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1 
Módulo 1 – Conceito de lógica 
 
 
A Lógica Formal 
 
O que é lógica formal? 
A palavra “lógica” origina-se do grego clássico, do vocábulo lógos, que significa 
palavra, pensamento, idéia, argumento, relato, razão lógica ou princípio lógico. A 
Lógica é uma ciência de base matemática e muito ligada à Filosofia. Ela tem como 
objetivo apresentar, através de uma pesquisa rigorosa das estruturas do pensamento, 
as regras que devem ser seguidas na elaboração de raciocínios válidos e corretos. 
 
Como o pensamento é a manifestação do conhecimento e este visa à obtenção da 
verdade, faz-se necessário o estabelecimento de regras para que tal meta consiga ser 
alcançada. Destarte, a lógica é o ramo da filosofia que estabelece as regras do pensar 
correto. O estudo da lógica só adquire sentido ela é vista, de fato, como um meio de 
garantir que o pensamento aja de maneira correta, chegando, assim, ao 
conhecimentos tidos como “verdadeiros”. 
 
Lógica natural x Lógica científica 
A Lógica é uma ciência, um sistema de conhecimentos definidos, alicerçados em 
princípios de caráter universal. No que tange a tal aspecto, a Lógica filosófica se 
diferencia da Lógica espontânea ou empírica. A Lógica natural nada mais é do que 
uma aptidão inata do espírito empregada pelas faculdades intelectuais, mas sem ser 
capaz de justificar racionalmente por meio de princípios universais. A Lógica científica 
faz parte da filosofia normativa. Ela tem como objetivo central definir quais devem ser 
as operações intelectuais utilizadas na satisfação das exigências de um pensamento 
correto. Ela determina as condições, não de exigência, mas de legitimidade. 
 
A lógica aristotélica 
A lógica tem como base a boa elaboração dos argumentos, que são as estratégias 
lingüísticas empregadas na defesa de uma tese. A obra fundadora da lógica clássica é 
Organon, de Aristóteles. Aristóteles nasceu em Estagira, na Calcídia (384 a.C. - 322 
a.C.). Ele foi aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande e é considerado um 
dos maiores pensadores de todos os tempos. Juntamente com Sócrates e Platão, ele 
figura entre os mais influentes filósofos gregos e deixou contribuições em diversas 
áreas do conhecimento humano, tais como: ética, política, física, metafísica, lógica, 
psicologia, poesia, retórica, zoologia, biologia e história natural. 
 
No intuito de mostrar que os sofistas, mestres da retórica e da oratória, eram capazes 
de enganar os cidadãos, empregando argumentos incorretos, Aristóteles passou a 
estudar a estrutura lógica da argumentação. Através desse estudo, ele chegou à 
conclusão de que alguns argumentos podem ser convincentes, a despeito de não 
serem corretos. 
 
Segundo Aristóteles, a lógica é um instrumento para atingir o conhecimento científico. 
Apenas pode ser considerado ciência aquilo que é metódico e sistemático. Na obra 
Organon, o filósofo apresenta a lógica como um método do discurso utilizado na 
demonstração, o qual utiliza três tipos de operações da inteligência: 
 
 a) o conceito: é a representação mental dos objetos; 
 b) o juízo: é a afirmação ou negação da relação entre o sujeito e seu predicado; 
 
 
2 
 c) o raciocínio: é o que leva á conclusão a respeito dos diversos juízos presentes no 
discurso; 
 
A lógica formal x a lógica material 
Na concepção de Aristóteles, existem dois tipos de lógica: a lógica formal e a lógica 
material. 
 
 a) a lógica formal ou menor: é a parte da Lógica que visa à definição da forma 
correta das operações intelectuais. Ela assegura o acordo do pensamento consigo 
próprio e, a partir disso, os princípios que ele descobre e as regras que elabora são 
aplicados ao todos os objetos do pensamento. 
 
 b) a lógica material ou maior: e parte da Lógica que determina as leis particulares 
que decorrem da natureza dos objetos a serem conhecidos. Ela define os métodos da 
matemática, da física, da química, das ciências naturais e das ciências morais. 
 
