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DIREITO PENAL III - 1 A 16 AULA - 4º SEMESTRE - 20150816

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CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
4º SEMESTRE 
 
DIREITO PENAL III - 2.2015 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO 
AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO PENAL 2015 
 
Página 1 de 29 
 
Casos Concretos Aula 1 
Adamastor Vale foi condenado como incurso nas sanções do artigo 121, §2º, inciso IV, do 
Código Penal por ter matado Anatalino da Silva, utilizando de recurso que impossibilitou a 
defesa da vítima, desferindo pauladas no ofendido, causando-lhe as lesões descritas no auto 
de necropsia de fls. 19 do Inquérito Policial, que foram a causa de sua morte. Na ocasião, o 
denunciado utilizando-se de um pedaço de madeira, uma “trama” para cerca, desferiu 
pauladas na vítima, quando esta tentava se retirar do pátio da residência do acusado. Por 
outro lado, não se pode deixar de registrar que, momentos antes do fato, a vítima estaria 
embriagada no pátio da casa do réu, proferindo diversas ofensas verbais a ele e sua cunhada, 
além de tentar invadir sua residência e agredi-los fisicamente, razão pela qual, Adamastor Vale 
interpôs recurso de apelação com vistas ao reconhecimento da nulidade da decisão proferida 
pelo Tribunal do Júri por não ter sido formulado quesito relativo à forma privilegiada do delito, 
consoante entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal (Verbete de Súmula n.162), 
pedido julgado improcedente, haja vista a tese relativa à forma privilegiada do ilícito não ter 
sido ventilada pela defesa técnica em nenhum momento processual, nem mesmo no 
julgamento em plenário, ocasião em que propugnou apenas pelo afastamento da qualificadora 
e pela absolvição. Sucessivamente: 
1. Arguiu o reconhecimento da causa de diminuição de pena (privilégio). 
 
Terá êxito o reconhecimento do “privilegio”, uma vez que estamos tratando de homicídio 
qualificado-privilegiado que não é crime hediondo, que poderia o réu ser enquadrado pela 
prática de homicídio privilegiado pela violenta emoção, logo em seguida a injusta 
provocação da vítima, combinada com a qualificadora do emprego de recurso que dificultou 
a defesa do ofendido. II. Não existe incompatibilidade entre o privilégio previsto no § 1.º do 
art. 121 do Código Penal e as circunstâncias qualificadoras previstas no § 2.º do mesmo 
dispositivo legal, desde que estas não sejam de caráter subjetivo. 
 
Daí a inexistência de contradição no reconhecimento da qualificadora, cujo caráter é 
objetivo (modo de execução do crime=paulada), e do privilégio, afinal reconhecido (sempre 
de natureza subjetiva=insulto, forte emoção) 
 
2. Afastamento da hediondez do delito? 
Sim, por ser um crime de homicídio qualificado-privilegiado 
 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre a teoria da pena, os crimes 
contra a vida e os institutos repressores da lei de crimes hediondos (Lei n.8072/1990) analise a 
procedência dos pedidos sucessivos. 
 
Questão Objetiva 1 - Com relação ao delito de homicídio, analise as assertivas abaixo e 
assinale a opção correta: 
I. Segundo a jurisprudência do STJ é admissível o concurso entre o homicídio privilegiado e 
qualificado, desde que, as qualificadoras tenham natureza objetiva, sendo, neste caso, 
caracterizado como delito hediondo. 
II. O homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que na forma 
simples, poderá ser considerado hediondo, consoante expressa previsão legal na Lei 
n.8072/1990. 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
4º SEMESTRE 
 
DIREITO PENAL III - 2.2015 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO 
AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO PENAL 2015 
 
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III. No caso de um delito de homicídio ser praticado em concurso de pessoas no qual haja um 
contrato para o pagamento, tanto o contratante, quanto o executor do homicídio que receber 
o pagamento, obrigatoriamente, serão responsabilizados pelo homicídio qualificado pela 
torpeza, consoante o disposto no art.30, do Código Penal. 
IV. O instituto do perdão judicial aplica-se aos crimes de homicídio culposo previstos no Código 
Penal e na Lei n.9503/1997 (CTB) e configura-se como direito público subjetivo do réu de 
caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias 
expressamente previstas em lei. Estão corretas apenas: 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) I, II e III. 
 
Casos Concretos Aula 2 
Justiça manda a júri desempregada que fez auto aborto. Fonte: OABRJ DIGITAL. NOTÍCIAS. 
Disponível em: http://www.oabrj.org.br/noticia/72175-justica-manda-a-juridesempregada-
que-fez-autoaborto 04/06/2012 – 11h42 Fonte: jornal O Estado de S. Paulo 
Uma mulher de 37 anos, que cometeu um auto aborto em 2006, vai a júri popular. Dependente 
de drogas, desempregada e mãe de dois filhos, ela foi denunciada pelo Ministério Público, 
absolvida em primeira instância, mas terá de sentar no banco dos réus por determinação do 
Tribunal de Justiça de São Paulo, que atendeu ao recurso da promotoria. Keila Rodrigues mora 
em Paulo de Faria, uma cidadezinha no interior de São Paulo com pouco mais de 8,5 mil 
habitantes, distante 150 quilômetros de São José do Rio Preto. Ela pagou R$ 100 por dois 
comprimidos Cytotec, um abortivo de uso restrito, comprados clandestinamente. No dia 31 de 
outubro de 2006, grávida de cinco meses, ela foi até o Hospital de Base de Rio Preto e colocou 
os comprimidos na vagina. Pouco tempo depois, passou a ter fortes contrações e precisou ser 
internada imediatamente. Como a gravidez era avançada, o feto não foi expulso naturalmente, 
e Keila entrou em trabalho de parto antecipado. O bebê - que recebeu o nome de Amanda - 
nasceu de parto normal no dia 2 de novembro, pesando 615 gramas. A menina viveu por 20 
dias, mas não resistiu. Morreu em decorrência de uma infecção neonatal, provocada pela 
prematuridade extrema. O caso foi parar na polícia depois que uma enfermeira do hospital 
registrou uma queixa contra Keila numa delegacia. A atitude da enfermeira é condenada pelo 
Ministério da Saúde na nota técnica Atenção Humanizada ao Abortamento e pelo Código de 
Ética de Profissionais da Enfermagem. O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério 
Público, que entrou com uma denúncia formal contra Keila na Justiça. Sem dinheiro para 
contratar advogado, Keila recebeu o benefício da assistência gratuita - uma parceria da 
Defensoria Pública com a Ordem dos Advogados. A advogada Maria do Carmo Rocha Chareti 
foi então nomeada para defender Keila no processo. E ela mesma teve dificuldade para 
localizar a acusada. "Keila mora nas ruas. É pobre, alcoólatra, dependente de drogas. Nos 
vimos uma única vez antes da audiência com a juíza", conta. Na audiência, Keila compareceu 
aparentemente alcoolizada - o que, segundo Maria do Carmo, demonstra as condições 
precárias em que vive. Ela confirmou que tentou praticar o aborto, mas disse estar 
"profundamente arrependida". Diante da situação, Keila foi absolvida sumariamente pela juíza 
Milena Repuo Rodrigues, que entendeu que, diante das condições expostas por Keila, a 
conduta dela foi legítima e ela não poderia ser responsabilizada pelo crime de prática de 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
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DIREITO PENAL III - 2.2015 
 
 
 
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aborto. Recurso. O promotor Marco Antônio Lélis Moreira, no entanto, não ficou satisfeito com 
a absolvição e recorreu ao Tribunal de Justiça. Na argumentação, Moreira diz que não há 
dúvida de que houve o aborto. E emenda: "É lamentável, em pleno século 21, uma mulher 
experiente não se utilizar dos meios impeditivos de uma gravidez paradepois, grávida, escolher 
a via criminosa do aborto e encontrar a benevolência do magistrado". Em entrevista ao Estado, 
o promotor Moreira diz que fez a denúncia contra Keila porque ela já tinha antecedentes 
criminais e porque ela não apresentou provas suficientes para demonstrar que vivia em 
condições sub humanas e seus dois filhos estavam sob a guarda da avó. "Além disso, ela 
confessou ter cometido o aborto. Essa ação vai servir de exemplo para a juventude da cidade 
prevenir a gravidez", afirmou o promotor. "No júri vou pedir a condenação de Keila como 
forma de prevenção geral. É uma punição moral para que as pessoas entendam que o aborto é 
criminoso", diz Moreira, admitindo que é raro que casos de aborto sejam denunciados e 
terminem em júri. A advogada Maria do Carmo diz que ficou surpresa com a decisão do TJ de 
mandá-la para júri popular. "Keila está arrependida. Tenho certeza de que os jurados vão 
absolvê-la." 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a vida, 
identifique. 
a) As figuras típicas do delito de aborto. 
Auto-aborto (ART. 124 CP) – Keila pagou R$ 100 por dois comprimidos Cytotec, um abortivo 
de uso restrito, comprados clandestinamente. Aborto praticado por terceiro c/ o 
consentimento da gestante (ART. 126) - No dia 31 de outubro de 2006, grávida de cinco 
meses, ela foi até o Hospital de Base de Rio Preto e colocou os comprimidos na vagina. 
 
b) O momento consumativo do delito de aborto. Responda de forma objetiva e 
fundamentada. 
Consuma-se no momento da eliminação intra-uterina, independentemente da expulsão do 
feto do útero materno. Configura-se como delito material. 
 
c) O fato da criança ter nascido e vindo a falecer após 20 dias de seu nascimento 
descaracteriza o delito de aborto? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
A causa morte da eliminação da vida teve origem quando esta vida ainda era intra-uterina, 
se é irrelevante se há expulsão do feto ou não, por conseguinte, não há diferença se a 
eliminação da vida se dá dentro ou fora do útero. A criança veio a óbito 20 dias depois, em 
decorrência de condutas praticadas quando ainda era vida intra-uterina, logo a eliminação 
da vida da criança caracteriza o delito de aborto. ART. 13, CAPUT CP. TEORIA DA 
EQUIVALÊNCIA DAS CONDIÇÕES. 
 
