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IED II
As relações sociais são construídas de forma autônoma ao direito e por isso o que acontece lá fora tem condições próprias de acontecer, ou seja, não há um fato que é jurídico em si. O que existe é uma apreciação física dos fatos, uma relação definida por parâmetros do direito que captura eventos. 
Fenômeno jurídico é a manifestação do direito no quadro social. E Contes de Miranda divide 3 dimensões na qual não existe uma real causalidade, pois a uma implicação interna e isso significa que se deve pensa-la de maneira integrada. Uma não causa a outra, na verdade uma necessita da outra para que o fenômeno jurídico seja completo.
Dimensão política: A produção do direito se dá. O direito ganha autonomia na medida em que um legislador toma uma decisão (separa e cria uma realidade. A escolha é feita no limite dessa decisão). 
Dimensão normativa: O legislador pode recortar eventos e atribuir valores a eles. Nem todo evento é um evento jurídico. O valor está numa ordem de validade e assim ele é um critério para saber que ação é disposta em conforme ou contraria ao ordenamento jurídico. A norma só faz sentido dentro do critério de validade.
Dimensão social: Ideia de eficácia e eficiência. Os efeitos repercutem e alteram a realidade.
O que é a norma se não apenas um processo de significação de determinados atos. Os fatos em si não têm carga jurídica, o que existe é a atribuição de um valor jurídico aos fatos. De premissas valorativas não se pode deduzir um fato. O ato do direito não pode ser causado por uma mera causalidade.
 Se faz a norma pelo fato de reconhecer uma obrigação. A imputação traz a ideia de que norma tem uma obrigatoriedade. O dever-ser se expande na medida que ele se dispõe de uma norma vaga. O dever-ser é o campo do provável e obrigatório. Eles não se confundem, mas se relacionam. O direito não é uma questão de previsibilidade, é uma questão de qualificação. O estudo do direito se dar na medida em que existem processos dentro da sociedade que produzem normas e que você precisa descrever o que acontece. 
Se a norma está no ordenamento jurídico e é válida, é preciso aplica-la. O que garante a qualidade do fato é a subsunção. Subsunção é um raciocínio construído desde os primeiros positivistas e trata sobre como uma norma conforma os fatos aos seus critérios. Subsunção significa submeter. A norma submete os fatos a sua vontade. Norma individual é quando consegue aplicar os eventos ao padrão definidos na norma. 
A regra, no direito, não é clara. A vagueza e indeterminação são condições do próprio ordenamento. O problema da subsunção está que pela importância que a norma tem, é preciso entende-la. Além da injunção (se é A aplica B) para a norma ser completa é necessário ter uma disjunção (se não for A não aplica B), ou seja, tanto a hipótese como a negação da hipótese precisam de suporte, critérios normativos para ver se elas foram qualificadas. 
O problema da norma jurídica não é fazer que você se sinta obrigado a.., o problema é estabelecer a obrigação de.., ou seja, o problema é validar e institucionalizar determinadas condutas. Os efeitos jurídicos não são apenas sanções (ele também não é o efeito), são consequências para justamente qualificar as obrigações. A sanção deve ser uma consequência última. Toda norma produz consequências que estrutura sua ação.
Planos no mundo jurídico 
São as formas de organizar a qualificação. A qualificação é reconhecer se o que está na norma é suficiente para reconhecer os fatos (condições mínimas para que ocorra o fato). Observasse primeiramente a validade e depois a produção de efeitos que em geral vem de terceiros. Plano da existência: condição essencial para um fato jurídico. Plano da validade e plano da eficácia tem uma intercessão em que podem ser existências, validos e eficazes e esses atos são os chamados atos jurídicos perfeitos. É possível prever que existem atos que não iram preencher todos os requisitos. 
Fato jurídico 
Suporte fático 
É o elemento do ser da norma. Fornece as informações necessárias para a qualificação. Suporte fático não é meramente o fato real, pois o fato real é um evento e como evento ele é simplesmente supérfluo (se manifesta e desaparece). 
O fato real tem que ser estruturado com um valor inscrito. A sociedade faz com que a situação da norma circule. A estrutura do suporte fático tem que ser pensada em uma estrutura tridimensional, ou seja, para obter o suporte fático é necessário entender que ele se dimensiona através de um fato real e um valor. É essa estrutura que faz a norma incidir sobre o suporte. 
O suporte fático é tanto hipotético como concreto. Hipotético quando se trata do sentido logico da norma (descrição que a norma informa para reconhecer os atos na vida social) e concreto quando o efeito se manifesta (numa sanção ou não). O que cria o suporte fático é qualquer coisa que tenha relação com a vida humana, tudo pode ser elemento para uma norma jurídica qualificada. 