A lógica surge com os gregos e foi especialmente com Aristóteles que adquiriu a sua 
completude e perfeição. Os antigos, entretanto, não forma os únicos a se dedicarem à 
lógica. Alguns autores importantes não podem deixar de ser mencionados: 
 
a) os medievais: Porfírio, Boécio, Abelardo e S. Tomás de Aquino; 
 
b) os modernos: Leibniz, Wolff, Kant, Russel e Whitehead. 
 
Para saber mais sobre esses autores, acesse o Google.com e amplie seus 
conhecimentos 
 
Tudo entendido até aqui? 
Para verificar seu entendimento sobre os tópicos abordados, realiza os exercícios de 
autoavaliação. 
 
 
Aprender a escrever é aprender a pensar 
Aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a pensar, 
aprender a encontrar idéias e a concatená-las, pois, assim como não é possível dar o 
que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprovisionou. 
 
Palavras não criam idéias; estas, se existem, é que, forçosamente, acabam 
corporificando-se naquelas, desde que se aprenda como associá-las e concatená-las, 
fundindo-as em moldes frasais adequados. Quando o estudante tem algo a dizer, 
porque pensou, e pensou com clareza, sua expressão é geralmente satisfatória. 
 
Todos reconhecemos ser ilusão supor — como já dissemos — que se está apto a 
escrever quando se conhecem as regras gramaticais e suas exceções. Há 
evidentemente um mínimo de gramática indispensável (grafia, pontuação, um pouco 
de morfologia e um pouco de sintaxe), mínimo suficiente para permitir que o 
estudante adquira certos hábitos de estruturação de frases modestas mas claras, 
coerentes, objetivas. 
 
A experiência nos ensina que as falhas mais graves das redações resultam menos das 
incorreções gramaticais do que da falta de idéias ou da sua má concatenação. Escreve 
realmente mal o estudante que não tem o que dizer porque não aprendeu a pôr em 
ordem seu pensamento, e porque não tem o que dizer. Portanto, é preciso fornecer-lhe 
 
 
3 
os meios de disciplinar o raciocínio, de estimular-lhe o espírito de observação os fatos 
e ensiná-lo a criar ou aprovisionar idéias: ensinar, enfim, a pensar. 
 
Da validade dos fatos 
Os fatos em si mesmos às vezes não bastam: para que provem é preciso que sua 
observação seja acurada e que eles próprios sejam adequados, relevantes, típicos ou 
característicos, suficientes e fidedignos. 
 
A simples leitura de uma reportagem sobre o crime supostamente praticado por 
Fulano não me pode permitir afirmar com certeza que o suspeito é de fato o criminoso: 
nessas circunstâncias não houve exame acurado dos fatos, não houve sequer 
observação direta, pois os dados disponíveis me vieram de segunda mão. 
 
O cabo eleitoral que, com veemência demagógica, exaltar as virtudes do seu candidato, 
certamente não fornecerá ao eleitor em potencial senão os dados abonadores, 
manejados a jeito para tentar convencer: não serão fatos fidedignos, isto é, não 
merecerão fé, pois é suspeita a fonte de onde provieram. Há interesse e pode haver 
malícia. 
 
Se alguém nos tentasse convencer de que a fundação de Brasília foi apenas 
desperdício de dinheiro porque Goiânia ou Belo Horizonte, cidades também do 
interior, poderiam perfeitamente funcionar como capital do Brasil, não estaria 
apresentando como razões fatos típicos nem característicos. 
Portanto, conclusões baseadas em fatos dessa ordem hão de ser forçosamente, ou 
provavelmente, falsas. 
 
Verdade x Validade 
A verdade é a correspondência entre o que é pensado e o objeto em si. Quando o que é 
pensado ou falado a respeito de um determinado objeto corresponde à realidade, 
afirma-se que é enunciada a verdade. Se não ocorrer a correspondência, é dita uma 
mentira. 
 
Já a validade está relacionada à estrutura lógica da argumentação, ou melhor, ao 
encadeamento formal e lógico dos raciocínios. Se for apresentada uma argumentação 
que siga determinadas regras, tem-se uma argumentação válida;caso contrário, surge 
um raciocínio inválido. 
 