Questão 1 - Marcos e Rodrigo instigaram Juarez, que sofria de depressão, a cometer suicídio, 
pois, na condição de herdeiros do último, pretendiam a morte do mesmo por interesses 
econômicos. Ainda que Juarez tenha admitido firmemente a possibilidade de eliminar a 
própria vida, não praticou qualquer ato executório. Diante desse contexto, Marcos e Rodrigo: 
(FCC - 2014 - DPE-RS - Defensor Público). 
a) poderiam ter a pena reduzida de 1/3 a 1/2, se a pretensão tivesse caráter humanitário, de 
piedade, e a morte tivesse se consumado. 
b) deverão responder por tentativa de homicídio, visto que a ideia de ambos era eliminar a 
vida de Juarez para posterior enriquecimento. 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
4º SEMESTRE 
 
DIREITO PENAL III - 2.2015 
 
 
 
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c) serão responsabilizados pelo crime previsto no art. 122 do Código Penal, com redução da 
pena pelo fato de a vítima não ter atentado contra a própria vida, já que para a consumação 
do delito basta a mera conduta de instigar. 
d) não responderão pelo crime de instigação ao suicídio, pois não houve morte ou lesão 
corporal de natureza grave na vítima. 
e) responderiam por instigação ao suicídio, caso, no mínimo, Juarez atentasse contra a própria 
vida e tivesse ocasionado lesões corporais leves em seu corpo. 
 
Casos Concretos Aula 3 
Deyse Neves foi denunciada como incursa no delito tipificado no art. 1º, II, da Lei n.9455/1997, 
por ter havido, mediante a utilização de uma escova de cabelo de cabo de madeira e correia 
de cinto, agredido seu filho Wallace, de três anos de idade. Em juízo, confessou a ré ter tido 
como motivo das agressões físicas a negativa de seu filho em utilizar o banheiro para a 
realização de suas necessidades, bem como sua “pirraça” ao fazê-las no chão da sala de casa 
(fls.132/133). Restadas comprovadas autoria e materialidade das agressões e, consectárias 
lesões à integridade física da criança, o Ministério Público entendeu estarem presentes os 
elementos configuradores do delito de tortura e não do delito de maus-tratos, previsto no 
art.136, do Código Penal. 
Ante o exposto com base nos estudos realizados sobre o tema, indique, 
fundamentadamente, a correta tipificação à conduta de Deyse Neves, bem como diferencie 
os delitos supracitados. 
A questão versa sobre delito de tortura e maus tratos. 
Segundo TJRJ provada a autoria e materialidade das ofensas a integridade física da criança 
praticada pelo apelante e terceira pessoa. No crime de maus tratos ao indispensável (Animus 
corrigendi vel disciplinand), enquanto no delito de tortura a intenção é fazer com que a 
pessoa sofra, passando por suplício, causando padecimento. No delito previsto na lei 
especial o fim é a tortura, a utilização das agressões físicas e mentais. Já nos delitos de maus 
tratos a finalidade é a correção, podendo ter como meio o uso exagerado e inexplicável da 
violência. 
 
Questões 1 - (UNEB - 2014 - DPE-BA - Estágio Jurídico - Defensoria Pública) “Uma criança de 
um 1 ano e 9 meses morreu após ser atropelada pelo próprio pai na zona sul de Porto Alegre, 
no início da tarde desta segunda-feira (30). Conforme a Polícia Civil, o pai, de 31 anos, estava 
saindo de ré da garagem de casa e não viu o menino, que foi atingido pelo veículo. O 
atropelamento aconteceu na Rua Dona Mariana, na Restinga. 
A criança foi encaminhada para o Hospital Moinhos de Vento da Restinga, mas não resistiu aos 
ferimentos e morreu. A Delegacia de Trânsito instaurou inquérito para investigar o caso. O pai 
e um tio da criança, que presenciou o ocorrido, prestaram depoimento durante a tarde”. 
(ATROPELO. Disponível em: < gaucha.clicrbs.com.br>. Acesso em: 30 dez. 2013). 
Na hipótese narrada, o pai da criança responderá criminalmente por: 
a) lesão corporal seguida de morte. 
b) lesão corporal seguida de morte, na hipótese preterdolosa. 
c) homicídio culposo, porém será possível a extinção da punibilidade pelo perdão judicial. 
d) homicídio culposo, porém será possível a extinção da punibilidade pelo perdão do ofendido. 
e) homicídio culposo e lesão corporal culposa, porém será possível a extinção da punibilidade 
pelo perdão do ofendido. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
4º SEMESTRE 
 
DIREITO PENAL III - 2.2015 
 
 
 
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Questões 2 - Sobre os crimes de abandono de incapaz e exposição ou abandono de recém-
nascido, analise as assertivas abaixo: 
I. o delito de exposição ou abandono de recém-nascido, em face da pena, admite a transação 
penal prevista na Lei n.9099/1995 – Juizados Especiais Criminais. 
II. consumam-se com a efetiva exposição ou abandono, desde que resulte perigo concreto à 
vida ou à saúde da vítima. 
III. em relação ao sujeito ativo do delito configuram delitos especiais próprios. 
IV. o delito de exposição ou abandono de recém-nascido pode ser praticado por terceiro como 
forma de auxílio ao pai ou à mãe, não contudo, pelo terceiro, diretamente, sem a participação 
do pai ou da mãe. Estão certos apenas os itens: 
a) I e II. 
b) I, II e III. 
c) I, III e IV. 
d) I e IV. 
 
Casos Concretos Aula 4 
O gerente da empresa XYZ Ltda., pretendendo que a empregada Rosa das Neves, portadora de 
deficiência física, apresentasse sua demissão, passou a afirmarque ela estava desviando 
dinheiro do caixa e que fazia uso dos recursos para manter sua relação extraconjugal com um 
colega de trabalho. Estas afirmações foram realizadas reiteradamente para todos os colegas, 
por mais de três meses, levando Rosa a sentir-se em um ambiente de trabalho insustentável. O 
Juiz do Trabalho reconheceu a prática de assédio moral e determinou a expedição de ofício 
para apuração de delitos. (TRT 14R - 2014 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Juiz do Trabalho 
MODIFICADA). A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes 
contra a honra: 
a) Avalie a possibilidade de concurso de crimes entre os delitos de calúnia, difamação e 
injúria quando praticados no mesmo contexto fático. 
Todos são crimes contra a honra objetiva e subjetiva. 
 
b) Identifique as consequências jurídico-penais caso o gerente promova a retratação antes 
da prolação da sentença. 
Tem que observar o contraditório dos depoimentos. 
 
c) O fato de Rosa das Neves ser portadora de deficiência física possui relevância para a 
tipificação da conduta do gerente? 
Sim a prática de assédio moral e no qual o gerente poderá ser condenado, pelo crime de 
calúnia, difamação e injúria assim como os demais empregados que tenham reproduzido a 
história, sabendo que era falsa. 
 
Questões 1 - Com relação aos delitos contra a honra, leia atentamente as situações hipotéticas 
apresentadas abaixo: 
I. Funcionário público oferece representação contra colega entendendo-se ultrajado na sua 
honra, (em sua dignidade). Acionado criminalmente, o colega retratou-se. A referida 
retratação é irrelevante para o Direito Penal. 
II. Um indivíduo comparece à Delegacia Policial e oferece notícia de crime em face de terceiro, 
um desafeto seu, sendo certo que o noticiante imputou ao noticiado crime de que o sabia 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
4º SEMESTRE 
 
DIREITO PENAL III - 2.2015 
 
 
 
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inocente. Em decorrência da referida notícia foi instaurado inquérito policial. Neste caso, a 
conduta do noticiante encontra-se incursa no tipo penal da calúnia. 
III. Um indivíduo, maior e capaz, com o ânimo de ridicularizar um vizinho, portador de 
deficiência mental, o xinga de “idiota bobalhão”. Arrasado com a ofensa chora e conta aos 
seus pais e amigos que foi “humilhado”. Neste caso é correto afirmar que a conduta deste 
indivíduo será tipificada como injúria discriminatória. 
IV. Dois indivíduos, por motivo irrelevante, iniciam violenta discussão em um bar, no curso da 
qual um deles, despeja um copo de cerveja na cabeça do outro. A sua conduta configura a 
contravenção penal de vias de fato. Estão certos apenas os itens: 
A) I e II. 
B) I, e III. 
C) I, II e III IV. 
D) I, II e IV. 
 
