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* * Capítulo 3. O Sistema de Contas Nacionais do Brasil As Contas Econômicas Integradas e as Tabelas de Recursos e Usos * * O NOVO SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS A Contabilidade Nacional oferece uma síntese da realidade econômica de um país em um determinado momento no tempo. As Contas Nacionais oferecem as referências básicas de classificação de atividades e de setores institucionais, definições sobre a fronteira econômica e conceitos para definir e classificar unidades estatísticas e suas transações. IBGE é a fonte de referência das CN do Brasil. * * UMA VISÃO GERAL DO SISTEMA Sistema de Contas Nacionais das Nações Unidas: centrado nas Contas Econômicas Integradas (CEIs) e nas Tabelas de Recursos e Usos (TRUs). As CEIs são formadas por um conjunto de contas de operações e contas de ativos e passivos dos setores institucionais e do resto do mundo As TRUs apresentam os resultados dos agregados macroeconômicos por setores de atividade econômica A integração entre as partes (CEIs e TRUs) na versão de 1993 garante que os saldos obtidos pela classificação de setores institucionais, nas CEIs, sejam idênticos aos obtidos pela classificação de atividades nas TRUs. * * As operações e os fluxos em contabilidade nacional Para as Contas Nacionais, os agentes econômicos, classificados em setores institucionais, realizam várias atividades (produzem, consomem, poupam, investem) que dão lugar a ações econômicas Essas ações se verificam por meio de operações e geram fluxos econômicos que criam, transformam, trocam, transferem ou extinguem valor econômico Para a construção das Contas Nacionais, são acompanhados diversos fluxos e operações na economia As operações e fluxos são agrupadas em quatro tipos Operações de bens e serviços Operações de distribuição Operações sobre instrumentos financeiros Outras operações de acumulação * * As operações e os fluxos em contabilidade nacional As operações de bens e serviços registram a produção e o consumo de bens e serviços As operações de distribuição registram como o valor adicionado criado pela produção é distribuído pelo trabalho, pelo capital e pelas administrações públicas As operações financeiras referem-se às modificações nos ativos e passivos financeiros como contrapartida de operações não-financeiras, mas podem também incluir operações envolvendo apenas instrumentos financeiros As outras operações de acumulação incluem as operações e os outros fluxos econômicos não considerados anteriormente e que alteram a quantidade ou o valor dos ativos e passivos * * AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS As CEIs se constituem na estrutura central do sistema de Contas Nacionais Essas contas são construídas em torno de uma seqüência de contas de fluxos inter-relacionadas com as contas de patrimônio As contas de fluxo descrevem como ocorrem diferentes tipos de atividades econômicas num determinado período de tempo As contas de patrimônio registram os valores de ativos e passivos detidos pelos setores institucionais no início e fim de um período A ligação entre as diversas contas que compõem o sistema das CEIs é dada pelo saldo de uma conta, que é transportado para a conta seguinte * * AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS O termo usos se refere às operações que reduzem o montante do valor econômico de um setor, e por convenção são lançados do lado esquerdo das contas correntes As remunerações, por exemplo, são um recurso para quem as recebe, porém um uso para o setor que as paga O termo recursos é usado para designar o lado das contas-correntes onde figuram operações que aumentam o valor econômico de um setor, e lançados no lado direito Os saldos são obtidos de forma residual, como a diferença entre o total dos recursos e dos usos registrados nos dois lados das contas, representando o resultado líquido das atividades É através destes saldos, que a seqüência de contas se articula Estes saldos representam agregados econômicos de interesse, como o PIB, a Renda Nacional, etc. * * AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS Plan1 QUADRO 3.1 Bens e Serv. Resto do Mundo Operações, Saldos, Ativos e Passivos Resto do Mundo Bens e Ser. (Rec) (Rec.) Total da Economia Setores Institucionais Setores Institucionais Total da Economia (Usos) (Usos) Contas Correntes Usos Recursos Contas de Acumulação Variação de ativos Variação de passivos e patrimônio líquido Contas de Patrimônio Ativos Passivos e Patrimônio Líquido Plan2 Plan3 * * AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS Cada linha das CEIs corresponde a uma operação, na qual são apresentados os montantes a pagar e a receber pelos vários setores institucionais e pelo resto do mundo Nas colunas estão os setores institucionais, de ambos os lados, que representam instituições que se caracterizam por autonomia de decisão e unidade patrimonial e são classificadas de acordo com sua atividade econômica principal A coluna Total da Economia refere-se à soma dos setores institucionais, excluindo o resto do mundo A coluna Bens e Serviços representa um caso especial, pois é apresentada sem abertura por setor institucional, ou seja, explicita totais das operações de bens e serviços para o conjunto da economia As CEIs são estruturadas em 3 subconjuntos de contas: Contas-correntes Contas de Acumulação Contas de Patrimônio * * AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS Plan1 QUADRO 3.1 Bens e Serv. Resto do Mundo Operações, Saldos, Ativos e Passivos Resto do Mundo Bens e Ser. (Rec) (Rec.) Total da Economia Setores Institucionais Setores Institucionais Total da Economia (Usos) (Usos) Contas Correntes Usos Recursos Contas de Acumulação Variação de ativos Variação de passivos e patrimônio líquido Contas de Patrimônio Ativos Passivos e Patrimônio Líquido Plan2 Plan3 * * Contas-correntes: produção, distribuição e utilização da renda Essas contas representam a atividade de produção de bens e serviços, a geração de renda na produção e a subseqüente distribuição e redistribuição dos rendimentos pelas unidades institucionais e a alocação final entre consumo e poupança O saldo de cada conta é registrado do lado esquerdo e representa a rubrica de abertura da conta seguinte, lançada do lado direito O último saldo das Contas-correntes é a Poupança * * CONTAS CORRENTES Plan1 Resumo das Contas de Patrimônio 4. Conta de Patrimônio Saldo da Conta 4.1 Conta de Patrimônio Inicial Patrimônio Líquido 4.2. Conta de variação do Patrimônio Variação do Patrimônio Líquido total. Registra saldos das contas de Capital (Variações do Patrimônio líquido resultante de poupança e transferência líquida de capital) e Conta de Outras Variações no Volume dos Ativos e Conta de Reavaliação (3.31 e 3.3.2). 