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RECUPERAÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA I- Reconhecer como profissionais de saúde de nível superior as seguintes categorias: 3. Profissional de Educação Física 4o fator de risco mais importante para a mortalidade global – Percentual mundial de mortes atribuídas a: » Hipertensão arterial = 13% » Tabagismo = 9% » Hiperglicemia = 6% » Sedentarismo = 6% » Sobrepeso/obesidade = 5% O sedentarismo é a causa principal de: » 21-25% de câncer de mama & cólon » 27% of diabetes » 30% cardiopatia SEDENTARISMO Dra. Prue Cormie Orientadora do programa de Pós-doutorado no Instituto da Saúde e Wellness da Universidade Edith Cowan (Austrália). Fórun Internacional de Atividade Física e Saúde (2011) Unidade I - Conceitos Básicos - Lesão - Quanto ao mecanismo - Microtrauma (Atraumática) - Macrotrauma (Traumática) - Crônica - Aguda - Definição de termos - Fases da Recuperação - Inflamatória - Cicatrização - Remodelação - Crioterapia - Conceito - Aspectos Fisiológicos - Indicação - Contra-indicação - Formas de aplicação - Sistema PRICE - Quatro pilares da Recuperação Musculoesquelética (RME) - Amplitude de Movimento (ADM) - Força - Propriocepção - Equilíbrio Unidade II – Lesões Musculares - Contusão - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Distensão (Estiramento) - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME Unidade III – Pé e Tornozelo - Fascite Plantar / Esporão Calcâneo) - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Entorse de tornozelo inversão e eversão - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Tendinite de Calcâneo - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Periostite de Tibial - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME Unidade IV – Joelho - Avaliação Musculoesquelética -Testes - Gaveta Anterior / Posterior - Bocejo lateral / medial - Teste Lachman - Teste de Mcmurray - Teste de Apley - Compressão Patelar Lesões - Tendinopatia Patelar / Quadriciptal - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Síndrome de Osgood-Schlatter - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Condromalácia patelar - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Lesão do LCA - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Lesão do LCM - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME -Lesões meniscais - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME Unidade V – Quadril - Osteíte Púbica - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Bursite Trocantérica - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME Unidade VI – Coluna Vertebral - Fatores predisponentes a alteração na coluna vertebral - Avaliação Musculoesquelética -Testes - Teste de Lasegue - Teste de Flexores do Quadril - Teste de Ober - Hérnia Discal - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Espondilólise e Espondilolistese - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME Unidade VII – Complexo do Ombro - Avaliação Musculoesquelética -Testes - Teste de Supra-espinhoso - Teste de Speed - Palpação da Bursa - Teste irritativo de Neer - Teste Palmar Up - Teste diferencial de Tendinite e de Bursite - Teste de Yergason - Síndrome do Impacto (Supra-espinhoso / Porção longa do Bíceps / Bursite Subacromial) - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Luxação Glenoumeral - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME Unidade VIII – Cotovelo e Punho - Epicondilite lateral / medial - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Síndrome do Túnel do Carpo - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME - Tenossinovite de Quervain - Conceitos - Mecanismo de lesão - Esportes e atividades com maior incidência - Classificação / estágio - Fatores predisponentes - RME METODOLOGIA Aulas teóricas expositiva com utilização de retroprojetor ou datashow; Aulas práticas com o conteúdo abordado nas aulas teóricas; Dinâmica em grupo e debates sobre temas atuais de interesse dos alunos. AVALIAÇÃO As avaliações AV1 e AV3 compreenderão de prova teórica pertinente a 100% do grau. A avaliação AV2 será compreendida de prova teórica pertinente a 80% do grau e prova prática compreendendo 20% do grau. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ANDREWS, JR.; HARRELSON, GL.; WILK, KE. Reabilitação Física do Atleta. 3ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2005 CIPRIANO, Joseph J.; JAHN, Warren T.; WHITE, Mark E. Manual fotográfico de testes ortopédicos e neurológicos. Tradução João Cândido de Oliveira Neto. São Paulo: Manole, 1999. COHEN, A. Lesões no Esporte. Rio de Janeiro: Revinter, 2003. KENDALL, Florence Peterson; MCCREARY, Elizabeth Kendall; PROVANCE, Patrícia Geise. Musculos: provas e funções. Tradução Lilia Breternitz Ribeiro. 4. ed. São Paulo: Manole, 1995. MAGEE, David J. Avaliação musculoesquelética. Tradução Marcos Ikeda. São Paulo: Manole, 2005. PRENTICE, Técnicas de reabilitação em Medicina Esportiva. São Paulo: Manole, 2003 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR EEITNER, D. et al. Fisioterapia nos esportes. São Paulo: Manole, 1989.KISNER, C. Exercícios Terapêuticos. São Paulo: Manole, 1992. SANTOS, A. Exercício Físico e o controle da dor na coluna: biomecânica, epidemiologia e avaliação. Rio de Janeiro: Medsi, 1996. XHARDEZ, Y. Manual de cinesioterapia: técnicas, patologia, indicações, tratamento. Rio de Janeiro: Atheneu, 1990. BRYAN, O.; MARK, A.; STEVEN, A. Segredos em medicina física e de reabilitação. Porto Alegre: Artmed, 2000. KOTKE, F. Tratado de medicina física e reabilitação de Krusen. São Paulo: Manole, 1994. Site com imagens para as patologias: http://www.milton.com.br/esporte/ BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR EEITNER, D. et al. Fisioterapia nos esportes. São Paulo: Manole, 1989. KISNER, C. Exercícios Terapêuticos. São Paulo: Manole, 1992. SANTOS, A. Exercício Físico e o controle da dor na coluna: biomecânica, epidemiologia e avaliação. Rio de Janeiro: Medsi, 1996. XHARDEZ, Y. Manual de cinesioterapia: técnicas, patologia, indicações, tratamento. Rio de Janeiro: Atheneu, 1990. BRYAN, O.; MARK, A.; STEVEN, A. Segredos em medicina física e de reabilitação. Porto Alegre: Artmed, 2000. KOTKE, F. Tratado de medicina física e reabilitação de Krusen. São Paulo: Manole, 1994. Site com imagens para as patologias: http://www.milton.com.br/esporte/ Lesão A lesão é caracterizada por uma alteração ou deformidade tecidual diferente do estado normal do tecido, que pode atingir vários níveis de tecidos assim como os mais variados tipos de células. Unidade I - Conceitos Básicos Lesões primárias de natureza Aguda ou Crônica Tem origem em um único insulto São cargas repetidas de longo prazo Resultantes de forças Macrotraumáticas (Traumática) Microtrauma (Atraumática) Lesão que pode ser percebida imediatamente e que envolve Definido como um problema musculoesquelético de traumatismo súbito direto ou indireto. longa duração ou recidivante desencadeado pelo excesso de uso ou por uma mecânica incorreta Fraturas Tendinite Luxações Tenossinovite Subluxações Bursite Entorses Algumas distensões Contusões Lesões secundárias É essencialmente a resposta inflamatória ou hipóxia secundária, que ocorre em razão da lesão primária. As progressões dos exercícios de recuperação musculoesquelética são baseadas principalmente nas três fases da lesão. Apesar destas fases serem apresentadas como fases distintas, o processo de recuperação é contínuo, ocorrendo sobreposição de uma fase à outra durante o processo. Não havendo portanto, pontos definidos de início e término. Fases de Recuperação Inflamatória Tem início logo após o trauma, podendo durar algumas semanas,no entanto ela atinge o seu ápice entre 48 e 72 horas após a lesão. A destruição do tecido produz lesão celular de diversos tecidos moles, induzindo a uma alteração metabólica, liberando substâncias que iniciam a resposta inflamatória. A fase inflamatória é determinante para todo o processo de recuperação. Caso ela não aconteça ou se desenvolva de forma desordenada, a recuperação da lesão não ocorre. Os cinco sinais da inflamação são: dor, calor, rubor, edema e perda de função. Estratégia para o Treinamento na Fase de Inflamação • Prevenção de novos danos teciduais e prolongamento da inflamação • Uso de relativo repouso e modalidades