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1 
O pronunciamento do IASB especifica algumas situações que, individualmente ou 
em conjunto, ensejariam uma correta classificação da operação na categoria 
arrendamento financeiro: 
 
I - o contrato transfere a propriedade do ativo para o arrendatário ao final 
do período do arrendamento; 
 
II - o contrato dá ao arrendatário a opção de comprar o ativo por um preço 
que se espera ser suficientemente inferior ao valor justo do ativo na data em que a 
opção se tornar exercível de modo que, no início do arrendamento, seja 
razoavelmente certo que a opção será exercida; 
 
III - o ativo for arrendado por um período superior à sua vida econômica, 
mesmo que o título não seja transferido; 
 
IV - o valor presente dos pagamentos mínimos, no início do arrendamento, 
for praticamente igual ao valor justo do bem arrendado; e 
 
V - os ativos arrendados forem de natureza específica de tal maneira que 
somente o arrendatário poderia utilizá-los sem que fossem feitas modificações 
significativas. 
 
De maneira adicional, o pronunciamento IAS 17 apresenta algumas situações que, 
também individualmente ou em conjunto, caracterizam o arrendamento financeiro, 
conforme especificados abaixo: 
 
I - o arrendatário poder cancelar o contrato arcando com os eventuais 
prejuízos do arrendador, relacionados ao cancelamento; 
 
II - o contrato estabelecer que os ganhos ou as perdas decorrentes da 
flutuação do valor justo do valor residual são atribuíveis ao arrendatário; e 
 
 
 
 2 
III - o contrato possibilitar que o arrendatário continue o arrendamento por 
um segundo período, pagando contraprestações substancialmente inferiores ao 
valor de mercado do referido arrendamento. 
 
Estas situações deixam claros os processos que devem ser analisados para que uma 
operação deva ser considerada como arrendamento financeiro, seguindo os ditames 
do pronunciamento internacional. 
 
Reconhecimento das operações nos arrendatários 
 
O pronunciamento IAS 17 estabelece as formas corretas de se classificar as 
operações de arrendamento mercantil entre as modalidades operacional e 
financeiro e, adicionalmente, também dispõe sobre o tratamento contábil dado a 
esta operação tanto pelo arrendador como pelo arrendatário. 
 
Em se tratando das demonstrações contábeis do arrendatário, as operações de 
arrendamento operacional não são reconhecidas na sua estrutura. Nestes casos, o 
IAS 17 estabelece que estas contraprestações pagas devam ser reconhecidas na 
forma de despesa de maneira equalizada e constante por todo o prazo do 
arrendamento, a não ser que exista outra base que melhor represente o tempo do 
benefício do usuário do bem. 
 
Para os casos de arrendamento financeiro, tais operações devem ser reconhecidas 
no balanço do arrendatário como um ativo e um passivo simultaneamente, com 
valores iguais e por valor justo do ativo arrendado ou ainda, pelo valor presente 
das contraprestações, no caso de este último ser o valor mais baixo. 
 
No cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos, a taxa de juros a ser 
utilizada deve ser a da própria operação, especificada de maneira explícita ou não. 
Para uma situação em que não seja possível a sua determinação, a taxa a ser 
utilizada deve ser a de captação de financiamento por parte do arrendatário. Não 
 
 
 
 3 
se pode esquecer, para a composição do valor do referido ativo, todo e qualquer 
custo direto inicial em que o arrendatário tenha incorrido. 
O IAS 17 ainda define, para operações de arrendamento financeiro, que as 
contraprestações pagas pelo arrendatário durante o contrato, devem ser diluídas 
nos encargos financeiros que incidirem sobre esta operação e sobre a amortização 
do passivo. 
 
Deve ser observado, por parte do arrendatário, o Princípio da Competência, 
respeitando os fatos geradores, ou seja, o tempo de vigência do contrato para a 
correta alocação dos encargos financeiros gerados, causando, com isso, uma taxa 
periódica e constante de juros sobre o saldo do passivo. 
 
No caso de arrendamento financeiro, o IAS 17 estabelece que os aluguéis 
contingentes (definido pela norma como a parcela das contraprestações que não é 
fixada, pois é baseada em fator divergente da simples sequência temporal), sejam 
reconhecidos como despesas no período em que foram incorridos efetivamente. 
 
Para a depreciação, o IAS 17 define que o arrendatário deve efetuar o cálculo, para 
os ativos em contratos de arrendamento financeiro, sempre considerando o período 
esperado de uso do ativo, em uma base relacionável com a política de depreciação 
utilizada para o restante dos ativos depreciáveis e de acordo com o que também é 
estabelecido pelo pronunciamento IAS 16 (Property, Plant and Equipment) e IAS 38 
(Intangible Assets). 
 
A Norma estabelece ainda, se houver certeza razoável de que a propriedade do 
ativo será transferida para o arrendatário no final do contrato, o período de uso 
esperado é a própria vida útil do ativo. Caso ocorra de maneira distinta, o ativo 
deve ser depreciado durante o prazo do arrendamento ou de sua vida útil, 
considerando o menor período dentre as duas alternativas. 
 
