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Anamnese_centrado_na_Pessoa.pdf

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UNIVILLE – DEPARTAMENTO DE MEDICINA 
Joinville, 10 de março de 2017 
Matheus Artioli Firmino 
 Método Clínico Centrado na Pessoa 
 Ambivalência e Mudança de Comportamento 
 Como Ouvir 
 Como Perguntar 
 Como Informar 
 Juntando tudo: Entrevista Motivacional 
 Evocando a Automotivação 
 Driblando a Resistência 
 Anamense 
 Ex: paciente não colaborativo 
 Comunicar um diagnóstico ou prognóstico 
 Ex: tabus, câncer, óbito, etc 
 Comunicar uma conduta 
 Ex: exames complementares, internamento 
 Mudança de comportamento 
 Ex: dieta restritiva, atividade física, medicações 
 Starfield, 1981(American Journal Public 
Medicine) 
 
 Tempo médio da interrupção do paciente? 
 18 segundos 
 
 Concordância da queixa principal entre 
médicos e pacientes? 
 50% 
 Dividir em pares 
 Primeiro um fala sobre um tema escolhido: 
 Como foi minha infância 
 Como é um dos meus pais 
 Como eu escolhi minha profissão 
 O ouvinte não pode fazer qualquer som 
 Deve adequar: contato visual, expressão facial, 
postura, atenção, etc 
 Após 2 minutos, invertem-se os papéis 
 Discussão no grande grupo 
 Como foi a experiência de falante? 
 Como foi a experiência de ouvinte? 
 O que os ouvintes fizeram? 
 O que deu vontade de fazer? 
 O que isso causaria? 
Método Clínico 
Centrada na Pessoa (MCCP) 
- Ian R McWhinney, Moira Stewart 
Entrevista Motivacional 
- Stephen Rollnick, William Muller 
“Estou insatisfeito com o meu provedor de telefone atual e 
quero trocar. O que você sugere?” 
 
 
 
 
Ah, qualquer uma é boa. 
Vamos tomar um sorvete? 
Se eu fosse você, escolheria a 
‘superlink’! É essa que eu 
tenho em casa. 
Compensa usar a superlink. 
Ela é um pouco mais cara, mas 
é a mais rápida do mercado.” Depende. Para que você vai 
usá-la e o que você deseja?” 
Centrado em ninguém 
Centrado em si mesmo 
Centrado na teoria 
Centrado na pessoa 
(interlocutor) 
 Explorar a experiência da pessoa com a doença 
 Anamnese tradicional: HMA, HMP, HMF, etc 
 Mencionar (no HMA): sentimentos, medos, ideias, 
crenças, expectativas, impacto na funcionalidade 
 Entender a pessoa como um todo 
 História de vida 
 Contexto social: família, comunidade (vizinhança, 
etnia), emprego, suporte social 
 Entender a autoconfiança e a importância 
 Diretiva 
 Conselhos, prescrições, ordens e tarefas 
 Terapeuta: direciona a entrevista sem a participação do paciente 
 Não-diretiva 
 Empatia + acolhimento não-possessivo + autenticidade 
 Terapeuta: neutralidade absoluta e passiva 
 Paciente: direciona a entrevista 
 Motivacional 
 Objetivo a ser atingido: escuta reflexiva e seletiva 
 Terapeuta: “guia” a entrevista acompanhando a resistência e a 
motivação do paciente 
 OUVIR 
 PERGUNTAR 
 INFORMAR 
0
10
20
30
40
50
60
Não-diretiva Motivacional Diretiva
Informar
Perguntar
Ouvir
 
Ambivalência e Mudança 
 Comer menos, comer coisas diferentes, 
ajustar o horário das refeições 
 Monitorar o nível da P.A., glicose 
 Beber menos álcool ou evitar totalmente 
 Fazer atividade física, exercícios específicos 
 Abster-se de fumar ou outras drogas 
 Usar um novo medicamento, aumentar a 
dose, substituir, mudar o horário 
 Praticar sexo seguro 
 Ambivalência 
 Quero mudar: devo mudar, riscos > benefícios 
 Não quero mudar: “sim, mas...” 
 Motivação: estado 
 Decisão: fora do contexto da entrevista 
 Prontidão: Importância + Confiança 
 Confrontamento 
 Tenta desgastar o lado “não quero mudar” 
 Aumenta a resistência 
 Motivação 
 Fortalecer o lado “quero mudar” 
1. Ordenar, dirigir ou comandar 
2. Advertir ou ameaçar 
3. Dar conselhos, fazer sugestões ou oferecer soluções 
4. Persuadir com lógica, argumentação ou sermões 
5. Moralizar, pregar ou dizer aos pacientes o que eles 
“devem” fazer 
6. Discordar, julgar, criticar ou culpar 
7. Concordar, aprovar ou elogiar 
8. Envergonhar, ridicularizar ou rotular 
9. Interpretar ou analisar 
10. Consolar, solidarizar-se ou tranquilizar 
11. Questionar ou interrogar 
12. Retrair-se, distrair, ser indulgente ou mudar de 
assunto 
 
