal, 
olhos fechados e as mãos para trás. 
(Macorini e Pastre, 2004) 
TÉCNICAS PROPRIOCEPTIVAS 
 
É importante, no caso principalmente de atletas, trabalhar o 
movimento lesivo. Ele deve se acostumar ao movimento que 
cause a lesão. 
Trabalhar ao máximo os movimentos inconscientes, tirando 
dele a atenção visando efetividade do tratamento. 
As fases de tratamento são três e ocorre mudança de uma 
fase para a outra, quando o paciente já estiver dominando 
aquela fase anterior. 
Baixo Impacto 
Feita sem carga e peso corporal sobre o segmento. 
Objetivo: dar velocidade ao movimento. 
Leito - trabalho com toques em várias regiões 
solicitando que o paciente faça movimentos na 
direção que você estimulou. O objetivo é dar 
velocidade aos movimentos aumentando 
gradativamente. 
Fases de tratamento 
Médio Impacto 
Coloca o peso do corpo. Sempre usar bom senso, 
dependendo do cliente e do tipo de lesão. Há um leve apoio 
sobre segmento e a articulação sofre uma leve pressão. 
Pode-se usar uma tábua com talco com uma meia para 
diminuir o atrito. Pode ser feito com bola ou skate. Solicitar 
ao paciente que ele faça movimentos para frente e para trás 
e depois de um lado para o outro. 
Deslizamento - mesmo objetivo do exercício anterior. 
Distribuição de Peso (ortostática) - inicialmente bipodal. 
Pede-se que o cliente coloque o peso do corpo em cada um 
dos membros, desequilibrar o cliente para frente e para trás. 
Depois, apoio unipodal com semi-flexão de joelho. Pode 
aumentar a dificuldade, associar a flexão de tronco (tudo em 
solo duro e firme). Pode dar toques para que ele desequilibre 
e tente se reequilibrar. 
Movimento Pivô - semi-flexão de joelho e rotação de 
tronco é um movimento lesivo. Só pode ser feito se a 
pessoa estiver bem preparada, com musculatura 
firme e trabalhada. 
Skate - com resistência, pode fazer movimentos de 
instabilidade, pode substituir o giroplano. O skate 
deve ser do maior. Trabalha desaceleração. 
Giroplanos - com um pino você faz a associação de 
movimentos e com dois pinos se faz a flexão e extensão. O 
objetivo é não deixar o cliente se equilibrar. 
Alto Impacto 
 
Pessoas com bom condicionamento físico. 
Solos - vários solos diferentes e várias formas de 
trabalho, ocorre impacto sobre a articulação (objetivo 
da técnica). Colocar o cliente para saltitar de um lado 
para o outro, para frente e para trás com um só pé ou 
com os dois. Sempre calçado, na areia pode ser 
descalço. 
Espuma/Cama Elástica - para isso é importante ter 
condicionamento físico, musculatura forte. A espuma promove 
uma instabilidade maior e você pode usar diferentes 
densidades para que ele pule de uma para outra, e a cama 
elástica dependendo do cliente podemos colocá-lo para pular 
corda na cama elástica. 
Escada/Estepe - 
trabalhar 
condicionamento físico 
da musculatura com 
amplitudes pequenas 
(movimentos 
pequenos), começar 
lento e depois aumenta 
a velocidade e 
amplitude dos 
movimentos. 
Corrida - para condicionamento do cliente. Pode ser livre, 
cronometrada ou para ver se o indivíduo sente algo. 
Circuito - vários solos, obstáculos diferentes (com zigue-
zague por exemplo), cones, caixas de areia, pneus, traves 
para que ele pule, associando a solos diferentes. Esse tipo é 
feito somente com atletas. 
Progressão, Volume e 
Intensidade 
Séries - 2 a 5 
Tempo de sustentação - 10 seg a 30 seg. 
Frequência: 2 a 3 sessões semanais. 
Progressão na intensidade? 
Equilíbrio 
 É o processo de controle do centro de 
gravidade do corpo sobre a base de 
sustentação ou, mais genericamente, dentro 
dos limites da estabilidade, quer estacionaria, 
quer em movimento. 
 
 (BANDY E SANDERS, 2003) 
 
A interação dinâmica entre diversos 
sistemas integram estratégias tanto 
motora como sensoriais, para manter o 
equilíbrio estático e dinâmico. Essa 
interação é um processo complexo que 
depende de: 
1. Estimulos sensoriais 
2. Integração sensoriomotora pelo sistema 
nervoso central 
3. Respostas posturais 
Equilíbrio 
Equilíbrio Estático (suporte duplo e simples) – 
capacidade de manter o corpo em uma posição 
especifica. 
 
Equilíbrio Semi-dinâmico. 
 
Equilíbrio Dinâmico – Capacidade de manter o 
corpo em equilíbrio enquanto se move. 
Progressão dos exercícios de 
Principais musculaturas envolvidas no 
controle do equilíbrio 
Estabilidade 
central 
Transverso do Abdomem 
Oblíquos externo e 
interno 
Quadrado Lombar 
Multifídos 
Rotadores da Coluna 
Progressão Volume e 
Intensidade 
Séries - 2 a 5 
Tempo de sustentação - 10 seg a 30 seg. 
Frequência: 2 a 3 sessões semanais. 
Progressão na intensidade? 
"Como cientistas, temos que proporcionar sistematicamente 
as evidências médicas e as conexões interdisciplinares para 
mostrar que o exercício, e não os medicamentos, exerce o 
maior impacto sobre a doença de forma a melhorar a saúde". 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dr. Frank Booth é professor da Universidade de Missouri, Colúmbia, MO. 
Sua linha de pesquisa aborda a base molecular da inatividade física e os 
riscos de doenças nos seres humanos e animais domésticos 
Crioterapia 
Conceito 
É toda e qualquer utilização de gelo ou aplicação de frio para o tratamento 
de lesões. 
Aspectos fisiológicos 
A crioterapia produz efeitos que podem ser resumidos como: 
- Efeitos inflamatórios 
- Efeitos circulatórios 
- Redução de edema 
- Diminuição do metabolismo tecidual 
- Decréscimo da dor e espasmo muscular 
Indicação 
Nos primeiros 5 minutos pós trauma. 
Dor e espasmo muscular – 15 a 25 minutos. 
Acima de 30 minutos promove-se o início de ulceração e/ou paralisia do 
nervo. 
 
Contra-indicação 
As contra-indicações estão previstas para pessoas queapresentam 
algumas das seguintes condições clínicas: problemas cardíacos, 
circulação local comprometida ou hipersensibilidade ao frio. 
Formas de aplicação 
A crioterapia possui várias técnicas específicas que utilizam o frio nas 
formas, líquida (água), sólida (gelo) e gasosa (gases). Pode ser aplicada 
de acordo com os seguintes métodos: 
Compressas de gelo; massagem com gelo; 
Compressas frias químicas; Aparelhos de frio; 
Imersão em gelo; Spray refrigerantes e outros 
Protection 
A área lesada deve ser protegida contra lesões adicionais. 
 Sistema PRICE 
Para limitar o edema o sistema PRICE pode ser utilizado. 
Restricted Ativity 
O período de restrição de atividade após qualquer lesão é absolutamente 
crítico em todos os tipos de programas. 
 
O tempo de repouso necessário varia de acordo com a gravidade da 
lesão, recomendando-se em lesões menores um repouso de 
aproximadamente 24 a 48 horas, lembrando que o repouso aplica-se 
apenas à parte lesada do corpo. 
Ice 
O uso do frio é tratamento inicial para praticamente todos as lesões 
do sistema musculoesquelético. 
 
