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Lucro Real 2017

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AULA 2
Apuração do Imposto de Renda/CSLL pelo Lucro Real
UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL = USCS
Curso:Ciências Contábeis
7º Semestre ano–2017
Prof. Luiz Carlos Torolho
Fevereiro 2017
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Resultado da Empresa
LUCRO REAL
LUCRO
REAL
ANUAL
LUCRO 
REAL
TRIMESTRAL
PAGAMENTO DEFINITIVO
COM BASE NO LUCRO
REAL
PAGAMENTO COM BASE
NA RECEITA BRUTA MENSAL,
AJUSTE PELO LUCRO REAL
ACUMULADO E AJUSTE FINAL 
DO PERÍODO
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TRIBUTOS EM ESPÉCIE – IRPJ/CSLL
Apuração
Trimestral
Antecipação
Mensal
Suspensão
Redução
Estimativa
LUCRO
 PRESUMIDO
LUCRO
 REAL
LUCRO
ARBITRADO
Opção
Anual
Sistemáticas de Apuração
Faculdade de Direito da USP
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Faculdade de Direito da USP
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Lucro real
Resultado líquido apurado pela escrituração comercial ajustado pelas adições, exclusões e compensações admitidas ou impostas pela legislação tributária
Sistemáticas de apuração do IRPJ
Lucro presumido
Lucro arbitrado
Lucro presumido por meio da aplicação de um percentual (“coeficiente”) expressamente previsto em lei sobre os valores globais da receita auferida pela PJ
Valor determinado pela aplicação de um percentual sobre a receita da empresa no caso de descumprimento das normas tributárias que impossibilitem a apuração pelo lucro real ou pelo lucro presumido
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1 – INTRODUÇÃO
1.1    – FORMAS DE TRIBUTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
		O IRPJ e a CSLL serão determinados com base no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado.
 1.2    – PERÍODOS DE APURAÇÃO 
	TRIMESTRAL, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
É uma forma completa e definitiva de tributação, apurada com base no lucro líquido contábil ajustados pelas adições, exclusões e compensações permitidas ou autorizadas pelo Regulamento do IRPJ.
A opção será manifestada com o pagamento da quota única ou primeira quota do IRPJ CSLL e será irretratável para todo ano-calendário
 	
LUCRO REAL
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1 – INTRODUÇÃO
1.1    – FORMAS DE TRIBUTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
		O IRPJ e a CSLL serão determinados com base no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado.
 1.2    – PERÍODOS DE APURAÇÃO 
	TRIMESTRAL, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
É uma forma completa e definitiva de tributação, apurada com base no lucro líquido contábil ajustados pelas adições, exclusões e compensações permitidas ou autorizadas pelo Regulamento do IRPJ.
A opção será manifestada com o pagamento da quota única ou primeira quota do IRPJ CSLL e será irretratável para todo ano-calendário
 	
