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Ativação de Linfócitos [RESUMO]

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ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS . 
 
 LINFÓCITOS T 
A ativação inicial de linfócitos T ocorre principalmente em órgãos linfoides 
secundários, pelos quais essas células normalmente circulam e onde elas devem 
encontrar os antígenos apresentados por células dendríticas maduras. 
 
 
 
Fases da resposta da célula T: O reconhecimento do antígeno pelas células T 
induz a secreção de citocinas (p. ex., IL2), particularmente em células T CD4+, 
expansão clonal como resultado da proliferação celular e diferenciação de 
células T em células efetoras e de memória. Na fase efetora da resposta, as células 
T CD4+ efetoras respondem ao antígeno produzindo citocinas com várias 
funções, como recrutamento e ativação de leucócitos e ativação de linfócitos B, 
enquanto as CTLs CD8+ respondem destruindo outras células. 
 
 
Alterações LT virgens x LT ativos 
 
Quando um linfócito virgem chega no linfonodo, expressa grande quantidade da 
molécula CD69 e não permite que o receptor da Esfingosina-1-fosfato (S1PR) 
reconheça a Esfingosina-1-fosfato (S1P) que está na periferia. Dessa forma, 
esses linfócitos virgens ficam por mais tempo dentro do linfonodo e isso é 
importante, visto que no linfonodo acontece a apresentação de antígenos. Após 
ser ativado, o linfócito T deixa de produzir CD69 e começa a reconhecer a 
Esfingosina-1-fosfato da periferia e migra para a periferia para ocorrer o 
processo de ativação/dos mecanismos efetores dessa célula. 
O linfócito T vigem expressa L-Selectina e o receptor de quimiocina CCR7 que se 
liga nas quimiocinas CCL19 e CCL21 que estão nas vênulas endoteliais altas e 
também na região medular do linfonodo. Quando ativado, deixa de expressar L-
selectina e começa a produzir ligantes de E-selectina e P-selectina para se ligar 
no local da inflamação, onde esses elementos são produzidos em grande 
quantidade. 
 
 
A proliferação de linfócitos T e sua diferenciação em células efetoras e de 
memória requer dois sinais: 
 
1º Sinal (Reconhecimento do antígeno): Células dendríticas apresentam 
peptídios derivados de antígenos de proteínas endocitadas em associação com 
moléculas do MHC classe II para células T CD4+ e peptídios derivados de 
proteínas citossólicas e nucleares exibidos por moléculas do MHC classe I para 
células T CD8+. 
 
2º Sinal (Coestimulação): A proliferação e diferenciação de células T imaturas 
requerem sinais fornecidos por moléculas nas APCs, denominadas 
coestimuladores, além dos sinais induzidos por antígenos. 
-Receptor de superfície de célula T, o CD28*, que se liga às moléculas 
coestimulatórias B‑71 (CD80) e B7‑2 (CD86), expressas nas APCs ativadas. 
-Interação de CD40L* nas células T com o CD40 nas APCs amplifica as 
respostas das células T pela ativação das APCs. 
 
*Quando o B7 da APC se liga à CTL-4 no linfócito, ocorre inibição. Esse é um 
mecanismo para que só ocorra a ativação quando tivermos grandes quantidades de 
moléculas B7, que acontece quando há inflamação. (O CTLA-4 compete com o CD28 
pelo B7 e tem mais afinidade a ele). 
 
*A célula dendrítica migra para o linfonodo e apresenta o antígeno para o linfócito 
T. Como resposta, esse linfócito T passa a expressar mais ligante de CD40 (CD40L). 
Quando a célula efetora migra para o local da inflamação, encontrar mais células 
dendríticas que estão no local de infecção. Então o ligante de CD40 vai ligar no CD40 
da célula dendrítica, fazendo com que ocorra sinalização para ocorrer estimulação 
dessa célula dendrítica a produzir mais B7 e citocinas. Ocorre então uma 
amplificação dessa resposta. O nome desse processo é licenciamento de células 
dendríticas. 
 