Principais objetivos: 
 Vasoconstrição local. 
- Diminuição do metabolismo, 
- Diminuição dos reflexos musculares, 
- Bombardeio do Sistema sensorial cutâneo. 
Compression 
Diminuição do espaço disponível para o edema; 
 
Utiliza-se de distal para proximal; 
 
Recomendada no tempo mínimo de 72 horas. 
Elevation 
Principalmente se o edema for a uma das extremidades, 
facilita a eliminação dos efeitos da força da gravidade. 
Lesões Musculares 
Distensão (Estiramento) 
Conceito 
 Uma distensão muscular ou 
simplesmente o estiramento muscular, ocorre 
quando uma unidade músculo tendinosa tem a 
sua capacidade tênsil ou a sua extensibilidade 
excedida. 
Unidade II – Lesões Musculares 
Classificação 
 O grau e gravidade das lesões são baseados no número e na 
extensão das fibras lesionadas. 
 
Grau 1: ruptura de uma pequena quantidade de fibras. Ocorre dor quando 
o músculo é solicitado pela contração, mas a amplitude continua 
preservada. 
Grau 2: praticamente igual a lesão 
de primeiro grau mas com maior 
intensidade (dor, moderada 
hemorragia, processo inflamatório 
local e diminuição maior da função). 
Grau 3: ruptura completa 
do músculo, a cura só é possível 
através da cirurgia. 
Mecanismo de lesão 
• Traumatismo direto (contusão); 
• Alongamento excessivo; 
• Cargas de ação repetitiva; 
• Contração muscular vigorosa e abrupta; 
• Laceração – causada por trauma grave e principalmente por objetos 
penetrantes. 
Esportes e atividades com maior incidência 
• Que apresentam contato físico; 
• Mudanças bruscas de direção; 
• Contrações repetidas. 
Fatores predisponentes 
• Encurtamentos musculares; 
• Desequilíbrios musculares; 
• Sobrecarga excessiva; 
• Superfície de treinamento; 
• Métodos de treinamento incorretos; 
• Gesto motor com a mecânica incorreta; 
• Temperatura ambiente desfavorável. 
 RME 
 Deve ser realizada tendo como base as fases da lesão: 
• Fase inflamatória – o principal é controlar os sinais inflamatórios 
 Tratamento com gelo e compressão 
 Os exercícios não são recomendados 
• Fase de cicatrização – o processo inicia-se cerca de 3 a 5 dias após a 
lesão 
 O retorno às atividades ainda não deve ocorrer 
• Fase de remodelação – o tempo recomendado para o retorno às 
atividades esportivas é variado (restauração completa de 15 a 60 dias) 
 Libera-se o atleta quando este atinge a ADM normal 
 Força muscular igual ou próxima ao membro contra-lateral 
 Iniciar as atividades de forma gradual, sem dor ou desconforto 
Fascite Plantar / Esporão de 
Calcâneo 
 Fascite plantar é uma inflamação da 
aponeurose plantar, estrutura fibrosa localizada na 
região plantar com um ponto de inserção no 
calcâneo. 
 
 Esporão calcâneo é uma formação óssea 
reativa em forma de esporão localizada na face 
plantar do calcâneo, que acomete cerca de até 
50% das pessoas portadoras de fascite plantar. 
Unidade III – Pé e tornozelo 
Mecanismo de lesão: 
 O tendão de Aquiles se prende ao calcâneo. Se o tendão está 
muito tenso, há uma redistribuirão ao longo da fáscia. Se seu pé aplaina, 
ou fica instável durante tempos criticos no andar ou ciclo corrente, o arco 
“puxa“ a fáscia plantar proporcionando um aumento da tensão, que podem 
provocar pequenas rupturas junto à sua inserção no osso do calcanhar. 
Essas lesões resultarão em inflamação, edema e 
dor. Isto próximo ao osso pode provocar uma 
reação de defesa, formando o osteófito. 
Esportes e atividades com maior 
incidência: 
 
 Essa lesão atinge cerca de 10% da população em 
pelo menos um momento da vida e sua causa mais 
comum é de origem mecânica, envolvendo forças 
compressivas que ampliam o arco longitudinal do pé. 
Esportistas de atletismo ou que praticam esportes com 
corridas e saltos, são mais acometidos por esta lesão. 
Indivíduos obesos 
apresentam maior incidência 
Há uma relação estreita entre 
o aumento do IMC e as 
manifestações clínicas da 
doença 
Estágio 1 - dor após a atividade física; 
 
Estágio 2 - dor antes e após a atividade física, que 
desaparece com o aquecimento; 
 
Estágio 3 - dor antes, durante e após a atividade 
física, com perda da performance; 
 
Estágio 4 - dor permanente que prejudica as 
atividades da vida diária. 
 Estágios da lesão: 
 A dor produzida pela fascite plantar geralmente não é incapacitante, embora possa 
limitar algumas atividades. 
Fatores predisponentes 
 
Fatores predisponentes 
A fascite plantar é resultado de uma desordem nas fibras da fáscia plantar, 
causada, possivelmente, por anormalidades anatômicas e uso excessivo, 
entretanto outros fatores podem estar associados à mesma, tais como: 
• Desequilíbrio muscular; 
• Diminuição da flexibilidade; 
• Desvios posturais; 
• Uso de calçados inadequados; 
• Aumento do tamanho do passo durante a corrida; 
• Superfície de treinamento inapropriada; 
• Encurtamento muscular; 
• Restrição dos movimentos; 
• Sobrecarga de treinamento; 
• Distúrbios articulares. 
Como o esporão é uma decorrência da fascite, o 
tratamento é semelhante: 
1. Drogas antiinflamatórias; 
2. Infiltração de corticóide; 
3. Uso de palmilhas especiais e elevação do salto; 
4. Cirurgia (é de resultado discutível – 5%); 
5. Crioterapia; 
 RME: 
6. Fortalecimento muscular; 
Exercício para o 
fortalecimento 
do tibial anterior e o 
fibular terceiro 
(DORSIFLEXÃO) 
Exercício para o fortalecimento do tibial 
posterior, o flexor longo dos dedos e o 
flexor longo do hálux (INVERSÃO) 
7. Flexibilidade. 
Alongamento dos dorsiflexores 
do tornozelo, tibial anterior. 
Gastrocnêmio 
Sóleo 
Alongamento com ajuda 
de rampa 
Alongamento dos flexores 
plantares do tornozelo na 
posição sentada, utilizando uma 
toalha 
Alongamento da fáscia plantar 
Alongamento 
manual 
Alongamento 
no solo 
Pró-alongamento(Protretch) 
Exercícios para 
desenvolver a 
resistência 
cardiorrespiratória 
Entorse do tornozelo 
(inversão e eversão) 
Conceito: 
A entorse é a lesão traumática mais comum do tornozelo. 
Esta condição varia desde um estiramento simples das fibras 
ligamentares, até ruptura dos ligamentos com ou sem 
avulsão dos ossos nos quais se fixam. 
Mecanismo de lesão: 
 As lesões do tornozelo são 
causadas por uma súbita 
aplicação de força que exceda a 
resistência dos ligamentos, 
rodando o pé em inversão ou 
eversão. 
Geralmente, as entorses ocorrem por inversão que é um 
movimento combinado de flexão plantar, adução e rotação 
interna. O talus é mais estreito em seu segmento posterior, 
portanto, a posição do pé em flexão plantar deixa a 
articulação relativamente mais instável na forquilha, 
possibilitando maior incidência de entorse durante este 
movimento. 
 