LUCRO REAL
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LUCRO REAL
1.4 - Estimativa (Mensal)
É uma forma de tributação anual onde o IRPJ e CSLL são apurados mensalmente e determinados sobre base de cálculo estimado.
São apurados com base na receita bruta mensal, aplicando os percentuais previstos no Artigo 223 do RIR/99, ou com base em balanços ou balancetes de suspensão ou redução, previstos no Artigo 230 do RIR/99
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1.5 - PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL
cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses, ou seja, (R$ 6.500.000,00 x número de meses de atividade no período de apuração);
cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedade de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
que tiverem lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior;
que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução de imposto;
que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal por estimativa ou tenham reduzido ou suspendido o pagamento mensal por estimativa, mediante levantamento de balanço ou balancete específico para este fim;
que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou prestação de serviços (factoring). 
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2. INCORPORAÇÃO, FUSÃO OU CISÃO
A apuração da base de cálculo e dos tributos devidos será efetuada na data do evento (data da deliberação que aprovar a operação).
Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo e dos tributos devidos será efetuada na data desse evento.
Nota: A partir de 01-01-2000 o acima disposto aplica-se à pessoa jurídica incorporadora, salvo nos casos em que as pessoas jurídicas incorporada e incorporadora, estivessem sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento.
3. ALTERAÇÃO NA OPÇÃO DE LUCRO PRESUMIDO PARA LUCRO REAL
A empresa que houver pago o imposto com base no lucro presumido e que, em relação ao mesmo ano-calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração do lucro real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, deverá apurar o IRPJ sob o regime do lucro real trimestral a partir, inclusive, do trimestre de ocorrência do fato (ADI SRF nº 5, de 2001, artigo 2º). 
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4. ALÍQUOTAS E ADICIONAL do IRPJ
4.1 – ALÍQUOTAS
	a) 15% sobre o lucro real, determinado no período de apuração correspondente.
	b) 6% sobre o lucro inflacionário acumulado até 31-12-1987, para as pessoas jurídicas que anteriormente eram tributadas com alíquotas reduzidas em virtude de incentivo fiscal, pelas seguintes empresas: concessionárias de serviços públicos; serviços de energia elétrica; telecomunicações; saneamento básico; transporte coletivo (transporte rodoviário de passageiros). 
4.2 – ADICIONAL	
	10% sobre a parcela da base do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração, correspondente a R$ 240.000,00 anual.
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4. ALÍQUOTAS DA CSLL
4.3 – ALÍQUOTAS
	a) 9% sobre o lucro real, determinado no período de apuração correspondente.(Exceto instituições financeiras)
	 b) 15% sobre o lucro real, determinado no período de apuração correspondente para as instituições financeiras (bancos, seguradoras, capitalização)
A apuração da CSLL deve acompanhar a forma de tributação do lucro adotada para o IRPJ.)
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4.4– CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – CSLL
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5. CONCEITOS
5.1 - LUCRO REAL - Lucro Real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais. Assim, o lucro real representa o próprio lucro tributável, para fins da legislação do IRPJ, distinto do lucro líquido apurado contabilmente (que representa o ponto de partida para a sua determinação). 
	Observe o diagrama abaixo:
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Lucro Contábil
Receita de vendas	100.000
Custo			(40.000)
Salários		(10.000)
Multa de trânsito	( 1.000)
Brindes		(10.000)
Dividendos		 5.000
Lucro Contábil	 44.000
Livro de Apuração do Lucro Real
Lucro Contábil	 44.000
Adições
 (+) Multa de trânsito	 1.000
 (+) Brindes		 10.000
Exclusões
 (-) Dividendos	 (5.000) 
Lucro Real		 50.000
O Lucro Real é apurado a partir do Lucro Contábil
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APURAÇÃO TRIMESTRAL DO LUCRO REAL = CUIDADO!
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6 - ADIÇÕES representam:
	a) os custos,
despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real;
	b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser computados na determinação do lucro real.
7 - EXCLUÇÕES representam:
	a) os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração (Exemplo: depreciação acelerada incentivada);
	b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados na determinação do lucro real.
8 - COMPENSAÇÕES representam: 
	Os prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores (ver subtotal do quadro). O prejuízo compensável é o apurado na demonstração do lucro real de períodos de apuração anteriores. O valor correspondente deve ser registrado e controlado na parte B do Livro de Apuração do Lucro Real. 