Esses dois sinais induzem a produção de proteínas antiapoptóticas (BCl) que 
que aumentam a sobrevida dessa célula. 
Ocorre também um aumento na expressão gênica dos receptores* da citocina 
IL-2(que é a citocina que é responsável por induzir a proliferação desses 
linfócitos T). A sinalização de IL-2 aumenta a produção de ciclinas, que são 
proteínas envolvidas no processo de mitose das células, fazendo com que elas 
façam proliferação clonal ativa. 
*O linfócito T virgem produz um receptor formado pela cadeia gama comum e pela 
cadeia beta do IL-2 e do IL-15. Junto a gama comum, com a IL-2 beta e a IL-15 beta, 
formam um receptor que é capaz de reconhecer a citocina IL-2 mas com baixa afinidade 
(é uma interação mais fraca, para evitar que o linfócito T seja ativado por qualquer 
coisa). Quando acontece o processo de apresentação de antígeno, ele é estimulado a 
produzir a molécula CD25, que é a cadeia alfa do receptor, que vai para a membrana 
formar o receptor de forma completa. 
 
O reconhecimento do antígeno, através da apresentação, promove a ativação 
desses linfócitos. Então, eles começam a proliferar por expansão clonal (uma 
célula se multiplica em várias células iguais e conseguem reconhecer o mesmo 
epítopo ofertado no momento da apresentação de antígeno). Depois da 
proliferação, essa célula vai se diferenciar em subtipos celulares, se 
transformando em células efetoras que vão migrar para a periferia fazer sua 
função; isso acontece com linfócitos TCD4 e TCD8. 
 
 
 T CD4 
As principais subpopulações CD4 efetoras são atualmente distinguidas como 
TH1, TH2 e TH17. 
 
 
 
 
TH1 
Agem em resposta a vírus, bactérias e protozoários que podem viver 
dentro de vesículas intracelulares. 
A IL12 produzida pelas células 
dendríticas e macrófagos em 
resposta aos microrganismos, 
induz as células NK a 
produzirem IFNγ. IL12 e IFNγ 
ativam os fatores de transcrição 
Tbet, STAT1 e STAT4, que 
estimulam a diferenciação de 
células T CD4+ T imaturas para 
o subconjunto TH1. O IFNγ 
produzido pelas células TH1 
amplifica esta resposta e inibe o 
desenvolvimento das células 
TH2 e TH17. 
 
A principal função das células 
TH1 é ativar os macrófagos 
para ingerir e destruir os 
microrganismos. As células TH1 
secretam IFNγ, que atua sobre 
os macrófagos para aumentar a fagocitose e morte de microrganismos 
nos fagolisossomos e em linfócitos B para estimular a produção de 
anticorpos IgG que opsonizam os microrganismos para a fagocitose. A 
ajuda para a produção de anticorpos pode ser fornecida não pelas 
células TH1 clássicas, a 
maioria das quais migram 
dos órgãos linfoides para os 
locais de infecção e 
inflamação, mas pelas 
células T auxiliares 
foliculares (ESF) de que 
permanecem nos órgãos 
linfoides e produzem o IFNγ. 
O papel do IFNγ na produção 
de anticorpos está 
estabelecido em 
camundongos, mas não em 
seres humanos. As células 
TH1 produzem também o 
TNF, o qual ativa neutrófilos 
e promove a inflamação. 
TH2 
Agem em resposta a helmintos e outros parasitos extracelulares. 
A IL4 produzida pelas células T 
ativadas ou por mastócitos e 
eosinófilos, especialmente em 
resposta aos helmintos, ativa os 
fatores de transcrição GATA3 e 
STAT6, que estimulam a 
diferenciação de células T CD4+ 
imaturas para o subconjunto TH2. A 
IL4 produzida pelas células TH2 
amplifica essa resposta e inibe o 
desenvolvimento de células TH1 e 
TH17. 
As células TH2 estimulam as reações 
que servem para erradicar infecções 
por helmintos mediadas por IgE, 
mastócitos e eosinófilos. As células T 
CD4+ que se diferenciam em células 
TH2 segregam IL4, IL5 e IL13. A IL4 
(e a IL13) atua nas células B para 
estimular a produção de anticorpos 
que se ligam aos mastócitos, tais 
como a IgE. O auxílio na produção de anticorpos pode ser fornecido 
por células TFH que produzem citocinas TH2 e residem em órgãos 
linfoides e não por células TH2 clássicas. A IL4 é também uma citocina 
de crescimentoautócrino e diferenciação para células TH2. A IL5 ativa 
os eosinófilos, uma 
resposta importante 
para a defesa contra 
infecções por 
helmintos. A IL4 e a 
IL13 estão envolvidas 
na imunidade nas 
barreiras das mucosas, 
induzem uma via 
alternativa de ativação 
dos macrófagos e 
inibem a ativação 
clássica dos 
macrófagos mediada 
por TH1. 
 
