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DIREITO ADMINISTRATIVO II 2 BIMESTRE

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DIREITO ADMINISTRATIVO II
Introdução:
O regime jurídico administrativo é o conjunto de normas que se aplicam quando o estado é parte na relação jurídica. A pessoa física que exerce função estatal no exercício da função é um agente público. Por isso, quando uma autoridade comete ato lesivo a união responde porque esta estava prestando serviço público. 
As ONGs, apesar de serem pessoas de direito privado, também são fiscalizadas quando recebem dinheiro público e, por isso, se submetem ao regime jurídico administrativo.
Quando a pessoa jurídica é de direito privado aplicam-se as normas privadas. Já se for privada, mas presta serviço público também se submete ao regime administrativo. As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas híbridas porque ora se comportam como privada ora como pública, tendo em vista que envolve o estado, dinheiro público ou função estatal.
O princípio da supremacia do interesse público e o da indisponibilidade são os pilares do direito administrativo. Se não houver interesse público o ato não é legítimo. Pode haver atrito entre direito fundamental e interesse público como, por exemplo, quando querem construir uma hidrelétrica, mas que terá que desabrigar muita gente.
As relações jurídicas são sociais. E as normas devem ser interpretadas de forma sistemática a partir da pirâmide de Kelsen. Além disso, deve se atentar que a forma do estado também influencia na interpretação. Ex: depende da forma de estado para decidir se terceiriza os aeroportos ou a administração cuida sozinha. Na forma de governo do Fernando Henrique Cardoso é muito provável que fosse privatizada.
Contratações públicas: 
Por conta do princípio republicano sempre que uma proposta do estado não puder ser estendida a todos deve ser feita licitação para que os interessados possam participar. A licitação é regra, mas há três exceções: pode ser dispensada, inexigível ou suspensa. Um artista, por exemplo, pode ser contratado para uma pintura desde que seja reconhecido e bem visto na opinião popular.
Quando a licitação restar frustrada é possível a contratação direta devido ao disposto no art. 24. O princípio da motivação é a exposição dos motivos de porque praticar o ato administrativo. Por isso, se a licitação fosse impugnada deveria ver qual das partes tem mais legitimidade na motivação.
Assim, sempre que uma oportunidade não puder ser exposta a todos os potenciais interessados é necessária a licitação. Isso é necessário devido ao princípio republicano e as normas constitucionais. 
Só pelo princípio republicano já seria necessária a licitação, tendo em vista que a res é pública. Por isso, os agentes públicos exercem função pública, ou seja, gerem algo que não lhe são próprios. Todavia, apesar de bastar o princípio republicano, a constituição foi além ao tratar da licitação no art. 37 XXI: 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
A lei 8666/1993 que disciplina todo o processo licitatório. Em âmbito estadual vigora a lei 15608/2008, que é praticamente uma reprodução da federal. Lembre-se que quando a competência for concorrente a união define as normas gerais e o estado pode apenas legislar de forma suplementar. Além disso, os decretos 3555/00, 5450/05 e 15608/08 regulam a matéria.
Licitação:
A licitação, segundo Giogenes Gasparini, é o procedimento administrativo através do qual a pessoa a isso obrigada (estado, união, autarquia e demais) seleciona mediante critérios objetivos e previamente estabelecidos os interessados que tenham atendido à convocação pela proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse.
A licitação é um procedimento administrativo. A pessoa obrigada não é apenas o estado, mas a união, as autarquias, as sociedades de economia mista, empresas públicas, quem exerce função estatal e recebe dinheiro público.
A licitação na modalidade pregão, que era a necessária para as ONGs causou divergências e, por isso, um novo decreto determinou que as OGNs não precisam mais realizar licitação nos padrões públicos, mas apenas um processo seletivo próprio de seleção pública. Isso ocorre devido ao fato de receber dinheiro público, ou seja, não precisam cumprir a lei de licitação e podem criar um regulamento próprio.
A licitação é discriminatória e, por isso, não são todos que podem participar. Por isso, discute-se a que medida a discriminação é legítima, tendo em vista que a discriminação é o fato de as empresas precisarem apresentar os requisitos apresentados em edital. A discriminação será válida se tiver um suporte fático, ou seja, a empresa precisa atender aos critérios previamente determinados. 
Há três principais critérios: escolher a pessoa (quem) que pode disputar a contratação que são os critérios de habilitação, escolher a proposta (o que) que são os critérios de qualidade do objeto a ser contratado. A lei diz que é vedada a escolha de critérios irrelevantes, desnecessários e excessivos, visto que não são necessários para o objetivo da prestação do serviço. O requisito fundamental para a escolha desses requisitos é a necessidade pública, ou seja, é a necessidade pública que vai definir quais critérios são necessários para os participantes.
O instrumento de convocação é o edital de licitação. Nesse documento, são determinadas as regras de qualidade do objeto e os requisitos necessários que a empresa deve ter. E a publicação do extrato do edital inicia a fase externa da licitação.
Depois são analisadas as propostas dos interessados e opta-se pela mais vantajosa.
Vantajosidade:
A vantajosidade privada é diferente da pública, tendo em vista que a privada precisa apenas de preço e qualidade, já a pública precisa, além disso, de respeito à moralidade. Ou seja, precisa fazer licitação por mais que tenha um anúncio mais barato do mesmo produto na internet.
Por isso, essa ideia de vantajosidade pressupõe ainda que as contratações mais caras são válidas desde que apresentem um valor constitucional como, por exemplo, a sustentabilidade, a contratação de empresas nacionais. Ou seja, para preservar a indústria nacional é possível contratar uma empresa nacional mesmo que o preço da estrangeira seja menor. 
Além disso, a lei diz, apesar de ser dedutível da constituição, que só é válido uma conduta discriminatória desde que o critério seja relevante. Por isso, a exigência não pode ser excessiva em relação ao propósito da contratação.
A licitação destina-se a garantir a isonomia e a proposta mais vantajosa, bem como a promoção do desenvolvimento econômico e sustentável:
Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Assim, a definição mínima dos requisitos de qualidade é que define a qualidade necessária para a licitação. Isso ocorre porque dependendo do caso não compensa comprar o objeto de maior qualidade se essa qualidade não for necessária para a utilização.
Essa seleção se submete ao regime jurídico de direito público, que tem como base diversos princípios.
Princípios da licitação:
Princípio da legalidade:
O administrador só pode fazer o que a lei determina. 
Princípio da vinculação ao instrumento convocatório:
Segundo esse princípio, aqueles que contratarem devem obedecer as regras contidas no edital. 
Competitividade:Todas as condutas devem ser voltadas para ampliar a competição, tendo em vista que quanto mais interessados tiverem mais chances terá a administração de obter a proposta mais vantajosa.
Formalidade:
No processo licitatório a formalidade muitas vezes deve ser mitigada para manter a competitividade para encontrar as mais vantajosas propostas. O processo licitatório é formal, o que significa que possui diversas solenidades. Outra forma que comprova a mitigação da formalidade é quando existe uma emergência, um serviço que precisa ser feito imediatamente, o estado deixa de fazer a licitação para contratar o serviço urgente para só depois formalizar.
Na administração publica o âmbito de conflito entre o principio da legalidade e demais é muito intensa.
Existe a presunção de legitimidade iuris tantun porque existe controle. Segundo essa presunção, os atos têm presunção de veracidade até prova em contrário.
Julgamento objetivo:
Segundo princípio do julgamento objetivo, os critérios devem ser objetivos. Isso significa que se mudar o julgador o resultado deve ser o mesmo. Já quando o julgamento é subjetivo quando muda o julgador o resultado pode ser diferente. Na licitação um dos princípios mais fundamentais, do qual o julgamento objetivo é um sub-princípio, é a impessoalidade. 
Sustentabilidade:
A sustentabilidade deve ser econômica, social e ambiental. Há quem pense que é um dever do estado e não uma faculdade exigir a sustentabilidade ambiental nas licitações. Isso muitas vezes pode deixar a licitação mais cara, mas mesmo assim seria mais vantajosa. A sustentabilidade social pode exigir que a empresa tenha vagas de funcionários com deficiente, por exemplo.
Processo de licitação:
Toda a contratação pública possui várias fases até se encerrar com a prestação de contas. Outros dizem que se encerra com o recebimento definitivo do objeto ou findo o prazo. 
Até a publicação do edital é a fase interna do processo. 
Da publicação à homologação da licitação é a fase externa. 
Até a assinatura é a fase pré-contratual. 
Após a assinatura inicia-se a fase de execução contratual que vai até o recebimento do objeto provisório ou definitivo. 
Depois é a fase da prestação de contas.