4.3. Conta de Patrimônio Final Patrimônio Líquido Plan2 Resumo das Contas Correntes Contas Correntes Saldo da Conta 1. Conta de Produção PIB* 2. Conta de Renda 2.1. Conta de Distribuição Primária da Renda 2.1.1. Conta de Geração da Renda Excedente Operacional Bruto 2.1.2. Conta de Alocação da Renda Renda Nacional 2.2. Conta de Distribuição Secundária da Renda Renda Nacional Disponível 2.3. Conta de uso da Renda Poupança Plan3Resumo das Contas de Acumulação 3. Conta de Acumulação Saldo da Conta 3.1 Conta de Capital Capacidade ou Necessidade de Financiamento 3.2 Conta Financeira Igual ao da Conta de Capital com sinal trocado 3.3. Conta de Outras Variações no Volume de Ativos e Contas de Reavaliação 3.3.1. Conta de Outras Variações nos Ativos Financeiros Mudanças no patrimônio líquido resultantes de outras variações no volume dos ativos 3.3.2. Conta de Reavaliação Mudanças no patrimônio líquido resultantes de ganhos/perdas de detenção nominais * * Contas de Acumulação: Variação de Ativos e Passivos e do Patrimônio Líquido As contas de acumulação abrem com a poupança e registram os “fluxos de transações” e “outros fluxos”, que representam mudanças nos ativos (do lado esquerdo) e mudanças nas obrigações/passivos e no patrimônio líquido (lado direito) Fluxos de transações são as operações entre as unidades institucionais que têm significado econômico relevante, como a produção, a compra e a venda, etc. Outros fluxos são mudanças no valor de ativos e passivos que não ocorrem em decorrência de transações econômicas A identificação de outros fluxos reconhece que ativos e passivos podem ter seus valores alterados ao longo do tempo em função de fenômenos que não as transações monetárias * * Contas de Acumulação: Variação de Ativos e Passivos e do Patrimônio Líquido Então, as contas de acumulação representam a aquisição e a cessão de ativos e passivos financeiros e não-financeiros por unidades institucionais por meio de transações econômicas ou como resultado de valorizações do capital A relação entre as contas de acumulação e de rendimento (Contas-correntes) se dá através da Poupança, que pode ser usada para adquirir ativos reais (bens de capital, por exemplo) ou ativos financeiros No caso da Poupança ser inferior à aquisição de ativos reais, essa aquisição deve ser financiada pela cessão de ativos ou pelo aumento do endividamento do setor institucional As Contas de Acumulação são subdivididas em: Conta de Capital Conta Financeira Conta de Outras Variações no Volume dos Ativos Conta de Reavaliação * * Contas de Acumulação: Variação de Ativos e Passivos e do Patrimônio Líquido No primeiro grupo de contas (Capital e Financeira) evidencia-se o saldo contabilístico Capacidade/Necessidade de Financiamento No segundo grupo de contas (Outras Variações no Volume de Ativos e Reavaliação), registram-se as variações de ativos, passivos e patrimônio líquido resultantes de operações não-registradas no grupo anterior As informações dos dois grupos de contas são utilizadas na construção das Contas de Patrimônio para registrar a variação patrimonial * * CONTAS DE ACUMULAÇÃO Plan1 QUADRO 3.1 Bens e Resto do Operações, Saldos, Ativos e Passivos Resto do Mundo Bens e Serviços Serviços Mundo Total da Economia Setores Institucionais Setores Institucionais Total da Economia (Usos) (Usos) (Recursos) (Recursos) Contas Correntes Usos Recursos Contas de Acumulação Variação de ativos Variação de passivos e patrimônio líquido Contas de Patrimônio Ativos Passivos e Patrimônio Líquido FONTE: Instituto Nacional de Estatística, Sistema de Contas Nacionais 1993, [SNA-1993], 1998 Plan2 Resumo das Contas Correntes Contas Correntes Saldo da Conta 1. Conta de Produção PIB* 2. Conta de Renda 2.1. Conta de Distribuição Primária da Renda 2.1.1Conta de Geração da Renda Excedente Operacional Bruto 2.1.2.Conta de Alocação da Renda Renda Nacional 2.2. Conta de Distribuição Secundária da Renda Renda Nacional Disponível 2.3.Conta de uso da Renda Poupança Plan3 Resumo das Contas de Acumulação 3. Conta de Acumulação Saldo da Conta 3.1 Conta de Capital Capacidade ou Necessidade de Financiamento 3.2 Conta Financeira Igual ao da Conta de Capital com sinal trocado 3.3. Conta de Outras Variações no Volume de Ativos e Contas de Reavaliação 3.3.1. Conta de Outras Variações nos Ativos Financeiros Mudanças no patrimônio líquido resultantes de outras variações no volume dos ativos 3.3.2. Conta de Reavaliação Mudanças no patrimônio líquido resultantes de ganhos/perdas de detenção nominais * * Contas de Patrimônio: estoques de ativos e passivos e patrimônio líquido Essas contas mostram os valores de balanço dos ativos e passivos dos setores institucionais no início e fim de um período contábil São subdivididas em Conta de Patrimônio Inicial Conta de Variação de Patrimônio Conta de Patrimônio Final As operações registradas nessas contas são: Variação dos ativos não-financeiros Variação dos ativos financeiros Variação dos passivos financeiros Variação do patrimônio líquido * * Contas de Patrimônio: estoques de ativos e passivos e patrimônio líquido A relação existente entre as contas de fluxo (Contas-correntes e Contas de Acumulação) e as Contas de Patrimônio se estabelece pelas “operações” ou “outros fluxos” registrados na seqüência das Contas-correntes e de Acumulação, e que afetam os ativos ou passivos detidos pelos setores institucionais Como no nosso exemplo do Diagrama de Fluxo de Renda do Capítulo 1, fluxos e estoques estão ligados, dado que a variação de estoques resulta de uma acumulação prévia de fluxos As contas de Patrimônio de Fechamento são determinadas pelas Contas de Patrimônio de Abertura e pelas variações registradas na Conta de Variação de Patrimônio A Conta de Patrimônio de Fechamento conclui a seqüência das CEIs * * CONTAS DE PATRIMÔNIO Plan1 Resumo das Contas de Patrimônio 4. Conta de Patrimônio Saldo da Conta 4.1 Conta de Patrimônio Inicial Patrimônio Líquido 4.2. Conta de variação do Patrimônio Variação do Patrimônio Líquido total. Registra saldos das contas de Capital (Variações do Patrimônio líquido resultante de poupança e transferência líquida de capital) e Conta de Outras Variações no Volume dos Ativos e Conta de Reavaliação (3.3.1 e 3.3.2). 