passivas de treinamento • Manutenção da função cardiorrespiratória e da musculatura não lesionada • Não utilizar exercícios ativos para a área lesionada POTACH, D.H & BORDEN, R.A (2000) Cicatrização Após os fenômenos inflamatórios terem ocorrido, inicia-se a atividade de cicatrização, com o reparo do tecido que foi lesado. A fase de cicatrização pode durar várias semanas. Nessa fase, a maioria dos sinais e sintomas da fase inflamatória está ausente. Normalmente, ainda existe dor à palpação e quase sempre em alguns movimentos que forçam o tecido lesado. Conforme ocorre a progressão da cicatriz, ocorre diminuição da dor. • Prevenção de excessiva hipertrofia muscular e degeneração articular na área lesionada • Manutenção da função cardiorrespiratória e da musculatura não lesionada • Possíveis opções de exercícios incluem: - Exercício submáximos (isométrico, isocinético e isotônico) - Treinamento do controle neuromuscular e equilíbrio Estratégias para o Treinamento na Fase de Cicatrização (Reparo) POTACH, D.H & BORDEN, R.A (2000) Remodelação Caracteriza-se pelo realinhamento das fibras de colágeno que compõem o tecido cicatricial. Esse processo ocorre de acordo com as forças de tensão às quais o tecido é submetido. Com o aumento do estresse e da tensão, as fibras colágenas realinham-se em uma posição de eficiência máxima. O tecido adquire, gradativamente, a aparência e função normais, apesar da cicatriz normalmente não ser tão forte quanto o tecido original. Geralmente após algumas semanas, dependendo da lesão, forma-se uma cicatriz. Estratégias para o Treinamento na Fase de Remodelação • Otimização da função do tecido • Sobrecarga progressiva dos sistemas neuromuscular e cardiorrespiratório • Possíveis opções de exercícios incluem: - fortalecimento da angulação articular específica - atividade muscular na velocidade específica - exercícios de cadeias cinéticas abertas e fechadas - treinamento de controle neuromuscular e equilíbrio dinâmico POTACH, D.H & BORDEN, R.A (2000) Quatro pilares da Recuperação Musculoesquelética (RME) Amplitude de Movimento (ADM) Amplitude de Movimento é a extensão de movimento osteocinemático disponível para atividades de movimento, funcionais ou de outro tipo, com ou sem assistência (BLAUVELT, 1985). A assistência na movimentação de um segmento corporal dada pelo profissional torna necessária a divisão da amplitude de movimento em três níveis de execução: Amplitude de movimento ativo – Movimento articular executado e controlado unicamente pelos esforços musculares voluntários do indivíduo, sem auxílio ou a resistência de uma força externa. (FLETCHER, 2003) Amplitude de movimento ativo assistido – Movimento articular executado e controlado, em maior ou menor grau, pelos esforços musculares voluntários do indivíduo, em combinação com a assistência de força externa (auxilio de uma outra parte do corpo, outra pessoa ou aparelho mecânico). Amplitude de movimento passivo – Movimento articular executado e controlado unicamente pelos esforços de uma força externa, sem o uso da contração muscular voluntária pela pessoa. (FLETCHER, 2003) Força TIPO DE CONTRAÇÃO AÇÃOPOSSÍVEL • Isométrica Desenvolve tensão sem movimento • Isotônica Concêntrica / excêntrica • Isocinética Concêntrica / excêntrica (Biodex ou Cybex) Definição Propriocepção É uma modalidade sensorial que envolve sensação de movimento e posição articulares com base em informações de outras fontes que não visual, auditiva ou cutânea superficial. Essas fontes são os receptores, pequenos órgãos especializados em internalizar informações obtidas do meio externo ou mesmo de enviar informações ao Sistema Nervoso Central (SNC) sobre as relações do corpo com ele mesmo ou com o meio externo e são presentes em cápsulas, ligamentos, tendões e músculos. (Fonseca, 2003) Propriocepção Informação sensorial sobre: 1. Posição do corpo e suas partes; 2. A extensão e a força do movimento; 3. A tensão muscular; 4. A pressão física. (BARBANTI, 2003) Análise qualitativa do grau de propriocepção Acima de 60 segundos Excelente Entre 46 – 60 segundos Bom Entre 21 – 45 segundos Regular Entre 0 – 20 segundos Ruim Classificação do grau de propriocepção Teste de Freeman-Romberg (SALGADO, 1995) adaptado, que consiste em cronometrar quanto tempo o indivíduo permanece sem oscilar na posição em apoio unipodal, olhos fechados e as mãos para trás. (Macorini e Pastre, 2004) TÉCNICAS PROPRIOCEPTIVAS É importante, no caso principalmente de atletas, trabalhar o movimento lesivo. Ele deve se acostumar ao movimento que cause a lesão. Trabalhar ao máximo os movimentos inconscientes, tirando dele a atenção visando efetividade do tratamento. As fases de tratamento são três e ocorre mudança de uma fase para a outra, quando o paciente já estiver dominando aquela fase anterior. Baixo Impacto Feita sem carga e peso corporal sobre o segmento. Objetivo: dar velocidade ao movimento. Leito - trabalho com toques em várias regiões solicitando que o paciente faça movimentos na direção que você estimulou. O objetivo é dar velocidade aos movimentos aumentando gradativamente. Fases de tratamento Médio Impacto Coloca o peso do corpo. Sempre usar bom senso, dependendo do cliente e do tipo de lesão. Há um leve apoio sobre segmento e a articulação sofre uma leve pressão. Pode-se usar uma tábua com talco com uma meia para diminuir o atrito. Pode ser feito com bola ou skate. Solicitar ao paciente que ele faça movimentos para frente e para trás e depois de um lado para o outro. Deslizamento - mesmo objetivo do exercício anterior. Distribuição de Peso (ortostática) - inicialmente bipodal. Pede-se que o cliente coloque o peso do corpo em cada um dos membros, desequilibrar o cliente para frente e para trás. Depois, apoio unipodal com semi-flexão de joelho. Pode aumentar a dificuldade, associar a flexão de tronco (tudo em solo duro e firme). Pode dar toques para que ele desequilibre e tente se reequilibrar. Movimento Pivô - semi-flexão de joelho e rotação de tronco é um movimento lesivo. Só pode ser feito se a pessoa estiver bem preparada, com musculatura firme e trabalhada. Skate - com resistência, pode fazer movimentos de instabilidade, pode substituir o giroplano. O skate deve ser do maior. Trabalha desaceleração. Giroplanos - com um pino você faz a associação de movimentos e com dois pinos se faz a flexão e extensão. O objetivo é não deixar o cliente se equilibrar. Alto Impacto Pessoas com bom condicionamento físico. Solos - vários solos diferentes e várias formas de trabalho, ocorre impacto sobre a articulação (objetivo da técnica). Colocar o cliente para saltitar de um lado para o outro, para frente e para trás com um só pé ou com os dois. Sempre calçado, na areia pode ser descalço. Espuma/Cama Elástica - para isso é importante ter condicionamento físico, musculatura forte. A espuma promove uma instabilidade maior e você pode usar diferentes densidades para que ele pule de uma para outra, e a cama elástica dependendo do cliente podemos colocá-lo para pular corda na cama elástica. Escada/Estepe - trabalhar condicionamento físico da musculatura com amplitudes pequenas (movimentos pequenos), começar lento e depois aumenta a velocidade e amplitude dos movimentos. Corrida - para condicionamento do cliente. Pode ser livre, cronometrada ou para ver se o indivíduo sente algo. Circuito - vários solos, obstáculos diferentes (com zigue- zague por exemplo), cones, caixas de areia, pneus, traves para que ele pule, associando a solos diferentes. Esse tipo é feito somente com atletas. Progressão, Volume e Intensidade Séries - 2 a 5 Tempo de sustentação - 10 seg a 30 seg. Frequência: 2 a 3 sessões semanais. Progressão na intensidade? Equilíbrio É o processo de controle do centro de gravidade do corpo sobre a base de sustentação ou, mais genericamente, dentro dos limites da estabilidade, quer estacionaria, quer em movimento. (BANDY E SANDERS, 2003) A interação dinâmica entre diversos sistemas integram estratégias tanto motora como sensoriais, para manter o equilíbrio estático e dinâmico. Essa interação é um processo complexo que depende de: 1. Estimulos sensoriais 2. Integração sensoriomotora pelo sistema nervoso central 3. Respostas posturais Equilíbrio Equilíbrio Estático (suporte duplo e simples) – capacidade de manter o corpo em uma posição especifica. Equilíbrio