Buscar

ALVES, Lourdes (2007) Rede do desenvolvimento local

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
Centro Internacional de Formação da OIT 
Organização Internacional do Trabalho 
Programa Delnet de Desenvolvimento Local 
GP Edição 2006 – 2007 
 
 
 
 
REDE DO DESENVOLVIMENTO LOCAL 
Uma contribuição para dinamizar as forças da sociedade local 
 
 
 
 
 
 
 
Lourdes Alves de Souza 
Rua Dona Rosa Iório, 501 – Freguesia do Ó – CEP 02964-060. 
São Paulo – SP – Brasil 
E-mail lsouza@sp.senac.br 
Telefones: (5511) 2135-0349 (coml) 
 (5511) 3975-4147 (res) 
 (5511) 9639-6545 (cel) 
 
 
 
São Paulo 
2007 
 
 
 2 
Centro Internacional de Formação da OIT 
Organização Internacional do Trabalho 
Programa Delnet de Desenvolvimento Local 
GP Edição 2006 – 2007 
 
 
 
 
 
 
 
REDE DO DESENVOLVIMENTO LOCAL 
Uma contribuição para dinamizar as forças da sociedade local 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto apresentado ao 
Programa de Pós-Graduação – 
Especialização em Gestão do 
Desenvolvimento Local do 
Centro Internacional de 
Formação da OIT – 
Organização Internacional do 
trabalho – Agência 
Especializada das Nações 
Unidas. 
 
 
Orientador: Serviço de Tutoria do Programa Delnet 
 
 
 
São Paulo 
2007
 3 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
Ao Senac São Paulo pelo incentivo e pela oportunidade de reflexão e 
aprendizado. 
Ao Programa Delnet, a compreensão e apoio dos tutores e especialistas pelas 
orientações e sugestões de leitura facilitando o trabalho de pesquisa e 
conclusão do curso. 
Aos companheiros de equipe e a todas as pessoas que contribuíram para que 
este projeto fosse construído e implementado. 
A todas as organizações responsáveis pela oportunidade de participação e 
aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. 
Mahatma Gandhi 
 
 4 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Este projeto de Desenvolvimento Local para o município de Monteiro Lobato, 
localizado no Estado de São Paulo – município de destaque nacional, 
principalmente porque ali viveu Monteiro Lobato, importante escritor brasileiro – 
aborda algumas contribuições para estabelecer e dinamizar parcerias 
intersetoriais, com a finalidade de promover iniciativas autônomas de geração 
de renda, estimular o empreendedorismo social, valorizar as pessoas e suas 
idéias, as micro e pequenas empresas, além de apoiar e fortalecer propostas de 
governo e as políticas públicas de desenvolvimento. 
 
Como diferencial, pretende dotar as pessoas e as organizações, que compõem 
a Rede do Desenvolvimento Local, de conhecimentos para a busca de 
estratégias que os levem a ver e tratar, de forma sistêmica, a localidade e seus 
recursos e identificar as relações e oportunidades possíveis, no momento, e 
descobrir outras, possibilitando analisar e avaliar os limites e o potencial das 
atividades que aquela comunidade oferece. 
 
Na análise do cenário local, com a participação da comunidade, elabora um 
diagnóstico com as lacunas e carências existentes e propõe um Plano de Ação, 
centrado na revisão e avaliação da realidade local e organizado, a partir de 
eixos temáticos, propostos pelo Instituto Cidadania, no Programa Nacional de 
Apoio ao Desenvolvimento Local. São eles: Articulação e Mobilização; 
Educação e Capacitação; Trabalho, Emprego e Renda; Tecnologia, Informação 
e Comunicação Financiamento e Comercialização; Desenvolvimento 
Institucional; Sustentabilidade Ambiental. 
 
Neste trabalho, esses eixos são considerados fundamentais para o 
enfrentamento e superação dos problemas, na busca do desenvolvimento 
humano, social, econômico, cultural e ambiental com sustentabilidade. 
 
As propostas de ação, sugeridas à Rede do Desenvolvimento Local, serão 
implementadas no curto, médio e longo prazos, de acordo com as prioridades 
da cidade e previstas para uma década. 
 
 
 
 
 
 
 5 
SUMÁRIO 
1 APRESENTAÇÃO DO PROPONENTE...................................................................... 6 
2 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 6 
3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 8 
Diagnóstico........................................................................................................................ 9 
3.1 Objetivo Geral ........................................................................................................... 10 
3.2 Objetivos Específicos ................................................................................................ 11 
3.3 Público-Alvo.............................................................................................................. 11 
4 CONTEXTO E MOTIVO DA ESCOLHA ............................................................. 11 
5 HISTÓRICO DO MUNICÍPIO E CARACTERIZAÇÃO DA CIDADE ............ 12 
6 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO................................................................. 15 
6.1 Gestão do Projeto ...................................................................................................... 16 
6.2 Eixos de Atuação:...................................................................................................... 16 
6.2.1 Articulação e mobilização comunitária .................................................................. 16 
6.2.2 Educação e capacitação .......................................................................................... 18 
6.2.3 Trabalho, Emprego e Renda ................................................................................... 23 
6.2.4 Tecnologia e Comunicação .................................................................................... 24 
6.2.5 Financiamento e Comercialização.......................................................................... 26 
6.2.6 Desenvolvimento Institucional ............................................................................... 26 
6.2.7 Sustentabilidade Ambiental.................................................................................... 28 
7 METODOLOGIA DO PROJETO........................................................................... 29 
8 AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO.................................................................. 29 
8.1 Indicadores de Processo ............................................................................................ 30 
9 CONCLUSÃO............................................................................................................ 31 
10 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 32 
11 – ANEXO ................................................................................................................... 33 
 6 
 
 
 
1 APRESENTAÇÃO DO PROPONENTE 
 
Aluna do Curso de Especialização do Programa DELNET de Apoio ao 
Desenvolvimento Local, possui interesse acadêmico na aplicação e 
desenvolvimento deste projeto. 
 
Faz parte da equipe de Desenvolvimento Social do Senac São Paulo, na 
coordenação de Projetos de Indução ao Desenvolvimento Local, Fomento e 
Mediação de Redes Sociais. 
 
Capacitada pela AED – Agência de Educação para o Desenvolvimento Local 
Integrado e Sustentável, como Agente de Desenvolvimento Local, foi mediadora 
voluntária no fomento da Rede Social com vistas ao Desenvolvimento Local, na 
cidade de Monteiro Lobato, Estado de São Paulo, durante o ano de 2006, a 
convite de um conjunto de organizações sociais interessadas em conhecer os 
princípios da economia solidária e a organização em rede. 
 
 
2 INTRODUÇÃO 
 
Cresce o número de experiências em Desenvolvimento Local no país,atingindo, aproximadamente 8.400 casos, segundo cadastro da Fundação 
Getúlio Vargas. Para melhor exemplificar, somente o Senac São Paulo é 
responsável pelo fomento de trinta e três desses processos no Estado, sendo 
vinte e oito experiências no interior e cinco na capital. Surgiram, a partir do 
investimento em capital social, que possibilitou a criação de uma estrutura 
gerencial e uma metodologia de indução ao desenvolvimento local. 
 
Vale ressaltar que outra importante contribuição é o Projeto Política Nacional de 
Apoio ao Desenvolvimento Local, do Instituto Cidadania, uma proposta 
elaborada por uma rede pluralista e suprapartidária, a qual reúne especialistas 
de 69 organizações reconhecidas nacionalmente. O documento, em fase, está 
baseado em oito eixos temáticos e pretende ser uma referência para todo o 
território nacional, como experiência inovadora de política social, depois de 
entregue à Presidência da República. 
 
Essas experiências serviram de inspiração para a elaboração deste projeto, 
cujo objetivo é dinamizar as forças criativas e empreendedoras da sociedade 
local, por meio da implementação de ações articulados, juntamente com 
recursos públicos e privados, organizações sociais e da comunidade em geral. 
 
Tendo em vista a extensão territorial e a diversidade regional do país, pensar o 
desenvolvimento, a partir da localidade, dos recursos endógenos, baseados nas 
parcerias intersetoriais e sustentados por princípios de horizontalidade, 
democracia, transparência, cooperação e trabalho conjunto, produz um 
processo inovador e de múltiplas aprendizagens, capaz de estabelecer uma 
 7 
estrutura de organização social, centrada nos princípios de justiça e de 
inclusão. 
 
O povo brasileiro é reconhecido por sua atitude solidária, descontração, 
criatividade e força de trabalho, elementos valiosos para construir o capital 
social e criar redes de solidariedade que incentivem parcerias compostas por 
todos os setores da sociedade. 
 
Entretanto, um dos principais desafios existentes na comunidade e a ser 
enfrentado pelos agentes do desenvolvimento, é a mudança do Modelo Mental, 
que consiste em mudar a forma de pensar, fazer e agir na sociedade. 
Atualmente, o Modelo Mental é sustentado por crenças e valores que 
favorecem mudanças, com a possibilidade de criar novas formas de ver e ser, 
uma vez que a era do conhecimento reconhece e destaca as pessoas como 
fator de mudança, inovação e desenvolvimento. 
 
Verifica-se, contudo, que ainda é grande o modelo de estrutura de organização 
social, baseado na hierarquia, submissão e controle. Isso tem gerado uma 
cultura de competição que impede o desenvolvimento, à medida que contribui 
para o surgimento de pessoas ou grupos, em confronto de forças e 
estabelecendo relações de poder autoritárias e antidemocráticas. 
 