NÃO
quero
mudar
QUERO
mudar
Você DEVE
mudar!
NÃO
quero
mudar
QUERO
mudar
NÃO
quero
mudar
QUERO
mudar
O que lhe
preocupa?
NÃO
quero
mudar
QUERO
mudar
Você já pensou em perder um 
pouco de peso? 
Você já pensou em perder um 
pouco de peso? 
Sim, várias vezes, mas parece que 
eu não consigo. Meu único 
conforto é o pãozinho que eu como 
de manhã e meu frango frito no 
almoço. Vou ficar muito tempo em 
casa nesses dias... 
Sim, várias vezes, mas parece que 
eu não consigo. Meu único 
conforto é o pãozinho que eu como 
de manhã e meu frango frito no 
almoço. Vou ficar muito tempo em 
casa nesses dias... 
Isso ajudaria muito na sua 
pressão arterial. 
Isso ajudaria muito na sua 
pressão arterial. 
Eu sei, mas o que eu posso fazer 
quando eu quiser comer pão com 
ovo frito de manhã? É uma 
tradição da nossa família. (olhar) 
Sempre me falam em perder peso 
quando eu venho para esta 
clínica. 
Eu sei, mas o que eu posso fazer 
quando eu quiser comer pão com 
ovo frito de manhã? É uma 
tradição da nossa família. (olhar) 
Sempre me falam em perder peso 
quando eu venho para esta 
clínica. 
Você já pensou numa 
tentativa gradual, como 
comer pão em dias 
alternados, e ver qual 
diferença faz? 
Você já pensou numa 
tentativa gradual, como 
comer pão em dias 
alternados, e ver qual 
diferença faz? 
Sim, mas isso não vai fazer só 
uma diferença mínima? 
Sim, mas isso não vai fazer só 
uma diferença mínima? 
Se você conseguir, você 
poderá tentar outra coisa e 
gradualmente seu peso vai 
diminuindo. 
Se você conseguir, você 
poderá tentar outra coisa e 
gradualmente seu peso vai 
diminuindo. 
Não em minha casa. As 
tentações estão por toda 
parte, você deveria ver o que 
está sobre a mesa, toda hora! 
Não em minha casa. As 
tentações estão por toda 
parte, você deveria ver o que 
está sobre a mesa, toda hora! 
Você já falou para sua mulher 
sobre isso? 
Você já falou para sua mulher 
sobre isso? 
Sim, mas... Sim, mas... 
 Método universal 
 Centrada no paciente (humanista) 
 Estilo motivacional: escuta seletiva 
 Ouvir > Perguntar > Informar 
 Objetivos: 
 
Diminuir a 
resistência 
Diminuir a 
resistência 
Afirmações 
automotivacionais 
Afirmações 
automotivacionais 
como OUVIR 
 Simpatia, gentileza 
 Acolhimento integral 
 Aceitação (pode não concordar) 
 Neutralidade emocional 
 Controle das emoções (raiva, dó, identificação) 
 Atenção integral e concentração 
 Silêncio mental e verbal: sem julgamentos 
 Olhar e expressões de empatia e interesse 
 Respostas facilitativas / conativas 
 
 
 