As leis formais do pensamento 
De acordo com os lógicos, para que se chegue ao raciocínio formalmente válido, é 
imprescindível levar em consideração quatro princípios, os quais servem de critério 
para o conhecimento verdadeiro: 
 
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE: é aquele que afirma a identidade de determinado 
elemento consigo mesmo. Ele pode ser enunciado da seguinte maneira: Toda coisa é o 
que é. 
 
PRINCÍPIO DA (NÃO-) CONTRADIÇÃO: determina que um elemento, se for 
considerado sob o mesmo aspecto, não pode, ao mesmo tempo, ser e não-ser; 
portanto, coisa alguma pode ter ou não ter, simultaneamente, determinada 
propriedade. 
 
PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: defende que, caso seja dada uma 
determinada noção, ou ela tida como verdadeira ou como falsa. Em outras palavras, 
não existe um meio-termo entre a afirmação e a negação. De acordo com tal princípio, 
 
 
4 
apenas existem duas maneiras de ser e, portanto, de dois juízos contraditórios, um é 
obrigatoriamente verdadeiro e o outro falso. 
 
PRINCÍPIO DA RAZÃO SUFICIENTE: esta lei não é apresentada por Aristóteles e 
pelos escolásticos. Ela foi primeiramente elaborada por Leibniz (1646-1716) em sua 
obra La Monadologia. Leibniz diz o seguinte: “Fato algum pode ser tomado como 
verdadeiro ou existente, nem algum enunciado ser considerado verídico, sem que haja 
uma razão suficiente para ser assim e não de outro modo”. 
 
Métodos Fundamentais de Raciocínio 
Em linguagem vulgar, método é a melhor maneira de fazer as coisas. Quando se diz 
que alguém não tem método de trabalho, quer-se dar a entender que os meios de que 
se serve para realizar determinada tarefa não são os mais adequados nem os mais 
eficazes; por isso, perde tempo, desperdiça esforço e energia, faz, desfaz, refaz e não 
realiza a contento os propósitos colimados. 
 
Etimologicamente, método (meta: através de, odos: caminho) é o caminho através do 
qual se chega a um fim ou objetivo. Do ponto de vista da Lógica, é o conjunto dos 
meios ou processos empregados pelo espírito humano para a investigação, a 
descoberta e a comprovação da verdade. Método implica, assim, uma direção, um 
rumo, regularmente seguido nas operações mentais. 
 
Distinguem-se, primordialmente dois tipos de operações mentais na busca da verdade, 
vale dizer, dois métodos fundamentais de raciocínio: a indução (que vai do particular 
para o geral) e a dedução (que parte do geral para o particular): “Mostrar como uma 
conclusão deriva de verdades universais já conhecidas (...) é proceder por via 
dedutiva ou silogística. 
 
Mostrar como uma conclusão é tirada da experiência sensível, ou, em outras palavras, 
resolver uma conclusão nos fatos dos quais nosso espírito a extrai como de uma 
matéria é proceder por via indutiva. É neste sentido que Aristóteles e Sto. Tomás 
ensinam que nós temos somente dois meios de adquirir a ciência, a saber, o 
Silogismo, que procede a partir das verdades universais, e a Indução, que procede a 
partir dos dados singulares, dependendo formalmente todo o nosso conhecimento dos 
primeiros princípios evidentes por si mesmos, e tirando materialmente sua origem da 
realidade singular e concreta percebida pelos sentidos.” 
 
Método indutivo / Raciocínio indutivo 
Pela indução, partimos da observação e análise dos fatos, concretos, específicos, para 
chegarmos à conclusão, à norma, regra, lei, princípio, quer dizer à generalização. Em 
outros termos: o processo mental busca a verdade partindo de dados particulares 
conhecidos para princípios de ordem geral desconhecidos. Parte do efeito para a 
causa. É um raciocínio a posteriori. 
 
