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Digestao e absorcao de Carbohidratos

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ÍNDICE
1. Introdução-----------------------------------------------------------------------------------------------01
2. Digestão E Absorção De Carbohidratos-----------------------------------------------------------02
 2.1. Digestão De Carbohidratos---------------------------------------------------------------------02
 2.1.1. A Digestão De Carbohidratos, Suas Enzimas E Onde Ocorrem-------------------03
 2.1.2. Digestão De Carbohidratos Por Hidrólise---------------------------------------------03
 2.1.3. Locais e Processos da Digestão De Carbohidratos-----------------------------------04
 2.1.3.1. Digestão De Carbohidratos Na Boca E No Estômago----------------------------04
 2.1.3.2. Digestão De Carbohidratos No Intestino Delgado---------------------------------04
 2.2. Absorção De Carbohidratos No Intestino Delgado----------------------------------------05
 2.2.1. Processos Na Absorção De Carbohidratos---------------------------------------------07
 2.2.1.1. Transporte Activo----------------------------------------------------------------------07
 2.2.1.2. Transporte Passivo(Difusão Facilitada)-------------------------------------------08
3. Conclusão------------------------------------------------------------------------------------------------09
4. Referências Bibliograficas---------------------------------------------------------------------------10
1. INTRODUÇÃO
Certamente já ingerimos alimentos como: pão, batatas, massas, doces, arroz, frutas e vegetais, o que esses alimentos tem em comum, além de serem a base da dieta na maior parte do mundo, é que todos eles contêm carbohidratos, que são as biomoléculas mais abundantes na face da Terra.
Mas o que acontece quando ingerimos carbohidratos, como serão digeridos (“quebrados”) em moléculas menores por enzimas para a absorção no intestino delgado, que nome tem essas enzimas, onde são encontradas essas enzimas no sistema digestivo? Essas e outras perguntas serão clarificas uma vez lido o presente trabalho.
2. DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CARBOHIDRATOS
Os macronutrientes são classificados em carbohidratos, proteínas e lipídios. A digestão e absorção destes nutrientes são compostas por processos químicos e físicos que ocorrem no trato digestivo e seus produtos são levados pelo sangue para os tecidos e principalmente para o fígado onde ocorre uma série de reações que envolvem o metabolismo.
Os alimentos são as fontes que usamos para adquirir nutrientes e o processamento destes é dividido em quatro etapas básicas: A ingestão que é a entrada do alimento no organismo, a digestão que é a quebra de moléculas que compõem esse alimento, a absorção que é a passagem destas moléculas para a corrente sanguínea que finalmente é ofertada para as células através da etapa de distribuição. Abaixo vou descrever como o carbohidrato é digerido e absorvido.
 2.1. Digestão De Carbohidratos
Digestão é o processo da degradação química dos alimentos ingeridos em moléculas absorvíveis através da mucosa gastrointestinal.
Carbohidratos são os principais substratos energéticos da célula, através da degradação da glicose por via anaeróbia e aeróbia (Fig.1). Popularmente são chamados de açúcares em virtude do seu mais conhecido representante, a sacarose, formada por uma molécula de glicose e outra de frutose com sabor doce característico.
Fig.1.A molécula de glicose(uma hexose –carbohidrato de seis carbonos) em sua forma cíclica.
Existem apenas três fontes principais de carbohidratos na dieta humana normal:
Sacarose, um dissacarídeo popularmente conhecido como açúcar de cana; 
Lactose, um dissacarídeo encontrado no leite; e
Amidos, grandes polissacarídeos presentes em quase todos os alimentos de origem não-animal, particularmente nas batatas e nos diferentes tipos de grãos. Outros carbohidratos ingeridos em menor quantidade são amilase, glicogénio, álcool, ácido lático, ácido pirúvico, pectinas, dextrinas e quantidades ainda menores de derivados de carbohidratos nas carnes.
A dieta contém ainda uma grande quantidade de celulose, que é um carbohidrato, entretanto no trato digestivo humano não é segregada nenhuma enzima capaz de hidrolisar a celulose. Consequentemente, a celulose não pode ser considerada um alimento para os seres humanos.
 2.1.1. A Digestão De Carbohidratos, Suas Enzimas E Onde Ocorrem
A digestão ou quebras dos nutrientes ocorre sequêncialmente em diferentes segmentos do trato gastrointestinal por reações enzimáticas:
-amilase salivar. A digestão do amido tem início na boca atravez da ptialina uma enzima presente na saliva, também chamada de amilase salivar e é interrompida no estomago onde o baixo pH inativa a sua enzima que é reativada no intestino onde há um pH mais básico.
-amilase pancreática. No duodeno a enzima que actua na digestão de carbohidratos é a enzima pancreática a chamada amilase pancreática, que hidrolisa amidos, glicogénio e outros carbohidratos para formar principalmente dissacarídeos e alguns trissacarídeos. 
Enzimas da superficie intestinal. A hidrólise final acontece no intestino delgado e é realizada pelas 4 enzimas que actuam no intestino delgado: sacarose, lactase, maltase e –dextrinase. 