4.3. Conta de Patrimônio Final Patrimônio Líquido Plan2 Resumo das Contas Correntes Contas Correntes Saldo da Conta 1. Conta de Produção PIB* 2. Conta de Renda 2.1. Conta de Distribuição Primária da Renda 2.1.1Conta de Geração da Renda Excedente Operacional Bruto 2.1.2.Conta de Alocação da Renda Renda Nacional 2.2. Conta de Distribuição Secundária da Renda Renda Nacional Disponível 2.3.Conta de uso da Renda Poupança Plan3 Resumo das Contas de Acumulação 3. Conta de Acumulação Saldo da Conta 3.1 Conta de Capital Capacidade ou Necessidade de Financiamento 3.2 Conta Financeira Igual ao da Conta de Capital com sinal trocado 3.3. Conta de Outras Variações no Volume de Ativos e Contas de Reavaliação 3.3.1. Conta de Outras Variações nos Ativos Financeiros Mudanças no patrimônio líquido resultantes de outras variações no volume dos ativos 3.3.2. Conta de Reavaliação Mudanças no patrimônio líquido resultantes de ganhos/perdas de detenção nominais * * Conceito de Patrimônio em Contas Nacionais Engloba os ativos: Tangíveis, como bens patrimoniais físicos, mas excluios bens duráveis possuídos pelas famílias Intangíveis, como por exemplo, marcas e patentes Financeiros, como por exemplo, a moeda, ações e títulos As Contas Nacionais consideram patrimônio apenas os ativos que registram preço de mercado e que têm um mercado organizado para serem transacionados Os recursos naturais não são considerados nas Contas de Patrimônio * * TABELAS DE RECURSOS E USOS (TRUs) As TRUs vinculam-se com as CEIs através dos resultados de oferta e demanda e renda agregados por setores de atividade Nas TRUs as unidades produtivas são classificadas segundo as atividades econômicas, permitindo visualizar as relações de troca entre os diversos setores As TRUs são a base para a construção do modelo da Matriz de Insumo-produto * * As TRUs são divididas em: Tabela de Recursos de Bens e Serviços que apresenta a oferta total de Bens e Serviços da economia (Produção e Importação); Tabela de Usos de Bens e Serviços que apresenta o Consumo Intermediário e a Demanda Final (Exportação, Consumo Final e Formação Bruta de Capital), totalizando a demanda da economia Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade. * * Detalhamento da construção das CEIs, da Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo e das TRUs – Brasil 1995 Serão apresentadas: Contas de Operações de Bens e Serviços CEIs: Contas Correntes Conta de Produção Conta de Renda Conta de Distribuição Primária da Renda: Conta de Geração da Renda Conta de Distribuição Primária da Renda: Conta de Alocação da Renda Conta de Distribuição Secundária da Renda Conta de Uso da Renda CEIs: Conta de Acumulação Conta de Capital Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Tabelas de Recursos e Usos * * Conta de Operações de Bens e Serviços – Conta 0 É apresentada separada das CEIs (é identificada no Sistema de Contas Nacionais como Conta 0) e é considerada a base de todo o sistema, pois retrata a atividade de produção e o destino da produção pelas categorias de demanda final Os recursos e usos se equilibram, não havendo, portanto, saldo contábil como nas contas seguintes Dessa forma, ela deve ser interpretada como uma representação agregada das operações que se encontram nas contas dos setores institucionais e nos setores de atividade * * CONTA DE OPERAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS:BRASIL, 1995 Fonte IBGE, em R$ 1.000 Plan1 Recursos Operações Usos 1.113.351.626 Produção 61.314.054 Importação de bens e serviços 74.373.434 Impostos sobre produtos 4.875.955 Imposto de importação 69.497.479 Demais impostos sobre produtos Consumo intermediário 541.533.543 Consumo final 513.561.741 Formação bruta de capital fixo 132.753.432 Variação de estoque 11.273.743 Exportação de bens e serviços 49.916.655 1.249.039.114 Total 1.249.039.114 Plan2 Plan3 * * OFERTA E DEMANDA DE BENS E SERVIÇOS VPpb + Mcif + Ip = Total da Oferta de Bens e Serviços a preços de consumidor = CIpc + Cpc + FBCFpc + VE + Xfob = Total da Demanda por Bens e Serviços a preços de consumidor VPpb= Valor da Produção a preços básicos, Mcif = Importações de bens e de serviços de não fatores Ip= Impostos sobre Produtos (impostos indiretos), CIpc= Consumo Intermediário a preço de consumidor, Cpc = Consumo Final a preço de consumidor, FBCFpc= Formação Bruta de Capital Fixo a preço de consumidor, VE= Variação de Estoque Xfob= Exportação de bens e de serviços de não fatores, valoradas a preço FOB. * * Construção das Estimativas das Variáveis, segundo as Contas Nacionais do Brasil Valor da Produção a preços básicos (VPpb) = produção de bens e serviços produzidos num determinado período e comercializados a um determinado preço No caso dos bens, considera-se a produção voltada para o mercado e, nas Contas Nacionais do Brasil, inclui-se toda a produção para autoconsumo da agricultura e a produção por conta própria de bens de capital fixo imobilizados pelo próprio produtor A produção de serviços é dividida em mercantis, que são os serviços vendidos no mercado, e não-mercantis, que são prestados gratuitamente, total ou parcialmente, pelas administrações públicas ou por instituições privadas sem fins lucrativos – através da soma de seus custos de produção: consumo intermediário, remuneração dos assalariados, impostos e depreciação Consumo Intermediário a preço de consumidor (CIpc) = consumo de bens e serviços mercantis utilizados na produção de outros bens e serviços mercantis ou não Consumo Final a preço de consumidor (Cpc) = consumo de bens de uso privado (consumo das famílias) ou coletivo (consumo das administrações públicas) destinados à satisfação das necessidades da população * * Construção das Estimativas das Variáveis, segundo as Contas Nacionais do Brasil Formação Bruta de Capital Fixo a preço de consumidor (FBCFpc) = mensuração dos investimentos em ativos de capital. Considera os bens duráveis e os serviços a eles incorporados adquiridos através de compra, troca, formação de capital para uso próprio e ajudas recebidas em espécie o destino desses bens é para uso no