2) Em cada uma das opções abaixo, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma 
assertiva a ser julgada de acordo com as disposições incriminadoras contidas no CP sobre os 
crimes contra a honra. Assinale a opção em que a assertiva está correta. 
I. Jonas, em conversa com vários colegas de trabalho, entre eles Hercílio, seu desafeto, referiu-
se a este dizendo “você é ladrão e hipócrita”. Nessa situação, a frase proferida por Jonas 
configura os delitos de calúnia e difamação em concurso formal, com causa de aumento de 
pena prevista na parte especial do CP. 
II. Adalto é negro e jogador de futebol profissional. Durante uma partida é chamado pelos 
torcedores do time adversário de macaco e lhe são atiradas bananas no meio do gramado. 
Caso sejam identificados os torcedores, é correto afirmar que, em tese, responderão pelo 
crime de injúria racial, nos termos do art. 140, § 3.º do Código Penal. 
III. Mariana entra em sala de aula e percebe que Jonas mexe na bolsa de Luiza. Jonas, na 
verdade, pegava na bolsa de Luiza um remédio, contando com a autorização da moça. Pouco 
tempo depois Luiza retorna para a sala e descobre que seu celular foi furtado. Mariana conta 
para todos que o autor da subtração foi Jonas, pois ela acreditava sinceramente que tivesse 
sido o rapaz, no entanto essa imputação foi falsa, porque logo depois se descobriu o celular 
em posse de um outro aluno na sala. A partir da premissa de oque Jonas tomou conhecimento 
das declarações feitas é correto afirmar que a conduta de Mariana configura os delitos de 
calúnia e injúria. 
IV. Clerivaldo, perante várias pessoas, afirmou falsamente que Marcelino, funcionário público 
aposentado, explorava a atividade ilícita do jogo do bicho, quando exercia as funções públicas. 
Ante a imputação falsa, é correto afirmar que Clerivaldo cometeu o crime de difamação, 
admitindo-se a exceção da verdade. Estão certos apenas os itens: 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) I, II e III IV. 
D) I, II e IV. 
 
Casos Concretos Aula 5 
Walter Weber, conhecido por seu comportamento agressivo, foi denunciado e condenado 
como incurso nas sanções do art. 147 do Código Penal, a uma pena de 03 (três) meses de 
detenção, substituída por uma pena restritiva de direitos, consistente na prestação de serviços 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
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DIREITO PENAL III - 2.2015 
 
 
 
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à comunidade, durante três meses, à razão de 07 (sete) horas semanais, por ter havido, no dia 
05 de maio de 2010, por volta das 19 horas, ameaçado sua ex companheira Jacinta Silva, por 
meio da utilização de um facão. A referida conduta teve por elemento propulsor o fato de 
Walter não aceitar a separação do casal. Consoante provas testemunhais (fls.101/102) dos 
vizinhos, que a tudo assistiram, haja vista a conduta de Walter ter sido praticada no portão da 
garagem da casa do então casal, Walter teria ameaçado Jacinta de matá-la caso a visse com 
outro homem. Inconformado com a decisão interpôs recurso inominado, com vistas à reforma 
da decisão e consequente absolvição por insuficiência de provas, bem como sustentou, que o 
fato não passara de uma mera discussão entre marido e mulher não tendo a mulher prestado 
queixa. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a 
liberdade individual, identifique. 
a) Os elementos da figura típica de ameaça e seu momento consumativo. Responda de 
forma objetiva e fundamentada. 
Momento consumativo, o momento da própria ameaça, não se exige que a vítima se sinta 
amedrontada, mas ela precisa tomar ciência da ameaça. O recurso não deve ser provido, 
pois Walter cometeu o crime tipificado no artigo 147 do CP (Ameaçar alguém, por palavra, 
escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave). 
 
b) A natureza da ação penal aplicável ao caso. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Ação pública condicionada a representação. 
 
Questão 1 - Uma mulher apaixonada por um homem que inobstante tentar conquistá-lo de 
todas as formas, não consegue lograr êxito em seu intento. Assim, sendo, de porte de uma 
arma de fogo, empregando ameaça, obriga o homem indefeso à prática de relações sexuais, 
restando consumado, portanto o crime de: (Prova: CRSP - PMMG - 2014 - PM-MG. Modificada) 
a) Constrangimento ilegal. 
b) Violação sexual mediante fraude. 
c) Ameaça. 
d) Estupro. 
 
Questão 2 - Manoel invadiu o computador de Paulo sem autorização deste e alterou várias 
informações do proprietário do computador, inclusive violando indevidamente seu mecanismo 
de segurança, em troca de um carro. Assim, Manoel: (Prova: FUNCAB - 2013 - PC-ES). 
a) não praticou crime. 
b) praticou o crime de invasão de dispositivo informático (artigo 154-Ado CP). 
c) praticou o crime de estelionato(artigo 171 do CP). 
d) praticou o crime de inserção de dados falsos em sistema de informação (artigo 313-Ado CP). 
e) praticou o crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações 
(artigo 313-B do CP). 
 
Casos Concretos Aula 6 
Roberto Carlos, profissional autônomo, conhecido na pequena cidade em que trabalha pela 
qualidade de seus serviços nas reformas de cozinhas e banheiros foi surpreendido em 
determinado dia, durante o horário de almoço, pela subtração de sua máquina de cortar 
cerâmica. Desesperado por tratar-se de maquinário indispensável à sua atividade laborativa 
perguntou a todos os conhecidos sobre o ocorrido. Alguns dias após a subtração encontrou a 
máquina jogada à porta da casa na qual estava trabalhando. Os moradores da casa viram 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
4º SEMESTRE 
 
DIREITO PENAL III - 2.2015 
 
 
 
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quando um homem, identificado posteriormente como Leozinho, a jogou na porta e saiu 
correndo. Dos fatos, Leozinho restou denunciado pela conduta incursa no art.155, caput, do 
Código Penal. Inconformado alegou em defesa a aplicação do princípio da insignificância com 
vistas à exclusão da tipicidade material de sua conduta e, sucessivamente, a isenção de pena 
em decorrência da devolução da máquina e consequente ausência de prejuízo a Roberto 
Carlos. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre o crime de furto, 
responda de forma objetiva e fundamentada: 
a) A defesa deve prosperar? 
Não deve prosperar, pois como houve a subtração do bem, ocorreu a consumação do furto, e 
não podendo ser aplicado o princípio da insignificância pois o bem furtado não é de pequeno 
valor, e não há a exclusão da tipicidade material, pois a subtração não foi insignificante. 
 
b) O fato de Leozinho ter restituído a máquina de cortar cerâmica poucos dias após a 
subtração possui alguma relevância jurídico-penal? Caso a res furtiva fosse restituída no 
curso da ação penal a reposta seria a mesma? 
Sim, com base no art. 16 do CP houve arrependimento posterior, podendo a pena ser 
reduzida de um a dois terços. Não, a resposta seria diferente, pois para configurar 
arrependimento posterior, a restrição do bem deve ocorrer até o recebimento da denúncia 
ou queixa. 
 
Questão1 - No dia 14 de setembro de 2014, por volta das 20h, José, primário e de bons 
antecedentes, tentou subtrair para si, mediante escalada de um muro de 1,70 metros de 
altura, vários pedaços de fios duplos de cobre da rede elétrica avaliados em, 
aproximadamente, R$ 100,00 (cem reais) á época dos fatos. Sobre o caso apresentado, 
segundo entendimento sumulado do STJ, assinale a afirmativa correta. (FGV - 2014 - OAB - 
Exame de Ordem Unificado - XV - Tipo 1 – Branca). 
a) É possível o reconhecimento do furto qualificado privilegiado independentemente do 
preenchimento cumulativo dos requisitos previstos no Art. 155, § 2º, do CP. 
b) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no Art. 155, § 2º, do CP nos casos de 
crime de furto qualificado se estiverem presentes a primariedade do agente e o pequeno 
valor da coisa, e se a qualificadora for de ordem objetiva. 
c) Não é possível o reconhecimento do privilégio previsto no Art. 155, § 2º, do CP nos casos de 
crime de furto qualificado, mesmo que estejam presentes a primariedade do agente e o 
pequeno valor da coisa, e se a qualificadora for de ordem objetiva. 
d) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no Art. 155, § 2º, do CP nos casos de 
crime de furto qualificado se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor 
da coisa, e se a qualificadora for de ordem subjetiva. 
 
Questão 2 - Em relação ao delito de furto, analise as assertivas abaixo e assinale a opção 
correta: 
I. A diferença entre o furto mediante fraude e estelionato reside na forma pela qual o agente 
se apropria da coisa, pois enquanto no primeiro a vítima não percebe que a coisa lhe está 
sendo retirada, no segundo é a própria vítima que entrega a coisa ao agente. 
II. De acordo com o entendimento majoritário da doutrina, para caracterização da majorante 
do abuso de confiança basta a relação empregatícia com vínculo permanente. 
 
 
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III. Agente que subtrai para si energia elétrica alheia de pequeno valor, fazendo-o em concurso 
de pessoas, sendo ambos absolutamente primários, à luz da jurisprudência hoje dominante no 
Superior Tribunal de Justiça, pratica furto qualificado-privilegiado. 
IV. Júnior, jovem de 20 anos, furta R$ 5.000,00 de seu próprio pai, Claudionor, de 53 anos. 
Nesta situação, Júnior responde pelo crime de furto agravado. 
São corretas apenas as assertivas: 
a) I e II; 
b) I, II e III; 
c) I e III; 
d) I, III e IV. 
e) I, II e III. 
 