 Comentários reflexivos (entonação de afirmação) 
 Você está se sentindo... 
 Tenho a impressão de que... 
 Então você... 
 (A mim me) Parece que você... 
 Pelo que eu entendi, você... 
 Refletir com outras palavras 
 Selecionar estrategicamente o que refletir: 
 Organizar o discurso do paciente 
 Demonstrar a automotivação 
 Diminuir a resistência 
Já tentei perder peso várias vezes, 
mas parece que eu não consigo. 
Meu único conforto é o pãozinho 
que eu como de manhã e meu 
frango frito no almoço. Vou ficar 
muito tempo em casa nesses dias. 
Já tentei perder peso várias vezes, 
mas parece que eu não consigo. 
Meu único conforto é o pãozinho 
que eu como de manhã e meu 
frango frito no almoço. Vou ficar 
muito tempoem casa nesses dias. 
E você come isso de costume, 
certo? 
E você come isso de costume, 
certo? 
Sim! É uma tradição na minha 
família, entende? 
Sim! É uma tradição na minha 
família, entende? 
Então é muito difícil mudar 
esses hábitos... 
Então é muito difícil mudar 
esses hábitos... 
É sim... Mas eu sei que é isso 
que me faz engordar. 
É sim... Mas eu sei que é isso 
que me faz engordar. 
Então, se você parasse de 
comer isso, provavelmente 
perderia peso, certo? 
Então, se você parasse de 
comer isso, provavelmente 
perderia peso, certo? 
Não é tão simples. Em minha 
casa é muito difícil. As 
tentações estão por toda 
parte, você deveria ver o que 
está sobre a mesa, toda hora! 
Não é tão simples. Em minha 
casa é muito difícil. As 
tentações estão por toda 
parte, você deveria ver o que 
está sobre a mesa, toda hora! 
E me parece que sua família 
nem se importa com seu 
programa de reeducação 
alimentar. 
E me parece que sua família 
nem se importa com seu 
programa de reeducação 
alimentar. 
Parece que eles fazem de 
propósito. 
Parece que eles fazem de 
propósito. 
“Não consigo mudar 
esses hábitos” 
É difícil para você 
mudar esses 
hábitos? 
Pelo que eu entendi... 
(A mim) me parece... 
...que é difícil para 
você mudar esses 
hábitos. 
 Conteúdo: o que paciente acabou de dizer 
 Com outras palavras, tentando entender 
 SELETIVO 
 Expressões de empatia 
 Entonação de afirmação 
 Objetivo: aumentar a capacidade de fazer 
afirmações de escuta reflexiva. 
 Um voluntário fala: “uma coisa que eu gostaria de 
mudar em mim mesmo é___________” 
 Os outros fazem teste de hipóteses na forma de 
afirmações com expressões de empatia 
 Você está se sentindo... 
 Tenho a impressão de que... 
 Então você... 
 (A mim me) Parece que você... 
 Pelo que eu entendi, você... 
 