Fase interna:
A fase interna é a fase de planejamento, em que são tomadas as principais medidas e definições que vão repercutir até o final. Essa fase existe para que sejam estipuladas as regras da disputa e a definição objeto.
O primeiro aspecto dessa fase é a identificação da necessidade que é a base para todas as seguintes definições. Essa necessidade pode ser de um problema simples até o mais complexo.
A necessidade pública é uma necessidade legítima, enquanto os particulares podem inventar qualquer tipo de necessidade pessoal e subjetiva. Ou seja, a necessidade pública precisa ser real e legítima.
1) Assim, faz se a identificação do problema e a requisição com termo de referência. Ex: a copel não tinha necessidade legítima e pública de financiar a arena.
2) O segundo passo, depois de identificar a necessidade pública, é fazer a requisição, ou seja, deve se instaurar o processo licitatório pela autoridade competente.
Aí ele passa a ter existência material nos autos.
3) Depois define-se o objeto, que é a solução para o problema, ou seja, a definição do objeto deve ter todas as características para solucionar o problema da necessidade pública. Essa descrição não pode ser específica demais porque limitaria a competitividade nem de menos porque a falta de elementos impossibilitaria o atendimento da necessidade.
Isso ocorre porque se descrever demais direciona a contratações para apenas uma empresa, o que viola o princípio republicano. Por isso, essa descrição precisa ser suficiente, precisa e clara, mas não deve conter elementos excessivos, desnecessários e irrelevantes.
A indicação de marca em uma licitação de papeis, por exemplo, não é possível porque isso limita a competitividade. 
Alguns objetos permitem descrição apenas com características básicas, já outros precisam de mais detalhes. 
4) Quando se fala em serviços de obras é indispensável o desenvolvimento de um projeto básico que forma um conjunto de elementos que pode definir com clareza o objeto, verificar adequação ambiental e orçamentos. O confea pela res 361estabelece as definições desse projeto.
A discussão atual é que no caso das licitações para contratação imediata, como a copa e as olimpíadas, a nova lei instituiu a possibilidade de contratação integrada. Assim, pela forma normal de licitação a administração faz o projeto base para as empresas analisarem, apresentarem as propostas e o menor preço ganhar. Já na contratação integral o projeto base será feito pela própria empresa licitante. 
5) O projeto executivo, também indispensável para serviços de engenharia, pode ser feito para definir como será a execução do projeto básico.
6) O orçamento estimativo deve ser feito para definir os custos. 
Ex: se contratar um por 80 reais, mas depois outro denunciar porque viu um anúnico por 70. Se esse preço for o de mercado a denúncia procede, já se for uma promoção especial para pagamento em dinheiro, por exemplo, não tem legitimidade. O mark up é o que o dono quer receber de lucro além do preço de custo, que é o preço de venda. Se essa diferença for injustificável pode tornar a contratação um ato de improbidade.
Se perceber que há modificação interna de materiais é feito um jogo de planilhas: ex: 500 pregos por um centavo e 100 sacos de cimento por 100 reais, mas o cimento custa 10 e o prego custa 5 centavos.
O preço estimativo é de todo o serviço no mercado. O estimativo baliza o excessivo, que é alto demais, o preço inexeqüível, que é aquele que sequer da conta do preço de produção, tendo em vista que a contratação que não tiver dinheiro vai comprometer a necessidade pública.
O preço máximo é o máximo que a administração pública vai pagar.
Discussão:
Segundo a lei geral de licitações, os orçamentos devem fazer parte do edital. Já pela modalidade pregão, que é regida por lei própria, os orçamentos não precisam ser divulgados com o edital.
Assim, há a discussão se pela lei da copa é preciso que o estado divulgue os orçamentos ou não.
Uns dizem que não deve ser divulgado o orçamento porque as propostas ficariam muito próximas. Já outros dizem que isso não teria problema, tendo em vista que se for apurado o preço de mercado não há problema que as propostas sejam próximas. Todavia, como pode haver gasto de dinheiro público sem que a sociedade saiba quanto vai gastar poderia causar muita corrupção. Isso poderia ser resolvido deixando o tribunal de contas saber das propostas, mas o problema é a corrupção que pode fazer com que apenas uma empresa tenha acesso.
Assim, deve se entender o processo licitatório inserido no contexto constitucional e nas demais normas, tendo em vista que é formado por uma sucessão preclusiva de atos, em que um ato viciado vicia todos os demais. 
Responsáveis pelo julgamento da licitação:
O processo de licitação é conduzido e julgado, dependendo das normas procedimentais, por uma comissão de licitações para as modalidades previstas na lei 8666. Essa comissão é composta por três ou mais pessoas que devem atuar de forma permanente ou especial. As comissões permanentes são designadas pelo período de um ano, podendo ser prorrogada.
Cabe à comissão executar a norma, ou seja, deve se vincular ao edital. Isso significa que cabe à comissão apenas verificar, a priori, se o cronograma apresentado pela empresa está em conformidade com o edital.
A comissão especial é formada quando, por exemplo, a contratação é de um software e como existem três capacitados o superior os nomeia para formar a comissão especial para aquela licitação.
A comissão é um órgão de decisão colegiada.
No pregão é o pregoeiro que decide tudo e, por isso, se responsabiliza pelas decisões. Entretanto, pregoeiro é regido por lei própria.
7) Previsão de recursos orçamentários:
Depois de verificar pelo orçamento estimativo quanto vai custar, deve se verificar sehá dinheiro para tal, ou seja, qual a previsão de recursos orçamentários. 
Está expresso no art. 165 e seguintes da cf que só e possível gastar dinheiro público se for autorizado por lei, apesar de que o princípio republicano já pressupõe a necessidade de disponibilidade orçamentária.
Há três leis, fora da lei de responsabilidade fiscal (101/01), a CF e a lei 4320/64, que é a tríade orçamentária que é a lei do plano plurianual. Essa lei vigora por quatro anos e é editada uma por governo, quando é feito o planejamento de médio e longo prazo das custas públicas. 
Além disso, a lei de diretrizes orçamentárias é editada em um ano para vigorar no seguinte, quando é feito o planejamento das custas públicas para o ano. O exercício financeiro coincide com o ano civil de 1 de Janeiro ate 31 de dezembro.
Tudo isso faz parte da previsão de recursos orçamentários, que é o volume de dinheiro que o estado está autorizado a gastar em um ano de exercício financeiro ou em mais de um se estiver previsto no plano plurianual.
Ex: uma usina hidrelétrica precisa fazer parte do plano plurianual, tendo em vista que essa despesa iria ultrapassar o exercício financeiro.
Assim, o gasto deve estar expresso na lei de orçamento anual, que é um documento que tem duas colunas: uma é a da receita e a outra das despesas. 
A lei tem essa estimativa de receita e de despesa além de outros elementos como o orçamentário, que é a autorização para gastar, que são normas programáticas (norma que estipula uma intenção de construir uma escola, por exemplo). 
O contexto constitucional não permite que se imponham normas impositivas nesse plano, mas só programáticas, ou seja, o prefeito não é obrigado a construir as escolas que estão previstas.
Por isso, há um projeto de lei que define que o prefeito seria obrigado a cumprir o que está nessa lei, ou seja, só não poderia construí-la se existisse realmente uma justificativa independente do juízo discricionário. Ou seja, essa lei tornaria o executivo vinculado aos orçamentos.
Assim, tudo o que ingressa nos cofres públicos entra na receita, já despesa entra tudo o que o estado gasta. Todavia, para que o estado gaste precisa de autorização legislativa que está contida na lei dos orçamentos na parte do crédito orçamentário, ou seja, o credito orçamentário é a autorização para o estado gastar tanto em tal coisa.
Essa crédito aparece na lei de orçamento com a designação de dotação orçamentária, ou seja, a dotação orçamentária é a quantidade de dinheiro que o estado está autorizado a gastar. 
Por isso, a dotação orçamentária é que responde a pergunta se o estado tem dinheiro para gastar no orçamento estimativo da licitação.
Por isso, mesmo que seja feito uma doação para o estado o estado não poderia gastar se não estivesse previsto na lei orçamentária.
Da mesma forma do que se foi previsto 100 mil de ICMS para construir escolas, mas se só arrecadou 40 mil não vai dar para construí-las.
Realização da despesa pública:
A realização da despesa publica é feita por etapas: 
1) Empenho:
O empenho que é a reserva de dinheiro para gastar. 
Ex: há uma dotação orçamentária para obras de construção de prédios para o tj. Para o estado do Paraná vai dar custar o valor de 100 milhões. Como a licitação pode ter um custo maior do que a receite previr a lei define que a licitação precisa ser empenhada, que significa reservar o valor previsto . 