 2.1.2. Digestão De Carbohidratos Por Hidrólise
Quase todos os carbohidratos da dieta são grandes polissacarídeos ou dissacarídeos, que são combinações de monossacarídeos ligados uns aos outros por condensação. Isto significa que um ião de hidrogénio( foi removido de um dos monossacarídeos, e um ião ( foi removido do outro. Os dois monossacarídeos combinam-se então nos locais de remoção, e os iões hidrogénio e hidroxila combinam-se para formar água().
Quando os carbohidratos são digeridos, o processo descrito acima é invertido e os carbohidratos são convertidos a monossacarídeos. Enzimas específicas nos sucos digestivos do trato gastrointestinal catalisam a reintrodução dos iões hidrogénio e hidroxila, obtidos da água, nos polissacarídeos e, assim, separam os monossacarídeos. Este processo, denominado hidrólise, é o seguinte(no qual R”-R’ é um dissacarideo):
 2.1.3. Locais e Processos da Digestão De Carbohidratos
 2.1.3.1. Digestão de carbohidratos na boca e no estômago
Quando o alimento é mastigado mistura-se com a saliva, que contém a enzima digestiva ptilina(uma -amilase), segregada principalmente pelas glândulas parótidas. Esta enzima hidrolisa o amido no dissacarídeo maltose e em outros pequenos polímeros de glicose, que contêm três a nove moléculas do monossacarídeo, conforme mostrado na Fig.2. O alimento, porém permanece na boca apenas por um período de tempo curto, de maneira que não mais do que 5% dos amidos terão sofridos hidrólise até a deglutição do alimento.
Entretanto, a digestão do amido por vezes continua no corpo e no fundo do estômago por até uma hora antes de o alimento ser misturado às secreções estomacais. Então, a actividade da amilase salivar é bloqueada pelo ácido das secreções gástricas já que a amilase é essencialmente inatva como enzima quando o pH do meio cai abaixo de 4,0. Contudo, em média, antes de o alimento e da saliva estarem completamente misturados com as secreções gástricas, até 30% a 40% dos amidos terão sido hidrolisados para formar maltose.
 2.1.3.2. Digestão De Carbohidratos No Intestino Delgado
Digestão por Amilase Pancreática. A secreção pancreática, como a saliva, contem grande quantidade de -amilase, que é quase idêntica, em termos de função, à -amilase da saliva, mas muitas vezes mais potente. Portanto, 15 a 30 minutos, depois de o quimo ser transferido do estômago para o duodeno e misturar-se com o suco pancreático, praticamente todos os carbohidratos terão sido digeridos.
Em geral, os carbohidratos são quase totalmente convertidos em maltose e/ou outros polímeros de glicose pequenos antes de irem além do duodenoou do jejuno superior.
Hidrólise de Dissacarrídeos e Pequenos Polímeros de Glicose em Monossacarídeos por Enzimas do Epitélio Intestinal
Os enterócitos que revestem as vilosidades do intestino delgado contêm quatro enzimas (lactose, sacarose, maltose e -dextrinase), que são capazes de separar os dissacarídeos lactose, sacarose e maltose, mais outros pequenos polímeros de glicose, nos seus monossacarídeos constituintes. Essas enzimas estão localizadas nos enterócitos que formam a borda em escova das microvilosidades intestinais, de maneira que os dissacarídeos são digeridos quando entram em contacto com esses enterócitos.
A lactose divide-se em uma molécula de galactose e uma molécula de glicose. A sacarose divide-se em uma molécula de frutose e uma molécula de glicose. A maltose e outros polímeros de glicose pequenos dividem-se em múltiplas moléculas de glicose. Assim, os produtos finais da digestão de carbohidratos são todos monossacarídeos hidrossolúves que são absorvidos imediatamente pelo sangue portal.
Na dieta comum, que contém muito mais amidos do que todos os outros carbohidratos combinados, a glicose representa mais 80% dos produtos finais da digestão de carbohidratos, enquanto a fração de galactose ou frutose raramente ultrapassa 10%.
As principais etapas da digestão de cabohidratos estão resumidas na Fig.2.
Fig.2.Digestão de carbohidratos.
 2.2. Absorção de Carbohidratos no Intestino Delgado
Absorção é o processo de transporte de moléculas (nutrientes, água e eletrólitos da luz intestinal) para a corrente sanguínea. A quantidade total de líquido que deve ser absorvida a cada dia pelos intestinos é igual ao volume ingerido(cerca de 1,5L) mais o volume segregado nas diversas secreções gastrointestinais(cerca de 7L). Isto representa um total de 8 a 9L. Todo esse montante, menos cerca de 1,5L, é absorvido no intestino delgado. O que sobra, 1,5L, passa através da válvula ileocecal para o cólon todos os dias.
A fig.3. mostra a superfície absorvitiva da mucosa do intestino delgado, com várias pregas, denominadas válvulas coniventes( ou pregas de Kerckring), que aumentam a área superficial absortiva em cerca de 3 vezes. Também localizadas na superfície epitelial por toda a extensão do intestino delgado, até a válvula ileocecal, há milhões de pequenas vilosidades o que aumenta a área absortiva em mais de 10 vezes, como apresentado na fig.3. e com mais detalhes na fig.4.