Casos Concretos Aula 7 
Por volta das 7h de uma segunda feira, Jesuíno e Lorrany, casal de namorados, ambos de 20 
anos, abordaram o carro de Cláudia, parada em um semáforo em frente à escola do seu filho 
após deixá-lo. Jesuíno portava um revólver calibre 38 municiado e obrigou Cláudia a sentar no 
banco de trás do veículo ao lado de Lorrany. Jesuíno conduziu o veículo até a esquina mais 
próxima onde, então, Wallace Augusto entrou no carro e sentou-se na frente, no banco do 
carona portando a arma de Jesuíno apontada para a cabeça de Cláudia. Circularam por cerca 
de duas horas com a vítima fazendo com que esta efetuasse diversos saques de sua conta 
corrente e cartões de crédito em caixas eletrônicos quando, então, decidiram por largá-la no 
local em que havia sido rendida. Os agentes fugiram com o veículo, todavia alguns funcionários 
da escola que conheciam Cláudia viram o que acontecia e avisaram à Polícia, vendo ainda que 
os dois criminosos apanharam um homem que os aguardava nas cercanias. Dos fatos, restou 
provado no curso da ação penal que Jesuíno, Lorrany e Wallace Augusto associaram-se de 
forma estável e permanente para a prática de crimes contra o patrimônio. A partir do caso 
concreto narrado, com base nos estudos realizados sobre os delitos de roubo, extorsão e 
extorsão mediante sequestro identifique: 
a) A correta tipificação das condutas. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Roubo - É crime pluriofensivo (patrimônio e integridade). Trata-se de crime complexo, 
resultando da fusão de duas figuras típicas: furto e constrangimento ilegal. Consuma-se no 
momento em que o agente se torna possuidor da coisa (T. da amotio – posse da coisa). A 
vítima do roubo, diferentemente do que ocorre no furto, não precisa ter diminuição de seu 
patrimônio. Não precisa ser o dono ou o possuidor da coisa. Ex.: pessoa que tenta impedir 
um roubo poderá ser vítima. Obs.: A ação penal é pública incondicionada em qualquer 
modalidade. 
Extorsão - muito semelhante ao roubo. É crime pluriofensivo. Cleber Masson defende não se 
tratar de crime complexo, pois é espécie do gênero “constrangimento ilegal”. Para Rogério 
Sanches, a vítima poderá ser pessoa física ou jurídica (aspecto patrimonial). Não há previsão 
legal para o emprego de violência imprópria. Ação penal: sempre pública incondicionada. 
Extorsão mediante sequestro - É crime hediondo, de natureza permanente. A prisão pode ser 
efetuada a qualquer momento (art. 303, do CPP). O termo “qualquer vantagem” se refere ao 
patrimônio da vítima ou de terceiro, pois o delito está no capítulo dos crimes contra o 
patrimônio. Damásio defende uma interpretação literal. Note que a consumação se estende 
no tempo (súmula 711, STF) ea vantagem deve ser econômica (do contrário será apenas 
 
 
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sequestro ou cárcere privado). Caso a vantagem seja impossível, não haverá extorsão; e se 
proveniente de dívida 711, STF) e a vantagem deve ser econômica (do contrário será apenas 
sequestro ou cárcere privado). Caso a vantagem seja impossível, não haverá extorsão; e se 
proveniente de dívida de jogo ou prescrita será constrangimento ilegal. Lembre que a 
vantagem deve ser econômica e indevida. 
Podemos afirmar que outra qualidade do crime de sequestro é a subsidiariedade. Isso 
significa que, em grande parte dos casos, ele é praticado, na realidade, para o cometimento 
de outro crime, podendo nessas hipóteses ser absorvido pelo delito-fim, dependendo do caso 
in concreto. 
 
b) Caso os agentes sejam denunciados pelas condutas contra o patrimônio com a majorante 
e ou qualificadora resultante de concurso de pessoas, é possível a cumulação de penas com o 
delito de associação criminosa? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Sim com base nos (Art. 288: Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de 
cometer crimes. Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada 
ou se houver a participação de criança ou adolescente e (Art. 69: Quando o agente, mediante 
mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se 
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de 
aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela), § 1º 
e 2º 
 
c) Caso no momento em que Cláudia fosse rendida pelos agentes, tivesse reagido e levado 
um tiro de Jesuíno que empreendeu fuga deixando a vítima ferida, qual seria a correta 
tipificação da conduta de Jesuíno? 
A correta tipificação seria de o delito de extorsão na modalidade qualificada art. 158 §2º 
aplica-se o art. 157 §3º pena de reclusão de 7 a 15 anos, além de multa. 
 
Questão 1 - Em relação aos delitos de extorsão e extorsão mediante sequestro, previstos nos 
arts.158 e 159, do Código Penal, analise as assertivas abaixo: 
I. São considerados delitos hediondos, independentemente da produção do resultado mais 
gravoso lesão corporal de natureza grave ou morte. 
II. O denominado "sequestro relâmpago" configura-se como uma qualificadora do delito de 
extorsão mediante sequestro e é considerado delito hediondo. 
III. Os delitos de extorsão e roubo possuem como elemento distintivo a prescindibilidade do 
comportamento da vítima no roubo. 
IV. A extorsão é uma espécie de constrangimento ilegal, diferenciando-se deste em 
decorrência da natureza da vantagem almejada. 
São corretas apenas as assertivas: 
a) I e II; 
b) I, II e III; 
c) I, II e IV; 
d) II, III e IV. 
e) III e IV. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
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Questão 2 - Após terem subtraído significativa quantia de dinheiro de um estabelecimento 
comercial, mediante grave ameaça, objetivando a detenção da res furtiva e a impunidade do 
crime, os agentes efetuaram disparos de arma de fogo contra policiais militares que os 
aguardavam na porta do estabelecimento. Embora não tenham conseguido fugir da ação 
policial e nem atingir nenhum dos milicianos, os agentes atuaram com evidente animus 
necandi em relação aos policiais militares. Conforme o atual entendimento do Superior 
Tribunal de Justiça, nesse caso, ocorreu (FUNDEP - 2014 - DPE-MG - Defensor Público) 
a) roubo consumado em concurso material com homicídio tentado. 
b) roubo tentado em concurso material com resistência. 
c) latrocínio consumado. 
d) latrocínio tentado. 
 
Casos Concretos Aula 8 
Claudinei Bom de Papo, proprietário de um veículo BMW, ano 1995, decide convidar Anabellla, 
colega de faculdade, para jantar em um caro restaurante próximo à casa da jovem a fim de 
impressioná-la. Combina de se encontrarem às 21h na porta do restaurante. Ao término do 
jantar romântico, Claudinei Bom de Papo estende o convite para um cineminha próximo à sua 
casa e pede que Anabella o acompanhe até o serviço de manobrista do restaurante para que 
ele possa retirar seu BMW. Poucos minutos após entregar o ticket de estacionamento ao 
manobrista recebe seu carro com um pequeno plus fornecido pelo restaurante? outro carro, 
BMW, da mesma cor, mas 20 anos mais novo. Ciente do engano do manobrista e sem tecer 
qualquer comentário pega as chaves de seu novo carro e vai embora do restaurante com 
Anabella. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra o 
patrimônio, responda de forma objetiva e fundamentada: sendo certo que Claudinei Bom de 
Papo não provocou o engano e tampouco não o informou ao manobrista qual a correta 
tipificação de sua conduta? 
A conduta de estelionato art. 171. Obter para si o para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo 
alheio, indevido ou mantendo alguém em erro, mediante artificio, ardil, ou qualquer outro 
meio fraudulento. 
 
Questão 1 - Determinado sujeito, que acabara de se desiludir amorosamente, decide matar 
sua até então namorada. Toma emprestado o automóvel de seu vizinho e, durante o trajeto, 
por descuido, abalroa gravemente um outro veículo, causando sério prejuízo material. Mas, 
faltando-lhe coragem para consumar o homicídio, estaciona próximo a um bar, às portas da 
casa de sua ex-namorada e intencionalmente se embriaga, a fim de ganhar valentia para 
executar seu plano. Abandona o veículo, vai a pé até a casa da ex-namorada e, mediante 
asfixia, tira-lhe a vida. À luz do Direito Penal, o sujeito cometeu: (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz 
Substituto) 
a) dano e homicídio duplamente majorado, pela embriaguez dolosa e asfixia. 
b) homicídio qualificado pela asfixia. 
c) homicídio qualificado pela asfixia e agravado pela embriaguez pré-ordenada (Art. 61, II, L 
CF). 
d) dano e homicídio qualificado pela asfixia, em concurso material. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
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Questão 2 - Jonas Esperto, assistente de Eleonora, designer de interiores, mantém união 
estável com esta. Certo dia, após perder muito dinheiro apostando em cavalos sem que sua 
companheira soubesse, pois havia pego emprestado de sua amada o dinheiro utilizado para as 
apostas, decide simular um sequestro a fim de obter, não só o valor perdido, mas também, 
mais dinheiro para futuras apostas. Procura um velho amigo, Beto Faz Tudo e o contrata para 
forjar o sequestro de sua companheira. Acordam que o valor do resgate será divido na 
porcentagem de 70% e 30%, já que ele ficou responsável pelo planejamento da operação por 
conhecer com riqueza de detalhes os horários de Eleonora. Realizada a empreitada criminosa, 
chega o momento da exigência do preço do resgate ao companheiro e aos filhos de Eleonora. 
Durante a conversa de Jonas Esperto com o sequestrador, Carlos Norberto Filho, filho de 
Eleonora descobre que Jonas foi o responsável por toda a organização do sequestro. Ante o 
exposto, com base nos estudos sobre os crimes contra o patrimônio é correto afirmar que a 
conduta de Jonas Esperto configura: 
a) sequestro, mas será isento de pena. 
b) estelionato, mas será isento de pena. 
c) extorsão mediante sequestro na forma tentada.d) extorsão mediante sequestro consumado. 
e) extorsão mediante sequestro consumada, mas será isento de pena. 
 