O empenho deve ser prévio à contratação. Uns pensam que realizar o empenho só antes da contratação não seria suficiente porque enquanto o processo vai poderia aumentar. Por isso, tem o pré-empenho, quando inicia o processo 
Isso serve para evitar que no final o processo licitatório não tenha condições de ser realizado.
2) Liquidação:
A liquidação que é a aferição de algumas informações básicas: verificar se houve adequação ao contratado e ao executado, se os materiais utilizados foram adequados. Isso é necessário para que a licitação possa ser paga. 
3) Pagamento:
O pagamento só pode acontecer depois da liquidação, mas, na prática, nem sempre é isso que acontece, o que vicia o ato do pagamento.
Habilitação:
Por intermédio do processo da licitação é possível obter dois resultados. A descrição do objeto responde a pergunta O QUE? e QUEM terá condições de atender esse objeto? É o que será respondido pelos requisitos de habilitação (lista das providências dessa fase de contratação). 
Quem não pode ser contratado é aquele que fez projeto básico, quem esteja cumprindo sanção ou seja parente de administrador e etc.
Quem pode ser contratado é a definição que parte da aferição de dois requisitos: de idoneidade e de capacidade. 
Os requisitos de idoneidade são: habilitação jurídica e regularidade fiscal. São dois requisitos que devem ser exigidos de todas as pessoas, porque a habilitação jurídica é a prova que uma pessoa física ou jurídica tem capacidade jurídica (aptidão para contrair deveres e obrigações de forma válida). Art. 28 e s/s da Lei 8.666/93.
Durante certo tempo houve grande discussão se a exigência de regularidade fiscal era ou não constitucional, mas hoje isso não cabe mais discussão:
Art. 195, § 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
Além disso, deve se pensar que quem não paga tributos terá muito mais chances de propor um preço menor, o que iria ferir a isonomia, pois não há possibilidade econômica de comparação entre um sonegador e outro regular. Por isso, entende-se que a regularidade fiscal serve para possibilitar uma relação isonômica entre os competidores.
Regularidade fiscal não significa que a Empresa não tenha dívida, mas ela precisa estar simplesmente regular perante o fisco. Por isso, é possível que o débito fiscal seja parcelado que a pessoa estaria regular. 
A comprovação de regularidade fiscal é feito com a apresentação dos seguintes documentos:
Art. 29.  A documentação relativa à regularidade fiscal, conforme o caso, consistirá em: (Vide Lei nº 12.440, de 2011) (Vigência)
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC); 
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual; 
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei; 
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Já as exigências de capacidade são: capacidade técnica e capacidade econômico-financeira. Deve-se ter um vínculo com o objeto e o produto da contratação. A habilitação técnica pode ser profissional genérica (é o mínimo a ser exigido da profissão) e profissional específica, que são os chamados atestados de capacidade técnica.
A outra prova de capacidade técnica chama-se capacidade técnica operacional. Ex: Construção de uma rua no centro de Curitiba, sendo 10 km de linha – é uma obra de engenharia. Construir esses mesmos 10 km na Amazônia não é a mesma coisa. Qual a diferença para uma empresa que construiu lá e em Curitiba? Há uma diferença operacional, logística e de saúde pública. 
Essas características técnicas que não são profissionais (pois para a engenharia técnica 10 km lá e aqui são a mesma coisa) chamam-se operacionais, a empresa sabe que os agentes têm capacidade, mas e a empresa tem capacidade técnica para gerir seus empregados? 
Assim, a capacidade operacional é a capacidade da empresa em relação a aspectos de gestão, segurança, enfim, tudo aquilo que for necessário. A capacidade operacional se prova da mesma maneira, com atestados de capacidade de que a empresa já realizou algo parecido.O problema dessa capacidade técnica é a discriminação. Se a exigência for legítima é aceita, porém se for uma forma de afastar competidores é considerada ilegítima e, portanto, não deve ser aceita no Edital.
Por fim, a capacidade econômica financeira é aquela para assumir os custos da produção, sem ir a falência no outro mês, por exemplo. É provada por três formas: exigência de capital social mínimo ou patrimônio mínimo e/ou índices contábeis. 
Modalidades de Licitação (são os ritos):
São as cinco modalidades previstas nas leis 8666/93 e lei 10520/02: concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. No âmbito da segunda lei está o pregão.
Há alguns critérios para decidir dentre todas as modalidades mais a correta para que não caracterize crime contra a administração pública.
A Concorrência se estabelece com o valor da contratação. Esse é um valor estimativo pelo qual se chega por meio do orçamento estimativo. É a modalidade de licitação que mais possibilita a competição. “Quem pode mais, pode menos”. Valores que são inferiores ao limite, pode se utilizar a modalidade prevista para esse valor bem como as que têm valores limites inferiores, é uma questão de escolha.
A tomada de preço é igualdade a partir de um valor estimativo. Só pessoas cadastradas, físicas ou jurídicas, podem participar da licitação. O cadastro é o do registro cadastral, que se expressa por uma certidão de que aquela condição jurídica é verdadeira e, por isso, pode ter como pressuposto uma série de documentos que comprovem aquela situação. No âmbito nacional, este regime se chama SICAF. Quem não é cadastrado pode participar desde que apresente os documentos necessários para o cadastro até três dias antes.
O convite, da mesma forma, a partir do valor estimativo. É uma modalidade de licitação que tem uma característica muito peculiar, pois na prática é direcionada. 
Ex: TJ pretende adquirir 160 computadores ao preço de R$1000,00 cada um, calor estimativo total R$160000,00. O funcionário escolhe 10 empresas que ele entenda que possam fornecer esses computadores, encaminha para essas empresas a Carta-convite com o edital de licitação. Caracteriza-se por uma convocação específica para adquirir computadores. Mas essa pessoa encarregada dessa licitação fez a seguinte análise: o custo total será de R$ 160.000,00, o limite para a aquisição pela via do convite é de R$ 80.000,00, então, obviamente, não é possível mediante essa modalidade de licitação. A solução é dividir em dois convites de licitação, cometendo um dos piores crimes – fraude ou burla ao processo licitatório pelo fracionamento do objeto. Isso é diferente de parcelamento obrigatória do objeto para fins de ampliar a competitividade. Podem participar tanto os convidados como os cadastrados.
Uma das grandes fraudes da licitação é apresentação de propostas de cobertura. Por isso é que o convite é uma modalidade que tem sido cada vez menos utilizada. 
O concurso em razão da natureza do objeto. Objeto de natureza científica, artística e cultural pode se dar em razão de concurso. A grande complexidade é estabelecer critérios objetivos de julgamento. São poucos utilizados por conta disso. É da natureza dos concursos uma objetividade nos julgamentos. 
O leilão em razão da natureza da relação jurídica. Só pode ser utilizado para alienação de bens públicos.
O pregão se dá em razão da natureza do objeto da contratação. Destina-se a aquisição de bens e serviços comuns. 
Art. 23.  As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:
I - para obras e serviços de engenharia: 
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais);
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);  
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: 
convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);  A base civil para a modalidade é compra.
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais).
§ 1o  As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de escala.  
§ 2o  Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação.  
§ 3o  A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País;
§ 4o  Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.
§ 5o  É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de preços", conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de "tomada de preços" ou "concorrência", respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço.
§ 6o  As organizações industriais da Administração Federal direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos limites estabelecidos no inciso I deste artigo também para suas compras e serviços em geral, desde que para a aquisição de materiais aplicados exclusivamente na manutenção, reparo ou fabricação de meios operacionais bélicos pertencentes à União.
§ 7o Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas a ampliação da competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar a economia de escala.
§ 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número. 
Do ponto de vista da capacidade técnica já foi pacificado o entendimento, segundo o qual não se pode exigir certificações de qualidade, tendo em vista que, por exemplo, para a certificação iso 9000 não se leva em conta o produto final, mas todo o processo. Por isso, como é facultativo e não afeta a qualidade final do produto, porque uma empresa que não a tem pode ter o melhor produto não pode exigí-la na habilitação.
Relação com a lei especial da copa:
A lei especial para a copa tem vigência para o período da copa do mundo e das confederações que define que só vale para as cidades sede e para as que estão ate 350 km de alguma sede.
O estado para regular a economia passou a exigir determinadas normas de sustentabilidade ambiental. Quando a empresa faz tudo de forma regulamentada ganha a certificação de sustentabilidade ambiental. Por isso, a administração por meio de lei especial da copa definiu que é possível a exigência de certificação ambiental para as empresas. Todavia, há a discussão se essa é uma norma geral ou particularizante, porque se não for geral não pode regular licitações. 
Se ela for considerada norma geral altera a lei8666 e passa a possibilitar mais uma exigência para a habilitação, já se não for não pode nem ser aplicada.