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PRINCIPAIS ADIÇÕES À BASE DE CÁLCULO DO IRPJ E DA CSLL
		Compreendem, entre outras, as seguintes:
a)	provisões não dedutíveis, exceto a provisão para o imposto de renda
b)	resultado negativo da avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido.
c)	 contraprestações de arrendamento mercantil e aluguel de bens móveis e imóveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços
d)	despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, impostos, taxas, seguros e quaisquer outros gastos com bens móveis e imóveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços;
e)	despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores;
	contribuições não compulsórias, exceto às destinadas a custear seguros e planos de saúde instituídos em favor dos empregados e dirigentes da empresa 
contribuições para Entidades de Previdência Privada e Contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programa Individual (FAPI) nos valores que excederem ao limite de 20% do total dos salários dos empregados e da remuneração dos dirigentes da empresa, vinculados ao referido plano 
despesas com brindes
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h)	doações consideradas indedutíveis 
prejuízos e perdas no exterior, inclusive de capital, decorrentes de aplicações e operações efetuadas pela empresa, exceto em relação a operações a termo ou de futuro realizadas diretamente pela empresa em bolsa do exterior quando caracterizada como de cobertura (hedge);
j)	Distribuição disfarçada de lucros que forem adicionadas ao lucro líquido para fins de determinação do lucro real, no caso da CSLL.
k) ajustes decorrentes da aplicação do método – Preço de Transferência;
l) 	os juros, relativos a empréstimos, pagos ou creditados a empresa controlada ou coligada, independente do local de seu domicílio, incidentes sobre o valor equivalente aos lucros não disponibilizados por empresas controladas, domiciliadas no exterior;
m)	os rendimentos, ganhos e lucros auferidos no exterior por meio de filiais, sucursais, controladas ou coligadas disponibilizados para a pessoa jurídica domiciliada no Brasil
n)	 juros sobre o capital próprio que excederem ao limite dedutível;
o) variação cambial passiva, contabilizada pelo regime de competência, cuja operação correspondente não tenha sido ainda liquidada; variação cambial ativa, que tenha sido excluída em período anterior e cuja operação correspondente tenha sido liquidada no período de apuração; (as duas adições deste item dependem da empresa ter optado, em relação ao ano-calendário, por computar as variações cambiais no período em que as operações venham a ser liquidadas – regime
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PRINCIPAIS EXCLUSÕES NA BASE DE CÁLCULO DO IRPJ E DA CSLL
Compreende, entre outras, as seguintes:
lucros ou dividendos de investimento avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita
provisões indedutíveis mencionadas na letra "a" (do item adições) constantes do balanço anterior que tenham sido baixadas no atual período de apuração;
resultado positivo da avaliação de investimentos pelo patrimônio líquido 
rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior 
parcela, não recebida até a data do balanço, dos lucros havidos em contratos de construção por empreitada ou de fornecimento de bens ou serviços a preço predeterminados celebrados com o Poder Público, empresa sob seu controle ou subsidiárias (no caso da CSLL);
variação cambial ativa, contabilizada pelo regime de competência cuja operação correspondente não tenha sido ainda liquidada; variação cambial passiva, que tenha sido adicionada em período anterior e cuja operação correspondente tenha sido liquidada no período de apuração; (as duas exclusões deste item dependem da empresa ter optado, em relação ao ano-calendário, por computar as variações cambiais no período em que as operações venham a ser liquidadas – regime de caixa) 
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9- LUCRO LÍQUIDO
	Representa a soma algébrica do lucro operacional, dos resultados não operacionais e das participações, e deverá ser determinado com observância dos preceitos da lei comercial. O lucro líquido do período de apuração de qualquer pessoa jurídica, ainda que não constituída sob a forma de sociedade por ações, deverá ser apurado com observância das disposições da Lei no 6.404, de 1976, conforme o disposto no artigo no 274, § 1o, do RIR/1999.
10 - LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL - E-lalur
	Também conhecido pela sigla LALUR, é um livro de escrituração de natureza eminentemente fiscal, criado pelo Decreto-lei no 1.598, de 1977 em obediência ao § 2o do artigo no 177 da Lei no 6.404, de 1976, e destinado à apuração extracontábil do lucro real sujeito à tributação do IRPJ em cada período de apuração, contendo, ainda, elementos que poderão afetar o resultado de períodos de apuração futuros.
11 - DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO REAL 
	Deve ser escriturada na parte A do LALUR. Esta demonstração poderá ser visualizada na Ficha DIPJ – Declaração de Informações Econômico-Fiscais da PJ.(livros ou através de sistemas informatizados)