O evento é passageiro, se for possível capturar o momento e atribuir uma norma essa será chamada de fato jurídico. Sé se sabe que o fato existe porque é possível vivencia-lo mais de uma vez a partir da repetição. A norma orienta o que tem que ter no suporte. 
Estrutura do suporte fático (para encontrar a qualificação de existente, válido ou eficaz) 
Elementos nucleares: Identifica a existência do fato jurídico. Ele dá o elemento de suficiência. Cerne: é o elemento pelo qual o fato não existe. Completante: Traz integridade ao direito (em um contrato o completante seria o preço). Se o suporte fático não vem com o nuclear ele é deficiente, se não tem como demostrar o elemento nuclear então o fato não existe no direito.
Elementos complementares: São o modo como a norma estabelece critérios de validação do fato. O que media a relação entre sujeitos e objetos são as ações. Tem que questionar primeiramente quem são as pessoas envolvidas, depois se o objeto (coisa) era licito, possível e determinado.
Elemento integrativo: Não está na estrutura, vem de fora do problema. É uma ação de terceiro que reconhece os fatos. Ele é a reação que o fato passa aos terceiros. 
Estrutura cognitiva (segundo Contes de Miranda), que é uma obrigação, é feita a partir da incidência normativa que captura o suporte fático do mundo real tornando-o em norma jurídica dando permanecia a essa. Essa estrutura independe de alguém. Toda vez que o suporte fático se manifestar na realidade a incidência vai ocorrer para impor sua estrutura ao fato.
Classificação
Fato jurídico em sentido estrito: Todo evento que não tem em sua constituição participação humana. É um evento natural (morte, nascimento, chuva). Preenche apenas o campo da existência e da eficácia (existe e produz efeitos no mundo jurídico).
Ato jurídico: Todo evento que tenha participação humana na sua produção composto de 3 requisitos: Vontade expressa (vontade que se manifesta), consciência do ato, pretende determinado fim. Passa pelo plano da existência, validade e eficácia. Tem conduta e vontade.
 Ato jurídico em sentido estrito: Lida com a ideia que tem uma vontade, porém essa vontade escolhe os efeitos já previstos em lei. A pessoa não tem qualquer fator sobre os efeitos, você apenas o escolhe. A eficiência não se dar pela vontade, ela se dar por lei. Exemplo: Reconhecimento de paternidade
 Negócio jurídico: O resultado é produzido pela vontade tendo limite na lei. A vontade calcula os efeitos. Mas se a ação material, obrigações, não forem cumpridas é possível entrar com uma ação judicial. Exemplo: contrato de compra e venda.
Unilateral: vontades jurídicas paralelas. Ninguém recebe nada em troca. Ex. herança (alguém deixa um patrimônio para o outro e esse outro não participa da negociação, ele apenas recebe), fundação (fim nela mesma, todo lucro é investido para sua melhoria)
Bilateral: vontades concorrentes. Uma pessoa concorre com a outra disputando o objeto do direito. Ex. contrato de compra e venda, contrato de aluguel. 
Plurilateral: vontades convergentes. Vontadesdistintas que se organizam em função de uma atividade, objetivo comum. Ex. corporações 
Ato-fato jurídico: A conduta humana não será qualificada em si, mas pelo fato que ela provoca, ou seja, tem conduta, mas não tem vontade. A previsão da conduta já está em lei, a pessoa não escolhe, pois, a sua vontade não influencia em fase alguma da qualificação do fato. A lei te abriga um determinado efeito. Não tem vontade em sua estrutura. Sua ação gerou um fato. 
Ato-fato reais: Relacionado a posse (diferente de propriedade).
Ato-fato indenizantes: Causa de algum dano que deve ser pago independente da intenção.
Ato-fato caducificante: relacionado a deterioração do caso no tempo. A sua conduta ou o tempo deteriora o seu direito.
*Nulidade: Quando em um negócio jurídico se encontra um vício na suficiência, ele vai perder a carga (valor) jurídico deixando de existir. O vicio no suporte está no elemento complementar ou integrativo. O sujeito poderia ser incapaz, ou não foi levada ao cartório. Se mexe na eficiência e na validade do fato. Problema privado entre as partes sendo sanável. Se entra com uma ação para o juiz resolver o vício. Ex tunc.
*Anulidade: atos que ofendem ordem pública, preceito legal já nascem nulos. Não são consertáveis. Se entra com uma ação para declarar a anualidade. Ex nunc. 