processo de produção e sua vida útil normal é superior a um ano A valoração é feita a preço de compra para os produtos adquiridos, e a custo de produção para a produção por conta própria Variação de Estoque (VE) = variação líquida nos estoques de bens acabados ou em elaboração ou de matérias-primas utilizadas no processo de produção Por convenção, As famílias não formam estoques, ou seja, consomem imediatamente todos os bens, inclusive os duráveis Exportação de bens e de serviços de não fatores, valoradas a preço FOB (Xfob) = todos os bens e serviços produzidos cujo destino é o resto do mundo FOB (free on board) significa que seguros e fretes de longo curso não estão inclusos * * Construção das Estimativas das Variáveis, segundo as Contas Nacionais do Brasil Importações de bens e de serviços de não fatores (Mcif) = todos os bens e serviços que entram no país, vindos do resto do mundo CIF (cost+insurance+freight) significa que os custos de seguro e frete até o porto nacional estão inclusos, representando o preço de entrada no país Impostos sobre Produtos (impostos indiretos) (Ip) = os que recaem sobre o valor de bens e serviços mercantis, sendo compostos por impostos sobre o valor adicionado, impostos sobre a importação e outros impostos sobre o produto * * CEIs: Contas Correntes CEIs: Contas Correntes incluem as seguintes contas: Conta de Produção Conta de Renda Conta de Distribuição Primária da Renda: Conta de Geração da Renda Conta de Distribuição Primária da Renda: Conta de Alocação da Renda Conta de Distribuição Secundária da Renda Conta de Uso da Renda * * Conta de Produção – Conta 1 Objetivo é deduzir o Valor Adicionado Interno Bruto, ou seja, o PIB, como um dos principais saldos do sistema de Contas Nacionais O Valor da Produção a preço básico, de todas as unidades produtivas da economia, é lançado como recurso e acrescido dos impostos sobre produtos para ser comparado com o consumo intermediário a preço de consumidor, lançado como um uso O PIB é um recurso de onde provêm os rendimentos, sendo transportado para a Conta de Geração de Renda Para se obter o PIB, ou seja, o Valor Adicionado Bruto, subtrai-se o Consumo Intermediário do Valor da Produção (VPpb + Ip) – CIpc = PIB * * CONTA DE PRODUÇÃO:BRASIL, 1995 - Fonte IBGE, em R$ 1.000 Plan1 Recursos Operações Usos 1.113.351.626 Produção 61.314.054 Importação de bens e serviços 74.373.434 Impostos sobre produtos 4.875.955 Imposto de importação 69.497.479 Demais impostos sobre produtos Consumo intermediário 541.533.543 Consumo final 513.561.741Formação bruta de capital fixo 132.753.432 Variação de estoque 11.273.743 Exportação de bens e serviços 49.916.655 1.249.039.114 Total 1.249.039.114 Plan2 Conta 1 – Conta de Produção Usos Operações e Saldos Recursos Produção 1.113.351.626 541.533.543 Consumo Intermediário Impostos sobre Produtos 74.373.434 Imposto de importação 4.875.955 Demais impostos sobre produtos 69.497.479 646.191.517 Produto Interno Bruto – PIB Plan3 * * Conta de Renda – Conta 2 Este conjunto de contas explicita, em várias etapas, como sistematizar a geração da renda Pode ser dividida em renda primária; transferências; e, consumo e poupança, subdividindo-se em 3: Conta de Distribuição Primária da Renda (Conta 2.1) Conta de Distribuição Secundária da Renda (Conta 2.2) Conta de Uso da Renda (Conta 2.3) A Conta de Distribuição Primária da Renda ainda subdivide-se em: Conta de Geração da Renda (Conta 2.1.1) Conta de Alocação da Renda (Conta 2.1.2) * * Conta de Distribuição Primária da Renda: Conta de Geração da Renda – Conta 2.1.1 Nesta conta discriminam-se os componentes do PIB, explicitando o uso dos fatores trabalho e capital para a geração do produto O PIB é lançado como um recurso, cujo uso resulta no pagamento das remunerações aos residentes e não-residentes e dos impostos sobre a produção e de importação (sobre produtos e atividades), líquido de subsídios O Excedente Operacional Bruto é obtido por diferença Essa conta discrimina ainda o rendimento de autônomos do total do EOB * * CONTA DE GERAÇÃO DA RENDA: BRASIL, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000 Plan1 Recursos Operações Usos 1.113.351.626 Produção 61.314.054 Importação de bens e serviços 74.373.434 Impostos sobre produtos 4.875.955 Imposto de importação 69.497.479 Demais impostos sobre produtos Consumo intermediário 541.533.543 Consumo final 513.561.741 Formação bruta de capital fixo 132.753.432 Variação de estoque 11.273.743 Exportação de bens e serviços 49.916.655 1.249.039.114 Total 1.249.039.114 Plan2 Conta 1 – Conta de Produção Usos Operações e Saldos Recursos Produção 1.113.351.626 541.533.543 Consumo Intermediário Impostos sobre Produtos 74.373.434 Imposto de importação 4.875.955 Demais impostos sobre produtos 69.497.479 646.191.517 Produto Interno Bruto – PIB Plan3 Usos Operações e Saldos Recursos Usos Operações e Saldos Recursos PIB 646.191.517 247.277.244 Remuneração dos empregados 247.075.857 Residentes 201.387 Não-residentes 104.115.611 Impostos sobre a produção e de importação (–)3.575.363 Subsídios à produção (–) 298.374.025 Excedente operacional bruto inclusive rendimento de autônomos (EOB) 38.128.990 Rendimento de autônomos (rendimento misto) 260.245.035 Excedente operacional bruto * * EQUAÇÃO DA CONTA DE GERAÇÃO DA RENDA PIB - [(W + Wnr) + (Im – Sb)] = EOB W = Remunerações, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a residentes, Wnr = Remunerações, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a não-residentes por produtores residentes, (W + Wnr) = Total da remuneração dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos no país, Im = Impostos sobre Produção e a Importação, que incluem os impostos sobre produtos (Ip) e outros impostos ligados à produção Sb = Subsídios à produção, EOB = Excedente Operacional Bruto. * * Conta de Distribuição Primária da Renda: Conta de Alocação da Renda – Conta 2.1.2 Nesta conta, o saldo derivado é igual a Renda Nacional Bruta, que é o conceito de valor adicionado pela ótica da renda Para passarmos do conceito de interno para nacional, devemos deduzir do PIB as rendas líquidas enviadas ao exterior, que é discriminado nesta conta Para chegarmos à Renda Nacional Bruta, é preciso considerar a remuneração dos fatores de produção e as operações de redistribuição da renda associadas à remuneração do capital A apresentação desta conta