Assim sendo, este projeto pretende incentivar e propor o estabelecimento de 
parcerias que tenham como base a cooperação, em torno de objetivos comuns, 
e mantenham uma relação de confiança e horizontalidade entre as pessoas, a 
Rede Social e a comunidade, a fim de que possam empreender coletivamente e 
acreditar na força conjunta como fator de mudança. 
 
Desobstruir barreiras e construir pontes entre as pessoas e as organizações de 
uma sociedade é a principal função das metodologias de Desenvolvimento 
Local, uma vez que, quando são criadas condições favoráveis de convivência, 
com respeito e tolerância às diferenças, eqüidade e democracia, elas 
encorajam e fortalecem as relações comunitárias, gerando uma cultura de não 
violência, colaborativa e de interdependência entre os atores sociais a favor de 
projetos de interesse comum. 
 
Desse modo, a gestão de pessoas e o papel das lideranças possuem 
importância significativa, cabendo-lhes a responsabilidade pela aplicação das 
tecnologias de convivência, ou seja, a comunicação dialógica, a mediação no 
enfrentamento de situações de conflito, a negociação na tomada de decisão, a 
aceitação do erro como fator de aprendizagem e a criação de relações de 
horizontalidade para reduzir as barreiras de poder e controle. Essas tecnologias 
propiciam o desenvolvimento de um clima recíproco de confiança e a definição 
clara dos papéis e funções dos participantes. 
 
Outro aspecto a considerar é a capacidade de construir objetivos, de forma 
compartilhada, contribuindo para o comprometimento e o compromisso, a 
responsabilidade e a participação dos atores, em vez de mera aceitação ou 
rejeição. 
 
 8 
Em vista do exposto, este projeto pretende construir, no município de Monteiro 
Lobato, parceiras com capacidade de mobilização dos recursos locais e que 
envolvam todos os segmentos da sociedade, incluindo empresas, organizações 
financeiras e de classe, associações sociais, bem como o poder público e seus 
representantes legais. Pretende, também, ao compor a Rede Social, 
desenvolver as suas potencialidades, suprir necessidades e criar oportunidades 
de inovação que melhorem a qualidade de vida e o convívio social da 
população, tendo a atuação em rede como referência de sustentabilidade. 
 
Desenvolvimento Local Sustentável é a Rede Social funcionando, com todas as 
forças interagindo em prol do desenvolvimento. O isolamento, a ausência de 
interdependência e de cooperação entre as pessoas e os setores não produz a 
sustentabilidade, nem promove o desenvolvimento. Poderá, talvez, haver 
crescimento econômico, mas isso não é suficiente e nem sustentável. 
 
A aplicação da metodologia para a composição da Rede do Desenvolvimento 
Local, além de permitir a uma comunidade descobrir-se e empreender em 
direção ao futuro, quando deseja construir esse futuro em conjunto, permite, 
também, avaliar o processo de implementação e realizar adaptações e 
reformulações das atividades e ações, a fim de conseguir melhores resultados. 
 
 
 
3 JUSTIFICATIVA 
 
O Município de Monteiro Lobato foi, no ano 2000, alvo de experimentação da 
Metodologia DLIS – Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável, estratégia 
que adota a articulação de redes e a efetivação de processos democrático-
participativos na localidade. 
 
A articulação da Rede Local criou no ano 2001, por meio do decreto Nº 846, o 
Fórum de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 do Município, resultando 
na criação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a Associação do 
Pequeno Produtor Rural. 
 
Segundo relato dos moradores, que participaram do processo, as divergências 
ideológicas e os conflitos não solucionados culminaram com a dissidência dos 
principais atores envolvidos e do próprio governo municipal, causando a 
interrupção do projeto. 
 
Além disso, há, também, a considerar o fato de os empreendimentos públicos, 
sociais e privados, em andamento, funcionarem isoladamente, não permitindo 
conexão entre eles para impulsionar e ampliar as possibilidades de 
complementaridade, inovação e desenvolvimento. 
 
Nas visitas recentes à cidade, foram feitas, também, consultas a documentos, 
contato com lideranças e observações locais, com a finalidade de analisar e 
levantar dados e informações. Foram identificadas lacunas e carências, além de 
interesse das pessoas em desenvolver-se, considerando este um fator positivo 
e um potencial que, com investimentos, produzirá outros e melhores resultados. 
 
 9 
O quadro, a seguir, explicita esse diagnóstico e propõe um Plano de Ação que 
construa uma Rede de Desenvolvimento Local democrática, articulada e 
voltada para a melhoria da qualidade de vida da população. 
 
Diagnóstico 
 
Diagnóstico / Problema Focal Escolha - Plano de Ação 
(Eixos Temáticos) 
 
Baixo capital social 
Baixo nível de relação entre os setores e 
comunidade 
 
• Articulação e mobilização de Redes 
• Educação e Capacitação 
 
Necessidade de fortalecer a estrutura das 
Áreas de Ecologiae Meio Ambiente 
 
• Educação e Capacitação 
• Sustentabilidade Ambiental 
 
Fragilidade na atividade econômica do 
Turismo. 
 
• Educação e Capacitação 
• Tecnologia e Comunicação 
 
Alto índice de vulnerabilidade 
 
• Educação e Capacitação 
• Trabalho, Emprego e Renda. 
 
Fragilidade das atividades produtivas 
Micro e pequenas empresas e 
Produção rural 
 
• Educação e Capacitação 
• Financiamento e Comercialização 
 
Insuficiente oferta de emprego 
 
• Educação e Capacitação 
• Trabalho, Emprego e Renda. 
 
Necessidade de fortalecer as iniciativas 
governamentais 
 
• Desenvolvimento Institucional 
 
Prevê-se que a aplicação desse Plano de Ação apresente os seguintes 
resultados: 
 
� Fortalecimento das estruturas de cooperação e promoção de mudanças 
significativas, rumo à transformação social. 
� Fortalecimento da relação entre Meio Ambiente e Desenvolvimento. 
� Desenvolvimento de ações de preservação do meio ambiente. 
� Criação de um sistema de apoio ao ciclo produtivo das micro e 
pequenas empresas e empreendimentos agrícolas. 
� Criação de elos entre a atividade econômica de turismo com a 
sustentabilidade social e ambiental. 
� Aumento da oferta de emprego e renda nas ramificações e 
oportunidades que a comunidade oferece. 
� Estabelecimento de parcerias de cooperação social com estruturas 
sólidas, articuladas e democráticas. 
� Planificação e valorização dos recursos locais, humanos e físicos. 
 
No momento de retomada das atividades, serão realizadas reuniões com as 
lideranças locais, a fim de aprofundar e analisar os acontecimentos passados, 
pois, segundo Franco (2007), o trabalho é escolher no passado o que pode 
 10 
ajudar a alcançar o futuro almejado, construindo, então, uma nova linha do 
tempo.1 
 
Além disso, o início de um processo, que agrupa diversos segmentos sociais, 
com objetivos e interesses diversificados, independentemente, da escolha da 
metodologia, defronta-se com a cultura local, que deixa clara a forma de viver e 
conviver daquela sociedade. Morin (2000) afirma que 
 
A cultura é constituída pelo conjunto dos saberes, fazeres, regras, normas, 
proibições, estratégias, crenças, idéias, valores, mitos, que se transmite de geração 
em geração, se reproduz em cada indivíduo, controla a existência da sociedade e 
mantém a complexidade psicológica e social.2 
 
Portanto, a mudança em uma perspectiva colaborativa é a inversão da lógica da 
organização piramidal, para outra, orientada pela horizontalidade, valores de 
solidariedade e cooperação. É forjar, a partir da experiência e da vivência 
coletiva, uma nova forma de organização e de relações sociais, o que justifica 
sublinhar a necessidade de mudança na forma de sentir, pensar, falar e agir. 
 
A relação de horizontalidade produz um espaço de ensino-aprendizagem que 
humaniza o processo de desenvolvimento, derruba muros e constrói pontes, a 
partir do diálogo, do saber ouvir, da mediação, do processo decisório negociado 
e da visão compartilhada dos objetivos, criando oportunidades de 
aprendizagem efetiva e de oportunidades de transformação. 
 
A Rede do Desenvolvimento Local, envolvendo os diferentes atores sociais – 
prefeitura, autoridades locais, conselhos municipais, departamentos de 
administração local, parceiros públicos e privados e as organizações sociais – 
deverá contar com o suporte de consultores na implementação, avaliação e 
ajustes do projeto. 
 
Sugere-se, também, a composição de um Comitê Intersetorial do 
Desenvolvimento Local, tendo como suporte a assessoria técnica de 
consultores especializados na metodologia do Programa de Apoio ao 
Desenvolvimento Local da OIT – Organização Internacional do Trabalho. 
 
 
3.1 Objetivo Geral 
 
Contribuir com o Desenvolvimento Local Sustentável, do município de Monteiro 
Lobato, Estado de São Paulo, por meio de ações estratégicas interdependentes 
que favoreçam a inclusão produtiva e fomentem a geração de trabalho e renda, 
criando ambiente para a construção de parcerias intersetoriais, capazes de 
promover o desenvolvimento humano e social sustentável. 
 