Casos Concretos Aula 9 
STJ reforma decisão e condena homem por estuprar enteada Mariângela Gallucci – O Estado 
de S. Paulo 26 Agosto 2014, 16h 24 Disponível em: 
http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,stj-reforma-decisao-e-condenahomem-por-
estuprar-enteada,1549894 
O relator do caso fez críticas aos argumentos utilizados nas decisões das instâncias inferiores 
que haviam inocentado BRASÍLIA - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reformou decisão do 
Judiciário paulista que havia absolvido um homem acusado de praticar sexo com a enteada de 
13 anos. Por unanimidade, os ministros da 6ª. Turma do STJ decidiram condená-lo. O processo 
será encaminhado ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo para que a pena seja fixada. Relator 
do caso, o ministro Rogerio Schietti Cruz fez críticas aos argumentos utilizados nas decisões 
das instâncias inferiores da Justiça, que tinham absolvido o padrasto. 
"Repudiáveis os fundamentos empregados pela magistrada de primeiro grau e pelo relator do 
acórdão impugnado (no TJ) para absolver o recorrido, reproduzindo um padrão de 
comportamento judicial tipicamente patriarcal, amiúde observado em processos por crimes 
dessa natureza, nos quais o julgamento recai inicialmente sobre a vítima para somente a partir 
daí julgar-se o réu", afirmou. 
Para os ministros do STJ, a presunção de violência nos crimes de estupro e atentado violento 
ao pudor contra menores de 14 anos tem caráter absoluto. "A interpretação que vem se 
firmando sobre tal dispositivo é no sentido de que responde por estupro o agente que, mesmo 
sem violência real, e ainda que mediante anuência da vítima, mantém relações sexuais (ou 
qualquer ato libidinoso) com menor de 14 anos", disse o relator. O caso chegou à Justiça após 
o padrasto ter sido denunciado pela própria companheira. A juíza de 1ª. Instância concluiu que 
a menina não foi vítima de violência presumida porque "se mostrou determinada para 
consumar o coito anal com o padrasto". "O que fez foi de livre e espontânea vontade, sem 
coação, ameaça, violência ou temor. Mais: a moça quis repetir e assim o fez", disse: "A vítima 
 
 
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foi etiquetada como uma adolescente desvencilhada de preconceitos, muito segura e 
informada sobre os assuntos da sexualidade, pois 'sabia o que fazia'. Julgou-se a vítima, pois, 
afinal, 'não se trata de pessoa ingênua'. Desse modo, tangenciou-se a tarefa precípua do juiz 
de direito criminal, que é a de julgar o réu, ou, antes, o fato delituoso a ele atribuído", concluiu 
Schietti. 
A partir do caso concreto narrado, identifique: 
a) Quais os reflexos da caracterização da expressão vulnerabilidade como absoluta ou 
relativa? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Recurso experimental Sumula STJ 
 
b) Nos casos de estupro contra vulnerável quem possui legitimidade para a propositura da 
ação penal? 
O Ministério Público, mediante ação penal pública incondicionada. (Art. 225 CF). 
c) O fato da conduta ter sido praticada pelo padrasto da vítima possui alguma relevância 
jurídica para fins de aplicação de pena? 
A pena é aumentada de metade se o agente é padrasto da vítima (Art. 226 CP). 
 
d) Caso na situação descrita a vítima tivesse 14 anos e a relação sexual fosse oriunda de 
grave ameaça proferida pelo padrasto as respostas anteriores se alterariam? Responda de 
forma objetiva e fundamentada. 
A propositura da ação penal ainda será do MP, e a pena é aumentada de metade se o 
agente é padrasto da vítima. 
 
Questão 1 - José, rapaz de 23 anos, acredita ter poderes espirituais excepcionais, sendo certo 
que todos conhecem esse seu dom, já que ele o anuncia amplamente. Ocorre que José está 
apaixonado por Maria, jovem de 14 anos, mas não é correspondido. Objetivando manter 
relações sexuais com Maria e conhecendo o misticismo de sua vítima, José a faz acreditar que 
ela sofre de um mal espiritual, o qual só pode ser sanado por meio de um ritual mágico de cura 
e purificação, que consiste em manter relações sexuais com alguém espiritualmente 
capacitado a retirar o malefício. José diz para Maria que, se fosse para livrá-la daquilo, 
aceitaria de bom grado colaborar no ritual de cura e purificação. Maria, muito assustada com a 
notícia, aceita e mantém, de forma consentida, relação sexual com José, o qual fica muito 
satisfeito por ter conseguido enganá-la e, ainda, satisfazer seu intento, embora tenha ficado 
um pouco frustrado por ter descoberto que Maria não era mais virgem. (FGV - 2013 - OAB - 
Exame de Ordem Unificado - X - Primeira Fase) Com base na situação descrita, assinale a 
alternativa que indica o crime que José praticou. 
a) Corrupção de menores (Art. 218, do CP). 
b) Violência sexual mediante fraude (Art. 215, do CP). 
c) Estupro qualificado (Art. 213, § 1º, parte final, do CP). 
d) Estupro de vulnerável (Art. 217-A, do CP). 
 
Questão 2 - Jorge, diretor financeiro de uma grande empresa, há semanas vem chamando sua 
secretária Luiza para saírem juntos. Como Luiza recusa todos os convites, Jorge, auxiliado por 
Pedro que trabalha como motoboy na mesma empresa, ameaça Luiza dizendo que, caso ela 
não vá a um motel com ele, no dia seguinte estará demitida. Luiza, mais uma vez, recusa a 
 
 
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ceder e, muito abalada psicologicamente, leva o fato ao conhecimento do Presidente da 
empresa a fim de que as devidas providências sejam tomadas em relação a Jorge e Pedro. 
Diante dos fatos, é correto afirmar que: 
a) Jorge e Pedro responderão por assédio sexual consumado. 
b) Jorge responde por assédio sexual tentado, pois não conseguiu obter favorecimento sexual, 
e Pedro não responde por nenhum crime, pois não é superior hierárquico da vítima. 
c) Jorge e Pedro responderão por assédio sexual tentado, pois não houve a obtenção de 
favorecimento sexual. 
d) Jorge responderá por assédio sexual consumado e Pedro pelo delito de constrangimento 
ilegal, pois não é superior hierárquico da vítima. 
 
Questão 3 - Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, 
na ordem em que aparecem (MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça) Durante o festival 
de balonismo, na cidade de Torres, Afonso Dias, 52 anos, deslocou-se até a Boate Cristal para 
festejar a sua classificação no evento. No recinto, conheceu o transformista Maitê, 21 anos, 
convidando-o para acompanhá-lo na comemoração. Enquanto conversavam, Afonso 
disfarçadamente colocou uma substância na bebida de Maitê, que o levou a perder os 
sentidos. Na sequência, conduziu o transformista desmaiado, sem poder oferecer resistência, 
até seu carro, onde praticou com ele sexo anal. No dia seguinte, Maitê registrou o fato 
delituoso contra Afonso na Delegacia de Polícia e adotou as medidas necessárias para 
responsabilizá-lo. No presente caso, o crime praticado pelo agente é o de estupro de 
vulnerável é a ação penal correspondente é pública incondicionada. 
a) estupro de vulnerável - pública incondicionada. 
b) estupro - pública incondicionada. 
c) violação sexual mediante fraude - pública condicionada à representação. 
d) estupro - pública condicionada à representação. 
e) violação sexual mediante fraude - privada. 
 
Casos Concretos Aula 10 
Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da empresa de 
propagandana qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do 
mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar 
por um tempo como garotas de programa para seu sustento. A fim de evitar chamar a atenção 
de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos encontros. 
Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela administração do local, recebendo 
parte do dinheiro obtido por suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do 
aluguel, anúncios, empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as 
próprias colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam. Passados alguns 
meses do início das atividades, após diversas notificações às jovens reclamando sobre o 
excessivo movimento de estranhos no edifício, o síndico, desconfiado das atividades lá 
realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos 
no local. Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações 
telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de 
Luana, Vanessa e Isabela. Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta 
 
 
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descrita no art.229, do Código Penal, sendo cumulada à conduta de Luana a figura típica do 
art.230, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a moderna teoria do delito, quais as 
possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela? Responda de 
forma objetiva e fundamentada. 
Lei 9296/96 – lei de interceptação telefônica (especifica para crimes dolosos). Jurisprudência 
– própria casa não caracteriza casa de prostituição. 
 