Semi-dinâmico. Equilíbrio Dinâmico – Capacidade de manter o corpo em equilíbrio enquanto se move. Progressão dos exercícios de Principais musculaturas envolvidas no controle do equilíbrio Estabilidade central Transverso do Abdomem Oblíquos externo e interno Quadrado Lombar Multifídos Rotadores da Coluna Progressão Volume e Intensidade Séries - 2 a 5 Tempo de sustentação - 10 seg a 30 seg. Frequência: 2 a 3 sessões semanais. Progressão na intensidade? "Como cientistas, temos que proporcionar sistematicamente as evidências médicas e as conexões interdisciplinares para mostrar que o exercício, e não os medicamentos, exerce o maior impacto sobre a doença de forma a melhorar a saúde". Dr. Frank Booth é professor da Universidade de Missouri, Colúmbia, MO. Sua linha de pesquisa aborda a base molecular da inatividade física e os riscos de doenças nos seres humanos e animais domésticos Crioterapia Conceito É toda e qualquer utilização de gelo ou aplicação de frio para o tratamento de lesões. Aspectos fisiológicos A crioterapia produz efeitos que podem ser resumidos como: - Efeitos inflamatórios - Efeitos circulatórios - Redução de edema - Diminuição do metabolismo tecidual - Decréscimo da dor e espasmo muscular Indicação Nos primeiros 5 minutos pós trauma. Dor e espasmo muscular – 15 a 25 minutos. Acima de 30 minutos promove-se o início de ulceração e/ou paralisia do nervo. Contra-indicação As contra-indicações estão previstas para pessoas queapresentam algumas das seguintes condições clínicas: problemas cardíacos, circulação local comprometida ou hipersensibilidade ao frio. Formas de aplicação A crioterapia possui várias técnicas específicas que utilizam o frio nas formas, líquida (água), sólida (gelo) e gasosa (gases). Pode ser aplicada de acordo com os seguintes métodos: Compressas de gelo; massagem com gelo; Compressas frias químicas; Aparelhos de frio; Imersão em gelo; Spray refrigerantes e outros Protection A área lesada deve ser protegida contra lesões adicionais. Sistema PRICE Para limitar o edema o sistema PRICE pode ser utilizado. Restricted Ativity O período de restrição de atividade após qualquer lesão é absolutamente crítico em todos os tipos de programas. O tempo de repouso necessário varia de acordo com a gravidade da lesão, recomendando-se em lesões menores um repouso de aproximadamente 24 a 48 horas, lembrando que o repouso aplica-se apenas à parte lesada do corpo. Ice O uso do frio é tratamento inicial para praticamente todos as lesões do sistema musculoesquelético. Principais objetivos: Vasoconstrição local. - Diminuição do metabolismo, - Diminuição dos reflexos musculares, - Bombardeio do Sistema sensorial cutâneo. Compression Diminuição do espaço disponível para o edema; Utiliza-se de distal para proximal; Recomendada no tempo mínimo de 72 horas. Elevation Principalmente se o edema for a uma das extremidades, facilita a eliminação dos efeitos da força da gravidade. Lesões Musculares Distensão (Estiramento) Conceito Uma distensão muscular ou simplesmente o estiramento muscular, ocorre quando uma unidade músculo tendinosa tem a sua capacidade tênsil ou a sua extensibilidade excedida. Unidade II – Lesões Musculares Classificação O grau e gravidade das lesões são baseados no número e na extensão das fibras lesionadas. Grau 1: ruptura de uma pequena quantidade de fibras. Ocorre dor quando o músculo é solicitado pela contração, mas a amplitude continua preservada. Grau 2: praticamente igual a lesão de primeiro grau mas com maior intensidade (dor, moderada hemorragia, processo inflamatório local e diminuição maior da função). Grau 3: ruptura completa do músculo, a cura só é possível através da cirurgia. Mecanismo de lesão • Traumatismo direto (contusão); • Alongamento excessivo; • Cargas de ação repetitiva; • Contração muscular vigorosa e abrupta; • Laceração – causada por trauma grave e principalmente por objetos penetrantes. Esportes e atividades com maior incidência • Que apresentam contato físico; • Mudanças bruscas de direção; • Contrações repetidas. Fatores predisponentes • Encurtamentos musculares; • Desequilíbrios musculares; • Sobrecarga excessiva; • Superfície de treinamento; • Métodos de treinamento incorretos; • Gesto motor com a mecânica incorreta; • Temperatura ambiente desfavorável. RME Deve ser realizada tendo como base as fases da lesão: • Fase inflamatória – o principal é controlar os sinais inflamatórios Tratamento com gelo e compressão Os exercícios não são recomendados • Fase de cicatrização – o processo inicia-se cerca de 3 a 5 dias após a lesão O retorno às atividades ainda não deve ocorrer • Fase de remodelação – o tempo recomendado para o retorno às atividades esportivas é variado (restauração completa de 15 a 60 dias) Libera-se o atleta quando este atinge a ADM normal Força muscular igual ou próxima ao membro contra-lateral Iniciar as atividades de forma gradual, sem dor ou desconforto Fascite Plantar / Esporão de Calcâneo Fascite plantar é uma inflamação da aponeurose plantar, estrutura fibrosa localizada na região plantar com um ponto de inserção no calcâneo. Esporão calcâneo é uma formação óssea reativa em forma de esporão localizada na face plantar do calcâneo, que acomete cerca de até 50% das pessoas portadoras de fascite plantar. Unidade III – Pé e tornozelo Mecanismo de lesão: O tendão de Aquiles se prende ao calcâneo. Se o tendão está muito tenso, há uma redistribuirão ao longo da fáscia. Se seu pé aplaina, ou fica instável durante tempos criticos no andar ou ciclo corrente, o arco “puxa“ a fáscia plantar proporcionando um aumento da tensão, que podem provocar pequenas rupturas junto à sua inserção no osso do calcanhar. Essas lesões resultarão em inflamação, edema e dor. Isto próximo ao osso pode provocar uma reação de defesa, formando o osteófito. Esportes e atividades com maior incidência: Essa lesão atinge cerca de 10% da população em pelo menos um momento da vida e sua causa mais comum é de origem mecânica, envolvendo forças compressivas que ampliam o arco longitudinal do pé. Esportistas de atletismo ou que praticam esportes com corridas e saltos, são mais acometidos por esta lesão. Indivíduos obesos apresentam maior incidência Há uma relação estreita entre o aumento do IMC e as manifestações clínicas da doença Estágio 1 - dor após a atividade física; Estágio 2 - dor antes e após a atividade física, que desaparece com o aquecimento; Estágio 3 - dor antes, durante e após a atividade física, com perda da performance; Estágio 4 - dor permanente que prejudica as atividades da vida diária. Estágios da lesão: A dor produzida pela fascite plantar geralmente não é incapacitante, embora possa limitar algumas atividades. Fatores predisponentes Fatores predisponentes A fascite plantar é resultado de uma desordem nas fibras da fáscia plantar, causada, possivelmente, por anormalidades anatômicas e uso excessivo, entretanto outros fatores podem estar associados à mesma, tais como: • Desequilíbrio muscular; • Diminuição da flexibilidade; • Desvios posturais; • Uso de calçados inadequados; • Aumento do tamanho do passo durante a corrida; • Superfície de treinamento inapropriada; • Encurtamento muscular; • Restrição dos movimentos; • Sobrecarga de treinamento; • Distúrbios articulares. Como o esporão é uma decorrência da fascite, o tratamento é semelhante: 1. Drogas antiinflamatórias; 2. Infiltração de corticóide; 3. Uso de palmilhas especiais e elevação do salto; 4. Cirurgia (é de resultado discutível – 5%); 5. Crioterapia; RME: 6. Fortalecimento muscular; Exercício para o fortalecimento do tibial anterior e o fibular terceiro (DORSIFLEXÃO) Exercício para o fortalecimento do tibial posterior, o flexor longo dos dedos e o flexor longo do hálux (INVERSÃO) 7. Flexibilidade. Alongamento dos dorsiflexores do tornozelo, tibial anterior. Gastrocnêmio Sóleo Alongamento com ajuda de rampa Alongamento dos flexores plantares do tornozelo na posição sentada, utilizando uma toalha Alongamento da fáscia plantar Alongamento manual Alongamento no solo Pró-alongamento(Protretch) Exercícios para desenvolver a resistência cardiorrespiratória Entorse do tornozelo (inversão e eversão) Conceito: A entorse é a lesão traumática mais comum do tornozelo. Esta condição varia desde um estiramento simples das fibras ligamentares, até ruptura dos ligamentos com ou sem avulsão dos