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Aula 1 - Contabilidade Internacional

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Contabilidade Internacional - Aula 1: A Origem dos Organismos Internacionais
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Identificar os aspectos da Contabilidade no Brasil;
2- Conhecer os aspectos de internacionalização dos padrões contábeis;
3- Identificar os organismos regulamentadores da internacionalização contábil;
4- Verificar as normas internacionais de Contabilidade;
5- Reconhecer os órgãos envolvidos na internacionalização contábil.
A Contabilidade no Brasil
Considerando os seus maiores impactos nas empresas, a história recente da Contabilidade brasileira se iniciou na década de 1970, com o advento da reforma bancária e com o desenvolvimento, mesmo que inicial, do mercado de capitais.
Foram vários os fatos que corroboraram essa situação, dentre os quais podem ser citados a publicação da circular nº 179/72 pelo Banco Central do Brasil, a qual padronizou a estrutura e a forma de apresentação das demonstrações contábeis das sociedades anônimas com livre circulação em bolsa de valores; a obrigatoriedade da atuação de auditores independentes para analisarem e validarem as demonstrações contábeis das companhias abertas e a influência da escola norte-americana de Contabilidade, a qual culminou com a edição e publicação da Lei nº 6.404/76, também conhecida como lei das sociedades por ações.
Criação da CVM
Década de 1970
Especificamente no ano de 1976, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada, com objetivos muito claros no Brasil. Objetivos estes semelhantes aos da Security and Exchange Commission (SEC), organismo norte-americano já existente à época, o qual regulava o mercado de capitais.
Paralelamente à criação da CVM, a legislação societária trouxe muitas inovações, principalmente criando registros auxiliares que atendessem simultaneamente à legislação fiscal e aos princípios contábeis geralmente aceitos (então vigentes).
Esse desenvolvimento apresentado estava ligado ao desenvolvimento econômico do país entre 1970 e 1975, quando foram experimentadas taxas elevadas de crescimento econômico, fato que aumentou o interesse de investidores e de bancos estrangeiros, pois havia excesso de recursos disponíveis.
Havia, no entanto, um entrave a esse crescimento continuado: a inflação, que obrigou o governo federal a promover, no final da década de 1970, uma desvalorização cambial da moeda nacional de 30% em um único dia.
inflação - Este foi um dos fatos mais marcantes na história da Contabilidade nacional e o governo não permitiu a dedutibilidade fiscal de tal perda cambial, estabelecendo que o prejuízo fosse transportado para o ativo e amortizado no período de 5 anos, o que provocou séria distorção nas demonstrações contábeis das empresas.
desvalorização cambial da moeda nacional - Esta medida governamental não permitiu o reconhecimento contábil como despesa de um único exercício, quando o correto seria fazer o ajuste, extracontabilmente, no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR).
Década de 1980
Depois deste fato (a inflação), mais especificamente nos anos de 1983 e 1999, houve mais duas desvalorizações cambiais, mas foi facultada a capitalização no subgrupo denominado Ativo Diferido.
No ano de 1987, a CVM editou a Instrução nº 64, onde determinava a elaboração de demonstrações contábeis complementares em moeda constante, chamada correção integral, para as companhias de capital aberto.
Década de 1990
No ano de 1993, foi editada a Resolução nº 750/93 pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a qual estabeleceu os Princípios Fundamentais de Contabilidade.  
Eram eles:
Entidade;
Continuidade;
Oportunidade;
Registro pelo Valor Original;
Atualização Monetária;
Competência;
Prudência.
Atualizados pela Resolução nº 1.282/10, a qual extinguiu e/ou alterou alguns dispositivos da resolução de 1993.
No ano de 1996, a partir da edição de uma Medida Provisória, o governo proibiu qualquer tipo de indexação nas demonstrações contábeis.
Década de 2000
Apenas no ano de 2000, o Brasil, por intermédio do CFC, do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) e da CVM, desenvolveu ações para proporcionar o seu ingresso no contexto da Contabilidade internacional.
Isto fica mais evidente quando é analisada a elaboração do Anteprojeto de Lei nº. 3.741/00, que tinha o objetivo de alterar a parte contábil da Lei 6.404/76, a legislação societária
Havia muitas justificativas para a revisão da legislação societária de acordo com o anteprojeto, como o aparecimento de uma nova realidade econômica no Brasil, totalmente diferente da que havia em 1976. Aliado a isto estava o processo de globalização das economias, o de abertura dos mercados, com aumento de fluxos de capitais ingressando no Brasil e com as empresas brasileiras captando cada vez mais recursos no exterior.