Na entorse por eversão, que é um movimento combinado de dorsi flexão, 
adução e rotação externa, as fibras do ligamento deltóide raramente são 
sobrecarregadas e existe uma probabilidade maior de avulsão ou fratura do 
maléolo medial. 
Esportes e atividades com 
maior incidência: 
As lesões ligamentares do tornozelo são muito comuns nos esportes 
terrestres. Sua maior incidência se dá nos esportes com bola e de alto 
impacto, como no basquete, vôlei, futebol, futsal e handebol. 
 Entorses do tornozelo por inversão (80 %) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Representa 45% das lesões do Basquetebol - EUA 
(Congresso Med. Esport. Sul Ameriano 2002) 
Classificação: 
A gravidade da entorse depende do grau de distensão ou de 
laceração ligamentar, assim classificados: 
Grau I - há algum estiramento ou talvez ruptura de 
algumas fibras ligamentares, com pouca ou nenhuma 
instabilidade articular. Dor leve, pequeno edema rigidez 
articular pode ser detectado; 
 
Grau II - há alguma ruptura e separação das fibras 
ligamentares e instabilidade moderada da articulação. 
Dor, edema e rigidez articular, de moderados a severos 
devem ser esperados; 
 
Grau III - envolve a ruptura total do ligamento e 
manifestam-se primariamente pela instabilidade 
acentuada da articulação. Uma dor severa pode estar 
presente inicialmente, seguida por desaparecimento da 
mesma, em virtude da ruptura total das fibras nervosas. 
O edema pode ser grande e, portanto, a articulação 
tende a tornar-se muito rígida, algumas horas após a 
lesão. 
Fatores predisponentes: 
As lesões de sobrecarga características do esporte são 
provocadas por uma combinação de fatores intrínsecos 
e extrínsecos tais como: 
 
• Frouxidão ligamentar 
• Desequilíbrio muscular 
• Tipos de calçados 
• Marcha anormal 
• Joelho varo ou valgo 
• Assimetria no comprimento dos membros inferiores 
• Fraqueza muscular 
• Alterações na flexibilidade 
• Composição e tamanho corporal 
• Pronação ou supinação dos pés 
Os objetivos da reabilitação são: 
 
• Controlar os sinais inflamatórios, 
• Restaurar a amplitude de movimento; 
• Fortalecer os músculos do tornozelo; 
• Restabelecer o controle neuromuscular, 
• Além de melhorar o equilíbrio e coordenação motora. 
RME: 
 Estabilização ativa 
 Loja anterior: 
tibial anterior 
(supinação/inversão) 
extensor longo do hálux 
(supinação/inversão) 
extensor longo dos dedos 
(dorsiflexao do tornozelo e a 
extensao dos dedos) 
Loja posterior: 
Triceps sural 
 Loja póstero-lateral: 
Fibulares 
(flexão plantar e 
pronação) 
 Loja póstero-medial: 
Flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux e tibial 
posterior 
(inversão do tornozelo) 
Exercícios de fortalecimento muscular 
Exercícios isotônicos em cadeia cinética aberta: 
 
Exercícios de inversão. No exercício A, o 
material utilizado é uma caneleira com peso e, 
no exercício B, um tubo de borracha. 
Exercício de eversão utilizando caneleira com peso (A) e tubo de borracha (B). O exercício 
fortalece os fibulares longo, curto e terceiro e o extensor longo dos dedos. 
Exercício de dorsiflexão para o fortalecimento do tibial anterior e o fibular terceiro. O exercício 
pode ser realizado com uma caneleira de peso (A) ou com um tubo de borracha (B). 
 Exercícios de alongamento 
 
Exercício feito no giroplano é importante para a recuperação da amplitude 
de movimento normal do tornozelo. 
Alongamento dos extensores do tornozelo 
Exercícios de propriocepção 
Giroplano e 
Tábua de 
equilíbrio 
 Tendinite calcanear 
Conceito: 
A tendinopatia calcanear é consequência de uma sequência 
de estresses mecânicos repetitivos aplicados às estruturas 
musculo-osteo-tendinosas, ao nível do osso calcâneo e do 
próprio corpo do tendão, e a capacidade que essas estruturas 
têm em se adaptar a essas forças de tensão. Estas estruturas 
conseguem resistir a uma deformação até a um determinado 
ponto, mas quando a qualidade e a quantidade das tensões 
excedem os limites dessas deformações, as respectivas 
estruturas entram em ruptura. 
 Mecanismo de lesão: 
 
 O desenvolvimento da lesão é, quase sempre, 
gradativo e a longo prazo. As atividades repetitivas de 
sustentação de peso, como a corrida ou treinamento 
físico, em que a duração e a intensidade aumentam muito 
rapidamente, com tempo de recuperação insuficiente, 
podem piorar o distúrbio. Deve-se considerar, também, o 
uso de calçados inadequados à prática esportiva 
(observar tipo de pisada) como sendo um elemento que 
pode desencadear a tendinite. 
 
(SOUZA, 2006) 
Esportes e atividades com 
maior incidência: 
 
Os corredores e outros atletas de endurance normalmente são 
os que apresentam uma alta incidência de tendinite calcanear. 
Estágios da Lesão: 
 
Os sintomas da tendinite do calcâneo normalmente são 
oriundos de um princípio insidioso. 
 
• Relato de sutil dor no tendão após uma corrida; 
• Se o sintoma é ignorado e o individuo continua correndo 
sem o devido tratamento, a dor permanece presente no início 
da corrida, aumentando durante o percurso ou com o 
aumento da velocidade das passadas; 
• Eventualmente o indivíduo apresenta dor durante uma 
caminhada e não é mais capaz de correr. 
 Fatores predisponentes: 
 
• Encurtamento do tríceps sural decorrente de falta de 
alongamento e/ou postura inadequada; 
• Erro de técnica na marcha e/ou na corrida, com alterações 
biomecânicas no movimento; 
• Desequilíbrio muscular entre agonistas e antagonistas; 
• Déficit excêntrico da musculatura responsável pela 
desaceleração; 
• Sobrecarga excessiva; 
• Pronação excessiva da articulação subtalar; 
• Antepé varo; 
• Tíbia vara; 
• Superfície de treinamento. 
RME: 
É importante criar um ambiente adequado para recuperação, 
substituindo a atividade estressante por uma atividade que 
reduza as tensões no tendão. As anormalidades biomecânicas 
estruturais, que se manifestam com a pronação ou supinação 
excessiva, devem ser compensadas com o uso de palmilhas 
ou um calçado adequado ao seu tipo de pisada: 
• Pronada - tênis com mais estabilidade e menos 
amortecimento; 
• Supinada - tênis mais flexível e com mais amortecimento. 
 
- Crioterapia 
 
- Uso de antiinflamatórios orais e de 
uso tópicos; 
- O fortalecimento dos músculos do 
complexo gastrocnêmio-sóleo 
(panturrilha); 
• O alongamento do complexo Gastrocnêmio-Solear 
(panturrilha); 
• Uso de calcanheira de silicone para atenuar o impacto pode 
ser utilizada, atentandopara o fato de não usar por muito 
tempo, evitando o encurtamento em demasiado do tendão, 
que pode ser prejudicial; 
 
• Exercícios de propriocepção. 
- A progressão caminhada/corrida moderada sobre superfície firme pode ser 
iniciada quando os sintomas tiverem cedido e o arco de movimento, a força, 
a resistência e a flexibilidade estiverem normalizadas, em comparação com 
o lado não-acometido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Deve-se ter conhecimento de que esta progressão é criada para melhorar 
a capacidade dos tendões afetados, de modo que tolerem o estresse de 
forma controlada e não para melhorar o nível de condicionamento físico. 
Este deverá ser mantido com natação e bicicleta ergométrica. 
Periostite de tibial 
Conceito: 
Periostite, conhecida como canelite, é uma inflamação no 
periósteo (periósteo é uma membrana muito vascularizada, 
fibrosa e resistente, que envolve por completo os ossos), 
muito comum no corredor que submete seus membros 
inferiores, em particular as tíbias, a esforços intensos, 
principalmente, nas corridas de longa duração. 
Mecanismos de lesão: 
Esforços intensos de membros inferiores, sobrecargas 
excessivas e treinamentos com duração prolongada, levam a 
um grande aumento na vascularização das tíbias, 
principalmente no espaço periostal e subperiostal. Esse 
aumento de circulação pode levar a pequenos sangramentos 
nesses espaços, que em sua organização, podem receber 
depósitos de cálcio. Com o passar do tempo, os fenômenos 
vão acumulando-se e começam a aparecer os primeiros 
sintomas de dor e edema na região ântero medial das tíbias 
pelas forças de compressão na fase de apoio do membro ou 
mesmo na fase de balanço. 
Esportes com maior 
incidência: 
 