As normas gerais servem para uniformizar o tratamento das questões no âmbito de todas as entidades federativas. A ideia da norma geral das licitações é permitir que uma empresa no Paraná possa participar sem problemas de licitações em qualquer lugar. Essa lei especial da copa número 12462/11 pode ser geral que só vigorará por quatro anos, mas outros entendem que essa lei não pode ser considerada geral devido a sua validade.
Tipos de licitação:
Modalidades de licitação são as seis diferentes formas de realizá-la, já tipos de licitação são os critérios de julgamento. Ex: é expresso no preâmbulo do edital "tipo de licitação é menor preço".
Tipo menor preço:
O menor preço é um dos critérios mais utilizados. O menor preço não será aceito quando não for acessível, ou seja, quando mesmo o menor preço for mais alto do que o preço máximo previsto em edital. E se o menor preço for muito baixo também não pode ser aceito se for inexeqüível. 
Nesse tipo, analisa-se só o preço porque o edital já definiu o que deve ser feito, ou seja, não há outras propostas.
Tipo técnica e preço:
As licitações de técnica e menor preço são necessárias quando o serviço tem um cunho técnico que pode ser feito de diferentes formas. 
No projeto básico está a solução que vira norma do edital e as empresas para dar essa solução com as características predefinidas apresentam o preço.  Todavia, como existem várias formas de realizar a solução, ou seja, varias técnicas diferentes de executar a solução, é possível haver uma conjugação da técnica e do preço. 
Por isso, aqui tem  também, além dos envelopes da habilitação e do preço, o com a proposta de solução com a técnica. Só depois do envelope com a técnica será aberto o de preço.
Por isso, há a fase da habilitação, a de julgamento da proposta técnica e a fase do preço. De acordo com o edital, é dada uma nota técnica, o que implica uma margem de subjetividade que não deveria haver. Por isso, as notas técnicas devem partir de critérios objetivos, mas nem sempre isso é possível. 
Se a empresa atingiu a nota mínima para se classificar vai para a fase do preço.
O preço também constitui uma nota. Daí deve ser somada a nota da técnica e a nota do preço que entram na fórmula da nota final, segundo a qual ganha aquele que atingir a maior nota somando as duas.
Além disso, há a possibilidade de se estabelecer uma ponderação relativa para a nota técnica e preço para se atribuir mais valor a um ou a outro.
Melhor técnica:
A capacidade técnica como requisito da habilitação é diferente da técnica de critério, porque o da habilitação leva em conta atributos da pessoa, já do critério é a técnica do objeto.
No tipo melhor técnica analisa-se a proposta técnica que é pontuada. Se a técnica não for aceita a empresa é desclassificada. As empresas ganham uma nota e todas as que forem classificadas tem a proposta de preço analisada. 
Aqui há duas interpretações: 
Segundo a lei literal, se empresa que tiver a maior nota técnica não tiver o menor preço abre-se uma fase de negociação porque para ser contratada precisa concordar em fazer pelo menor preço.
Entretanto, como há um custo pela melhor qualidade, há o entendimento segundo o qual se a técnica for realmente melhor a melhor nota pode ser contratada pelo preço maior. 
Relação com a lei da copa: 
A contratação integrada só pode ser feita quando a licitação for do tipo técnica e preço. Foi pensado que como não dará tempo de fazer o projeto básico, orçamento e composição de qualidade o estado deixa tudo isso com a empresa e o estado apenas fornece um rascunho.
Tipo maior lance:
Na licitação do tipo maior lance ganha aquele que apresentar o maior preço e, por isso, só acontece nos leilões.
Esses critérios, apesar de serem os mais importantes, não são os únicos critérios de julgamento, tendo em vista que há leis especiais que trazem outros critérios
Requisitos dos arts. 15 e 16 da lei de responsabilidade fiscal:
Essa lei mudou um paradigma, pois incluiu a noção de que o administrador só pode gastar aquilo que efetivamente possui. Antes disso o administrador para cumprir as missões constitucionais podia se endividar, mas hoje precisa ter equilíbrio fiscal, ou seja, o estado não pode gastar mais do que a receita. Por isso, o administrador precisa planejar e assumir a responsabilidade.
Além disso, o administrador precisa mostrar qual é o impacto dessa despesa nas finanças públicas e nos próximos exercícios financeiros. 
Regime de execução:
A definição desse regime esta no art. 6 dessa lei:
Art. 6o  Para os fins desta Lei, considera-se:
I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta;
II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais; 
III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente;
IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens a terceiros;
V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta Lei;
VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por empresas em licitações e contratos;
VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios;
VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: 
a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;
d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;
e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;
IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:
X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;
Empreitada por preço global:
O regime é de empreitada por preço global quando a contratação é feita por preço certo e total. Ex: um contrato de obra pública para construção de uma escola, que precisa ter muro, ginásio e sala. A empreitada por preço global define quanto precisa de dinheiro para cada uma das coisas soma tudo e faz a contratação no total.
Empreitada por preço unitário:
Será por empreitada por preço unitário quando é conhecida a projeção e a dimensão do objeto e, por isso, para concretizar uma certa dimensão basta atribuí-la o preço certo por unidades. Ex: custa 100 reais o metro quadrado do ginásio.
Empreitada integral:
O regime de empreitada integral é feito quando a contratação detudo é feito por uma empresa só. Ex: a empresa e contratada para fazer o ginásio, o poço e as salas ou a usina hidrelétrica é contratada por uma só empresa inclusive com os móveis. 
O problema mais comum desse tipo de contratação é que é muito difícil que uma empresa só tenha condições de realizar todas essas atividades. Por isso, quando se licita dessa forma a competitividade é reduzida, pois são poucas empresas que podem fazer tudo. Já se fracionar mais empresas poderão competir e, por isso, o regime de contratação integral só pode ser feito em situações excepcionais.
Qualquer um desses regimes pressupõe que durante o regime de contratação a administração deve fazer o projeto básico, o executivo, o orçamento, ou seja, já ter feito os elementos necessários de definição de preço e objeto sob os quais já permitem definir qual deve ser o regime de contratação.
A contratação integrada só pode ser utilizada como parte do regime diferenciado de contratações para copa do mundo e olimpíadas. Por esse sistema, além da contratação ser de tudo, o projeto básico, executivo e orçamento ficam a cargo do contratado. 
Por isso, o licitante posteriormente contratado vai fazer o projeto básico e executivo com base no orçamento sintético (o orçamento sintético define que irá custa 100 por metro quadrado).
Já no orçamento nromal feito pela administração é definido que vai custar tantos milhões, pois são tantos de encargos, tantos de tijolos ou seja todos os itens são determinados e discriminados.
Por isso, a contratação integrada só pode ser feita pela técnica e pregão.
Regime de tarefa:
O regime de tarefa não serve para uma obra de engenharia, mas uma contratação menor, ou seja, uma tarefa.
Minuta de contrato:
Definido o regime de execução, deve ser feita a minuta do contrato. 
A lei estabelece que deve ser feita a minuta, mas mesmo que não tivesse deveria ser feita, pois o contrato de licitação sob certos aspectos é um contrato de adesão devido à supremacia do interesse público.
Obrigações recíprocas (prazos e cláusulas penais), direitos das partes, sanções, recursos e o que mais for necessário para que a contratação seja eficiente deve estar previsto no contrato.
O edital é um ato administrativo normativo e, por isso, deve ter todos os elementos do ato como, por exemplo, forma com conteúdo lícito, competência, finalidade, motivação. Esse regulamento será elaborado e submetido para análise de acessória jurídica.
Esse parecer proferido pela acessória jurídica é uma manifestação pública de caráter opinativo sem manifestação decisória. O parecer tem conteúdo jurídico relevante, mas não decisório.
Assim, como o edital é um ato jurídico administrativo normativo deve ser assinado e quem decide é o responsável pelo edital, ou seja, o secretário de finanças e não quem realmente redigiu o edital.
O parecer das licitações é obrigatório, conforme o art. 38 da lei das licitações. Todavia, os responsáveis não são obrigados a respeitá-lo, tendo em vista que, apesar de obrigatório, não é vinculativo. Se a autoridade discordar do parecer, segundo o ministro Joaquim Barbosa, deve pedir outro parecer, mas esse não é o entendimento majoritário.
Há casos em que o parecer é facultativo como, por exemplo, quando surge dúvidas no meio da licitação. A lei não define a obrigatoriedade do parecer, mas o responsável pela licitação pode requerê-lo.
O parecer também pode tornar-se vinculativo por ato administrativo. Ex: o presidente da câmara recebe um parecer e baixa um ato que o torna vinculativo a todos os demais servidores.