Fig.3.Corte Longitudinal do intestino delgado, mostrando as válvulas coniventes recobertas por vilosidades.
Fig.4.Organização funcional da vilosidade. A, corte longitudinal. B, Corte transversal mostrando a membrana basal sob as células epiteliais e a borda em escova no outro pólo dessas células.
Cada célula epitelial intestinal nas vilosidades é caracterizada por uma borda em escova projectando-se na luz intestinal; essas microvilosidades são mostradas na fotomicrografica electrónica na Fig.5. Isto aumenta a área superficial exposta aos materiais intestinais em pelo menos mais de 20 vezes. Assim a combinação das pregas de Kerckring, vilosodades e microvilosidades aumentama a área absortiva total da mucosa em talvez 1 000 vezes fazendo uma área de 250metros quadrados do intestino delgado ou mais.
Fig.5.Borda em escova de uma célula epitelial gastrointestinal, mostrando vesículas pinocíticas absorvidas, mitocôndrias e o retículo endoplasmático imediatamente adjacente à borda em escova.
 2.2.1. Processos Na Absorção De Carbohidratos
Essencialmente todos os carbohidratos nos alimentos são absorvidos sob a forma de monossacarídeos; apenas uma pequena fração é absorvida como dissacarídeos e quase nada de polissacarídeos maiores é absorvido. O mais abundante dos monossacarídeos absorvidos é a glicose, normalmente responsável por mais de 80% das calorias absorvidas sob a forma de carbohidratos. A razão é que a glicose é o produto final da digestão do carbohidrato mais abundante na dieta - os amidos. Os outros 20% de monossacarídeos absorvidos são galactose e frutose; a galactose é derivada do leite e a frutose é um dos monossacarídeos do açúcar de cana.
Praticamente todos os monossacarídeos são absorvidos por um processo de transporte activo mas há outros como a D-frutose que usa o transporte passivo(difusão facilitada).
 2.2.1.1. Transporte Activo
A Glicose É Transportada Por Um Mecanismo De Co-Transporte Com O Sódio
Na ausência de transporte de sódio através da membrana intestinal, quase nehuma glicose é absorvida. A razão é que a absorção de glicose ocorre em um processo de co-transporte com o sódio.
Existem dois estágios no transporte de sódio através da membrana intestinal. O primeiro é o transporte activo de iões sódio através das membranas basolaterais das células epiteliais intestinais para o sangue, que reduz a concentração e promove o fluxo de sódio nas células epiteliais. Em segundo lugar, a diferença de concentração promove o fluxo de sódio do lúmen intestinal, através da borda em escova das células epiteliais, para o interior da célula por um processo de difusão facilitada. Isto é, o ião sódio combina-se com uma proteína transportadora, mas esta proteína transportadora não transportará o sódio para o interior da célula sem que outras substâncias, como por exemplo a glicose, também se liguem ao transportador. Com a ligação do sódio e da glicose, o transportador transporta ambos, simultaneamente, para o interior da célula. A diferença de concentração do sódio fornece a energia para o transporte de glicose para o interior da célula, contra diferenças de concentração. Uma vez na célula epitelial, outras proteínas transportadoras facilitam a difusão da glicose através da membrana basolateral para o espaço extracelular e daí para o sangue.
Em suma, é o transporte activo de sódio através das membranas basolaterais das células do epitélio intestinal, por uma bomba de , que proporciona a força motriz para mover a glicose também através das membranas. Vide Fig.6.
Fig.6.Absorçao da Glicose e Galactose com o axílio do , e frutose sem axílio do no intestino delgado.
 2.2.1.2. Transporte Passivo(Difusão Facilitada)
A galactose é transportada por um mecanismo exatamente igual ao da glicose. Por outro lado, o transporte de frutose não ocorre pelo mecanismo de co-transporte com sódio. A frutose é transportada por difusão facilitada não acoplada ao sódio através do epitélio intestinal.
Grande parte da frutose, ao entrar na célula, é fosforilada e então convertida a glicose, e como glicose é transportada para o sangue. A taxa de transporte da frutose é de cerca da metade das taxas de trasnporte da glicose ou galactose. Vide Fig.6.
3. CONCLUSÃO
Feito o trabalho, é possível concluir que os processos da digestão e absorção de carbohidratos são impressindíves, para a aquisição de energia por parte do nosso orgasmo, visto que os carbohidratos são uma das principais fontes de energia para o homem, ou seja, fornecem “combustível” necessário as actividades das celulas. E dado que, o processo final da digestão é a hidrólise dum carbohidrato, oque origina como produto um monossaçarrídeo, que é imediatamente absorvido pelo sangue portal isso torna a sua absorção muito rápida e a energia do alimento fica a disposição do corpo imediatamente após a ingestão.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
https://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfEJQAL/metabolismo-dos-carboidratos Acessado em: 06 de Agosto de 2016
Guyton & Hall: TRATADO DE FISIOLOGIA MÉDICA,11ª Ediçao,2006
Vieira, Ricardo: FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA, Textos Didáticos,Belém-Pará 2003.

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