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Aula 5 - Contabilidade Internacional

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Contabilidade Internacional - Aula 05: Imobilizado (IAS16), Leases (IAS 17)
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Reconhecer como o IAS 17 normatiza o registro contábil e a divulgação de operações relacionadas a arrendamento mercantil;
2- Identificar porque esta norma deve ser seguida tanto por arrendadores quanto por arrendatários em sua completude;
3- Reconhecer a norma IAS 16 e estabelecer a normatização dos procedimentos contábeis para os itens do ativo imobilizado.
IAS 16 – Imobilizado
O pronunciamento IAS 16 é responsável por normatizar os procedimentos contábeis para o imobilizado, tornando possível a compreensão da informação acerca do ativo fixo pelos usuários da informação contábil.
 As principais características da norma relacionam-se ao reconhecimento, tratamento, tratamento dos custos iniciais e subsequentes, bem como o cálculo da depreciação e perdas por impairment.
As orientações do IAS 16 são aplicáveis a todo imobilizado, exceto a:
- Aqueles classificados como mantidos para a venda de acordo com o IFRS 5;
- Ativos biológicos de acordo com o IAS 41;
- Aos direitos de exploração mineral, reservas minerais e semelhantes de acordo com a IFRS 6.
LEITURA
Para que sejam mais bem entendidos os conceitos chave ligados ao IAS 16, é preciso que sejam conhecidos alguns termos e suas definições.
Custo – Valor pago em dinheiro ou equivalente ou ainda valor justo de outra forma de pagamento usado para adquirir ou construir um ativo.
Imobilizado – Bens tangíveis com vida útil prevista e que são mantidos para a produção de bens e serviços.
Valor contábil – Valor de reconhecimento do ativo, líquido da depreciação e perdas por impairment.
Valor depreciável – É o custo ou o substituto para o custo do ativo, menos o seu valor residual.
Valor recuperável – Maior valor entre o valor justo do ativo menos os custos para a venda.
Valor residual – Valor que poderia ser obtido com a venda se ela já estivesse com o tempo de uso e as condições esperadas para o fim de sua vida, líquido dos custos estimados para a venda.
Vida útil – Período ou unidades esperadas de produção de um ativo.
Reconhecimento de um ativo imobilizado
Um ativo deve ser reconhecido quando forem prováveis os benefícios econômicos futuros associados que fluirão para a entidade, e os custos desse ativo puderem ser confiavelmente mensurados. De acordo com a norma internacional não há valor para que os ativos sejam reconhecidos como imobilizados, porém a norma permite que a empresa agregue itens insignificantes individualmente, para que seja aplicado o critério do reconhecimento aos itens agregados.
Reconhecimento de um ativo imobilizado
Para classificação no passivo, não são consideradas as peças de reposição e manutenção contabilizadas como despesa, porém no caso de peças para reposição sobressalentes e que a empresa pretende usar em mais de um período ou que tenham conexão como o ativo fixo, deverão ser consideradas imobilizado.
 Outra questão envolvida neste ponto é a aquisição de equipamentos que possam ajudar no caso de segurança ou questões ambientais. Esses itens não aumentam os benefícios econômicos do imobilizado, porém podem aumentar os benefícios futuros que a empresa não teria sem a sua aquisição.
Para que o ativo seja reconhecido é preciso utilizar alguns critérios, e inicialmente isso deverá ser feito pelo custo, respeitando também os seguintes pontos:
Preço de compra, incluindo impostos de importação e outros não recuperáveis, bem como a exclusão de descontos comerciais e o reembolso;
Custos utilizados para colocar o ativo no local de operação pelo uso pretendido pela empresa;
Estimativas para desmontar, remover e restaurar o local de instalação do ativo sem obrigação gerada na aquisição do ativo.
Reconhecimento de inicial do imobilizado
São considerados como custos diretamente ligados ao imobilizado e que deverão compor o custo dos ativos daquele grupo:
Benefícios a empregados;
Custos de preparação do local;
Custos iniciais de manuseio e entrega;
Custos de montagem e instalação;
Custos de testes;
Custos de empréstimos;
Honorários profissionais.
Não são exemplos de valores que devem ser incorporados ao imobilizado e sim tratados como despesa:
Despesas pré-operacionais;
Introdução de um novo produto ou serviço;
Promocionais ou de propaganda
Mudança para uma nova localização ou nova classe de clientes;
Gerais e administrativas;
Ociosidade;
De realocar ou reorganizar parte ou todas as operações da empresa;
Perdas operacionais.
Pode-se considerar o custo de um item do imobilizado como sendo o preço equivalente em moeda na data de reconhecimento, e se caso o prazo de pagamento exceder os prazos normais de crédito, que geralmente é considerado 1 ano, a diferença entre o valor à vista e o valor pago deverá ser reconhecida como despesa financeira.
Atenção:
No caso de obtenção de um ativo por meio de troca de um ativo não monetário ou a combinação de ativos monetários e não monetários, o ativo adquirido deve ser mensurado pelo valor justo.