As principais características dos esportes que causam ou 
ajudam a levar a periostite tibial são: estresse excessivo, 
sobrecarga, esportes praticados em superfícies instáveis e/ou 
rígidas, calçados inadequados, que não proporcionam 
amortecimento adequado, dentre outros fatores. 
Estágios da Lesão: 
 
Inicialmente podem surgir dores discretas após os treinamentos, 
posteriormente, as dores já surgem no final dos treinamentos e a seguir, 
durante todo treinamento e até nas fases de repouso. Com o tempo, as 
dores se tornam constantes, dificultando inclusive a simples caminhada. 
Dores fortes na palpação de toda a tíbia e o aumento importante de toda 
crista tibial caracterizam o fato de que o depósito calcário e a 
hipervascularização já fazem parte do osso propriamente dito. Nessa 
altura nenhuma terapia clínica traz resultado e a operação se impõe. É 
importante assinalar o diagnóstico diferencial com fratura de estresse, na 
qual temos dor na palpação em um ponto localizado em vez de em toda 
extensão da tíbia. 
Fatores predisponentes: 
 
Dentre os fatores predisponentes para a incidência da 
periostite tibial posterior, pode-se citar: 
• Desvios posturais 
• Desequilíbrio muscular 
• Diminuição da flexibilidade 
• Uso de calçados inadequados 
• Corrida com gestual motor incorreto 
• Superfície de treinamento inapropriada 
• Encurtamentos musculares 
• Sobrecarga de treinamento 
• Distúrbios articulares 
RME: 
• As atividades de corridas e saltos devem ser 
completamente eliminadas durante os primeiros sete a 
dez dias após o diagnóstico. 
• Antiinflamatórios 
• Gelo 
• Alongamento 
• A abordagem dessa lesão deve incluir o 
encaminhamento ao médico, a fim de excluir a 
possibilidade de fraturas por estresse por meio da 
escanometria óssea e das radiografias comuns. 
• Alguns casos se faz necessário o uso de palmilha para a 
correção da pronação 
 
• O retorno a corrida deve ser gradual 
 
• A correção do gestual motor com a mecânica incorreta, a 
mudança do tipo de piso, tênis mais apropriados ou mesmo a 
utilização de palmilhas também devem ser considerados 
como fundamentais para a completa recuperação. 
 
• A recomendação da cirurgia 
Avaliação Musculoesquelética 
 
Testes 
- Gaveta Anterior / Posterior 
- Bocejo lateral / medial 
- Teste Lachman 
- Teste de Mcmurray 
- Teste de Apley 
- Compressão Patelar 
Unidade IV – Joelho 
Gaveta Anterior / Posterior 
• O examinador senta sobre o 
dorso do pé do examinado 
para estabilizar a perna . 
• Puxar o platô tibial para testar 
o LCA . 
• Empurrar o platô tibial para 
testar o LCP 
Observações : 
- Comparar com o deslocamento do joelho não lesionado ou 
com o deslocamento do mesmo joelho antes da lesão. 
- A sensibilidade deste teste não é boa se o joelho estiver 
inchado ou dolorido. 
 Bocejo lateral / medial 
Teste de 
Lachman 
 Colocar o joelho em leve flexão com um ângulo de 20 a 
30º . 
- Segurar a coxa com uma das mãos e tentar 
anteriorizar a tíbia com a outra mão na sua parte 
posterior (semelhante ao Teste da Gaveta ) . 
 
- Se houver deslocamento anterior da tíbia haverá 
lesão do LCA. 
 
Obs. : Este teste é útil nos casos de edema e quadro 
 álgico . 
- Paciente em decúbito dorsal 
- Forçar a flexão do joelho 
- Para o menisco medial: 
 - Aplicar rotação externa máxima 
 - Estender lentamente 
 - Um estalido será ouvido ou sentido 
palpando-se a linha meniscal pósteromedial. 
 - Haverá relato de dor 
Obs. : Alguns recomendam uma tensão 
em valgo c/ a rotação externa . 
 
- Para o menisco lateral : ídem 
com rotação interna. 
 Obs. : Alguns recomendam uma tensão 
em varo c/ a rot. interna . 
 Teste de Mc Murray 
Teste de Apley 
Teste dos Meniscos 
Compressão com rotação 
interna e externa da tíbia 
Testes de compressão patelar 
Compressão Patelar 
Mobilizar a patela 
exercendo pressão sobre 
ela: haverá crepitação e/ 
ou dor . 
Contração do Quadríceps 
Pedir ao paciente para con 
trair o quadríceps, seguran 
do a patela dentro do sulco 
Teste de Ober 
LESÕES 
Tendinopatia patelar 
 
Conceitos: 
A tendinopatia patelar é uma das condições tendinosas mais 
comuns em praticantes de modalidades esportivas, também 
conhecida como síndrome do joelho do saltador e 
caracteriza-se por uma tendinite patelar. 
 Mecanismo de lesão: 
 
 Podem estar associadas as altas demandas do 
mecanismo extensor, e também a sobrecarga do tendão 
patelar no salto com explosão e corrida, que podem resultar 
em ruptura parcial ou sobrecarga crônica do tendão. 
 
 Esportes e atividades com 
maior incidência: 
Futebol 
Corrida de longa 
distância 
Ginástica artística 
Salto em 
distância 
Basquete 
handebol 
Voleibol 
 Classificação / estágio: 
 
Estágio 1 – Dor após a atividade física 
 
Estágio 2 – Dor antes, que desaparece com o aquecimento 
e a atividade 
 
Estágio 3 – Dor durante a atividade física, com perda da 
performance 
 
Estágio 4 – Dor permanente 
 
Estágio 5 – Ruptura do tendão 
Fatores predisponentes: 
 
Fatores intrínsecos – desequilíbrio muscular, déficit 
excêntrico, mecânica incorreta no gestual motor, alterações 
do alinhamento biomecânico dos membros inferiores, 
diferenças de comprimento dos membros inferiores e 
encurtamentos musculares. 
 
Fatores extrínsecos – sobrecarga excessiva e métodos de 
treinamento utilizados. 
 RME: 
 
• Medicamento antiinflamatório 
• Cinta infrapatelar 
 
• Treinamento de força do mecanismo extensor incluindo 
ação excêntrica 
 
 
 
 
 
 
• Alongamento 
Evitar situações dolorosas 
Conceitos: 
Síndromedolorosa na região da tuberosidade da tíbia de 
causa idiopática (causa espontânea ou obscura). 
Síndrome de Osgood-Schlatter 
Mecanismo de lesão: 
 
Causada por crescimento rápido dos ossos longos, acoplados 
à tensão sobre o tendão da patela por causa das atividades 
esportivas. 
 
 Esportes e atividades com maior 
 incidência: 
 
É mais comum em meninos de 8 a 12 anos, que praticam 
esportes, principalmente os que incluem chutes, saltos e 
corridas. 
 
 
 
 
 
Atinge também meninas de 10 a 12 anos que praticam 
patinação ou ginástica (vigorosos saltos acrobáticos). 
Estágios da lesão: 
 
• Garotos muito ativos com idade entre 8 – 12 anos são mais 
acometidos, mas os sintomas desaparecem quando o 
crescimento se completa. 
 
• É uma doença curada espontaneamente, raramente o 
problema persiste após o crescimento total (17 – 18 anos). 
 