Os tribunais têm entendido da seguinte forma a responsabilidade do parecerista: se o parecer foi fundamentado, razoável, seguiu a doutrina e demonstrou capacidade técnica, ainda que a ordem de controle verificar que não deveria ter sido aquele o entendimento o jurista não responde pela conduta, mas se agiu com dolo ou culpa responde.
Dúvidas da semana em Miami...
Plano plurianual e lei de diretrizes fiscais:
O plano plurianual define que o estado precisa gastar para construir a usina, ou seja, não fala em valores, mas apenas em missões que devem ser concretizadas.
A lei de diretrizes fiscais, que deve estar em conformidade com a o plano, define que o estado pode gastar 30 milhões naquele exercício financeiro para fazer a usina.
No orçamento estimativo, que também é anual e deve estar em conformidade com a lei de diretrizes fiscais, define quanto tem realmente de dinheiro para gastar com a usina. Esse valor não pode sermaior do que o previsto na ldo. 
Empenho:
O empenho é assim: a dotação orçamentária define quanto tem de dinheiro para fazer a contratação como, por exemplo, 1000 reais. Como esse valor deve ser divido em diversas secretarias, cada uma delas antes de fazer a licitação precisa fazer o empenho para verificar quanto ainda tem, tendo em vista que a dotação orçamentária é para todas as demais secretarias. Ex: a de Curitiba fez o empenho antes e gastou 500. Depois Ponta Grossa gastou 300. E só sobrou 200 para Maringá.
Por isso, apesar de haver um regulamento financeiro interno entre as divisões que irão dividir a dotação orçamentária, pode ocorrer de quando uma delas for fazer o empenho já não ter mais dinheiro porque as outras secretarias já utilizaram tudo.
Inversão de ordem:
A lei 8666 define que antes devem ser abertos os envelopes da habilitação e depois de analisar a habilitação de todos abre o das propostas de todos para escolher o menor preço. 
O estado do Paraná inverteu em lei particularizante que devem ser apresentados os dois envelopes antes, tendo em vista que inverteu a ordem: primeiro são abertos os envelopes das propostas, escolhido o menor preço abre o da habilitação e verifica se a pessoa está habilitada. Esse sistema é mais interessante porque não há perda de tempo com habilitação e recursos de propostas mais caras que não serão escolhidas, ou seja, só abre a habilitação da melhor proposta.
Fase externa da licitação:
A publicação do edital é chamada de fase externa da publicação, tendo em vista que a partir da publicação inicia-se a sua eficácia (o ato é valido quando é produzido de acordo com a lei e a vigência inicia quando tem aptidão para produzir seus efeitos - vacacio legis é quando a lei tem validade, mas os efeitos foram postergados).
Por isso, com a publicação iniciam-se os efeitos do edital. Quando o edital é tornado público é possível que as regras nele previstas sejam questionadas. Por essa razão, há um prazo mínimo necessário para que as empresas juntem documentos da publicação do edital até a sessão pública.
Assim, uma vez publicado o edital começa a correr dois prazos: o prazo de impugnação do edital, que qualquer norma estipulada pode ser impugnada (se manifestar contrário ao que foi posto como, por exemplo, alguma exigência estipulada); e o prazo para pedido de esclarecimento.
O licitante tem até três dias antes da sessão pública para realizar impugnação e qualquer interessado pode impugnar em até cinco dias. Se esse pedido de impugnação foi procedente pode ser feita uma modificação do edital. Essa modificação pode ser feita se a administração ver o vício e já alterar de ofício. Nesse caso, se a alteração afetar a escolha das propostas o edital deve ser publicado novamente.
A data da sessão de abertura das propostas, em que está presente a comissão, se for do tipo menor preço tem dois envelopes (um de preço outro da proposta) nessa primeira fase ocorre o julgamento da habilitação. 
Como o julgamento da habilitação é uma decisão cabe recursos. 
As empresas habilitadas passam para uma segunda sessão pública de julgamento da proposta comercial. Aí será analisado o objeto proposto, preços e os encargos que o edital definiu para que a proposta seja aceita. 
As propostas aceitas são classificadas e ordenadas do menor preço para o maior independentemente do valor, desde que o preço seja aceitável (não tenha ultrapassado o máximo).
Se for do tipo técnica e técnica e preço há a fase intermediária para análise da técnica.
Pregão:
O pregão, queestá previsto na lei 10520, é uma modalidade editada a partir de inúmeras medidas provisórias editadas em 2000. As modalidades tradicionais são escolhidas pelo preço (concorrência, convite, tomada de preços, leilão ou concurso - se dá pela natureza do objeto intelectual ou artística), mas o pregão se presta quando o objeto é um bem e serviços comuns. 
Objeto do pregão:
A grande questão da lei do pregão é definir o que é um bem e um serviço comum, pois, segundo a letra da lei, é todo aquele cujos padrões de desempenho e qualidade podem ser objetivamente previstos no edital mediante especificações de mercado. 
E escolher a modalidade incorreta pode ser crime ou ato de improbidade que pode causar multa, perda do cargo, dos direitos políticos. Por isso, é preciso criar uma base sólida para não escolher a modalidade errada.
Hoje o entendimento é que a licitação que possa ser do tipo menor preço pode ser feita por pregão, ou seja, não importa o preço.
Assim, se o objeto não for bem ou serviço comum não pode ir pelo pregão.
Inversão de fases:
A inversão de fases produz uma lógica de que o pregão poderia comprometer a qualidade da contratação, tendo em vista que inverte o procedimento tradicional da lei 8666, segundo o qual a primeiro é a analise da habilitação (verificar os requisitos subjetivos independente da proposta). Se for habilitada analisa-se a proposta e o preço.
Como no pregão a fase e invertida não pode ter tipo técnica, mas só preço.
A lógica do pregão, que simplificou os processos de contratação, é: primeiro analisam se as propostas e quem tiver o menor preço verifica se está habilitada. Isso é mais fácil, tendo em vista que não perde tempo com recursos de habilitação de quem não teve propostas aceitas.
A crítica que se fez a esse procedimento é que em uma analise preliminar de inidoneidade e os demais requisitos da habilitação entendeu-se que analisar primeiro o preço para depois as condições técnicas poderia influenciar o julgamento. Ex: o preço da primeira é um milhão, já da outra é três milhões. Quando o pregoeiro for analisar a habilitação ele poderia se influenciar na analise da capacidade.
No estado do Paraná há uma lei própria das licitações que inverteu a ordem em todas as modalidades de licitação. 
O STJ tem entendido que a modalidade do pregão as vezes não cabe quando e só preço e o objeto não é tão simples. 
Julgamento tripartido:
Fora o leilão no qual o preço final se da pelo último lance, as demais modalidades se decidem pela possibilidade de apresentação de preço uma vez só, ou seja, uma vez apresentados os preços não é mais possível modificar. 
As propostas são separadas sem que os licitantes possam ver os preços uns dos outros, pois não podem mudar, ou seja, a proposta de preço só pode ser apresentada uma vez. Por isso, a empresa precisa apresentar uma proposta capaz de ser honrada sem ser inexequível nem muito cara.
Todavia, no pregão a empresa tem duas possibilidades de mudar o preço. No pregão presencial (há um eletrônico) as pessoas e o pregoeiro estão presentes. Quando o edital é publicado pode ter um termo de referência que é um documento que contém todas as informações do objeto. Os licitantes têm acesso ao edital e preparam suas propostas da mesma maneira que em uma concorrência. Os licitantes comparecem e entregam o envelope da habilitação e o do preço. 
O pregoeiro abre os das propostas comerciais. Primeiro, analisa a qualidade da proposta, se o bem está compatível com o descrito no edital. Se estiver em conformidade a proposta é aceita.
Segundo, as proposta que forem aceitas tem analisados seus preços. Se o preço não for superior ao máximo nem inexequível é aceito.
Os preços aceitos são ordenados do menor para o maior. No pregão presencial, os preços ordenados serão objeto de uma nova análise para verificar quem vai para a fase dos lances: primeiro, pega as empresas que apresentaram os preços até 10% a cima do menor, senão tiver pelo menos três empresas com preço somente 10% a cima do menor, pega as três empresas que tiveram os menores preços.
Na fase de lances aquele que deu a proposta maior pode cobrir o preço do primeiro. Como as pessoas podem ir cobrindo os preços e mais preços o preço menor pode se tornar inexequível. Além disso, verifica-se que não se pode definir um preço mínimo.
O preço final depois dos lances ainda não pode ser contratado pois precisa ver se não e inexequível. Com base nesse preço os licitantes precisam apresentar uma planilha de adequação dos preços. Daí se o preço for aceitável o licitante pode vir a ser contratado.