 “A resposta do primeiro será “sim” ou 
não”, mas explicando 
 A partir dessa explicação, as afirmações 
continuam aprofundando a entrevista 
 Como foi para o falante? 
 Como foi para o ouvinte? 
 Dificuldade de sustentar a escuta reflexiva 
por muito tempo 
 Tentação de fazer perguntas 
 Tentação de fazer interpretações à medida 
que aprofunda a entrevista 
 Demonstra que o terapeuta prestou atenção 
e lembra o que paciente disse 
 Organiza as ideias 
 Checa se tudo foi compreendido: “há alguma 
coisa que faltou?” 
 Seleciona o que interessa: afirmações auto-
motivacionais 
 Permite concluir o diálogo, mudar de direção 
ou entrar em outra fase (perguntas, 
informações, etc) 
Deixe-me ver se eu entendi o que o sr. 
está dizendo e diga-me se faltou alguma 
coisa. Por um lado, principalmente depois 
do infarto, a sr. sabe da importância de 
perder peso para a sua saúde, para o seu 
coração, para controlar o seu diabete e 
seu colesterol. Por outro lado, as vezes o 
sr. sente dificuldade por causa dos 
hábitos familiares. E o sr. ainda não teve 
coragem de pedir isso para eles. Ao 
mesmo tempo, gostaria de que as coisas 
mudassem. Está correto? 
Deixe-me ver se eu entendi o que o sr. 
está dizendo e diga-me se faltou alguma 
coisa. Por um lado, principalmente depois 
do infarto, a sr. sabe da importância de 
perder peso para a sua saúde, para o seu 
coração, para controlar o seu diabete e 
seu colesterol. Por outro lado, as vezes o 
sr. sente dificuldade por causa dos 
hábitos familiares. E o sr. ainda não teve 
coragem de pedir isso para eles. Ao 
mesmo tempo, gostaria de que as coisas 
mudassem. Está correto? 
como PERGUNTAR 
 Interesse, empatia 
 Perguntas fechadas 
 Informações específicas do interesse do 
terapeuta e não do paciente 
 Limita autonomia 
 Perguntas abertas 
 Possibilita surgir mais informações 
importantes 
 Estimula reflexões (autoconhecimento) 
 Estimula afirmações automotivacionais 
 Intercalar com escuta ativa 
 5 afirmações reflexivas + 1 pergunta aberta 
 Dia típico (de um 
sentimento/comportamento específico) 
 Disso tudo, o que mais lhe incomoda? 
 O que lhe preocupa mais? 
 Como é essa dor? 
 Como isso apareceu? 
 O que poderia melhorar ou piorar esta 
situação? 
 O que você sente junto quando a dor 
aparece? 
 Como isso lhe afeta? 
 Qual é seu receio / medo? 
 Fale mais sobre... 
como INFORMAR 
 Cuidado com a “ansiedade” de informar 
 De acordo com as prioridades do paciente 
 Necessidades, expectativas, perspectivas 
 Maturidade e compreensão 
 Associar sempre o lado positivo, com 
otimismo 
 Regras gerais: 
 Não sobrecarregar: pequenas quantidades 
 Ser o mais simples e claro possível 
 Não usar termos técnicos 
 Checar se houve entendimento 
 Linguagem escrita, folhetos (recomendado) 
 Aguardar o momento para informar 
 Quando o próprio paciente pede 
 Pedir permissão para falar: “você gostaria de saber qual é a 
opinião técnica sobre isso?” 
 Anunciar: “Há uma coisa que eu preciso falar para você” 
 Primeira escolha: “Você tem algo para dizer antes?” 
 Referir-se no geral: “As pessoas com diabete 
descontrolada podem ter vários problemas no futuro; 
mas quando controlam, sentem-se bem melhores 
mesmo no presente. Como você entende isso?” 
 Estratégia mais diretiva: informar – checar – informar 
 Informar 
 Checar: Você entendeu? Há algo a mais que você gostaria de 
perguntar sobre isso? 
 Informar 
 Estratégia mais empática: evocar– informar – evocar 
 Evocar: o que você gostaria de saber sobre...?; o que você já 
sabe sobre...? 
 Informar 
 Evocar: O que mais você gostaria de saber a respeito? 
Liza, se possível, gostaria de passar para os resultados do 
exame de sangue que acabam de chegar. Já passamos por 
isso antes, mas é importante prestar bastante atenção 
neles para ver como você está indo.[informando] 
Está bem para você? [checando] 
Liza, se possível, gostaria de passar para os resultados do 
exame de sangue que acabam de chegar. Já passamos por 
isso antes, mas é importante prestar bastante atenção 
neles para ver como você está indo.[informando] 
Está bem para você? [checando] 
Sim, está bem! Sim, está bem! 
Bem, estamos em 11,5. É um aumento desde a última vez 
que atendi você. Vamos ver, foi três meses atrás e estava 
em 9,2. Então é um aumento grande.[informando] 
Você entende? [checando] 
Bem, estamos em 11,5. É um aumento desde a última vez 
que atendi você. Vamos ver, foi três meses atrás e estava 
em 9,2. Então é um aumento grande.[informando] 
Você entende? [checando] 
Sim. Sim. 
Agora precisamos conversar sobre o que podemos fazer a 
respeito, pois não queremos que você volte para o hospital 
quando for maior, cheio de problemas. Não é que eu não 
goste de atendê-la (hihihi), mas você sabe o que eu quero 
dizer. Esses resultados nos dizem que as coisas não estão 
boas com o seu diabetes. [informando] 
Você concorda? [checando] 
Agora precisamos conversar sobre o que podemos fazer a 
respeito, pois não queremos que você volte para o hospital 
quando for maior, cheio de problemas. Não é que eu não 
goste de atendê-la (hihihi), mas você sabe o que eu quero 
dizer. Esses resultados nos dizem que as coisas não estão 
boas com o seu diabetes. [informando] 
Você concorda? [checando] 
Sim, bem, eu tento. Eu 
tomo as minhas injeções 
como você me disse. 
Sim, bem, eu tento. Eu 
tomo as minhas injeções 
como você me disse. 
O mais importante é que você realmente monitore o 
açúcar e aplique a insulina exatamente como 
combinamos: quatro vezes por dia. Da última vez, 
concordamos que faríamos um controle rígido, pois isso é 
a melhor forma de evitar problemas futuros, como nos 
seus olhos eoutros órgãos. [informando] 
O mais importante é que você realmente monitore o 
açúcar e aplique a insulina exatamente como 
combinamos: quatro vezes por dia. Da última vez, 
concordamos que faríamos um controle rígido, pois isso é 
a melhor forma de evitar problemas futuros, como nos 
seus olhos e outros órgãos. [informando] 
Sim, eu faço o máximo 
que posso. 
Sim, eu faço o máximo 
que posso. 
Bem, temos um problema. Esse 
resultado está maior que da última 
vez. [informando] 
Você entende o que significa? 
[checando] 
Bem, temos um problema. Esse 
resultado está maior que da última 
vez. [informando] 
Você entende o que significa? 
[checando] 
Sim, às vezes acontece, 
mas estou tentando. 
Sim, às vezes acontece, 
mas estou tentando. 
 