• Em indivíduos mais velhos podem ser causados por corpos 
livres no local da inserção do tendão patelar ou até na bolsa 
sub-patelar, mas podem ser removidos cirurgicamente com 
bons resultados. 
Fatores predisponentes: 
 
• Desvios posturais; 
• Patela alta; 
• Assimetria de membros inferiores; 
• Encurtamento do quadríceps; 
• Desequilíbrios musculares; 
• Sobrecarga excessiva. 
RME: 
A recuperação da síndrome é conservadora, com excelentes 
resultados na maioria dos casos. A abordagem inicial 
consiste em: 
• Diminuir ou suspender atividade física que cause dor; 
• Criorerapia, anti-inflamatório, proteger a tuberosidade; 
• “Tira” infrapatelar durante atividade; 
• Imobilização por até 6 semanas, nos sintomas severos 
A recuperação será sintomática e devem ser adotadas 
medidas preventivas contra contusões. 
Exercícios de fortalecimento muscular (pouca tensão na 
tuberosidade). 
Exercícios de alongamento do quadríceps e isquiotibiais 
Condromalacia patelar 
“Joelho de Corredor” 
Conceitos: 
Amolecimento ou desgaste da cartilagem articular sob a 
patela, provocando dor e inflamação. 
 
Mecanismo da lesão: 
Atrito repetitivo das superfícies articulares da patela e do 
fêmur sob condições de desalinhamento patelar ou de 
biomecânica anormal do joelho. 
Esportes e atividades 
com maior incidência: 
 
As mulheres são mais afetadas que os homens. 
Esportes que apresentam sobrecarga do quadríceps na 
angulação próxima a 90°. 
Classificação / estagio: 
Grau I – amolecimento da 
cartilagem e edema; 
 
Grau II – fragmentação de 
cartilagem ou fissuras menores 
que 1.3 cm de diâmetro; 
 
Grau III – fragmentação ou 
fissuras com 1.3 cm de diâmetro 
ou mais; 
 
Grau IV – perda de cartilagem ou 
tecido ósseo subcondral. 
 Fatores predisponentes: 
 
 
• Aumento do ângulo Q 
• Frouxidão do tendão do quadríceps 
• Fossa patelar rasa 
• Contornos patelares inferiores anormais 
• Patela alta 
• Joelho valgo, varo ou recurvado grave 
• Insuficiência do Vasto Medial 
• Encurtamentos musculares 
 
 
 
EXERCÍCIO 
 
ANGULAÇÃO 
CCF 0° – 50° 
 
 
 
CCA 0° – 30° 
CCA 90° – 75° 
 RME: 
Exercício de fortalecimento muscular 
Exercício de Alongamento 
Muscular 
Alongamento da musculatura posterior da coxa (semitendinoso, 
semimembranoso e bíceps da coxa) 
Alongamento da banda iliotibial 
Step 20 cm 
Bicicleta 
estacionária 
Lesões ligamentares 
 (ênfase em LCA) 
Conceitos: 
A lesão sem contato é uma das formas mais comuns de acometimento de 
ruptura de LCA, onde ocorre um movimento de torção de joelho em cadeia 
fechada. Acontece, geralmente, quando o atleta está realizando uma 
mudança de direção, criando uma desaceleração, um estresse em valgo e 
rotação externa de joelho (ocasionalmente pode ocorrer por rotação interna 
com hiperextensão de joelho). 
Mecanismo de lesão: 
Ocorre um movimento de torção do joelho em cadeia fechada. Acontece, 
geralmente, quando o atleta está realizando uma mudança de direção, 
criando uma desaceleração, um estresse em valgo e rotação externa de 
joelho (ocasionalmente pode ocorrer por rotação interna com hiperextensão 
do joelho). 
 
 
 
 
Rompimento por contato incluindo um estresse em valgo, o que pode 
produzir a ruptura do LCA e também do LCM possivelmente deslocando o 
menisco medial. 
LCA, LCM e menisco medial foram descritos como a tríade maldita. 
Classificação da lesão 
As lesões do LCA e do LCP podem ser classificadas como: 
• Grau 1 (leve) – é caracterizada por um estiramento ou ruptura parcial das 
fibras, com pouca quantidade de hemorragia, não provocando instabilidade 
significativa. 
• Grau 2 (moderada) – é caracterizada pela ruptura de aproximadamente 
50% das fibras, com perda de função e instabilidade aumentada. 
• Grau 3 (grave) – é caracterizada por ruptura total ou quase total das fibras, 
o que gera incapacidade funcional podendo promover lesões meniscais e 
subseqüentes alterações degenerativas na articulação. 
Esportes e atividades com maior incidência 
O LCA é lesionado, freqüentemente, em atividades esportivas que 
envolvam estresses significativos sobre a articulação do joelho, como saltos 
e mudanças bruscas de direção, como no futebol, futsal, handebol, 
basquete, vôlei, judô, entre outros. 
Fatores predisponentes 
• Desequilíbrio muscular; 
• Fraqueza muscular (especialmente dos isquiostibiais); 
• Déficit no controle neuromuscular; 
• Frouxidão ligamentar. 
RME 
A recuperação de lesões de LCA pode ser conservadora ou cirúrgica. 
Observação: para maximizar os resultados que se seguem à construção do 
LCA, é essencial o treinamento da força muscular. 
Cirúrgica 
 
• Para retornar às 
atividades físicas que 
possuam estresses 
rotacionais e mudanças 
de direção deve ser 
submetido à 
reconstrução cirúrgica 
do LCA. 
Conservadora 
• O treinamento de 
força muscular e 
propriocepção, são 
essenciais. 
Exercícios de fortalecimento muscular 
Os exercícios de fortalecimento devem priorizar a musculatura posterior da 
coxa e os gastrocnêmicos. 
Os exercícios de CCF são mais seguros, pois limitam o deslocamento 
anterior da tíbia. Esses exercícios recuperam o controle neuromuscular, 
estimulando a estabilidade dinâmica devido a co-contração da musculatura 
do quadríceps e posterior da coxa. 
0° a 50° 0° a 50° 20 cm 
Bicicleta estacionária visa 
recuperar a amplitude de 
movimento, estando o selim 
ajustado em altura apropriada, 
assim como para a manutenção 
da resistência cardiorrespiratória 
O aparelho de Step força muscular e 
resistência cardiorrespiratória, 
mantendo o contato constante com o 
degrau 
Exercícios de propriocepção 
Giroplano 
Minitrampolim 
oferece grande 
variação de 
atividades funcionais 
Fitter tem por objetivo o 
treinamento funcional através 
de deslocamentos laterais 
Prescrição de exercícios para LCP 
Em lesões no LCP os exercícios de CCF, 
devem ser evitados devido a co-contração (leg 
e agachaento, salvo leg horizontal). 
 
 (Escamilla 1998) 
O LCP é mais forte que o LCA 
Exercícios de propriocepção. 
A lesão do LCP é mais comum nos casos de 
impacto direto. 
Lesão do Ligamento Colateral 
Conceito 
Os ligamentos colaterais atuam como estabilizadores estáticos primários 
contra os estresses em valgo e varo, e se encontram tensos na extensão 
total. 
 
LCM – tenso na extensão total, começa a relaxar entre 20° e 30° de flexão, 
passandoa ficar novamente sob tensão entre 60° e 70° de flexão. 
LCL – tenso durante a extensão e relaxa durante a flexão 
LCM 
LCL 
Mecanismo de lesão 
Golpe na parte lateral do joelho, 
principalmente quando o peso do 
corpo está nele apoiado e o pé 
está fixado no chão, restringindo 
os movimentos resultantes do 
choque. 
O mecanismo de lesão mais freqüente é o estresse em valgo com rotação 
interna do fêmur, sendo que a tíbia está fixada ao solo e o joelho em flexão 
de 20° ou mais. 
Indivíduos que acometem o LCM podem relatar estalos no momento da 
lesão. O derrame articular pode ocorrer posteriormente. 
Mecanismo da lesão do LCL. 
Esportes e atividades com maior incidência 
Esportes como o futebol, judô, karatê, entre outros. 
Classificação da lesão 
O grau da lesão pode ser determinado pela instabilidade articular. 
 