registra as mesmas rubricas da Conta de Geração da Renda, só que do ponto de vista do recebedor das rendas, ou seja, os lançamentos são feitos no lado dos Recursos Assim, registra-se como recurso o Excedente Operacional Bruto, as Remunerações dos Empregados e os Impostos sobre a Produção e a Importação Todos estes itens são ajustados pelas rendas de propriedades enviadas (registradas no lado dos usos) e recebidas do resto do mundo (registrada no lado dos recursos) A RNB equivale então à distribuição dos pagamentos aos fatores de produção residentes no ano ou, colocando de outra forma, ao total líquido dos rendimentos recebidos por residentes (excedente operacional bruto e remunerações), inclusive o governo (impostos sobre a produção e a importação, líquido dos subsídios) * * CONTA DE ALOCAÇÃO DA RENDA:BRASIL, 1995- Fonte: IBGE, em R$ 1000 Plan1 Usos Operações e Saldos Recursos Excedente operacional bruto inclusive rendimento de autônomos 298,374,025 Rendimento de autônomos (rendimento misto) 38.128.990 Excedente operacional bruto 260.245.035 Remuneração dos empregados 247.133.039 Residentes 247.075.857 Não-residentes 57,182 Impostos sobre a produção e de importação 104.115.611 Subsídios à produção (–) (–) 3.575.363 13.135.440 Rendas de propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo 3.125.903 636.037.775 Renda Nacional Bruta RNB Plan2 Plan3 * * EQUAÇÃO DA CONTA DE ALOCAÇÃO DA RENDA EOB + (W + Wr ) + (Im – Sb) + RLP = RNB Wr = Remunerações, inclusive encargos sociais e contribuição parafiscais, recebida por residentes, paga por não-residente, (W + Wr) = Total da remuneração dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagos a residentes no país e no exterior (classificados como não-residentes). RLP = remuneração líquida dos fatores de produção, constituída por: rendas de capitais, composta por juros, lucros e dividendos e outros serviços de fatores constituído por royalties, patentes e direitos autorais. RNB = Renda Nacional Bruta. * * Conta de Distribuição Secundária da Renda – Conta 2.2 Mostra como os rendimentos pagos a residentes podem ser usados para pagamentos de transferências para unidades não-residentes O saldo dessa conta é a Renda Disponível e diferencia-se da RNB por incluir o saldo líquido das transferências correntes recebidas do exterior A RDB é o total da renda que os residentes dispõem para consumir e poupar * * CONTA DE DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA DA RENDA:BRASIL, 1995- Fonte: IBGE, em R$ 1000 Plan1 Usos Operações e Saldos Recursos Excedente operacional bruto inclusive rendimento de autônomos 298.374.025 Rendimento de autônomos (rendimento misto) 38.128.990 Excedente operacional bruto 260.245.035 Remuneração dos empregados 247.133.039 Residentes 247.075.857 Não-residentes 57.182 Impostos sobre a produção e de importação 104.115.611 Subsídios à produção (–) (–) 3.575.363 13.135.440 Rendas de propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo 3.125.903 636.037.775 Renda Nacional Bruta RNB Plan2Usos Operações e Saldos Recursos Renda Nacional Bruta 636.037.775 669,595 Transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo(1) 3.994.244 639.362.424 Renda Disponível Bruta(1) RDB (1) Inclui as transferências de capital. Plan3 * * EQUAÇÃO DA CONTA DE DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA DA RENDA RNB + Tr = RDB Tr = Transferências líquidas correntes, ou seja, transferências de recursos sem contrapartida no processo produtivo, como o pagamento e recebimento de imposto sobre a renda e o patrimônio, de operações de seguro, de contribuições e benefícios previdenciários e transferências entre governos e entre residentes RDB = Renda Disponível Bruta. * * Conta de Uso da Renda – Conta 2.3 Corresponde à última conta do bloco da Conta de Renda Explicita a RDB como recurso e, como destino, o Consumo Final e a Poupança Bruta A Poupança Bruta é o saldo desta conta e é transferido para a Conta de Capital, no bloco de Contas de Acumulação (Conta 3) * * CONTA DE USO DA RENDA:BRASIL, 1995- Fonte: IBGE, em R$ 1000 Plan1 Usos Operações e Saldos Recursos Excedente operacional bruto inclusive rendimento de autônomos 298.374.025 Rendimento de autônomos (rendimento misto) 38.128.990 Excedente operacional bruto 260.245.035 Remuneração dos empregados 247.133.039 Residentes 247.075.857 Não-residentes 57.182 Impostos sobre a produção e de importação 104.115.611 Subsídios à produção (–) (–) 3.575.363 13.135.440 Rendas de propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo 3.125.903 636.037.775 Renda Nacional Bruta RNB Plan2 Usos Operações e Saldos Recursos Renda Nacional Bruta 636.037.775 669.595 Transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo(1) 3.994.244 639.362.424 Renda Disponível Bruta(1) RDB (1) Inclui as transferências de capital. Plan3 Usos Operações e Saldos Recursos Renda Disponível Bruta(1) 639.362.424 513.561.741 Consumo final 125.800.683 Poupança Bruta(1) (Sr) (1) Inclui as transferências de capital. * * EQUAÇÃO DA CONTA DE USO DA RENDA RDB – Cpc = Sr Cpc = Consumo Final (Famílias e Administrações Públicas), Sr = Poupança Bruta. * * CEIs: Conta de Acumulação – Conta 3 Na conta de Capital (Conta 3.1) a Poupança Bruta é o recurso que deve financiar a Formação Bruta de Capital Fixo e a Variação de Estoque O saldo dessa conta se constitui na Capacidade ou Necessidade de Financiamento da economia nacional, que corresponde, como veremos na Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo, ao saldo em Transações Correntes do Balanço de Pagamentos A relação entre a Conta de Acumulação e as Contas Correntes decorre do fato de a Poupança Bruta poder ser utilizada para adquirir ativos financeiros e não-financeiros Quando a Poupança Bruta de um país é inferior à sua Formação Bruta de Capital, como no caso do Brasil, a diferença deve ser financiada através da cessão de ativos financeiros ou reais ou aceitação de dívidas, buscando poupança no exterior * * CONTA DE CAPITAL:BRASIL, 1995- Fonte: IBGE, em R$ 1000 Plan1 Usos Operações e Saldos Recursos Poupança bruta(1) 125.800.683 132.753.432 Formação bruta de capital fixo 11.273.743 Variação de estoque (–)18.226.492 Capacidade (+) ou necessidade (–) de financiamento.