Vejamos um fato específico, um caso particular: a substituição dos bondes pelos 
ônibus elétricos. Trata-se de chegar a uma conclusão, de descobrir o que é melhor — e 
filosoficamente, moralmente, o melhor é a verdade. Mas os caminhos que levam à 
verdade nem sempre são muito fáceis. A opinião pública está dividida: uns defendem a 
medida como solução ideal para o problema dos transportes coletivos, que os bondes 
já não atendem satisfatoriamente; outros a condenam de maneira taxativa. Na própria 
Assembléia Legislativa, a questão tem dado motivo a longos debates. 
 
Pois bem: que faria um repórter ou um assessor técnico, desejosos de “tirar a 
questão a limpo”, como vulgarmente se diz? Sairiam pelas ruas a colher dados 
 
 
5 
concretos, exemplos, testemunhos, fatos, em suma, fatos capazes de provar a 
conveniência ou não da medida preconizada pelas autoridades: quantos passageiros 
conduzem os bondes em cada viagem, e quantos conduzirão os ônibus elétricos? 
quantas viagens pode fazer cada percurso de ida-e-volta de cada um deles? quanto 
tempo haverá de espera nas filas dos ônibus elétricos? quais as condições de conforto 
em uns e outros? 
 
Eis aí alguns dos fatos a serem observados, analisados, confrontados, antes de se 
chegar a uma conclusão. Se os fatos observados forem típicos, adequados, suficientes, 
relevantes e fidedignos, a conclusão a que se chegue representará a melhor solução 
para o caso. O chefe de relações públicas da empresa concessionária (admitamos que 
a solução seja favorável aos ônibus elétricos) poderá, então, baseado nos fatos 
apurados pelo assessor técnico, fazer a declaração: “O ônibus elétrico é a solução para 
o grave problema dos transportes urbanos nesta luminosa cidade de São Sebastião do 
Rio de Janeiro”. 
 
Agindo dessa forma, o assessor e o repórter teriam adotado o método indutivo, 
partido, como partiram, dos fatos particulares ou específicos para a conclusão ou 
generalização. Partiram do que era conhecido (bondes e ônibus elétricos) para o 
desconhecido (só ônibus elétricos), isto é, a solução, a conclusão, o princípio ou norma 
ou diretriz, em suma: a verdade, que é sempre a melhor solução. 
 
Testemunho autorizado 
Nem sempre é possível examinar todos os fatos “ao vivo”, vale dizer, observá-los 
diretamente, pessoalmente. Outros já podem tê-lo feito em condições satisfatórias, 
tendo em vista outros propósitos, visando a outras conclusões. O estudante poderá 
aproveitar o resultado dessas pesquisas e acrescentar o das suas próprias. 
 
A ciência não é obra exclusivamente individual, mas resultado de um esforço coletivo, 
ao longo do tempo, através de gerações, pelo acúmulo de pesquisas e conclusões 
parciais, provisórias ou definitivas. Quando, na pesquisa da verdade, nos baseamos 
em afirmações alheias dignas de crédito, nos servimos de testemunhos autorizados, 
estamos aplicando o que se chama de métodos de autoridade. Desde que o 
pesquisador não se submeta servilmente, cegamente, ao testemunho alheio, mas, ao 
contrário, o acolha com espírito crítico, o método de autoridade constitui processo de 
investigação da verdade indispensável ao progresso da ciência. 
 
Analogia e comparação 
 
Analogia 
É uma semelhança parcial que sugere uma semelhança oculta, mais completa. 
 
1) As semelhanças são apenas imaginárias. 
 
2) Tenta-se explicar o desconhecido pelo conhecido, o estranho pelo familiar. 
 
3) Grande valor didático. 
 
4) Sua estrutura gramatical inclui expressões próprias da comparação: como, tal qual, 
semelhante a, parecido com. 
 
Veja o exemplo a seguir! 
 
 
 
6 
O Sol é muitíssimo maior do que a Terra, e está ainda tão quente que é como uma 
enorme bola incandescente, que inunda o espaço em torno com luz e calor. Nós aqui 
na Terra não poderíamos passar muito tempo sem a luz e o calor que nos vem do sol, 
apesar de sabermos produzir aqui mesmo tanto luz como calor. Realmente podemos 
acender uma fogueira para obtermos luz e calor. Mas a madeira que usamos veio de 
arvores, e as plantas não podem viver sem luz. Assim, se temos lenha, é porque a luz 
do sol tornou possível o crescimento das florestas. 
 