Nos casos em que apenas uma empresa apresentou uma proposta compatível, ou se só uma ou outra foi habilitada, ou se por qualquer outro motivo apenas uma ou duas foram para a fase de lances deve se observar o seguinte:
Segundo a letra da lei, se só uma empresa teve sua proposta aceita, apesar de não haver a fase de lances, deve ser aceita, já que não há com quem discutir preços. 
Entretanto, como a essência do pregão é a discussão de preços, nessas condições ou ainda com apenas duas empresas (aí tem fase de lances meio prejudicada) de acordo com o principio da competitividade a licitação deve ser refeita e analisar qual foi o problema. 
Por isso, o STJ definiu que é possível de acordo com a discricionariedade desfazer o pregão quando só tem uma proposta ou quando não há significativa disputa de preços, pois a base do pregão e a competitividade.
Além disso, deve se verificar que muitas vezes apesar de o preço estar muito abaixo do orçamento estimativo pode ser plenamente efetivo como, por exemplo, se o sujeito importa os produtos por preço muito mais baixo. Por isso, a administração precisa ter parâmetros para verificar se o preço é possível.
Recursos do pregão:
Pela lei 8666 há o recurso da decisão que julga a habilitação, o das propostas comerciais e outro da revogação ou anulação da licitação. Alem disso, pode haver recurso da fase técnica.
No pregão, há apenas um recurso, pois apenas a proposta classificada como vencedora terá a documentação da habilitação aberta. Se for habilitado será declarado vencedor da licitação e só dai cabe recurso de tudo. Por isso, há a unicidade recursal.
Até mesmo as empresas que não passaram para a fase de lances podem recorrer.
A parte manifesta a intenção de recorrer e depois apresenta as razões escritas. Do ponto de vista jurídico, se as razões escritas forem desnecessárias pois já foi possível pela manifestação oral não havia necessidade da escrita; mas se for necessário explicar melhor os motivos precisa; Hoje vigora o entendimento que basta a manifestação oral se esta deixar clara a intenção de recorrer, pois as razões escritas teriam caráter redundante.
Depois de declarado vencedor do pregão vem a fase de negociação. Nessa fase, o pregoeiro tenta negociar questões de entrega, por exemplo, para tentar conseguir um preço mais barato ainda. Por isso, o pregoeiro precisa ter uma capacitação especial de negociação para produzir uma fase de negociação mais vantajosa. Nas outras modalidades não há possibilidade de mudar o preço depois da entrega do envelope.
Recurso nas modalidades da lei 8666:
Nas modalidades tradicionais da 8666, a comissão produz até três decisões (habilitação, proposta e técnica) que podem ser objeto de recurso, o que não ocorre no pregão que há unicidade recursal. As decisões do recursos são preclusivas em relação as fases seguintes.
Os recursos nas tradicionais vão para a autoridade competente por intermédio da comissão, tendo em vista que, apesar de haver exceções, a comissão pode reconsiderar a decisão ou submetê-la para analise da autoridade competente. Pelo devido processo legal a outra parte deve ser ouvida. Se a decisão for reconsiderada é uma nova decisão que dela cabe recursos.
Da decisão recursal não cabe mais recursos devido à coisa julgada administrativa. Entretanto, a coisa julgada administrativa pode ser apreciada pelo judiciário (tudo pode ser objeto de discussão no judiciário), apesar de isso ser discutido. 
O tribunalde contas, por exemplo, é um tribunal administrativo e de acordo com a ideia constitucional de jurisdição ampla as decisões podem ser reavaliadas pelo judiciário. O STF decidiu que se a decisão foi correta do ponto de vista da legalidade não cabe discussão judicial e, por isso, o STJ recusa jurisdição quando a discussão for de mérito. 
*O pagamento da remuneração de servidores é o que mais pesa na arrecadação e, por isso, foi limitado que até 60% pode ser gasto no pagamento dos servidores. Quase a totalidade desses 40% é gasto com as contratações públicas. Por isso, é possível fazer fraudes com esse valor, mas isso não é significativo do ponto de vista econômico.
Entretanto, fraude em contratações tem um valor absurdamente significativo economicamente.
As empresas que forem para a fase de lances que vão ser vistas a habilitação.
A ação material só ocorre quando o pedido for procedente, pois se for improcedente só tinha ação processual e não material, pois o direito não existia.
Pregão eletrônico:
Todo o pregão eletrônico é feito por provedores especiais: compras net e o provedor do banco do Brasil, caixa e bolsas são os mais utilizados. Os provedores são gratuitos e há uma taxação nas bolsas.
O pregão eletrônico é regido pelo decreto 5450/2005 no âmbito federal. No pregão eletrônico passam para a fase de lances todas as empresas independentemente do valor. 
Por isso, já a discussão, pois os 10% foram inseridos por um decreto e um decreto não pode dispor de forma diferente da lei e, por isso, essa discussão está em ADIN.
As empresas que participam do pregão eletrônico precisam ser credenciadas, ou seja, as empresas interessadas devem se credenciar para receber um login e uma senha. Os licitantes, os pregoeiros, as equipes de apoio, as autoridades e todos os participantes devem ser credenciados, ou seja, qualquer um pode acompanhar o pregão, mas só os credenciados podem se manifestar.
Para ser credenciado o licitante precisa ser cadastrado. 
A fase interna é a mesma e a autoridade publica o edital pelo provedor, além da circulação em jornal. Até a data da sessão as empresas encaminham as propostas para o provedor. No dia e horário da abertura da sessão o pregoeiro consegue acessar os documentos, ou seja, não é possível ter acesso aos documentos antes do dia e hora designados. 
Dai o pregoeiro e a equipe de apoio abrem as propostas e as classificam. As classificadas são automaticamente ordenadas pelo sistema por preço. Dai inicia-se a fase de lances inicia a disputa por preços. Por isso, hoje há robôs para mandarem lances por segundo de centavos para as outras empresas não terem chances.
Chega um momento no qual o pregoeiro manda uma mensagem dizendo que acabará a fase de lances e iniciará a fase de tempo Randômico e aleatório. Esse é o período de tempo controlado totalmente pelo sistema. A qualquer momento, que ninguém sabe quando, para o sistema e ganha o que der o menor lance. Apenas essa empresa terá os documentos da habilitação abertos.
A fase da habilitação deixa de ser eletrônica. Por isso, elas devem entregar eletrônicamente e depois tem um prazo para apresentar os originais.
Habilitada a empresa tem a fase recursal. A manifestação é intenção de recorrer que deve mandada por escrito e eletronicamente.
Vencedor para todos:
Vencido o processo da licitação as coisas tomam o rumo da normal, pois uma vez concluído o processo da licitação e uma vez conhecido o vencedor inicia-se a fase integrativa quando o processo é encaminhado para a autoridade competente que irá produzir a adjudicação e a homologação. 
Com uma exceção só em relação ao pregão presencial ou eletrônico que se não houver recursos a adjudicação é da competência do pregoeiro, mas se houver recurso é a autoridade competente. Nas demais modalidades é sempre da autoridade competente.
A adjudicação é a atribuição do objeto ao vencedor que tem o direito de ser contratado se houver contratação. Pois se houver vício, não tiver dinheiro não há contratação.
Princípio da adjudicação compulsória: se houver contratação não pode haver preterimento de empresas, pois deve ser contratado o vencedor.
A homologação é o ato pelo qual a autoridade afere a regularidade do processo, ou seja, é um juízo de regularidade.
Em qualquer fase pode haver a revogação (desfazimento do ato por discricionariedade) quando muda a intenção administrativa ou anulação quando há um vicio insanável que produz o dever de anular o ato por um vício.
A questão jurídica é: quando tem vício insanável a anulação é um dever e, por isso, não há indenização. Já se for caso de revogação não pode a administração desistir dessa forma e, por isso, cabe discussão.
A lei não disciplina as hipóteses passíveis de indenização apenas diz que tem indenização. 
Depois disso a vencedora é convocada a assinar o contrato.
A convocação é a chamada para assinar o contrato ou assinar o registro de preço. 
VER REGISTRO DE PREÇOS
Fase integrativa: adjudicação e homologação para aferição de regularidade do certame.
Preferências das micro e pequenas empresas:
Há uma preferência obrigatória definida pela lei complementar 123/2007 que instituiu o estatuto da micro empresa e empresa de pequeno porte. Micro empresa é aquela que tem faturamento bruto anual até 240 mil reais, já empresa de pequeno porte tem faturamento anual de até 2.400.000,00.
80% da mão de obra formal está empregada em micro empresa ou de pequeno porte no Brasil. Entretanto, essas empresas participaram de apenas 20% do volume de contratações públicas, enquanto 80% ficam com as médias e grandes. Por isso, o legislador decidiu facilitar o ingresso das pequenas e micro empresas nas licitações.