 
 
1
 Franco, Augusto. Nova Visão do Passado. In: A nova metodologia do desenvolvimento social. Julho 
2007. http://www.augustodefranco.org - Consulta em 05/10/07. 
2
 Morin, Edgar. Os sete saberes. 8. ed., São Paulo: Cortez, 2003, p. 56. 
 11 
3.2 Objetivos Específicos 
 
� Envolver até 10% da população local nas ações e parcerias intersetoriais 
em prol do Desenvolvimento Local Sustentável. 
� Promover o aumento da geração de trabalho e renda nos setores da 
economia local em até 20% ao ano. 
� Ampliar as estratégias para a descoberta do potencial das pessoas e da 
comunidade. 
� Promover o aprendizado e a incorporação dos valores éticos e estético-
ambientais da metodologia de formação de Redes Locais com 
Sustentabilidade. 
� Fortalecer a consciência crítica sobre o papel e a função das 
organizações e membros da Rede Social e a interação com as parcerias. 
� Desenvolver habilidades para o trabalho em equipe, cooperativo e 
participativo, centrado nos valores da democracia e justiça social. 
� Adquirir condições para sugerir ações e estratégias na busca de 
parcerias para a realização dos projetos de desenvolvimento. 
 
3.3 Público-Alvo 
 
Toda comunidade da Cidade de Monteiro Lobato, compreendendo, membros 
das organizações sociais, das organizações públicas e privadas e interessados 
em geral. 
 
4 CONTEXTO E MOTIVO DA ESCOLHA 
 
No final de ano de 2005, atendendo a um convite para proferir palestra sobre 
Economia Solidária, em Monteiro Lobato, durante evento promovido pelo Grupo 
Ambientalista Ribeirão dos Pássaros, houve a possibilidade de conhecer as 
principais lideranças sociais da cidade. No ano seguinte, também, a convite do 
mesmo grupo, foi iniciado um trabalho voluntário de formação e articulação de 
uma Rede Social, com vistas ao desenvolvimento local. 
 
Os participantes organizaram-se para garantir o rodízio de tarefas e funções, os 
custos das viagens mensais e a presença de um facilitador da metodologia de 
articulação e fomento de redes e, assim, garantir a continuidade do trabalho. 
Cada encontro era feito na casa de um dos participantes, o que contribuiu para 
que o grupo conhecesse melhor uns aos outros e fossem tecendo o tecido 
social. 
 
Durante todo o ano de 2006, participaram, ativamente, da Rede Social de 
Monteiro Lobato cerca de 30 pessoas ligadas à educação, cultura, meio-
ambiente e agricultura familiar e implementaram várias ações de interesse 
coletivo, a saber: 
 
a) Sala de Vídeo – para suprir a falta de uma sala de cinema na cidade, o 
grupo organizou em espaço da prefeitura destinado à exibição de vídeos 
para a comunidade. 
 12 
b) Brinquedos de Madeira – 90 brinquedos de madeira foram fabricados de 
forma cooperativa, com recursos da comunidade, para distribuição às 
crianças, na Festa de Natal de 2006. 
c) Capacitação Profissional – estimulado pela experiência de trabalho em 
grupo e pela produção em série de brinquedos, o marceneiro local iniciou 
um trabalho de capacitação de jovens. 
d) Clube de Troca – para estimular maior participação na rede e promover a 
economia solidária, o grupo participou do programa de capacitação 
Clubes de Troca, com carga horária de 06 horas. Os resultados 
surpreenderam a comunidade e os participantes, que iniciaram trabalhos 
de troca de serviços, saberes e produtos. Uma das escolas, participante 
da rede, adotou a metodologia de clube de trocas entre os alunos com o 
objetivo de conscientizá-los sobre os benefícios da atividade e produzir 
resultados econômicos. 
e) Geração de Renda – o Clube de Trocas acolheu e promoveu vendas 
diretasdos produtos dos participantes da Rede e da Comunidade. 
f) Artesanato – mulheres da rede, com habilidades artesanais e artísticas 
reuniram-se para criar produtos e comercializar na comunidade. Isso 
trouxe benefícios em termos de auto-estima, ampliação da renda e 
relações afetivas. 
g) Energia Solar – construção de equipamentos de captação de energia 
solar para casas populares na comunidade. 
 
Por questões históricas e de relações políticas, nesse processo, não houve a 
participação do poder público, limitando as possibilidades de articulação da 
rede. No inicio de 2007, surgiram, na cidade, novas lideranças políticas, o que 
parece ter mudado a correlação de forças, criando espaço de diálogo entre 
sociedade civil e governo. Entretanto, nesse mesmo ano, a Rede Social 
esvazia-se e o Clube de Trocas, depois de alguns meses de atuação, deixa de 
existir. 
 
 
5 HISTÓRICO DO MUNICÍPIO E CARACTERIZAÇÃO DA CIDADE 
 
Monteiro Lobato é um município brasileiro, situado no Vale do Paraíba Paulista, 
no Estado de São Paulo. Microrregião da cidade de Campos do Jordão, foi 
fundado em 26 de abril de 1880. No ano de 2000, possuía 3.615 habitantes e, 
em 2007, esse número sobe para 3.994 habitantes. O crescimento anual da 
população 2000 / 2006 é de 0,81%, segundo dados do IBGE.3 Possui uma área 
de 332,7 km², com densidade demográfica de 11,14 habitantes por km², em 
2005. 
 
O município teve quatro diferentes nomes, destacando-se que, até 1949, era 
denominado Buquira, por causa do Rio Buquira que corta a cidade, nome tupi 
que significa Ribeirão dos Pássaros. A denominação atual é uma homenagem 
ao importante escritor brasileiro, José Bento Monteiro Lobato, que viveu na 
Fazenda do Visconde, depois Sítio do Pica-Pau Amarelo, situada no território 
 
3
 IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. http://www.ibge.gov.br/ Consulta 
18/10/07. 
 13 
do Município. Lá, ele escreveu muitos de seus livros e tornou-se personalidade 
literária de projeção nacional. 
 
José Bento Monteiro Lobato foi extremamente popular no Brasil, entre os anos 
de 1935 e 1948 – enquanto vivo – e a sua popularidade, principalmente como 
autor de livros infantis, estendeu-se até boa parte da década de 50. Foi o autor 
que mais escreveu para crianças em todo o mundo, sendo a sua obra 
considerada a mais extensa de literatura infantil de que se tem notícia. No 
período de 1925 a 1950, foram vendidos um milhão e meio de exemplares de 
seus livros. 
 
Nesse período de aproximadamente 20 anos, duas gerações de brasileiros 
leram a obra infantil de Monteiro Lobato e, atualmente a mídia televisiva, 
voltada para o público infantil, exibe o seriado Sítio do Pica-Pau-Amarelo, o 
mais famoso e premiado seriado brasileiro. 4 
 
A atividade econômica e histórico-cultural do cidadão lobatense está 
estruturada a partir da memória e da obra literária do seu patrono, visivelmente 
presente no artesanato local, inspirado nas personagens do Sitio do Pica-Pau 
Amarelo. Em grande parte, é fonte de renda para os inúmeros artesões da 
cidade, organizados em associação. Um dos principais roteiros turísticos é a 
visitação ao Sitio, onde viveram o autor e sua avó. 
 
A vocação da cidade inclui o Turismo Rural, Ecológico, Histórico-Cultural e de 
Aventura. Monteiro Lobato é uma região montanhosa, com inúmeras 
cachoeiras, riachos de águas claras e potáveis. Há grande área preservada e 
de vegetação nativa, a qual abriga espécies selvagens de felinos, macacos e 
uma concentração variada de pássaros, o que faz do lugar, uma das mais 
encantadoras da região. 
 
Por um lado, a beleza natural é um dos principais ativos da cidade e, por outro, 
motivo de preocupação da população local, em termos de preservação da mata, 
da água e das condições de vida da população nativa, que sofre com a falta de 
oferta de emprego, trabalho e renda. 
 
O município é pequeno, se comparado à região. Entretanto, possui os mesmos 
entraves econômicos, políticos e de organização social dos seus vizinhos, 
apesar de contar com um capital humano expressivo, atuando nos setores da 
educação, cultura, governo e movimentos sociais, e percebido como um ativo 
importante para impulsionar mudanças sociais. 
 
Por questões políticas, a cidade parece ter sido dividida, por um longo período, 
em situação e oposição, com acirrados momentos de disputas e competição, 
inviabilizando a negociação e a participação popular. Recentemente, com a 
nova administração, na percepção de muitos moradores, há oportunidades de 
negociação e relação entre o poder público e o privado. 
 
 
4
 Fonte: Município de Monteiro Lobato. http://www.monteirolobato.sp.gov.br/ Consulta 18/10/07. 
 
 14 
Mais de 50% dos recursos públicos estão comprometidos com pessoal e 
encargos, além das porcentagens fixas estabelecidas para a educação e a 
saúde. Resta pouco para outros investimentos. 
 
O cenário das micro e pequenas empresas, incluindo as pousadas, o comércio 
varejista, produtores rurais e artesões, é de luta para sobreviver e manter ativos 
os seus empreendimentos. As dificuldades surgem, também, por desinformação 
e desconhecimento do potencial das áreas de atuação, gestão de negócio, 
formação e capacitação das pessoas, alternativas tecnológicas e de acesso a 
agencias de financiamento, havendo, também, a desarticulação e competição 
entre os setores. 
 