Questão 1 - Com relação aos crimes de lenocínio tráfico de pessoa para fim de prostituição ou 
outra forma de exploração sexual analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: 
I. Agente que aluga imóvel para a montagem de casa de prostituição, sabendo da finalidade do 
locatário sem, contudo, ter qualquer envolvimento com a referida exploração sexual não 
poderá ser responsabilizado pela conduta prevista no art.229, do CP. 
II. No delito de casa de prostituição tutela-se o interesse da coletividade de modo a evitar a 
proliferação de todas as formas de lenocínio. 
III. Para a consumação do delito de casa de prostituição é prescindível a prática efetiva de ato 
libidinoso, bem como a finalidade de lucro. 
IV. Agente que utiliza residência alheia, com habitualidade, para a prática da prostituição não 
pratica a conduta no art.229, do CP. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) II, III e IV. 
d) I e III. 
 
Questão 2 - Com relação aos crimes de lenocínio tráfico de pessoa para fim de prostituição ou 
outra forma de exploração sexual e aos crimes de ultraje público ao pudor analise as assertivas 
abaixo e assinale a opção correta: 
I. Configura o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual 
de criança ou adolescente ou de vulnerável, submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra 
forma de exploração sexual, alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, 
impedir ou dificultar que a abandone. 
II. O crime de tráfico de pessoas poderá ser caracterizado ainda que haja consentimento da 
vítima. 
III. Os processos em que se apurarem crimes, tráfico internacional de pessoa para fim de 
exploração sexual e tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual correm em 
segredo de justiça, mas o mesmo não ocorre em relação ao crime de rufianismo. 
IV. A conduta de casal que, durante exibição de filme, aproveita-se do escuro do ambiente e é 
flagrado mantendo relações sexuais, em tese configura ato obsceno. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) II, III e IV. 
d) I e III. 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
4º SEMESTRE 
 
DIREITO PENAL III - 2.2015 
 
 
 
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Casos Concretos Aula 11 
Claudirene, às 20 horas do dia 15 de março de 1994, deu à luz um menino na única 
maternidade existente na pequena cidade onde morava. Ocorre, porém, que tão logo sai da 
maternidade, Claudirene, que havia sido abandonada pelo pai da criança e não desejava criá-la 
sozinha, acaba por entregar o recém-nascido para Lúcia, uma velha conhecida sua. Esta, 
visando evitar o trâmite legal do processo de adoção, registra o menino como sendo seu filho, 
levando-o para morar com ela em uma cidade distante. Em janeiro de 2010, o ex companheiro 
de Claudirene a procurou, pois desejava conhecer o filho que havia abandonado dezesseis 
anos antes. Ao tomar conhecimento do que havia acontecido, vai até a Delegacia de Polícia e 
relata o fato às autoridades. Instaurado inquérito policial, Lúcia acaba sendo indiciada pelo 
crime previsto no art. 242, do Código Penal. Seu advogado, no entanto, impetra habeas corpus 
visando obter o arquivamento do procedimento inquisitorial em razão da ocorrência de 
prescrição da pretensão punitiva. Com base nos estudos realizados, diga 
fundamentadamente se deve prosperar a pretensão defensiva. 
Não prospera, SUMULA 400 – STJ 
 
Questão 1 - Sobre os crimes contra a família, analise as assertivas abaixo e assinale a opção 
correta: 
I. Maria Clara, pobre e desempregada, sem condições de criar o sexto filho recém nascido, 
entregou a criança a Ludmila, que, de comum acordo com o marido André , e juntamente com 
este, registrou em cartório a menina como se fosse filha do casal. Nessa hipótese, Ludmila e 
André devem responder por falsidade ideológica, configurada como crime contra a fé pública. 
II. No delito de subtração de incapazes (art. 249 do CP), havendo a restituição do menor ou do 
interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações, o Juiz pode deixar de aplicar pena. 
III. João Bonitão casou-se com Maria Linda exclusivamente no religioso. Sendo certo que o 
casamento não produziu efeitos civis, casa-se novamente, desta vez com produção de efeitos 
civis com Bella. Nesta situação é correto afirmar que a conduta de João Bonitão não configura 
o crime de bigamia. 
IV. Aquela que, penalmente responsável, registrar, como seu, filho recém-nascido de outra 
mulher, alterando formalmente seu estado civil, responderá pelo crime de supressão ou 
alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido em concurso formal com o 
crime de falsidade decorrente da inscrição falsa no registro de nascimento da criança. 
De acordo com o Código Penal Brasileiro e o entendimento pacificado pelos Tribunais 
Superiores, estão corretos apenas os itens: 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) III e IV. 
 
Casos Concretos Aula 12 
Jonas Maurílio foi denunciado pela prática das seguintes condutas, in verbis: Consta do 
presente Inquérito Policial que no dia 10 de julho de 2014, por volta das 20:00 horas, na Rua..., 
nº..., Bairro..., nesta capital, o denunciado JONAS MAURÍLIO ameaçou causar mal injusto e 
grave à vítima Maria Amália, sua cunhada, pois a filha desta, sobrinha de JONAS MAURÍLIO, 
 
 
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pegou emprestadoum ventilador na casa do autor para utilizar em conjunto com a mãe e o 
irmãozinho caçula. JONAS MAURÍLIO, irritado, armou-se com uma faca e disse à vítima que 
"iria pegar o ventilador de qualquer jeito, que esfaquearia Maria Amália, pois não se simpatiza 
com a mesma" (sic). Ato contínuo, o denunciado causou incêndio na cama da filha de Maria 
Amália que havia pego o aparelho de sua residência, que fica encostado na parede que faz 
divisão com o imóvel de Maria Amália, visto que as casas são geminadas, expondo a perigo a 
vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem. No local, encontrava-se a outra filha da 
vítima e sobrinha do agente, uma criança de apenas 02(dois) anos. Em momento posterior, ao 
ser detido por policiais militares, novamente proferiu ameaças à vítima, dizendo-lhe que "não 
ficaria preso e seria liberado, mas quando ele saísse, a situação ficaria pior para a vítima". A 
vítima representou criminalmente contra o denunciado (fls. X). Insta salientar que o 
denunciado possui outros boletins de ocorrência com suposta prática de delitos desta 
natureza (violência doméstica), conforme fls.X2. A partir do caso concreto narrado, 
identifique a correta tipificação da conduta de JONAS MAURÍLIO. 
Crime de ameaça art. 147, C.P. – causar mal injusto e grave, ação penal pública 
condicionada. 
Crime de dano art. 163, C.P. – causou dano por motivo egoístico, ação penal privada. 
Crime de perigo a vida – art. 132, C.P. crime subsidiário, ação penal pública incondicionada. 
 
Questão 1 - José, mestre de obras, foi contratado para realizar a reforma de um escritório no 
centro da cidade de Niterói. Durante a reforma, José, sem analisar a planta do edifício, derruba 
uma parede do escritório, com o intuito de unir duas salas contíguas. Dois dias após a 
derrubada da parede, o prédio desaba, e, no desabamento, morre uma pessoa que estava no 
local na hora da queda. A perícia consegue apurar que a queda foi provocada pela obra 
realizada por José, que não poderia derrubar a parede, pois esta seria estrutural no edifício. 
Diante dos fatos narrados, assinale a opção que indica a responsabilidade penal de José. (FGV - 
2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIV - Primeira Fase) 
a) Desabamento doloso em concurso formal com o crime de homicídio doloso. 
b) Desabamento doloso em concurso material com o crime de homicídio culposo. 
c) Desabamento culposo, circunstanciado pela causa de aumento de pena em razão da morte 
culposa da vítima. 
d) Desabamento culposo, circunstanciado pela causa de aumento de pena em razão da morte 
dolosa da vítima. 
 
Questão 2 - Sobre os crimes contra a incolumidade pública, leia as assertivas abaixo e assinale 
a opção correta: 
I. Em se tratando de crimes de incêndio e explosão, admite-se o concurso de crimes, 
afastando-se a aplicação do princípio da consunção. 
II. A fabricação de substância explosiva constitui crime contra a incolumidade pública, 
tipificado no CP; a fabricação de engenho ou artefato explosivo é crime previsto na lei que 
trata do registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição; se o artefato ou 
engenho explosivo for mina terrestre antipessoal, a conduta constitui crime previsto em lei 
específica. 
III. No crime de curandeirismo, o agente ilicitamente exerce atividade de diagnosticar e 
prescrever substâncias ao paciente. 
 
 
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IV. Agente que, sem autorização legal, prático em odontologia, habitualmente clínica de forma 
gratuita em comunidades carentes não pratica infração penal face à gratuidade de sua 
conduta. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I, II e III. 
d) I, II e IV. 
 