Os requisitos do pronunciamento IAS 32 (Financial Instruments: disclosure and 
presentation) devem ser satisfeitos nas operações de arrendamento financeiro, mas 
 
 
 
 4 
de maneira adicional, os arrendatários também devem realizar a divulgação dos 
seguintes pontos: 
 
I - o valor contábil líquido na data do balanço, para cada categoria de ativo; 
 
II - uma reconciliação entre o valor total dos pagamentos mínimos e o seu 
valor presente e ainda, os valores totais desses pagamentos e o valor presente dos 
pagamentos a serem efetuados nos períodos até 1 ano, entre 1 e 5 anos, e valores 
acima de 5 anos; e 
 
III - os aluguéis contingentes reconhecidos como despesa no período. 
 
Considerando as operações de arrendamento operacional, os arrendatários devem 
divulgar o total de pagamentos mínimos futuros dos arrendamentos operacionais 
que não sejam passíveis de cancelamento e que serão efetuados no período de 1 
ano, entre 1 e 5 anos e acima de 5 anos. 
 
Por fim, os arrendatários ainda devem divulgar, em ambos os arrendamentos 
(financeiros e operacionais), as seguintes informações: 
 
I - o valor total dos pagamentos futuros mínimos de subarrendamentos a 
receber dos subarrendamentos que não sejam passíveis de cancelamento; 
 
II - uma descrição geral dos principais contratos de arrendamento, incluindo, 
no mínimo, as informações que seguem: 
 
a) a base pela qual os aluguéis contingentes são determinados; 
b) a existência de cláusulas sobre prazos de renovação ou opções de compra 
e de repasse de custos; e 
c) as restrições impostas pelos contratos de arrendamento, tais como 
aquelas relativas a dividendos, a dívidas adicionais e a arrendamentos futuros. 
 
 
 
 
 5 
Reconhecimento das operações nos arrendadores 
 
Os arrendadores, por sua vez, nas operações de arrendamento financeiro, devem 
realizar o reconhecimento dos ativos que são mantidos sob o arrendamento 
financeiro no balanço, como ativos realizáveis por um valor que seja igual ao saldo 
do investimento líquido do arrendamento. 
 
O devido reconhecimento da receita financeira deve ser expresso por valores que 
evidenciem uma taxa de retorno periódica e constante ocorrida sobre o 
investimento líquido do arrendador no arrendamento financeiro. 
 
Em se tratando das operações de arrendamento operacional, os arrendadores 
devem reconhecer os ativos utilizados nos contratos de arrendamento operacional 
seguindo a natureza de cada um deles. Os custos diretos iniciaisque foram 
incorridos pelos arrendadores para que ocorresse um arrendamento operacional são 
adicionados ao valor do ativo registrado e, também, reconhecidos como despesa 
durante o prazo do contrato, proporcionalmente ao reconhecimento das receitas 
do arrendamento que forem auferidas. 
 
Nos contratos de arrendamento operacional, as receitas geradas devem ser 
reconhecidas em valores periódicos e constantes por toda a vigência do contrato, 
exceção dada quando exista uma base mais bem representativa do tempo para que 
o benefício do uso do bem que esteja arrendado seja diminuído. 
 
A forma de se tratar a depreciação dos ativos que estejam arrendados deve ser 
semelhante àquela utilizada normalmente pelo arrendador, quando considerar 
ativos semelhantes aos arrendados, e deve ser calculada seguindo os ditames do IAS 
16 (Property, plant and equipment) e do IAS 38 (Intangible assets). 
 
Os arrendadores ainda devem de maneira adicional aos requisitos do IAS 32 
(Financial Instruments: disclosure and presentation), para a divulgação das 
 
 
 
 6 
operações de arrendamento financeiro, reconciliar o saldo do investimento bruto 
total no arrendamento, na data do balanço, e evidenciar o valor presente dos 
recebimentos mínimos em arrendamentos a receber no futuro. 
 
Também é uma obrigação dos arrendadores a realização de divulgação do saldo do 
investimento bruto total no arrendamento, na data do balanço, e o valor presente 
dos recebimentos mínimos em arrendamentos a receber nos períodos até 1 ano, 
entre 1 e 5 anos, e para as operações com prazo superior a 5 anos. 
 
Devem divulgar a receita financeira a realizar, os valores residuais não garantidos 
em favor do arrendador e o saldo da provisão estimada para créditos de liquidação 
duvidosa, eventualmente constituída com base nos arrendamentos mínimos a 
receber que forem considerados incobráveis. 
 
Mudando o foco para as operações de arrendamento operacional, os arrendadores 
devem realizar a divulgação relativa a pagamentos futuros mínimos dos 
arrendamentos operacionais que não sejam passíveis de cancelamento, por seus 
valores totais e a receber no intervalo de um 1, entre 1 e 5 anos e em um período 
superior a 5 anos. 
Considerando ambos os arrendamentos (financeiros e operacionais), os 
arrendadores devem realizar a divulgação das seguintes informações: 
 
I - os aluguéis contingentes reconhecidos como receita durante o período; e 
 
II - uma descrição geral dos principais contratos de arrendamentos do 
arrendador.

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