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12– ESCRITURAÇÃO
	A escrituração deverá ser mantida em registro permanente, em obediência aos preceitos da legislação comercial, bem como aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, devendo observar métodos e critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais, segundo o regime de competência. 
12.1- DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS
	Ao fim de cada período de apuração de incidência do imposto (trimestral ou anual), o contribuinte deverá apurar o lucro líquido, mediante elaboração do balanço patrimonial, da demonstração do resultado do período de apuração e da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.
12.2 - A Demonstração do Resultado está prevista no artigo 187 da Lei nº 6.404/76, com pequenas alterações, encontra-se disposta na Ficha da DIPJ.
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13 – REGIME DE APURAÇÃO
13.1 – COMPETÊNCIA
	A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá apurar seus resultados de acordo com as leis comerciais e fiscais, observando o regime de competência, salvo as exceções expressas na lei tributária. Assim, as receitas, despesas ou custos devem ser reconhecidos no período a que se referirem, independentemente do efetivo pagamento ou recebimento, da inadimplência ou impontualidade do devedor, bem como se este promove demanda judicial para contestar a dívida.
13.2 – REGIME DE CAIXA
	A legislação tributária estabelece a apuração pelo regime de caixa, entre outras, nas seguintes hipóteses:
	a) Variações Monetárias;
	b) Venda de bens do ativo permanente para recebimento a longo prazo prevista no artigo nº 421 do RIR/1999;
	c) Venda de bens imóveis para recebimento a prazo ou em prestações prevista
no artigo nº 413 do RIR/1999.
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14 - SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
	A partir de 01-01-2001, observadas as hipóteses de obrigatoriedade de observância do regime de tributação com base no lucro real, as sociedades em conta de participação (SCP) podem optar pela tributação com base no lucro presumido. A opção da SCP não implica a opção simultânea do sócio ostensivo, nem a opção efetuada por este implica na opção daquela (SCP).
15- RECEITA BRUTA TOTAL
	Considera-se receita total, para fins de determinação do limite de obrigatoriedade, o somatório:
da receita bruta mensal;
b) das demais receitas e ganhos de capital;
c) dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados de renda variável;
d) dos rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de renda fixa;
e) da parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da Instrução Normativa SRF nº 243, de 2002. 
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16 - ESTIMATIVA MENSAL – CÁLCULO DO IRPJ/CSLL
16.1 - LUCRO REAL ANUAL E PAGAMENTO POR ESTIMATIVA
	Com o advento da Lei nº 9.430, de 1996, o período de apuração do IRPJ passou a ser trimestral. Dado o trabalho envolvido na elaboração de quatro conjuntos de demonstrações contábeis no ano-calendário, facultou-se às pessoas jurídicas optar pelo lucro real anual, nessa hipótese, elas devem antecipar o pagamento dos tributos (IRPJ e CSLL) através de recolhimentos mensais calculados por estimativa.
16.2 - OPÇÃO
	Será manifestada com o pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou do mês correspondente ao início de atividade da pessoa jurídica.
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16.3 – BALANÇO OU BALANCETE DE SUSPENSÃO OU REDUÇÃO
	A pessoa jurídica efetuou os seguintes recolhimentos por estimativa durante o ano-calendário de 2016	
Nota: Se a pessoa jurídica levantar balanço em janeiro e constatar a existência de prejuízo fiscal, ela não precisará efetuar o recolhimento relativo a este mês.
16.3.1 - SUSPENSÃO DO PAGAMENTO POR ESTIMATIVA
	Ocorre a suspensão quando a pessoa jurídica demonstra, com base em balanço
ou em balancete, que incorreu em prejuízo ou que o imposto devido com base no lucro real
do período é inferior ao valor já recolhido por estimativa no próprio período.
	Para se obter o lucro real, o resultado do período deve ser ajustado por todas as
adições, exclusões e compensações autorizadas e admitidas pela legislação do IRPJ/CSLL
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	Em maio de 2016 a levantou balanço e constatou que o lucro real do período janeiro a maio de 2016 foi de R$ 600.000,00.
	CÁLCULO DO IRPJ DEVIDO:
	a) Imposto:
	 R$ 600.000,00 x 15% .......................................... 	R$ 90.000,00
	b) Adicional:
	 [10% x (R$ 600.000,00 – R$ 100.000,00)]...........	R$ 50.000,00
	c) (=) Total Devido (a + b)........................................	R$ 140.000,00
	A empresa poderá suspender o pagamento da estimativa referente ao mês de maio a ser efetuado em junho, por já ter recolhido R$ 145.000,00. Observe que o imposto devido no período janeiro a maio de 2016 foi menor que o valor recolhido, ou seja, R$ 140.000,00.
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TRIBUTOS EM ESPÉCIE – IRPJ/CSLL
Lucro Real – Suspensão/Redução do Imposto
Plan1
		