A proximidade de grandes centros urbanos, os recursos físicos e ambientais, a 
beleza natural, o valor monetário da terra, a percepção de segurança e outros 
importantes aspectos que compõem a qualidade de vida, vem atraindo, desde 
os anos 80, como opção de moradia e trabalho, migrantes intelectuais, artistas, 
empresários e profissionais liberais. 
 
Os antigos moradores e seus familiares, nascidos na cidade, têm identidade 
própria que os distingue dos novos moradores. Entre eles, é possível identificar 
dois grupos, os nativos e novos. Entre os antigos, há um grupo identificado 
como sábios, são os moradores que protagonizaram muitas mudanças e 
guardam na memória as melhores histórias da região. Quanto aos novos, são, 
em grande parte, educadores, profissionais liberais empreendedores, artistas e 
que desejam, igualmente, ver modificadas as condições de vida e convívio 
social da população. 
 
As iniciativas da sociedade civil contribuem para ampliar as vagas no ensino 
fundamental, fomentar ações de preservação do meio ambiente, por meio da 
educação ambiental e reciclagem do lixo, inclusão dos portadores de 
deficiência, geração de trabalho e renda e apoio aos trabalhadores rurais. 
 
A agricultura orgânica, apicultura e produtos de laticínios manufaturados são 
atividades que estão crescendo e são apoiadas por organizações sociais da 
região, na busca de investimento para formação e capacitação. Essas 
organizações estão em diálogo e negociação com a maior empresa de celulose 
do Brasil e que explora a região com o plantio de eucalipto. Em contrapartida, 
oferece recursos financeiros para ações sociais, em benefício dos pequenos 
agricultores. 
 
Esse empreendimento provoca acalorados debates sobre a preservação do 
meio ambiente, proteção às pequenas propriedades, que são arrendadas ou 
vendidas para a monocultura. 
 
A população jovem entre 15 e 25 anos de idade é expressiva, somando mais de 
25% da população. Porém, ao mesmo tempo, é fator de preocupação pela 
baixa escolaridade e falta de emprego e qualificação para o trabalho, restando a 
informalidade, o desemprego e, em alguns casos, a marginalidade. Entidades 
sociais e lideranças comunitárias elegem-na como prioridade, sem aparente 
solução, no momento. 
 15 
 
Por outro lado, são escassas as opções de lazer, esporte e educação para esse 
público. O futebol,praticado nas quadras públicas, é a única e mais acessível 
alternativa. 
 
A partir dessas constatações, pressupõe-se que todos os empreendimentos, 
em andamento, buscam as mesmas realizações, com a perspectiva de 
manterem-se ativos. Porém, não trabalham de forma coletiva, inter-relacionada, 
sistêmica e organizada, não levando em conta o seu entorno, as possibilidades 
de complementaridade e outros mecanismos de apoio para avançar e inovar na 
maneira de pensar, fazer e viver comunitariamente. 
 
A intervenção, portanto, com ações interdependentes e baseadas na parceria 
intersetorial, parece ser uma contribuição eficaz ao processo existente e uma 
oportunidade de dinamizar o território, pela força de cada um, compondo o 
coletivo, no mesmo processo de desenvolvimento. 
 
Na identificação dos ativos existentes e observando os mecanismos de geração 
de riqueza, fica evidente que poderão ser potencializados com recursos 
endógenos e parcerias com os municípios vizinhos. O capital humano existente 
poderá alavancar o capital social, a partir de propostas e ações que tragam, na 
sua matriz e resolução, experiências de ganho coletivo, talvez ainda não 
experimentadas. 
 
O comportamento repetido de buscar, em outros municípios, oportunidades de 
emprego, acesso à escolaridade, lazer etc. pode ser alterado com soluções 
internas, pois, ao adotar a organização da comunidade em Rede de 
Desenvolvimento, na perspectiva de um futuro melhor, surge a possibilidade de 
criação de novos caminhos para o desenvolvimento local. 
 
 
6 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 
 
O homem, sendo fruto daquilo que vê e de suas experiências, compreende e 
interpreta o mundo a partir de suas vivências, criando a simbologia das relações 
humanas, herdada pela cultura transmitida de geração em geração. 
 
A cultura e suas manifestações, linguagens e alcance popular propiciam que as 
pessoas reconheçam-se a si próprias, reconheçam o outro e compreendam o 
mundo, a realidade que as cerca e as relações sociais que estabelecem. Essas 
manifestações agregam valores à experiência humana na construção da 
identidade coletiva de um povo e de sua comunidade. 
 
Assim sendo, este projeto visa a desenvolver habilidades que levem ao 
fortalecimento das ações da Rede Social e possibilitem a descoberta e adoção 
de estratégias fundamentadas em conceitos atualizados e inovadores. É 
norteado por uma política e prática de atuação centradas na ética e na 
responsabilidade social e elaborado com base nas seguintes ações de 
desenvolvimento: 
 
 
 16 
6.1 Gestão do Projeto 
 
O Comitê Intersetorial será o Gestor e Coordenador do Projeto na cidade e, 
para garantir que os objetivos sejam atingidos, deverá ser constituído, tendo em 
vista os seguintes requisitos: 
 
� Ter representantes de todos os bairros e de todos os setores sociais 
públicos, governamentais e privados. 
� Os representantes devem viver e trabalhar no local e estar dispostos a 
empreender. 
� Preferencialmente, o trabalho deve ser voluntário e desvinculado de 
remuneração. 
 
O Comitê Intersetorial será capacitado pelo proponente do projeto ou por 
assessoria técnica de consultores especializados, na Metodologia do Programa 
Delnet do Desenvolvimento Local e, utilizando esses conhecimentos, deverá 
criar mecanismos para ampliar a rede comunitária. 
 
Ao Comitê Intersetorial caberá promover as seguintes ações: 
Ação A 
� Coordenar e gerenciar o Projeto de Desenvolvimento Local. 
� Colocar em prática a Metodologia de DL, articulando parcerias com 
institutos, universidades, organizações financeiras, sociais e particulares, 
Governo do Estado e Federal e outras. 
� Criar instrumentos de validação, monitoramento e avaliação do processo 
e de resultados. 
 
Ação B 
� Articular e fomentar a Rede Comunitária. 
� Dinamizar as forças locais, estando atenta e preparada para criar 
condições e envolver a população, de forma contínua e permanente, nas 
ações de Desenvolvimento Local. Incluir a comunidade, ao mesmo 
tempo, apresenta caráter educativo e político que fortalecem as 
iniciativas voluntárias, as parcerias e estimulam o comportamento 
cooperativo. A comunidade é um ativo e dessa maneira deve ser tratada. 
 
Ação C 
� Formar Comissões de Trabalho Intersetoriais para cada Eixo Temático 
do projeto. 
� Garantir a implementação das ações estratégicas e a interdependência 
entre elas. 
 
6.2 Eixos de Atuação: 
 
6.2.1 Articulação e mobilização comunitária 
 
Articular e mobilizar a comunidade para o desenvolvimento local, é uma 
atividade permanente que pretende abranger o maior número possível de 
 17 
pessoas, inclui-las no processo e mantê-las conectadas entre si. A participação 
é livre e voluntária. 
 
Para tanto, é necessário criar condições e estratégias de adesão e 
permanência na rede, estando atento que o fluxo de informação e comunicação 
entre as pessoas é prioridade estratégica e suas sugestões de articulação e 
mobilização devem ser valorizadas e discutidas. 
 
Este eixo apresenta três ações: 
 
Ação A 
• Capacitar multiplicadores para utilizar a Metodologia do Museu da Pessoa 
para conhecer as pessoas e os valores da comunidade. 
 
O Museu da Pessoa é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse 
Público e trabalha com o registro das histórias de vida das pessoas. É virtual e 
o trabalho consiste em coletar e organizar as histórias dos entrevistados e 
socializá-las, colocando-as à disposição dos interessados. 
 
Criado no Brasil, em 1991, na cidade de São Paulo, desenvolveu uma 
metodologia diferenciada de coleta e sistematização de depoimentos, a qual 
está baseada em uma tecnologia que tem por finalidade valorizar a historia de 
pessoas comuns e especiais, ao mesmo tempo. São histórias singulares e que 
compõem a realidade do local onde elas vivem. Essa metodologia, também, 
tem se mostrado eficaz para aproximar as pessoas e fortalecer o tecido social. 
 
O resgate e a socialização das historias de vida das pessoas são uma 
oportunidade para preservar e disseminar a memória de um povo e do local 
onde vive. As possibilidades são várias, destacando-se a transcrição de 
entrevistas, gravação de vídeos, fotos etc. Esse material compõe o acervo do 
Museu da Pessoa e pode ser socializado na própria comunidade, com a 
montagem de exposições, leitura das histórias, edição de livros, mostra de 
vídeo, consulta na internet - www.museudapessoa.net e outros. 
 
• Estratégia e Investimento: Estabelecer parceria com o Museu da Pessoa 
para capacitação da Metodologia e formação de multiplicadores locais. 
 
 
Ação B 
• Programar Clube de Trocas na comunidade. 
 
Clube de Trocas é uma atividade de Economia Solidária, já conhecida na 
cidade, conforme mencionado anteriormente. É uma ferramenta de mobilização 
que pode adquirir uma dimensão maior, neste processo, pois contribui para 
dinamizar recursos e criar um clima de solidariedade e cooperação, o qual 
fundamenta este projeto. O participante deve dispor de produtos, serviços ou 
saberes e efetuar as trocas. 
 