Eu gostaria de falar sobre o resultado 
do exame, mas podemos falar 
primeiro sobre algum aspecto da sua 
vida e do diabetes. A escola, a casa, 
como estão as coisas... [explorando a 
experiência da doença + entendendo a 
pessoa + agenda comum] 
Eu gostaria de falar sobre o resultado 
do exame, mas podemos falar 
primeiro sobre algum aspecto da sua 
vida e do diabetes. A escola, a casa, 
como estão as coisas... [explorando a 
experiência da doença + entendendo a 
pessoa + agenda comum] 
Está bem. Estou indo, mas fico 
com vergonha na escola, pois 
tenho que pedir à professora para 
sair e comer algo. 
Está bem. Estou indo, mas fico 
com vergonha na escola, pois 
tenho que pedir à professora para 
sair e comer algo. 
Lembro que você gosta de estudar. 
Então isso é embaraçoso para você. 
[escutando] 
Lembro que você gosta de estudar. 
Então isso é embaraçoso para você. 
[escutando] 
É normal, a maioria dos 
meus amigos entende, mas 
a professora cria caso com 
isso. 
É normal, a maioria dos 
meus amigos entende, mas 
a professora cria caso com 
isso. 
Ela faz você se sentir diferente... e 
anormal. [escutando] 
Ela faz você se sentir diferente... e 
anormal. [escutando] 
É, mas eu tento não fazer 
nada a respeito. 
É, mas eu tento não fazer 
nada a respeito. 
E isso nem sempre é fácil. 
[escutando] 
E isso nem sempre é fácil. 
[escutando] 
A maior parte do tempo é 
tranquilo, mas as vezes eu 
tenho que sair e ela reclama, 
e daí fico com vergonha. 
A maior parte do tempo é 
tranquilo, mas as vezes eu 
tenho que sair e ela reclama, 
e daí fico com vergonha. 
Ajudaria se eu conversasse com essa 
professora, ou você prefere lidar 
com isso sozinha? [perguntando] 
Ajudaria se eu conversasse com essa 
professora, ou você prefere lidar 
com isso sozinha? [perguntando] 
Não, vou dar um jeito. Não, vou dar um jeito. 
Bem, então o que você gostaria de 
saber sobre os resultados do exame? 
[evocando] 
Bem, então o que você gostaria de 
saber sobre os resultados do exame? 
[evocando] 
Nada, pois eu sabia que 
daria alto hoje. [resistência] 
Nada, pois eu sabia que 
daria alto hoje. [resistência] 
Parece que você está mais nervosa 
com o resultado desta vez. 
[escutando] 
Parece que você está mais nervosa 
com o resultado desta vez. 
[escutando] 
É...Rsrsrs É...Rsrsrs 
Quanto você acha que deu, se 
foi 9,2 da última vez? 
[evocando] 
Quanto você acha que deu, se 
foi 9,2 da última vez? 
[evocando] 
10? 10? 
Um pouco maior. [informando] Um pouco maior. [informando] 
Tão mal assim? Tão mal assim? 
Deu 11,5. É um pouco acima do 
usual. Você vinha controlando muito 
bem. Uma boa ideia para alguns 
jovens é pensar em coisas pequenas 
que sejam fáceis para ajudar a ter 
maior controle. [informando] 
Deu 11,5. É um pouco acima do 
usual. Você vinha controlando muito 
bem. Uma boa ideia para alguns 
jovens é pensar em coisas pequenas 
que sejam fáceis para ajudar a ter 
maior controle. [informando] 
Ããhnn... Ããhnn... 
Você não ficou tão chocada. 
[escutando] 
Como entende tudo isso? 
[evocando] 
Você não ficou tão chocada. 
[escutando] 
Como entende tudo isso? 
[evocando] 
Eu não tenho comido direito 
e não tenho monitorado o 
açúcar com frequência. 
Detesto fazer isso, odeio ter 
que ir ao banheiro na escola 
para monitorar. 
Eu não tenho comido direito 
e não tenho monitorado o 
açúcar com frequência. 
Detesto fazer isso, odeio ter 
que ir ao banheiro na escola 
para monitorar. 
Você tenta lidar com o 
diabetes e quer se sentir 
normal. [escutando] 
Você tenta lidar com o 
diabetes e quer se sentir 
normal. [escutando] 