TH17 
Agem em resposta a bactérias e fungos extracelulares. Está 
principalmente envolvido no recrutamento de leucócitos e na indução 
da inflamação. 
A IL1 e a IL6 produzidas pelas APCs 
e fator transformador de 
crescimento β (TGFβ) produzidos 
por várias células ativam os fatores 
de transcrição RORγt e STAT3, que 
estimulam a diferenciação de células 
T CD4+ imaturas para o subconjunto 
TH17. A IL23, que também é 
produzida pelas APCs, 
especialmente em resposta ao 
ataque de fungos, estabiliza as 
células TH17. O TGFβ pode 
promover respostas TH17 
indiretamente por supressores de 
células TH1 e TH2, ambos os quais 
inibem a diferenciação TH17. A IL21 
produzida pelas células TH17 
amplifica esta resposta. 
 
 
 
As células TH17 combatem os 
microrganismos através do 
recrutamento dos leucócitos, 
principalmente neutrófilos, 
para os locais de infecção. As 
citocinas produzidas pelas 
células TH17 estimulam a 
produção local de quimiocinas 
que recrutam os neutrófilos e 
outros leucócitos, aumentam a 
produção de peptídios 
antimicrobianos (defensinas), 
e promovem as funções de 
barreira epiteliais. 
 
 
TREG 
As células T reguladoras são uma outra população distinta de 
células T CD4+. Elas não são células efetoras; em vez disso, a sua 
função é controlar as reações autoimunes e antígenos estranhos. 
 
 
 
 T CD8 
 CTL 
A diferenciação das células T CD8+ em CTLs efetores envolve a 
aquisição da maquinaria para matar as células‑alvo. A ativação 
completa de células T CD8+ imaturas e sua diferenciação em CTLs 
funcionais e células de memória podem requerer a participação de 
células CD4+ auxiliares (depende do tempo de exposição ao antígeno). 
 
IL‑2 promove a proliferação e diferenciação de células T CD8+ em 
CTLs e células de memória. IL‑12 e IFN-I têm demonstrado estimular 
a diferenciação de células T CD8+ imaturas em CTLs efetores. IL‑15 é 
importante para a sobrevivência das células CD8+ de memória. IL‑21 
produzida por células T CD4+ ativadas desempenha uma função na 
indução das células T CD8+ de memória 
 
 NKT 
Uma pequena população de células T também expressa os marcadores que são 
encontrados nas células NK, como o CD56; essas são chamadas de células NKT. 
Reconhecem lipídios ligados a moléculas CD1. 
 
 T γδ 
As células T que expressam o γδ TCR representam uma linhagem diferente das 
células T mais numerosas que expressam αβ. Os heterodímeros γδ associam‑se 
às proteínas CD3 e ζ da mesma maneira que os heterodímeros de TCR αβ fazem, 
e os eventos de sinalização induzidos por TCR típico de células T expressando 
αβ são também observados em células T γδ. 
As diferentes populações de células T γδ podem desenvolver‑se em distintas 
vezes durante a ontogenia, conter diferentes regiões V nos seus receptores de 
antígenos, residir em tecidos diferentes e ter uma capacidade limitada para 
recircular entre estes tecidos. 
As células T γδ não reconhecem os antígenos peptídicos associados ao MHC e 
não são restritas ao MHC. Alguns clones das células T γδ reconhecem pequenas 
moléculas fosforiladas, alquilaminas, ou lipídios que são comumente 
encontrados em micobactérias e outros microrganismos e que podem ser 
apresentados por moléculas não clássicas tipo MHC classe l. 
 