Alguns anos depois, em 2006, foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), na sequência de muitas discussões e da busca de alternativas viáveis do ponto de vista prático, além do entendimento e do suporte das diversas entidades envolvidas no processo de emissão e utilização de demonstrações contábeis.
O objetivo maior do CPC é buscar a unificação para realizar a convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais.
Após 7 anos caminhando pela Câmara de Deputados e algumas modificações no seu texto original, o Projeto de Lei nº 3.741/00 foi, enfim, aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no plenário do Senado Federal e, por fim, sancionado pelo Presidente da República em 28 de dezembro de 2007, tornando-se a Lei nº. 11.638/07, que alterava dispositivos da Lei nº. 6.404/76 e Lei nº. 6.385/76.
Esta lei começou a vigorar em 1º de janeiro de 2008 e tinha, dentre vários objetivos, o de estender para as sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedade por ações, as disposições relativas à elaboração e à divulgação das suas demonstrações contábeis.
Já em 03 de dezembro de 2008, foi divulgada a Medida Provisória nº 449/08, que em seus artigos 36 e 37, promoveu algumas substituições na Lei nº 6.404/76, modificando algumas alterações introduzidas pela Lei nº 11.638/07. Este novo dispositivo legal apenas foi transformado em lei ordinária em meados de 2010, por meio da Lei nº 11.941/10, dando mais alguns passos em direção da internacionalização da Contabilidade no Brasil.
1970 – Criação da CVM
1980 – Edição da Instrução nº 64 pela CVM
1990 – Proibição de Indexações contábeis pelo Governo
2000 – Criação do CPC
A importância da padronização contábil internacional
Quando existem companhias ou um mesmo grupo econômico que possua atuação em mais de um mercado ou país, atualmente há a necessidade de que sejam comparadas as informações geradas nos mais diversos locais de atuação empresarial.
Essa necessidade advém da internacionalização dos mercados, do crescimento dos investimentos estrangeiros nos diversos países e da formação de blocos econômicos por varias nações. 
Com isso, existe a necessidade de se ter um conjunto de padrões contábeis internacionais que possam permitir a comparação de informações entre companhias de um mesmo grupo ou de grupos distintos.
ATENÇÃO
Partindo desta premissa, pode-se conceituar a harmonização como um processo que tem o objetivo de manter as particularidades de cada país, mas que permita readequar os sistemas contábeis existentes com os de outros, com o fim claro de melhorar a troca de informações a serem interpretadas e compreendidas, enquanto que a padronização é conceituada como um processo de uniformização dos critérios existentes, não permitindo qualquer flexibilização.
E os países que não possuem um padrão?
Pelos mais diversos motivos, alguns países não possuem um padrão próprio definido de sistemas contábeis em vigor, muito menos uma estrutura legal, composta de leis, normas e regulamentos, tampouco organismos profissionais de classe suficientemente fortes e que possuam influência na elaboração de normas contábeis locais.
Nesses casos, torna-se mais fácil a utilização de normas internacionais, apenas sendo necessárias adequações para os costumeslocais, facilitando o processo de harmonização.
E os países que não possuem um padrão?
Quanto maior for a estrutura legal nos países, maior será a dificuldade para a harmonização das normas contábeis.
No entanto, são muitas as vantagens de se proceder à harmonização contábil internacional, conforme segue:
Diminui os investimentos de gerenciamento para os sistemas contábeis locais.
Facilita o trabalho de consolidação de demonstrações contábeis da matriz e de todas as subsidiárias no exterior, que normalmente requereriam ajustes por diferenças normativas.
Diminui os investimentos para a realização da auditoria das demonstrações contábeis.
Facilita e permite a compreensão das demonstrações contábeis pelos usuários internacionais.
Interesse das partes
Tomando as informações contábeis de um empreendimento multinacional como referência, quando se fala de Contabilidade internacional, elas interessam tanto a segmentos de um mesmo grupo econômico, como também aos usuários da informação.
 
ATENÇÃO
É necessário compreender as normas internacionais para que se consiga negociar ultrapassando fronteiras internacionais, já que as informações contábeis acabam por se alterar drasticamente de um país para outro, de acordo com os princípios de Contabilidade vigentes. 
 
Podem existir divergências culturais, empresariais, políticas, relacionadas à inflação, à tributação e aos riscos empresariais que devem ser considerados em todo o processo decisório.
As demonstrações contábeis e formas adicionais de divulgação só podem ser compreendidas com conhecimentos internacionais de Contabilidade e, muitas vezes, tornam-se mais importantes do que o conhecimento da estrutura interna das empresas.