Assim, a lei 123/2007 trata de aspectos tributários, trabalhistas, previdenciários e de favorecimento nas aquisições públicas. Ou seja, criou mecanismos para facilitar a contratação dessas empresas pelo tratamento diferenciado de favorecimento.
Esse tratamento diferenciado se dá de duas formas: prova postergada de regularidade fiscal e direito de preferência em caso de empate ficto.
A prova de regularidade fiscal é postergada, tendo em vista que a regularidade só é exigida na contratação e não na primeira sessão pública. Na concorrência as empresas devem apresentar regularidade fiscal desde a primeira sessão pública, pois se não apresentar sequer passam para a fase do julgamento das propostas. Por isso, se for micro ou pequena empresa e não tiver regularidade desde o início não é inabilitada e se for vencedora exige-se regularidade fiscal em até dois dias úteis. Assim, a lei conferiu para essas empresas um prazo a mais que pode favorecê-las.
Claro que nas licitações com inversão de fase esse prazo fica prejudicado, pois a habilitação já é feita no final.
O direito de preferência em caso de empate ficto, que ocorre quando, por exemplo, uma grande empresa apresentou um preço menor que o da pequena empresa. Por isso, ela pode cobrir a oferta da grande empresa e vencer a licitação. 
Ex: os preços das empresas foram 1000, 1050, 1060 e 1100. Em concorrência se o preço da pequena ou micro empresa for até 10% do valor da que apresentou o menor preço considera-se que houve empate ficto. Por isso, as três primeiras estão empatadas fictamente, pois a quarta é micro empresa e o preço é apenas 10% a mais que o menor. Além disso, verifica-se que isso só pode ocorrer se a primeira já não é micro ou pequena.
Assim, as pequenas ou micro empresas que apresentarem preços até 10% maior que o primeiro colocado média empresa podem cobrir este preço e vencer a licitação. A diferença no pregão é de apenas 5%. 
Isso fez com que na maior parte dos contratos que participam micro ou pequena elas são vencedoras.
Esse tratamento não viola a isonomia porque trata de forma diferente os desiguais, ou seja, a lei é desigual para tentar equiparar uma desigualdade fática.
São só as micro ou pequenas empresas que tem chance de cobrir a oferta dada pela grande empresa que definiu o menor preço de todos.
Uma licitação destina-se a formar um contratocom a administração, mas também para firmar uma ata de registro de preços. Normalmente o vencedor é adjudicado no certame e convocado a assinar um contrato. Entretanto, a licitação também pode ser, por exemplo, de uma permissão de uso de box no municipal, de ponto de taxi, de serviços públicos de telecomunicações, quem vai celebrar um convênio.
Contratos administrativos:
Um contrato é um acordo de vontades que visa estabelecer obrigações e direitos recíprocos. A relação contratual administrativa está relacionada à teoria geral dos contratos de direito civil. Por isso, o contrato administrativo também é um acordo de vontades, mas há aspectos diferentes que são as prerrogativas exorbitantes da administração.
Para encontrar um contrato administrativo deve ser parte uma pessoa pública.
Elementos do contrato administrativo:
Elemento subjetivo: uma das partes precisa ser pessoa pública. 
Isso foi o que firmou a corrente doutrinária de base subjetiva para identificação do contrato administrativo. Segundo essa teoria bastava que uma das partes fosse pública para configurar contrato administrativo. Essa teoria foi contraposta porque as vezes a administração faz contratos como se um particular fosse, ou seja, um contrato de locação sem finalidade pública regido pela lei do inquilinato e, por isso, não deve ter as prerrogativas.
Outra teoria fala que se o objeto for público o contrato é administrativo. Quando a relação não é pública não faz sentido ser contrato administrativo.
Elemento objetivo:
Por isso, surgiu uma terceira corrente que define que, apesar da base subjetiva ser fundamental, caracteriza como elemento de um contrato administrativo a finalidade pública, ou seja, a causa, fim de interesse público. 
Resumindo, em um acordo de vontades quando uma das partes for o poder público e o objeto, a causa e a finalidade for de interesse público o contrato é administrativo.
Prerrogativas exorbitantes:
Nos contratos privados a característica mais elementar é a autonomia de contratar (com quem contratar), autonomia contratual (o que contratar), pacta sund servanda (obrigatoriedade das convenções), consensualidade (uma parte não pode impor a outra, mas devem chegar a um consenso) e princípio da boa-fé.
Claro que isso não ocorre nos de adesão e no dirigismo contratual, que muitas vezes o Estado regula por questões de função social do contrato impondo disposições que afetam a autonomia.
1) Nos contratos públicos não existe autonomia de contratar, pois o estado não pode escolher quem contratar, mas apenas o que venceu a licitação. 
2) Não tem autonomia contratual, tendo em vista que não pode o particular discutir cláusulas mas só acordar com preço e proposta. Além disso, não pode o estado contratar o que quiser, pois deve contratar apenas o que for necessário para atender a necessidade pública.
Todavia, há quatro hipóteses em que as licitações são direcionadas e diretas, pois não há regras de edital e o estado pode escolher quem contratar. Isso ocorre quando a licitação for dispensada, inexigível ou suspensa.
Dispensada:
Pode ser dispensada a licitação em alguns casos de alienação de bens públicos, segundo art. 17. Ex: não precisa licitar para vender ações na bolsa.
Dispensável:
Pode ser dispensável a licitação, segundo art. 24, nas hipóteses taxativas elencadas. Ex: pode ser dispensável quando for para contratação até 15 mil ou compras até 8 mil, em situações de emergência.
O que caracteriza a dispensável é a possibilidade do administrador licitar ou contratar direto. Por isso, quando só tem uma pessoa que atende a necessidade também não precisa realizar o certame.
Assim, é dispensável porque pode utilizar a licitação, mas por razoes de conveniência e oportunidade autoriza o legislador a contratar diretamente.
Inexigível:
A licitação também podem ser inexigível quando houver inviabilidade de competição, pois nesses casos realizar a licitação justamente vai contra o interesse público. 
A competição não é possível, segundo art. 25, quando a) só houver um objeto e um único fornecedor, b) profissional técnico e especializado com objeto singular com notória especialização, c) profissional do ramo artístico com reconhecimento de público ou crítica favorável.
Isso ocorre porque para que uma licitação aconteça precisa haver alguns pressupostos como pluralidade de objetos e pluralidade de interessados. Ex: quebrou a peça do computador positivo só da para contratar com o positivo. 
A singularidade também pode estar relacionada a aspectos intrínsecos especializados. Ex: o advogado precisa ser especializado e reconhecido no meio profissional de forma notória para a propositura de uma ação extremamente complexa no tribunal de aia.
Na inexigibilidade não precisa que tenha apenas uma pessoa ou um objeto, justamente porque o critério é a notória especialização e objeto singular.
A contratação dos artistas pode ser feita por inexigível também porque quando tem profissional artístico é considerado especializado.
3) Pacta sund servanda: nos contratos administrativos não há obrigatoriedade das convenções, tendo em vista que há mutabilidade ou prerrogativa de alteração unilateral. A possibilidade de rescisão unilateral acaba com a ideia de consensualidade, uma vez que independente de indenização a administração pode rescindi-lo.
4) Além dessas prerrogativas, o estado também exerce fiscalização com prerrogativas de polícia, imposição de sanções auto executáveis sem recorrer ao judiciário e ocupação de bens e serviços dos contratados.
Celso Antônio diz que a tarefa mais difícil de um jurista é identificar o regime jurídico, que é identificado a partir do substrato fático de Pontes de Miranda. Do regime jurídico dos contratos administrativos decorrem as prerrogativas exorbitantes que são traduzidas no contrato como cláusulas exorbitantes, pois que vão além da onde as regras privadas poderiam ir. Ou seja, o que em um contrato privado poderia ser reputado nulo por ser abusivo é plenamente válido nos administrativos.
A licitação termina e produz a convocação do vendedor para firmar o contrato ou ata de registro de preços. A notificação para firmar o contrato é formal, até porque se o licitante não quiser mais assinar equivale como se não tivesse cumprido o contrato, o que implica sanções auto executáveis. Por isso, a convocação é o ato formal pelo qual alguém é instado a firmar o contrato.
Conteúdo do contrato administrativo:
O licitante assina um contrato que tem como conteúdo o edital e o conteúdo da proposta. Por isso, alguns dizem que nem precisaria haver o contrato que é apenas uma síntese dessas duas coisas. O contrato administrativo possui certa similaridade com o de adesão, pois não há conjugação de vontades, tendo em vista que o licitante apenas acorda com o preço.
Entretanto, em alguns casos e com algumas limitações pode haver a assinatura do contrato diferente do que foi previsto em edital. Ex: o licitante depois considerado vencedor pode de bonzinho reduzir o preço, já se quiser aumentar o preço já não é possível.