Situação jurídica 
	Conjunto de efeitos produzidos pelo fato jurídico. Ela está no plano da eficácia. Entra na ideia de um preceito que vai construir um dever suportado pelos sujeitos inseridos nessa relação.
	Norma de conduta: Visa estabelecer dever jurídico relacionado a uma obrigação que necessita de uma determinada faculdade. Se eu tenho uma obrigação de realizar algo, também tenho a capacidade de agir em relação a essa obrigação. A estrutura se dar quando tem uma pretensão (relacionada indiretamente a uma faculdade/direito) ligada diretamente a uma obrigação. Isso significa que, se eu tenho uma pretensão alguém tem uma obrigação. Os dois termos estão correlacionados. 
	Norma de competência: na relação processual o que está em jogo não é uma obrigação jurídica e sim uma questão de poder. No direito não se trabalha uma ideia ampla de direito, pois a ideia do direito é justamente controlar esse poder. A relação é mais complexa na medida em que ela é angular. Existe uma relação entre o autor e o juiz, o réu e o juiz. Quem valida tudo é o juiz. Todos os atos têm que ser autorizados no tempo correto. O processo é criado a partir do contraditório, ou seja, as partes vão introduzir seus atos em relação aos seus próprios interesses cabendo ao juiz a impugnação (poder).
Direitos subjetivos
	Alguns autores afirmam que essa categoria existe e outras acreditam que não existe. É a ideia que o direito se forma por meio de um caso e esse caso dispõe um espaço de ação com o indivíduo dentro das relações sociais. É a ideia de ação disposta pela nossa vontade que leva a ideia de que todo cidadão pode criar o direito e isso vai contra ao monopólio do direito na qual apenas o estado é legitimo para a elaboração das normas. Não se pode dispor de uma vontade que não está positivada no ordenamento jurídico. O direito subjetivo pode ocorrer se estiver orientada pelo direito. ]o interesse precisa receber uma orientação do estado que fornece não apenas garantia, mas é uma forma de limitação.
	Capacidade jurídica, você tem uma potência de realizar não quer dizer que você vá e capacidade de agir significa que você está autorizado a exercer.
Direito absoluto
	Direitos fundamentais a todos que não podem ser alienados. É um direito contra todos protegendo o seu direito dos outros. A vida como propriedade não sai da sua vontade individual e passa a seu protegido pelo Estado. É um direito a personalidade.
Direito relativo 
É tudo obrigacional de forma relativa entre partes.
Direito-dever
Ao você dispor de uma faculdade vai existir um ônus (sujeição), ou seja, o direito vem com uma responsabilidade e obrigação sujeita a lei. Geralmente colocado sobre uma área pública.
Situações 
Dispõe direitos e deveres para sujeitos (se submete, é suporte de algo). O jurista tem relevância social pelo fato dele criar uma realidade. 
Tudo é mera aparência. O indivíduo pode estar tanto em polo ativo (presunção) como passivo (dever, obrigação e cumprir) até mesmo em um mesmo processo. A característica principal do direito é a bilateralidade atributiva (dois lados devem ter atribuições).
Relações jurídicas
	As estruturas básicas estão em 3 princípios essenciais e outro não essencial. Os princípios essenciais são intersubjetividade, tem um objeto e constitui uma correspectividade.
Princípios essenciais:
	Intersubjetividade: Uma relação jurídica se constitui de no mínimo 2 sujeitos (indeterminado) com estrutura bilateral e alteridade, ou seja, existem dois sujeitos no mínimo numa situação de oposição e que são estranhos a si. Não pode sujeito com sujeito, sujeito com propriedade, sujeito com figura divina, sujeito com objetos e etc.
	Essenciais do objetivo: Se dá pela exterioridade. Os sujeitos vão convergir seus interesses a um objeto especifico manifestando usa exterioridade. O bem pode ser material, imaterial ou uma promessa. Um objeto jurídico precisa licito, possível e determinável. 
	Correspectividade: Atributividade e reciprocidade. Norma de conduta que imputa um conjunto de direitos (ativa) e deveres (passiva). Relacionada reciprocidade necessária ( se tem presunção tem obrigação). 
Princípios não essenciais: Coextensão entre direito, pretensão e ação.
Pacta Sunt Servada: “ Os contratos devem ser respeitados”
Rebus sie Stantibus: “ enquanto as coisas permanecerem assim”
	Cláusula de relações de trato continuado e sucessivo
	Teoria da Imprevisão

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