(1) (1) Inclui as transferências de capital. Conta 1 – Conta de bens e serviços do resto do mundo com a economia nacional 49.916.655 Exportação de bens e serviços Importação de bens e serviços 61.314.054 11.397.399 Saldo externo de bens e serviços Conta 2 – Conta de distribuição primária da renda e transferências correntes do resto do mundo com a economia nacionla Saldo externo de bens e serviços 11.397.399 57.182 Remuneração dos empregados não-residentes 201.387 3.125.903 Rendas de propriedade enviadas e recebidas 13.135.440 do resto do mundo 3.994.244 Transferências correntes enviadas e recebidas 669.595 do resto do mundo(1) 18.226.492 Saldo externo corrente (1) (1) Inclui as transferências de capital. Plan2 Plan3 * * EQUAÇÃO DA CONTA DE CAPITAL Sr – ( FBCFpc + VE) = +- Sext Sext = Capacidade ou Necessidade de Financiamento, que equivale à Poupança Externa. * * Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Traduz as operações que compõem as Transações Correntes do Balanço de Pagamentos É apresentada sob a ótica do resto do mundo, o que significa, por exemplo, que as importações de bens e de serviços de não-fatores são recursos do resto do mundo e as exportações de bens e de serviços de não-fatores são usos Essa conta evidencia, também, os pagamentos e recebimentos de serviços de fatores entre a economia nacional e o resto do mundo Assim, são lançados em ambos os lados as remunerações dos empregados, os rendimentos de propriedade (rendas de capital e outros serviços de fatores) e as transferências correntes O saldo dessa conta é equivalente ao saldo do Balanço de Pagamentos em Conta Corrente Se positivo, indica a capacidade de financiamento da economia nacional, Se negativo, a necessidade de financiamento do resto do mundo * * OPERAÇÕES CORRENTES COM O RESTO DO MUNDO:BRASIL, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000 Plan1 Usos Operações e Saldos Recursos Conta 1 - Conta de bens e serviços do resto do mundo com a economia nacional 49.916.655 Exportação de bens e serviços Importação de bens e serviços 61.314.054 11.397.399 Saldo externo de bens e serviços Conta 2 – Conta de distribuição primária da renda e transferências correntes do resto do mundo com a economia nacionlal Saldo externo de bens e serviços 11.397.399 57,182 Remuneração dos empregados não-residentes 201,387 3.125.903 Rendas de propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo 13.135.440 3.994.244 Transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo(1) 669,595 18.226.492 Saldo externo corrente (1) (1) Inclui as transferências de capital. Plan2 Plan3 * * EQUAÇÃO DA CONTA DE OPERAÇÕES COM O RESTO DO MUNDO Xfob – Mcif + (Wr - Wnr) + RLP + Tr = + - Sext (Wr - Wnr) = Saldo das remunerações a não-residentes (pagas por não-residentes – Wr- - e pagas por residentes – Wnr) (Wr - Wnr) + RLP + Tr = RLE. * * Tabelas de Recursos e Usos - TRUs As TRUs apresentam as operações das Contas de Bens e Serviços, de Produção, e a de Geração da Renda (distribuição operacional da renda) por setor de atividade econômica, ou seja, permite estimar o PIB pelas óticas do produto, da renda e da despesa Integra também as TRUs o total de pessoas ocupadas em cada atividade * * TABELA DE RECURSOS E USOS – 43 setores de atividade Plan1 Usos Operações e Saldos Recursos Poupança bruta(1) 125.800.683 132.753.432 Formação bruta de capital fixo 11.273.743 Variação de estoque (–)18.226.492 Capacidade (+) ou necessidade (–) de financiamento.(1) (1) Inclui as transferências de capital. Conta de bens e serviços do resto do mundo 49.916.655 Exportação de bens e serviços Importação de bens e serviços 61.314.054 11.397.399 Saldo externo de bens e serviços Conta 2 – Conta de distribuição primária da renda e transferênciascorrentes do resto do mundo com a economia nacionla Saldo externo de bens e serviços 11.397.399 57.182 Remuneração dos empregados não-residentes 201.387 3.125.903 Rendas de propriedade enviadas e recebidas 13.135.440 do resto do mundo 3.994.244 Transferências correntes enviadas e recebidas 669.595 do resto do mundo(1) 18.226.492 Saldo externo corrente (1) (1) Inclui as transferências de capital. Plan2 I. Tabela de recursos de bens e serviços Oferta Total Produção Importação Quadrante A = Quadrante A1 + Quadrante A2 II. Tabela de usos de bens e serviços Oferta Total Consumo Intermediário Demanda Final Quadrante A = Quadrante B1 + Quadrante B2 Componentes do Valor Adicionado Quadrante C Plan3 * * ESTIMATIVA DE VALOR DA PRODUÇÃO O princípio que orienta a estimativa do valor da produção dos setores é baseado no valor das receitas de venda dos bens e serviços, acrescido da variação dos estoques, quando aplicável Tratamentos especiais: margens de Comércio e Transportes, imputação de valores de serviços financeiros e setor de Aluguéis. * * ESTIMATIVA DE VALOR DA PRODUÇÃO O valor da produção do setor de Comércio equivale ao valor da produção do produto margem de comércio, e para o IBGE esse valor é estimado pela diferença entre o valor de venda e o valor de compra das mercadorias adquiridas para revenda, ajustado pela variação de estoques A produção de Transporte equivale ao serviço de transporte realizado por terceiros Estes dois setores têm este tratamento especial pois os produtos por eles gerados não são consumidos de maneira convencional, mas estão incorporados no preço final de cada produto Portanto, são considerados na transformação de valores a preços básicos para preços de consumidor * * ESTIMATIVA DE VALOR DA PRODUÇÃO O setor Instituições Financeiras (inclui empresas de seguro) é definido de forma idêntica ao setor institucional de Sociedades Financeiras nas CEIs O conceito de produção delas deve corresponder à atividade realizada pelas empresas financeiras, que consiste em captar recursos financeiros e emprestar a terceiros A remuneração (produção) desse setor de atividade é obtida da seguinte forma: Receitas auferidas por prestação de serviços bancários Receitas provenientes de aluguéis de imóveis O diferencial entre juros e rendimentos de propriedades recebidos e juros pagos (inclusive correção monetária) A diferença entre os prêmios de seguros recebidos e indenizações pagas A maior parte do Valor da Produção do Setor Financeiro é estimada de forma indireta, ou seja, pelo diferencial de juros, ou juros imputados Essa parcela é identificada como Serviços de Intermediação Financeira Indiretamente Medidos – SIFIM (nas TRUs é chamada de dummy financeira) * * ESTIMATIVA DE VALOR DA PRODUÇÃO As Contas Nacionais, por