Modelo de reavaliação
Depois do reconhecimento inicial, o ativo pode ser mensurado utilizando o modelo do custo ou ainda o modelo da reavaliação, sendo o modelo selecionado, a empresa deverá aplicá-lo a toda classe de ativo, com itens semelhantes, como por exemplo, terrenos, máquinas, aeronaves, móveis e utensílios entre outros de natureza comum.
O modelo de custo é aquele em que o ativo é mantido ao valor de custo menos a depreciação além das perdas por impairment reconhecidas.
No modelo de reavaliação o ativo é mantido ao valor reavaliado, ou seja, o valor justo menos a depreciação acumuladas e as perdas por impairment reconhecidas.
No caso das avaliações elas deverão ser feitas com regularidade, sendo suficientes para assegurar que o valor contábil não seja totalmente diferente do valor justo.
 O valor justo pode ser definido, no caso de não haver embasamentos para sua definição, como base de mercado, em função da natureza do bem ou porque o item é raramente vendido, a entidade poderá definir o valor do bem como uma estimativa das receitas geradas pelo ativo ou o custo de reposição depreciado.
 Na contabilização da reavaliação, a depreciação acumulada deve ser restabelecida proporcionalmente de forma que o valor do ativo, menos a depreciação acumulada, na data da reavaliação, iguale-se ao valor reavaliado e ser eliminada contra o valor contábil bruto do ativo.
IAS 17 – Arrendamento (Leasing)
O IAS 17 normatiza o registro contábil e a divulgação de operações relacionadas a arrendamento mercantil. Esta norma deve ser seguida tanto por arrendadores quanto por arrendatários em sua completude.
 A legislação tributária possui grande influência nesta matéria no Brasil, determinando o registro dos bens que são objeto de arrendamento no Ativo das arrendadoras, independentemente da classificação da operação, quer seja como arrendamento mercantil ou como financeiro ou operacional. 
 Desta forma, a contabilidade nacional, praticada por empresas que atuam no Sistema Financeiro Nacional (SFN) diverge dos padrões estabelecidos pelo IASB.
São operações que não estão sujeitas às disposições contidas no pronunciamento IAS 17:
I - Arrendamento mercantil para exploração de minérios, petróleo, gás natural e recursos similares não regeneráveis;
II - Acordos de licenciamento para itens como fitas cinematográficas, registros de vídeos, peças teatrais, manuscritos, patentes e direitos autorais;
III - Propriedades detidas por arrendatários que sejam registradas como investimentos (IAS 40 - Investment Property);
IV - Propriedade de investimento proporcionada por arrendadores por meio de arrendamento operacional (IAS 40 - Investment Property);
V - Ativos biológicos detidos por arrendatários por meio de arrendamento financeiro (IAS 41 - Agriculture);
VI - Ativos biológicos proporcionados por arrendadores por meio de arrendamento operacional (IAS 41 - Agriculture).
Algumas destas operações, no Brasil, são ajustadas por agências nacionais reguladorasou possuem regulamentação específica, já subordinada a diferentes normas do IASB.
Detalhes e descrição da norma internacional
Dentro da estrutura do IAS 17, as ocorrências de arrendamento mercantil são classificadas em operacionais e financeiras e enfatizam a transferência dos riscos e dos benefícios relacionados à propriedade dos ativos, do arrendador para o arrendatário. 
Como arrendamento operacional, são definidas as operações não classificadas como arrendamento financeiro, ou seja, aquelas em que os riscos e os benefícios ligados à propriedade dos ativos não são transferidos ao arrendatário.
Arrendamento financeiro corresponde às operações nas quais podem ser classificados todos os riscos e benefícios ligados à propriedade do ativo e que são substancialmente transferidos para o arrendatário.
 De maneira mais direta, o pronunciamento internacional observa a essência econômica da operação ao invés da forma jurídica da mesma.
Operações de Sale and Leaseback
O tratamento contábil que é dado a uma transação de Sale and Leaseback varia conforme o tipo do arrendamento considerado na operação.
São eles:
Financeiro - Para os casos em que a transação de Sale and Leaseback gerar um arrendamento financeiro, o lucro na venda do ativo, quando o valor venal for maior que o valor contábil, deve ser diferido, amortizado durante o prazo de arrendamento, e evidenciado nas demonstrações contábeis do vendedor-arrendatário.
Operacional - Para o caso de a operação de Sale and Leaseback gerar um arrendamento operacional e ficar claro que a operação foi realizada sendo considerado valor justo, todo e qualquer resultado que seja oriundo da venda do ativo, deve ser imediatamente reconhecido nas demonstrações contábeis do vendedor-arrendatário.
Considerando as situações em que o referido preço de venda ficar abaixo do valor justo, os resultados gerados na venda do ativo devem ser imediatamente reconhecidos nas demonstrações contábeis do vendedor-arrendatário.