ossos nos quais se fixam. Mecanismo de lesão: As lesões do tornozelo são causadas por uma súbita aplicação de força que exceda a resistência dos ligamentos, rodando o pé em inversão ou eversão. Geralmente, as entorses ocorrem por inversão que é um movimento combinado de flexão plantar, adução e rotação interna. O talus é mais estreito em seu segmento posterior, portanto, a posição do pé em flexão plantar deixa a articulação relativamente mais instável na forquilha, possibilitando maior incidência de entorse durante este movimento. Na entorse por eversão, que é um movimento combinado de dorsi flexão, adução e rotação externa, as fibras do ligamento deltóide raramente são sobrecarregadas e existe uma probabilidade maior de avulsão ou fratura do maléolo medial. Esportes e atividades com maior incidência: As lesões ligamentares do tornozelo são muito comuns nos esportes terrestres. Sua maior incidência se dá nos esportes com bola e de alto impacto, como no basquete, vôlei, futebol, futsal e handebol. Entorses do tornozelo por inversão (80 %) Representa 45% das lesões do Basquetebol - EUA (Congresso Med. Esport. Sul Ameriano 2002) Classificação: A gravidade da entorse depende do grau de distensão ou de laceração ligamentar, assim classificados: Grau I - há algum estiramento ou talvez ruptura de algumas fibras ligamentares, com pouca ou nenhuma instabilidade articular. Dor leve, pequeno edema rigidez articular pode ser detectado; Grau II - há alguma ruptura e separação das fibras ligamentares e instabilidade moderada da articulação. Dor, edema e rigidez articular, de moderados a severos devem ser esperados; Grau III - envolve a ruptura total do ligamento e manifestam-se primariamente pela instabilidade acentuada da articulação. Uma dor severa pode estar presente inicialmente, seguida por desaparecimento da mesma, em virtude da ruptura total das fibras nervosas. O edema pode ser grande e, portanto, a articulação tende a tornar-se muito rígida, algumas horas após a lesão. Fatores predisponentes: As lesões de sobrecarga características do esporte são provocadas por uma combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos tais como: • Frouxidão ligamentar • Desequilíbrio muscular • Tipos de calçados • Marcha anormal • Joelho varo ou valgo • Assimetria no comprimento dos membros inferiores • Fraqueza muscular • Alterações na flexibilidade • Composição e tamanho corporal • Pronação ou supinação dos pés Os objetivos da reabilitação são: • Controlar os sinais inflamatórios, • Restaurar a amplitude de movimento; • Fortalecer os músculos do tornozelo; • Restabelecer o controle neuromuscular, • Além de melhorar o equilíbrio e coordenação motora. RME: Estabilização ativa Loja anterior: tibial anterior (supinação/inversão) extensor longo do hálux (supinação/inversão) extensor longo dos dedos (dorsiflexao do tornozelo e a extensao dos dedos) Loja posterior: Triceps sural Loja póstero-lateral: Fibulares (flexão plantar e pronação) Loja póstero-medial: Flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux e tibial posterior (inversão do tornozelo) Exercícios de fortalecimento muscular Exercícios isotônicos em cadeia cinética aberta: Exercícios de inversão. No exercício A, o material utilizado é uma caneleira com peso e, no exercício B, um tubo de borracha. Exercício de eversão utilizando caneleira com peso (A) e tubo de borracha (B). O exercício fortalece os fibulares longo, curto e terceiro e o extensor longo dos dedos. Exercício de dorsiflexão para o fortalecimento do tibial anterior e o fibular terceiro. O exercício pode ser realizado com uma caneleira de peso (A) ou com um tubo de borracha (B). Exercícios de alongamento Exercício feito no giroplano é importante para a recuperação da amplitude de movimento normal do tornozelo. Alongamento dos extensores do tornozelo Exercícios de propriocepção Giroplano e Tábua de equilíbrio Tendinite calcanear Conceito: A tendinopatia calcanear é consequência de uma sequência de estresses mecânicos repetitivos aplicados às estruturas musculo-osteo-tendinosas, ao nível do osso calcâneo e do próprio corpo do tendão, e a capacidade que essas estruturas têm em se adaptar a essas forças de tensão. Estas estruturas conseguem resistir a uma deformação até a um determinado ponto, mas quando a qualidade e a quantidade das tensões excedem os limites dessas deformações, as respectivas estruturas entram em ruptura. Mecanismo de lesão: O desenvolvimento da lesão é, quase sempre, gradativo e a longo prazo. As atividades repetitivas de sustentação de peso, como a corrida ou treinamento físico, em que a duração e a intensidade aumentam muito rapidamente, com tempo de recuperação insuficiente, podem piorar o distúrbio. Deve-se considerar, também, o uso de calçados inadequados à prática esportiva (observar tipo de pisada) como sendo um elemento que pode desencadear a tendinite. (SOUZA, 2006) Esportes e atividades com maior incidência: Os corredores e outros atletas de endurance normalmente são os que apresentam uma alta incidência de tendinite calcanear. Estágios da Lesão: Os sintomas da tendinite do calcâneo normalmente são oriundos de um princípio insidioso. • Relato de sutil dor no tendão após uma corrida; • Se o sintoma é ignorado e o individuo continua correndo sem o devido tratamento, a dor permanece presente no início da corrida, aumentando durante o percurso ou com o aumento da velocidade das passadas; • Eventualmente o indivíduo apresenta dor durante uma caminhada e não é mais capaz de correr. Fatores predisponentes: • Encurtamento do tríceps sural decorrente de falta de alongamento e/ou postura inadequada; • Erro de técnica na marcha e/ou na corrida, com alterações biomecânicas no movimento; • Desequilíbrio muscular entre agonistas e antagonistas; • Déficit excêntrico da musculatura responsável pela desaceleração; • Sobrecarga excessiva; • Pronação excessiva da articulação subtalar; • Antepé varo; • Tíbia vara; • Superfície de treinamento. RME: É importante criar um ambiente adequado para recuperação, substituindo a atividade estressante por uma atividade que reduza as tensões no tendão. As anormalidades biomecânicas estruturais, que se manifestam com a pronação ou supinação excessiva, devem ser compensadas com o uso de palmilhas ou um calçado adequado ao seu tipo de pisada: • Pronada - tênis com mais estabilidade e menos amortecimento; • Supinada - tênis mais flexível e com mais amortecimento. - Crioterapia - Uso de antiinflamatórios orais e de uso tópicos; - O fortalecimento dos músculos do complexo gastrocnêmio-sóleo (panturrilha); • O alongamento do complexo Gastrocnêmio-Solear (panturrilha); • Uso de calcanheira de silicone para atenuar o impacto pode ser utilizada, atentandopara o fato de não usar por muito tempo, evitando o encurtamento em demasiado do tendão, que pode ser prejudicial; • Exercícios de propriocepção. - A progressão caminhada/corrida moderada sobre superfície firme pode ser iniciada quando os sintomas tiverem cedido e o arco de movimento, a força, a resistência e a flexibilidade estiverem normalizadas, em comparação com o lado não-acometido. - Deve-se ter conhecimento de que esta progressão é criada para melhorar a capacidade dos tendões afetados, de modo que tolerem o estresse de forma controlada e não para melhorar o nível de condicionamento físico. Este deverá ser mantido com natação e bicicleta ergométrica. Periostite de tibial Conceito: Periostite, conhecida como canelite, é uma inflamação no periósteo (periósteo é uma membrana muito vascularizada, fibrosa e resistente, que envolve por completo os ossos), muito comum no corredor que submete seus membros inferiores, em particular as tíbias, a esforços intensos, principalmente, nas corridas de longa duração. Mecanismos de lesão: Esforços intensos de membros inferiores, sobrecargas excessivas e treinamentos com duração prolongada, levam a um grande aumento na vascularização das tíbias, principalmente no espaço periostal e subperiostal. Esse aumento de circulação pode levar a pequenos sangramentos nesses espaços, que em sua organização, podem receber depósitos de cálcio. Com o passar do tempo, os fenômenos vão acumulando-se e começam a aparecer os primeiros sintomas de dor e edema na região ântero medial das tíbias pelas forças de compressão na fase de apoio do membro ou mesmo na