Produtos podem ser trocados por serviço, serviço por saberes e assim 
sucessivamente. As trocas acontecem entre pessoas, empresas, órgãos 
 18 
públicos etc. de tal forma que todos recebam o que precisam e tornem 
disponível aquilo que pode ser útil a alguém na localidade. 
 
 
A troca como atividade social existe desde o princípio dos tempos e consiste numa 
atividade essencialmente baseada na negociação entre duas partes – pessoas ou 
grupos de pessoas – que chegam a um acordo acerca de que algo é equivalente a 
outro algo e passível de troca. Como tal, é anterior à própria existência da moeda. 
Mais ainda, com a complexidade dos intercâmbios, é a própria moeda que aparece 
para tornar as trocas mais ágeis e convenientes para ambas as partes:com ela, 
torna-se dispensável completar a transação no momento o que passa a ser feito de 
forma diferenciada, no tempo e no espaço. O equivalente ao que se está deixando 
é uma convenção estabelecida entre as partes ou no seio da comunidade, segundo 
o momento histórico que se considere.5 
 
• Estratégia e investimento: Estabelecer parceria com os multiplicadores já 
capacitados e residentes na cidade, no Bairro do Souza para repasse da 
metodologia e trabalho conjunto. 
 
Ação C 
• Criar Instrumento de Informação, Comunicação e Participação na 
comunidade e instalar Rádio Comunitária na cidade. 
 
A Rádio Comunitária tem por finalidade democratizar e difundir a informação e 
permitir a comunicação entre as pessoas. Está baseada nos interesses locais e 
a programação oferece temas educativos, artísticos, culturais e informativos em 
benefício do desenvolvimento geral da comunidade. 
 
São 5.561 Municípios em todo o país que dispõem de solução regulamentada 
para prover acesso do cidadão à rede comunitária municipal de 
telecomunicações, com tecnologia sem fio, de baixo custo. 
 
O pedido de outorga para executar o serviço de radiodifusão comunitária deve 
ser formulado por associação comunitária ou fundação sem fins lucrativos, 
sediada na área da comunidade atendida. Informações na internet: 
www.viasatnet.com.br 
 
• Estratégia e investimento: Estabelecer parceria entre as organizações 
sociais interessadas e o Poder Público. 
 
6.2.2 Educação e capacitação 
 
Desenvolvimento de competências é um tema emergente no Brasil. Surge da 
necessidade de superação de um conjunto de problemas e carências na 
educação e no trabalho, verificados, por volta dos anos de 1980, a partir do 
processo desencadeado pela globalização da economia e a conseqüente 
transformação nas relações de produção e de trabalho. Passa, então, a ter 
ênfase e a ser prioridade nacional nas discussões sobre a escola – o ensino 
formal e profissional – e a formação das pessoas. 
 
 
5
 Primavera, Heloísa et al. Clube de Trocas (texto). S/data. 
 19 
A média de escolaridade no país, cerca de 4,5 anos de estudo, é baixa, quando 
comparada com outros países, e os currículos escolares, embora organizados, 
visando à aquisição e desenvolvimento de uma cultura geral que leve ao 
fortalecimento da cidadania e à compreensão e interpretação do mundo, por 
motivos históricos, a instituição escola não consegue estabelecer uma relação 
de ensino e aprendizagem que desperte a curiosidade nas pessoas e coloque-
as conectadas com o planeta, rumo à transformação social. 
 
Apesar da diversidade cultural existente, em função da extensão territorial e a 
desigualdade regional, a base curricular é a mesma para todo o país, havendo 
dificuldades, salvo exceções, de adaptações locais. A formação dos 
professores, a estrutura física da escola, a situação de violência e a 
remuneração, também, são consideradas insatisfatórias, desestimulando as 
novas gerações para o ingresso no magistério. 
 
Atualmente, no país, 3,5% da população possuem formação superior e 1%, 
cursos de pós-graduação. Segundo fonte governamental, há mais de 50 
milhões de analfabetos e semi-analfabetos. São dados alarmantes que poderão 
ser minimizados ou solucionados com a tomada de consciência do povo e sua 
organização em redes de desenvolvimento local. 
 
O relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o 
Século XXI é uma referência para o estabelecimento de relações entre 
Educação e Desenvolvimento Social, destaca que 
 
 
A Educação deve ser encarada no quadro de uma nova problemática, em que não 
apareça apenas como um meio de desenvolvimento, entre outros, mas como um 
dos elementos constitutivos e uma das finalidades essenciais desse 
desenvolvimento. 6 
 
 
Enfatiza, também, quatro aprendizagens como fundamentais e combinadas 
entre si: 
 
� Aprender a conhecer – adquirir os instrumentos da compreensão. 
� Aprender a fazer – para poder agir sobre o meio envolvente. 
� Aprender a viver Juntos – a fim de participar e cooperar com os outros em 
todas as atividades humanas. 
� Aprender a ser – via essencial que integra os três precedentes. 
 
 
Esta concepção, que vai além de uma visão tradicionalista em que algumas 
aprendizagens são privilegiadas em detrimento de outras, parte da idéia de que o 
ser humano precisa aprender a ser um cidadão autônomo e solidário, a conviver 
com a diversidade e trabalhar em equipe, a conhecer o mundo e as coisas 
acessando criticamente as informações e meios de comunicação, além de aprender 
a fazer as mais variadas tarefas com qualidade e versatilidade. 
 
 
6
 Jacques Delors et al. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão 
Internacional sobre Educação para o Século XXI. 4. ed., São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 1996. 
 20 
Nesta perspectiva, é possível conceber a Educação com todas as áreas do 
conhecimento – o esporte, a arte, a cultura e o lazer – uma vez que compõem 
um meio de desenvolver competências, como sistema de saberes. Essas 
aprendizagens não se esgotam em si mesmas, pois, em seus conteúdos 
tradicionais, estão presentes outras aprendizagens, como os aspectos 
biológicos, históricos, éticos, políticos e econômicos e que, portanto, devem ser 
valorizados e estudados. 
 
O município conta com sete instituições de ensino municipal e uma escola 
mantida por organização social, segundo documento de Diagnóstico 
Participativo realizado em 2000. O Centro Pedagógico dos Pandavas, escola de 
ensino fundamental e filantrópica é, na região, uma referência no ensino por 
competência. 
 
A condição do esporte, da saúde e outras áreas do conhecimento padece a 
falta de profissionais. Segundo relatório RAIS 2006, na cidade, há um professor 
de educação física, um médico e assim é com a cultura e lazer. 
 
Outro aspecto preocupante é a subutilização da mão-de-obra, que, também, 
aqui se faz presente, como no resto do país. Na falta de empregos formais, as 
pessoas, em idade produtiva, estão na informalidade. De algum modo, elas 
obtêm renda, mas não possuem os benefícios assegurados pelas leis 
trabalhistas e são consideradas sem qualificação. 
 
Entretanto, o grande desafio para o município de Monteiro Lobato, como para 
todo o país, é dinamizar os recursos subutilizados, como explorar melhor os 
solos agrícolas e a área turística, as riquezas do subsolo, pesca, biodiversidade 
e outros.7 
 
Enquanto o mundo globalizado discute o aquecimento global e o esgotamento 
de recursos naturais, a região possui: 
 
� abundância de água corrente e potável de fontes naturais 
� quantidade e variedade de pássaros, acima da média da região 
� mata nativa e rica em diversidade 
� região montanhosa e clima subtropical 
� atrativos turísticos. 
 
A orientação é que a capacitação profissional ocorra de forma planejada, 
intencional e mediante análise da realidade local. 
 
• Estratégia e investimento: para a capacitação podem ser parceiros os 
profissionais da região. Poderão ser gerados novos e diferentes negócios, 
postos de trabalho, parcerias e alianças de interesse tecnológico e de 
pesquisa. 
 
Ação A 
 
7
 Instituto Cidadania. Política Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Local (texto). 2007. 
 
 21 
Organizar o processo de capacitação e desenvolvimento de competências 
sobre os ativos locais e que possam ser potencializados pelo pessoal que vive 
e conhece a realidade e busca oportunidade profissional. 
 
• Estratégia e investimento: identificar e propor novos cursos de 
capacitação profissional nas áreas de Turismo Receptivo, Eco-Turismo, 
Hotelaria, Gastronomia, Entretenimentoe outros. 
 
Ação B 
Desenvolver um Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos, utilizando a 
metodologia do Programa Alfabetização Solidária do Governo Federal, de 
preferência com professores voluntários e em espaços públicos de educação. 
 
Ação C 
Adaptar o currículo das escolas locais, incluindo conteúdos sobre a realidade 
local e regional e ampliar a carga horária com atividades esportivas, culturais e 
de lazer, complementando a formação das pessoas. 
 
• Estratégias e investimento: propor investimentos em infra-estrutura dos 
aparelhos públicos e recursos humanos para potencializar a prática de 
esportes na cidade. 
 
Realizar parcerias com a Secretaria de Educação e Secretaria de Esportes do 
município e Universidades da região. 
 
Ação D 
Implementar um Programa de Educação para o Trabalho para jovens da região, 
com o objetivo de prepará-los para o primeiro emprego. 
 