 T DE MEMÓRIA 
Podem ser formadas de duas formas: A Linfócitos T virgens se transformam em 
efetores. Depois que combateu o patógeno a maioria morre e as que sobrevivem se 
tornam células T de memória. B Algumas células que são ativadas no linfonodo já se 
transformam em células de memórias. 
 
 
 
 LINFÓCITOS B 
A ativação de linfócitos B acontece nos órgãos linfoides secundários, principalmente 
na região de folículos. 
Os linfócitos B virgens expressam duas classes de anticorpos ligados a membranas, 
IgM e IgD, que funcionam como receptores para os antígenos. A ativação de células 
B resulta em sua proliferação, o que leva à expansão clonal, seguida por 
diferenciação, culminando na geração de plasmócitos secretores de anticorpos e de 
células B de memória. 
 
Fases da resposta imune humoral. A ativação das células B é iniciada pelo 
reconhecimento específico de antígenos por meio dos receptores Ig de superfície 
das células. O antígeno e outros estímulos, incluindo as células T auxiliares, 
estimulam a proliferação e a diferenciação de clones específicos de células B. A 
progênie do clone pode se diferenciar em plasmócitos que produzem IgM ou outros 
isotipos de Ig (p. ex., IgG), pode sofrer maturação da afinidade ou pode persistir 
como células de memória. 
As respostas dos anticorpos a diferentes antígenos são classificadas como 
dependentes de T (Ags proteicos) ou independentes de T (Ags não proteicos como 
polissacarídeos e lipídios), segundo a necessidade de célula T CD4. Dois sinais são 
necessários para ativação do linfócito B: 
1º sinal: Reconhecimento do Ag pelo BCR. Internalização do Ag e apresentação por 
MHC-II (linfócito B também é uma APC). 
2º sinal: Inclui o reconhecimento deque fragmentos de complemento 
covalentemente ligados ao antígeno ou que fazem parte dos imunocomplexos 
contendo o antígeno, pelo receptor de complemento CR2/CD21. E reconhecimento 
de PAMPs por TLRs nessas células B. 
 
Nas respostas imunes a microrganismos, a ativação das células B através do BCR 
pode ser aumentada pelo antígeno recoberto por proteínas do complemento, que 
podem se ligar tanto ao BCR quanto ao receptor do complemento 2 (CR2) (A), e 
também por ativação simultânea dos receptores do tipo Toll (TLRs) nas células B 
por moléculas derivadas dos microrganismos (padrões moleculares associados a 
patógenos [PAMPs]) (B). 
 
Subpopulações distintas de células B respondem preferencialmente a diferentes 
tipos de antígenos. 
 
As células B foliculares respondem a antígenos proteicos e, portanto, iniciam 
respostas humorais T dependentes. As respostas T independentes a antígenos 
multivalentes são mediadas principalmente pelas células B da zona marginal no 
baço e por células B1 na mucosa. Essas distinções funcionais entre as 
subpopulações não são absolutas (LB foliculares podem ter resposta independente 
de T, e LB da zona margina podem fazer respostas dependentes de T). 
 
 
 RESPOSTA DEPENDENTE DE CÉLULAS T 
 
 
Sequência de eventos nas respostas imunes humorais a antígenos proteicos T 
dependentes: 
(1) As respostas imunes são iniciadas pelo reconhecimento dos antígenos pelas 
células B e pelas células T CD4+. 
(2) Os linfócitos ativados migram um em direção ao outro e interagem, resultando 
na proliferação e diferenciação da célula B. 
(3) A reestimulação das células B pelas células T auxiliares em locais 
extrafoliculares leva à troca de isotipo precoce e geração de plasmócitos de vida 
curta, ao passo que a ativação das células T por células B resulta na indução de 
células T auxiliares foliculares. 
(4) Os eventos posteriores ocorrem nos centros germinativos e incluem a mutação 
somática e a seleção de células de alta afinidade (maturação da afinidade), troca de 
isotipo adicional, geração de células B de memória e a geração de plasmócitos de 
vida longa. 
 