fase de balanço. Esportes com maior incidência: As principais características dos esportes que causam ou ajudam a levar a periostite tibial são: estresse excessivo, sobrecarga, esportes praticados em superfícies instáveis e/ou rígidas, calçados inadequados, que não proporcionam amortecimento adequado, dentre outros fatores. Estágios da Lesão: Inicialmente podem surgir dores discretas após os treinamentos, posteriormente, as dores já surgem no final dos treinamentos e a seguir, durante todo treinamento e até nas fases de repouso. Com o tempo, as dores se tornam constantes, dificultando inclusive a simples caminhada. Dores fortes na palpação de toda a tíbia e o aumento importante de toda crista tibial caracterizam o fato de que o depósito calcário e a hipervascularização já fazem parte do osso propriamente dito. Nessa altura nenhuma terapia clínica traz resultado e a operação se impõe. É importante assinalar o diagnóstico diferencial com fratura de estresse, na qual temos dor na palpação em um ponto localizado em vez de em toda extensão da tíbia. Fatores predisponentes: Dentre os fatores predisponentes para a incidência da periostite tibial posterior, pode-se citar: • Desvios posturais • Desequilíbrio muscular • Diminuição da flexibilidade • Uso de calçados inadequados • Corrida com gestual motor incorreto • Superfície de treinamento inapropriada • Encurtamentos musculares • Sobrecarga de treinamento • Distúrbios articulares RME: • As atividades de corridas e saltos devem ser completamente eliminadas durante os primeiros sete a dez dias após o diagnóstico. • Antiinflamatórios • Gelo • Alongamento • A abordagem dessa lesão deve incluir o encaminhamento ao médico, a fim de excluir a possibilidade de fraturas por estresse por meio da escanometria óssea e das radiografias comuns. • Alguns casos se faz necessário o uso de palmilha para a correção da pronação • O retorno a corrida deve ser gradual • A correção do gestual motor com a mecânica incorreta, a mudança do tipo de piso, tênis mais apropriados ou mesmo a utilização de palmilhas também devem ser considerados como fundamentais para a completa recuperação. • A recomendação da cirurgia Avaliação Musculoesquelética Testes - Gaveta Anterior / Posterior - Bocejo lateral / medial - Teste Lachman - Teste de Mcmurray - Teste de Apley - Compressão Patelar Unidade IV – Joelho Gaveta Anterior / Posterior • O examinador senta sobre o dorso do pé do examinado para estabilizar a perna . • Puxar o platô tibial para testar o LCA . • Empurrar o platô tibial para testar o LCP Observações : - Comparar com o deslocamento do joelho não lesionado ou com o deslocamento do mesmo joelho antes da lesão. - A sensibilidade deste teste não é boa se o joelho estiver inchado ou dolorido. Bocejo lateral / medial Teste de Lachman Colocar o joelho em leve flexão com um ângulo de 20 a 30º . - Segurar a coxa com uma das mãos e tentar anteriorizar a tíbia com a outra mão na sua parte posterior (semelhante ao Teste da Gaveta ) . - Se houver deslocamento anterior da tíbia haverá lesão do LCA. Obs. : Este teste é útil nos casos de edema e quadro álgico . - Paciente em decúbito dorsal - Forçar a flexão do joelho - Para o menisco medial: - Aplicar rotação externa máxima - Estender lentamente - Um estalido será ouvido ou sentido palpando-se a linha meniscal pósteromedial. - Haverá relato de dor Obs. : Alguns recomendam uma tensão em valgo c/ a rotação externa . - Para o menisco lateral : ídem com rotação interna. Obs. : Alguns recomendam uma tensão em varo c/ a rot. interna . Teste de Mc Murray Teste de Apley Teste dos Meniscos Compressão com rotação interna e externa da tíbia Testes de compressão patelar Compressão Patelar Mobilizar a patela exercendo pressão sobre ela: haverá crepitação e/ ou dor . Contração do Quadríceps Pedir ao paciente para con trair o quadríceps, seguran do a patela dentro do sulco Teste de Ober LESÕES Tendinopatia patelar Conceitos: A tendinopatia patelar é uma das condições tendinosas mais comuns em praticantes de modalidades esportivas, também conhecida como síndrome do joelho do saltador e caracteriza-se por uma tendinite patelar. Mecanismo de lesão: Podem estar associadas as altas demandas do mecanismo extensor, e também a sobrecarga do tendão patelar no salto com explosão e corrida, que podem resultar em ruptura parcial ou sobrecarga crônica do tendão. Esportes e atividades com maior incidência: Futebol Corrida de longa distância Ginástica artística Salto em distância Basquete handebol Voleibol Classificação / estágio: Estágio 1 – Dor após a atividade física Estágio 2 – Dor antes, que desaparece com o aquecimento e a atividade Estágio 3 – Dor durante a atividade física, com perda da performance Estágio 4 – Dor permanente Estágio 5 – Ruptura do tendão Fatores predisponentes: Fatores intrínsecos – desequilíbrio muscular, déficit excêntrico, mecânica incorreta no gestual motor, alterações do alinhamento biomecânico dos membros inferiores, diferenças de comprimento dos membros inferiores e encurtamentos musculares. Fatores extrínsecos – sobrecarga excessiva e métodos de treinamento utilizados. RME: • Medicamento antiinflamatório • Cinta infrapatelar • Treinamento de força do mecanismo extensor incluindo ação excêntrica • Alongamento Evitar situações dolorosas Conceitos: Síndromedolorosa na região da tuberosidade da tíbia de causa idiopática (causa espontânea ou obscura). Síndrome de Osgood-Schlatter Mecanismo de lesão: Causada por crescimento rápido dos ossos longos, acoplados à tensão sobre o tendão da patela por causa das atividades esportivas. Esportes e atividades com maior incidência: É mais comum em meninos de 8 a 12 anos, que praticam esportes, principalmente os que incluem chutes, saltos e corridas. Atinge também meninas de 10 a 12 anos que praticam patinação ou ginástica (vigorosos saltos acrobáticos). Estágios da lesão: • Garotos muito ativos com idade entre 8 – 12 anos são mais acometidos, mas os sintomas desaparecem quando o crescimento se completa. • É uma doença curada espontaneamente, raramente o problema persiste após o crescimento total (17 – 18 anos). • Em indivíduos mais velhos podem ser causados por corpos livres no local da inserção do tendão patelar ou até na bolsa sub-patelar, mas podem ser removidos cirurgicamente com bons resultados. Fatores predisponentes: • Desvios posturais; • Patela alta; • Assimetria de membros inferiores; • Encurtamento do quadríceps; • Desequilíbrios musculares; • Sobrecarga excessiva. RME: A recuperação da síndrome é conservadora, com excelentes resultados na maioria dos casos. A abordagem inicial consiste em: • Diminuir ou suspender atividade física que cause dor; • Criorerapia, anti-inflamatório, proteger a tuberosidade; • “Tira” infrapatelar durante atividade; • Imobilização por até 6 semanas, nos sintomas severos A recuperação será sintomática e devem ser adotadas medidas preventivas contra contusões. Exercícios de fortalecimento muscular (pouca tensão na tuberosidade). Exercícios de alongamento do quadríceps e isquiotibiais Condromalacia patelar “Joelho de Corredor” Conceitos: Amolecimento ou desgaste da cartilagem articular sob a patela, provocando dor e inflamação. Mecanismo da lesão: Atrito repetitivo das superfícies articulares da patela e do fêmur sob condições de desalinhamento patelar ou de biomecânica anormal do joelho. Esportes e atividades com maior incidência: As mulheres são mais afetadas que os homens. Esportes que apresentam sobrecarga do quadríceps na angulação próxima a 90°. Classificação / estagio: Grau I – amolecimento da cartilagem e edema; Grau II – fragmentação de cartilagem ou fissuras menores que 1.3 cm de diâmetro; Grau III – fragmentação ou fissuras com 1.3 cm de diâmetro ou mais; Grau IV – perda de cartilagem ou tecido ósseo subcondral. Fatores predisponentes: • Aumento do ângulo Q • Frouxidão do tendão do quadríceps • Fossa patelar rasa • Contornos patelares inferiores anormais • Patela alta • Joelho valgo, varo ou recurvado grave • Insuficiência do Vasto Medial • Encurtamentos musculares EXERCÍCIO ANGULAÇÃO CCF 0° – 50° CCA 0° – 30° CCA 90° – 75° RME: Exercício de fortalecimento muscular Exercício de Alongamento Muscular Alongamento da musculatura posterior da coxa (semitendinoso, semimembranoso e bíceps da coxa) Alongamento da banda iliotibial Step 20 cm