O Programa Educação para o Trabalho é oferecido pelo Senac São Paulo em 
todo o Estado e atende ao público entre 14 a 21 anos de idade, com duração 
de, aproximadamente, cinco meses. É centrado no desenvolvimento de 
competências para o ingresso e permanência no mercado de trabalho. 
 
• Estratégias e investimento: estabelecer contato e propor parceria com o 
Senac São José dos Campos, para a realização do programa. 
 
a) A Prefeitura negocia o programa, com a condição de capacitar três ou 
mais professores da rede pública para multiplicar a metodologia na 
cidade. 
b) A Prefeitura e o Senac de São José dos Campos assumem os custos do 
programa como investimento e ação de responsabilidade social. 
 
Ação E 
Implementar um Programa de Inclusão Digital em parceria com o Governo do 
Estado e o Governo Federal, a exemplo do Acessa São Paulo. Montar 
Laboratório de Informática, com gestão coletiva da comunidade, em locais de 
fácil acesso e que seja disponível para estudo, pesquisa e lazer. 
 
 
 22 
Ação F 
Criar uma Certificação de Excelência para hotéis, pousadas e restaurantes, 
com a finalidade de elevar o nível de qualidade dos serviços de atendimento ao 
cliente e do sistema de gestão na cidade. 
 
• Estratégias e investimentos: realizar parcerias com as associações de 
classe, Prefeitura e universidades da região. Promover o aprimoramento 
profissional e da estrutura adequada para atendimento ao público. 
Estabelecer contato com Instituto de Hospitalidade para a certificação. 
Consultar www.institutodehospitalidade.com.br 
 
Ação G 
Capacitação de Garçom e Auxiliar de Cozinha para jovens e adultos. 
 
• Estratégias e investimentos: O Senac de Campos do Jordão oferece, 
gratuitamente, esses programas, com duração média de cinco meses. 
Realizar parcerias com organizações sociais e a mídia local para divulgar 
os programas, com estratégias de sensibilização da população-alvo. 
 
a) Sensibilizar as empresas locais para encaminhar os funcionários que 
necessitem da qualificação, sem perder o vínculo empregatício. 
b) Estabelecer contato com a Prefeitura para mediar a negociação com as 
empresas e eleger um representante legal para acompanhar o processo. 
 
Ação H 
Criar programa de Agentes de Desenvolvimento local, para a formação de 
Multiplicadores. 
 
• Estratégia e investimento: realizar parcerias entre a Rede do 
Desenvolvimento Local e as universidades da região, Senac, Sebrae e 
Instituto da Cidadania para elaboração e realização de um programa-piloto, 
custeado pelo Governo Federal. 
 
Ação I 
Organizar ciclos de seminários regionais, com temas sobre o enfoque integrado 
de desenvolvimento local, visando à formação de professores e à geração de 
uma cultura de desenvolvimento participativo. 
 
• Estratégia e investimento: parceria entre a Rede do Desenvolvimento Local 
e as Redes Sociais da região, como as de Campos do Jordão e São José 
dos Campos, ambas fomentadas pelo Senac São Paulo. 
 
Ação J 
Formação de Agentes Comunitários de Saúde – Ações de Prevenção e 
Promoção da Saúde; Agentes Comunitários de Educação Ambiental – 
Preservação e Proteção Ambiental; Agente Comunitário de Turismo – 
Formação de Guias Turísticos; Agente Comunitário de Cultura e Lazer – 
Organização de Eventos. 
 
 23 
• Estratégia e investimento: realizar parcerias entre o Governo Local, 
Governo do Estado e Prefeituras da região. 
 
6.2.3 Trabalho, Emprego e Renda 
 
Analisando o contexto nacional, existe no país, desde o período colonial e 
mantém-se até os dias atuais, uma situação de privilégios que favorece 
pequena parcela da população. Essa realidade vem se repetindo, ao longo do 
tempo, desde os períodos agrícola e industrial e, atualmente, na chamada Era 
da Informação e do Conhecimento, talvez haja uma oportunidade de criar 
mecanismos de desenvolvimento e inclusão, invertendo ordem perversa da 
organização social. 
 
A percepção dessa desigualdade está presente em toda a sociedade e é 
verificada na formação, produção intelectual, acesso à informação e a bens de 
consumo, atividade produtiva, remuneração, entre outros. Atinge a grande 
maioria da população, criando diferentes realidades dentro do país – ricos e 
pobres; incluídos e excluídos – ficando a desigualdade ainda mais evidente, se 
acrescentados os componentes regional e étnico. 
 
Como já mencionado, a população brasileira tem 51% dos seus trabalhadores 
na informalidade, incluindo serviços domésticos, ambulantes, pequenas 
iniciativas empreendedoras, trabalhadores diversos em atividades sem carteira 
assinada etc., construindo um universo anônimo, nem sempre identificado como 
um segmento econômico. 
 
Crescem as atividades de Economia Solidária no país, realizadas de diferentes 
formas e funciona como alternativa de geração de trabalho e renda. A 
Secretaria Nacional de Economia Solidária, órgão ligado ao Ministério do 
Trabalho e Emprego, é responsável por informar, dar suporte e estimular essas 
iniciativas. 
 
Monteiro Lobato identificou no Turismo Rural, Ecológico, Histórico-Cultural e de 
Aventura a sua vocação. Porém, carece de informação e pesquisa sobre essas 
áreas, como linhas de crédito e financiamento, comercialização, tecnologia de 
informação, comunicação e investimento em formação e aperfeiçoamento dos 
profissionais que abastecem o mercado de trabalho. 
 
Segundo dados da RAIS 2006 - Relação de Informações Sociais no quadro a 
seguir, há na cidade: 
 
Estabelecimentos Quantidade Cargos ocupados 
Indústria de transformação 5 36 
Serviço de utilidade publica 1 5 
Construção civil 3 17 
Comércio Varejista 36 206 
Serviços diversos 56 44 
Administração pública 2 170 
Agropecuária, extração vegetal, caça e 
pesca. 87 125 
 24 
Total 190 914 
 
 
Ação A 
Mapear e Identificar as micro e pequenas e empresas e conhecer as suas 
forças e debilidades e a opinião e disposição dos proprietários para a 
capacitação e parcerias com outras micro e pequenas empresas da cidade e 
região. 
 
Ação B 
Criar, em parceria com o governo local, um Sistema Público de Informação, 
com o objetivo de coletar, organizar e utilizar as informações para analisar e 
relacionar o perfil das micro e pequenas empresas com o perfil dos 
desempregados, com perspectiva de criar alternativas de absorção no sistema, 
oportunidades de capacitação e encaminhamento para atividades produtivas. 
 
• Estratégia e investimento: a informação organizada é uma ferramenta 
estratégica e eficaz para a tomada de decisão e proposição em âmbito 
local. 
 
Ação C 
Conhecer estudos de especialistas e associações de classe da localidade e 
região que propiciem clarificar o cenário e as necessidades das micro e 
pequenas empresas e a mão-de-obra formal e informal do município. 
 
Ação D 
Estimular e promover o fortalecimento da economia Local. 
 
• Estratégia e investimento: criar uma estruturade apoio aos pequenos 
produtores autônomos, com o objetivo de desenvolver uma proposta local 
de apoio para todo o ciclo produtivo – produção, comercialização, 
financiamento, utilização de tecnologia etc. Estabelecer parceria entre a 
Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Sindicato Rural, Associação de 
Pequenos Produtores, Associação Socioambiental, Associação do 
Pequeno Produtor Rural, UNIVAP – Programa Universidade Solidária. 
 
 
6.2.4 Tecnologia e Comunicação 
 
Buscar informação, tecnologia e comunicar localmente, potencializa a base de 
conexões necessárias para o desenvolvimento local. São ferramentas 
imprescindíveis para as ações que serão desenvolvidas na localidade e permite 
aumentar as possibilidades de acertos, no momento da tomada de decisão e 
interage com maior número de pessoas. 
 
Ação A 
Criar uma incubadora de Tecnologia Social na região, com o objetivo de 
produzir e disseminar conhecimento sobre os projetos de interesse da cidade. 
 
 25 
• Estratégia e investimento: realizar parcerias com Organizações de Ensino, 
Pesquisa e Tecnologia, Assessorias Técnicas, Universidades, 
Organizações Sociais e Secretarias Municipais que possam oferecer 
suporte tecnológico que permita o estudo de viabilidade das iniciativas, 
analise de custos e benefício. 
 
Essas parcerias são necessárias para validar e mensurar o impacto das ações 
na localidade e criar instrumentos de avaliação e monitoramento e formas de 
compartilhar a aprendizagem entre os municípios envolvidos. 
 
Ação B 
Instalar, na cidade, um Ponto de Cultura – projeto do Ministério da Cultura que 
disponibiliza infra-estrutura e capacitação para montagem de laboratórios de 
informática, quando justificada a sua utilização. O objetivo é garantir a inclusão 
digital da sociedade e ampliar o acesso às informações sobre a localidade e 
conectar-se com o mundo. 
 
O recurso poderá organizar as informações sobre a localidade, subsidiar o 
processo em desenvolvimento e divulgar os resultados. 
 
Ação C 
Promover a generalização da conectividade internet, articulando infra-estrutura 
pública, software livre e sistema de crédito para compra de computadores 
básicos. 
 