Casos Concretos Aula 13 
Olimar, Lucivaldo e Hergílio com unidade de vontade e desígnios, no dia 20 de dezembro de 
2012, por volta das 20h, mediante grave ameaça exercida com arma de fogo, subtraíram para 
si um telefone celular e um tablet de Antônio Pereira, quando este saía do estacionamento do 
shopping center Vilaverde. Ato contínuo, abordaram o veículo que vinha logo atrás de Antônio 
Pereira e subtraíram quinhentos reais em espécie e, ao tentar subtrair o veículo modelo Focus, 
marca Ford, placa EDV-XXXX, de São Paulo, de propriedade de Marilene Mendes foram presos 
em flagrante. Após instrução probatória, Olimar restou condenado à pena de 20 anos, 6 meses 
e 22 dias de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime fechado, pela prática dos crimes 
de roubo qualificado (art.157,§2º, I e II, CP) duas vezes, em concurso material,(art.69, CP) 
roubo qualificado na forma tentada (art.157,§2º, I e II, n.f art. 14, II, ambos do CP) e associação 
criminosa armada (art.288, parágrafo único, CP), em concurso material de crimes. 
Inconformado com a decisão condenatória a defesa de interpôs recurso de apelação com 
vistas, dentre outros pedidos, à exclusão da causa de aumento do parágrafo único do art.288, 
do Código Penal sob o argumento de configurar-se bis in idem, bem como ao reconhecimento 
da continuidade delitiva entre os delitos e não concurso material, como aplicado. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema responda de forma objetiva e 
fundamentada se os pedidos deverão ser julgados procedentes. 
Segundo posicionamento do STF é admissível o concurso entre os crimes de associação 
criminosa (quadrilha) e de furto qualificado, não se configurando bis in idem, pois o crime de 
quadrilha se consuma pela simples associação e não pela participação conjunta das pessoas 
associadas. HC 77.485-9. Rel. Min. Mauricio Correa (Art. 69 CP). 
 
Questão 1 - No que se refere aos crimes contra a paz pública, assinale a alternativa 
INCORRETA: (UESPI - 2014 - PC-PI - Delegado de Polícia) 
a) O art.288-A do Código Penal brasileiro constitui um tipo penal aberto, posto que o legislador 
deixara de definir o que se pode entender por “organização paramilitar”, “milícia particular”, 
“grupo” e “esquadrão”. 
b) Para configuração do crime de associação criminosa não se exige a realização do fim visado, 
mas tão somente o simples fato de figurar como integrante da associação. 
c) Como a nova redação do tipo penal previsto no art.288 do Código Penal brasileiro exige a 
associação de apenas três pessoas, esta se caracteriza como norma mais severa e, assim, 
irretroativa neste aspecto. 
d) O crime de constituição de milícia privada caracteriza-se como delito plurissubjetivo ou de 
concurso necessário. 
 
 
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e) O crime de constituição de milícia privada não exige, para sua configuração, um elemento 
subjetivo especial, podendo a prática recair sobre qualquer crime previsto no ordenamento 
jurídico brasileiro. 
 
Questão 2 - Sobre os crimes contra a paz pública, analise as assertivas abaixo e selecione a 
opção correta: 
I. Caracteriza bis in idem a condenação por crime de associação criminosa armada e roubo 
qualificado pelo uso de armas e concurso de pessoas. 
II. Para a configuração do delito de associação criminosa, verificado o número mínimo de 
agentes previsto em lei, basta que um dos integrantes seja imputável. 
III. O delito de incitação ao crime configura-se independentemente de a incitação ser dirigida à 
prática de determinada infração penal, estando configurado o crime com a mera incitação 
genérica. 
IV. Jonas, Bolão e Bebe Quieto, reúnem-se, de forma estável e permanente, com o fim de 
cometer crimes de estelionato. Todavia, tendo cometidoum único estelionato, o grupo é 
desmantelado em virtude de uma denúncia anônima. Nesses termos, a conduta dos agentes 
configura os delitos de associação criminosa e estelionato em concurso material de crimes. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I, II e IV. 
b) I, III e IV. 
c) II e IV. 
d) I, II e III. 
 
Casos Concretos Aula 14 
Cláudio Esperto adquiriu de pessoa desconhecida um aparelho destinado à falsificação de 
moeda. Em seguida, fabricou várias cédulas falsas de 10 reais. Resolvido a testar a qualidade 
de suas notas se dirigiu à uma padaria, adquiriu pães e bolo e pagou as compras com 4 notas 
falsas. Ainda que descoberta posteriormente a falsidade das notas em decorrência do prejuízo 
causado ao estabelecimento, sustentou em tese defensiva a incidência do princípio da 
insignificância para fins de exclusão de responsabilidade jurídico-penal de sua conduta. A 
partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes de moeda falsa: 
a) Aplique a correta tipificação às condutas praticadas por Cláudio Esperto. 
Cláudio Esperto praticou o crime de moeda falsa tipificado no (art. 289 CP), falsificar, 
fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no pais ou no 
estrangeiro, tipificação inicial (art. 289, § 1°, e art. 291). 
 
b) Avalie a tese defensiva apresentada por Cláudio Esperto. 
Tem que levar a ofensividade da conduta do agente. 
 
Questão 1 - Ângela recebeu, inadvertidamente, algumas notas falsas de R$ 50,00 (cinquenta 
reais) e não se recorda mais de quem as obteve. As notas em questão foram recusadas em 
diversas oportunidades em estabelecimentos comerciais que dispunham de equipamento 
apropriado à verificação da autenticidade de papel-moeda. Mesmo assim, e sentindo-se 
injustiçada por ter recebido as notas falsas em questão de boa-fé, como se verdadeiras 
 
 
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fossem, continuou a repassá-las em outros estabelecimentos. Acerca de sua conduta, pode-se 
afirmar que Ângela:( FGV - 2014 - DPE-DF Analista) 
a) não praticou crime algum, pois recebeu as notas em questão de boa-fé. 
b) praticou o crime de moeda falsa, a ser punido com a mesma pena prevista para a 
falsificação da moeda falsa. 
c) praticou forma privilegiada do crime de moeda falsa, pois repassou as notas sabendo 
serem falsas. 
d) praticou o crime de estelionato, uma vez que não realizou a falsificação das notas em 
questão, tendo apenas o restituído à circulação. 
e) não praticou crime algum, pois não tem obrigação legal de reconhecer a falsidade de papel-
moeda. 
 
Casos Concretos Aula 15 
Adriano Chefe confiou a Alessandro Correto o preenchimento de uma folha de papel assinada 
em branco, na qual deveria constar proposta de trabalho com orçamento que seria remetida a 
um cliente. Alessandro Correto guardou a folha em uma gaveta, planejando preenchê-la assim 
que retornasse do almoço. Aproveitando-se da ausência de 
Alessandro, Haroldo Ocara retirou o papel da gaveta, redigiu uma confissão de dívida de 
duzentos mil reais de Adriano Chefe a seu favor, embora este não lhe devesse coisa alguma, e 
se apropriou do documento. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados 
sobre os crimes de contra a fé pública: 
a) Aplique a correta tipificação à conduta praticada por Haroldo Ocara. 
Tipificação (art. 298 CF) falsidade material 
 
b) Caso Haroldo Ocara tivesse recebido a folha de papel assinada em branco de Adriano 
Chefe e tivesse redigido a referida confissão de dívida, a resposta seria a mesma? 
Posse (art.299 CP) falsidade ideológica. 
 
Questão 1 - Sobre os crimes contra Fé Pública, analise as assertivas abaixo e selecione a 
alternativa correta. 
I. Aquele que confecciona um cartão de crédito falso comete o crime de Falsificação de 
Documento Particular na modalidade equiparada. 
II. A modificação do numerário do chassi contido no documento de um veículo caracterizará a 
prática do delito de falsificação de documento público e não de adulteração de sinal 
identificador de veículo automotor. 
III. Incorre nas mesmas penas do crime de falsificação de documento público (art.297 do 
Código Penal) quem insere ou faz inserir na folha de pagamento ou em documento de 
informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não 
possua a qualidade de segurado obrigatório. 
IV. Agente que falsifica documento e depois o utiliza responde por falsificação e uso em 
concurso material de crimes. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I, II e IV. 
b) II, III e IV. 
c) III e IV. 
 
 
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d) I, II e III. 
 
Questão 2 - Sobre os crimes contra Fé Pública, analise as assertivas abaixo e selecione a 
alternativa correta. 
I. O crime de falsa identidade, quando elemento de crime mais grave, é sempre absorvido por 
este. 
II. A distinção entre falsidade material e ideológica de documento é que na falsidade material 
frauda-se a forma do documento e na ideológica o conteúdo é falso. 
III. Agente que, em razão de seus antecedentes criminais, insere sua fotografia na identidade 
de terceiro e a apresenta a policiais em uma blitz comete, em tese, o delito de falsa 
identidade. 
IV. No crime de uso de documento falso a consumação se dá com o efetivo uso do documento, 
não se exigindo resultado naturalístico, já que se trata de delito formal. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I, II e IV. 
b) II, III e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
 
Casos Concretos Aula 16 - SIMULADOS 
1ª QUESTÃO (PROMOTOR DE JUSTIÇA. AM/2001) Tibúrcio praticou um homicídio sob o 
domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima, com o uso de 
asfixia. Na ocasião, apesar de ser maior de dezoito e menor de 21 anos de idade, era 
reincidente. Confessou a autoria da infração penal perante a autoridade judiciária e no 
plenário do júri. Julgue os itens que se seguem, relativos à situação hipotética apresentada e à 
legislação a ela pertinente: 
I. Tibúrcio praticou um crime de homicídio privilegiado-qualificado. 
II. O homicídio privilegiado-qualificado é crime hediondo, insuscetível de comutação da pena. 
III. Caso Tibúrcio venha a ser condenado pelo júri popular, o juiz presidente deverá observar o 
critério trifásico na dosimetria de pena, sob pena de nulidade da sentença. 
IV. De acordo com a jurisprudência dominante, a circunstância atenuante da menoridade 
relativa não é preponderante sobre as demais. 
V. No caso de condenação de Tibúrcio, reconhecidas as atenuantes da menoridade e confissão 
espontânea, o juiz presidente poderá fixar a pena privativa de liberdade em quantidade 
inferior ao mínimo previsto no tipo. 
Estão certos apenas os itens: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) III e IV. 
e) IV e V. 
 