Grau 1 – Ocorre dor com dano mínimo aos ligamentos e fica visível pelas 
 micro rupturas, mas não apresenta frouxidão aumentada. 
Grau 2 – Há uma ruptura incompleta, frouxidão, dor na palpação, 
 hemorragia e dor quando imposto a teste de estresse e em 
 posição em valgo. 
Grau 3 – A ruptura é total, com frouxidão importante em valgo. 
RME 
Exercícios de CCF: 
segmento distal está estabilizado 
ou fixo 
 
 
Exercícios de CCA: 
segmento distal está móvel e não 
fixo 
O exercício de leg press fortalece o quadríceps, o semimembranáceo, o 
semitendíneo e o bíceps da coxa. 
Exercícios de Fortalecimento Muscular 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Evidências mostram que o agachamento entre 90° e 100° provocam grande 
compressão tibiofemoral e patelofemoral (DAHLKVIST e col., 1982; 
ANDERSON e col., 1998). 
 
O posicionamento entre 50° e 70° para a execução do exercício de 
agachamento mantém o complexo articular do joelho inalterado 
(TOUTOUNGI e col., 2000). 
Prof. / Prof.ª Nome, sigla (Ms. / Esp.) 
Lesão do LCM ou instabilidade ativa medial 
 
 
 
• Semimembranáceo 
• Semitendíneo 
• Sartório 
• Grácil 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Lesão do LCL ou instabilidade ativa lateral 
 
• Fáscia lata 
• Bíceps femoral 
• Poplíteo 
 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Exercícios de Propriocepção 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
• Séries - 2 a 5 
• Tempo de sustentação - 10 seg a 30 
seg. 
• Frequência: 2 a 3 sessões semanais. 
• Progressão na intensidade? 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Lesões Meniscais 
Conceito: 
Pelo fato do LCM inserir-se no menisco medial, estiramento 
ou ruptura do ligamento podem resultar em lesão associada 
ao menisco. A ruptura do menisco é a lesão do joelho mais 
comum, sendo a do menisco medial 10 vezes mais freqüente 
que a do menisco lateral. 
• Idade 
• Peso corporal 
• Instabilidade da articulação 
• Formato anatômico da parte óssea ou do menisco 
 
 
(OLIVEIRA, 2006) 
Fatores predisponentes: 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
 Mecanismo de lesão 
 
O mecanismo de lesão, freqüentemente, envolve uma rotação 
corporal, enquanto o pé é mantido fixo no solo, durante a 
sustentação do peso. 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
… o meia santista Paulo Henrique Ganso sofreu uma entorse no joelho 
esquerdo. Isto ocasionou uma lesão do ligamento cruzado anterior e 
uma lesão parcial do menisco medial. O tratamento inclui cirurgia e o 
prazo previsto para que Ganso volte a jogar futebol é de 6 meses. 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
RME 
O tratamento é baseado principalmente no tipo e localização da lesão. 
CONSERVADOR 
 
• Menus usual 
 
• Mais utilizado para pacientes idosos com alterações 
 degenerativas e sem sintomas mecânicos 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
• Comum em pacientes que 
praticam esportes e/ou com lesões 
agudas, instáveis e com limitação 
da movimentação da articulação 
CIRÚRGICO 
 Artroscopia 
Sutura 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
ZONA VERMELHA : de 
localização mais periférica e 
mais vascularizada, portanto 
com maior índice de cicatrização 
 
ZONA VERMELHA/BRANCA : 
de localização intermediária e 
com vascularizaçào variável 
 
ZONA BRANCA : localizada no 
1/3 central e com vascularização 
pobre 
A localização da lesão têm sua importância relacionada ao fato do 
menisco ser uma estrutura com vascularização variável, sendo dividido 
em 03 zonas: 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Os tipos de lesão, variam quanto à sua estabilidade e são divididos em : 
• Longitudinal 
• Oblíquas 
• Transversas 
• Alça de balde 
• Cauda pendulada 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Critérios para o retorno de um atleta ao esporte: 
• Não surgir edema após a atividade; 
• Amplitude normal de movimento restabelecida; 
• Equilíbrio de força muscular entre o seguimento acometido e o 
contralateral; 
• Após o atleta conseguir realizar os testes funcionais com 
corridas e saltos com bom desempenho. 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Meniscectomia parcial 
• Inicio da atividade entre 3 e 10 dias 
• Retorno integral entre 2 e 4 semanas 
Reparo ou transplante 
• Mais longa pois envolve limitação do movimento 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Com a melhora da mobilidade articular e da dor, pode-se 
prescrever exercícios isotônicos em CCA e CCF. 
 
 OSTEÍTE PÚBICA 
 
 
Conceitos: 
Termos como pubalgia, sinfisite púbica, pubeíte, osteopatia dinâmica do 
púbis podem ser encontrados na literatura como sinônimo dessa 
patologia. 
 
Os sufixos “algia” e “ite” comumente usados para denominar a patologia 
dão idéia de uma afecção dolorosa e inflamatória, mas não permite 
especificar a possível causa da doença (Monteiro, 2007). 
 
A pubalgia deve ser diferenciada de outras patologias como hérnia inguinal, 
prostatite, separação da sínfise púbica causada pelo parto, infecções, 
doenças sexualmente transmissíveis, doenças do trato genitourinário; 
doenças reumáticas; patologias da parede abdominal e tendinite do 
músculo adutor da coxa. 
Por isso, pubalgia trata-se de um termo muito abrangente e genérico, 
podendo ser confundida com outras patologias que causam a inflamação do 
púbis ou dor na região inguinal. Então para determinar a inflamação púbica 
de origem traumática, ou causada por desequilíbrio muscular no esporte ou 
atividade física prefere-se utilizar o termo pubalgia atlética. 
O mecanismo de lesão na maioria das vezes envolve esforço repetitivo que 
provoca um stress em cisalhamento entre os ossos púbicos. 
 
 Mecanismo de lesão 
 
A lesão pode também envolver gestos como em mudanças rápidas de 
direção, aterrissagem no solo, chute, movimentos repetitivos da corrida 
e ciclismo. 
O desequilíbrio muscular tem forte relação com a patologia. Os vetores de 
força dos músculos abdominais e adutores são diferentes em direção e em 
caso de desequilíbrios tornam-se ainda diferentes em termos de força. 
Sendo assim enquanto o abdominais traciona o púbis para cima os 
adutores puxam para baixo 
Principalmente no futebol, o mecanismo de lesão mais comum é a 
associação de hiperextensão repetitiva do tronco associada a 
hiperabdução do quadril. 
 