É, sabe, é difícil, não estou 
muito bem e minha 
alimentação não está certa. 
É, sabe, é difícil, não estou 
muito bem e minha 
alimentação não está certa. 
Então você sabe que não tem 
se cuidado bem. [escutando] 
Como posso ajudá-la? 
[evocando] 
Então você sabe que não tem 
se cuidado bem. [escutando] 
Como posso ajudá-la? 
[evocando] 
O que você acha de...? O que você acha de...? 
JUNTANDO TUDO 
 Objetivo: amadurecer a fase de decisão de 
mudança 
 Evocar afirmações automotivacionais 
 Reconhecer e refletir afirmações auto-
motivacionais 
 Reflexões 
 Resumos 
 Reconhecer e driblar a Resistência 
Evocando a 
 Desejo: “Por que você gostaria de fazer esse 
mudança?” 
 Necessidade: “Por que mudar é tão importante 
para você?” 
 Razão: “O que acontecerá de bom se você 
mudar?” 
 Habilidade: “Se você decidir fazer essa mudança, 
como você fará?” 
 Compromisso: “O que você fará então?” 
 Estratégia: “O que (como) você fará para mudar?” 
 Perguntas abertas evocativas + reflexões (escuta ativa) 
 Por que a pressão alta lhe preocupa? 
 O que as pessoas estão lhe dizendo sobre o cigarro? 
 Como você isso lhe afeta? 
 Por que você mudaria? 
 Se precisasse mudar, como você faria? 
 Aprofundar 
 Fale mais sobre (dê exemplos) sobre esses 
incômodos 
 Usar extremos 
 O que pior poderá lhe acontecer se você não mudar? 
 Olhar para trás 
 Como eram as coisas antes disso tudo começar? 
 Olhar para frente / metas 
 Como na verdade você gostaria que fossem as 
coisas no futuro? 
 Balança decisória: prós e contras 
Driblando a 
 Argumentar 
 Desafiar, depreciar, hostilizar 
 Interromper 
 Sobrepor-se, cortar 
 Negar 
 Culpar, discordar, justificar, alegar segurança, 
minimizar, relutar, ser pessimista 
 Ignorar 
 Desatenção, ausência de resposta ou de reação, 
mudança de assunto 
 Reflexão simples 
 Não sou eu que sou culpado! Ninguém me respeita lá em 
casa. 
 Então você se sente vítima da situação. 
 Reflexão amplificada 
 Eu não tenho problemas. Estou muito bem, obrigado. 
 Você quer dizer que isso que não te faz mal. 
 Reflexão dupla 
 Eu não sou alcóolatra. É que a Pat já foi casada com um e 
acha que qualquer pessoa que exagere um pouco tem 
um problema. 
 Por um lado você sabe que às vezes tem problemas por 
beber demais, por outro lado lhe parece que a Pat está 
exagerando. 
 Concordância e algo a mais 
 Não sou eu que sou culpado! Ninguém me respeita lá em casa. 
 Você tem razão. É difícil alguém manter-se equilibrado com tantas 
críticas e humilhações. A irritação é forma de reagir a tudo isso. 
 Mudança de foco 
 Não sou eu que sou culpado! Ninguém me respeita lá em casa. 
 E sobre o que você gostaria de conversar agora? 
 Ênfase no controle pessoal 
 Não sou eu que sou culpado! Ninguém me respeita lá em casa. 
 Você tem todo o direito de não mudar. 
“Se você tratar um indivíduo como ele é, ele 
permanecerá assim, mas se você tratá-lo 
como se ele fosse o que deveria e poderia 
ser, ele se tornará o que deveria e poderia 
ser.” 
– Johan Wolfgang von Goethe 
 MILLER, W. R.; ROLLNICK,S. Entrevista Motivacional: 
Preparando as pessoas para a mudança de 
comportamentos adictos. Tradução de Andrea Caleffi e 
Cláudias Dornelles. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. 
 ROLLNICK, S.; MASON, P.; BUTLER, C. (1999). Health 
Behavior Change: A guide for practitioners. Philadelphia: 
Elsevier, 2007. 
 ROLLNICK, S.; MILLER, W. R.; BUTLER, C. C. Motivational 
Interviewing in Health Care: Helping patients change 
beahavior. New York: The Guilford Press, 2008.

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