				Valor		Valor				Total
		Mês		Devido		Pago		Status		Antecipado
		Janeiro		$200.00		$200.00		Antecipação		$200.00
		Fevereiro		$100.00		0.0		Suspensão		$200.00
		Março		$300.00		$100.00		Redução		$300.00
		Abril		$400.00		$100.00		Redução		$400.00
		Maio		$200.00		0.0		Suspensão		$400.00
		Junho		$100.00		0.0		Suspensão		$400.00
		Julho		$800.00		$400.00		Redução		$800.00
		Agosto		$100.00		0.0		Suspensão		$800.00
		Setembro		$250.00		0.0		Suspensão		$800.00
		Outubro		$700.00		0.0		Suspensão		$800.00
		Novembro		$540.00		0.0		Suspensão		$800.00
		Dezembro		$1,000.00		$200.00		Redução		$1,000.00
Plan2
		
Plan3
		
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16.3.4 - EXIGÊNCIAS COMPLEMENTARES
		Os balanços ou balancetes de suspensão ou redução deverão ser levantados com observância das leis comerciais e fiscais e ser transcritos no Livro Diário.
			Para cada mês em que ocorrer a suspensão e redução do imposto, deve haver um balanço (ou balancete) no qual estará computado o resultado do período, acumulado até aquele mês, ou seja de 01 de janeiro até a data em que o balanço ou balancete for levantado.
		Os balanços ou balancetes somente produzirão efeitos para suspender ou reduzir o pagamento do imposto calculado por estimativa.
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16.4 – BÔNUS DE ADIMPLÊNCIA FISCAL
16.4.1 - UTILIZAÇÃO
	Somente terão direito à utilização do crédito relativo ao bônus de adimplência fiscal às pessoas jurídicas submetidas ao regime de tributação com base:
	a)     lucro real apurado trimestralmente;
	b)     lucro real apurado anualmente (empresa optante pelo pagamento mensal por estimativa); e
	c)     lucro presumido.
 	A empresa tributada com base no lucro arbitrado não poderá utilizar o crédito relativo ao bônus de adimplência fiscal.
 
	Apuração Trimestral: na hipótese de período de apuração trimestral, o bônus será calculado em relação aos 4 trimestres do ano-calendário e poderá ser deduzido da CSLL devida correspondente ao último trimestre do ano-calendário, a partir de 2003.
 
	Apuração anual: na hipótese de pagamento mensal do IRPJ e da CSLL com base nos critérios da estimativa (apurada sobre o valor da receita bruta e acréscimos ou sobre o montante definido em balanço ou balancete de suspensão ou redução), o bônus será calculado em relação aos 12 meses do ano-calendário e poderá ser deduzido da CSLL devida correspondente ao balanço de ajuste, levantado em 31 de dezembro de cada ano-calendário, a partir de 2003. 
 