 Uma situação específica deve ser apresentada para o caso de o prejuízo ser compensado com pagamentos mínimos inferiores ao preço de mercado. Para isto, tal prejuízo deve ser diferido e, na sequência, amortizado proporcionalmente às contraprestações durante o período em que tem a expectativa de que o ativo venha a ser utilizado.
Mas se o preço de venda estiver acima do valor justo, este excesso deverá ser diferido e, posteriormente, amortizado durante o período em que se espera que o ativo possa ser utilizado.
 Para as operações de Sale and Leaseback que resultarem em arrendamentos operacionais, caso o valor justo do ativo na data da operação seja menor que o seu respectivo valor contábil, o prejuízo que for decorrente da diferença entre ambos deve ser imediatamente reconhecido.
Normas para instituições financeiras
A lei n° 6.099 de 1974, a qual possui alterações introduzidas pela lei n° 7.132 de 1983, estabelecem as normas brasileiras para as operações de arrendamento. Muito embora estes textos legais estabeleçam o tratamento tributário das operações de arrendamento mercantil, também determinam que os bens destinados a arrendamento mercantil devam ser registrados pela Contabilidade em conta específica no grupo Ativo Não Circulante, subgrupo Imobilizado da arrendadora, gerando um ponto divergente entre as regras nacionais e as normas internacionais.
Saiba Mais
Toda a regulamentação de operações de arrendamento, dentro do SFN, está evidenciada no regulamento anexo à Resolução 2.309, de 1996, com as alterações estabelecidas pelas Resoluções 2.595 e 2.659, ambas de 1999 e pela Resolução 3.175, de 2004, além de consolidada no COSIF 1.7 - Operações de Arrendamento Mercantil e no COSIF 1.11.8 - Imobilizado de Arrendamento. Especificamente, a Resolução 2.309/96 estabelece duas formas de operações de arrendamento, que são os financeiros e os operacionais.
Arrendamento financeiro
No arrendamento financeiro, são incluídas as operações nas quais as contraprestações e os demais pagamentos previstos no contrato, desde que devidos pela arrendatária, sejam normalmente suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo de vigência do contrato. Além disso, que possa obter um retorno financeiro sobre os recursos investidos e cujas despesas de manutenção, assistência técnica e serviços relacionados à operacionalidade do bem arrendado sejam de responsabilidade da arrendatária. Ainda, cujo preço para o exercício da opção de compra seja pactuado de maneira não arbitrária, podendo até ser o valor de mercado do bem arrendado no instrumento contratual.
Arrendamento operacional	
Dentro das ações de arrendamento operacional, são incluídas aquelas em que as contraprestações a serem pagas pela arrendatária estejam relacionadas ao custo de arrendamento do bem e os serviços inerentes a sua colocação à disposição da arrendatária, não podendo o valor presente dos pagamentos, ultrapassar o equivalente a 90% do custo do bem, em que o prazo contratual seja inferior a 75% do prazo de vida útil econômica do bem, cujo preço para o exercício da opção de compra seja o valor de mercado do bem arrendado e que não haja nenhuma previsão de pagamento de VRG (Valor Residual Garantido).
Nesta aula, você:
Reconheceu como o IAS 17 normatiza o registro contábil e divulga as operações relacionadas a arrendamento mercantil;
Identificou porque esta norma deve ser seguida tanto por arrendadores quanto por arrendatários em sua completude;
Reconheceu a norma IAS 16 e estabeleceu a normatização dos procedimentos contábeis para os itens do ativo imobilizado.
Considerando o arrendamento operacional, tanto arrendadores quanto arrendatários devem divulgar as operações não passíveis de cancelamento e as operações:
Parte superior do formulário
1) No período que vai até o final do exercício seguinte e as operações que se iniciam após o término do período seguinte. 
2) No período de 1 ano, entre 1 e 5 anos e as superiores a 5 anos. 
3) No período até 5 anos e superiores a 5 anos. 
4) Todos no período superior a 5 anos. 
5) No período até o final do exercício seguinte e até os próximos 5 anos. 
Parte inferior do formulário
2. Na estrutura patrimonial do arrendador, assinale a alternativa que expressa a natureza da conta a ser afetada por um contrato de arrendamento firmado:
Parte superior do formulário
1) No Ativo Realizável, por valor igual ao saldo do investimento líquido do arrendamento. 
2) No Ativo Circulante, em valores constantes, sofrendo atualização monetária periódica. 
3) Na estrutura de bens permanentes, juntamente com o registro dos bens arrendados, aumentando o seu valor nominal. 
4) Como receitas de atividades principais, independentemente da atividade-fim do arrendador. 
5) No resultado. 
Parte inferior do formulário
3. Para as instituições financeiras, segundo as normas brasileiras, onde devem ser registrados os bens destinados ao arrendamento mercantil?
Parte superior do formulário
1) No Ativo Circulante, no subgrupo Disponibilidades. 
2) No Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimentos. 
3) Na conta de resultado denominada Receitas com futuros arrendamentos mercantis. 
4) No Ativo Não Circulante, no subgrupo Imobilizado. 
5) No ativo Imobilizado. 
Parte inferior do formulário

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