O mecanismo do trauma seria uma hiperextensão abdominal ou uma 
hiperabdução da coxa, sendo a sínfise púbica o eixo central do 
movimento. Nesse caso, os músculos adutores tendem a abrir a sínfise 
na hiperabdução, assim como os músculos oblíquos e o reto abdominal 
tendem a tracionar proximalmente na hiperextensão do tronco 
(GOMES,1997). 
A publagia traumáticaacontece por lesão direta na sínfise púbica. Ou 
quando, por exemplo, o atleta caí sobre os pés, esse movimento pode 
causar força de reação de solo desigual fazendo com que um ramo do 
púbis se eleve. Ou quando um jogador ao realizar um chute for 
bloqueado pelo adversário. 
 Esportes e atividades com maior 
 incidência 
 
A osteíte púbica é uma lesão de esforço repetitivo causada 
pelo excesso de uso no esporte, sendo observada em várias 
modalidades esportivas, mas ocorrem com maior freqüência 
em jogadores de futebol. 
Classificação 
Classicamente, se descrevem quatro estágios evolutivos: 
1 – A dor aparece depois de uma atividade física; 
2 – A dor aparece durante a atividade física; 
3 – A dor aparece ao se começar a atividade física; 
4 – A dor se desencadeia em repouso e aos mínimos movimentos. 
Os atletas queixam-se de dor na área pélvica, que pode estender-se 
para a virilha ou para o abdome, e que os exercícios de alongamento 
exacerbam a dor. 
 Fatores predisponentes 
 
A falta ou a inadequada execução de alongamento da musculatura 
adutora do quadril, o excesso de exercício abdominal realizado pelos 
atletas, associados aos desvios posturais, especialmente os de quadril, 
podem causar desequilíbrio muscular na região da sínfise púbica e o 
surgimento da pubalgia. 
Teste específico 
Dr. Joaquim Grava, 1997 
RME 
 
A pubalgia crônica é tratada primeiramente de maneira 
conservadora com repouso do esporte, medicamentos anti-
inflamatórios e fisioterapia. Em casos mais graves, opta-se 
pelo tratamento cirúrgico e após 2-3 meses o atleta retorna 
ao esporte progressivamente. 
(Falchetti e Zaboti, 2008) 
É fundamental seguir o programa das posturas, sendo que primeiro é 
necessário relaxar os isquiotibiais e a lordose lombar antes de trabalhar 
o psoas, adutores e abdominais. 
Exercícios de alongamento 
A dor permitindo, devem-se iniciar os exercícios de alongamento para a 
musculatura adutora. 
Os exercícios de CCF são recomendados pois promovem o encurtamento 
dos músculos que envolvem a sínfise púbica dando maior estabilidade a 
esta articulação. 
Quadríceps, ísquiotibiais e glúteo 
Apoio alto dos pés e a flexão do quadril 
chegando a um ângulo inferior a 90°. 
 
Realizar 3 séries de 12 repetições, 2 vezes 
por semana, com peso progressivo. 
Exercícios de fortalecimento muscular 
Passada no step de 10 a 15 cm - realizar 2 séries de 12 a 15 repetições, 2 
vezes por semana, com peso progressivo. 
 
Observação: só se deve retornar a prática de esportes quando se for capaz 
de realizar exercícios pliométricos sem sentir dor. 
Saltar do step – o exercício pode ser realizado em séries e repetições ou 
por tempo determinado, 1 a 2 vezes por semana. 
Deslocamento lateral – séries e repetições ou tempo, 1 a 2 vezes por 
semana. 
Aceleração/desaceleração. 
Saltar de um lado para o outro sobre uma bola ou um elástico – 
cronometrado. 
Os exercícios de fortalecimento muscular abdominal, lombar, abdutora, 
adutora, flexora e extensora do quadril, em cadeia sinética aberta, podem 
ser incluídos, desde que não causem dor. 
Realizar 4 séries de 10 a 15 repetições, diariamente, com carga 
progressivo e livre de dor 
 BURSITE TROCANTÉRICA 
A bursite trocantérica também 
conhecida como síndrome da dor 
no trocanter maior, é uma das 
doenças mais freqüentes do 
quadril, apresentando grande 
variedade de sinais e sintomas. 
 
 (DANI e de AZEVEDO, 2007) 
Conceitos 
 Mecanismo de lesão 
• Microtrauma repetitivo causado pelo uso ativo dos músculos que se 
inserem no trocânter maior (piriforme, obturador interno, vasto lateral, 
glúteo médio e mínimo), isso resulta em mudanças degenerativas dos 
tendões, dos músculos, ou de tecidos fibrosos; 
 
• Diminuição do alongamento no trato íliotibial; 
 
• Desgaste sobre a região; 
 
• Trauma agudo sobre a região (causa comum). 
(DANI e de AZEVEDO, 2007) 
 Esportes e atividades com maior 
 incidência 
 Fatores predisponentes 
• Alterações na biomecânica da extremidade inferior (discrepância no 
comprimento dos membros, hiperpronação do pé, irregularidades do piso 
onde se pratica atividade física); 
 
• Desequilíbrios musculares; 
 
• Traumas no quadril; 
 
• Osteófitos desenvolvidos dentro dos tendões que se ligam ao trocânter. 
A bursite trocantérica pode afetar qualquer pessoa, mas é mais comum em 
mulheres (4:1) e pessoas de meia-idade ou idosos. Os seguintes fatores de 
risco tem sido associados com o desenvolvimento da bursite trocantérica: 
(DANI e de AZEVEDO, 2007; da SILVA, 2011) 
 Estágios da lesão 
O principal sintoma da bursite do quadril é a dor localizada na região 
do trocanter maior. Nos estágios iniciais, a dor é geralmente descrita 
como aguda e intensa. Mais tarde, ela pode apresentar-se como uma 
dor mais difusa. Normalmente, a dor é pior à noite, quando deitado 
sobre o quadril afetado e também quando se levantar de uma cadeira 
depois de estar sentado durante algum tempo. A dor surge também em 
outras situações ao ficar em pé por tempo prolongado, subir escadas 
ou agachar. 
Os exames de imagem, como a Ressonância Magnética, podem 
auxiliar em algumas situações apenas para confirmar os sinais 
clínicos evidenciados na avaliação inicial. Mas o fator principal seria 
diagnosticar a causa do problema, normalmente biomecânico, e atuar 
na causa. Deve ser observado o ciclo da marcha do 
atleta/desportista, a postura, a flexibilidade e, sobretudo os calçados 
de corrida. 
Testes específicos 
O sinal clínico mais 
importante é a dor na região 
do grande trocanter em 
alguns casos podemos usar 
manobras especiais. 
A maioria dos tratamentos são conservadores 
 
Durante a fase aguda: 
• Crioterapia; 
• Antiinflamatórios 
• Repouso relativo; 
• Fisioterapia (microondas, ondas curtas, ultra-som, etc.) 
 
Durante a fase crônica: 
• Mantém os mesmos procedimentos antiinflamatórios; 
• Mobilização passiva; 
• Alongamento da fáscia-lata, trato-iliotibial, e o glúteo médio; 
• Fortalecimento muscular, propriocepção e recuperação funcional; 
• A cirurgia é indicada quando não houver melhora com nenhum 
outro tratamento conservador. 
RME 
 RIGIDEZ X ELASTICIDADE 
Isto é conseguido graças à sua construção em peças 
superpostas (as vértebras), ligadas por elementos musculares, 
ligamentares e fibrosos (os discos intervertebrais). 
A coluna vertebral tem que conciliar duas 
características contraditórias : 
Coluna vertebral 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Funções da Coluna Vertebral 
• Sustentação do tronco 
• Proteção da medula 
• Movimento do Corpo 
 Curvaturas 
A função das curvaturas 
R = N 2 + 1 
R - Resistência à 
compressão 
 Aumentar a resistência 
da coluna vertebral aos 
esforços de 
compressão axial. 
Movimentos da Coluna Vertebral 
• Flexão / Extensão 
• Flexão lateral ou inclinação 
 lateral 
• Rotação axial 
Hérnia de Discal 
Conceito 
Hérnia discal é a extrusão (extravasamento) total do disco intervertebral – A 
substância extrudada do interior do disco pode levar a uma compressão, 
tanto da medula espinhal como de alguma raiz nervosa, levando a um 
quadro importante de dor e muitas vezes acompanhado de alterações do 
sistema nervoso, como perda de força, parestesia (sensação de 
formigamento), e alteração dos reflexos. 
A protrusão discal é uma “pré-hérnia”, ou seja, a substância do interior do 
disco ainda não saiu, mas formaum abaulamento em direção à medula e 
aos nervos, levando a uma sintomatologia mais branda que no caso 
anterior, porém não menos incômoda. 
Mecanismo de lesão 
A herniação pode resultar de forças excessivas, esforços 
repetitivos e tensão prolongada sobre os discos intravertebrais 
ou a presença de um anel fibroso defeituoso. 
Esportes e atividades com maior incidência 
As hérnias de disco podem ocorrer com qualquer atleta ou indivíduo que 
apresente fatores predisponentes para essa lesão, no entanto observa-se 
uma incidência maior em atividades e modalidades esportivas que 
promovam uma compressão axial elevada e que realizam movimentos 
repetidos de flexão anterior, flexão lateral e rotação do tronco ou que 
permaneça muito tempo em uma mesma posição, aumentando com isso, 
as forças de compressão e cisalhamento na região. 
Esportes como o levantamento de peso, futebol, basquete, ginástica artística, 
ginástica rítmica, atletismo e o remo apresentam uma incidência maior. 
Estágio 
A partir dos 25 anos de idade as fibras do anel fibroso começam a sofrer 
degenerações e ruptura interna do disco (A). A fissura radial do anel fibroso 
se segue o prolapso distal, estágio em que o ligamento longitudinal 
posterior continua íntegro (B). Se esse ligamento romper e o núcleo pulposo 
degenerado migrar para dentro do canal vertebral, teremos a hérnia 
extrusa. Quando um fragmento migra dentro do canal, para cima, para 
baixo ou para o interior do forame, tem-se a hérnia sequestrada (C). 
A B C C 
Fatores predisponentes 
• Enfraquecimento do anel fibroso (movimentos na região e ao desgaste 
 normal que ocorre com a idade); 
 