 
 
 
 
Interação LT-LB: 
Linfócitos T CD4 diminuem a expressão de CCR7 e aumentam a expressão deCXCR5 e, como resultado, deixam a zona da célula T e migram para o folículo (o 
ligante para o CSCR5 é o CXCL13, é secretado pelas células dendríticas foliculares e 
por outras células do estroma folicular). 
LB respondem a antígenos reduzindo a expressão de CXCR5 de suas superfícies 
celulares e aumentam a expressão de CCR7. Como resultado, as células B ativadas 
migram para a zona da célula T por ação de um gradiente de CCL19 e de CCL21, os 
ligantes para CCR7. As células B ativadas por antígenos proteicos também podem 
expressar CD69, que bloqueia a expressão de superfície de receptores para 
esfingosina 1‑fosfato, causando retenção de células B ativadas nos linfonodos. 
 
 
 
 
 APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENO PARA CÉLULAS B 
O antígeno pode ser apresentado para as células B imaturas nos órgãos linfoides de 
diferentes formas e por várias rotas. 
Pequenos antígenos 
são apresentados às 
células B nos 
folículos por meio 
dos vasos linfáticos 
aferentes e via 
circuitos, ao passo 
que antígenos 
maiores são 
apresentados por 
macrófagos do seio 
subcapsular ou por 
células dendríticas 
na medula. 
 
 EFEITO CARREADOR DE HAPTENOS 
Haptenos, como dinitrofenol, são pequenas substâncias químicas que podem ser 
ligadas por anticorpos específicos, mas não são imunogênicas por si mesmas. Se, no 
entanto, os haptenos forem acoplados a proteínas, que servem como carreadores, os 
conjugados são capazes de induzir respostas de anticorpos contra os haptenos. 
Células B específicas para o hapteno ligam‑se ao antígeno através do determinante 
do hapteno, endocitam o conjugado hapteno‑carreador e apresentam peptídios 
derivados da proteína carreadora a linfócitos auxiliares T específicos para essa 
proteína. 
O efeito de hapteno‑carreador é a base para o desenvolvimento de vacinas 
conjugadas, que contêm os epítopos de carboidratos reconhecidos por células B 
ligados a proteínas reconhecidas pelas células T. 
 
 PAPEL DO CD40L 
Células T auxiliares expressam o ligante de CD40 (CD40L), o qual se acopla ao seu 
receptor, CD40, em células B estimuladas pelo antígeno e induz a proliferação e a 
diferenciação da célula B, 
A ligação ao CD40L produz a alteração conformacional dos trímeros pré‑formados 
de CD40 e isso induz a associação de proteínas citossólicas denominadas TRAFs 
com o domínio citoplasmático do CD40. Os TRAFs recrutados para o CD40 iniciam 
uma cascata enzimática que leva à ativação e à translocação nuclear de fatores de 
transcrição, incluindo o NF‑kB e o AP‑1, que estimulam juntos a proliferação da 
célula B e o aumento da síntese e secreção de Ig. 
Mutações no gene do CD40 L resultam em uma doença chamada síndrome da 
hiper‑IgM ligada ao X, caracterizada por defeitos na produção de anticorpos, troca 
de isotipo, maturação da afinidade e na geração de células B de memória em 
resposta a antígenos proteicos, além de uma imunidade mediada por células 
deficientes. Esses pacientes são, portanto, incapazes de produzir linfócitos T helper 
foliculares. Como não acontece a sinalização, os Linfócitos B geralmente não voltam 
para os centros germinativos. Dessa forma, elas vão viver somente como 
plasmócitos de vida curta e esse paciente vai apresentar anticorpos apenas do 
isotipo IgM. 
 
 RESPOSTA INDEPENDENTE DE CÉLULAS T 
Muitos antígenos não proteicos, tais como polissacarídeos e lipídios, estimulam a 
produção de anticorpos na ausência de células T auxiliares e esses antígenos e as 
respostas que eles provocam são denominados timo‑independente ou T 
independente (TI). 
Estas respostas de anticorpos diferem em vários aspetos das respostas 
T‑dependentes a antígenos proteicos. 
 
Os anticorpos que são produzidos na ausência da célula T auxiliar são, geralmente, 
de baixa afinidade e consistem principalmente de IgM, com troca de isotipo limitada 
a alguns subtipos de IgG e também a IgA. 
Antígenos timo-independentes estimulam LB de vida curta principalmente na 
zona marginal do baço e principalmente nos linfócitos B-1. 
 