• Estratégia e investimento: dinamizar a liberação dos fundos previstos no 
FUST – Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, 
assegurando co-financiamento com o Ministério das Comunicações, em 
caso de iniciativa da Prefeitura e das organizações comunitárias. 
 
Ação D 
Criar e gerenciar programas educativos para as Rádios Comunitárias e para a 
TV Digital. 
 
• Estratégia e investimento: firmar com a TV Cultura do Estado de São Paulo 
e com as universidades da região. 
 
Ação E 
Criar infra-estrutura pública, software livre e sistema de crédito para compra de 
computadores básicos, com o objetivo de dinamizar a liberação dos fundos 
previstos no FUST – Fundo de Universalização dos Serviços de 
Telecomunicações, e assegurar o co-financiamento com o Ministério das 
Comunicações, em caso de iniciativas da Prefeitura das organizações 
comunitárias. 
 
• Estratégias e investimentos: 
1) criar um sítio interativo para a Cidade de Monteiro Lobato, a fim de 
estimular a interatividade entre o município e seus visitantes, a exemplo do 
criado em Porto Alegre – RS, o qual poderá ser uma referência. É a Rede 
de Participação Política do Empresariado e que permite a participação a 
 26 
distância para sugestões, observações e apoio. Consultar: 
http://www.fiepr.org.br/redeempresarial/ 
 
2) Assegurar infra-estrutura que rompa com o isolamento de comunicação 
e favoreça o acesso banda-larga, via rádio ou satélite e distribuição local 
via cabo (sistemas híbridos), inclusive Wi-Fi e Wi-Max. 
 
Ação F 
Estimular, com apoio do Sebrae, a organização de uma Rede de Informação e 
Comunicação, composta com as micro e pequenas empresas, com conteúdos 
comerciais e tecnológicos e baseada em iniciativas já existentes. 
 
• Estratégia e investimento: firmar parceria com o Ministério do Trabalho e 
Emprego, as iniciativas de Economia Solidária e a Rede de Tecnologias 
Sociais. 
 
6.2.5 Financiamento e Comercialização 
 
Ampliar as possibilidades de financiamento do município, com o objetivo de 
aumentar e diversificar a capacidade de produção e variedade de ofertas. 
 
Ação A 
Capacitar lideranças comunitárias e pequenos empreendedores rurais e 
agrícolas sobre formas de tomada de crédito. 
 
Ação B 
Criar Cooperativas de Crédito de acordo com o marco legal. 
 
Ação C 
Disseminar o associativismo e o cooperativismo como estratégia de inserção 
produtiva. 
 
Ação D 
Criar Agência de Crédito Local, a exemplo de outras bem-sucedidas no país, 
buscando apoio e orientação junto ao Programa de Apoio ao Micro-Crédito 
Produtivo do BNDES para a formação de fundos de aval para Agências Locais 
de Garantia de Crédito. 
 
Ação E 
Criar campanhas de conscientização da retenção das rendas no local e 
políticas públicas de apoio às iniciativas empreendedoras. 
 
Ação F 
Criar Cooperativas de Compra e Comercialização de produtos. 
 
6.2.6 Desenvolvimento Institucional 
 
No Brasil, as diversas instituições de apoio ao desenvolvimento local têm, hoje, 
necessidade de políticas integradas e planejadas por território de ação. 
 27 
 
São exemplos, os Estados de Santa Catarina, na formação dos Conselhos 
Regionais de Desenvolvimento, que permitem à sociedade civil opinar sobre os 
recursos do Estado e o Paraná, ao inovar com a formação de agências locais 
de desenvolvimento. Em São Paulo, O CEPAM - Fundação Prefeito Faria Lima 
acompanha as experiências de consórcios intermunicipais, que permitem uma 
gestão racional de recursos, pela cooperação horizontal dos territórios.8 
 
Observando o espaço local de Monteiro Lobato, como unidade de gestão e 
território que precisa racionalizar o uso dos recursos e melhorar a sua 
produtividade sistêmica, verifica-se que o setor público depende de um sistema 
jurídico complexo, rígido e funcionando na verticalidade e no controle 
burocrático, com pouca ou nenhuma sinergia com os movimentos que ocorrem 
na sociedade civil. 
 
Em outros termos, o espaço local como unidade territorial e como bloco da 
construção do país no seu conjunto, necessita de um choque de racionalidade 
administrativa.9 Sendo assim, propor à Prefeitura: 
 
Ação A 
Liderar o processo de Desenvolvimento Local, realizando parcerias entre as 
administrações públicas da região, organizações da sociedade civil, empresas e 
instituições científicas locais e regionais, com o propósito de capitalizar os 
conhecimentos e capacidades de apoio diversificado. 
 
Ação B 
Participar do Fórum Cidades Parceiras, promovido pelo CEPAM, do qual integra 
o município vizinho, São José dos Campos. Consultar www.cepam.gov.br 
 
Ação C 
Articular a formação de uma Agência Regional de Desenvolvimento Local, 
visando a reduzir a fragmentação e gerar sinergia entre as iniciativas e criar 
estrutura técnica e financeira. 
 
Ação D 
Buscar apoio estadual para fortalecer as iniciativas locais. 
 
Ação F 
Apoiar a formação de consórcios intermunicipais, como forma horizontal de 
articulação de ações entre cidades, racionalizando a prestação de serviços no 
plano micro-regional ou regional. 
 
Ação G 
Promover a articulação das políticas empresariais de responsabilidade social e 
ambiental com as necessidades do desenvolvimento local sustentável. 
 
 
 
8Instituto Cidadania. Política Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Local (texto) 
9
 idem. 
 28 
6.2.7 Sustentabilidade Ambiental 
 
A construção de uma consciência ambiental planetária é indispensável neste 
início do Século XXI. O aquecimento global, a destruição da vida dos mares, o 
esgotamento doslençóis freáticos, a contaminação dos rios, a erosão dos 
solos, a poluição visual e sonora das cidades, a ampliação do buraco de ozônio, 
a agressão à biodiversidade, a liquidação das florestas, o desperdício do 
petróleo, os esgotos a céu aberto nas cidades – existe um leque de graves 
desafios que obrigam a uma revisão profunda da forma predatória e pouco 
inteligente como o ser humano tem utilizado os recursos naturais, bem como do 
processo absurdo de desperdício que preside o modelo vigente 
desenvolvimento em quase todo o planeta. 
 
A visão de que é preciso pensar globalmente e agir localmente não veio do 
vazio. Está diretamente vinculada ao fato que, em nível local, os problemas 
ambientais deixam de ser difusos e se tornam pontuais e pessoais.10 
 
Por ser Monteiro Lobato região de mananciais, a tomada de consciência 
ambiental e a ação coerente necessitam de investimentos para a disseminação 
da informação, formação de agentes multiplicadores em políticas públicas 
preventivas e de recuperação ambiental e a criação de uma cultura de respeito 
ambiental. 
 
Ação A 
Promover a elaboração do Perfil Ambiental do Município com análise da 
situação e hierarquização das prioridades de ações locais, na linha da 
metodologia do Atlas Ambiental Local, da Agendas 21 Locais e semelhantes, 
com parcerias entre Prefeitura, Organizações Sociais Ambientais e 
Universidades. As pesquisas podem ser realizadas com a participação de 
empresas juniores e alunos de cursos técnicos da região. 
 
Ação B 
Apoiar tecnicamente as iniciativas locais ou regionais de saneamento 
ambiental, levando em conta as situações de maior impacto, observando e 
respeitando os diagnósticos do SUS – Sistema Único de Saúde, já que a 
contaminação das águas constitui um dos principais vetores de doenças no 
país. 
 
Ação C 
Inserir os problemas ambientais locais nos currículos escolares, de modo a 
gerar em cada local e micro-região um amplo conhecimento dos problemas e 
das soluções ambientais correspondentes. 
 
Ação D 
Estimular parcerias com as universidades para a elaboração de monografias 
regionais sobre a situação ambiental local, construção e generalização de 
indicadores ambientais locais, buscando formar um acervo de conhecimento 
ambiental básico para o município. 
 
10
 Instituto Cidadania. Política Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Local (texto). 
 29 
 
Ação E 
Fortalecer e aperfeiçoar currículos e programas de formação na carreira de 
gestão ambiental integrada e relação com as atividades turísticas, permitindo a 
formação de técnicos na área da gestão e do processo decisório relativo aos 
problemas ambientais. 
 
 
7 METODOLOGIA DO PROJETO 
 
A metodologia de elaboração deste projeto consistiu, primeiramente, na escolha 
do local, objeto deste estudo. Em seguida, conhecer e contextualizar o objeto 
de estudo, fazendo levantamento de informações, pesquisas em documentos 
oficiais e relatos e percepção da comunidade local, com o objetivo de conhecer 
a comunidade e as ações já realizadas. Assim, foi possível compor o cenário, 
analisar e identificar os problemas e, conseqüentemente, sugerir ações de 
melhoria. 
 
O terceiro passo permitiu a verificação das oportunidades de intervenção, a 
partir do fortalecimento do capital social, na organização horizontal dos setores 
e a ação conjunta para superação do problema. 
 
O quarto passo foi o aprofundamento do estudo das teorias e plano estratégico, 
seguido, da metodologia, o que consolidou a proposição da solução para o 
problema, com propostas de ação, estratégias e investimento. 
 