2ª QUESTÃO Com relação ao delito de homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a 
opção correta: 
 
 
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I. Segundo a jurisprudência do STJ a sentença concessiva do perdão judicial possui natureza 
declaratória de extinção de punibilidade não gerando qualquer consequência para o réu, 
exceto para efeitos de reincidência. 
II. Segundo a jurisprudência do STJ é admissível oconcurso entre o homicídio privilegiado e 
qualificado, desde que, as qualificadoras tenham natureza objetiva, sendo, neste caso, 
caracterizado como delito hediondo. 
III. O instituto do perdão judicial aplica-se aos crimes de homicídio culposo previstos no Código 
Penal e na Lei n.9503/1997 (CTB) e configura-se como direito público subjetivo do réu de 
caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias 
expressamente previstas em lei. 
IV. No confronto entre o delito de homicídio qualificado pelo emprego de tortura e o delito de 
tortura Lei n.9455/1997, no caso concreto, deverá ser analisado o dolo do agente, sendo certo 
que, no primeiro caso, o agente atua com animus necandi e a tortura configura o meio 
empregado para tal, logo absorvido pelo homicídio; no segundo, o dolo é de torturar, sendo o 
resultado morte produzido culposamente crime preterdoloso. Estão certos apenas os itens: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I, II e III. 
d) I, III e IV. 
e) III e IV. 
 
3ª QUESTÃO (FCC - 2014 - DPE-CE) Em relação à qualificadora do motivo fútil no crime de 
homicídio, NÃO encontra significativo amparo doutrinário e jurisprudencial a tese de que: 
a) é excluída pela embriaguez voluntária ou culposa, se completa. 
b) não equivale a motivo injusto 
c) não se confunde com a ausência de motivos. 
d) é compatível com o homicídio privilegiado. 
e) não pode coexistir com a do motivo torpe em um mesmo ato. 
 
4ª QUESTÃO. Analise a situação a seguir. 
(FUNDEP - 2014 - DPE-MG - Defensor Público) Uma mulher procurou o salva-vidas de uma 
praia que estava em vias de prestar socorro a um rapaz que se debatia na água. Ela disse ao 
salva-vidas que conhecia o suposto afogado, afirmando com veemência que ele estava 
brincando, já que era um excelente nadador. Diante das informações prestadas pela mulher, 
negligenciando sua função, o salva-vidas deixou de prestar o socorro que poderia ter 
acarretado o salvamento. O afogado, assim, morreu. Na verdade, a mulher conhecia o 
afogado, seu desafeto, e pretendia vê-lo morto. Diante da situação narrada, é CORRETO 
afirmar que: 
a) houve homicídio em concurso de pessoas entre a mulher e o salva-vidas. 
b) a mulher foi autora de omissão de socorro e o salva-vidas foi autor direto de homicídio 
doloso. 
c) o salva-vidas foi autor de homicídio culposo através de omissão imprópria e a mulher foi 
autora mediata de homicídio doloso. 
d) houve omissão de socorro em concurso de pessoas entre a mulher e o salva-vidas. 
 
 
 
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5ª QUESTÃO (FCC - 2014 - DPE-RS - Defensor Público) Marcos e Rodrigo instigaram Juarez, que 
sofria de depressão, a cometer suicídio, pois, na condição de herdeiros do último, pretendiam 
a morte do mesmo por interesses econômicos. Ainda que Juarez tenha admitido firmemente a 
possibilidade de eliminar a própria vida, não praticou qualquer ato executório. Diante desse 
contexto, Marcos e Rodrigo 
a) poderiam ter a pena reduzida de 1/3 a 1/2, se a pretensão tivesse caráter humanitário, de 
piedade, e a morte tivesse se consumado. 
b) deverão responder por tentativa de homicídio, visto que a ideia de ambos era eliminar a 
vida de Juarez para posterior enriquecimento. 
c) serão responsabilizados pelo crime previsto no art. 122 do Código Penal, com redução da 
pena pelo fato de a vítima não ter atentado contra a própria vida, já que para a consumação 
do delito basta a mera conduta de instigar. 
d) não responderão pelo crime de instigação ao suicídio, pois não houve morte ou lesão 
corporal de natureza grave na vítima. 
e) responderiam por instigação ao suicídio, caso, no mínimo, Juarez atentasse contra a própria 
vida e tivesse ocasionado lesões corporais leves em seu corpo. 
 
6ª QUESTÃO (ACAFE - 2008 - PC-SC) Madalena, grávida de 3 meses, ciente de sua condição, 
continuou praticando arremesso de peso, pois pretendia participar das eliminatórias para o 
campeonato estadual dessa modalidade. Ela, que desejava muito ser mãe, também nutria a 
esperança de ganhar uma medalha. Assim, embora previsse a possibilidade de abortamento, 
contava com a sua não-ocorrência e, por isso, manteve a rotina de treinamentos. Entretanto, 
em virtude dos esforços físicos intensos que ela realizou, para sua infelicidade, ocorreu a 
morte e expulsão do feto. No caso apresentado, ela: 
a) responderá por crime de aborto provocado pela gestante, com dolo direto. 
b) responderá por crime de aborto provocado pela gestante, com dolo eventual. 
c) não responderá penalmente por crime de aborto provocado pela gestante. 
d) responderá por crime de aborto provocado pela gestante, com culpa consciente. 
 
7ª QUESTÃO (FCC - 2014 - DPE-PB - Defensor Público) Mediante promessa de pagamento de 
cem reais, a intrometida vizinha Florisbela participa dolosamente do infanticídio executado 
pela jovem mãe Aldegunda que, em desespero, se encontrava então sob forte influência do 
estado puerperal. Sobre Florisbela, à vista do entendimento hoje dominante na doutrina, com 
esses dados em princípio pode-se afirmar que: 
a) responderia por homicídio doloso qualificado, caso a lei brasileira classificasse o 
infanticídio como modalidade privilegiada de homicídio. 
b) responderia por homicídio privilegiado, com Aldegunda, caso a lei brasileira classificasse o 
infanticídio como modalidade privilegiada de homicídio. 
c) responde por homicídio qualificado. 
d) responde por infanticídio qualificado. 
e) responde por infanticídio privilegiado, com Aldegunda. 
 
8ª QUESTÃO Claúdio, rico e conhecido usineiro, é surpreendido por fiscais da DRT, que foram 
alertados mediante denúncia anônima, mantendo trabalhadores rurais em trabalho de 14 
horas diárias, com breve descanso de 15 minutos para digerir a pouca ração, que dos mesmos 
 
 
CASOS CONCRETOS 1 - 16 RESOLVIDOS 
4º SEMESTRE 
 
DIREITO PENAL III - 2.2015 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO 
AV. MORUMBI, 8.724 – BROOKLIN. CEP: 04703002 
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DIREITO PENAL 2015 
 
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cobra, impedindo-os de sair do local de trabalho. Ouvidos no local, os empregados afirmam 
consentir com esta situação, em vista de não disporem de outra opção de emprego na região. 
Ante o exposto assinale a alternativa correta: 
a) o consentimento dos ofendidos impede a caracterização de crime contra a liberdade 
individual, mas a situação acima descrita não prova tal consentimento; 
b) ocorre cárcere privado, crime de ação pública incondicionada, independente da vontade dos 
ofendidos. 
c) há constrangimento ilegal, pois em decorrência da miserabilidade dos trabalhadores, estes 
se vem obrigados a trabalhar nestas condições; 
d) há redução à condição análoga à de escravo, pois o consentimento dos ofendidos é 
irrelevante para a caracterização do delito. 
 
9ª QUESTÃO. Alexander, jovem de 19 anos, inconformado por ter sido abandonado por sua 
namorada Alexia, de 17 anos, a fim de obrigá-la a reatar o namoro a priva de liberdade, 
mantendo-a trancada na sauna de sua casa por doze dias e provoca-lhe, em razão de maus 
tratos, grave sofrimento físico. Ante o exposto, a conduta de Alexander será responsabilizada 
pelo crime de: 
a) cárcere privado qualificado pelo fato da vítima sofrer grave sofrimento físico; 
b) sequestro em concurso com lesões corporais, já que provocou grave sofrimento físico para a 
vítima; 
c) constrangimento ilegal, além das penas correspondentes à violência. 
d) sequestro previsto no art. 230 da lei n.8069/1990. 
 
10ª QUESTÃO (ACAFE - 2014 - PC-SC - Delegado de Polícia) De acordo com o Código Penal, a 
lesão corporal que tem cominada pena de reclusão de

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