Bicicleta estacionária Lesões ligamentares (ênfase em LCA) Conceitos: A lesão sem contato é uma das formas mais comuns de acometimento de ruptura de LCA, onde ocorre um movimento de torção de joelho em cadeia fechada. Acontece, geralmente, quando o atleta está realizando uma mudança de direção, criando uma desaceleração, um estresse em valgo e rotação externa de joelho (ocasionalmente pode ocorrer por rotação interna com hiperextensão de joelho). Mecanismo de lesão: Ocorre um movimento de torção do joelho em cadeia fechada. Acontece, geralmente, quando o atleta está realizando uma mudança de direção, criando uma desaceleração, um estresse em valgo e rotação externa de joelho (ocasionalmente pode ocorrer por rotação interna com hiperextensão do joelho). Rompimento por contato incluindo um estresse em valgo, o que pode produzir a ruptura do LCA e também do LCM possivelmente deslocando o menisco medial. LCA, LCM e menisco medial foram descritos como a tríade maldita. Classificação da lesão As lesões do LCA e do LCP podem ser classificadas como: • Grau 1 (leve) – é caracterizada por um estiramento ou ruptura parcial das fibras, com pouca quantidade de hemorragia, não provocando instabilidade significativa. • Grau 2 (moderada) – é caracterizada pela ruptura de aproximadamente 50% das fibras, com perda de função e instabilidade aumentada. • Grau 3 (grave) – é caracterizada por ruptura total ou quase total das fibras, o que gera incapacidade funcional podendo promover lesões meniscais e subseqüentes alterações degenerativas na articulação. Esportes e atividades com maior incidência O LCA é lesionado, freqüentemente, em atividades esportivas que envolvam estresses significativos sobre a articulação do joelho, como saltos e mudanças bruscas de direção, como no futebol, futsal, handebol, basquete, vôlei, judô, entre outros. Fatores predisponentes • Desequilíbrio muscular; • Fraqueza muscular (especialmente dos isquiostibiais); • Déficit no controle neuromuscular; • Frouxidão ligamentar. RME A recuperação de lesões de LCA pode ser conservadora ou cirúrgica. Observação: para maximizar os resultados que se seguem à construção do LCA, é essencial o treinamento da força muscular. Cirúrgica • Para retornar às atividades físicas que possuam estresses rotacionais e mudanças de direção deve ser submetido à reconstrução cirúrgica do LCA. Conservadora • O treinamento de força muscular e propriocepção, são essenciais. Exercícios de fortalecimento muscular Os exercícios de fortalecimento devem priorizar a musculatura posterior da coxa e os gastrocnêmicos. Os exercícios de CCF são mais seguros, pois limitam o deslocamento anterior da tíbia. Esses exercícios recuperam o controle neuromuscular, estimulando a estabilidade dinâmica devido a co-contração da musculatura do quadríceps e posterior da coxa. 0° a 50° 0° a 50° 20 cm Bicicleta estacionária visa recuperar a amplitude de movimento, estando o selim ajustado em altura apropriada, assim como para a manutenção da resistência cardiorrespiratória O aparelho de Step força muscular e resistência cardiorrespiratória, mantendo o contato constante com o degrau Exercícios de propriocepção Giroplano Minitrampolim oferece grande variação de atividades funcionais Fitter tem por objetivo o treinamento funcional através de deslocamentos laterais Prescrição de exercícios para LCP Em lesões no LCP os exercícios de CCF, devem ser evitados devido a co-contração (leg e agachaento, salvo leg horizontal). (Escamilla 1998) O LCP é mais forte que o LCA Exercícios de propriocepção. A lesão do LCP é mais comum nos casos de impacto direto. Lesão do Ligamento Colateral Conceito Os ligamentos colaterais atuam como estabilizadores estáticos primários contra os estresses em valgo e varo, e se encontram tensos na extensão total. LCM – tenso na extensão total, começa a relaxar entre 20° e 30° de flexão, passandoa ficar novamente sob tensão entre 60° e 70° de flexão. LCL – tenso durante a extensão e relaxa durante a flexão LCM LCL Mecanismo de lesão Golpe na parte lateral do joelho, principalmente quando o peso do corpo está nele apoiado e o pé está fixado no chão, restringindo os movimentos resultantes do choque. O mecanismo de lesão mais freqüente é o estresse em valgo com rotação interna do fêmur, sendo que a tíbia está fixada ao solo e o joelho em flexão de 20° ou mais. Indivíduos que acometem o LCM podem relatar estalos no momento da lesão. O derrame articular pode ocorrer posteriormente. Mecanismo da lesão do LCL. Esportes e atividades com maior incidência Esportes como o futebol, judô, karatê, entre outros. Classificação da lesão O grau da lesão pode ser determinado pela instabilidade articular. Grau 1 – Ocorre dor com dano mínimo aos ligamentos e fica visível pelas micro rupturas, mas não apresenta frouxidão aumentada. Grau 2 – Há uma ruptura incompleta, frouxidão, dor na palpação, hemorragia e dor quando imposto a teste de estresse e em posição em valgo. Grau 3 – A ruptura é total, com frouxidão importante em valgo. RME Exercícios de CCF: segmento distal está estabilizado ou fixo Exercícios de CCA: segmento distal está móvel e não fixo O exercício de leg press fortalece o quadríceps, o semimembranáceo, o semitendíneo e o bíceps da coxa. Exercícios de Fortalecimento Muscular Prof. Eduardo Cossenza Ms. Evidências mostram que o agachamento entre 90° e 100° provocam grande compressão tibiofemoral e patelofemoral (DAHLKVIST e col., 1982; ANDERSON e col., 1998). O posicionamento entre 50° e 70° para a execução do exercício de agachamento mantém o complexo articular do joelho inalterado (TOUTOUNGI e col., 2000). Prof. / Prof.ª Nome, sigla (Ms. / Esp.) Lesão do LCM ou instabilidade ativa medial • Semimembranáceo • Semitendíneo • Sartório • Grácil Prof. Eduardo Cossenza Ms. Lesão do LCL ou instabilidade ativa lateral • Fáscia lata • Bíceps femoral • Poplíteo Prof. Eduardo Cossenza Ms. Exercícios de Propriocepção Prof. Eduardo Cossenza Ms. Prof. Eduardo Cossenza Ms. Prof. Eduardo Cossenza Ms. • Séries - 2 a 5 • Tempo de sustentação - 10 seg a 30 seg. • Frequência: 2 a 3 sessões semanais. • Progressão na intensidade? Prof. Eduardo Cossenza Ms. Lesões Meniscais Conceito: Pelo fato do LCM inserir-se no menisco medial, estiramento ou ruptura do ligamento podem resultar em lesão associada ao menisco. A ruptura do menisco é a lesão do joelho mais comum, sendo a do menisco medial 10 vezes mais freqüente que a do menisco lateral. • Idade • Peso corporal • Instabilidade da articulação • Formato anatômico da parte óssea ou do menisco (OLIVEIRA, 2006) Fatores predisponentes: Prof. Eduardo Cossenza Ms. Mecanismo de lesão O mecanismo de lesão, freqüentemente, envolve uma rotação corporal, enquanto o pé é mantido fixo no solo, durante a sustentação do peso. Prof. Eduardo Cossenza Ms. … o meia santista Paulo Henrique Ganso sofreu uma entorse no joelho esquerdo. Isto ocasionou uma lesão do ligamento cruzado anterior e uma lesão parcial do menisco medial. O tratamento inclui cirurgia e o prazo previsto para que Ganso volte a jogar futebol é de 6 meses. Prof. Eduardo Cossenza Ms. RME O tratamento é baseado principalmente no tipo e localização da lesão. CONSERVADOR • Menus usual • Mais utilizado para pacientes idosos com alterações degenerativas e sem sintomas mecânicos Prof. Eduardo Cossenza Ms. • Comum em pacientes que praticam esportes e/ou com lesões agudas, instáveis e com limitação da movimentação da articulação CIRÚRGICO Artroscopia Sutura Prof. Eduardo Cossenza Ms. ZONA VERMELHA : de localização mais periférica e mais vascularizada, portanto com maior índice de cicatrização ZONA VERMELHA/BRANCA : de localização intermediária e com vascularizaçào variável ZONA BRANCA : localizada no 1/3 central e com vascularização pobre A localização da lesão têm sua importância relacionada ao fato do menisco ser uma estrutura com vascularização variável, sendo dividido em 03 zonas: Prof. Eduardo Cossenza Ms. Os tipos de lesão, variam quanto à sua estabilidade e são divididos em : • Longitudinal • Oblíquas • Transversas • Alça de balde • Cauda pendulada Prof. Eduardo Cossenza Ms. Critérios para o retorno de um atleta ao esporte: • Não surgir edema após a atividade; • Amplitude normal de movimento restabelecida; • Equilíbrio de força muscular entre o seguimento acometido e o contralateral; • Após o atleta