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 16.5 - TRATAMENTO DA DIFERENÇA DOS TRIBUTOS
		A diferença entre os tributos (IRPJ e CSLL) apurados com base no lucro real anual e o total dos tributos pagos por estimativa será:
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17- COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS
7.1 - PREJUÍZO FISCAL
	Ocorre quando a soma algébrica do resultado (lucro ou prejuízo) líquido do exercício com as adições e exclusões resulta num número negativo.
	Lucro líquido de exercício .............................	R$ 20.000,00
	(+) Adições ....................................................	R$ 10.000,00
	(-) Exclusões.................................................	R$ 40.000,00	
	(=) Subtotal = Prejuízo Fiscal .......................	R$ 10.000,00
	O valor de prejuízo fiscal será registrado e controlado na parte B do LALUR.
17.1.2 - COMPENSAÇÃO
	O prejuízo fiscal pode ser compensado com o lucro real (subtotal, se este valor for positivo) de períodos de apuração subseqüentes desde que não reduza o valor deste em mais de 30%.
17.1.2.1 – PRAZO PARA COMPENSAÇÃO
	Não há limite em relação a prazos para a compensação de prejuízos fiscais.				
Faculdade de Direito da USP
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Compensação de prejuízos
Art. 510 RIR – Compensação dos prejuízos fiscais e das bases negativas de CSL apurados em anos-calendários anteriores:
Possível na proporção de 30% do Lucro Líquido Ajustado
Mesma regra para os regimes de tributação trimestral e anual
Lucro Líquido ajustado
Lucro líquido contábil (antes do IR), ajustado pelas adições e exclusões
=
Faculdade de Direito da USP
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Compensação de prejuízos
A compensação se refere à base de cálculo e não ao montante de imposto devido
A limitação é sobre o Lucro Real do período, e não sobre o montante acumulado de prejuízo
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1º EXEMPLO:
	 PREJUÍZO FISCAL DE PERÍODO ANTERIOR: R$ 10.000,00
		Lucro Líquido do Exercício .........................	R$ 35.000,00
		(+) Adições ................................................	R$ 25.000,00
		(-) Exclusões .............................................	R$ 20.000,00
		(=) Lucro Real antes da compensação .......	R$ 40.000,00
		(-) Prejuízo Fiscal (*) ................................
R$ 10.000,00
		(=) Lucro Real ...........................................	R$ 30.000,00
	
(*) R$ 10.000,00 < R$ 12.000,00 (30% x R$ 40.000,00).
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2º EXEMPLO:
SALDO DO PREJUÍZO FISCAL A COMPENSAR DO PERÍODO ANTERIOR:
R$ 100.000,00
	
		Lucro Líquido do Exercício .................................	R$ 180.000,00
		(+) Adições ........................................................	R$ 50.000,00
		(-) Exclusões ......................................................	R$ 30.000,00
		(=) Lucro Real antes da compensação ................	R$ 200.000,00
		(-) Compensação de Prejuízo Fiscal (*) .............	R$ 60.000,00
		(=) Lucro Real ....................................................	R$ 140.000,00
	
Saldo de prejuízo fiscal a compensar em períodos de apuração seguintes: R$ 40.000,00 (R$ 100.000,00 – R$ 60.000,00 já compensados).
(*) R$ 60.000,00 porque R$ 100.000,00 > 30% x R$ 200.000,00.
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Incentivos Fiscais do IRPJ
Do imposto calculado sobre o lucro real do período em curso poderão ser deduzidos, observados os limites e condições pertinentes, relativos a:
PAT-Programa de Alimentação ao Trabalhador 4%
Atividades Culturais e Artísticas
Atividades Audiovisuais
Fundo de Amparo à Criança e ao Adolescente
Atividades Desportivas 
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