Além da estruturação das etapas da metodologia de implantação, definiram-se 
os indicadores de processo, avaliação e monitoramento, cronogramas de custo 
e de desenvolvimento da proposta. 
 
8 AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO 
 
Cada etapa do projeto será avaliada mediante questionário, distribuído ao maior 
número de pessoas envolvidas. Após tabulação, os dados servirão para orientar 
as ações no processo seguinte e tornar, cada vez mais pública, a ação 
empreendida pela Rede do Desenvolvimento. Por exemplo: 
 
a) Formação do Comitê Interdisciplinar – Saber quantas pessoas fazem 
parte do comitê e quantas são do poder público, da iniciativa privada, das 
organizações sociais e das comunidades rurais etc. 
b) Elas foram capacitadas para exercer a função? Quantas horas de 
capacitação? Foram definidas as atividades e quais os prazos? 
c) As Comissões temáticas foram constituídas? São intersetorias? Estão 
atuando em todo o território? Os representantes de cada bairro estão 
mobilizando a sua comunidade? As ações sugeridas estão sendo 
implementadas? Quais os resultados? 
d) As pessoas conhecem o projeto e estão envolvendo-se no processo? 
 
 30 
Para cada uma das Etapas de organização e depois de implementação terão 
questionários específicos de avaliação e monitoramento. 
 
8.1 Indicadores de Processo 
 
São instrumentos de medida e verificam se os resultados propostos foram 
alcançados, ou o que pode indicar alcance dos resultados. Dois sistemas serão 
aqui utilizados: 
 
Indicadores Quantitativos: (numericamente representados) 
 
� Porcentagem de pessoas envolvidas no processo de Desenvolvimento 
Local; 
� Formação de Redes Comunitárias nos bairros 
� Porcentagem do aumento de emprego, trabalho e renda no município por 
ano, a partir do início do projeto; 
� Número de Ações desenvolvidas pelo projeto; 
� Número de Ações realizadas na Comunidade; 
� Número de parcerias realizadas; 
� Quantidade de parceiros do projeto; 
� Número de jovens beneficiados 
� Número de Cursos de capacitação realizados 
� Maior número de relacionamentos; 
� Maior número de oportunidades de negócios; 
Maior número de informações para o desenvolvimento de produtos; 
 
Indicadores Qualitativos: (sensorialmente perceptíveis) 
 
� Nível de satisfação das pessoas envolvidas no processo 
� Qualidade da participação; 
� Envolvimento com a realização do projeto 
� Horizontalidade nas relações de trabalho, de informação e processo 
decisório; 
� Aumento do Clima de Confiança; 
� Fortalecimento das estruturas sociais de cooperação; 
� Aprendizado e a incorporação dos valores e princípios do trabalho em rede; 
 
Quadro – Detalhamento do Orçamento / Custo (por ano): 
 
RECURSOS VALOR 
Equipe de Assessoria e Consultoria Técnica (4) R$ 60.000,00 
Assessoria de imprensa (1) R$ 7.000,00 
Elaboração, Manutenção do SITE R$ 15.000,00 
Comunicação – Eventos de Mobilização, Divulgação e Folhetos, folders e 
banners 
 
 R$ 20.000,00 
Recursos para Capacitação: 
Comitê Intersetorial – 80 horas 
Etapa de Articulação e Mobilização – 60 horas 
 
 R$ 28.000,00 
Etapas Educação e Capacitação / Trabalho e Renda / Informação e 
Comunicação / Financiamento e Comercialização, Desenvolvimento Institucional 
e Desenvolvimento Ambiental. 
Contrapartida do Município nas parcerias. 
 
 
 R$ 72.000,00 
 31 
 (pessoal, infra-estrutura física, equipamento, material didático, transporte) 
Espaço físico para realização das atividades R$ 6.200,00 
Despesas de transporte e deslocamentos do Comitê Intersetorial R$ 5.800,00 
Total: R$ 214.000,00 
 
 
Quadro – Cronograma Geral de Execução: 
 
Atividades 
Eixos 
REDE DO DESENVOLVIMENTO LOCAL 
Uma Década de atividades ininterruptas 
 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 
Preparação e 
implantação do 
Projeto - Comitê 
Intersetorial 
 
100% 
 
80% 
 
70% 
 
70% 
 
70% 
 
70% 
 
70% 
 
70% 
 
70% 
 
70% 
 
70% 
Articulação e 
Mobilização 100% 90% 80% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 
Educação e 
Capacitação 100% 80% 80% 80% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 
Trabalho e 
Renda100% 80% 80% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 
Tecnologia e 
Comunicação 100% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 0% 
Financiamento e 
Comercialização 100% 80% 80% 80% 80% 70% 70% 70% 70% 70% 70% 
Desenvolvimento 
institucional 
 
100% 100% 100% 80% 100% 80% 100% 70% 70% 70% 70% 
Sustentabilidade 
Ambiental 
 
100% 100% 80% 80% 80% 80% 80% 70% 70% 70% 70% 
Notas: Como todas essas atividades ocorrem durante todo o processo e de forma ininterrupta, 
variando apenas na intensidade é possível distinguir em porcentagem quanto está mais ou 
menos intensa. 
Intenso – até 100% / Semi Intenso – até 70%. / Médio – até 50%. / Fraco – até 0% 
 
 
9 CONCLUSÃO 
 
A escolha de trabalhar com eixos temáticos, a partir de uma análise da 
realidade nacional, na elaboração da proposta de Desenvolvimento Local, tem a 
intenção exclusiva de que o trabalho sirva e atenda aos interesses da cidade 
objeto de estudo. A intenção e o propósito estão voltados na confiança de que 
esse modelo seja adotado em todo o território nacional e que as experiências 
contribuam para a construção de outras redes do desenvolvimento, com poder 
para influenciar e subsidiar a formulação de políticas pública. 
 
A elaboração do projeto para além do conhecimento técnico é uma experiência 
protagonista, produz envolvimento com a realidade, possibilita a sua 
transformação, a reflexão e reformulação de valores e a compreensão dos 
fatores que favorecem e os que dificultam o processo desenvolvimento. 
 
Participar dessa capacitação tem significativa importância para o proponente 
em termos do seu desenvolvimento pessoal e profissional, agrega valor às 
 32 
contribuições como membro de uma equipe que atua na promoção do 
desenvolvimento local com uma metodologia própria. 
 
 
 
10 BIBLIOGRAFIA 
 
 INSTITUTO CIDADANIA. Projeto Política Nacional de Apoio ao 
Desenvolvimento Local (texto). 2007. 
 
___________. A Nova Metodologia do Desenvolvimento Local (texto). Julho de 
2007. 
___________. Programas e Projetos. Plano Estratégico I. Plano Estratégico II – 
Metodologia do Quadro Lógico. 
 
Franco, Augusto. Nova Visão do Passado. In: A nova metodologia do 
desenvolvimento social. Julho 2007. http://www.augustodefranco.org. Consulta 
em 05/10/07. 
 
MORIN, Edgard. Os Sete Saberes. 8. ed., São Paulo: Cortez, 2003. 
 
PRIMAVERA, Heloísa et al. Clube de Trocas de São Paulo (texto). S/data. 
 
PROGRAMA DELNET DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO LOCAL. O 
Desenvolvimento Local como Dinamizador da Mudança. Descentralização e 
Participação da Sociedade Civil em Nível Local. Gestão Estratégica de 
Recursos Humanos. Técnicas de Investigação Social. 
 
TOSCANO, Idalvo. Bancos Populares de Desenvolvimento Solidário (texto). 03 
de junho de 2004. 
 
VAZ, José Carlos. Políticas Territoriais e Desenvolvimento Econômico Local. 
São Paulo: Instituto Polis, 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
11 – ANEXO 
Figura 1 Representação Gráfica do Problema – Atividades – Resultados 
 
 
 
 
 
ANEXO 
Figura 2 – Quadro de Parceiros 
 
 
 
Prefeitura Municipal 
(Secretarias) 
Instituições Privadas 
Associações de Classe 
Empresarial 
Instituições Financeiras 
Banco do Brasil e outros 
Organizações Sociais 
Fundações 
Institutos 
Sistema “S” 
Senac, Sebrae.. 
Redes Sociais 
da Região 
Conselhos 
CMDCA 
Tutelar 
Conseg 
 
Câmera de Vereadores 
Sindicatos de Classe 
E Patronal 
Universidades da Região 
Instituto Cidadania e 
outros 
(Parceiros) 
Rede do 
Desenvolvimento 
Local 
Projeto DL 
PROBLEMA 
ATIVIDADES 
RESULTADOS 
Baixo capital social 
 
Insuficiente oferta 
De emprego 
Economia 
Frágil No Turismo Carecimento de Políticas 
Públicas 
Fragilidade 
Empresarial 
Oferta de 
Emprego 
Cooperação 
Intersetorial 
Preservação 
Ambiental 
Valorizar 
Recursos 
locais 
Participação 
Comunitária 
Ciclo produtivo 
MPE Informação 
Desenvolvimento 
Institucional 
Educação e 
Capacitação 
Trabalho 
E Renda 
Tecnologia 
Comunicação 
Sustentabi 
lidade 
Ambiental 
Combina a qualificação técnica profissional, o comportamento 
Profissional, a aptidão para empreender 
Problemas Estruturais do Município 
Capacidade de apreender e conectar 
os fatos e as possibilidades do local

Outros materiais