conseguir realizar os testes funcionais com corridas e saltos com bom desempenho. Prof. Eduardo Cossenza Ms. Meniscectomia parcial • Inicio da atividade entre 3 e 10 dias • Retorno integral entre 2 e 4 semanas Reparo ou transplante • Mais longa pois envolve limitação do movimento Prof. Eduardo Cossenza Ms. Com a melhora da mobilidade articular e da dor, pode-se prescrever exercícios isotônicos em CCA e CCF. OSTEÍTE PÚBICA Conceitos: Termos como pubalgia, sinfisite púbica, pubeíte, osteopatia dinâmica do púbis podem ser encontrados na literatura como sinônimo dessa patologia. Os sufixos “algia” e “ite” comumente usados para denominar a patologia dão idéia de uma afecção dolorosa e inflamatória, mas não permite especificar a possível causa da doença (Monteiro, 2007). A pubalgia deve ser diferenciada de outras patologias como hérnia inguinal, prostatite, separação da sínfise púbica causada pelo parto, infecções, doenças sexualmente transmissíveis, doenças do trato genitourinário; doenças reumáticas; patologias da parede abdominal e tendinite do músculo adutor da coxa. Por isso, pubalgia trata-se de um termo muito abrangente e genérico, podendo ser confundida com outras patologias que causam a inflamação do púbis ou dor na região inguinal. Então para determinar a inflamação púbica de origem traumática, ou causada por desequilíbrio muscular no esporte ou atividade física prefere-se utilizar o termo pubalgia atlética. O mecanismo de lesão na maioria das vezes envolve esforço repetitivo que provoca um stress em cisalhamento entre os ossos púbicos. Mecanismo de lesão A lesão pode também envolver gestos como em mudanças rápidas de direção, aterrissagem no solo, chute, movimentos repetitivos da corrida e ciclismo. O desequilíbrio muscular tem forte relação com a patologia. Os vetores de força dos músculos abdominais e adutores são diferentes em direção e em caso de desequilíbrios tornam-se ainda diferentes em termos de força. Sendo assim enquanto o abdominais traciona o púbis para cima os adutores puxam para baixo Principalmente no futebol, o mecanismo de lesão mais comum é a associação de hiperextensão repetitiva do tronco associada a hiperabdução do quadril. O mecanismo do trauma seria uma hiperextensão abdominal ou uma hiperabdução da coxa, sendo a sínfise púbica o eixo central do movimento. Nesse caso, os músculos adutores tendem a abrir a sínfise na hiperabdução, assim como os músculos oblíquos e o reto abdominal tendem a tracionar proximalmente na hiperextensão do tronco (GOMES,1997). A publagia traumáticaacontece por lesão direta na sínfise púbica. Ou quando, por exemplo, o atleta caí sobre os pés, esse movimento pode causar força de reação de solo desigual fazendo com que um ramo do púbis se eleve. Ou quando um jogador ao realizar um chute for bloqueado pelo adversário. Esportes e atividades com maior incidência A osteíte púbica é uma lesão de esforço repetitivo causada pelo excesso de uso no esporte, sendo observada em várias modalidades esportivas, mas ocorrem com maior freqüência em jogadores de futebol. Classificação Classicamente, se descrevem quatro estágios evolutivos: 1 – A dor aparece depois de uma atividade física; 2 – A dor aparece durante a atividade física; 3 – A dor aparece ao se começar a atividade física; 4 – A dor se desencadeia em repouso e aos mínimos movimentos. Os atletas queixam-se de dor na área pélvica, que pode estender-se para a virilha ou para o abdome, e que os exercícios de alongamento exacerbam a dor. Fatores predisponentes A falta ou a inadequada execução de alongamento da musculatura adutora do quadril, o excesso de exercício abdominal realizado pelos atletas, associados aos desvios posturais, especialmente os de quadril, podem causar desequilíbrio muscular na região da sínfise púbica e o surgimento da pubalgia. Teste específico Dr. Joaquim Grava, 1997 RME A pubalgia crônica é tratada primeiramente de maneira conservadora com repouso do esporte, medicamentos anti- inflamatórios e fisioterapia. Em casos mais graves, opta-se pelo tratamento cirúrgico e após 2-3 meses o atleta retorna ao esporte progressivamente. (Falchetti e Zaboti, 2008) É fundamental seguir o programa das posturas, sendo que primeiro é necessário relaxar os isquiotibiais e a lordose lombar antes de trabalhar o psoas, adutores e abdominais. Exercícios de alongamento A dor permitindo, devem-se iniciar os exercícios de alongamento para a musculatura adutora. Os exercícios de CCF são recomendados pois promovem o encurtamento dos músculos que envolvem a sínfise púbica dando maior estabilidade a esta articulação. Quadríceps, ísquiotibiais e glúteo Apoio alto dos pés e a flexão do quadril chegando a um ângulo inferior a 90°. Realizar 3 séries de 12 repetições, 2 vezes por semana, com peso progressivo. Exercícios de fortalecimento muscular Passada no step de 10 a 15 cm - realizar 2 séries de 12 a 15 repetições, 2 vezes por semana, com peso progressivo. Observação: só se deve retornar a prática de esportes quando se for capaz de realizar exercícios pliométricos sem sentir dor. Saltar do step – o exercício pode ser realizado em séries e repetições ou por tempo determinado, 1 a 2 vezes por semana. Deslocamento lateral – séries e repetições ou tempo, 1 a 2 vezes por semana. Aceleração/desaceleração. Saltar de um lado para o outro sobre uma bola ou um elástico – cronometrado. Os exercícios de fortalecimento muscular abdominal, lombar, abdutora, adutora, flexora e extensora do quadril, em cadeia sinética aberta, podem ser incluídos, desde que não causem dor. Realizar 4 séries de 10 a 15 repetições, diariamente, com carga progressivo e livre de dor BURSITE TROCANTÉRICA A bursite trocantérica também conhecida como síndrome da dor no trocanter maior, é uma das doenças mais freqüentes do quadril, apresentando grande variedade de sinais e sintomas. (DANI e de AZEVEDO, 2007) Conceitos Mecanismo de lesão • Microtrauma repetitivo causado pelo uso ativo dos músculos que se inserem no trocânter maior (piriforme, obturador interno, vasto lateral, glúteo médio e mínimo), isso resulta em mudanças degenerativas dos tendões, dos músculos, ou de tecidos fibrosos; • Diminuição do alongamento no trato íliotibial; • Desgaste sobre a região; • Trauma agudo sobre a região (causa comum). (DANI e de AZEVEDO, 2007) Esportes e atividades com maior incidência Fatores predisponentes • Alterações na biomecânica da extremidade inferior (discrepância no comprimento dos membros, hiperpronação do pé, irregularidades do piso onde se pratica atividade física); • Desequilíbrios musculares; • Traumas no quadril; • Osteófitos desenvolvidos dentro dos tendões que se ligam ao trocânter. A bursite trocantérica pode afetar qualquer pessoa, mas é mais comum em mulheres (4:1) e pessoas de meia-idade ou idosos. Os seguintes fatores de risco tem sido associados com o desenvolvimento da bursite trocantérica: (DANI e de AZEVEDO, 2007; da SILVA, 2011) Estágios da lesão O principal sintoma da bursite do quadril é a dor localizada na região do trocanter maior. Nos estágios iniciais, a dor é geralmente descrita como aguda e intensa. Mais tarde, ela pode apresentar-se como uma dor mais difusa. Normalmente, a dor é pior à noite, quando deitado sobre o quadril afetado e também quando se levantar de uma cadeira depois de estar sentado durante algum tempo. A dor surge também em outras situações ao ficar em pé por tempo prolongado, subir escadas ou agachar. Os exames de imagem, como a Ressonância Magnética, podem auxiliar em algumas situações apenas para confirmar os sinais clínicos evidenciados na avaliação inicial. Mas o fator principal seria diagnosticar a causa do problema, normalmente biomecânico, e atuar na causa. Deve ser observado o ciclo da marcha do atleta/desportista, a postura, a flexibilidade e, sobretudo os calçados de corrida. Testes específicos O sinal clínico mais importante é a dor na região do grande trocanter em alguns casos podemos usar manobras especiais. A maioria dos tratamentos são conservadores Durante a fase aguda: • Crioterapia; • Antiinflamatórios • Repouso relativo; • Fisioterapia (microondas, ondas curtas, ultra-som, etc.) Durante a fase crônica: • Mantém os mesmos procedimentos antiinflamatórios; • Mobilização passiva; • Alongamento da fáscia-lata, trato-iliotibial, e o glúteo médio; • Fortalecimento