Antígenos TI também contribuem para a geração de anticorpos naturais, que se 
encontram presentes na circulação de indivíduos normais e são aparentemente 
produzidos sem exposição ostensiva a patógenos. A maior parte dos anticorpos 
naturais são anticorpos anticarboidratos de baixa afinidade e acredita‑se que sejam 
produzidos por células B‑1 peritoneais estimulados por bactérias que colonizam o 
trato gastrintestinal e pelas células B da zona marginal no baço. 
 
Propriedades de diferentes classes de antígeno que produzem as respostas 
dos anticorpos: O timo-independente 1 consegue estimular a resposta em 
lactentes. O timo-independente 2 são carboidratos que não conseguem estimular a 
resposta imune em lactentes. 
 
 
 RETROALIMENTAÇÃO DE ANTICORPOS 
Os anticorpos secretados inibem a continuidade da ativação de células B através da 
formação de complexos antígeno-anticorpo que simultaneamente se ligam a 
receptores de antígeno e receptores Fcγ inibitórios em células B específicas ao 
antígeno. 
 
Esses receptores de Fc possuem, na sua cauda citoplasmática, uma proteína 
fosfatase, que retira os fosfatos que são produzidos no BCR sinalizado, diminuindo 
a ativação desse linfócito B. 
 
 MATURAÇÃO DE AFINIDADE 
Maturação de afinidade é o processo que conduz a um aumento da afinidade de 
anticorpos a um determinado antígeno, conforme progride a resposta humoral 
T‑dependente e é o resultado da mutação somática dos genes Ig seguida pela 
sobrevivência seletiva das células B produtoras de anticorpos com maior 
afinidade. 
 
No início da resposta imune, há produção de anticorpos de baixa afinidade. Durante 
a reação do centro germinativo, a mutação somática dos genes V da Ig e a seleção 
das células B com receptores de antígeno de alta afinidade resultam na produção de 
anticorpos com alta afinidade para o antígeno. 
Aqueles que possuem maior afinidade ao antígeno recebem maior quantidade de 
estímulos de sobrevivência e eles conseguem sobreviver, aqueles que têm menor 
quantidade de estímulos acabam morrendo por ausência de sinalização. O que 
provoca a mutação é a divisão celular, normalmente na própria replicação do 
material vai acontecer erros de transcrição de replicação de um DNA pro outro, 
nesse momento de replicação naturalmente ocorre o processo de mutação 
 
 TROCA DE ISOTIPO 
Algumas vezes ocorrem trocas de isotipo em células B que se encontram em focos 
extrafoliculares devido à ação das células T auxiliares extrafoliculares lá presentes; 
no entanto, isso ocorre com mais frequência em centros germinativos, sob a 
influência das células TFH. 
As células B mudam os isotipos dos anticorpos que produzem, alterando as regiões 
constantes das cadeias pesadas, mas a especificidade dos anticorpos (determinada 
pelas regiões variáveis) permanece inalterada. 
A troca de isotipo em resposta a diferentes tipos de micror‑ ganismos é regulada por 
citocinas produzidas pelas células T auxiliares ativadas por esses microrganismos. 
O linfócito B na presença de interferon gama vai polarizar essa célula pra um perfil 
IgG1 e IgG3. Na presença de IL-4, vai polarizar esse plasmócito para produzir IgE. 
Na presença de TGF beta, APRIL e BAF, que são que são produzidas principalmente 
em região de mucosa, vai fazer com que esses plasmócitos produzam IgA. Então, 
cada citocina, proveniente da imunidade inata ou dos próprios linfócitos T helper, 
induzem a polarização dos anticorpos, que são produzidos para combater aquilo que 
é necessário. 
 