SAIBA MAIS
Sobre a utilização de normas distintas de Contabilidade, dada a sua importância no cenário dos negócios e na correta mensuração dos investimentos empresariais, elas se tornam um dificultador para a adequada compreensão e comparação de informações financeiras. Sendo assim, a busca pela harmonização das normas contábeis tem sido mais discutida, principalmente para que possam ser analisadas as informações contábeis em outros países.
Organismos regulamentadores
Graças aos mercados mais integrados, consequentes à globalização e à internacionalização dos mercados, houve um aumento de interesse acerca dos diversos modelos contábeis existentes.
É necessário que as empresas elaborem as suas demonstrações contábeis em um modelo que seja aceito nos mercados nos quais elas pretendam atuar, quando possuem intenções de aumento de captação de recursos ou negociações de ações em outros mercados, externos às suas matrizes operacionais.
ATENÇÃO
Exemplificando, no caso de empresas sediadas no Brasil com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), fazendo parte do Novo Mercado ou do Nível 2 de governança corporativa, devem realizar a elaboração das demonstrações contábeis seguindo os padrões nacionais vigentes, além de seguir o padrão norte-americano (US-GAAP) ou o padrão internacional (IRFS).
Benefícios da padronização
Mais e mais corporações multinacionais possuem interesse crescente em padrões contábeis internacionais. 
Na situação de elas atuarem maciçamente em muitos países, haverá a necessidade natural de aplicação de regras contábeis para cada um destes países, o que gera uma melhor convivência, por meio de um sistema comum de tratamento de contas contábeis.
Este movimento pela harmonização contábil cresce, já que poderá reduzir (e em alguns casos, até eliminar) as diferenças contábeis existentes entre os diversos padrões contábeis, o que facilita a análise e a comparação das demonstrações elaboradas. 
Deve ser enfatizado que esta redução de diferenças nas informações geradas também gera, em um horizonte de médio prazo, redução de custos operacionais.
Sendo assim, os organismos que possuem o encargo de elaborar as normas contábeis em nível mundial, para regras internacionais, o International Accounting Standards Board (IASB) e para os Estados Unidos, o Financial Accounting Standards Board (FASB) possuem, também, a função de eliminar as diferenças mais significativas.
Quadro Comparativo
Um caminho árduo no sentido da harmonização vem sendo seguido desde 1973, quando foi criado o International Accounting Standarts Committee (IASC), sempre buscando o alcance de padrões contábeis globais.
Agora veja um quadro comparativo dos organismos regulamentadores no Brasil e no tocante às normas internacionais emitidas no padrão IFRS.
Normas internacionais (IFRS)
As normas internacionais denominadas IFRS são normas de contabilidade emitidas com objetivo principal de padronizar as demonstrações contábeis em todo o mundo. 
 Até o ano de 2001, eram conhecidas como international accounting standards (IAS), ou, traduzindo, padrões internacionais de Contabilidade.
SCHMIDT, Paulo; SANTOS, José Luiz dos; FERNANDES, Luciane A. 
Contabilidade Internacional Avançada. São Paulo: Atlas, 2004.
Nesta aula, você:
Identificou os aspectos da Contabilidade no Brasil;
Conheceu os aspectos de internacionalização dos padrões contábeis;
Identificou os organismos regulamentadores da internacionalização contábil;
Verificou as normas internacionais de Contabilidade;
Reconheceu os órgãos envolvidos na internacionalização contábil.
O organismo norte-americano que possui o similar no Brasil chamado Comissão de Valores Mobiliários é o(a):
Parte superior do formulário
1) Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
2) International Accounting Standards Board 
3) Security and Exchanges Commission 
4) Comissão de Assuntos Econômicos 
5) Internacional Financial Accounting Standards 
Parte inferior do formulário
2. Assinale o principal objetivo da aplicação das normas internacionais de Contabilidade para os países:
Parte superior do formulário
1) Obter a harmonização contábil. 
2) Definir normas a serem utilizadas por um pequeno conjunto de países ricos. 
3) Estabelecer uma padronização contábil. 
4) Acabar com os conflitos cambiais entre nações. 
5) Mudar a política de tributos. 
Parte inferior do formulário
3. Qual é o organismo nacional responsável pela edição e publicação das normas internacionais de Contabilidade?
Parte superior do formulário
1) Conselho Federal de Contabilidade 
2) Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
3) Conselho Regional de Contabilidade 
4) Instituto dos Auditores Independentes do Brasil 
5) Comissão de valores mobiliários 
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