convenção, tratam a produção de serviços de intermediação financeira como consumo intermediário das Instituições Financeiras com valor igual ao da produção Assim, nas TRUs, cria-se a coluna de dummy financeira que representa um setor de atividade fictício, cujo objetivo é absorver o resultado dessas diferenças Observa-se que ao utilizarmos a dummy financeira, alcançamos para a economia como um todo dois valores de valor adicionado: um total e outro deduzindo-se o valor da dummy financeira * * ESTIMATIVA DE VALOR DA PRODUÇÃO O setor de aluguéis é introduzido nas TRUs porque, por convenção, todo bem de capital gera uma renda Essa atividade engloba os aluguéis de bens móveis e imóveis, sendo que no caso dos imóveis inclui também os imóveis residenciais ocupados pelos proprietários, com um valor de aluguel imputado Isto é feito para conciliar a produção desse setor de atividade com o de formação de capital, pois, por convenção, toda produção da indústria da Construção Civil de imóveis residenciais ou comerciais é destinada à formação bruta de capital fixo da economia * * OFERTA DE BENS E SERVIÇOS Quadrante A – apresenta a oferta total a preços de consumidor por produto. Oferta total (produção mais importação) é transformada para preço de consumidor, acrescentando-se as margens de comércio e transporte e os impostos sobre produtos. * * OFERTA DE BENS E SERVIÇOS – Fonte: IBGE Plan1 Brasil: Oferta de Bens e Serviços – 1995 – R$1.000 Tabela de recursos de bens e serviços A1 + A2 Oferta Total a Preço de Consumidor (A) Margem de Comércio Margem de Transporte Impostos sobre Produto Oferta Total a Preço Básico (A1 + A2) Total 1.249.039.114 0 0 74.373.434 1.174.665.680 Plan2 Plan3 * * OFERTA DE BENS E SERVIÇOS As margens de comércio e transporte somam zero para o total da economia Essas margens se constituem no valor da produção desses setores produtivos para se alcançar a estimativa da oferta a preços de consumidor Para evitar dupla contagem, as margens são excluídas quando agregamos todos os setores da economia * * RECURSOS DE BENS E SERVIÇOS A Tabela de Recursos de Bens e Serviços apresenta os totais da oferta de produtos dos setores de atividade (quadrantes A1 e A2). Mostra por setor de atividade a primeira parte da conta de Operação de Bens e Serviços. Quadrante A1 apresenta como a produção dos produtos se distribui entre os setores. Nas colunas está a distribuição dos valores de produção dos setores de atividade. Como a produção das empresas não se restringe necessariamente aos setores de atividade em que estão classificadas, isso implica em dizer que as empresas podem diversificar sua linha de produção, gerando produtos que são de outra atividade – Produções secundárias Nas linhas está a distribuição dos produtos pelas atividades que o produzem. Um produto pode ser produzido por diversos setores de atividade * * RECURSOS DE BENS E SERVIÇOS:BRASIL, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000 Plan1 Brasil: Oferta de Bens e Serviços – 1995 – R$1.000 Tabela de recursos de bens e serviços A1 + A2 Oferta Total a Preço de Consumidor (A) Margem de Comércio Margem de Transporte Impostos sobre Produto Oferta Total a Preço Básico (A1 + A2) Total 1.249.039.114 0 0 74.373.434 1.174.665.680 Plan2 Brasil: Produção das Atividades, Importação e Oferta Total – 1995 – R$1.000 Tabela de recursos de bens e serviços Descrição Total da Produção Total das Importações Oferta Total a Preços Básicos do Produto A1 (total das A2 A1+ A2 linhas) Agropecuária 78.433.497 2.289.139 80.722.636 Extrativa Mineral 10.936.436 3.661.864 14.598.300 Indústria de Transformação 414.350.374 45.806.357 460.156.731 Serviços Industriais de Utilidade Pública 28.627.561 922.439 29.550.000 Construção Civil 91.330.688 0 91.330.688 Comércio 67.588.224 355.475 67.943.699 Transporte 39.003.860 2.505.314 41.509.174 Comunicações 10.155.185 49.784 10.204.969 Instituições Financeiras 61.999.911 322.195 62.322.106 Aluguéis 65.509.806 966 65.510.772 Administração Pública 126.658.919 0 126.658.919 Outros Serviços 118.757.165 5.400.521 124.157.686 Total 1.113.351.626 61.314.054 1.174.665.680 Plan3 * * USOS DE BENS E SERVIÇOS A Tabela de Usos de Bens e Serviços, nos quadrantes B1 e B2, mostra o destino da produção de cada setor de atividade, por consumo intermediário e categoria de demanda final Para ressaltar que a demanda é igual à oferta, na apresentaçãodessa tabela, repetem-se os valores da Oferta Total a preço de consumidor por setor de atividade A Tabela a seguir sintetiza os totais de Consumo Intermediário (quadrante B1) e Demanda Final (quadrante B2) Os quadrantes B1 e B2 reproduzem a identidade contábil da segunda parte da Conta de Bens e Serviços Oferta Total (por produto) a preços de consumidor = Consumo Intermediário (bens nacionais e importados) (CIpc) + Consumo Final (Cpc) + Formação Bruta de Capital Fixo (FBCFpc) + Variação de Estoques (VE) + Exportações de Bens e Serviços (Xfob) (CIpc)+(Cpc) +(FBCFpc) + (VE) + (Xfob) Quadrante B1 - linhas informam como os bens produzidos num setor são consumidos pelos demais setores. Colunas totalizam o consumo intermediário de cada setor de atividade. * * USOS DE BENS E SERVIÇOS:BRASIL, 1995 – Fonte: IBGE, em R $ 1000 Plan1 Plan2 Plan3 Tabela de usos de bens e serviços Descrição do Produto Oferta Total a Preço de Consumidor A Total do Consumo Intermediário B1 Demanda Final B2 A Agropecuária 92.509.232 58.565.931 33.943.301 Extrativa Mineral 16.831.150 13.594.484 3.236.666 Indústria de Transformação 578.349.832 295.597.010 282.752.822 Serviços Industriais de Utilidade Pública 32.727.170 22.191.627 10.535.543 Construção Civil 91.644.544 8.992.036 82.652.508 Comércio 8.145.799 7.806.773 339.026 Transporte 31.632.172 15.658.495 15.973.677 Comunicações 12.114.967 6.491.769 5.623.198 Instituições Financeiras 64.961.742 51.494.674 13.467.068 Aluguéis 65.513.443 8.690.821 56.822.622 Administração Pública 126.658.919 0 126.658.919 Outros Serviços 127.950.144 52.449.923 75.500.221 Total 1.249.039.114 541.533.543 Tabela 3.4 Brasil: Valor Adicionado por setor de atividade – 1995 – (R$ 1.000) Valor Adicionado Total do Valor da Produção do Setor Total do Consumo Intermediário por Setor Descrição do Produto (total das colunas) (total das colunas) A1 B1 C Agropecuária 51.492.824 83.299.692 31.806.868 Extrativa Mineral 4.944.839 10.181.425 5.236.586 