A enzima chave necessária para a troca de isotipo (e maturação de afinidade, escrito 
mais adiante) é a deaminase induzida por ativação (AID). A expressão de AID éativada principalmente por sinais de CD40 de células TFH. A enzima desamina 
citosinas em moldes de DNA de fita simples, convertendo resíduos de citosina (C) 
em resíduos de uracila (U). Depois disso a enzima Uracil N-glicosidase retira todas 
as uracilas que a AID colocou. Então, a enzima endonuclease corta aquele 
fragmento que foi modificado. 
 CÉLULAS B DE MEMÓRIA 
As células B de memória são geradas durante a reação do centro germinativo e são 
capazes de fazer respostas rápidas à introdução subsequente do antígeno. Como as 
células de memória são geradas principalmente em centros germinativos, elas são 
observadas em respostas imunes T‑dependentes e normalmente emergem em 
paralelo com células T auxiliares de memória. 
Algumas das células B que são ativadas nos centros germinativos adquirem a 
capacidade de sobreviver por longos períodos, aparentemente sem a continuidade 
da estimulação antigênica. Estas células B de memória expressam altos níveis da 
proteína antiapoptótica Bcl‑2, o que contribui para o seu período de vida longa. 
 
 MECANISMOS EFETORES DE CÉLULAS T 
As células T CD8 reconhecem os peptídeos de patógenos apresentados pelas 
moléculas do MHC de classe I, e todas as células T CD8 virgens se diferenciam em 
células T efetoras citotóxicas que reconhecem e matam as células infectadas. As 
células T CD4 têm um repertório mais flexível de atividades efetoras. Após o 
reconhecimento do peptídeo específico de um patógeno apresentado por uma 
molécula do MHC de classe II, as células T CD4 virgens podem se diferenciar em duas 
vias distintas para produzir subpopulações de células efetoras com diferentes 
funções imunes. As principais subpopulações CD4 efetoras são atualmente 
distinguidas como TH1, TH2 e TH17, as quais ativam suas células-alvo e várias 
subpopulações de células T reguladoras que têm atividade inibidora limitando a 
extensão da ativação imune. 
 
 
A morte mediada por CTLs envolve o reconhecimento específico de células‑alvo e a 
liberação de proteínas que induzem a morte celular. 
 
Um CTL reconhece a célula alvo que expressa o antígeno, sendo posteriormente 
ativado. A ativação resulta na liberação de conteúdo granular do CTL na célula-alvo 
por meio da área de contato (sinapse imunológica). O conteúdo dos grânulos é letal 
para a célulaalvo. O CTL pode desacoplar e matar outras células-alvo. A formação de 
conjugados entre um CTL e o seu alvo e a ativação do CTL também requerem 
interações entre moléculas acessórias (LFA1, CD8) expressas no CTL e seus ligantes 
específicos (ICAM1 e MHC de classe I, respectivamente) expressos na célula-alvo. 
 
CTLs matam células-alvo por dois mecanismos principais. A, Complexos de 
perforina e granzimas são liberados do CTL por exocitose de grânulos e entram 
nas célulasalvo. As granzimas são liberadas no citoplasma das células-alvo por um 
mecanismo dependente de perforina e induzem a apoptose. B, FasL é expresso em 
CTLs ativados, ligase ao Fas expresso na superfície das células-alvo e induz a 
apoptose. 
 
 MECANISMOS EFETORES DE CÉLULAS B 
Os anticorpos são produzidos por meio da ativação dos linfócitos B. Dentre os 
principais mecanismos efetores: 
-Neutralização de micro-organismos e toxinas: Os anticorpos contra 
microrganismos e toxinas microbianas bloqueiam a ligação desses agentes e suas 
toxinas aos receptores celulares. 
-Opsonização e fagocitose de micro-organismos: Os anticorpos do isotipo IgG 
cobrem (opsonizam) os microrganismos e promovem sua fagocitose pela ligação de 
receptores de Fc nos fagócitos. 
-Citotoxicidade dependente de Anticorpos: As células natural killer (NK) e outros 
leucócitos ligam‑se a células revestidas com anticorpo pelos receptores de Fc e as 
destroem. 
 
 
Os anticorpos utilizam suas regiões de ligação de antígenos (Fab) para ligar-se a e 
bloquear os efeitos nocivos dos microrganismos e toxinas, e usam suas regiões Fc 
para ativar diversos mecanismos efetores que eliminam esses microrganismos e 
toxinas. 
Os anticorpos de diferentes classes de cadeias pesadas (isótipos) desempenham 
diferentes funções efetoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Thomás R. Campos 
Graduando em Medicina – UFOB 
Turma III

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