muscular, propriocepção e recuperação funcional; • A cirurgia é indicada quando não houver melhora com nenhum outro tratamento conservador. RME RIGIDEZ X ELASTICIDADE Isto é conseguido graças à sua construção em peças superpostas (as vértebras), ligadas por elementos musculares, ligamentares e fibrosos (os discos intervertebrais). A coluna vertebral tem que conciliar duas características contraditórias : Coluna vertebral Prof. Eduardo Cossenza Ms. Funções da Coluna Vertebral • Sustentação do tronco • Proteção da medula • Movimento do Corpo Curvaturas A função das curvaturas R = N 2 + 1 R - Resistência à compressão Aumentar a resistência da coluna vertebral aos esforços de compressão axial. Movimentos da Coluna Vertebral • Flexão / Extensão • Flexão lateral ou inclinação lateral • Rotação axial Hérnia de Discal Conceito Hérnia discal é a extrusão (extravasamento) total do disco intervertebral – A substância extrudada do interior do disco pode levar a uma compressão, tanto da medula espinhal como de alguma raiz nervosa, levando a um quadro importante de dor e muitas vezes acompanhado de alterações do sistema nervoso, como perda de força, parestesia (sensação de formigamento), e alteração dos reflexos. A protrusão discal é uma “pré-hérnia”, ou seja, a substância do interior do disco ainda não saiu, mas formaum abaulamento em direção à medula e aos nervos, levando a uma sintomatologia mais branda que no caso anterior, porém não menos incômoda. Mecanismo de lesão A herniação pode resultar de forças excessivas, esforços repetitivos e tensão prolongada sobre os discos intravertebrais ou a presença de um anel fibroso defeituoso. Esportes e atividades com maior incidência As hérnias de disco podem ocorrer com qualquer atleta ou indivíduo que apresente fatores predisponentes para essa lesão, no entanto observa-se uma incidência maior em atividades e modalidades esportivas que promovam uma compressão axial elevada e que realizam movimentos repetidos de flexão anterior, flexão lateral e rotação do tronco ou que permaneça muito tempo em uma mesma posição, aumentando com isso, as forças de compressão e cisalhamento na região. Esportes como o levantamento de peso, futebol, basquete, ginástica artística, ginástica rítmica, atletismo e o remo apresentam uma incidência maior. Estágio A partir dos 25 anos de idade as fibras do anel fibroso começam a sofrer degenerações e ruptura interna do disco (A). A fissura radial do anel fibroso se segue o prolapso distal, estágio em que o ligamento longitudinal posterior continua íntegro (B). Se esse ligamento romper e o núcleo pulposo degenerado migrar para dentro do canal vertebral, teremos a hérnia extrusa. Quando um fragmento migra dentro do canal, para cima, para baixo ou para o interior do forame, tem-se a hérnia sequestrada (C). A B C C Fatores predisponentes • Enfraquecimento do anel fibroso (movimentos na região e ao desgaste normal que ocorre com a idade); • Não é comum uma relação causal direta entre o esforço e o seu aparecimento (não deve-se atribuir a uma queda, a levantar um peso); • A rotação, compressão axial, ou ambos realizados simultaneamente e, de forma repetitiva; • Predisposição genética, que pode ser agravada pelos fenômenos de microtrauma; • A porção anterior do disco é comprimida e a posterior liberada Testes Específicos Se a elevação é dolorosa, a causa pode ser uma contratura ou uma ciatalgia. Teste de Lasegue Teste de Lasegue Cruzado Hérnia de disco lombar A recuperação músculo esquelética tem o objetivo de restabelecer a estabilidade da coluna vertebral comprometida com a ruptura da estrutura discal. RME Os músculos extensores da coluna, como os multifídos e os rotadores e os oblíquos, bem como os abdominais e quadrado lombar, devem ser enfatizados. Alguns casos mais graves e, dependendo da idade e condições clínicas do indivíduo, podem ser indicados o tratamento cirúrgico. Exercícios de fortalecimento muscular Síndrome do Piriforme Espondilólise e Espondilolistese Conceitos Espondilólise é a presença de uma lacuna na formação da parte posterior do arco vertebral, na região interarticular. A espondilolistese é o deslizamento anterior de um corpo vertebral sobre outro. Mecanismo de lesão Hiperextensão e hiperextensão com rotação da coluna. Esportes e atividades com maior incidência Os movimentos esportivos que caracteristicamente realizam hiperextensão e hiperextensão com rotação da coluna, como na ginástica artística, o levantamento de peso, o serviço no tênis, a cortada no voleibol, o remo e a braçada no estilo borboleta na natação, estão mais propensos a provocar esse distúrbio. Classificação A espondilolistese é considerada por muitos autores como uma complicação da espondilólise. A espondilolistese apresenta a maior incidência no segmento L5/S1. A espondilolistese pode ser classificada pelo grau de deslizamento do corpo vertebral em relação ao inferiormente posicionado: Grau 1 : até 25 % Grau 2 : 26 a 50 % Grau 3 : 51 a 75 % Grau 4 : maior que 75 % Fatores predisponentes • Degeneração congênita das vértebras e, mais comumente, um defeito de ossificação nos pedículos interarticulares das vértebras. Ocorre uma pseudoartrose fibrosa, opondo-se à união óssea. • Alteração ocorrendo na forma de fratura por estresse, com movimentos repetitivos de extensão associados a rotação. Teste de flexores do quadril Teste específico 125° Exercícios de fortalecimento muscular Os exercícios que utilizam transferência de peso e estabilização devem evoluir de 4 apoios (A) para 3 apoios (B) e, de 3 apoios para 2 apoios (C). RME Exercício de ponte sobre a bola suíça. Agachamento deslizando contra a parede ou bola siíça Passada (Lunges) Exercício abdominal com retroversão Abdominal parcial da pelve Abdominal parcial com rotação COMPLEXO DO COMPLEXO DO Prof. Eduardo Cossenza Ms. Composto por 3 ossos e as seguintes articulações Úmero Escápula Clavícula Articulação glenoumeral Articulação esternoclavicular Articulação escapulotorácica Articulação acromioclavicular Síndrome do Impácto (Supraespinhoso; Porção longa do Bíceps; Bursite Subacromial) Conceitos É uma síndrome dolorosa do ombro de natureza microtraumática e degenerativa, acompanhada ou não pela perda de força e caracterizada por tendinite do manguito rotador, podendo haver ruptura parcial ou total de uma ou mais tendões, dependendo da fase da lesão. Mecanismo de lesão O mecanismo de lesão é oriundo de microtraumas de repetição aos tecidos que estão no espaço coraco acromial, que ocorrem em impactos que podem ser divididos em primário e secundário. Impacto primário Produzido por uma compressão mecânica do manguito rotador sob a porção ântero-inferior do acrômio. Existem três tipos de acrômio: o reto, o curvo e ganchoso. Quanto mais curvo for o acrômio, maior sua capacidade de provocar impacto sobre as estruturas subacromiais. Estima-se que 74% dos acrômios são retos e 26% curvos, considerando que os ganchosos são formações osteofitárias, decorrentes das trações realizadas pelo ligamento coracoacromial. Quanto mais curvo for o acrômio, maior será a compressão sobre as estruturas subacromiais Impacto secundário As causas são funcionais, ocorre redução do espaço subacromial em decorrência da instabilidade funcional da glenoumeral ou escapulotorácica. Ligamento Glenoumeral Processo coracóide A frouxidão capsular compromete a capacidade da cápsula da articulação glenoumeral de atuar como estabilizadora estática e dinâmica. Debilidade muscular O manguito rotador e o bíceps braquial (cabeça longa) produzem suporte ativo para a articulação e podem ser considerados como ligamentos dinâmicos da articulação gleno-umeral. A incapacidade dos estabilizadores estáticos e/ou dinâmicos em manter a cabeça do úmero centralizada durante os movimentos, permitindo sua ascensão em direção ao arco coracoacromial. Subescapular •Origem: escápula. •Inserção: úmero. •Ação: rotação medial. Infraespinhal •Origem: escápula. •Inserção: úmero. •Ação: adução e rotação lateral. Redondo menor •Origem: escápula. •Inserção: úmero. •Ação: rotação lateral, adução e extensão. Músculos do MR inferior devem atuar de forma coletiva para deprimir e comprimir a cabeça umeral. O enfraquecimento do supraespinhoso, que atua normalmente para comprimir a cabeça umeral para dentro da glenóide,
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