Indústria de Transformação 136.739.102 395.685.039 258.945.937 Serviços Industriais de Utilidade Pública 15.295.495 27.771.930 12.476.435 Construção Civil 52.708.207 91.348.289 38.640.082 Comércio 51.077.975 82.121.621 31.043.646 Transporte 19.628.211 40.071.847 20.443.636 Comunicações 8.684.995 10.631.222 1.946.227 Instituições Financeiras 45.855.743 62.255.777 16.400.034 Aluguéis 59.558.985 63.093.075 3.534.090 Administração Pública 93.367.860 140.339.186 46.971.326 Outros Serviços 69.034.137 106.552.523 37.518.386 – 36.570.290 0 36.570.290 Total (1) 571.818.083 1.113.351.626 541.533.543 Impostos Líquidos de Subsídios sobre o Produto (Ip) (2) 74.373.434 Valor Adicionado Bruto/ 646.191.517 PIB (1) + (2) Tabela 3.5 Brasil: Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade – 1995 – (R$ 1.000) Valor adicionado Total das Excedente Operacional Bruto inclusive rendimento de autônomo Total do Impostos líquidos de subsídios sobre a produção e a importação Remunerações C Agropecuária 51.492.824 7.094.380 46.326.789 – 1.928.345 Extrativa Mineral 4.944.839 1.296.249 3.315.001 333.589 Indústria de Transformação 136.739.102 39.316.418 84.768.202 12.654.482 Serviços Industriais de Utilidade Pública 15.295.495 7.784.153 6.570.962 940.38 Construção Civil 52.708.207 6.819.152 43.009.131 2.879.924 Comércio 51.077.975 19.445.830 29.097.621 2.534.524 Transporte 19.628.211 9.098.233 9.954.834 575.144 Comunicações 8.684.995 2.903.083 5.451.085 330.827 Instituições Financeiras 45.855.743 24.935.923 18.465.217 2.454.603 Aluguéis 59.558.985 1.121.795 57.986.087 451.103 Administração Pública 93.367.860 92.182.527 0 1.185.333 Outros Serviços 69.034.137 35.279.501 29.999.386 3.755.250 Dummy Financeiro – 36.570.290 0 – 36.570.290 0 Total (1) 571.818.083 247.277.244 298.374.025 26.166.814 Impostos líquidos de subsídios sobre produto (Ip) (2) 74.373.434 Valor adicionado da economia 646.191.517 (1) + (2) * * VALOR ADICIONADO POR SETOR DE ATIVIDADE O quadrante C mostra a articulação do sistema entre as contas por setores de atividade e as contas por setores institucionais (Conta 2.1.1 de Geração da Renda). * * VALOR ADICIONADO POR SETOR:BRASIL, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000 Plan1 Plan2 Plan3 Tabela 3.4 Brasil: Valor Adicionado por setor de atividade – 1995 – (R$ 1.000) Descrição do Produto Valor Adicionado C Total do Valor da Produção do Setor A1 Total do Consumo Intermediário por Setor B1 Agropecuária 51.492.824 83.299.692 31.806.868 Extrativa Mineral 4.944.839 10.181.425 5.236.586 Indústria de Transformação 136.739.102 395.685.039 258.945.937 Siup 15.295.495 27.771.930 12.476.435 Construção Civil 52.708.207 91.348.289 38.640.082 Comércio 51.077.975 82.121.621 31.043.646 Transporte 19.628.211 40.071.847 20.443.636 Comunicações 8.684.995 10.631.222 1.946.227 Instituições Financeiras 45.855.743 62.255.777 16.400.034 Aluguéis 59.558.985 63.093.075 3.534.090 Administração Pública 93.367.860 140.339.186 46.971.326 Outros Serviços 69.034.137 106.552.523 37.518.386 – 36.570.290 0 36.570.290 Total (1) 571.818.083 1.113.351.626 541.533.543 Imp.Líq.Subs. S/ Produto (Ip) (2) 74.373.434 PIB (1) + (2) 646.191.517 Tabela 3.5 Brasil: Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade – 1995 – (R$ 1.000) Valor adicionado Total das Excedente Operacional Bruto inclusive rendimento de autônomo Total do Impostos líquidos de subsídios sobre a produção e a importação Remunerações C Agropecuária 51.492.824 7.094.380 46.326.789 – 1.928.345 Extrativa Mineral 4.944.839 1.296.249 3.315.001 333.589 Indústria de Transformação 136.739.102 39.316.418 84.768.202 12.654.482 Serviços Industriais de Utilidade Pública 15.295.495 7.784.153 6.570.962 940.38 Construção Civil 52.708.207 6.819.152 43.009.131 2.879.924 Comércio 51.077.975 19.445.830 29.097.621 2.534.524 Transporte 19.628.211 9.098.233 9.954.834 575.144 Comunicações 8.684.995 2.903.083 5.451.085 330.827 Instituições Financeiras 45.855.743 24.935.923 18.465.217 2.454.603 Aluguéis 59.558.985 1.121.795 57.986.087 451.103 Administração Pública 93.367.860 92.182.527 0 1.185.333 Outros Serviços 69.034.137 35.279.501 29.999.386 3.755.250 Dummy Financeiro – 36.570.290 0 – 36.570.290 0 Total (1) 571.818.083 247.277.244 298.374.025 26.166.814 Impostos líquidos de subsídios sobre produto (Ip) (2) 74.373.434 Valor adicionado da economia 646.191.517 (1) + (2) * * COMPONENTES DO VA POR SETOR:BRASIL, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000 Plan1 Plan2 Plan3 Tabela 3.4 Brasil: Valor Adicionado por setor de atividade – 1995 – (R$ 1.000) Descrição do Produto Agropecuária51.492.824 83.299.692 31.806.868 Extrativa Mineral 4.944.839 10.181.425 5.236.586 Indústria de Transformação 136.739.102 395.685.039 258.945.937 Siup 15.295.495 27.771.930 12.476.435 Construção Civil 52.708.207 91.348.289 38.640.082 Comércio 51.077.975 82.121.621 31.043.646 Transporte 19.628.211 40.071.847 20.443.636 Comunicações 8.684.995 10.631.222 1.946.227 Instituições Financeiras 45.855.743 62.255.777 16.400.034 Aluguéis 59.558.985 63.093.075 3.534.090 Administração Pública 93.367.860 140.339.186 46.971.326 Outros Serviços 69.034.137 106.552.523 37.518.386 – 36.570.290 0 36.570.290 Total (1) 571.818.083 1.113.351.626 541.533.543 Imp.Líq.Subs. S/ Produto (Ip) (2) 74.373.434 PIB (1) + (2) 646.191.517 Tabela 3.5 Brasil: Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade – 1995 – (R$ 1.000) Remunerações EOB + rend.autônomo Imp. Liq. Subs.s/ (W + Wnr) (EOB) (Im – Sb) – Ip Agropecuária 51.492.824 7.094.380 46.326.789 – 1.928.345 Ext. Min. 4.944.839 1.296.249 3.315.001 333.589 Ind.de Transf. 136.739.102 39.316.418 84.768.202 12.654.482 SIUP 15.295.495 7.784.153 6.570.962 940.38 Const.Civil 52.708.207 6.819.152 43.009.131 2.879.924 Comércio 51.077.975 19.445.830 29.097.621 2.534.524 Transporte 19.628.211 9.098.233 9.954.834 575.144 Comunicações 8.684.995 2.903.083 5.451.085 330.827 Instituições Financeiras 45.855.743 24.935.923 18.465.217 2.454.603 Aluguéis 59.558.985 1.121.795 57.986.087 451.103 Administração Pública 93.367.860 92.182.527 0 1.185.333 Out.Serviços 69.034.137 35.279.501 29.999.386 3.755.250 Dummy Financeiro – 36.570.290 0 – 36.570.290 0 Total (1) 571.818.083 247.277.244 298.374.025 26.166.814 Imp. Líq. Subs.s/Produto (Ip) (2) 74.373.434 Valor adicionado da economia 646.191.517
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