Ex: se o objeto é carro com banco de tecido. A empresa se obriga a fornecer veículo com assento de tecido, mas na hora ela resolve aumentar a qualidade e dar assento de couro.
Ex: se obriga a oferecer veículos com câmbio manual. Na hora de assinar ela diz que pode dar automático, mas a administração pode discordar porque, além de outras empresas que só fabricam automático não terem participado, é mais cara a manutenção.
Assim, em algumas hipóteses é possível que o conteúdo contratado seja diferente do previsto em edital, mas isso não ocorre em todos os casos, dependendo sempre da análise concreta. Não se pode nem pensar que for melhor para a administração, mas deve se pensar em isonomia, qualidade e vantajosidade.
Ex: o objeto é asfaltar com saibro, que é mais barato que o asfalto. Se a empresa alegar que não tem mais saibro e vai fazer pelo mesmo preço com asfalto. Isso não é possível porque as empresas que só usam asfalto não poderiam ter participado.
A lei 12349 que modificoua lei 8666 que definiu que a licitação deve optar pela proposta mais vantajosa, isonomica e sustentável, o que pode deixá-la mais cara, mas mesmo assim mais vantajosa.
Forma do contrato:
A forma do contrato administrativo deve ser escrita. 
A exceção é que o contrato pode ser verbal nos contratos até quatro mil reais sob adiantamento. Ex: o servidor que precisa viajar adianta mil reais com o financeiro. Gasta esses mil reais com hotel, alimentação e tudo mais. Essa é a única hipótese excepcional de contratos verbais. É claro que nesse caso ele precisa apresentar contas demonstrando os recibos. O servidor que não presta contas está em situação de alcance.
O que a lei exige em relação à forma escrita é o termo do contrato na concorrência e tomada de preços. Nos de valores inferior foi previsto que outros documentos podem substituir o termo como, por exemplo, emails, nota de serviço e demais documentos previstos na lei que podem permitem a substituição o termo. 
O documento precisa apenas formalizar a execução. Esse contrato deverá ser publicado até de cinco dias depois da assinatura. A publicação é requisito para vigência e eficácia do contrato.
Prazo do contrato administrativo:
Os contratos privados podem ser celebrados no prazo que as partes quiserem, inclusive por prazo indeterminado. 
Já nos administrativos não pode haver contrato com prazo indeterminado.
Além disso, há uma regra sobre duração dos contratos administrativos: o prazo máximo será igual a vigência do crédito orcamentário, que inicia em primeiro de janeiro e vai até trinta e um de dezembro. Assim, no último dia do ano expira a vigência de todos os contratos administrativos.
Entretanto, há quatro exceções para poder dar conta de contratos que levam anos para ser concluído. Ex: para construir um metro na fase interna chegaram a conclusão que vai demorar dez anos para ser concluído.
1) Contratos previstos no plano plurianual podem durar o tempo previsto para conclusão:
Quando o projeto, programa ou atividade, que são designações do direito financeiro para despesa pública, de grandes contratações, que estejam previstos no plano plurianual, podem ter a duração que for necessária para a conclusão. Se não estiver previsto no plano plurianual deve alterar o plano plurianual. 
Se foi previsto no projeto 12 anos para conclusão e um dos governos o retira do plano plurianual o contrato deve ser desfeito. Isso ocorre porque deste plano vem a LDO e a lei de orçamento anual.
Se for previsto doze anos, mas ao longo do contrato percebe-se que serão necessários quatorze o contrato pode ser prorrogado. Isso ocorre porque há o prazo de vigência, que é o prazo das obrigações recíprocas, e o prazo de execução, que é o tempo para cumpri-lo. 
Esses prazos podem coincidir, mas se a obra não estiver pronta há mora, que existem sanções. Já o prazo de vigência é o prazo em que se expiram as obrigações recíprocas entre as partes.
2) Contratos sem escopo: obrigação de fazer e uma necessidade permanente
Os contratos com escopo devem cessar quando o objeto acaba. Ex: no contrato de construção de uma ponte quando esta é entregue acaba o escopo. Já nos de limpeza diária do fórum o escopo não acaba nunca, pois a necessidade é diária.
Por isso, nos contratos por escopo o prazo de execução é importante por definir a mora. Por isso, nos sem não há prazo de execução final como nos prazos de limpeza, tendo em vista que a limpar o fórum todos os dias não tem entrega de objeto final. Ao final do prazo do contrato o objeto não vai ter acabado e, por isso, o escopo não esgota.
Se contratar para limpar diariamente o fórum não é contrato com o escopo, tendo em vista que o escopo não se exaure no final do prazo, pois há uma necessidade permanente. 
Por isso, os contratos de prestação de serviços contínuos podem ser prorrogados por até 60 meses. Esses contratos são de obrigação de fazer e uma necessidade permanente. 
3) Concessão de serviço público:
Há também contratos que aparentemente são de prestação de serviço, mas na verdade trata de concessão de serviço público como a coleta de lixo ou radar. Nesse caso, o contrato pode ser de trinta anos e prorrogado por mais trinta, visto que presume um grande investimento da empresa. Por isso, como não é um simples contrato de prestação de serviço, mas de concessão de serviço público, que é uma parceria público privada.
Além disso, não se pode prorrogar um contrato já expirado. Por isso, se há houver o decurso do prazo já não pode mais prorrogar.
Nos contratos de locação de equipamento e utilização de software pode prorrogar por 48 meses.
4) Contratos de segurança nacional e armamento:
A última hipótese de contratos que podem ser prorrogados por até cento e vinte meses são os casos de segurança nacional e armamento.
Alteração contratual:
A alteração contratual pode ser consensual ou unilateral ou ainda quantitativa ou qualitativa. 
Consensual é alteração com a vontade das partes, já a unilateral por imposição da administração. A quantitativa pode ser de acréscimos ou supressões.
Limites das alterações:
Essas alterações possuem limites. Quando for de comum acordo para reduzir o objeto a supressão consensual não tem limites. 
Já se a alteração for unilateral imposta pelo estado possui limites: acréscimo de até 25 % ou de até 50% se for para reforma de equipamento ou prédio. Assim, tirando se for de equipamento ou prédio os outros contratos só podem sofrer alteração de 25%. Essa porcentagem é sobre a base de cálculo do valor atualizado do contrato.
A alteração quantitativa está relacionada à dimensão do objeto do contrato. Ex: contratação de uma rodovia de cem km a alteração pode ser para cento e vinte km. 
A qualitativa é uma alteração na substância do objeto, modificando a qualidade do objeto. Ex: construir cem km de rodovia é a contratação. A água brotou e vai ter que fazer drenagem, mas ao final vai ter os mesmos cem km.
A questão que se coloca se sobre esses percentuais de limite se aplicam tanto aos aspectos quantitativos como aos qualitativos. A corrente majoritária define que todos devem sofrer essas limitações percentuais. 
A outra diz que se é qualitativa é uma necessidade técnica e, por isso, não pode ter limite. O TCU entende que deve respeitar o limite.
Supressão consensual:
A lei estabelece que supressão consensual não tem limite, mas não há limite desde que não transforme o que foi previsto em edital para outra coisa. Por isso, as supressões consensuais serão legítimas dependendo do caso concreto. 
Essas alterações são complicadas do ponto de vista da moralidade, porque quando há um contrato original a alteração se dá por termo aditivo. A princípio essa alteração só deveria acontecer por fato superveniente e não para corrigir defeitos de planejamento (quando há erro de planejamento o contrato deveria ser rescindido e celebrado outra licitação).
A LDO de 2010 instituiu a possibilidade de alteração contratual de ate 10% para corrigir defeitos no projeto básico. Em qualquer hipótese o limite será sempre o objeto da contratação vinculado ao universo de potenciais interessados. 
A empresa apresenta uma proposta que é aceita quando é classificada. Assim, quando a qualidade e o preço são aceitáveis as empresas são aceitas. A que tiver o menor preço é vencedora, mas todas são classificadas, ou seja, se a primeira não concluir vai para a outra.
Equação econômico financeira:
Isso forma a equação econômica financeira de uma relação de encargos e remuneração. As obrigações devem ser cumpridas pela forma originalmente pactuada "pacta sund servanda", desde que rebus sic stantibus (teoria da imprevisão). A onerosidade excessiva é produto de um complexo de disposições contratuais que torna para uma das partes insuportável a permanência no contrato. Essa configuração original vem da cláusula da imprevisão para que o contrato não se torne oneroso de mais para uma das partes.
Por isso, essa relação de encargos e remuneração tem como base no art. 37 XXI quando trata da imprevisão. Essa relação original

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