1) É uma comparação quanto à forma, mas na essência é uma analogia.2) Tenta-se explicar o desconhecido (Sol) pelo conhecido (bola incandescente). 
 
3) Semelhança apenas parcial: há outras, enormes, diferenças entre o Sol e uma bola de 
fogo. 
 
 Comparação 
 
1) As semelhanças são mais reais, sensíveis. 
 
2) São expressas numa forma verbal própria: parecer, lembrar, dar uma idéia, 
assemelhar-se. 
 
3) Utilização dos chamados conectivos de comparação: como, quanto, do que, tal qual. 
 
Veja o exemplo! 
Esta casa parece um forno, de tão quente que é. 
 
Método dedutivo / Raciocínio dedutivo 
Se, pelo método indutivo, partimos dos fatos particulares para a generalização, pelo 
dedutivo, “caminhamos” em sentido inverso: do geral para o particular, da 
generalização para a especificação, do desconhecido para o conhecido. É método a 
priori: da causa para o efeito. 
 
O raciocínio dedutivo e o cotidiano — o entimema 
 
O raciocínio dedutivo preside ou condiciona praticamente a totalidade do nosso 
comportamento diário. As mais simples ações, reações ou atitudes mentais tanto 
quanto as mais complexas — seja a compra de uma dúzia de laranjas, seja a 
demonstração de um teorema — implicam um raciocínio dedutivo. 
 
Nem sempre, entretanto, temos consciência de se estar elaborando em nós mesmos 
um silogismo completo. Às vezes, o que aflora no plano da consciência é apenas a 
conclusão, traduzida em expressão verbal, em ações, impulsos ou comandos. Mas, 
antes dela, ou melhor, por baixo dela, subjaz como nos iceberg uma elaborada série de 
processos mentais, que chega a ser bem extensa quando inclui ainda a indução, que, 
como sabemos, fornece os elementos ou dados para a generalização que vai ser a 
premissa maior do silogismo dedutivo. É freqüente omitir-se a premissa maior quando 
se aceita pacificamente, tacitamente, a regra ou norma que nela se contém. Resulta 
daí um silogismo truncado ou incompleto, a que a lógica dá o nome de entimema: 
“J.C. é acusado de fraude; logo, não deve ser eleito”, J.C. lê Marx; logo, é comunista”. 
 
 
Não é preciso declarar expressamente que “nenhum indivíduo acusado de fraude deve 
ser eleito” ou que “todo indivíduo que lê Marx é comunista” para se chegar à 
 
 
7 
conclusão. Na prática, às vezes nem mesmo a premissa maior é enunciada: vai-se logo 
à conclusão. Nesta hipótese, porém, quase sempre se impõe uma justificativa, isto é, a 
prova ou razão do que se declara. A justificativa ocorre espontaneamente ou resulta de 
pergunta do interlocutor, quando se trata da língua falada: “Por quë? Por que diz você 
que J.C. não deve ser eleito (ou que é comunista)?” 
 
A vida cotidiana está cheia de situações que se “resolvem” em entimemas. Não é 
preciso dizer com todas as letras que os mentirosos não merecem crédito para não dar 
ouvidos ao que nos diz um mentiroso notório. Basta afirmar: J.C. é um mentiroso 
(“logo, não acredite no que ele diz” é uma conclusão tão espontânea, que se torna 
desnecessário formulá-la. 
 
Tudo entendido até aqui? 
 
 
 
 
Lembre-se de fazer a leitura do Guia de Estudo disponível na Biblioteca Virtual 
Indo além 
 
Vida de São Tomas de Aquino 
http://www.mundodosfilosofos.com.br/aquino.htm 
 
Aristóteles 
http://www.suapesquisa.com/aristoteles/ 
 
Em caso de dúvidas entre em contato com o Orientador 
Acadêmico através da Sala do Tutor

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