• Não é comum uma relação causal direta entre o esforço e o seu 
 aparecimento (não deve-se atribuir a uma queda, a levantar um peso); 
 
• A rotação, compressão axial, ou ambos realizados simultaneamente e, 
 de forma repetitiva; 
 
• Predisposição genética, que pode ser agravada pelos fenômenos de 
 microtrauma; 
 
• A porção anterior do disco é comprimida e a posterior liberada 
Testes Específicos 
 Se a elevação é dolorosa, a causa pode ser uma contratura ou uma ciatalgia. 
Teste de Lasegue 
Teste de Lasegue Cruzado 
Hérnia de disco lombar 
A recuperação músculo esquelética tem o objetivo de restabelecer a 
estabilidade da coluna vertebral comprometida com a ruptura da estrutura 
discal. 
RME 
Os músculos extensores da coluna, como os multifídos e os rotadores e os 
oblíquos, bem como os abdominais e quadrado lombar, devem ser 
enfatizados. 
Alguns casos mais graves e, dependendo da idade e condições clínicas do 
indivíduo, podem ser indicados o tratamento cirúrgico. 
Exercícios de fortalecimento muscular 
Síndrome do Piriforme 
Espondilólise e Espondilolistese 
Conceitos 
 
 
Espondilólise é a presença de uma lacuna na formação da 
parte posterior do arco vertebral, na região interarticular. 
 
 
 
 
A espondilolistese é o deslizamento anterior de um corpo 
vertebral sobre outro. 
 Mecanismo de lesão 
 
Hiperextensão e hiperextensão com rotação da coluna. 
Esportes e atividades com maior incidência 
 
Os movimentos esportivos que caracteristicamente realizam hiperextensão 
e hiperextensão com rotação da coluna, como na ginástica artística, o 
levantamento de peso, o serviço no tênis, a cortada no voleibol, o remo e a 
braçada no estilo borboleta na natação, estão mais propensos a provocar 
esse distúrbio. 
Classificação 
A espondilolistese é considerada por muitos autores como uma 
complicação da espondilólise. A espondilolistese apresenta a maior 
incidência no segmento L5/S1. 
 
 
A espondilolistese pode ser classificada pelo grau de deslizamento do 
corpo vertebral em relação ao inferiormente posicionado: 
 
Grau 1 : até 25 % 
Grau 2 : 26 a 50 % 
Grau 3 : 51 a 75 % 
Grau 4 : maior que 75 % 
Fatores predisponentes 
• Degeneração congênita das vértebras e, mais 
 comumente, um defeito de ossificação nos pedículos 
 interarticulares das vértebras. Ocorre uma pseudoartrose 
 fibrosa, opondo-se à união óssea. 
 
• Alteração ocorrendo na forma de fratura por estresse, 
 com movimentos repetitivos de extensão associados a 
 rotação. 
Teste de flexores do quadril 
Teste específico 
125° 
Exercícios de fortalecimento muscular 
 
Os exercícios que utilizam transferência de peso e 
estabilização devem evoluir de 4 apoios (A) para 3 
apoios (B) e, de 3 apoios para 2 apoios (C). 
RME 
Exercício de ponte sobre a bola suíça. 
Agachamento 
deslizando contra a 
parede ou bola siíça Passada (Lunges) 
Exercício abdominal 
com retroversão 
Abdominal parcial da pelve 
Abdominal parcial com rotação 
COMPLEXO 
DO 
COMPLEXO 
DO 
Prof. Eduardo Cossenza Ms. 
Composto por 3 ossos e as seguintes articulações 
Úmero 
Escápula 
Clavícula 
Articulação glenoumeral 
Articulação 
esternoclavicular 
Articulação 
escapulotorácica 
Articulação acromioclavicular 
Síndrome do Impácto 
(Supraespinhoso; Porção longa do Bíceps; Bursite Subacromial) 
Conceitos 
É uma síndrome dolorosa do ombro de natureza microtraumática e 
degenerativa, acompanhada ou não pela perda de força e caracterizada por 
tendinite do manguito rotador, podendo haver ruptura parcial ou total de 
uma ou mais tendões, dependendo da fase da lesão. 
Mecanismo de lesão 
O mecanismo de lesão é oriundo de microtraumas de 
repetição aos tecidos que estão no espaço coraco acromial, 
que ocorrem em impactos que podem ser divididos em 
primário e secundário. 
Impacto primário 
 
Produzido por uma compressão mecânica do manguito rotador sob a 
porção ântero-inferior do acrômio. Existem três tipos de acrômio: o reto, o 
curvo e ganchoso. Quanto mais curvo for o acrômio, maior sua capacidade 
de provocar impacto sobre as estruturas subacromiais. 
Estima-se que 74% dos acrômios são retos e 
26% curvos, considerando que os 
ganchosos são formações osteofitárias, 
decorrentes das trações realizadas pelo 
ligamento coracoacromial. Quanto mais curvo 
for o acrômio, maior será a compressão sobre 
as estruturas subacromiais 
Impacto secundário 
 
As causas são funcionais, ocorre redução do espaço 
subacromial em decorrência da instabilidade funcional 
da glenoumeral ou escapulotorácica. 
Ligamento Glenoumeral 
Processo coracóide 
A frouxidão capsular compromete a 
capacidade da cápsula da 
articulação glenoumeral de atuar 
como estabilizadora estática e 
dinâmica. 
 Debilidade muscular 
 
O manguito rotador e o bíceps braquial (cabeça longa) produzem suporte 
ativo para a articulação e podem ser considerados como ligamentos 
dinâmicos da articulação gleno-umeral. 
A incapacidade dos estabilizadores estáticos e/ou dinâmicos em manter a 
cabeça do úmero centralizada durante os movimentos, permitindo sua 
ascensão em direção ao arco coracoacromial. 
Subescapular 
•Origem: escápula. 
•Inserção: úmero. 
•Ação: rotação medial. 
Infraespinhal 
•Origem: escápula. 
•Inserção: úmero. 
•Ação: adução e rotação lateral. 
Redondo menor 
•Origem: escápula. 
•Inserção: úmero. 
•Ação: rotação lateral, 
 adução e extensão. 
Músculos do MR inferior devem atuar de forma coletiva para deprimir e 
comprimir a cabeça umeral. 
O enfraquecimento do supraespinhoso, 
que atua normalmente para comprimir a 
cabeça umeral para dentro da glenóide,

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